domingo, 22 de outubro de 2017

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.27


Nota da Autora: Mais um pedaço dessa historia para vocês. Nesse capitulo, tem cena de amizade, supostas confusões, uma pilhada no casal Grey's Anatomy e momento maternidade. As musicas inseridas nesse capitulo são especiais. Eram musicas que minha mãe cantava para mim quando era pequena. Postei esse capitulo com um dia de antecedência para evitar me render a tentação, certo Lee? (Je suis prest? Hahaha... ) Enjoy! 


Cap.27 

O dia do encontro com Johanna chegou. Conforme combinado, Castle se dirigiu até o café que ficava na frente da lavanderia. Johanna ja colocara as mudas de roupa nas maquinas e teria que esperar pelo menos uma hora para move-las para a secadora. Sendo assim, atravessou a rua não ficando surpresa por ver Castle sentado em uma das mesas bebendo um pouco de agua. 
— Demorei? - ela inclinou-se para beija-lo na bochecha. 
— Não, acabei de chegar. O que quer beber? 
— Um cappuccino está ótimo. 
— Vou acompanha-la e pegar algo para beliscarmos - Castle se levantou, ordenou os cafés e voltou para a mesa com muffins e duas fatias de bolo de banana. 
— Eu avaliei suas perguntas e os assuntos listados. Antes de responder, eu preciso ouvir qual a sua ideia, em que contexto estaremos inserindo as doenças ou os medicamentos e tratamentos. Pode me dar um resumo do que está pensando? 
— Claro, vou contar a ideia principal das mortes e você me diz como tudo se encaixa - eles começaram uma conversa bastante animada. Castle ficou extremamente satisfeito ao ver como Johanna entendera o conceito e contribuiu inclusive sugerindo alterar alguns pontos que certamente não seriam pertinentes do ponto de vista médico nem mesmo do leitor, afinal hoje em dia as pessoas estavam bem informadas ou assistiam dramas médicos e estavam ficando bem exigentes. A conversa durou cerca de três horas apenas com um breve intervalo de quinze minutos para que Johanna fosse até a lavanderia e colocasse as roupas na secadora. Foi exatamente no momento que retornava para a cafeteria e sentava-se fazendo uma piada sobre as roupas de Paul que algo inesperado aconteceu do lado de fora. 
Enquanto Castle e Johanna conversavam e riam, Esposito e Ryan estavam passando na frente do café procurando por um endereço. Claro que os olhos de lince do sargento não perderam a cena dos dois, nada passava desapercebido a Esposito. Ele freou o carro bruscamente. 
— O que você está fazendo, Espo? Quer provocar um acidente? 
— Não tem ninguém atrás de nós. Há algo mais importante e pode se tornar um homicídio. Olha ali! Aquele é Castle com aquela ruiva, a tal amiga de Beckett. O que será que estão fazendo aqui sozinhos? Parecem bem animados. Não vejo a Beckett em lugar algum. 
— Ela deve estar no banheiro. É, eu reconheço a mulher. É a médica que salvou a vida dela. Beckett me contou uma vez quando estava me treinando para substitui-la. 
— Acho que Castle está tendo um caso com ela. 
— Não, Espo! Não ouviu nada do que eu disse? Claro que isso é uma ideia absurda. Castle ama Beckett, eles acabaram de ter uma filha. Não faz sentido algum. 
— Como não? Você mesmo disse. Eles acabaram de ter uma criança. Beckett estava gravida, o que significa que Castle está na seca há algum tempo. Vai me dizer que não acha, no mínimo, estranho? Essa médica entra na vida deles, em pouco tempo é super presente e sem esquecer que ela é ruiva, faz o tipo de Castle ou você ja esqueceu da primeira esposa dele, Meredith? 
— Castle não tem um tipo, Espo. Que parte de que a médica salvou a vida de Beckett você ainda não entendeu? E isso é irrelevante de qualquer forma. Ele está casado com Beckett, esperou anos por ela. Você realmente acha que iria jogar tudo fora porque não faz sexo há alguns meses? - pela cara de Espo, Ryan sabia que não convencera o parceiro com seu discurso - Espo, você precisa de um relacionamento urgente. Castle não está traindo Beckett. Você sempre pensa mal do cara, foi igual naquele caso onde o 3XK quis incrimina-lo. Saiu logo acusando-o de traição. 
— Sou realista. Como você explica isso? 
— Um encontro de amigos. 
— Até onde sei ela é amiga de Beckett. 
— Ela é amiga dos dois. Quer parar com isso? Temos trabalho para fazer. E vê se esquece esse assunto. Qual o endereço que procuramos mesmo? 
— 596, 17th St. 
— É do outro lado da rua mais embaixo. Dirija - Esposito obedeceu, mas não estava totalmente convencido da cena que vira. 
Quando toda a roupa estava seca, a maioria dos pontos que precisavam discutir estavam cobertos, Castle e Johanna resolveram deixar o café. Como ele havia pegado um taxi, Johanna ofereceu-se para leva-lo de volta ao loft. Havia prometido para Kate que hoje acabaria com o medo dela com relação ao banho de Lily. 
Coincidência ou não, no momento em que Castle e Johanna entravam no carro, Esposito e Ryan voltavam de sua investigação. 
— Olha lá! Castle está entrando no carro dela. Como pode negar que estão juntos? E Beckett está em casa cuidando da filha. Que cara de pau! 
— Javi! Quer parar? Isso não prova nada! Castle sempre pega carona, ele não gosta de dirigir na cidade. Essa sua desconfiança já está me irritando. 
— Você que se recusa de ver o obvio. Deixe de ser ingênuo, Ryan. 
— Não, sua mente que enxerga maldade em tudo. Vamos, temos que checar a nova pista que recebemos. Chega dessa conversa chata. Deixe os dois curtirem a filha e pare com essa teoria da conspiração. 
— É, estou vendo Castle curtindo bastante enquanto Beckett faz o trabalho pesado - resmungando, eles continuaram o caminho de volta ao distrito. 
Castle e Johanna chegaram ao loft e encontraram Beckett com a pequena Lily nos braços conversando com a sogra. A menina estava alimentada e acordada o que fez Johanna rouba-la imediatamente do colo da mãe. 
— Trabalharam muito? 
— Foi uma conversa bem proveitosa. Estou pronto para colocar tudo em palavras e cenas. Johanna foi ótima. Minha cabeça está fervilhando de ideias. Ah! - ele abriu a jaqueta tirando um saco de papel do bolso - trouxe para você. Bolo de banana com nozes - entregou o saco para a esposa e inclinou-se para beija-la - como está minha princesa? 
— Ótima. Comeu bastante, dormiu. Vovó conversou com ela… - Beckett mordeu um pedaço do bolo - hum, estava precisando disso. 
— Parece que não vou ter a chance de segurar minha própria filha. Johanna se apossou dela. O que é ótimo. Podemos deixa-la tomando conta de Lily e ter um dia somente para nós dois. O que acha, amor? 
— Sua ideia é ótima, Castle. Eu não me importo nem um pouco, mas pode esquecer porque isso não vai acontecer tão cedo. Kate está amamentando e sinceramente espero que continue por pelo menos seis meses. Bebês criados a base de leite materno são mais saudáveis e resistentes. 
— Seis meses? Não, eu tenho certeza que nós podemos fazer algo antes e… - Johanna o interrompeu. 
— Se está pensando em sexo, está certo. Relaxe, não vai esperar seis meses por isso. 
— Joh! - Beckett exclamou mas logo estava rindo com a amiga. 
— Vocês são duas implicantes! 
— Opa! Acho que Lily acabou de deixar um presentinho na fralda. Excelente oportunidade para um banho. Vamos, mamãe - ela viu Beckett morder os lábios - hey! Nada de se acovardar agora. É a sua chance. Lily quer tomar um banho, bebê? - juntas, elas seguiram para o quarto da menina. Ainda com Lily no colo, Johanna dava as instruções para Kate de como encher a banheira, checar a temperatura da agua, colocar tudo o que precisaria por perto e finalmente deitou a criança sobre o trocador. 
— Pode começar. Primeiro retire a roupa e a fralda. Certifique-se de que o excesso de sujeira no bumbum foi retirado. Assim facilita a limpeza e torna o banho mais rápido. Sim, porque mesmo a agua sendo quente o suficiente para aquecer o corpinho, o bebê não deve ficar muito tempo na agua. Sua pele enruga rápido. Tudo pronto? 
— Sim, o que devo fazer? 
— Coloque Lily em seus braços de barriguinha para cima - Kate obedeceu ainda receosa - faça uma conchinha com sua mão e gentilmente molhe a cabecinha de Lily enquanto deixa as perninhas dela em contato com a agua - ela observou os gestos da amiga, apesar da apreensão Kate se saia muito bem. Johanna continuou dando as instruções guiando Beckett pelo banho. O passo a passo surtiu efeito e quando ela sentiu-se insegura para virar a filha de bruços, Johanna estava a postos ao seu lado para socorre-la como uma mãezona. Terminado  o banho, ela a ajudou a enrolar Lily na toalha e partiram para a segunda lição. Enxugar e vestir, o que incluía um rápido cheque do nariz e dos ouvidos. Ao terminar, Beckett contemplou sua pequena completamente vestida e cheirosa. 
— Como você está linda, Lily! Mamãe ama! Daddy vai ficar todo bobo ao vê-la com essa roupinha azul combinando com os olhos dele. 
— Missão cumprida com sucesso. Como se sente, Kate? 
— Bem, não é tão difícil quanto parece embora eu não me sinta totalmente segura para vira-la. 
— Com o tempo você se acostuma. E fica melhor à medida que crescem. 
— Bom saber disso. Joh, muito obrigada por ter feito isso. Eu sei que Martha provavelmente faria o mesmo se pedisse, mas acredito que me senti mais segura fazendo isso com você. Sei que terei bastante tempo para treinar e me sentir melhor com a experiência, ainda assim… significou muito para mim. 
— Que isso, Katie… foi um prazer! Sempre que precisar basta pedir. Qualquer dúvida não hesite em me contatar. Acho que o mesmo vale para Charlotte - Beckett sorriu e Johanna não resistiu dando um abraço apertado na amiga repetindo o mesmo carinho na nuca que já fizera outra vez fazendo Beckett lembrar da própria mãe - você está se saindo uma mamãe maravilhosa. Lily se orgulha de você e eu também - ela deu um beijo estalado na bochecha de Beckett - agora pegue sua filha no colo e leve para ver o papai. Algo me diz que ela dormirá em breve e eu preciso ir andando, tenho um jantar para preparar. 
— Eu pensei que ficaria para jantar conosco. 
— Não, tenho meu moreno para agradar embora ele só vá estar em casa após a meia-noite. De qualquer forma, tenho minhas obrigações domesticas a cumprir. O patrão é bem exigente. Só eu para arrumar um homem neurótico por limpeza - elas riram. 
— Falando nesse homem especificamente não vai rolar um pedido? 
— Kate, quer parar? Estamos bem assim - ao ver a filha toda arrumada no colo de Beckett, Castle sorriu. 
— Minha princesa, você está tao linda! Pediu essa roupa para combinar com os olhos do papai, amor? Vem cá, Lily - ele tirou a filha dos braços de Beckett e começou uma conversa intima com ela. 
— Eu vou andando, meu trabalho por aqui está finalizado por hora. Castle, se precisar de mais alguma informação é só me ligar - beijou Kate, cumprimentou Martha e deixou o loft.   
Lily já completara mais de quarenta dias e Beckett estava se acostumando de fato aos horários e a rotina. Não estranhava acordar tantas vezes de madrugada embora o cansaço permanecesse presente durante todo o dia. Ela adorava os momentos que passava com a filha, especialmente quando a amamentava. Beckett sempre cantava ou falava sobre Castle, o futuro e dela mesma. Hoje, sentada na poltrona enquanto Lily tomava a sua terceira mamada do dia, ela cantarolava “Tickle, tickle little star”. Ao terminar, emendou com outra canção. 
“Frère Jacques, Frère Jacques 
Dormez-vous ? Dormez-vous ? 
Sonnez les matines ! Sonnez les matines ! 
Ding ! Daing ! Dong !” 

— Minha mãe cantava essa musica para eu dormir, Lily. Havia uma outra também. Oh, meu amor! Agora que lembrei era do filme Lili. Posso cantar para você. 

“A song of love is a sad song
Hi-Lili, Hi-Lili, Hi-Lo
A song of love is a song of woe
Don't ask me how I know
A song of love is a sad song
For I have loved and it's so
I sit at the window and watch the rain
Hi-Lili, Hi-Lili, Hi-Lo
Tomorrow, I'll probably love again
Hi-Lili, Hi-Lili, Hi-Lo”

— A vovó Johanna adorava contar o que ela fazia quando eu era bebê. Mesmo com três ou quatro anos, ela continuava cantando para mim além de outras musicas. Do re mi, mal posso esperar para você assistir “The Sound of Music” comigo. Tem outra também, era assim: 

“When I was just a little girl I asked my mother what will I be
Will I be pretty will I be rich
Here's what she said to me
Que Sera Sera
Whatever will be will be
The future's not ours to see
Que Sera Sera
What will be will be” 

Beckett suspirou. Ela podia ouvir a voz da mãe cantando deitada ao seu lado na pequena cama. Reparou que a menina adormeceu. Colocou a filha no berço, cobriu-a e com a babá eletrônica nas mãos, ainda mexida com as lembranças ela foi à procura do marido. A rotina das duas últimas semanas era simples, enquanto Beckett cuidava da filha, Castle escrevia. A reunião dele com Gina era dali a três dias. Estava na reta final de seu draft. 
Sorrateiramente, ela escorou-se na porta do escritório para observa-lo. Castle estava de pé fitando o monitor a sua frente que continha um emaranhado de informações a exemplo do primeiro modelo que vira anos atras quando o conheceu e ele se aventurava na primeira historia de Nikki Heat. Seu quadro de evidências da ficção como ele mesmo gostava de chamar. Castle estava de costas para ela, tinha a mão no queixo e vez por outra se aproximava do monitor e mexia em algo. Trocava uma anotação de lugar, checava uma foto, pegou até o notebook para escrever uma ideia a fim de não perde-la. 
Observar o marido trabalhando era muito interessante e de repente, Beckett percebeu o quanto era prazeroso também. Desligando-se do quadro, ela passou a examinar o marido. Seu corpo, seus movimentos. Pela primeira vez em algum tempo, teve uma vontade louca de beliscar aquele bumbum imponente, não apenas isso, queria tirar suas roupas também. Estava sentindo desejo outra vez? Sorriu. Sim, flashbacks de longas noites fazendo amor com ele voltavam a sua mente e como resultado, ela experimentou um arrepio em sua pele. A mente pensava em cada passo para tirar a roupa de Castle, cada gesto. Sentir seu corpo, sua pele, toca-lo por inteiro. Quase podia inspirar o perfume característico dele. Percebeu que seus mamilos rapidamente se eriçavam. No fundo, apesar das respostas de seu próprio corpo, Beckett não se acha completamente pronta para voltar a fazer amor com ele ainda. Ou ela assim pensava. Claramente o desejo existia, então porque ela não dava o proximo passo? 
Lily. De certa forma, ela ainda sentia-se insegura quanto à fase que vivia. Se voltasse sua atividade sexual normal estaria influenciando em algo para a filha? Teria problema? Eram perguntas que Beckett não sabia as respostas e por esse motivo, ela preferia esquecer o assunto por mais um tempo. 
Isso não a impedia de abraçar e beijar o marido. Foi o que fez seguindo o impulso que a tomava. 
— Hey… que surpresa boa. Posso assumir que Lily dormiu. 
— Dormiu. E você? Como anda o seu draft? 
— Bem, preciso apenas terminar mais duas cenas e finalizo o que irá compor os cinco capítulos. Depois é só escrever. 
— Espera, você está dizendo que ainda não escreveu nada? 
— Claro que sim. Escrevi o resumo de toda a historia e os três primeiros capítulos. Mais dois e reviso tudo antes da reunião com Gina. 
— Ótimo! - ela ainda estava agarrada à cintura dele. Curiosa, passou a observar os detalhes expostos no monitor. No canto superior direito, ela viu um sticky note com o seguinte titulo: “Para depois”. Logo abaixo havia dois pontos que chamaram sua atenção. Visita secreta e briga com uma informação entre parêntesis “passado - agente CIA?”. No mesmo instante, não conseguiu se conter - Castle, o que significa aquela nota ali?
— A curiosidade matou o gato, capitã. Eu avisei que não darei spoilers. 
— Não quero spoilers. Estou perguntando se essa nota se refere a aquela sua personagem chata dos outros livros. 
— Não vou lhe responder. Terá que esperar. A única coisa que posso dizer é que não existe historias de Nikki sem angst. Caso contrário nem teria chegado tão longe. 
Beckett beijou-lhe as costas e forçou a virar-se de frente para ela a fim de sorver seus lábios por um instante. As mãos acomodaram-se no bumbum dele - hum… melhor assim - beliscou de leve, tornou a olhar para o monitor. De repente, ela se afastou um pouco apenas para agarrar com as duas mãos a gola da camisa que ele vestia - vou lhe dar um aviso. Se seu angst envolver aquela agente idiota ou qualquer problema entre Rook e a personagem inspirada em Johanna, não será Gina quem boicotará seu livro. Serei eu. 
— Ow! Detecto ciúmes, capitã? Se não estou enganado, você já tinha feito essa ameaça antes. Está mesmo preocupada com Rook. 
— Nikki e Rook estão bem. Não precisam de ninguém para atrapalha-los. 
— Bem, você terá que esperar eu terminar o livro. 
— Veja lá o que vai aprontar, escritor - ela sentiu os braços de Castle puxa-la com mais força colando seu corpo no dele. 
— Eu adoro essas suas demonstrações de ciúme e possessão. 
— Possessão? 
— Sim, Rook é de Nikki e eu sou seu. Fim de papo, desse jeito - ele sorveu os lábios dela em um beijo intenso. A temperatura entre eles esquentou e quase sem fôlego, Beckett quebrou o beijo ao sentir seu corpo reagir ao ato. Procurou disfarçar e afastar os pensamentos que estava tendo da sua mente. 
— Estou com fome. Que tal fazer uma pausa e comermos algo juntos? 
— É uma ótima ideia. 
— E Castle? Você vai se superar nesse livro, posso sentir. 
— Hum… deu para ter poderes de vidente agora, Beckett? 
— Não, apenas palavra de sua musa - ele a beijou carinhosamente nos lábios, de mãos dadas seguiram para a cozinha. 

Hospital Presbiteriano de Nova York

O dia que começara pacato, dava sinais de que continuaria assim. Johanna estava checando seus pacientes de rotina do pós-operatório e pensava em convidar o namorado para um café na frente do hospital. A ultima vez que checou, Paul estava conversando com o residente sobre a carga da faculdade. 
Paul estava na recepção. As enfermeiras acabaram de trazer um prontuário de alta para que assinasse. Como já estava conversando com o residente há bastante tempo, decidiu que era seguro tirar uma dúvida com ele. Desde a última visita a Castle, Paul se perguntava que diachos significava aquilo que o escritor colocara naquele pedaço de papel. 
— Posso mudar de assunto? 
— Claro, Dr. Gray. Devo estar me tornando chato com tudo que falei. 
— Não é nada disso. Eu só preciso descobrir algumas coisas. Você curte videogame? 
— Claro que sim. Adoro desde menino. É ótimo depois de um plantão estressante. 
— Já me disseram isso. Então, eu tenho esse amigo que adora jogar e outro dia conversamos sobre o assunto e ele me entregou um papel com anotações, porém não me explicou o que fazer com isso. A razão foi a presença de nossas mulheres, só que não sou capaz de decifrar o que ele quis me dizer - ele mostrou o papel para o rapaz - por acaso, você saberia me dizer o que é? - o residente examinou o papel e sorriu. 
— Eu sei. Seu amigo lhe deu acesso a um site de jogos. Provavelmente quer que você experimente. Basta digitar esse endereço online e se cadastrar. Deve estar querendo que você sinta o gosto de jogar. Qual a plataforma que ele joga? 
— Todas? - eles riram - estávamos falando do XBox. 
— É, esse site tem jogos bem ao estilo dos que se joga online com o XBox. Sugiro experimentar. 
— É, vou fazer isso na minha folga sem Johanna por perto. Se ela me vir jogando nem sei o que pode fazer comigo. 
— Falando nela… - Paul se virou para fitar a namorada que caminhava em sua direção - terminou suas rondas? 
— Sim, todas as necessárias por agora. E você? Nada excitante? 
— Nao, acabei de dar alta a um paciente. 
— Ótimo! O que você acha de me acompanhar para um café do outro lado da rua? Não parece que algo urgente vai surgir nos próximos trinta minutos. 
— Isso é um convite? - sorriu - claro que aceito. Vamos trocar de roupa, não precisamos dos nossos uniformes e jalecos enquanto saboreamos um café - eles estavam prestes a desaparecer no corredor quando a chefe da cirurgia geral aparece chamando-os. 
— Dr. Marshall, Dr. Gray. Ainda bem que os alcancei. Esse hospital está prestes a se transformar em um campo de batalha. Acabei de receber a informação de um grande acidente de transito envolvendo três carros sendo um deles um micro ônibus escolar que voltava de uma visita ao museu de antropologia. Muitos feridos e vários em estado grave. 
— Crianças? - perguntou Johanna. 
— Sim, entre 8 e 10 anos. Já chamei os dois cirurgiões infantis. A SUV está destruída. Dois passageiros em estado grave, um dos airbags não funcionou adequadamente. O outro sedan, três pessoas. Devemos receber uma média de cinco ambulâncias para começar. Haverá mais. Os casos simples estão sendo enviados para outro hospital. Preparem as equipes, precisamos de residentes operando se for o caso. 
— Tudo bem, nós faremos isso - disse Paul. Ele trocou um olhar com Johanna, ela entendeu. Lá se foi a chance de tomar um café descente na companhia de seu namorado. Prioridades. Tinham vidas para salvar. 
A chefe tinha razão, a entrada da emergência tornou-se uma loucura, pacientes gravemente feridos iam direto para exames ou para uma sala de cirurgia. Alguns passavam por uma triagem com os residentes, raios X, tinham seus ferimentos examinados, outros iam para aparelhos ou direto receber medicação. Um dia regular de trabalho. 
Duas horas depois, além dos feridos do acidente ambulâncias chegavam ao hospital com mais pacientes. Sem contar os familiares que vinham desesperados por respostas. Um das pessoas da colisão fora operada logo que chegou com costelas quebradas e um pequeno coágulo no cérebro causado pelo impacto da batida. Johanna que a operou estava preocupada com ela. Era a motorista da SUV e continuava na UTI instável. A médica estava lidando com outro paciente quando seu nome soou no sistema de som. Código azul na ala da UTI onde a tal paciente estava. Ela ordenou o residente para continuar seu trabalho e saiu correndo pelo corredor. Ela podia ver a comoção ao redor da cama. 
— O que aconteceu? 
— A pressão caiu, o coração parou. Estamos tentando ressuscita-la. 
— 10mg de epinefrina - Johanna assumiu o controle da paciente - carregue para 200. Afastem-se! - as batidas surgiram. Analisando de perto ela entendeu - ela está sangrando por dentro. Aciono o cardio. Ela precisa ir para a cirurgia agora. Preciso de uma sala - ela coordenou com as enfermeiras e o outro residente. Saíram empurrando a maca pelos corredores. A paciente conectada aos aparelhos. Uma das enfermeiras que fora na frente para acionar o cardiologista  a interceptou no corredor. 
— Dr. Marshall, todas as salas de cirurgias estão ocupadas. 
— Como assim? Não é possível. Ela precisa ser operada agora! 
— Sinto muito. A ultima sala disponível acabou de ser reservada pelo Dr. Gray. 
— Ah, droga! Qual é a sala?
— Sala 5, doutora.  
— Ótimo! É para lá que vamos. 
— Mas doutora… - Johanna olhou de um jeito fulminante para a enfermeira fazendo um grande “shhhh” a fim de cala-la. No momento que chegou na frente da sala, viu Paul dando instruções e empurrando o carro com o seu paciente. 
— Paul! Espera! Eu preciso dessa sala. 
— Eu vou operar agora. 
— Minha paciente está sangrando. Hemorragia interna, não posso perde-la. 
— Dr. Marshall, eu esperei meu paciente estabilizar por uma hora para que pudesse opera-lo. Ele precisa reparar o pulmão. Há um nódulo nele que pode romper a qualquer instante. Não posso, doutora. 
— Não dê uma de chefe para cima de mim, Paul. Dr,. Marshall.. ugh! - ela remendou - minha paciente já esteve em cirurgia mais cedo para a retirada de um coágulo do cérebro e remendar as costelas. Está com hemorragia interna. Acredito que isso é suficiente para lhe dar prioridade. 
— Você vai querer discutir prioridades? Vai brigar comigo para ter a sala? 
— Se for preciso para salvar minha paciente, vou sim! Ela estava dirigindo a SUV, tem três filhos. Um deles não tem dez meses. Ela não teve culpa. A família precisa dela. Não vou desistir. 
— E por que meu paciente não merece a chance? - Paul começou a enumerar porque ele deveria ter a sala. De repente, estavam gritando um com o outro a ponto de não perceber o que se passava ao redor deles até o som da maquina apitar anunciando que a paciente de Johanna estava perdendo ritmo cardíaco. 
— Estamos perdendo-a! - o residente falou. Rapidamente, Johanna começou a massagem cardíaca. 
— Desfibrilador! Carregue para 200. Afastem-se! - ela pressionou o aparelho contra o corpo da mulher - isso é sua culpa, Paul! Carregue novamente, 200 - outro choque - finalmente a linha do monitor deixou de ser reta e começou a mostrar os picos. A paciente estava voltando - droga, droga! Ela não tem muito tempo. Oh, Deus! Oh, Deus! - Johanna lutava para manter a paciente estável que nem reparou a enfermeira chamando. 
— Dr. Marshall, por favor… Dr. Marshall - nada, então a moça não teve outra alternativa além de gritar - Dr. Marshall! 
— Johanna! - Paul gritou. 
— Pare de gritar comigo, Paul! Que droga! Preciso pensar - mas ele a segurou pelo braço fazendo-a fita-lo. 
— Joh… - ele disse suavemente - a enfermeira Robbins está tentando falar com você - ela caiu em si. 
— A sala de cirurgia 3 foi desocupada, doutora. Podemos usa-la - Johanna suspirou. Puxou o braço se livrando do contato com Paul. 
— Obrigada, vamos movê-la - antes de ir, ela fitou o namorado mais uma vez. O que Paul viu em seus olhos foi raiva. Não tendo tempo para lidar com isso no momento, ele entrou na sala de cirurgia para cuidar de seu paciente. 
Após três horas de cirurgia, Johanna conseguiu estabilizar a paciente e colocou-a em coma induzido. Estava exausta. A cirurgia fora difícil e toda a irritação anterior com Paul drenara sua energia. Pelo menos tinha boas noticias para a familia. Ao chegar na sala de espera, a médica encontrou o esposo da paciente com uma das crianças no seu colo dormindo sobre ele. 
— Com licença. Sr. Barry? - o homem olhou para ela assustado - sou a Dr. Marshall. Eu sou a médica responsável pela sua esposa desde que ela chegou no hospital. Tive que fazer duas cirurgias nela, a segunda devido à instabilidade de seus sinais vitais, demorou mais tempo e tive que coloca-la em coma induzido para proporciona-la uma melhor recuperação. Ainda não sabemos a extensão do coágulo. Temos que esperar que acorde. 
— Coágulo? Mas minha esposa estava em um carro e-eu não… entendo.
— O airbag não funcionou adequadamente. Ela bateu com a cabeça e fraturou duas costelas. 
— Meu Deus! Meu Deus! Penny… ela vai ficar bem? 
— Ela está estável por hora. Estamos monitorando-a na UTI 24 horas. Se quiser vê-la, posso leva-lo até lá. 
— Sim, por favor. Esse é Mike - disse ajeitando o menino nos braços - meu mais velho. Sete anos. Ele é louco pela mãe. Faz tudo por Penny. Tem problema se eu o levar no colo? Não quero acorda-lo apesar de não querer que ele a veja, você sabe, nesse estado. 
— Entendo, se quiser eu posso pedir a uma enfermeira para tomar conta dele. Deixe-o no sofá, se acordar diremos que você foi ao banheiro. 
— Parece bom - ele aconchegou o garoto no sofá com cuidado. Johanna fez sinal para uma das atendentes de enfermagem e explicou o que queria. Em seguida, guiou o homem para ver sua esposa. 
O dia pareceu não ter fim. De fato, a troca de plantão deveria ocorrer às seis da tarde, porém mesmo com a chegada de Daniel para substitui-los, Johanna e Paul continuaram trabalhando incansavelmente até as nove da noite quando a chefe finalmente os expulsou do hospital notando o quanto eles estavam cansados e estressados. Não era para menos, estavam a quase oito horas sem parar cuidando de pacientes críticos. No conforto, Paul trocava de roupa quando Johanna entrou esfregando os olhos. Ao vê-lo, fechou a cara e começou a juntar suas coisas. 
— Quando estiver pronta saímos. Vamos direto para casa, Joh. 
— Você pode ir. Eu preciso ir a um lugar antes - mentira, ela acabara de inventar isso apenas para não ir para casa com ele. Queria um tempo para si antes que ele a questionasse sobre o que acontecera horas antes. Talvez fosse apenas uma forma que encontrou para puni-lo. A raiva ainda borbulhava em seu sangue. 
— Joh, deixe de bobagem. Vamos para casa - ele tentou se aproximar dela, porém notou a forma como ela o evitava - tudo bem, você quer ficar emburrada e fazendo cena, por mim fique à vontade. Vou para casa - Paul pegou suas coisas e saiu pela porta. Johanna suspirou. Ela somente precisava esfriar a cabeça. Não tendo realmente um lugar para ir, ela pegou o metro e soltou na estação mais próxima de casa. Reparou que um café ainda estava aberto no quarteirão seguinte ao apartamento. Decidiu ir até lá. Comprou um café. Enquanto esperava os olhos pareciam perdidos, a cabeça vazia impossibilitada de formular um único pensamento. Ao entregar-lhe o café, o barista perguntou. 
— Noite difícil?
— Noite, dia, você não imagina o quanto. 
— Posso perceber pelo seu semblante cansado. Tem certeza que não quer comer alguma coisa? 
— Não, eu moro no próximo quarteirão. Só precisava de um instante para ficar sozinha e refletir. 
— Vá em frente. Eu só fecho à meia-noite - com um pequeno sorriso, ela agradeceu e sentou-se em um dos sofás. Tentou relembrar os acontecimentos do dia com Paul. Por que ficara tão chateada com ele? Na verdade, ele não fizera nada errado. Estava agindo em pró do melhor para o seu paciente como ela. Tudo bem, ela não gostou do jeito como se dirigiu a ela quando já havia usado o primeiro nome. Por que a chamou de Dr. Marshall? Era como se quisesse impor sua autoridade, mandar um recado de que ele ainda era o chefe. Aquilo não soou somente como a hierarquia do trabalho, Johanna sentiu que ele agira como se fosse seu dono. Isso que a incomodou. E ao segurar seu braço mesmo que fosse para chamar sua atenção para a enfermeira, ele completou o ato que a irritara. Somando-se todo o estresse do dia, o medo de falhar com sua paciente, Johanna ficou com os nervos à flor da pele e com raiva de Paul. Eles teriam que conversar. Meia hora depois, ela levantou-se e seguiu para casa. 
Ao abrir a porta do apartamento, se deparou com Paul já de pijamas comendo um cookie. Era óbvio que ele já jantara. Ao vê-la, ele falou. 
— Deixei um resto de coleslaw e dois pedaços de frango para você na geladeira. Não estava a fim de cozinhar, passei no mercado e comprei o jantar. Fique à vontade. Vou para o quarto - antes de dar as costas para ela, perguntou - como está sua paciente? 
— Estável. Ainda não sei a extensão dos danos - ele fez o movimento para ir para o quarto, ela se antecipou e segurou seu braço - Paul… espera. Precisamos conversar sobre o que houve hoje. 
— Eu entendo, Joh. Foi o estresse do dia, a responsabilidade. Não tenho problema com isso. Foi uma discussão de dois profissionais querendo o melhor para as vidas em suas mãos. 
— Não foi apenas isso. Se você não sabe ou não percebeu, eu preciso falar. Sente-se, Paul - ele obedeceu. Lado a lado, Johanna começou a falar - eu concordo que o nível de estresse foi alto o bastante para nos fazer agir estranhamente. O problema não foi somente isso. Todos sabem que temos um relacionamento contudo lutamos para deixa-lo fora do hospital, acredito que ambos não queremos nosso trabalho prejudicado por nossa vida pessoal. 
— Está certa. E no meu ponto de vista isso não aconteceu. 
— Então não concordamos e tenho mais de um ponto. Primeiro, eu me dirigi a você usando o primeiro nome, naquele momento queria sua atenção para algo importante. Só que quando você me respondeu usando o titulo e o meu sobrenome, eu senti que estava me diminuindo, me colocando no lugar de subordinada e chefe. Eu odiei aquilo. Somos adultos, profissionais competentes e se me dirigi a você de uma forma, por que usar de autoridade? 
— Joh, não foi nesse sentido. Não estava mostrando superioridade. 
— Mas foi o que pareceu e não somente para mim. Deus! Eu estava quase desesperada para salvar a vida da minha paciente, preocupada e brigar com você, fazer uma cena aos gritos no meio do hospital onde trabalhamos era a última coisa que pretendia. Eu fiquei morrendo de vergonha das enfermeiras. Então, veio a gota d’ agua. O jeito como me segurou e gritou meu nome, e-eu parecia sua propriedade. Alguém que está ali somente para ser mandada. Mesmo que a intenção fosse chamar minha atenção para a possível solução do empasse em que estávamos. Eu não gostei. Não me senti bem e juro que se qualquer uma dessas situações for normal para você, eu não sei se estamos fazendo a coisa certa. O ditado é certo: onde se ganha o pão não se come a carne. 
— Joh, eu em nenhum momento tive a intenção de soar autoritário. Ambos estávamos nervosos. E por favor, eu não fiz por mal. Foi no afã do momento. 
— Eu não sou sua propriedade, um brinquedo. Sou uma profissional tão competente quanto você. Não pode roubar ou diminuir minha autoridade como médica e prejudicar o respeito dos demais para comigo. Não funciona assim. Batalhei muito para ficar servindo de capacho para alguém. 
— Eu sei. Você é uma médica brilhante. Não foi minha intenção, Joh. De verdade. Sinto muito. Não quero que fique com raiva de mim, nem magoada. Acho que não foi um bom dia para todos nós. 
— Nem tanto. Salvamos várias vidas. Foi um dia muito bom com uma certa turbulência no meio - ela passou as mãos nos cabelos - estou cansada. Vou tomar um banho - ela se levantou do sofá, mas Paul segurou sua mão obrigando-a a fita-lo. 
— Joh, você me perdoa? Prometo que é a última vez que irei faze-la se sentir assim, uma propriedade, um objeto. 
— Nunca diga nunca, Paul. Sabe, eu até sou a favor de um pequeno role play com um toque de possessão. 
— Mesmo? - ele a puxou para mais perto deixando uma das mãos deslizar até o centro dela. Johanna prendeu a respiração por uns segundos - quer companhia no banho? 
— Eu e a minha boca… - ela riu - por que não? Acho que nós dois precisamos relaxar depois do dia que tivemos - então ela foi pega de surpresa, em um rápido movimento Paul a ergueu do chão carregando-a em seus braços até o banheiro. 
Em meio a uma banheira com agua quente e cheia de espuma, Paul tomou-a em seus braços enchendo-a de carinho. Beijos, toques, mãos bobas. Ele instigava tocando o interior de suas coxas, o estômago, massageando os seios e puxando seus mamilos. Johanna apenas fechou os olhos e se entregou ao festival de caricias. Quando ele usou os dedos para penetra-la e brincar com seu clitoris, ela gemeu alto. 
— Ah, moreno… faz isso não…
— Finalmente, pensei que não ia ouvir essa palavra toda a noite. Era só Paul. Quer que eu pare? É isso que está me pedindo, Joh? - ele aprofundou os dedos provocando. 
— Não, por favor…não… - ele beijou-a intensamente fazendo Johanna gritar entre seus lábios ao senti-lo penetra-la de uma vez. Não demorou muito para que o orgasmo os tomasse, mesmo assim eles não pararam por ai. A brincadeira na banheira rendeu um segundo momento de prazer para ambos. Quando recuperou seu fôlego, Johanna deixou escapar o pensamento que rondava sua mente. 
— Quase desejo que nós briguemos mais vezes… fazer amor depois de uma briga é bem intenso. 
— Você realmente quer brigar mais? 
— Não! Eu disse quase. Além do mais, sexo entre nós é sempre bom. Não precisamos desse tipo de estimulo, moreno - eles riram - vamos, estou começando a ficar com frio e necessitamos de uma boa noite de sono se quisermos estar inteiros naquele hospital amanhã. Quer saber? Estou com fome. Que tal depois de se vestir você esquentar o jantar para mim e trazer na cama. Não tenho mais energia para sair do quarto. 
— E por acaso eu tenho? 
— Você se alimentou antes do exercício. Por favor? - ela mordiscou o lóbulo da orelha dele e fez uma trilha com os dentes na mandíbula dele até alcançar os lábios mordiscando antes de beija-los. Ao se separar, ele olhou para a namorada com cara de safado. 
— Sua chantagista! - Johanna gargalhou.               

XXXXXXX

Três dias depois, Castle se arruma pega seus papeis e o notebook, beija a filha e a esposa em sinal de boa sorte. 
— Vai dar tudo certo, babe. Gina vai adorar a historia. E se ela reclamar, sei que vai convence-la ou escrever de qualquer forma. 
— Hum… dando uma de Rebel Beckett? - ela riu - eu só não quero brigar. 
— Acho que não vai chegar nesse nível e se precisar, pode dizer a Gina que tem minha aprovação. A opinião da musa deve valer alguma coisa, não? 
— Mais do que você imagina, Kate. A palavra da musa para o seu escritor é tudo.  

— Te espero mais tarde para comemorarmos - ela beijou-lhe os lábios e Castle finalmente deixou o loft. 


Continua...

3 comentários:

Unknown disse...

Nossa Kah a cada fins você se superar mas,fiquei tensa só lê a parte do nosso casal de médicos lindos Joh e Paul brigando daquele jeito não foi legal que bom que ser entenderam e como diga -se de passagem foi quente muito quente 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥.
Agora falando de quentura a nossa linda Kate louquinha de desejo mas escondendo o jogo pro nosso escrito lindo isso não Ser faz BECKETT 😄😄😄😄😄😄😄😄
E Espo vendo.pelo em ovo ,já imaginando coisas coitado do Castle Ser caso ele encontram o Javier o clima pode ficar ruim entre eles; e Ryan como sempre sendo mas coerente isso é bom
Parabéns você como sempre arrasando nas suas fins obrigada e obrigada 💞💞💞💞💞💞💞💞
Ps.não demore muito a postar ❤❤❤❤❤❤❤

cleotavares disse...

Hum! A mamãe Kate se saiu muito bem no banho da pequena Lily, já já estará tirando de letra.
Que bafafá foi esse com nosso casal Grey´s, ainda bem que se resolveram e do melhor jeito.
E nosso casal preferido na seca, hum! não é mole não. Está na hora de alugar a dinda pra acabar com esse jejum e estremecer esse Loft.
E sobre o senhor Esposito... é uma topeira.

Vanessa disse...

Castle e Jo estão se entendendo bem com a pesquisa. Acho que ela não vai ficar chateada por não ter spoiler.
Serio que Espo apareceu para isso? Espero que ele não encha Kate com isso. Aff
Ryan sendo lindo como sempre.
Calma,Castle seis meses é muito tempo hahaha
Chegou a hora da aula de Joh. Kate se saiu super bem. E Joh foi uma maezona agora, ensinando com todo carinho e paciencia.
Amo a cenas entre as duas.
Kate toda babona com a cor da roupa combinar com os olhos do pai haha
40 dias com a pequena Lily, Kate toda maezona e Castle sendo o pai e parceiro incrivel.
Como lidar com Kate cantando para Lily e falando sobre vovó JB?
Ja mencionei que amo ela observar seu escritor em seu processo criativo. E ai ela começa a sentir e imaginar coisinhas hahahha
Claro que a capitã notou as anotações do escritor. Adoro essa Beckett mandona hahaha
Ciumes e possessão hahaha
Castle tranquilizando a esposa e musa. Kate está com medo de fazer amor com Castle? Cade Joh, gente? hahahah
Castle plantando a sementinha do mau em Paul hahaha
Se ele se viciar, ta perdido hahaha
Me senti em Greys agora, meu Deus quanta tensão, pude ouvir ate o barulhos dos aparelhos e tudo.
Eita que ele brigaram por causa da sala de cirurgia e Joh ta meio brava com ele. Ainda bem que ela conseguiu operar e a mulher está bem (dentro do possivel).
E ficou um climão entre o casal Grey. Em minha mente louca ja imaginei ela encontrando com Castle casualmente e Espo vendo e pensando besteira hahaha
Ela precisava de tempo, esfriou a cabeça e foi para casa conversar com Paul.Achei legal a maneira que eles resolveram as coisas.
Conversando, expondo os pontos e para terminar um banho bem relaxante hahaha
"Quase desejo" hahaha Acho que ela não pode reclamar hein hahaha
Castle vai ter a reunião com Gina, tão fofinho Kate dando apoio pra ele e dizendo que Gina vai aprovar.
Minha mente ja está na comemoração. Acredito que esse era o objetivo da autora hahahaha