Nota da Autora: Esse episódio foi bem engraçado e nos mostrou um novo lado de Kate, o de fangirl. acrescentei alguns elementos ao capitulo e espero ter mantido a fidelidade das personagens, especialmente dela. Espero que deem boas risadas e como prometido, tem algo a mais aqui.......alguem disse....
NC-17 Atenção!!!
Cap.6
Depois de passar por uma prova de confiança, tudo o que Beckett queria
era ter alguns dias de paz. Porém, os assassinatos continuavam ocorrendo. Claro
que nenhum nas proporções do 3XK, Castle continuava seguindo-a a cada cena de
crime. Nem pensou em se afastar por um tempo, sentia-se melhor ao lado dela. Por
algumas noites, Kate ainda acordava de supetão assombrada por pesadelos onde
ela não conseguia salvá-lo seja da cadeia, seja da morte. Aos poucos, eles
foram voltando à rotina normal. Revezavam as noites entre seus apartamentos já
que Castle também tinha que dar atenção a Alexis que insistira passar umas
noites com o pai. Kate também incentivara Castle para escrever tentando
deixa-lo um pouco longe do distrito. Eles estavam no distrito quando ela
sugeriu isso e a primeira reação dele não fora exatamente a que ela esperava.
- Por que você está me mandando escrever? Não me quer por perto?
- Não é nada disso. Apenas acho que você poderia se dedicar aos seus
livros, você mesmo disse que não tinha gostado das últimas páginas que
escrevera então porque não aproveita esse tempo para tentar resolver isso? Além
do mais, não tem muita coisa interessante acontecendo por aqui e logo você
estará apertado com um prazo a cumprir.
- Kate, essa é uma maneira de me manter longe daqui por achar que eu
talvez esteja traumatizado com o último caso, ou você está realmente preocupada
ou com saudades das minhas histórias?
- Talvez um pouco de cada... – ela sorriu e afagou a mão dele.
- Ok, eu irei passar um tempo me dedicando a escrever mas você terá que
me prometer que se aparecer um caso bom, realmente interessante vai me avisar.
Promete?
- Prometo.
Fazia quase duas semanas que aquela loucura toda ocorrera, Kate estava arrumando-se
na frente do espelho e ao pegar as algemas para colocar presa a sua cintura
sorriu. Uma lembrança boa veio a sua mente.À
noite em que brincaram novamente com aquele par de algemas, afinal ela já prometera
a algum tempo que fariam isso.
Estavam no apartamento dela. O clima tinha esquentado entre eles e Kate
já estava apenas de calcinha e soutian no meio da sua sala. Castle estava de pé
envolvendo-a pela cintura. Eles trocavam um beijo sensual e um pensamento
safado surgiu na mente dela. Conduzindo-o até uma cadeira, ela o fez sentar.
Devagar, ela desabotoou a camisa e se livrou dela. Espalmando as suas mãos no
peito dele, ela tornou a beija-lo apenas para envolve-lo e distraí-lo para o
seu próximo movimento. Kate pegou as algemas e prendeu um pulso e outro,
surpreendendo Castle com o gesto. Agora, ele estava com as duas mãos presas
atrás da cadeira e era ela quem ditava as ordens e comandava o ato. Kate provou
cada centímetro do corpo dele com os lábios e as mãos. Sentou-se no colo dele e
provocou-o tirando o soutian sabendo que ele não poderia toca-la. Abraçou-o
enquanto devorava os lábios dele e mantinha sua pele colada a dele. Movia-se
propositalmente de modo que em pouco tempo podia sentir a ereção pressionando
sobre a calça. Ela livrou-se da calça e após tirar o membro dele do boxer, ela
o acariciava com as mãos fazendo Castle gemer. Ela adorava o som da voz dele
meio rouca chamando seu nome. Totalmente nua, ela ficou de frente para ele e
acomodou o membro dentro de si. Voltando a beija-lo, ela começou a mover-se no
colo dele. Castle estava adorando tudo aquilo mas estava louco para toca-la.
Com um esforço, ele mexeu a cabeça seus lábios conseguiram saborear um pouco da
pele dela, vendo que ele sentia falta do toque, ela mudou de posição de modo
que o movimento embalado pelo sexo pudesse deixar seus seios próximos do rosto
dele. Castle conseguiu abocanhar um deles e sugou-o com vontade. Kate já estava
à beira de um orgasmo e aquilo apenas ajudou. Tomada pelo prazer, ela gemeu e
deixou o corpo tremer sobre ele mordiscando seus lábios para depois sorve-los
num beijo intenso. Apenas após isso ela abrira as algemas e Castle a agarrou
com firmeza passando as mãos por todo o corpo dela e a tomando num beijo quase
selvagem. Ela gritou quando ele a arrebatou do chão levando-a em seus braços até
a cama onde ele retribuíra toda a provocação que ela oferecera a ele.
Ao lembrar disso, Kate sentiu um calor súbito dominar seu corpo.
Percebeu que seus mamilos estavam rijos e despontando pela camisa branca e
podia sentir a umidade se formando em seu centro. Desfez os primeiros botões da
blusa. Nesse instante, Castle entra no quarto com uma caneca de café para ela.
- Kate pensei que já estivesse pronta, vamos nos atrasar assim e...
Mas ele não terminou a frase, Kate avançou sobre ele sugando os lábios.
Ele a envolveu nos braços e cedeu aquele momento de surpresa dela. Ao quebrar o
beijo, ela consultou o relógio e sugeriu.
- Temos vinte minutos. O que acha de usar dez deles para nos animar?
- Como quiser... seu desejo é uma ordem - e ele foi logo abrindo as
calças.
XXXXXX
Depois do almoço, Kate estava concluindo o relatório de um caso que
fechara no dia anterior quando o celular de Castle tocou. Era a editora
chamando-o para uma reunião de última hora. Ele desligou e explicou que
precisava ir.
- Mas quando eu chegar em casa, não me importaria de continuar a nossa
pequena loucura da manhã e quem sabe você não me conta de onde veio aquilo
tudo?
- Quem sabe, Castle...
Ela aproveitou a saída dele para checar algumas coisas pessoais que
ainda mantinha em segredo para ele. Checando seu email, ela encontrou o que
procurava. A confirmação de seu grupo sobre o tal encontro que aconteceria dali
a dois dias na SuperNovaCon. Ela ainda não sabia como faria para despistar
Castle sem se comprometer. Podia dizer a ele que era um mimo, um presente para
ele mas como disfarçaria suas reações? Tinha dois dias para achar um meio.
À noite, ela fora para o apartamento dele e o encontrou animado no
escritório. Haviam caixas de livros pelo chão e na mesa.
- O que é tudo isso?
- Ah, que bom que você chegou. Material de exposição. A reunião com a
minha editora foi sobre uma convenção sci-fi, SuperNovaCon conhece? Tinha
esquecido completamente que devo estar lá para autografar meus quadrinhos de
Derek Storm. Agora estou verificando as mídias e vendo se não tem nada para ser
mudado antes da convenção – ele foi até ela e deu-lhe um beijo rápido na
bochecha. Parecia um garotinho todo alegre com a possibilidade de ir a Disney.
Ela não pode deixar de sorrir observando o jeito dele e de certa forma isso
poderia ser uma desculpa para ela mesma ir à convenção sem ter que se explicar.
- Ah, que ótimo... quadrinhos, ficção cientifica e Richard Castle. Quem
precisa de assassinatos?
- Eu sei! Vem cá, deixa eu te mostrar as coisas... – e Kate cedeu a
alegria dele ao vê-lo mostrar com orgulho o material.
Supernova Con
- Capitão, novo contato nos censores de longa distância. Nave Creaver se
aproximando rápido.
- Pare a aproximação. Oráculo... chances da tripulação sobreviver se
colidirmos?
- Nossas armas estão desativadas. A nave alienígena tem poder de fogo
superior. Chances de sobrevivência...0,1%.
- É uma previsão otimista – disse o capitão - Viveremos para lutar mais
um dia. Preparem-se para decolagem.
-Capitão Max, a tenente Chloe não se teletransportou de volta.
- Suspendam a decolagem. Não partiremos sem ela.
- Mas, senhor, se não sairmos a tempo, toda a humanidade estará perdida.
- E se não esperarmos pela tenente Chloe, nossa humanidade estará
perdida.
- Capitão, os Creavers estão disparando torpedos de íon.
A simulação de um ataque continuou proporcionando a experiência de estar
no comando de uma nave espacial para os ávidos fãs de Nebula 9. Ao final, uma
salva de palmas foram ouvidas e o capitão agradeceu dando as orientações
necessárias.
- Obrigado por servirem a mim hoje na Nebula-9 fan experience. Por
favor, voltem aos vestiários e deixem os uniformes com a atendente.
E que a
sorte... guie sua jornada.
- Cara, o oráculo parece de verdade.
- Acho que ela é de verdade. E acho que está morta!
- E aqui está.
Beckett estava sozinha no distrito. Castle estava na convenção
científica e claro ela pretendia fazer uma visita a ele mais como uma desculpa
para estar na convenção e explorar também. Ela havia recebido mensagens sobre
atividades bem interessantes incluindo uma fan experience que ela queria muito
experimentar. O telefone a sua mesa tocou. Um novo assassinato. E quais as
chances de um assassinato ocorrer exatamente na convenção de ficção cientifica
e ainda mais no stand de Nebula 9? Beckett sorriu. Poderia ser a chance que
precisava para curtir o evento sem levantar muitas suspeitas. Ah, Castle ia
amar saber disso e ligou para o celular dele.
Na convenção...
Castle estava no stand da editora autografando os quadrinhos.
- Obrigado. Sou seu fã número 1.
- Obrigado por vir. Quão longe eles vão...
-Certo. Onde quer que eu assine?
-Pode autografar meus peitos? – ele ergueu os olhos imediatamente - Isso
realmente chamou sua atenção.
- O que está fazendo aqui?
- Saberia se atendesse o telefone.
- Se quer sua cópia autografada de "Storm Season," ficarei
feliz em conseguir uma sessão particular.
- Tampe sua caneta, Castle. Houve um assassinato aqui.
-Aqui na SuperNovaCon?
-Exatamente.
- Brilhante! Tem que admitir, este lugar é genial para matar alguém.
- Você veste uma fantasia, derruba o alvo e depois some no meio da
multidão.
- Parece que andou pensando nisso, Castle.
- Costumava vir muito aqui. Alexis e eu vínhamos todos os anos nos
fantasiar. Tinha que vê-la como uma pequena princesa Leia.
-E você era...
-Darth Vader, claro. Quem é nossa vítima? Dr. Octopus finalmente pegou o
Homem-Aranha?
Eles caminhavam pelos corredores em meio a varias pessoas trajando
uniformes ou fantasias. Beckett tentara conter a ansiedade ao falar as
informações do crime.
- Pense em uma espaçonave da TV.
-Borg Attack.
-Não.
- Cylon Skinjob? Por favor, diga Número
6.
- Não. Nebula-9 – e abriu um sorriso excitante.
-Sério?
-Sim.
- Desculpe. Como Nebula-9 é digna disso tudo? Foi cancelada há mais de
uma década após 12 episódios, o que foi muito.
- Achei que seria fã – Beckett visivelmente chateada com o fato de Castle
aparentemente não gostar de uma das suas séries favoritas.
- Sou fã de boas ficções científicas... "Star Trek,"
"Battlestar," aquela série do Joss Whedon. Mas Nebula-9? Não, não. É
tudo um falso melodrama e atuações sem vida.
Eles entraram na nave e Beckett sorria feito boba deixando escapar um
wow.
- Certo, é uma nave legal. O programa continua fraco, mas é uma nave
legal.
-Quem é nossa vítima?
- Anabelle Collins, 28 anos. Parece que foi assassinada e então colocada
na cápsula. Foi ela quem organizou toda essa Nebula-9 reencenação de fãs.
- Um impressionante esforço perdido.
- Concordo com você. Veja "Blade Runner", um futuro sombrio e
distópico com replicantes gostosas – disse Esposito e agora ela tinha que
aturar os dois falando mal da série, isso na estava indo bem.
- Não é? E você, Beckett? O que você...
- Encontrou algum parente próximo? – ela bem séria olhava para ele,
Esposito entendeu o recado.
- Perlmutter, bom te ver – disse Castle.
- Se o sentimento fosse mútuo...
- Quando ela foi assassinada?
- Baseado na temperatura do corpo, ontem à noite, entre 22h e 23h. O
problema é como ela foi assassinada.
- Acredito que morreu por causa desta fascinante punção de pequeno
diâmetro no coração dela.
- Apunhalada!
- Castle, pense. Como explicaria as queimaduras de 1º grau ao redor da
ferida?
- Queimadura de pólvora de arma de curto alcance – Castle sugeriu.
- Mas a queimadura deveria ter partículas de pólvora marcadas na pele. Não
só isso, haveria respingos de sangue.
- Então o que causou a ferida?
- Não faço ideia. Nunca vi nada desse tipo. Devo descobrir mais assim que
levá-la ao laboratório.
Ryan comunicou a eles sobre a ausência de testemunhas. Aparentemente
ninguém que estava ali presenciara o que aconteceu ou conhecia a vítima.
Beckett sabia que precisavam de testemunhas, alguém devia ter visto o assassino
entrar e sair da nave. Ela sugeriu.
- Deixem um recado no fã-site de Nebula-9 perguntando por alguém que
estava aqui entre 22h e 23h noite passada. E diga que vai encontrá-los na
frente da nave.
-Fã-site de Nebula-9? Ryan parecia intrigado.
-Sim. Eu sei que eles têm uma base de fãs... – Beckett viu o capitão
entrar na nave e não pode deixar de sentir o instinto de fã domina-la - muito
leal. Aquele é...
-Gabriel Winters, conhecido como o verdadeiro capitão Max Rennard.
Ele conhecia a vítima.
-E?
-Tentei falar com ele, mas disse que precisava de um minuto para
"meditar sobre a frágil natureza da vida humana".
- O minuto dele acabou – ela caminhou até ele - Oi. Sr. Winters, eu
sou... – estendeu a mão para cumprimenta-lo - detetive Kate Beckett e... – mas
ele nem sequer prestou atenção que Castle iria se apresentar. O drama se
instalou.
- Estou arrasado, arrasado pela tristeza. Lembro-me de quando o 1º oficial
Tate foi sugado para o buraco negro no episódio 6.
- Exceto que, neste caso, alguém realmente morreu.
- É.
- Sei que conhecia Anabelle. Tem ideia de quem poderia ter feito isso
com ela?
- Não tenho ideia. Anabelle era espetacular de todas as formas. Quando
Nebula-9 foi cancelado, injustamente, devo acrescentar – ele sorriu pra Kate
que também sorriu de volta - ela manteve vivo o interesse no programa. Como vou
continuar sem ela?
- Continuar a viver? – Castle dava corda ao drama.
- Continuar fazendo a fan experience. Ela me contatou há alguns meses, pediu-me
para fazer parte disso. Fiquei emocionado por retribuir à comunidade Nebula-9.
- Quando foi a última vez que a viu?
- 21h da noite passada, após a encenação acabar. Então voltei para o meu
hotel, passei a noite. Na última vez que vi Anabelle, ela estava sozinha na
ponte. E talvez a sorte... guiou a jornada dela. Mas o show tem continuar –
Castle revirou os olhos, pra que tanto drama com esse cara? - Quando acha que poderemos
voltar a funcionar? Em breve? Logo?
- Nós te avisamos. Enquanto isso, conhece algum membro da família de
Anabelle?
- Não. Mas os amigos dela, Audrey e Davis, gerenciam a cabine do
Nebula-9 lá embaixo – ele esticou os braços tocando em Beckett e Castle - Dispensados.
Eles conversaram com a amiga de Anabelle. Audrey era a melhor amiga
desde a escola. Eles se uniram pelo programa. Quando Anabelle iniciou o fã
clube de Nebula-9 eles a ajudaram. Ela disse que Anabelle estava muito
chateada, disse que alguém em quem confiou a traíra mas não sabia quem era. Ela
havia recebido ameaças depois que o FC decolou.
Anabelle comprou os direitos do programa por quase nada e começou a
fazer Nebula-9 websódios estrelados pelos 3. De onde o programa parou, como um
tributo. Nem todos viram dessa forma. Ela recebeu emails e alguns de ameaças de
morte.
- Davis não estava brincando sobre os e-mails. Escute isto: "Seus
chamados websódios profanam a memória de Nebula-9 e você deve pagar o preço
final."
- Não sei, Castle. Acredita mesmo que Anabelle foi morta por um fã
furioso de Nebula-9?
- Acho que se gosta de Nebula-9, você é louco o suficiente para matar,
sim.
Ela obviamente não gostou do comentário - Por que tanta raiva do
programa?
- Bom, vamos ver... porque é brega, ignora as leis da física e das boas
histórias, sem falar...
Ela estava ficando chateada e o seu telefone não parava de tocar, ela
cortou Castle - Certo. Entendi. É Perlmutter. Ele tem algo para nós – quando
virou as costas para deixar o lugar alguém chamou por ela.
- Kate Beckett? – ela virou e seu rosto mostrava espanto - K-Bex! Sabia
que era você. E ele a abraçou.
- Henry Barnett. Já faz... anos.
- Desde o nosso 1º semestre em Stanford.
- K-Bex? Perguntou Castle intrigado. Estava gostando daquilo.
- Eu... – tinha que sair dessa antes que Castle perguntasse mais - Podemos
conversar depois? Estou aqui a trabalho.
- Isso explica por que não está usando sua roupa de Nebula-9.
- Você... tem uma roupa de Nebula-9? – Castle não estava acreditando
nisso e Beckett apenas queria sumir. Ele olhava para ela com um sorrisinho no
rosto.
- Ela tinha algumas. Era uma grande fã. Deveria tê-la visto como tenente
Chloe. Espere. Você pode. Lembra daquela foto que todos tiramos? Eu a trouxe
para ser autografada – ele mostrou a foto e Beckett queria um buraco, agora
Castle ia zoar dela e do segredo - Somos nós naquela época.
- Isso não é bastante incrível?
-É bastante alguma coisa. Disse Beckett percebendo o jeito que Castle
olhara a foto e agora segurava o riso - Henry, preciso desta foto.
- O quê? Por quê?
- É negócio oficial da Polícia de NY – mostrou o distintivo - Não me
faça pedir de novo – precisava se tirar aquela foto das vistas de Castle e
Henry a entregou. Ela saiu andando. Castle ficou para trás rindo e agradeceu a
Henry.
- Obrigado.
Ela sabia que Castle não ia se contentar enquanto ela não desse o braço
a torcer e assumisse logo tudo.
-Eu era fã de Nebula-9. Grande coisa.
- Você era além de uma fã. Você se fantasiou. Você.
- Certo, eu era amante de ficção científica, nerd que vestia fantasia, e
quer saber? Não tenho vergonha disso ou de Nebula-9. Apesar do que acha, era um
programa incrível.
- Digo uma coisa, perdoo seu mal gosto se você... vestir o traje de
Nebula-9 para mim.
-Em seus sonhos.
-Veja minha vida. Meus sonhos se tornam realidade.
Ela revirou os olhos e bufou. Entrou no necrotério -Perlmutter.
-Det. Beckett.
-Perlmutter.
-E o não det. Castle.
-Tem a causa da morte?
-Foi uma queimadura, uma que penetrou tecido, músculo e osso, deixando
este perfeito buraco cilíndrico.
- Que queimadura faz isso?
- Uma criada por elevados níveis de radiação infravermelha. Os vasos
sanguíneos foram cauterizados devido o calor.
-Sugere...
- Ela foi morta por uma pistola laser?
- Por mais que seja contra meus princípios, o sr. Castle está... parcialmente
correto. Ela foi morta por um raio laser de alta intensidade. Ela olhou
boquiaberta pra ele.
- Um assassinato de ficção cientifica real...em uma convenção de ficção.
Só está melhorando.
De volta ao distrito, Beckett ainda tentava entender o que acontecia.
- Como é possível ela ser morta por um laser?
- Fácil. Atiraram com uma arma laser.
- Elas não existem, Castle.
- Na verdade, existem. Há uma pistola tática avançada de laser que faria
um buraco em um tanque a 8 km de distância.
- Li sobre isso. É maior que um caminhão.
- Está na cara que alguém fez uma versão portátil de mão.
- Como quem?
- Voltemos aos e-mails dos fãs enlouquecidos de Nebula-9. E quando digo
fãs enlouquecidos, não me refiro a você – ele passou a mão no ombro dela como
se fosse fazer um carinho apenas para brincar circulando na direção da face
dela - Você é uma mega fã.
-Isso é ótimo, vindo do cara que tem Boba Fett em tamanho real no
banheiro.
- Argumento aceito. Enfim, talvez um desses fãs, enfurecido com
websódios blasfemos de Anabelle, fabricou uma arma de Thorian funcional e, em
um ato de retribuição divina, atirou em Anabelle com a mesma arma de Nebula-9.
- Teoria interessante, mas interrogamos todos os fãs e todos têm álibis.
- Certo. Talvez não era um fã enlouquecido. Mas... o fato é que alguém
matou Anabelle com algum tipo de... – ele forçava a voz - arma laser.
-Vou falar com o Antibombas e ver se já ouviram falar de alguém que
possua uma...
-Arma laser. Castle remendou de novo fazendo-a sorrir.
-Uma arma laser funcional. Enquanto isso, com sorte, Ryan e Esposito encontraram
testemunhas postando na página dos fãs.
Mas Ryan e Esposito estavam tendo dor de cabeça para encontrar alguma
informação decente. Gente de todos os tipos e alguns até se recusavam a falar
dizendo que não falavam inglês. Espo ainda conseguiu se dar bem com uma garota
mas fatos do crime realmente era algo bem difícil. Estavam quase desistindo
quando finalmente uma fã afirmou ter visto. Ela e os amigos estavam bravos
porque a encenação havia encerrado e segundos depois ela entra com alguém. A
pessoa em questão era Stephanie Frye.
Castle brincou com Beckett pois sabia que ela interpretara a heroína de
Beckett, a tenente Chloe sendo assim, eles voltaram a convenção para
interroga-la.
- Estou triste em saber sobre Anabelle. Encontrei-a diversas vezes em
convenções assim. Parecia adorável.
- Temos testemunhas que viram vocês entrando na espaçonave pouco antes
da morte dela.
- Não acha...
- Estamos tentando descobrir o que aconteceu.
- Nada aconteceu. Conversamos. Foi algo breve. Eu tinha que estar no
tapete vermelho às 22h.
- Sobre o que conversaram?
- Se eu participaria de uma fan experience da Nebula-9.
- Sim, mas você distanciou-se do programa – o jeito que Beckett falou
soou como uma acusação de um fã revoltado, ela tentou amenizar
- Ou não? Ouvi
dizer que sim.
-Não me interpretem mal, interpretar a Tenente Chloe foi meu início, mas...-
e ela começou a rir debochando - Nebula-9? Não é exatamente um propulsor de
carreira.
-Eu sei. Castle concordara e Beckett estava ficando ainda mais irritada.
-Agora que estou finalmente sendo levada a sério como atriz, não posso
retroceder. Isso prejudicaria minha imagem. Então disse não a Anabelle. Ela
entendeu.
- Não sei se eu entendi. Por que ela te pediria se sabia que recusaria?
– Castle seguia fazendo as perguntas, afinal Kate estava muito chateada
digerindo tudo aquilo sobre a atriz que fazia seu personagem favorito.
- Ela estava desesperada. Disse que teria que cancelar se não tivesse um
membro do elenco original.
- Sim, mas e o capitão Max? – mais uma vez a veia de fã a traira - Gabriel,
Winters... Ela o tinha, não é?
- Gabriel é um cara complicado. Ela não entrou em detalhes, mas estava
tendo problemas com ele.
Ryan confirmou via telefone que Anabelle estava tendo sim, problemas com
o Gabriel, chegava atrasado para encontros com fãs e bêbado. Alem disso, no dia
anterior ele não aparecera para a convenção e Anabelle teve que arrasta-lo do
seu hotel onde o encontrou nu com duas garotas. Ela ameaçou demiti-lo e para um
ator decadente como ele isso era motivo para matar.
- Anabelle disse que foi traída por alguém em quem confiava. Talvez foi
o capitão Max – e então ele a viu e gritou - Meu Deus! Alexis?
- Pai? O que está fazendo aqui?
- O que está fazendo aqui vestida assim? – ela tinha boa parte do corpo
exposta numa fantasia.
- Somos Havacura. É uma tribo de assassinas que...
- Não usam roupas? Castle estava gritando. Não conseguia olhar direito
para a filha.
- Está exagerando. E está me envergonhando.
- Eu estou te envergonhando? Eu estou vestido.
-Pai!
Ao ver a angustia de Alexis quando Castle ameaçou jogar seu casaco sobre
ela, Beckett intercedeu puxando-o para tira-lo dali.
-Castle, fala sério. Vamos.
- Está me zoando? Viu o que ela está vestindo?
-Vi, não é tão ruim.
-Não é tão ruim? Como posso esquecer aquilo?
Beckett e Castle interromperam uma das experiências que Gabriel
comandava.
- NYPD. Desculpem, teremos que interromper. Todos para fora.
- Isto é ultrajante. Eu inclui você na vivência Nebula-9 e você a
estragou.
- Sr. Winters, onde estava ontem entre 22h e 23h? E não diga que no seu
quarto de hotel.
- Não pode estar insinuando que tive algo a ver com a morte de Anabelle.
Eu te disse tudo que sei.
- Então não se importaria de abrir mão de sua arma.
- Esta Pistola Thorian me foi dada pelo vice-chanceler de Loron quando
ajudei a salvar...
-Pelo amor de Pete – Castle puxou a pistola da cintura dele e disparou
contra o painel surpreendido pelo furo que fizera no mesmo, tal como o de
Anabelle - "Zap", disse a dama.
Você está tão ferrado.
Castle e Beckett observavam Gabriel pelo vidro. O cara é muito estranho.
Esposito veio confirmar que realmente aquela era a arma do crime. Beckett
ordenou que fosse avaliada pelos técnicos e descobrissem de onde viera.
- Posso ver como Anabelle se sentiu traída. Alguns caras não têm moral para
comandar uma nave.
- Isso mostra que, às vezes,pessoas não são o que parecem – disse
Beckett.
- Pela segurança de Alexis, espero que esteja certa, dado o que ela estava
vestindo.
-Castle, ela é adulta – ah sinais de machismo agora não Castle, ela
pensou.
-Que, enquanto falamos, está sendo cobiçada por milhares de marmanjos suados
e pervertidos. Isso é tão... errado.
- Posso citar o fato de que a fantasia que ela usava não é tão diferente
daquela que anda me pedindo para usar?
- Não diga isso! Que... Isso é confuso e perturbador. Talvez agora ele
entenda um pouco do que senti quando aqueles peitos estavam na cara dele.
Missão cumprida pensou Beckett.
Na sala de interrogatório, ela e Castle começaram as perguntas.
- Não tenho ideia de onde aquela pistola veio.
- É engraçado, já que estava na sua cintura.
- Peguei da mesa de acessórios, como sempre faço. Não sabia que era verdadeira.
Esperem. Acham que eu a matei e depois mantive a arma do crime comigo? Que tipo
de idiota faz isso?
Um idiota como você? Pensou Castle.
- Por que não nos disse que estava tendo problemas com Anabelle?
- Interpretei um advogado em um filme que não saiu. Conheço o sistema
legal. Isso só me faria parecer culpado.
- O oposto do que parece agora – Caramba esse cara é muito idiota pensou
Castle é realmente difícil pensar que ele poderia matar alguém.
- Acho que Anabelle estava cansada de suas farras de bebedeira e ameaçou
te demitir do único trabalho que tinha, então você a matou.
- Nada disso é verdade. Exceto, talvez, a parte das farras.
- Então ela não ameaçou te demitir?
- Sim, claro, o tempo todo. Mas ela nunca levou adiante. Sou a cara da
Nebula-9. Sou a razão desses lunáticos fazerem filas, por dias, na porta da
convenção.
A raiva foi tomando conta de Beckett, ela já não aguentava ver todos
zoando de sua série.
- Talvez agora façam fila na porta da cadeia.
- Anabelle e eu entramos em confronto em certas... escolhas de vida. Mas
tivemos um entendimento. Até a coloquei com seu namorado na inauguração da
quarta-feira.
- Boa tentativa. Ela não tinha namorado.
- Ela me disse que tinha.
- Olhe, o fato é, tem os meios, motivo e oportunidade. Verificamos com
seu hotel. Saiu às 21h45 e voltou às 23h. É a janela de tempo exata da morte de
Anabelle – disse Beckett que ficava mais irritada a cada minuto.
- Estava ocupado lidando com uma questão pessoal que prefiro não
discutir.
- Está sendo acusado de assassinato! Ela alterou a voz e Castle a tocou
intercedendo antes que ela descontasse sua frustração no cara.
- Olha, já sabemos do trio com a tenente Chloes. Quão ruim isso pode
ser? Castle falou.
- Bem, vamos dizer... minha... fraqueza pelos romances fugazes me deixou
com um desejo ardente de ver o meu médico ontem.
Kate sentiu um enjoo apenas de saber a que ele se referia. Franzindo o
cenho e colocando a mão na boca para tentar se acalmar, era nojento
demais.
- E isso só piorou.
Eles confirmaram o álibi. Beckett pediu para que Ryan investigasse o tal
namorado misterioso talvez ele fosse um suspeito já que Anabelle disse que
alguém a traiu. Também encontraram uma pista que rastreou um numero de série
até o fabricante da arma. Um endereço no Bronx. Beckett pediu para eles
voltarem a convenção e descobrissem algo do namorado, ela e Castle seguiriam a
pista do fabricante.
Ryan e Esposito não conseguira até aquele momento uma boa pista, apenas
que a pessoa que estava no bar com a vítima usava uma máscara de creaver e um
passe VIP da convenção. Pelo menos era um lugar para começar. Enquanto isso,
Castle e Beckett se depararam com o endereço. Na porta um aviso.
"Perigo. Não entre."
É o tipo de aviso que se espera ver no covil de um gênio do mal criador
de uma arma laser – disse Castle abaixando-se para ver pela abertura - Está um
breu lá dentro, mas a porta está meio aberta. Diria que é um convite. Você não?
- Só para se não for o caso. Kate sacou a arma e ambos entraram no
local.
- Polícia. Tem alguém aí? Kate gritou e do momento que fez isso, a porta
se fechou.
- Talvez devêssemos ter ouvido o aviso sábio – disse Castle. Ela
abaixara-se para ver se não conseguia abrir a porta sem sucesso. De repente,
uma sirene começou a tocar e vários lasers vermelhos surgiram no teto e
apontavam para eles até todos os feixes unirem-se em suas testas. Os corpos
grudados a porta.
- Levantem as mãos! Preparem-se para morrer!
Castle estava meio apavorado. Beckett deixou o medo domina-la diante da
situação porém apenas por alguns segundos. Com cuidado tirou o distintivo da
cintura e falou ainda receosa - Polícia. Abaixem suas armas.
E como num passe de mágica, os lasers foram desligados e as luzes
acesas. Um senhor todo empolgado falava para eles.
- Viram aquilo? Funciona perfeitamente. É inspirado no sistema de alvos de
um Star Destroyer Machbarian.
- Então acho que não vamos morrer.
- Por um apontador laser remoto? Não. Mas é perfeito para assustar qualquer
intruso. Precisavam ver o cara do carteiro. Quase se borrou.
-Com licença. Senhor... – Beckett tentava fazer o cara parar de falar, o
que foi em vão, parecia um vendedor nato falando de suas criações.
-Donnelly. Benjamin Donnelly. Provedor de Sci-Fi hardware para
diferentes entusiastas. Então, pelo que se interessaram? Um Klingon Batliff,
talvez? Uma pistola Cylon a laser? Um sabre de luz duplo?
-Tem um sabre de luz duplo? Isso chamou logo a atenção de Castle mas
Beckett cortou qualquer papo nerd que pudesse vir a seguir.
- Na verdade, procuramos por uma pistola Thorian.
- Uma mulher de bom gosto – ele abriu uma caixa e tirou de lá uma
pistola igual a que eles encontraram com Gabriel - Pistola de plasma com um
núcleo de tri-skellium, perfeita até o último detalhe.
- Incluindo sua capacidade de matar?
-Como é?
-Estamos investigando um crime e rastreamos a arma, chegando em você.
- Eu criei isto apenas para entretenimento. Nunca quis que machucasse ninguém.
Pistolas Thorian não matam. As pessoas que matam. Não posso me responsabilizar quando
saem da minha loja.
- Tudo bem, mas isso é uma incrível peça de armamento... Que eu não
quero disparar novamente.
-Espere. Você a disparou?
-Sim.
- Estava usando equipamento de proteção adequado?
- O quê? Não. Por quê? Que tipo de proteção? E o nível de paranoia de
Castle começou. O olhar do senhor apenas serviu para alarma-lo ainda mais.
-Você ficará bem.
Beckett pediu informações de venda e infelizmente ele não tinha um nome
nem como descreve-lo pois estava fantasiado apenas sabia que dirigia uma SUV
branca da Carolina do Norte. Castle continuava obcecado com o lance da
proteção. De volta ao distrito, Beckett continuava teorizando enquanto arrumava
as coisas para encerrar o dia porém Castle permanecia calado e pensativo
mexendo os dedos da mão.
- É como você disse, Castle. A fantasia permitiu que o assassino se
tornasse invisível. E é claro que ele seria um Creaver. Eles são inimigos natos
da tripulação Nebula-9 – ela olhou para ele, estava calado demais e percebeu o
que fazia - Castle?
- Eu pareço diferente para você?
- Não. Por quê?
Estou me sentindo formigando. Algo está errado. Estou começando a sofrer
mutação como o Hulk ou outra coisa. Pior, o líder. O que ocorrerá com meu
cabelo?
- Eu prefiro o dr. Manhattan. A pele azul combina com seus olhos azuis.
Ela falou sorrindo e flertando com ele mas a obseção de Castle era tão grande
que ele não prestou atenção achadom que ela gozava dele. Eles saíram caminhando
rumo ao elevador.
- Isso não é engraçado. E se o disparo da Blaster me tornou estéril?
-Você quer mais filhos? Essa revelação pegou Beckett de surpresa.
-Gostaria de ter a opção.
- Acho que você ficará bem, Castle.
- Mesmo assim, eu deveria me descontaminar. Tomar um banho descontaminante.
Eles entraram juntos no elevador e Beckett deu sua opinião no caso – O
que está sentindo é psicológico. Apenas porque o cara falou daquele jeito com
você. Relaxa, nada vai acontecer. Mas se você prefere se descontaminar vá pra
casa, se quiser aparecer sabe onde me encontrar. E antes da porta do elevador
se abrir ela deu um selinho nele. Com um meio sorriso, Castle foi para casa.
- Alexis. O que está fazendo aqui?
- Pensei que depois do que houve, você gostaria de falar a respeito.
-Não. Eu, não. E Você?
-Não.
Eles se olhavam de maneira estranha e logo desviaram o olhar indo cada
um para um canto da casa. Castle passou quase uma hora no chuveiro se
desintoxicando. Vestiu-se e observou-se no espelho. Tudo parecia normal. Ele
olhou para o lado e pensou, o que ele faria sozinho em casa? Pegou o celular e
ligou para ela.
- Hey, ainda está vivo?
- Hahaha muito engraçado. O que você está fazendo? Pensei em irmos a
SupernovaCon não para investigar, como pessoas normais, nerds como somos. Que
tal?
- Pensei que nunca fosse me convidar...
- Chego ai em dez minutos.
Ela vestia-se casualmente com uma calça jeans e camiseta branca apenas o
sobretudo e a echarpe completavam o conjunto. Eles caminhavam tranquilamente
pelos corredores, um ao lado do outro comentando os detalhes dos stands e Castle
ficou espantado pelo nível de nerdice de Kate. Os detalhes de Star Wars que ela
conversava com ele só faziam sorrir.
- Poxa parece que seu único erro foi gostar de Nebula-9.
Ela revirou os olhos diante do comentário. Detestava essa implicância de
Castle com algo que gostava. Continuaram caminhando na feira até o stand onde
ele autografava suas revistas em quadrinho. Ele pegou um exemplar e uma caneta.
- Acho que ainda não te dei o seu livro autografado.
Ela sorriu vendo-o assinar e deixando as três letras após sua
assinatura. ILY. Ele entregou o livro para ela que sentiu uma vontade imensa de
beija-lo naquele momento. Ela o puxou pela mão – vem aqui Castle – e se
esconderam atrás de um grande painel de Storm Season. Kate puxou-o pela gola e
beijou-o com vontade. Ao quebrar o beijo, Castle buscou por ar.
- WOW...isso tudo foi pelo autógrafo? Ela sorriu. Castle percebeu que
havia uma pequena fila se formando na frente do stand, olhou para ela mordendo
os lábios.
- Vai lá, vou ficar te observando...
Ele sentou-se na cadeira e começou a autografar os livros, Kate sorria
ao ver o jeito dele com os fãs, sempre atencioso, conversando e agradecendo.
Isso era um cara que merecia realmente a atenção, sabia tratar os fãs muito
bem, pensou. Nesse instante, uma loira aproximou-se da mesa inclinando-se para
Castle que estava de cabeça baixa. Kate viu quando ela abriu três botões da
camisa deixando exposto parte do soutian. Kate fechou a cara quando ouviu a
mulher pedir para ele autografar seu peito. Castle ergueu a cabeça meio
surpreso e viu que a mulher estava praticamente em cima dele. Kate não esperou
mais nem um minuto. Puxando o distintivo que trouxera para o caso de encontrarem
alguma coisa relativa ao caso, ela saiu de trás do painel gritando.
- NYPD! Mr. Castle venha comigo. Temos um assunto urgente que merece sua
atenção – e saiu puxando-o pela gola da camisa sem ao menos dar tempo de falar
qualquer coisa. Kate ainda viu a loira fazendo sinal com a mão imitando um
telefone e sussurrando “me ligue”. Assim que estavam atrás do painel novamente,
Kate largou-o contra uma coluna dando um tapinha no peito dele. Bufando ajeitou
os cabelos, tentado recuperar sua respiração e se acalmar.
- Calma, calma. O que foi aquilo? O que eu fiz?
- Nada. Droga! – ela passou a mão no rosto – detesto essas abusadas que
pedem para você assinar os peitos delas! São tão...tão... elas nem leem os seus
livros!
- Ow, Kate... isso tudo é ciúmes?
- É, ciúmes sim! Sou sua namorada e tenho direito a isso não? – ela
mordiscou os lábios e baixou o rosto meio embaraçada pela cena que fizera pra
ele.
- Hey, tudo bem. Estou lisonjeado e feliz. Não fiz nada e você está
certa, você é minha namorada.
- É... só quero respeito... – ele se aproximou dela para acariciar-lhe o
rosto – desculpe...
- Não peça desculpas, eu gostei de te ver com ciúmes. Acho que a nossa
aventura sci-fi já deu por hoje, vamos te deixo em casa.
Ela entrelaçou os dedos nos dele – Bom saber que o momento paranoia
passou...eu disse que era psicológico, você até esqueceu estando comigo.
Os olhos de Castle se arregalaram e ela riu, acabara de acordar o
monstro.Deixaram o local.
Na manhã seguinte no distrito, Kate olhava sorrindo a foto que tomara de
Henry. Sentia saudades daqueles tempos de inicio de faculdade, dos tempos em
que imaginava uma vida bem diferente para si. A tenente Chloe certamente
servira de inspiração para ela e olhando hoje, Kate não podia reclamar do que
conquistara, estava feliz. Esposito a tirou de seus devaneios e Kate guardou a
foto. Ele revelou que encontraram o cara da SUV, Simon Westport. Na van tinha
uma fantasia de Creaver. Beckett resolveu interroga-lo. ela perguntou da
pistola revelando que era a arma que matara Anabelle. Ele comprou-a para dar de
presente a ela. Tinham um lance mas não a matou. Ele deu a pistola a ela que
ficou emocionada a deixou sozinha alguns minutos quando voltou alguém discutia
com ela tentava beija-la. Houve uma certa confusão e Anabelle disse que estava
cheia de SuperNovaCon e dele, terminou tudo e ele partiu. O cara em questão era
Davis. Ela e Esposito decidiram busca-lo para uma conversinha afinal ele tinha
mentido. Encontraram Castle no elevador, e ao que parecia continuava obcecado
com o lance da contaminação apesar do que Beckett dissera a ele ontem. Nem
sequer deu bom dia e já foi perguntando.
- Digam-me, vocês acham que meu cabelo está afinando?
- Você não está perdendo seu cabelo, Castle.
- Então se eu acordar careca,você sentirá atração por mim? – a pergunta
pegou-a de surpresa e ela fez uma careta.
- Meu Deus. Você não sentiria.
-Eu não disse isso.
- Não, mas você pensou. Eu posso ver no seu...
- Com essa cabeça de abóbora? – provocou Esposito - Cara.
E entraram no elevador. Retornaram com Davis e foram direto a sala de
interrogatório. Castle se juntou a Beckett. Depois de reafirmar que a relação
dele com Anabelle era apenas amizade mas acabaram por descobrir que ele era
apaixonado por ela. então ele contou o que acontecera.
- Naquela noite eu já tinha bebido um pouco e a vi com aquele Creaver na
festa. Eles estavam se agarrando. E isso me matou. Não aguentava mais, tinha
que dizer como me sentia. E ela... Ela disse coisas horríveis. Disse que
estraguei tudo, que teria que contar à Audrey. E não sabia o que fazer.
-Davis, você matou Anabelle?
-Não. Eu estava no outro extremo do prédio quando aconteceu, no baile de
máscaras. Você pode verificar. Eu tentei consertar as coisas com ela. Disse que
estava bêbado e que deveríamos esquecer disso. Mas ela não queria. Ela disse
que uma coisa era viver uma fantasia, mas que não viveria uma mentira. E esta
seria nossa última convenção.
-Ela encerraria a encenação?
-Não só isso. Tudo. Ela disse que era hora de seguir em frente. Ela
decidiu vender os direitos de Nebula-9. Eles não valiam nada quando ela os
comprou, mas... ela fez a série ser popular de novo. Falavam de relançar a
série, talvez até fazer um filme.
- Isso significa muito dinheiro. Castle lembrou.
- Davis, quem fica com os direitos agora que Anabelle está morta?
Beckett perguntou.
- Vão para a Audrey. Por quê?
O álibi de Davis fora checado e estava meio que certo porem como estava
num baile de máscaras ainda podia continuar suspeito. Castle e Beckett voltaram
a convenção para falar com Audrey já que a mesma vendera os direitos de
Nebula-9 a um estúdio logo após a amiga morrer. Questionada, Audrey disse que
não matara a amiga e que se recusava a dar seu paradeiro. No cenário da fan
experience, Castle se divertia na cadeira de piloto enquanto Beckett estava ao
telefone.
- Vamos garantir que a história não esqueça o nome
"Enterprise".
- O cartão do hotel da Audrey foi usado às 21h48. E não foi usado
novamente o restante da noite.
- Ela pode ter saído e deixado a porta entreaberta. Ela teria tempo para
chegar aqui.
- Mas tudo que temos são provas circunstanciais e álibis fracos. Precisamos
de algo mais concreto. Kate andava pela nave sorrindo. E por um momento, ela
esqueceu o trabalho e apreciou o lugar.
- Não sei nem dizer quantas vezes sonhei em estar nesta nave – ela
encostou-se numa parede o sorriso ainda no rosto.
- Sonhos sensuais? Nunca é tarde demais para viver sua fantasia – disse
Castle forçando a voz e se aproximando dela.
- Você sabe que isto ainda é uma cena de crime? – ainda sorrindo.
- Verdade. Eca.
Ela se afastou dele e de repente decidiu. Não vou mais tolerar zombarias
e brincadeiras sem graça. Ela ia se abrir para ele contar o motivo daquele
fascínio todo por Nebula-9. Esperava que ele entendesse.
- Você está certo, está bem? Era uma série idiota. Era brega e
melodramática. Tipo, um punhado de cadetes numa missão de treinamento, quando a
Terra é destruída e só restaram eles da humanidade? – ela estava sentada na
cadeira agora - Eu entendo porquê você odiava. Mas, Castle, também entendo por
que as pessoas amavam. Por que Anabelle amava. Era sobre sair de casa pela
primeira vez, sobre a busca de sua identidade e fazer a diferença. Eu amava me
vestir de Tenente Chloe. Ela não ligava para o que pensavam dela, e eu ligava,
na época – ele se aproximava dela observando o relato sincero e de certa forma
apaixonado, mais uma faceta de Kate Beckett que ele acabava de descobrir - Ela
era uma cientista e uma guerreira, tudo isso apesar de sua aparência. Era como
se pudesse ser qualquer coisa sem precisar escolher. Então não faça piada, está
bem?
Não, ele tinha um sorrisinho nos lábios encantado com o jeito dela. Certamente
não falaria mais nada que a deixasse chateada.
-Está bem.
- Além disso, minhas pernas ficavam incríveis naquela roupa – ela
provocou.
- Disso não tenho dúvi... ouch! – ele acabara de levar um choque. Ela se
levantou para ver.
-Qual o problema?
-Minha mão. O que isso significa? Estava mostrando na luz negra vários
respingos de alguma substância.
- Significa que você resolveu o caso.
Na nave de Nebula-9, todos aguardavam Beckett e Castle.
- Obrigada a todos por virem hoje.
-Achei que não tivesse escolha.
-E não tinha.
- Não entendo. O que fazemos aqui?
- Todos aqui tinham uma relação com a vítima. E cada um tinha motivo ou
oportunidade para matá-la.
- Srt.ª Frye, me daria a honra de uma pequena improvisação?
- Vai por mim, ela precisa de um roteiro – disse Gabriel implicando.
- Fico feliz em ajudar.
- Srt.ª Frye fará Anabelle Collins e eu serei o assassino. Anabelle
tinha posse da arma do crime na noite em que morreu. Não se preocupe, esta é de
brinquedo e entregou a arma para ela - O assassino confronta Anabelle. Para se
proteger, presumo, ela sacou a pistola. Eles lutaram pela arma. O assassino
ganhou... – ela não soltava a arma - Preciso que você não resista tanto.
- Eu te falei – zombou Gabriel.
- E pegou a arma. Anabelle foi morta por sua própria pistola. Ao simular
a morte, Stephanie arma uma cena mega dramática.
- Essa nem exagera.
- Cale a boca, Gabriel.
- Depois, o assassino escondeu o corpo de Anabelle na cápsula do
oráculo, sem saber que, ao usar a pistola, deixou evidências cruciais. A
emissão de energia da arma fez uma queimadura superficial na pele do assassino,
o que é visível sob luz ultravioleta. Marcando nosso assassino com a marca de
Caim. Ou, para vocês, fãs de Nebula-9, a marca de Claderesh.
- Simon, pode vir aqui, por favor? Beckett pediu. Nada. – Davis – e
também nada. Um a um eles foram se inocentando com a luz ultravioleta.
- Sr. Winters? – e a luz revelou o mesmo efeito na mão dele.
- Vejam bem... eu posso explicar.
-Foi você.
-Não. Eu tenho álibi.
-Álibis podem ser forjados.
- Não matei Anabelle.
- Então por que sua mão está brilhando?
- Porque... quando descobri que algum nerd estava fazendo pistolas
reais, vi que, se alguém deveria ter uma, era eu. Sou o capitão Max. Descobri
quem era e comprei a última. Esta é desta manhã. Eu a disparei em meu hotel.Tem
um buraco na parede. Pode verificar.
Beckett viu que Stephanie se encaminhava para a porta.
- Stephanie, aonde está indo?
-Eu só ia... – e então Beckett viu a marca sob a luz.
-Fique parada! Ela tentou fugir mas Ryan e Esposito estavam bem a porta,
desesperada foi até Gabriel e tirou a pistola dele mirando-o na cabeça.
- Vocês o ouviram, esta é mortal. Ninguém se mexe ou farei um buraco na
cabeça dele.
- Só eu acho esta situação estranhamente familiar? Disse Gabriel.
- Stephanie, por quê? – Beckett estava surpresa.
- Sabe o quanto eu trabalhei para me afastar da tenente Chloe? Para
fugir do mal cheiro deste programa? A fan experience já era ruim o bastante, mas
ela ia vender os direitos e tudo começaria de novo. Os filmes, a linha de
produtos, bonecos da tenente Chloe que balançam a cabeça- ela estava endiabrada
e Beckett se segurava para não perder a calma - Sabe o quanto trabalhei para me
tornar alguma coisa? Para me tornar uma atriz de verdade?
- Fala sério. Você não conseguiria atuar nem para salvar sua vida.
- Meu único consolo é que, quando eu te matar desta vez, não terá Empático
Andoriano algum para te trazer de volta à vida.
- Acho que não – disse Gabriel e dando um soco no estomago dela, virou-a
de ponta cabeça e derrubou-a no chão - Esperei 10 anos para fazer isso, vaca.
Ninguém toma minha nave - Beckett não pode deixar de sorrir. Estava de certo
modo vingada - É mais fácil quando os dublês fazem isso – Gabriel reclamou.
- Percebe quão sortudo é? Poderia ter sido morto – Beckett preocupada.
- Que nada. O laser estava desligado.
Com vontade, ela decretou a prisão - Stephanie Frye, você está presa pela
morte de Anabelle Collins.
Castle fez sinal para Gabriel que assentiu - Posso? – ele cruzou os
braços a exemplo de Gabriel como Capitão Max e falour - E que a sorte guie sua
jornada.
De volta ao distrito, Beckett
reunia as evidências para fechar o caso.
- O médico disse que minha mão parará de brilhar em uns dias.
- Então nada de poderes mutantes? Ela brincou.
- Não desta vez. Mas, pelo menos, meu cabelo não está caindo. E você,
como está?
- Estou bem. Por quê?
- É difícil ver seus ídolos caírem.
- Stephanie Frye nunca foi minha ídola. Tenente Chloe era. Até onde sei,
ela ainda está por aí lutando contra o mal e salvando a humanidade. Nenhum ator
egoísta tirará isso de mim. Quer saber? Se fizerem um filme, serei a primeira
na fila – ela pegou suas coisas.
- Tal é o poder da fantasia... Falando em fantasia, que tal vivermos uma
das suas? O que me diz de um cosplay de Nebula-9? – ela riu sacudindo a cabeça
- Será divertido – então Castle começou a negociar - Eu te servirei café da
manhã na cama por uma semana. E lavo sua roupa.
Ele realmente não ia deixar de lado a história e quem sabe seria uma boa
hora para brincar com ele um pouco? -Tudo bem. Quer mesmo me ver em uma de
minhas fantasias?
- Sim, por favor. Ele já estava todo animado até ouvir a proposta de
Beckett.
- Então precisa prometer que verá a maratona de Nebula-9 comigo – ela
estendeu a mão para selar o acordo, com um sorrisinho malicioso no rosto ele ia
apertando a mão dela mas Beckett retirou rapidamente para acrescentar um
detalhe - Sem tirar sarro.
Ele pensou por um momento, isso seria bem difícil de fazer mas
certamente compensaria - Você negocia duramente. Mas tudo bem – novamente
usaram o aperto de mão, Beckett se aproximou e sussurrou ao ouvido dele - Nos vemos
na sua casa.
A felicidade de Castle não poderia ser maior e não via a hora de chegar
em casa. Quase fechou por si mesmo a porta do elevador.
No apartamento de Castle, ele esperava ansioso por vê-la de Tenente
Chloe mas Kate estava realmente enrolando.
- Prometa que não vai rir.
- Prometo. Pare de enrolar e venha logo.
- Pronto?
- Pronto.
Devagar cada pedacinho de Kate foi se revelando. Primeiro o pé em um
salto alto, seguido das pernas bem torneadas que quase fazem Castle babar nos
lençóis e depois o bumbum empinado que deixou Castle sem respirar por uns
segundos – Deus ela era sexy! Mas quando Beckett apareceu por completo vestia
uma máscara de Creaver assustando Castle de tal maneira que ele caiu da
cama.
- Gostou?
- Não foi o que... Não é...
- Quer namorar, Castle?
- Não, eu... – definitivamente apavorado ele se esquivava na parede.
Vamos lá, só um beijinho – ela provocava - Não é com o que você sonhava?
Ele nem pensou duas vezes, correu até a porta do quarto e fechou
deixando-a do lado de dentro.
- Castle? Não vamos namorar? – ela batia na porta chamando por ele.
- Talvez devêssemos começar a maratona de Nebula-9 – ele disse sem abrir
a porta.
O que era para ser uma peça pregada nele, tornou-se algo muito estranho.
É talvez tivesse pego pesado, Beckett admitiu mas o olhar dele de apavorado
valera a pena, agora precisava se redimir de alguma forma. Ela tirou a máscara
e chamou por ele mais uma vez.
- Tudo bem, Castle. Sou eu de novo. Tirei a máscara. Abre essa porta...
Ele relutou por um tempo e acabou cedendo. Encontrou-a sentada na cama,
os cabelos num coque e pelas feições do rosto percebeu que ela estava meio
arrependida, sorriu timidamente para ela.
- Bem melhor agora. Essa máscara não combina com você. Ele sentou-se ao
lado dela.
- Desculpa, queria brincar com você. Foi besteira. Ela olhava para baixo
sem querer encara-lo. Acariciou a perna dele. Ele fez a mesma coisa com ela,
tocando a pele exposta pela pequena saia da fantasia que vestia – mas você
devia ter visto a sua cara, Castle – ela riu e ele trombou a cara mais uma vez
e se afastou dela ficando de pé do outro lado da cama. Como um menino mimado,
pensou Kate e sorriu. Ela se levantou e foi até ele. Acariciou o peito dele e
olhou-o nos olhos.
- Oh, Castle... não fica assim, vamos ver nossa maratona ok? Já disse
que sinto muito, vem.
Ela pegou-o pela mão e o fez deitar na cama. Pegando o controle remoto,
ela ligou a TV. Os episódios de Nebula-9 começaram a passar. Kate se deitou ao
lado dele e jogou suas pernas sobre Castle. Ele podia sentir com as mãos a
maciez da pele quente dela. Kate sorriu ao toque. Foi se aconchegando perto
dele sem tirar os olhos da TV. Aos poucos, ele começava a curtir tudo aquilo.
Kate estava vidrada na tela e recitava as falas que sabia de cor, ele se perguntava
quantas vezes ela assistira aquilo. Ela estava agora com as mãos no peito dele
e no intervalo de um episodio para outro, ela beijava-lhe o rosto ou cheirava o
pescoço. Castle começou a perceber o que ela dissera sobre a Tenente Chloe e
concordara com ela. No intervalo do quarto pro quinto episódio, ela deu uma
pausa dizendo que ia na cozinha pegar café pra eles. No fundo, estava um pouco
incomodada com o silêncio dele. Afinal, isso era para ser algo prazeroso para
os dois e ela assumia seu erro, querendo tirar sarro dele, ela acabou
estragando a noite para eles. Podia ver que ele ainda estava chateado com o que
ela fizera. Precisava consertar isso. Quando voltou com o café e pronta para
desistir da maratona, encontrou Castle revendo uma cena da Tenente Chloe do
episodio anterior. Ela estendeu a caneca de café intrigada com a cena.
- Obrigado. Sabe, acho que você tem razão. Sobre a Tenente Chloe.
- Tá, Castle pode dizer que ela é sexy, já não me importo – revirou os
olhos.
- Não, nada disso. E ela não é sexy. Estou falando sobre o lado
guerreira dela, a força de vontade, o poder – Kate sentou-se do lado dele e
ergueu a sobrancelha – mesmo sendo uma diversão para você, acredito que sua
ídola influenciou sua personalidade, consigo ver em você traços dela.
Características que eu realmente aprecio. Acho que te devo desculpas. Foi
errado zombar tanto da sua série preferida. Você não julga minhas loucuras... é
talvez um pouco.
Ela sorriu. Deixando o café de lado, ela pegou o controle remoto e
desligou a TV. Ela ficou de pé de frente pra ele.
- Porque desligou a televisão? Eu quero assistir o resto.
- Tem certeza, Castle? Ela colocou as mãos na cintura. Castle olhou para
aquelas pernas maravilhosas expostas a sua frente. Ela ficava linda de Tenente
Chloe – Olha, desculpe mais uma vez. Não quero obriga-lo a nada. Acho que
podemos pular essa parte para outra mais interessante, o que acha?
- Kate, você não está me obrigando. Gosto de tudo a seu respeito e posso
abrir uma exceção para a Tenente Chloe, mas apenas para ela.
Kate se inclinou e beijou-lhe os lábios. Ele deixou suas mãos
escorregarem até a cintura dela e seguindo para o bumbum por um instante,
voltando para a cintura puxando-a contra seu corpo.
- Vai me prender Tenente Chloe? Ele falou com cara de assustado.
- Vou, e também lhe ensinar algumas coisas bem importantes sobre força e
poder, Mr. Castle.
Ela sugou os lábios dele com vontade enquanto jogava o corpo sobre ele
desabando juntos na cama. Segurando-a pela cintura, Castle aprofundou o beijo e
deixou as mãos acariciarem o bumbum e as costas dela. Kate quebrou o beijo por
uns instantes para se erguer e começar a tirar a camisa dele. Enquanto suas
mãos faziam parte do trabalho de despi-lo provocando-o com o toque e as unhas,
os lábios estavam ocupados dividindo-se entre os lábios de Castle, orelha e
pescoço. Castle mudou de posição deixando-a de costas para o colchão. Ele
queria saborear cada milímetro daquelas pernas. Devagar, ele deslizava a mão
pelas pernas dela vagarosamente sentindo a pele macia. Ao chegar a altura da
coxa, fez questão de levantar a saia provocando deixando sua mão passear de
leve sobre a calcinha, instigando. Também usava os lábios para sorver os lábios
de vez em quando. Com as mãos, ele livrou-se da peça intima dela. Com os dedos,
ele a tocou no ponto mais ansiado fazendo Kate arfar o corpo e gemer em
resposta. Os lábios passeavam pelas pernas depositando vários beijinhos ao
longo do comprimentos das pernas. Estimulando um pouco mais, ele percebeu o
quanto ela já estava excitada. Então parou e se levantou.
- Castle.... o que você está fazendo? Volta pra cama...
Ele observava o jeito dela. Castle enrolou o quanto pode para tirar as
próprias roupas, apenas para ver o que ela decidiria. Com o desejo a dominando,
ela sentou-se na cama e vendo que ela estava agoniada para voltar a ação
sorriu. Mas Kate não estava para brincadeiras. Levantou-se e puxou o boxer dele
deixando-o nu. Virando-se de costas para ele e falou.
- Pode puxar o meu zíper Castle?
- É claro... – mas não seria tão rápido, ele abaixou-se e vagarosamente
colocou uma mão em cada perna dela e veio subindo até a região do bumbum,
apertou-o de leve e mordiscou o pescoço exposto dela. Kate gemeu. Somente então
ele puxou o zíper. Kate puxou a fantasia que caiu facilmente no chão. Antes que
ela pudesse virar, Castle a abraçou por trás levando as mãos para cobrir-lhe os
seios massageando-os e a fazendo gemer, ela virou o rosto e buscou a boca de
Castle. O beijo foi urgente, cheio de desejo. Ela podia sentir a ereção dele
pressionando contra suas costas. Ela finalmente virou-se e o empurrou na cama. Pode
ver o membro pronto para recebe-la. Acomodou-se sobre ele movendo o corpo para
acomodar-se completamente. roubando-lhe mais um beijo ela começou a
movimentar-se e Castle a acompanhou. Em pouco tempo, o ritmo acelerou-se e eles
chegaram a beira do êxtase. Castle ergueu-e da cama e aproximou o contato com
ela, pele contra pele enquanto puxava-a pela nuca beijando-a apaixonadamente. Ele
apertava os mamilos dela e Kate gemia cravando suas unhas nos ombros dele. Juntos
sucumbiram ao orgasmo.
Kate arfou gritando e deixou o corpo pender sobre o dele. Cuidadosamente,
ele a colocou de volta na cama e deitou-se de lado observando-a. A pele
vermelha mostrava a excitação pela qual passara e a respiração ofegante se
misturava entre sorrisos. Castle acariciou o rosto dela e beijou-lhe levemente
nos lábios. Depois de um momento, ele deitou-se no colchão. Kate aproveitou a
oportunidade para aconchegar-se ao peito dele.
- Tudo bem?
- Sim, seria errado dizer que a sorte realmente guiou minha jornada?
- Seu bobo! Ela deu uma tapinha no peito dele.
- Kate estava pensado, você só gostava da Tenente Chloe ou também do
Capitão Max? Digo isso porque sei lá, você não tem fantasias com ele tem? – ele
exibia um olhar de preocupado, afinal ela poderia venerar o personagem, o ator,
ele sabia, estava fora de cogitação.
- Porque Castle? Você quer se vestir de Capitão Max para mim?
- Não por favor, diga que não preciso fazer isso...
Ela riu do desespero na voz dele.
- Não, precisa. Não fantasiava com ele.
- Mas você tem alguma fantasia? Do tipo Sci-fi claro!
- Já que você perguntou... – ela apoiou o queixo no peito dele e sorriu
maliciosa – tem uma sim. Sempre achei que seria muito bom se alguém, nesse caso
– ela acariciou o peito dele apertando um mamilo – você, se vestir de Han
Solo...- ela beijou o peito dele – e me mostrar sua habilidade com o sabre de
luz.
- Oh, interessante porque não Luke?
- Muito menino...gosto de homens maduros... – ela inclinou-se e
mordiscou o lábio inferior dele – você realizaria minha fantasia? Mostraria o
poder do seu “sabre de luz”, Castle? - Ela percebeu que com as palavras dela,
ele já estava ficando excitado novamente – faria?
- A qualquer hora, é só pedir...
Então, Kate deslizou uma das mãos e segurou o membro dele surpreendo-o –
Que tal agora? – e dominando-o completamente, ela sorveu os lábios com vontade.
O céu era o limite.
Pela manhã, eles estavam sentados a mesa tomando café. Conversavam sobre
varias coias e acabaram entrando no papo sci-fi o que levou as lembranças da noite
anterior. Eles sorriam comentando detalhes.
- Se você já foi todo aquele vulcão, imagina se eu tivesse vestido a
fantasia.
- Está reclamando Castle?
- Não! De jeito nenhum...
Ela sorriu e por um instante ficou pensativa e cortou a conversa. Castle
tomou mais um gole de café e olhou para ela. Parecia estar num dilema. E estava,
Kate estava pensando sobre algo que gostaria de pedir a ele mas dependendo de
como fizesse, não sabia como ele a interpretaria. Ainda mais depois da última situação.
- Hey, o que foi?
Ela suspirou. Não havia outra forma de pedir o que queria.
- Estava pensando no que me perguntou ontem sobre fantasia. O lance do
Han Solo não é o único. Na verdade, é mais um desejo que uma fantasia.
Castle começou a ficar interessado especialmente ao ver ela se levantar
da mesa e sumir por uns instantes. Quando retornou, ela aproximou-se de Castle
e colocou as duas mãos sobre os ombros dele massageando por uns segundos,
depois ela sentou-se no colo dele. Vestia uma camiseta regata e calça de
moletom. Passou a ponta dos dedos no rosto dele. Beijou-lhe o rosto. E somente então
falou.
- Tem uma coisa que gostaria de ver você fazer... – ela sussurrava –
porém apenas digo se isso for um segredo entre nós e você nunca mencionar para
mim mesmo quando estiver com raiva.
- Estou começando a ficar preocupado...
- Não fique – ela tirou a camiseta jogando-a no chão. Castle a
observava. Com uma das mãos, ela pegou um pincel azul que escondera na calça
preso ao elástico. Mostrou a ele – você me daria um autografo aqui, Mr.Castle? –
e apontou para o seio com o pincel. Tinha um sorriso malicioso no rosto.
- De verdade, Detetive Beckett? Não serei preso por isso?
- Não dessa vez.... faça. Ele pegou o marcador da mão dela e tirou a
tampa.
- Com muito prazer. E escreveu Rick Castle bem acima do seio esquerdo –
e eu pensando que você odiava isso especialmente depois daquela cena.
- Não gosto que você faça isso em outras e também confesso que é um
pouco fora do meu gosto mas podemos dizer que é o nosso segredinho sujo?
- Absolutamente, Detetive Beckett...ou deveria dizer K-Bex?
- Castle…- ela puxou o rosto dele pelo queixo até alinhar seu olhar com
o dela – faça amor comigo.
- Isso é um pedido ou uma ordem?
- O que prefere? Ah, nem devia perguntar. É uma ordem.
E envolvendo-a em seus braços, ele beijou-a vagarosamente. Levantaram-se
e subiram as escadas parando no meio do caminho para trocar caricias. Tinham todo
tempo do mundo, naquele sábado New York esquecera-se da sua melhor detetive e
ela não reclamaria nem um pouco por isso.
Continua......