quinta-feira, 29 de novembro de 2012

[Castle] I Just Want YOU! - Part 2



Esqueci de compartilhar o link do youtube da música de Always ...vale a pena ter! 




Para quem quer o link : 

http://www.youtube.com/watch?v=tAY7kHz0-xo 

Bjks!

[Castle] I Just Want YOU!



OMG! Eu não tenho muito para falar...apenas que meu OTP é real!!! 

Castle é VIDA! 

Vou colocar meu tweet quando vi essa perfeição! 

HOT...STEAMY...HEAT.......


E claro ....o vídeo!!!! I'm still SPEECHLESS.......CASKETT uasdfghjkluasdfgjkj



Bjks!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

[Castle Fic] Don't Give up on Chasing Rainbows - Cap.6


Nota da Autora: Esse episódio foi bem engraçado e nos mostrou um novo lado de Kate, o de fangirl. acrescentei alguns elementos ao capitulo e espero ter mantido a fidelidade das personagens, especialmente dela. Espero que deem boas risadas e como prometido, tem algo a mais aqui.......alguem disse....

NC-17 Atenção!!!


Cap.6


Depois de passar por uma prova de confiança, tudo o que Beckett queria era ter alguns dias de paz. Porém, os assassinatos continuavam ocorrendo. Claro que nenhum nas proporções do 3XK, Castle continuava seguindo-a a cada cena de crime. Nem pensou em se afastar por um tempo, sentia-se melhor ao lado dela. Por algumas noites, Kate ainda acordava de supetão assombrada por pesadelos onde ela não conseguia salvá-lo seja da cadeia, seja da morte. Aos poucos, eles foram voltando à rotina normal. Revezavam as noites entre seus apartamentos já que Castle também tinha que dar atenção a Alexis que insistira passar umas noites com o pai. Kate também incentivara Castle para escrever tentando deixa-lo um pouco longe do distrito. Eles estavam no distrito quando ela sugeriu isso e a primeira reação dele não fora exatamente a que ela esperava.

- Por que você está me mandando escrever? Não me quer por perto?

- Não é nada disso. Apenas acho que você poderia se dedicar aos seus livros, você mesmo disse que não tinha gostado das últimas páginas que escrevera então porque não aproveita esse tempo para tentar resolver isso? Além do mais, não tem muita coisa interessante acontecendo por aqui e logo você estará apertado com um prazo a cumprir.

- Kate, essa é uma maneira de me manter longe daqui por achar que eu talvez esteja traumatizado com o último caso, ou você está realmente preocupada ou com saudades das minhas histórias?

- Talvez um pouco de cada... – ela sorriu e afagou a mão dele.

- Ok, eu irei passar um tempo me dedicando a escrever mas você terá que me prometer que se aparecer um caso bom, realmente interessante vai me avisar. Promete?

- Prometo. 

Fazia quase duas semanas que aquela loucura toda ocorrera, Kate estava arrumando-se na frente do espelho e ao pegar as algemas para colocar presa a sua cintura sorriu. Uma lembrança boa veio a sua mente.À noite em que brincaram novamente com aquele par de algemas, afinal ela já prometera a algum tempo que fariam isso.

Estavam no apartamento dela. O clima tinha esquentado entre eles e Kate já estava apenas de calcinha e soutian no meio da sua sala. Castle estava de pé envolvendo-a pela cintura. Eles trocavam um beijo sensual e um pensamento safado surgiu na mente dela. Conduzindo-o até uma cadeira, ela o fez sentar. Devagar, ela desabotoou a camisa e se livrou dela. Espalmando as suas mãos no peito dele, ela tornou a beija-lo apenas para envolve-lo e distraí-lo para o seu próximo movimento. Kate pegou as algemas e prendeu um pulso e outro, surpreendendo Castle com o gesto. Agora, ele estava com as duas mãos presas atrás da cadeira e era ela quem ditava as ordens e comandava o ato. Kate provou cada centímetro do corpo dele com os lábios e as mãos. Sentou-se no colo dele e provocou-o tirando o soutian sabendo que ele não poderia toca-la. Abraçou-o enquanto devorava os lábios dele e mantinha sua pele colada a dele. Movia-se propositalmente de modo que em pouco tempo podia sentir a ereção pressionando sobre a calça. Ela livrou-se da calça e após tirar o membro dele do boxer, ela o acariciava com as mãos fazendo Castle gemer. Ela adorava o som da voz dele meio rouca chamando seu nome. Totalmente nua, ela ficou de frente para ele e acomodou o membro dentro de si. Voltando a beija-lo, ela começou a mover-se no colo dele. Castle estava adorando tudo aquilo mas estava louco para toca-la. Com um esforço, ele mexeu a cabeça seus lábios conseguiram saborear um pouco da pele dela, vendo que ele sentia falta do toque, ela mudou de posição de modo que o movimento embalado pelo sexo pudesse deixar seus seios próximos do rosto dele. Castle conseguiu abocanhar um deles e sugou-o com vontade. Kate já estava à beira de um orgasmo e aquilo apenas ajudou. Tomada pelo prazer, ela gemeu e deixou o corpo tremer sobre ele mordiscando seus lábios para depois sorve-los num beijo intenso. Apenas após isso ela abrira as algemas e Castle a agarrou com firmeza passando as mãos por todo o corpo dela e a tomando num beijo quase selvagem. Ela gritou quando ele a arrebatou do chão levando-a em seus braços até a cama onde ele retribuíra toda a provocação que ela oferecera a ele.

Ao lembrar disso, Kate sentiu um calor súbito dominar seu corpo. Percebeu que seus mamilos estavam rijos e despontando pela camisa branca e podia sentir a umidade se formando em seu centro. Desfez os primeiros botões da blusa. Nesse instante, Castle entra no quarto com uma caneca de café para ela.

- Kate pensei que já estivesse pronta, vamos nos atrasar assim e...

Mas ele não terminou a frase, Kate avançou sobre ele sugando os lábios. Ele a envolveu nos braços e cedeu aquele momento de surpresa dela. Ao quebrar o beijo, ela consultou o relógio e sugeriu.

- Temos vinte minutos. O que acha de usar dez deles para nos animar?

- Como quiser... seu desejo é uma ordem - e ele foi logo abrindo as calças.


XXXXXX


Depois do almoço, Kate estava concluindo o relatório de um caso que fechara no dia anterior quando o celular de Castle tocou. Era a editora chamando-o para uma reunião de última hora. Ele desligou e explicou que precisava ir.

- Mas quando eu chegar em casa, não me importaria de continuar a nossa pequena loucura da manhã e quem sabe você não me conta de onde veio aquilo tudo?

- Quem sabe, Castle...

Ela aproveitou a saída dele para checar algumas coisas pessoais que ainda mantinha em segredo para ele. Checando seu email, ela encontrou o que procurava. A confirmação de seu grupo sobre o tal encontro que aconteceria dali a dois dias na SuperNovaCon. Ela ainda não sabia como faria para despistar Castle sem se comprometer. Podia dizer a ele que era um mimo, um presente para ele mas como disfarçaria suas reações? Tinha dois dias para achar um meio.  

À noite, ela fora para o apartamento dele e o encontrou animado no escritório. Haviam caixas de livros pelo chão e na mesa.

- O que é tudo isso?

- Ah, que bom que você chegou. Material de exposição. A reunião com a minha editora foi sobre uma convenção sci-fi, SuperNovaCon conhece? Tinha esquecido completamente que devo estar lá para autografar meus quadrinhos de Derek Storm. Agora estou verificando as mídias e vendo se não tem nada para ser mudado antes da convenção – ele foi até ela e deu-lhe um beijo rápido na bochecha. Parecia um garotinho todo alegre com a possibilidade de ir a Disney. Ela não pode deixar de sorrir observando o jeito dele e de certa forma isso poderia ser uma desculpa para ela mesma ir à convenção sem ter que se explicar.

- Ah, que ótimo... quadrinhos, ficção cientifica e Richard Castle. Quem precisa de assassinatos?

- Eu sei! Vem cá, deixa eu te mostrar as coisas... – e Kate cedeu a alegria dele ao vê-lo mostrar com orgulho o material.  


Supernova Con


- Capitão, novo contato nos censores de longa distância. Nave Creaver se aproximando rápido.

- Pare a aproximação. Oráculo... chances da tripulação sobreviver se colidirmos?

- Nossas armas estão desativadas. A nave alienígena tem poder de fogo superior. Chances de sobrevivência...0,1%.

- É uma previsão otimista – disse o capitão - Viveremos para lutar mais um dia. Preparem-se para decolagem.

-Capitão Max, a tenente Chloe não se teletransportou de volta.

- Suspendam a decolagem. Não partiremos sem ela.

- Mas, senhor, se não sairmos a tempo, toda a humanidade estará perdida.

- E se não esperarmos pela tenente Chloe, nossa humanidade estará perdida.

- Capitão, os Creavers estão disparando torpedos de íon.

A simulação de um ataque continuou proporcionando a experiência de estar no comando de uma nave espacial para os ávidos fãs de Nebula 9. Ao final, uma salva de palmas foram ouvidas e o capitão agradeceu dando as orientações necessárias.

- Obrigado por servirem a mim hoje na Nebula-9 fan experience. Por favor, voltem aos vestiários e deixem os uniformes com a atendente. 
E que a sorte... guie sua jornada.

- Cara, o oráculo parece de verdade.

- Acho que ela é de verdade. E acho que está morta!

- E aqui está.

Beckett estava sozinha no distrito. Castle estava na convenção científica e claro ela pretendia fazer uma visita a ele mais como uma desculpa para estar na convenção e explorar também. Ela havia recebido mensagens sobre atividades bem interessantes incluindo uma fan experience que ela queria muito experimentar. O telefone a sua mesa tocou. Um novo assassinato. E quais as chances de um assassinato ocorrer exatamente na convenção de ficção cientifica e ainda mais no stand de Nebula 9? Beckett sorriu. Poderia ser a chance que precisava para curtir o evento sem levantar muitas suspeitas. Ah, Castle ia amar saber disso e ligou para o celular dele. 


Na convenção...


Castle estava no stand da editora autografando os quadrinhos.

- Obrigado. Sou seu fã número 1.

- Obrigado por vir. Quão longe eles vão...

-Certo. Onde quer que eu assine?

-Pode autografar meus peitos? – ele ergueu os olhos imediatamente - Isso realmente chamou sua atenção.

- O que está fazendo aqui?

- Saberia se atendesse o telefone.

- Se quer sua cópia autografada de "Storm Season," ficarei feliz em conseguir uma sessão particular.

- Tampe sua caneta, Castle. Houve um assassinato aqui.

-Aqui na SuperNovaCon?

-Exatamente.

- Brilhante! Tem que admitir, este lugar é genial para matar alguém.

- Você veste uma fantasia, derruba o alvo e depois some no meio da multidão.

- Parece que andou pensando nisso, Castle.

- Costumava vir muito aqui. Alexis e eu vínhamos todos os anos nos fantasiar. Tinha que vê-la como uma pequena princesa Leia.

-E você era...

-Darth Vader, claro. Quem é nossa vítima? Dr. Octopus finalmente pegou o Homem-Aranha?

Eles caminhavam pelos corredores em meio a varias pessoas trajando uniformes ou fantasias. Beckett tentara conter a ansiedade ao falar as informações do crime.

- Pense em uma espaçonave da TV.

-Borg Attack.

-Não.

- Cylon Skinjob? Por favor, diga Número 6.

- Não. Nebula-9 – e abriu um sorriso excitante.

-Sério?

-Sim.

- Desculpe. Como Nebula-9 é digna disso tudo? Foi cancelada há mais de uma década após 12 episódios, o que foi muito.

- Achei que seria fã – Beckett visivelmente chateada com o fato de Castle aparentemente não gostar de uma das suas séries favoritas.    

- Sou fã de boas ficções científicas... "Star Trek," "Battlestar," aquela série do Joss Whedon. Mas Nebula-9? Não, não. É tudo um falso melodrama e atuações sem vida.

Eles entraram na nave e Beckett sorria feito boba deixando escapar um wow.

- Certo, é uma nave legal. O programa continua fraco, mas é uma nave legal.

-Quem é nossa vítima?

- Anabelle Collins, 28 anos. Parece que foi assassinada e então colocada na cápsula. Foi ela quem organizou toda essa Nebula-9 reencenação de fãs.

- Um impressionante esforço perdido.

- Concordo com você. Veja "Blade Runner", um futuro sombrio e distópico com replicantes gostosas – disse Esposito e agora ela tinha que aturar os dois falando mal da série, isso na estava indo bem.

- Não é? E você, Beckett? O que você...

- Encontrou algum parente próximo? – ela bem séria olhava para ele, Esposito entendeu o recado. 

- Perlmutter, bom te ver – disse Castle.

- Se o sentimento fosse mútuo...

- Quando ela foi assassinada?

- Baseado na temperatura do corpo, ontem à noite, entre 22h e 23h. O problema é como ela foi assassinada.

- Acredito que morreu por causa desta fascinante punção de pequeno diâmetro no coração dela.

- Apunhalada!

- Castle, pense. Como explicaria as queimaduras de 1º grau ao redor da ferida?

- Queimadura de pólvora de arma de curto alcance – Castle sugeriu.

- Mas a queimadura deveria ter partículas de pólvora marcadas na pele. Não só isso, haveria respingos de sangue.

- Então o que causou a ferida?

- Não faço ideia. Nunca vi nada desse tipo. Devo descobrir mais assim que levá-la ao laboratório.

Ryan comunicou a eles sobre a ausência de testemunhas. Aparentemente ninguém que estava ali presenciara o que aconteceu ou conhecia a vítima. Beckett sabia que precisavam de testemunhas, alguém devia ter visto o assassino entrar e sair da nave. Ela sugeriu.

- Deixem um recado no fã-site de Nebula-9 perguntando por alguém que estava aqui entre 22h e 23h noite passada. E diga que vai encontrá-los na frente da nave.

-Fã-site de Nebula-9? Ryan parecia intrigado.

-Sim. Eu sei que eles têm uma base de fãs... – Beckett viu o capitão entrar na nave e não pode deixar de sentir o instinto de fã domina-la - muito leal. Aquele é...

-Gabriel Winters, conhecido como o verdadeiro capitão Max Rennard.

Ele conhecia a vítima.

-E?

-Tentei falar com ele, mas disse que precisava de um minuto para "meditar sobre a frágil natureza da vida humana".

- O minuto dele acabou – ela caminhou até ele - Oi. Sr. Winters, eu sou... – estendeu a mão para cumprimenta-lo - detetive Kate Beckett e... – mas ele nem sequer prestou atenção que Castle iria se apresentar. O drama se instalou.

- Estou arrasado, arrasado pela tristeza. Lembro-me de quando o 1º oficial Tate foi sugado para o buraco negro no episódio 6.

- Exceto que, neste caso, alguém realmente morreu.

- É.

- Sei que conhecia Anabelle. Tem ideia de quem poderia ter feito isso com ela?

- Não tenho ideia. Anabelle era espetacular de todas as formas. Quando Nebula-9 foi cancelado, injustamente, devo acrescentar – ele sorriu pra Kate que também sorriu de volta - ela manteve vivo o interesse no programa. Como vou continuar sem ela?

- Continuar a viver? – Castle dava corda ao drama.

- Continuar fazendo a fan experience. Ela me contatou há alguns meses, pediu-me para fazer parte disso. Fiquei emocionado por retribuir à comunidade Nebula-9.

- Quando foi a última vez que a viu?

- 21h da noite passada, após a encenação acabar. Então voltei para o meu hotel, passei a noite. Na última vez que vi Anabelle, ela estava sozinha na ponte. E talvez a sorte... guiou a jornada dela. Mas o show tem continuar – Castle revirou os olhos, pra que tanto drama com esse cara? - Quando acha que poderemos voltar a funcionar? Em breve? Logo?

- Nós te avisamos. Enquanto isso, conhece algum membro da família de Anabelle?

- Não. Mas os amigos dela, Audrey e Davis, gerenciam a cabine do Nebula-9 lá embaixo – ele esticou os braços tocando em Beckett e Castle - Dispensados.

Eles conversaram com a amiga de Anabelle. Audrey era a melhor amiga desde a escola. Eles se uniram pelo programa. Quando Anabelle iniciou o fã clube de Nebula-9 eles a ajudaram. Ela disse que Anabelle estava muito chateada, disse que alguém em quem confiou a traíra mas não sabia quem era. Ela havia recebido ameaças depois que o FC decolou.  Anabelle comprou os direitos do programa por quase nada e começou a fazer Nebula-9 websódios estrelados pelos 3. De onde o programa parou, como um tributo. Nem todos viram dessa forma. Ela recebeu emails e alguns de ameaças de morte.

- Davis não estava brincando sobre os e-mails. Escute isto: "Seus chamados websódios profanam a memória de Nebula-9 e você deve pagar o preço final."

- Não sei, Castle. Acredita mesmo que Anabelle foi morta por um fã furioso de Nebula-9?

- Acho que se gosta de Nebula-9, você é louco o suficiente para matar, sim.

Ela obviamente não gostou do comentário - Por que tanta raiva do programa?

- Bom, vamos ver... porque é brega, ignora as leis da física e das boas histórias, sem falar...

Ela estava ficando chateada e o seu telefone não parava de tocar, ela cortou Castle - Certo. Entendi. É Perlmutter. Ele tem algo para nós – quando virou as costas para deixar o lugar alguém chamou por ela.

- Kate Beckett? – ela virou e seu rosto mostrava espanto - K-Bex! Sabia que era você. E ele a abraçou.  

- Henry Barnett. Já faz... anos.

- Desde o nosso 1º semestre em Stanford.

- K-Bex? Perguntou Castle intrigado. Estava gostando daquilo.

- Eu... – tinha que sair dessa antes que Castle perguntasse mais - Podemos conversar depois? Estou aqui a trabalho.

- Isso explica por que não está usando sua roupa de Nebula-9.

- Você... tem uma roupa de Nebula-9? – Castle não estava acreditando nisso e Beckett apenas queria sumir. Ele olhava para ela com um sorrisinho no rosto.

- Ela tinha algumas. Era uma grande fã. Deveria tê-la visto como tenente Chloe. Espere. Você pode. Lembra daquela foto que todos tiramos? Eu a trouxe para ser autografada – ele mostrou a foto e Beckett queria um buraco, agora Castle ia zoar dela e do segredo - Somos nós naquela época.

- Isso não é bastante incrível?

-É bastante alguma coisa. Disse Beckett percebendo o jeito que Castle olhara a foto e agora segurava o riso - Henry, preciso desta foto.

- O quê? Por quê?

- É negócio oficial da Polícia de NY – mostrou o distintivo - Não me faça pedir de novo – precisava se tirar aquela foto das vistas de Castle e Henry a entregou. Ela saiu andando. Castle ficou para trás rindo e agradeceu a Henry.  

- Obrigado.

Ela sabia que Castle não ia se contentar enquanto ela não desse o braço a torcer e assumisse logo tudo.

-Eu era fã de Nebula-9. Grande coisa.

- Você era além de uma fã. Você se fantasiou. Você.

- Certo, eu era amante de ficção científica, nerd que vestia fantasia, e quer saber? Não tenho vergonha disso ou de Nebula-9. Apesar do que acha, era um programa incrível.

- Digo uma coisa, perdoo seu mal gosto se você... vestir o traje de Nebula-9 para mim.

-Em seus sonhos.

-Veja minha vida. Meus sonhos se tornam realidade.

Ela revirou os olhos e bufou. Entrou no necrotério -Perlmutter.

-Det. Beckett.

-Perlmutter.

-E o não det. Castle.

-Tem a causa da morte?

-Foi uma queimadura, uma que penetrou tecido, músculo e osso, deixando este perfeito buraco cilíndrico.

- Que queimadura faz isso?

- Uma criada por elevados níveis de radiação infravermelha. Os vasos sanguíneos foram cauterizados devido o calor.

-Sugere...

- Ela foi morta por uma pistola laser?

- Por mais que seja contra meus princípios, o sr. Castle está... parcialmente correto. Ela foi morta por um raio laser de alta intensidade. Ela olhou boquiaberta pra ele.

- Um assassinato de ficção cientifica real...em uma convenção de ficção. Só está melhorando.

De volta ao distrito, Beckett ainda tentava entender o que acontecia.

- Como é possível ela ser morta por um laser?

- Fácil. Atiraram com uma arma laser.

- Elas não existem, Castle.

- Na verdade, existem. Há uma pistola tática avançada de laser que faria um buraco em um tanque a 8 km de distância.

- Li sobre isso. É maior que um caminhão.

- Está na cara que alguém fez uma versão portátil de mão.

- Como quem?

- Voltemos aos e-mails dos fãs enlouquecidos de Nebula-9. E quando digo fãs enlouquecidos, não me refiro a você – ele passou a mão no ombro dela como se fosse fazer um carinho apenas para brincar circulando na direção da face dela - Você é uma mega fã.

-Isso é ótimo, vindo do cara que tem Boba Fett em tamanho real no banheiro.

- Argumento aceito. Enfim, talvez um desses fãs, enfurecido com websódios blasfemos de Anabelle, fabricou uma arma de Thorian funcional e, em um ato de retribuição divina, atirou em Anabelle com a mesma arma de Nebula-9.

- Teoria interessante, mas interrogamos todos os fãs e todos têm álibis.

- Certo. Talvez não era um fã enlouquecido. Mas... o fato é que alguém matou Anabelle com algum tipo de... – ele forçava a voz - arma laser.

-Vou falar com o Antibombas e ver se já ouviram falar de alguém que possua uma...

-Arma laser. Castle remendou de novo fazendo-a sorrir.

-Uma arma laser funcional. Enquanto isso, com sorte, Ryan e Esposito encontraram testemunhas postando na página dos fãs.

Mas Ryan e Esposito estavam tendo dor de cabeça para encontrar alguma informação decente. Gente de todos os tipos e alguns até se recusavam a falar dizendo que não falavam inglês. Espo ainda conseguiu se dar bem com uma garota mas fatos do crime realmente era algo bem difícil. Estavam quase desistindo quando finalmente uma fã afirmou ter visto. Ela e os amigos estavam bravos porque a encenação havia encerrado e segundos depois ela entra com alguém. A pessoa em questão era  Stephanie Frye. Castle brincou com Beckett pois sabia que ela interpretara a heroína de Beckett, a tenente Chloe sendo assim, eles voltaram a convenção para interroga-la.

- Estou triste em saber sobre Anabelle. Encontrei-a diversas vezes em convenções assim. Parecia adorável.

- Temos testemunhas que viram vocês entrando na espaçonave pouco antes da morte dela.

- Não acha...

- Estamos tentando descobrir o que aconteceu.

- Nada aconteceu. Conversamos. Foi algo breve. Eu tinha que estar no tapete vermelho às 22h.

- Sobre o que conversaram?

- Se eu participaria de uma fan experience da Nebula-9.

- Sim, mas você distanciou-se do programa – o jeito que Beckett falou soou como uma acusação de um fã revoltado, ela tentou amenizar 

- Ou não? Ouvi dizer que sim.

-Não me interpretem mal, interpretar a Tenente Chloe foi meu início, mas...- e ela começou a rir debochando - Nebula-9? Não é exatamente um propulsor de carreira.

-Eu sei. Castle concordara e Beckett estava ficando ainda mais irritada.

-Agora que estou finalmente sendo levada a sério como atriz, não posso retroceder. Isso prejudicaria minha imagem. Então disse não a Anabelle. Ela entendeu.

- Não sei se eu entendi. Por que ela te pediria se sabia que recusaria? – Castle seguia fazendo as perguntas, afinal Kate estava muito chateada digerindo tudo aquilo sobre a atriz que fazia seu personagem favorito.

- Ela estava desesperada. Disse que teria que cancelar se não tivesse um membro do elenco original.

- Sim, mas e o capitão Max? – mais uma vez a veia de fã a traira - Gabriel, Winters... Ela o tinha, não é?

- Gabriel é um cara complicado. Ela não entrou em detalhes, mas estava tendo problemas com ele.

Ryan confirmou via telefone que Anabelle estava tendo sim, problemas com o Gabriel, chegava atrasado para encontros com fãs e bêbado. Alem disso, no dia anterior ele não aparecera para a convenção e Anabelle teve que arrasta-lo do seu hotel onde o encontrou nu com duas garotas. Ela ameaçou demiti-lo e para um ator decadente como ele isso era motivo para matar.

- Anabelle disse que foi traída por alguém em quem confiava. Talvez foi o capitão Max – e então ele a viu e gritou - Meu Deus! Alexis?

- Pai? O que está fazendo aqui?

- O que está fazendo aqui vestida assim? – ela tinha boa parte do corpo exposta numa fantasia.

- Somos Havacura. É uma tribo de assassinas que...

- Não usam roupas? Castle estava gritando. Não conseguia olhar direito para a filha.

- Está exagerando. E está me envergonhando.

- Eu estou te envergonhando? Eu estou vestido.

-Pai!

Ao ver a angustia de Alexis quando Castle ameaçou jogar seu casaco sobre ela, Beckett intercedeu puxando-o para tira-lo dali.

-Castle, fala sério. Vamos.

- Está me zoando? Viu o que ela está vestindo?

-Vi, não é tão ruim.

-Não é tão ruim? Como posso esquecer aquilo?

Beckett e Castle interromperam uma das experiências que Gabriel comandava.

- NYPD. Desculpem, teremos que interromper. Todos para fora.

- Isto é ultrajante. Eu inclui você na vivência Nebula-9 e você a estragou.

- Sr. Winters, onde estava ontem entre 22h e 23h? E não diga que no seu quarto de hotel.

- Não pode estar insinuando que tive algo a ver com a morte de Anabelle. Eu te disse tudo que sei.

- Então não se importaria de abrir mão de sua arma.

- Esta Pistola Thorian me foi dada pelo vice-chanceler de Loron quando ajudei a salvar...

-Pelo amor de Pete – Castle puxou a pistola da cintura dele e disparou contra o painel surpreendido pelo furo que fizera no mesmo, tal como o de Anabelle  - "Zap", disse a dama. Você está tão ferrado.

Castle e Beckett observavam Gabriel pelo vidro. O cara é muito estranho. Esposito veio confirmar que realmente aquela era a arma do crime. Beckett ordenou que fosse avaliada pelos técnicos e descobrissem de onde viera.

- Posso ver como Anabelle se sentiu traída. Alguns caras não têm moral para comandar uma nave.

- Isso mostra que, às vezes,pessoas não são o que parecem – disse Beckett.

- Pela segurança de Alexis, espero que esteja certa, dado o que ela estava vestindo.

-Castle, ela é adulta – ah sinais de machismo agora não Castle, ela pensou.

-Que, enquanto falamos, está sendo cobiçada por milhares de marmanjos suados e pervertidos. Isso é tão... errado.

- Posso citar o fato de que a fantasia que ela usava não é tão diferente daquela que anda me pedindo para usar?

- Não diga isso! Que... Isso é confuso e perturbador. Talvez agora ele entenda um pouco do que senti quando aqueles peitos estavam na cara dele. Missão cumprida pensou Beckett.

Na sala de interrogatório, ela e Castle começaram as perguntas.

- Não tenho ideia de onde aquela pistola veio.

- É engraçado, já que estava na sua cintura.

- Peguei da mesa de acessórios, como sempre faço. Não sabia que era verdadeira. Esperem. Acham que eu a matei e depois mantive a arma do crime comigo? Que tipo de idiota faz isso?

Um idiota como você? Pensou Castle. 

- Por que não nos disse que estava tendo problemas com Anabelle?

- Interpretei um advogado em um filme que não saiu. Conheço o sistema legal. Isso só me faria parecer culpado.

- O oposto do que parece agora – Caramba esse cara é muito idiota pensou Castle é realmente difícil pensar que ele poderia matar alguém.

- Acho que Anabelle estava cansada de suas farras de bebedeira e ameaçou te demitir do único trabalho que tinha, então você a matou.

- Nada disso é verdade. Exceto, talvez, a parte das farras.

- Então ela não ameaçou te demitir?

- Sim, claro, o tempo todo. Mas ela nunca levou adiante. Sou a cara da Nebula-9. Sou a razão desses lunáticos fazerem filas, por dias, na porta da convenção.

A raiva foi tomando conta de Beckett, ela já não aguentava ver todos zoando de sua série.

- Talvez agora façam fila na porta da cadeia.

- Anabelle e eu entramos em confronto em certas... escolhas de vida. Mas tivemos um entendimento. Até a coloquei com seu namorado na inauguração da quarta-feira.

- Boa tentativa. Ela não tinha namorado.

- Ela me disse que tinha.

- Olhe, o fato é, tem os meios, motivo e oportunidade. Verificamos com seu hotel. Saiu às 21h45 e voltou às 23h. É a janela de tempo exata da morte de Anabelle – disse Beckett que ficava mais irritada a cada minuto.

- Estava ocupado lidando com uma questão pessoal que prefiro não discutir.

- Está sendo acusado de assassinato! Ela alterou a voz e Castle a tocou intercedendo antes que ela descontasse sua frustração no cara.

- Olha, já sabemos do trio com a tenente Chloes. Quão ruim isso pode ser? Castle falou.

- Bem, vamos dizer... minha... fraqueza pelos romances fugazes me deixou com um desejo ardente de ver o meu médico ontem.

Kate sentiu um enjoo apenas de saber a que ele se referia. Franzindo o cenho e colocando a mão na boca para tentar se acalmar, era nojento demais. 

- E isso só piorou.

Eles confirmaram o álibi. Beckett pediu para que Ryan investigasse o tal namorado misterioso talvez ele fosse um suspeito já que Anabelle disse que alguém a traiu. Também encontraram uma pista que rastreou um numero de série até o fabricante da arma. Um endereço no Bronx. Beckett pediu para eles voltarem a convenção e descobrissem algo do namorado, ela e Castle seguiriam a pista do fabricante. 

Ryan e Esposito não conseguira até aquele momento uma boa pista, apenas que a pessoa que estava no bar com a vítima usava uma máscara de creaver e um passe VIP da convenção. Pelo menos era um lugar para começar. Enquanto isso, Castle e Beckett se depararam com o endereço. Na porta um aviso.  

"Perigo. Não entre."

É o tipo de aviso que se espera ver no covil de um gênio do mal criador de uma arma laser – disse Castle abaixando-se para ver pela abertura - Está um breu lá dentro, mas a porta está meio aberta. Diria que é um convite. Você não?

- Só para se não for o caso. Kate sacou a arma e ambos entraram no local.

- Polícia. Tem alguém aí? Kate gritou e do momento que fez isso, a porta se fechou.

- Talvez devêssemos ter ouvido o aviso sábio – disse Castle. Ela abaixara-se para ver se não conseguia abrir a porta sem sucesso. De repente, uma sirene começou a tocar e vários lasers vermelhos surgiram no teto e apontavam para eles até todos os feixes unirem-se em suas testas. Os corpos grudados a porta.

- Levantem as mãos! Preparem-se para morrer!

Castle estava meio apavorado. Beckett deixou o medo domina-la diante da situação porém apenas por alguns segundos. Com cuidado tirou o distintivo da cintura e falou ainda receosa - Polícia. Abaixem suas armas.

E como num passe de mágica, os lasers foram desligados e as luzes acesas. Um senhor todo empolgado falava para eles. 

- Viram aquilo? Funciona perfeitamente. É inspirado no sistema de alvos de um Star Destroyer Machbarian.

- Então acho que não vamos morrer.

- Por um apontador laser remoto? Não. Mas é perfeito para assustar qualquer intruso. Precisavam ver o cara do carteiro. Quase se borrou.

-Com licença. Senhor... – Beckett tentava fazer o cara parar de falar, o que foi em vão, parecia um vendedor nato falando de suas criações.

-Donnelly. Benjamin Donnelly. Provedor de Sci-Fi hardware para diferentes entusiastas. Então, pelo que se interessaram? Um Klingon Batliff, talvez? Uma pistola Cylon a laser? Um sabre de luz duplo?

-Tem um sabre de luz duplo? Isso chamou logo a atenção de Castle mas Beckett cortou qualquer papo nerd que pudesse vir a seguir.

- Na verdade, procuramos por uma pistola Thorian.

- Uma mulher de bom gosto – ele abriu uma caixa e tirou de lá uma pistola igual a que eles encontraram com Gabriel - Pistola de plasma com um núcleo de tri-skellium, perfeita até o último detalhe.

- Incluindo sua capacidade de matar?

-Como é?

-Estamos investigando um crime e rastreamos a arma, chegando em você.

- Eu criei isto apenas para entretenimento. Nunca quis que machucasse ninguém. Pistolas Thorian não matam. As pessoas que matam. Não posso me responsabilizar quando saem da minha loja.

- Tudo bem, mas isso é uma incrível peça de armamento... Que eu não quero disparar novamente.

-Espere. Você a disparou?

-Sim.

- Estava usando equipamento de proteção adequado?

- O quê? Não. Por quê? Que tipo de proteção? E o nível de paranoia de Castle começou. O olhar do senhor apenas serviu para alarma-lo ainda mais. 

-Você ficará bem.

Beckett pediu informações de venda e infelizmente ele não tinha um nome nem como descreve-lo pois estava fantasiado apenas sabia que dirigia uma SUV branca da Carolina do Norte. Castle continuava obcecado com o lance da proteção. De volta ao distrito, Beckett continuava teorizando enquanto arrumava as coisas para encerrar o dia porém Castle permanecia calado e pensativo mexendo os dedos da mão. 

- É como você disse, Castle. A fantasia permitiu que o assassino se tornasse invisível. E é claro que ele seria um Creaver. Eles são inimigos natos da tripulação Nebula-9 – ela olhou para ele, estava calado demais e percebeu o que fazia - Castle?

- Eu pareço diferente para você?

- Não. Por quê?

Estou me sentindo formigando. Algo está errado. Estou começando a sofrer mutação como o Hulk ou outra coisa. Pior, o líder. O que ocorrerá com meu cabelo?

- Eu prefiro o dr. Manhattan. A pele azul combina com seus olhos azuis. Ela falou sorrindo e flertando com ele mas a obseção de Castle era tão grande que ele não prestou atenção achadom que ela gozava dele. Eles saíram caminhando rumo ao elevador. 

- Isso não é engraçado. E se o disparo da Blaster me tornou estéril?

-Você quer mais filhos? Essa revelação pegou Beckett de surpresa.

-Gostaria de ter a opção.

- Acho que você ficará bem, Castle.

- Mesmo assim, eu deveria me descontaminar. Tomar um banho descontaminante.

Eles entraram juntos no elevador e Beckett deu sua opinião no caso – O que está sentindo é psicológico. Apenas porque o cara falou daquele jeito com você. Relaxa, nada vai acontecer. Mas se você prefere se descontaminar vá pra casa, se quiser aparecer sabe onde me encontrar. E antes da porta do elevador se abrir ela deu um selinho nele. Com um meio sorriso, Castle foi para casa.

- Alexis. O que está fazendo aqui?

- Pensei que depois do que houve, você gostaria de falar a respeito.

-Não. Eu, não. E Você?

-Não.

Eles se olhavam de maneira estranha e logo desviaram o olhar indo cada um para um canto da casa. Castle passou quase uma hora no chuveiro se desintoxicando. Vestiu-se e observou-se no espelho. Tudo parecia normal. Ele olhou para o lado e pensou, o que ele faria sozinho em casa? Pegou o celular e ligou para ela.

- Hey, ainda está vivo?

- Hahaha muito engraçado. O que você está fazendo? Pensei em irmos a SupernovaCon não para investigar, como pessoas normais, nerds como somos. Que tal?

- Pensei que nunca fosse me convidar...

- Chego ai em dez minutos.

Ela vestia-se casualmente com uma calça jeans e camiseta branca apenas o sobretudo e a echarpe completavam o conjunto. Eles caminhavam tranquilamente pelos corredores, um ao lado do outro comentando os detalhes dos stands e Castle ficou espantado pelo nível de nerdice de Kate. Os detalhes de Star Wars que ela conversava com ele só faziam sorrir.

- Poxa parece que seu único erro foi gostar de Nebula-9.

Ela revirou os olhos diante do comentário. Detestava essa implicância de Castle com algo que gostava. Continuaram caminhando na feira até o stand onde ele autografava suas revistas em quadrinho. Ele pegou um exemplar e uma caneta.

- Acho que ainda não te dei o seu livro autografado.

Ela sorriu vendo-o assinar e deixando as três letras após sua assinatura. ILY. Ele entregou o livro para ela que sentiu uma vontade imensa de beija-lo naquele momento. Ela o puxou pela mão – vem aqui Castle – e se esconderam atrás de um grande painel de Storm Season. Kate puxou-o pela gola e beijou-o com vontade. Ao quebrar o beijo, Castle buscou por ar.

- WOW...isso tudo foi pelo autógrafo? Ela sorriu. Castle percebeu que havia uma pequena fila se formando na frente do stand, olhou para ela mordendo os lábios.

- Vai lá, vou ficar te observando...

Ele sentou-se na cadeira e começou a autografar os livros, Kate sorria ao ver o jeito dele com os fãs, sempre atencioso, conversando e agradecendo. Isso era um cara que merecia realmente a atenção, sabia tratar os fãs muito bem, pensou. Nesse instante, uma loira aproximou-se da mesa inclinando-se para Castle que estava de cabeça baixa. Kate viu quando ela abriu três botões da camisa deixando exposto parte do soutian. Kate fechou a cara quando ouviu a mulher pedir para ele autografar seu peito. Castle ergueu a cabeça meio surpreso e viu que a mulher estava praticamente em cima dele. Kate não esperou mais nem um minuto. Puxando o distintivo que trouxera para o caso de encontrarem alguma coisa relativa ao caso, ela saiu de trás do painel gritando.

- NYPD! Mr. Castle venha comigo. Temos um assunto urgente que merece sua atenção – e saiu puxando-o pela gola da camisa sem ao menos dar tempo de falar qualquer coisa. Kate ainda viu a loira fazendo sinal com a mão imitando um telefone e sussurrando “me ligue”. Assim que estavam atrás do painel novamente, Kate largou-o contra uma coluna dando um tapinha no peito dele. Bufando ajeitou os cabelos, tentado recuperar sua respiração e se acalmar.

- Calma, calma. O que foi aquilo? O que eu fiz?

- Nada. Droga! – ela passou a mão no rosto – detesto essas abusadas que pedem para você assinar os peitos delas! São tão...tão... elas nem leem os seus livros!

- Ow, Kate... isso tudo é ciúmes?

- É, ciúmes sim! Sou sua namorada e tenho direito a isso não? – ela mordiscou os lábios e baixou o rosto meio embaraçada pela cena que fizera pra ele.

- Hey, tudo bem. Estou lisonjeado e feliz. Não fiz nada e você está certa, você é minha namorada.

- É... só quero respeito... – ele se aproximou dela para acariciar-lhe o rosto – desculpe...

- Não peça desculpas, eu gostei de te ver com ciúmes. Acho que a nossa aventura sci-fi já deu por hoje, vamos te deixo em casa.

Ela entrelaçou os dedos nos dele – Bom saber que o momento paranoia passou...eu disse que era psicológico, você até esqueceu estando comigo.

Os olhos de Castle se arregalaram e ela riu, acabara de acordar o monstro.Deixaram o local.

Na manhã seguinte no distrito, Kate olhava sorrindo a foto que tomara de Henry. Sentia saudades daqueles tempos de inicio de faculdade, dos tempos em que imaginava uma vida bem diferente para si. A tenente Chloe certamente servira de inspiração para ela e olhando hoje, Kate não podia reclamar do que conquistara, estava feliz. Esposito a tirou de seus devaneios e Kate guardou a foto. Ele revelou que encontraram o cara da SUV, Simon Westport. Na van tinha uma fantasia de Creaver. Beckett resolveu interroga-lo. ela perguntou da pistola revelando que era a arma que matara Anabelle. Ele comprou-a para dar de presente a ela. Tinham um lance mas não a matou. Ele deu a pistola a ela que ficou emocionada a deixou sozinha alguns minutos quando voltou alguém discutia com ela tentava beija-la. Houve uma certa confusão e Anabelle disse que estava cheia de SuperNovaCon e dele, terminou tudo e ele partiu. O cara em questão era Davis. Ela e Esposito decidiram busca-lo para uma conversinha afinal ele tinha mentido. Encontraram Castle no elevador, e ao que parecia continuava obcecado com o lance da contaminação apesar do que Beckett dissera a ele ontem. Nem sequer deu bom dia e já foi perguntando.

- Digam-me, vocês acham que meu cabelo está afinando?

- Você não está perdendo seu cabelo, Castle.

- Então se eu acordar careca,você sentirá atração por mim? – a pergunta pegou-a de surpresa e ela fez uma careta.

- Meu Deus. Você não sentiria.

-Eu não disse isso.

- Não, mas você pensou. Eu posso ver no seu...

- Com essa cabeça de abóbora? – provocou Esposito - Cara.

E entraram no elevador. Retornaram com Davis e foram direto a sala de interrogatório. Castle se juntou a Beckett. Depois de reafirmar que a relação dele com Anabelle era apenas amizade mas acabaram por descobrir que ele era apaixonado por ela. então ele contou o que acontecera. 

- Naquela noite eu já tinha bebido um pouco e a vi com aquele Creaver na festa. Eles estavam se agarrando. E isso me matou. Não aguentava mais, tinha que dizer como me sentia. E ela... Ela disse coisas horríveis. Disse que estraguei tudo, que teria que contar à Audrey. E não sabia o que fazer.

-Davis, você matou Anabelle?

-Não. Eu estava no outro extremo do prédio quando aconteceu, no baile de máscaras. Você pode verificar. Eu tentei consertar as coisas com ela. Disse que estava bêbado e que deveríamos esquecer disso. Mas ela não queria. Ela disse que uma coisa era viver uma fantasia, mas que não viveria uma mentira. E esta seria nossa última convenção.

-Ela encerraria a encenação?

-Não só isso. Tudo. Ela disse que era hora de seguir em frente. Ela decidiu vender os direitos de Nebula-9. Eles não valiam nada quando ela os comprou, mas... ela fez a série ser popular de novo. Falavam de relançar a série, talvez até fazer um filme.

- Isso significa muito dinheiro. Castle lembrou.

- Davis, quem fica com os direitos agora que Anabelle está morta? Beckett perguntou.

- Vão para a Audrey. Por quê?

O álibi de Davis fora checado e estava meio que certo porem como estava num baile de máscaras ainda podia continuar suspeito. Castle e Beckett voltaram a convenção para falar com Audrey já que a mesma vendera os direitos de Nebula-9 a um estúdio logo após a amiga morrer. Questionada, Audrey disse que não matara a amiga e que se recusava a dar seu paradeiro. No cenário da fan experience, Castle se divertia na cadeira de piloto enquanto Beckett estava ao telefone.   

- Vamos garantir que a história não esqueça o nome "Enterprise".

- O cartão do hotel da Audrey foi usado às 21h48. E não foi usado novamente o restante da noite.

- Ela pode ter saído e deixado a porta entreaberta. Ela teria tempo para chegar aqui.

- Mas tudo que temos são provas circunstanciais e álibis fracos. Precisamos de algo mais concreto. Kate andava pela nave sorrindo. E por um momento, ela esqueceu o trabalho e apreciou o lugar. 

- Não sei nem dizer quantas vezes sonhei em estar nesta nave – ela encostou-se numa parede o sorriso ainda no rosto.

- Sonhos sensuais? Nunca é tarde demais para viver sua fantasia – disse Castle forçando a voz e se aproximando dela.

- Você sabe que isto ainda é uma cena de crime? – ainda sorrindo.

- Verdade. Eca.

Ela se afastou dele e de repente decidiu. Não vou mais tolerar zombarias e brincadeiras sem graça. Ela ia se abrir para ele contar o motivo daquele fascínio todo por Nebula-9. Esperava que ele entendesse.

- Você está certo, está bem? Era uma série idiota. Era brega e melodramática. Tipo, um punhado de cadetes numa missão de treinamento, quando a Terra é destruída e só restaram eles da humanidade? – ela estava sentada na cadeira agora - Eu entendo porquê você odiava. Mas, Castle, também entendo por que as pessoas amavam. Por que Anabelle amava. Era sobre sair de casa pela primeira vez, sobre a busca de sua identidade e fazer a diferença. Eu amava me vestir de Tenente Chloe. Ela não ligava para o que pensavam dela, e eu ligava, na época – ele se aproximava dela observando o relato sincero e de certa forma apaixonado, mais uma faceta de Kate Beckett que ele acabava de descobrir - Ela era uma cientista e uma guerreira, tudo isso apesar de sua aparência. Era como se pudesse ser qualquer coisa sem precisar escolher. Então não faça piada, está bem?

Não, ele tinha um sorrisinho nos lábios encantado com o jeito dela. Certamente não falaria mais nada que a deixasse chateada. 

-Está bem.

- Além disso, minhas pernas ficavam incríveis naquela roupa – ela provocou.

- Disso não tenho dúvi... ouch! – ele acabara de levar um choque. Ela se levantou para ver.

-Qual o problema?

-Minha mão. O que isso significa? Estava mostrando na luz negra vários respingos de alguma substância. 

- Significa que você resolveu o caso.

Na nave de Nebula-9, todos aguardavam Beckett e Castle.

- Obrigada a todos por virem hoje.

-Achei que não tivesse escolha.

-E não tinha.

- Não entendo. O que fazemos aqui?

- Todos aqui tinham uma relação com a vítima. E cada um tinha motivo ou oportunidade para matá-la.

- Srt.ª Frye, me daria a honra de uma pequena improvisação?

- Vai por mim, ela precisa de um roteiro – disse Gabriel implicando.

- Fico feliz em ajudar.

- Srt.ª Frye fará Anabelle Collins e eu serei o assassino. Anabelle tinha posse da arma do crime na noite em que morreu. Não se preocupe, esta é de brinquedo e entregou a arma para ela - O assassino confronta Anabelle. Para se proteger, presumo, ela sacou a pistola. Eles lutaram pela arma. O assassino ganhou... – ela não soltava a arma - Preciso que você não resista tanto.

- Eu te falei – zombou Gabriel.

- E pegou a arma. Anabelle foi morta por sua própria pistola. Ao simular a morte, Stephanie arma uma cena mega dramática.  

- Essa nem exagera.

- Cale a boca, Gabriel.

- Depois, o assassino escondeu o corpo de Anabelle na cápsula do oráculo, sem saber que, ao usar a pistola, deixou evidências cruciais. A emissão de energia da arma fez uma queimadura superficial na pele do assassino, o que é visível sob luz ultravioleta. Marcando nosso assassino com a marca de Caim. Ou, para vocês, fãs de Nebula-9, a marca de Claderesh.

- Simon, pode vir aqui, por favor? Beckett pediu. Nada. – Davis – e também nada. Um a um eles foram se inocentando com a luz ultravioleta.

- Sr. Winters? – e a luz revelou o mesmo efeito na mão dele.

- Vejam bem... eu posso explicar.

-Foi você.

-Não. Eu tenho álibi.

-Álibis podem ser forjados.

- Não matei Anabelle.

- Então por que sua mão está brilhando?

- Porque... quando descobri que algum nerd estava fazendo pistolas reais, vi que, se alguém deveria ter uma, era eu. Sou o capitão Max. Descobri quem era e comprei a última. Esta é desta manhã. Eu a disparei em meu hotel.Tem um buraco na parede. Pode verificar.

Beckett viu que Stephanie se encaminhava para a porta.

- Stephanie, aonde está indo?

-Eu só ia... – e então Beckett viu a marca sob a luz.

-Fique parada! Ela tentou fugir mas Ryan e Esposito estavam bem a porta, desesperada foi até Gabriel e tirou a pistola dele mirando-o na cabeça.

- Vocês o ouviram, esta é mortal. Ninguém se mexe ou farei um buraco na cabeça dele.

- Só eu acho esta situação estranhamente familiar? Disse Gabriel.

- Stephanie, por quê? – Beckett estava surpresa.

- Sabe o quanto eu trabalhei para me afastar da tenente Chloe? Para fugir do mal cheiro deste programa? A fan experience já era ruim o bastante, mas ela ia vender os direitos e tudo começaria de novo. Os filmes, a linha de produtos, bonecos da tenente Chloe que balançam a cabeça- ela estava endiabrada e Beckett se segurava para não perder a calma - Sabe o quanto trabalhei para me tornar alguma coisa? Para me tornar uma atriz de verdade?

- Fala sério. Você não conseguiria atuar nem para salvar sua vida.

- Meu único consolo é que, quando eu te matar desta vez, não terá Empático Andoriano algum para te trazer de volta à vida.

- Acho que não – disse Gabriel e dando um soco no estomago dela, virou-a de ponta cabeça e derrubou-a no chão - Esperei 10 anos para fazer isso, vaca. Ninguém toma minha nave - Beckett não pode deixar de sorrir. Estava de certo modo vingada - É mais fácil quando os dublês fazem isso – Gabriel reclamou.

- Percebe quão sortudo é? Poderia ter sido morto – Beckett preocupada.

- Que nada. O laser estava desligado.

Com vontade, ela decretou a prisão - Stephanie Frye, você está presa pela morte de Anabelle Collins.
Castle fez sinal para Gabriel que assentiu - Posso? – ele cruzou os braços a exemplo de Gabriel como Capitão Max e falour - E que a sorte guie sua jornada.

De volta ao distrito,  Beckett reunia as evidências para fechar o caso. 

- O médico disse que minha mão parará de brilhar em uns dias.

- Então nada de poderes mutantes? Ela brincou.

- Não desta vez. Mas, pelo menos, meu cabelo não está caindo. E você, como está?

- Estou bem. Por quê?

- É difícil ver seus ídolos caírem.

- Stephanie Frye nunca foi minha ídola. Tenente Chloe era. Até onde sei, ela ainda está por aí lutando contra o mal e salvando a humanidade. Nenhum ator egoísta tirará isso de mim. Quer saber? Se fizerem um filme, serei a primeira na fila – ela pegou suas coisas.

- Tal é o poder da fantasia... Falando em fantasia, que tal vivermos uma das suas? O que me diz de um cosplay de Nebula-9? – ela riu sacudindo a cabeça - Será divertido – então Castle começou a negociar - Eu te servirei café da manhã na cama por uma semana. E lavo sua roupa.

Ele realmente não ia deixar de lado a história e quem sabe seria uma boa hora para brincar com ele um pouco? -Tudo bem. Quer mesmo me ver em uma de minhas fantasias?

- Sim, por favor. Ele já estava todo animado até ouvir a proposta de Beckett.

- Então precisa prometer que verá a maratona de Nebula-9 comigo – ela estendeu a mão para selar o acordo, com um sorrisinho malicioso no rosto ele ia apertando a mão dela mas Beckett retirou rapidamente para acrescentar um detalhe - Sem tirar sarro.

Ele pensou por um momento, isso seria bem difícil de fazer mas certamente compensaria - Você negocia duramente. Mas tudo bem – novamente usaram o aperto de mão, Beckett se aproximou e sussurrou ao ouvido dele - Nos vemos na sua casa.

A felicidade de Castle não poderia ser maior e não via a hora de chegar em casa. Quase fechou por si mesmo a porta do elevador.

No apartamento de Castle, ele esperava ansioso por vê-la de Tenente Chloe mas Kate estava realmente enrolando.

- Prometa que não vai rir.

- Prometo. Pare de enrolar e venha logo.

- Pronto?

- Pronto.

Devagar cada pedacinho de Kate foi se revelando. Primeiro o pé em um salto alto, seguido das pernas bem torneadas que quase fazem Castle babar nos lençóis e depois o bumbum empinado que deixou Castle sem respirar por uns segundos – Deus ela era sexy! Mas quando Beckett apareceu por completo vestia uma máscara de Creaver assustando Castle de tal maneira que ele caiu da cama. 

- Gostou?

- Não foi o que... Não é...

- Quer namorar, Castle?

- Não, eu... – definitivamente apavorado ele se esquivava na parede.

Vamos lá, só um beijinho – ela provocava - Não é com o que você sonhava?

Ele nem pensou duas vezes, correu até a porta do quarto e fechou deixando-a do lado de dentro.

- Castle? Não vamos namorar? – ela batia na porta chamando por ele.

- Talvez devêssemos começar a maratona de Nebula-9 – ele disse sem abrir a porta.

O que era para ser uma peça pregada nele, tornou-se algo muito estranho. É talvez tivesse pego pesado, Beckett admitiu mas o olhar dele de apavorado valera a pena, agora precisava se redimir de alguma forma. Ela tirou a máscara e chamou por ele mais uma vez.

- Tudo bem, Castle. Sou eu de novo. Tirei a máscara. Abre essa porta...

Ele relutou por um tempo e acabou cedendo. Encontrou-a sentada na cama, os cabelos num coque e pelas feições do rosto percebeu que ela estava meio arrependida, sorriu timidamente para ela.

- Bem melhor agora. Essa máscara não combina com você. Ele sentou-se ao lado dela.

- Desculpa, queria brincar com você. Foi besteira. Ela olhava para baixo sem querer encara-lo. Acariciou a perna dele. Ele fez a mesma coisa com ela, tocando a pele exposta pela pequena saia da fantasia que vestia – mas você devia ter visto a sua cara, Castle – ela riu e ele trombou a cara mais uma vez e se afastou dela ficando de pé do outro lado da cama. Como um menino mimado, pensou Kate e sorriu. Ela se levantou e foi até ele. Acariciou o peito dele e olhou-o nos olhos. 

- Oh, Castle... não fica assim, vamos ver nossa maratona ok? Já disse que sinto muito, vem.

Ela pegou-o pela mão e o fez deitar na cama. Pegando o controle remoto, ela ligou a TV. Os episódios de Nebula-9 começaram a passar. Kate se deitou ao lado dele e jogou suas pernas sobre Castle. Ele podia sentir com as mãos a maciez da pele quente dela. Kate sorriu ao toque. Foi se aconchegando perto dele sem tirar os olhos da TV. Aos poucos, ele começava a curtir tudo aquilo. Kate estava vidrada na tela e recitava as falas que sabia de cor, ele se perguntava quantas vezes ela assistira aquilo. Ela estava agora com as mãos no peito dele e no intervalo de um episodio para outro, ela beijava-lhe o rosto ou cheirava o pescoço. Castle começou a perceber o que ela dissera sobre a Tenente Chloe e concordara com ela. No intervalo do quarto pro quinto episódio, ela deu uma pausa dizendo que ia na cozinha pegar café pra eles. No fundo, estava um pouco incomodada com o silêncio dele. Afinal, isso era para ser algo prazeroso para os dois e ela assumia seu erro, querendo tirar sarro dele, ela acabou estragando a noite para eles. Podia ver que ele ainda estava chateado com o que ela fizera. Precisava consertar isso. Quando voltou com o café e pronta para desistir da maratona, encontrou Castle revendo uma cena da Tenente Chloe do episodio anterior. Ela estendeu a caneca de café intrigada com a cena.

- Obrigado. Sabe, acho que você tem razão. Sobre a Tenente Chloe.

- Tá, Castle pode dizer que ela é sexy, já não me importo – revirou os olhos.

- Não, nada disso. E ela não é sexy. Estou falando sobre o lado guerreira dela, a força de vontade, o poder – Kate sentou-se do lado dele e ergueu a sobrancelha – mesmo sendo uma diversão para você, acredito que sua ídola influenciou sua personalidade, consigo ver em você traços dela. Características que eu realmente aprecio. Acho que te devo desculpas. Foi errado zombar tanto da sua série preferida. Você não julga minhas loucuras... é talvez um pouco.

Ela sorriu. Deixando o café de lado, ela pegou o controle remoto e desligou a TV. Ela ficou de pé de frente pra ele.

- Porque desligou a televisão? Eu quero assistir o resto.

- Tem certeza, Castle? Ela colocou as mãos na cintura. Castle olhou para aquelas pernas maravilhosas expostas a sua frente. Ela ficava linda de Tenente Chloe – Olha, desculpe mais uma vez. Não quero obriga-lo a nada. Acho que podemos pular essa parte para outra mais interessante, o que acha?

- Kate, você não está me obrigando. Gosto de tudo a seu respeito e posso abrir uma exceção para a Tenente Chloe, mas apenas para ela.

Kate se inclinou e beijou-lhe os lábios. Ele deixou suas mãos escorregarem até a cintura dela e seguindo para o bumbum por um instante, voltando para a cintura puxando-a contra seu corpo.

- Vai me prender Tenente Chloe? Ele falou com cara de assustado.

- Vou, e também lhe ensinar algumas coisas bem importantes sobre força e poder, Mr. Castle.

Ela sugou os lábios dele com vontade enquanto jogava o corpo sobre ele desabando juntos na cama. Segurando-a pela cintura, Castle aprofundou o beijo e deixou as mãos acariciarem o bumbum e as costas dela. Kate quebrou o beijo por uns instantes para se erguer e começar a tirar a camisa dele. Enquanto suas mãos faziam parte do trabalho de despi-lo provocando-o com o toque e as unhas, os lábios estavam ocupados dividindo-se entre os lábios de Castle, orelha e pescoço. Castle mudou de posição deixando-a de costas para o colchão. Ele queria saborear cada milímetro daquelas pernas. Devagar, ele deslizava a mão pelas pernas dela vagarosamente sentindo a pele macia. Ao chegar a altura da coxa, fez questão de levantar a saia provocando deixando sua mão passear de leve sobre a calcinha, instigando. Também usava os lábios para sorver os lábios de vez em quando. Com as mãos, ele livrou-se da peça intima dela. Com os dedos, ele a tocou no ponto mais ansiado fazendo Kate arfar o corpo e gemer em resposta. Os lábios passeavam pelas pernas depositando vários beijinhos ao longo do comprimentos das pernas. Estimulando um pouco mais, ele percebeu o quanto ela já estava excitada. Então parou e se levantou.

- Castle.... o que você está fazendo? Volta pra cama...

Ele observava o jeito dela. Castle enrolou o quanto pode para tirar as próprias roupas, apenas para ver o que ela decidiria. Com o desejo a dominando, ela sentou-se na cama e vendo que ela estava agoniada para voltar a ação sorriu. Mas Kate não estava para brincadeiras. Levantou-se e puxou o boxer dele deixando-o nu. Virando-se de costas para ele e falou.

- Pode puxar o meu zíper Castle?

- É claro... – mas não seria tão rápido, ele abaixou-se e vagarosamente colocou uma mão em cada perna dela e veio subindo até a região do bumbum, apertou-o de leve e mordiscou o pescoço exposto dela. Kate gemeu. Somente então ele puxou o zíper. Kate puxou a fantasia que caiu facilmente no chão. Antes que ela pudesse virar, Castle a abraçou por trás levando as mãos para cobrir-lhe os seios massageando-os e a fazendo gemer, ela virou o rosto e buscou a boca de Castle. O beijo foi urgente, cheio de desejo. Ela podia sentir a ereção dele pressionando contra suas costas. Ela finalmente virou-se e o empurrou na cama. Pode ver o membro pronto para recebe-la. Acomodou-se sobre ele movendo o corpo para acomodar-se completamente. roubando-lhe mais um beijo ela começou a movimentar-se e Castle a acompanhou. Em pouco tempo, o ritmo acelerou-se e eles chegaram a beira do êxtase. Castle ergueu-e da cama e aproximou o contato com ela, pele contra pele enquanto puxava-a pela nuca beijando-a apaixonadamente. Ele apertava os mamilos dela e Kate gemia cravando suas unhas nos ombros dele. Juntos sucumbiram ao orgasmo.

Kate arfou gritando e deixou o corpo pender sobre o dele. Cuidadosamente, ele a colocou de volta na cama e deitou-se de lado observando-a. A pele vermelha mostrava a excitação pela qual passara e a respiração ofegante se misturava entre sorrisos. Castle acariciou o rosto dela e beijou-lhe levemente nos lábios. Depois de um momento, ele deitou-se no colchão. Kate aproveitou a oportunidade para aconchegar-se ao peito dele.

- Tudo bem?

- Sim, seria errado dizer que a sorte realmente guiou minha jornada?

- Seu bobo! Ela deu uma tapinha no peito dele.

- Kate estava pensado, você só gostava da Tenente Chloe ou também do Capitão Max? Digo isso porque sei lá, você não tem fantasias com ele tem? – ele exibia um olhar de preocupado, afinal ela poderia venerar o personagem, o ator, ele sabia, estava fora de cogitação.

- Porque Castle? Você quer se vestir de Capitão Max para mim?

- Não por favor, diga que não preciso fazer isso...

Ela riu do desespero na voz dele.

- Não, precisa. Não fantasiava com ele.

- Mas você tem alguma fantasia? Do tipo Sci-fi claro!

- Já que você perguntou... – ela apoiou o queixo no peito dele e sorriu maliciosa – tem uma sim. Sempre achei que seria muito bom se alguém, nesse caso – ela acariciou o peito dele apertando um mamilo – você, se vestir de Han Solo...- ela beijou o peito dele – e me mostrar sua habilidade com o sabre de luz.

- Oh, interessante porque não Luke?

- Muito menino...gosto de homens maduros... – ela inclinou-se e mordiscou o lábio inferior dele – você realizaria minha fantasia? Mostraria o poder do seu “sabre de luz”, Castle? - Ela percebeu que com as palavras dela, ele já estava ficando excitado novamente – faria?

- A qualquer hora, é só pedir...

Então, Kate deslizou uma das mãos e segurou o membro dele surpreendo-o – Que tal agora? – e dominando-o completamente, ela sorveu os lábios com vontade. O céu era o limite.

Pela manhã, eles estavam sentados a mesa tomando café. Conversavam sobre varias coias e acabaram entrando no papo sci-fi o que levou as lembranças da noite anterior. Eles sorriam comentando detalhes.

- Se você já foi todo aquele vulcão, imagina se eu tivesse vestido a fantasia.

- Está reclamando Castle?

- Não! De jeito nenhum...

Ela sorriu e por um instante ficou pensativa e cortou a conversa. Castle tomou mais um gole de café e olhou para ela. Parecia estar num dilema. E estava, Kate estava pensando sobre algo que gostaria de pedir a ele mas dependendo de como fizesse, não sabia como ele a interpretaria. Ainda mais depois da última situação.

- Hey, o que foi?

Ela suspirou. Não havia outra forma de pedir o que queria.

- Estava pensando no que me perguntou ontem sobre fantasia. O lance do Han Solo não é o único. Na verdade, é mais um desejo que uma fantasia.

Castle começou a ficar interessado especialmente ao ver ela se levantar da mesa e sumir por uns instantes. Quando retornou, ela aproximou-se de Castle e colocou as duas mãos sobre os ombros dele massageando por uns segundos, depois ela sentou-se no colo dele. Vestia uma camiseta regata e calça de moletom. Passou a ponta dos dedos no rosto dele. Beijou-lhe o rosto. E somente então falou.

- Tem uma coisa que gostaria de ver você fazer... – ela sussurrava – porém apenas digo se isso for um segredo entre nós e você nunca mencionar para mim mesmo quando estiver com raiva.

- Estou começando a ficar preocupado...

- Não fique – ela tirou a camiseta jogando-a no chão. Castle a observava. Com uma das mãos, ela pegou um pincel azul que escondera na calça preso ao elástico. Mostrou a ele – você me daria um autografo aqui, Mr.Castle? – e apontou para o seio com o pincel. Tinha um sorriso malicioso no rosto.

- De verdade, Detetive Beckett? Não serei preso por isso?

- Não dessa vez.... faça. Ele pegou o marcador da mão dela e tirou a tampa.

- Com muito prazer. E escreveu Rick Castle bem acima do seio esquerdo – e eu pensando que você odiava isso especialmente depois daquela cena.

- Não gosto que você faça isso em outras e também confesso que é um pouco fora do meu gosto mas podemos dizer que é o nosso segredinho sujo?

- Absolutamente, Detetive Beckett...ou deveria dizer K-Bex? 

- Castle…- ela puxou o rosto dele pelo queixo até alinhar seu olhar com o dela – faça amor comigo.

- Isso é um pedido ou uma ordem?

- O que prefere? Ah, nem devia perguntar. É uma ordem.

E envolvendo-a em seus braços, ele beijou-a vagarosamente. Levantaram-se e subiram as escadas parando no meio do caminho para trocar caricias. Tinham todo tempo do mundo, naquele sábado New York esquecera-se da sua melhor detetive e ela não reclamaria nem um pouco por isso.       


Continua......