sexta-feira, 31 de outubro de 2014

[Castle Fic] There's Always Tomorrow - Cap.25


Nota da Autora: Capítulo fresquinho para vocês! Algumas ressalvas sobre a investigação que veremos a seguir. Nessa AU, Beckett ainda não desmascarou o senador, esse é o plot. Para não ficar muito tenso, coloquei umas cenas lights pelo texto. Enjoy! 
O musical citado é fantástico... vale muito a pena!

Atenção....NC17! Be aware...


Cap.25


O ambiente no The Old Haunt estava calmo. Alguns poucos clientes espaçados pelas mesas e principalmente no balcão do bar. Castle entrou cumprimentando todos, sorrindo, tirando graça. Sentou-se no bar, fazendo sinal para o seu gerente. Antes dele, porém, o barman apressou-se em atende-lo.

- Mr. Castle, Mrs. Castle, bom vê-los por aqui. O que querem beber?

- Gin tonica para mim e você, Kate?

- Vodca com gelo.

- É pra já! – o gerente se aproximou deles sendo bastante solicito.

- Mr. Castle, como o senhor está? Por aqui tudo sob controle, o senhor que não aparece a algum tempo. Como está o pequeno? Desde aquele último festejo logo após seu nascimento não soubemos mais dele. Aposto que está ótimo, não senhora?

- Está sim, John. Obrigada por perguntar – disse Beckett.

- Escute John, estamos esperando uma amiga então assim que ela chegar iremos ficar no escritório e não queremos ser incomodados, certo? Sendo assim, ninguém desce depois de nós, nem mesmo você. Já que estamos aqui, que tal uma boa comida? Avise ao Chef para preparar dois especiais para nós. Pode ir cuidar do bar, John – o gerente pediu licença e afastou-se dele – então, Kate, o que será que Nadine quer tanto conversar? Da última vez ela não quis revelar sua fonte de jeito nenhum, o que a fez mudar de ideia?

- Nadine é esperta, inteligente. Não revelou sua fonte porque sabia que íamos revirar a vida da pessoa até saber se a mesma era confiável ou se tinha ficha na polícia, o que acredito ser um dos motivos pelo anonimato. Há somente uma explicação para a mudança quanto a sua fonte, acredito que Nadine desobedeceu o que pedi a ela, deve ter continuado a investigação por conta própria ou mesmo com seu aliado. Castle, ela não nos procuraria, não entregaria o jogo  se tivesse na mesma. Não, ela vem nos questionar, minha aposta é que encontrou alguma das ligações que eu também encontrei seja com a Simmons e a máfia, seja com o senador Bracken.

- Kate, e se for com o assassinato da sua mãe? Já pensou nisso? Como iremos reagir se for essa a descoberta? Pense bem nisso, seria um ótimo motivo para Nadine decidir por revelar sua fonte, não?

- Sim, mas também seria muita ingenuidade dela achar que eu não tivesse todos os dados e conhecesse esse caso de ponta à cabeça. Se for essa informação que ela pretende nos dar, só posso concluir que chegamos a outro beco sem saída e definitivamente Nadine não é a parceira que imaginei ter nessa caçada contra o senador – ela esticou o braço procurando a mão de Castle – será que não vamos conseguir justiça para nós, para minha mãe e tantos outros? Até quando viveremos na sombra desse monstro, Castle? Ele quer ser presidente desse país! Meu Deus! Toda vez que lembro disso sinto meu coração apertar, sinto culpa por não conseguir coloca-lo em seu devido lugar, atrás das grades.

- Hey, gorgeous… não fique assim, não se deixe entregar. Nós iremos buscar o certo, a justiça. Juntos, como sempre encontraremos um jeito. Preciso de você inteira, pronta para lutar. Seja a melhor tenente que a NYPD já viu, você afinal de contas é minha musa, a pessoa extraordinária que conheci e pela qual me apaixonei – inclinou-se sorvendo os lábios dela com carinho. Nesse instante ouviram um certo ruído, uma espécie de “hum hum”. Nadine estava parada ao lado deles, sorrindo.

- Ah, o amor... será que os pombinhos podem se desgrudar um instante?

- Nadine… - Castle virou-se para fita-la – boa tarde.

- Desculpe pelo atraso, as coisas na redação hoje estavam um pouco fora de controle e como ninguém sabe da minha pesquisa pessoal não podia escapar sem dar motivo aparente.

- Tudo bem, Nadine – disse Kate – confesso que fiquei surpresa com o seu telefonema, você realmente está disposta a aceitar minhas exigências? Revelar sua fonte?

- Kate, diante do que temos pela frente eu seria muito otária se não dividisse o que sei com você totalmente. Preciso da melhor ao meu lado, preciso de alguém em que possa confiar 100%. Não será brincadeira de criança como você mesmo já me alertara, existem muitas pessoas poderosas envolvidas. É um risco que estou disposta a correr e sinceramente espero que após ouvir o que tenho a falar, você queira corre-lo comigo.

- Saberei quando você me contar o que descobriu e mostrar algumas provas quanto a suas investigações. Precisamos de privacidade para ter essa conversa – com um simples olhar trocado, eles se levantaram.do bar.

- John, estamos descendo. Não queremos ser incomodados – disse Castle vendo o seu empregado acenar em concordância – vamos ao meu escritório no porão. É a prova de som e seguro. Ao descerem as escadas, Nadine não pode deixar de se maravilhar com o que vira a sua frente.

- Que lugar incrível! Como vocês descobriram essa raridade? Estou impressionada.

- É uma longa história. Herança de um caso – disse Castle.

- Herança? Como assim? – perguntou Nadine.

- Castle é o dono do bar. Adquiriu após um caso que solucionamos juntos. E sim, trata-se de uma longa história que não é o foco do nosso encontro hoje. Sente-se, Nadine – a jornalista obedeceu – desculpe eu estar querendo apressar as coisas porém, viemos aqui com um propósito. Você soava preocupada ao telefone portanto queremos saber. O que você descobriu para ficar abalada e a fez nos procurar para revelar sua fonte? Isso é, afinal, parte do acordo.

- Sim, você está certa. Eu tenho muito a contar. Para começar acho válido declarar que eu desobedeci suas orientações sobre não procurar mais informações a respeito do caso do ex-senador Denver e Vulcan Simmons.  Sua declaração apenas me deixou ainda mais curiosa, kate. Veja bem, qualquer jornalista interpreta um “não, é perigoso” como vai em frente porque aí tem uma mina de ouro, o furo da sua carreira, o Pulitzer. No primeiro momento que me deparei com as revelações que vou contar a vocês pensei em desistir. Foi um choque, acredite. Então, pensei melhor. Se eu desistir agora, como ficaria a justiça? Meu compromisso é com a verdade, tudo bem que uma excelente audiência e o destaque na mídia é o sonho de qualquer jornalista mas, de que adianta a fama quando a injustiça prevalece? Ou inocentes morrem? Foi esse pensamento que me fez procura-la, quero ajuda-la a fazer a diferença. Eu sei que essa história não acabou porém, por algum motivo você deixou de investiga-la, se reservou o direito de esquece-la. Qualquer que seja a explicação, posso afirmar que você seguiu seu coração, fez a escolha. Seu lado racional infelizmente não aceitou completamente a derrota. Sei disso porque você é Kate Beckett. Eu quero me unir a você e garantir a justiça, por isso vim aqui.

- Nadine, você é jornalista ou psicóloga? Seu discurso está muito bonito, infelizmente belas palavras não colocam criminosos atrás das grades, evidências sim. Que tal começarmos de onde paramos? O momento em que você me revela a sua fonte?

- Sempre objetiva, policial acima de tudo. Está bem – viu Kate acionando um gravador colocado estrategicamente à frente da reporter – vai gravar?

- Claro, assim fica mais fácil para que eu possa endereçar a investigação, não estamos numa delegacia e não quero perder nada.

- Claro, entendo. Como você já disse, tudo começou quando decidir investigar a vida do senador Denver por achar que havia mais naquele caso de sonegação e máfia do que o FBI supôs. Você já sabe que cheguei em Simmons no Alabama e seu irmão em New York. A pessoa que me ajudou em tudo isso é muito especial, imagine alguém como Castle sem a parte do casamento. Esse meu amigo e parceiro me acompanha desde a época de faculdade. Ele é uma das minhas principais fontes, sua formação é tecnologia da informação. O cara é fera e um hacker excelente. Esse era outro problema quanto a identidade dele, você é tenente da polícia poderia querer indiciá-lo por certas invasões – Nadine respirou fundo antes de continuar - Kate, irei revelar o nome dele unica e exclusivamente porque confio em você e o assunto é delicado. Sei que não poderia contar com pessoa melhor para protege-lo se for preciso. Deve ficar claro que usei a habilidade técnica dele mas os ganchos da investigação foram todos descobertos por mim. Jeff apenas quebrou as barreiras tecnológicas. Eu fiz a pesquisa preliminar, as ligações entre Simmons e Denver. Quanto às provas, mérito total de Jeff. Coisas que realmente fazem diferença numa investigação. Jeff conseguiu extratos financeiros, depósitos de Simmons para Denver regulares. A empresa de Simmons foi a maior patrocinadora do primeiro mandato de deputado de Denver. Tenho documentos provando assim como as empresas de fachada.

- Nadine, mas isso seria apenas algum incremento na ficha suja do ex-senador. Nada muito diferente ou que pudesse mudar consideravelmente o rumo da investigação já encerrada – disse Castle.

- É verdade, mas estou apenas começando. Contrariando o que você e Beckett me pediram, voltei a pesquisar Vulcan e seu domínio em New York. Apesar de hoje ele não aparecer na lista de criminosos alegando um negócio legítimo, no passado o quadro era outro, bem feio. A cerca de quinze, vinte anos atrás, sua ligação com o tráfico, a máfia e mortes faz dele possivelmente nosso inimigo número 1. Porém, ele não agia sozinho. Possuia uma folha de pagamento tão suja quanto o irmão, no caso dele era pior pois entre os beneficiados encontrei a escória, assassinos da pesada, caçador de recompensas e inclusive policiais. Encontramos depósitos de Vulcan para Kwon, o cara da máfia chinesa de DC, parceiro do Denver. Aí a coisa começou a ficar sinistra. Sem querer, encontrei a ponta do iceberg que pode revirar o caso de Washingtron de ponta cabeça – nesse momento, Nadine faz uma pausa para tomar um pouco da bebida que Castle gentilmente servira na frente dela – durante o mesmo período, bem antes de ser senador, Bracken tinha ligações com Vulcan. Não há, pelo menos até agora, uma ligação concreta financeira entre Vulcan e ele, porém encontramos diversos laranjas do senador fazendo depósitos em conta de campanha de Bracken, digo laranjas pois são empresários da época que recebiam dinheiro de Vulcan e repassavam como seus para a conta do senador, algumas ,inclusive, ficavam na Suíça. Estamos diante de uma campanha financiada pelas drogas.

- Nadine, essas são acusações muito sérias contra um dos futuros candidatos à presidência dos Estados Unidos. Nada adiantará ser levado à frente sem provas – a jornalista percebeu o nervosismo de Beckett ao falar sobre Bracken, sabia que estava chegando ao lugar certo, por mais que tentasse disfarçar, Nadine percebeu que havia medo na reação da tenente, como nunca antes percebera.

- Tenho essas contas todas. Mas não termina aí. Suspeito de assassinato, de mandar apagar aqueles que tentavam denuncia-lo. Vários capangas dele já se foram. Coonan, Reaglan um ex-policial, Lockward um mercenário, Montgomery, ele era seu capitão antes de Gates não? Foi assassinado pelos homens de Bracken mas trabalhou para o senador, era companheiro de Reaglan – Nadine passou a mão pelos cabelos antes de continuar a parte mais difícil dessa conversa, viu pelo olhar trocado entre Castle e ela que a tenente já imaginava o que ela iria dizer – Kate você investigou todos esses homens em algum ponto na sua carreira, todos os citados. Foi você que matou Coonan está registrado no arquivo para salvar uma pessoa. Eu... eu achei o caso da sua mãe. Ele estava protegido mas isso não era problema para Jeff. Eu li toda a investigação, cada nova entrada – percebeu que Kate procurara a mão de Castle, gesto que ela interpretou como uma espécie de força e cumplicidade – Bracken mandou matar sua mãe, Kate.

- Isso... esse arquivo não existe, Nadine. Não eletrônicamente. Tudo que se refere ao caso da minha mãe está conosco – de olhos arregalados, fitava Castle – não pode ser.

- Infelizmente é. Se o arquivo existe lacrado só há uma única pessoa com interesse nele. O próprio Bracken. É como se ele acompanhasse todos os seus passos durante as suas investigações ao longo do tempo. Sabe de cada passo seu. Posso lhe mostrar o arquivo que coletamos do sistema da polícia – Beckett se levantou procurando em vão controlar sua revolta, colocou-se de costas para Nadine. Castle observava a cena de coração partido. Esse assunto devastava a sua esposa de maneira desastrosa. Se pudesse, expulsava a repórter dali agora apenas por trazer o sofrimento de volta ao olhar de Kate, porém sabia que não era isso que a sua parceira queria, jamais aceiraria se dobrar a menção do nome e dos atos de seu maior algoz.

- Nadine, apenas para deixar claro. A pessoa que Kate salvou quando atirou em Coonan foi eu. Ela ainda tentou salvá-lo mas infelizmente não foi possível – ele se levantou e foi ao encontro dela, buscou primeiro a sua mão para então sentir os braços de Kate ao redor do seu pescoço.

- Castle não estou culpando ou acusando Kate de nada. Eu fiquei em choque ao me deparrar com tudo isso. Relutei muito em procurar vocês porque depois de ter acesso a todas as informações a dedução foi simples. Denver realmente não atuava szzinho, Bracken era seu parceiro desde a primeira falcatrua. Jeff encontrou um pagamento da ordem de usd 100k através de um link fantasma, ele conseguiu o caminho original que nos levou ao comitê de campanha de Bracken. Também encontrou depósitos mensais de usd 200k feitos por uma mepresa do Alabama, fachada certamente para uma das empresas de Denver. Jeff está trabalhando na fonte real. Viu quando Kate afastou-se dos braços de Castle. Ela detestava pagar de vulnerável especialmente na frente de Nadine porém, após as declarações da jornalista, Kate se encontrava em um transe emocional. Um misto de sensações contraditórias a aflingiam. Sentia revolta por ter sua luta exposta na frente de outra pessoa, também a esperança começava a despontar diante da possibilidade de possuir provas suficientes para condenar Bracken. Além disso, o medo deixava seu coração apertado era a sua vida e a da sua família em jogo. Ela queria lutar, Nadine estava oferecendo essa chance para ela. Suspirou profundamente antes de encarar a jornalista.

- Nadine você mexeu com casa de abelha. Independente do que você descobriu, o assunto é delicado e tenso.

- Kate em nenhum momento eu quis submeter você a qualquer pressão. Sei que é difícil tocar no assunto, acha que não preferia ter encontrado outra forma de pegar o senador? Você é uma pessoa da lei, preza pela justiça. Esse homem é um oportunista, criminoso que está movendo mundos e fundos para chegar a Casa Branca! Nós não podemos deixar que isso aconteça.

- Você acha que eu não sei disso? Acha que quero ver um ladrão assassino no poder supremo do nosso país? Claro que não! O problema é que eu quase morri, minha família foi ameaçada. Bracken não tem escrúpulos! Você acha que é fácil brigar com ele? Então, eu lhe pergunto, Nadine, você está pronta para morrer? Porque eu não estou. Já arrisquei demais minha vida por conta disso. não apenas a minha, a de Castle também. A última coisa que preciso é colocar a vida do meu filho em risco. – notando que está alterada, Castle aproximou-se dela tentando acalma-la.

- Kate, calma... por favor. Eu sei que ela não quis ofendê-la Nadine... entenda...

- Eu passei quinze anos da minha vida buscando respostas. Eu já sei que Bracken foi o responsável pela morte da minha mãe há dois anos, Nadine. Infelizmente isso não foi sufuciente porque me faltam provas. Ele sabe que eu sei porque deixei claro. Nem depois de salvar a vida dele, Bracken se compadeceu. Ele me ameaçou, Nadine. Ele não é idiota. Sabe que eu tenho algo que o coloca no caso de fraude junto com Denver. Se duvidar, ele sabe sobre tudo o que você descobriu. Não brinque com o fogo, Nadine. Você está pronta para morrer? Porque brigar contra o senador, é enfrentar a morte de perto – Nadine percebeu que ela lutava contra as lágrimas tentando manter a fortaleza que sempre a guia.

- Kate, novamente peço desculpas. Não queria trazer toda essa tristeza e nem deixa-la nervosa e alterada. É difícil me colocar em seu lugar, nem consigo imaginar o que é ter um inimigo tão poderoso. Longe de mim remexer em seu passado. Mas, eu reafirmo, não estou aqui para buscar o furo do ano. Depois de tudo o que descobri, quero fazer a diferença. Estou disposta a ir até o fim pela justiça. Chame isso de burrice, romantismo ou heroísmo. Eu chamo em lealdade ao meu país, ao futuro, a você. Conte comigo.

O silêncio fez-se presente no porão. Kate fitava a jornalista como quem analisa e digere cada palavra dita. Desde o momento em que Nadine começou a contar suas descobertas, entendera que estava diante de alguém como ela própria. Sagaz e inteligente, não desistiu diante dos primeiros obstáculos, alerta-la sobre o perigo apenas a tornou mais ávida pelo conhecimento. A prova que Kate queria estava ali bem a sua frente. Andando em direção a Nadine, Kate buscava sua força interior para encarar a nova batalha que parecia ter que enfrentar, isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, não havia como fugir. Devia um pedido de desculpas à jornalista. Sentou-se a sua frente, passou as mãos nos cabelos preparando-se para falar. Castle observava o jeito que ela lidava com a situação.

- Desculpe, Nadine. Há certos assuntos na vida que nos dominam a ponto de nos fazer esquecer de quem somos. Esse é um deles. Durante os últimos meses, eu procurei não pensar sobre o que aconteceu um pouco antes de eu ter Alex. Meu subconsciente tratou de esconder a lembrança em algum lugar escuro da minha mente. Desde o dia que ele me ameaçou, escolhi por seguir minha vida, pensar exclusivamente na minha família. Não quero que deduza ou suponha certas coisas. Ao tomar esse caminho, não esqueci do meu maior inimigo, apenas o coloquei em segundo plano. Precisava de tempo para indicar ao senador que estava vivendo, trabalhando na NYPD e feliz. Queria que pensasse sobre o fato de ser uma mera lembrança do passado, algo que eu procurava esquecer todos os dias. Exceto que não esqueci um só segundo. Eu esperaria pelo momento apropriado para apanha-lo de vez, quando isso acontecesse não haveria volta. A justiça seria feita e prevaleceria diante de todas as atrocidades já cometidas por esse monstro.

- Você quer vingança... – disse Nadine.

- Não, quero apenas justiça por esses quinze anos que foram roubados de tantos inocentes – Castle se aproximou dela colocando as mãos em seus ombros no intuito de proporciona-la algum conforto – novamente, Nadine eu devo a você um pedido de desculpas. Não quis gritar ou ofender. Você está querendo ajudar, prover informações para começar a caçada. O que você está me propondo enfrentar tem proporções gigantes, o impacto será enorme em nossas vidas se falharmos.

- Será grandioso se colocarmos Bracken atrás das grades. Acredito que podemos vence-lo. Temos meios, evidências, somente precisamos da oportunidade correta. Podemos fazer isso, Kate – tocou a mão da mulher que a fitava – eu sei que podemos.

Kate olhou para Castle.  Sabia que uma vez aceitando mergulhar nesse poço, não haveria volta. Teria que entrar de cabeça, precisaria levar consigo não somente ele mas outras pessoas que seriam chaves durante esse árduo caminho. Vidas poderiam ser perdidas. Ela se ergueu da cadeira que ocupava, pela mão o puxou para um canto do escritório. Encarando-o, pode perceber que havia medo nos olhos dela porém, também via aquela faísca de determinação tantas vezes demonstrada por Kate ao se ver diante de uma disputa com o inimigo. Castle sabia do perigo iminente que enfrentariam. Estava com medo, colocariam suas vidas em jogo pela justiça, por uma causa que os podia levar à morte ou fechar de vez um capítulo do passado de Kate Beckett. Ele levou a mão dela até os lábios. Beijou-a suavemente. A troca de olhares era intensa, ambos perguntando ao outro se estavam prontos para ingressar nessa briga. Ambos ansiando pela resposta certa sabendo que apenas a errada interessava. Castle acariciou o rosto dela após ajeitar uma mecha de cabelo.

- Kate, enfrentaremos o que vier juntos. Estarei ao seu lado como estive tantas vezes. Nós falamos sobre o dia que teríamos essa batalha pela frente. Desde o dia que descobrirmos ser Bracken o mandante do assassinato de sua mãe. Gorgeous, é normal ter medo, use-o a seu favor. Vamos colocar um ponto final nessa história, de uma vez por todas.

- Cas... babe, eu não posso fazer isso sem você...

- Eu sei e não vai – ele a abraçou sussurrando ao ouvido dela – estou bem aqui. Você sabe exatamente o que tem que fazer. Você é a melhor tenente de New York. Vamos pega-lo – Kate afastou o corpo do dele, segurando o rosto de Castle com as duas mãos. Beijou-o. O medo fora embora, ele pode perceber. No olhar, apenas a determinação e a sagacidade de sua musa.

- Nadine... prepare-se. O que vou contar agora é estritamente confidencial – durante mais de uma hora, Kate despejou um caminhão de informações sobre a jornalista. Pedaços que completavam o que ela tinha descoberto e tornavam o quadro bem maior do que ela vislumbrara. Ao mencionar sobre o mais novo projeto de Bracken, o software que controlará todas as principais sedes do governo americano, Capitólio, Casa Branca, Nasa, supostamente o FBI, Nadine engoliu em seco. era uma medida audaciosa do senador – entendeu a magnitude do impacto? Foi vigiando esses orgãos que ele soube da minha busca por provas no caso Denver. Ameaçou a mim, Castle e meu filho. Disse que não tentasse descobrir mais nada porque ele saberia. Se isso acontecesse, eu seria uma mulher morta.

- Crápula! – exclamou Nadine.

- Onde estão essas provas que você recolheu? Estão impressas? Tem lugar seguro? Se Bracken desconfiar o mínimo que seja, você e seu amigo entrarão na mira dele. Isso se ele já não possui alguma informação.

- Jeff é hacker, sabe se defender. Tudo que encontramos tem várias camadas de proteção, está seguro. Assim como os documentos impressos. Tenho-os guardados em um cofre de banco, outra cópia na minha casa, Jeff tem outra com ele.

- Temos que verificar, ter certeza. Caso Bracken desconfie, vocês estarão sentenciados à morte. É bem possível que ele a ligue a minha pessoa, por causa do que estamos fazendo ultimamente. Todo o cuidado é pouco.

- Acredite, Jeff se esconde. Não é tão fácil acha-lo, seja no mundo real ou virtual – disse Nadine.

- Acredito que Nadine tenha razão, Kate. Esses caras que mexem com tecnologia vivem blindados. Conhecem técnicas que os tornam invisíveis. Você sabe se ele como hacker já visitou páginas da CIA, Nasa, consideradas as mais seguras?

- Isso você terá que perguntar a ele. Sou capaz de apostar que sim. Quer dizer, ele acessou arquivos de polícia e do FBI a meu pedido, já o fez por diversão. O cara é um gênio. Qual será o nosso próximo passo?

- Disfarçar e montar a equipe. Tenho dois nomes que estariam dispostos a me ajudar nessa caçada. Um deles é agente do FBI, a outra trabalha no 12th distrito comigo. Ambos estariam arriscando seus empregos para fazer essa investigação. Tory já me deu sua palavra que está dentro. Precisarei conversar com McQuinn mas não vejo problema em ele aceitar. E quanto a Jeff? Fazer pesquisa para a amiga jornalista é uma coisa, colocar o traseiro na reta é outra bem diferente. Sabe dos riscos que corre ao aceitar trabalhar conosco?

- Ele aceitará, pode contar com isso. 

- Ainda assim, quero ouvir dele. Olhando para Jeff. Quando podemos conhece-lo? Tem que ser na casa ou sei lá como ele chama o lugar onde se esconde.  

- Vou conversar com ele, agendarei um encontro na próxima semana.

- Ótimo! Teremos que definir um lugar para nos encontrarmos a fim de trabalhar – ela olhou para Castle – acho que conheço o lugar perfeito. Castle, acha que podemos usar o lugar secreto?

- Lugar secreto? Vocês são policiais ou espiões? Que história é essa? – Nadine ficara intrigada.

- Acredito que sim, mas apenas para guardar algumas coisas ou reuniões, precisaremos de uma boa infraestrutura de internet, iluminação e ali não é possível fazer isso. ao invés de lá, podemos usar aqui. Teremos o bar ao nosso dispor para qualquer momento de perigo, afinal é um lugar público.

- Tem razão.... – Kate respondeu pensativa – precisaremos de notebooks, quadro para evidências, telão. Uma mesa grande...

- Basta me dar alguns dias que faço isso. Você nem irá reconhecer essa sala.

- Querem fazer o favor de me incluir na conversa? De que lugar estao falando? – perguntou a jornalista agoniada. 

- Daqui mesmo. Vem comigo – Castle jogou uma lanterna para ela, claro que era apenas para fazer o suspense. Desde que comprara o The Old Haunt, ele reformara os corredores das passagens de esgoto colocando iluminação apropriada e deixando-os sempre limpos. Também mexera na sala secreta onde antes ficavam as garrfas de whisky puro malte. Manteve o estilo rústico em tudo porém, era possível de se conviver naqueles ambientes após o que fizera. Nadine acompanhava logo atrás de Kate que preferiu deixar o suspense no ar durante o caminho para a sala – chegamos.

Nadine estva boquiaberta diante do que via. Era coisa do século passado, andar nessas galerias de esgoto de Manhattan. Que outros segredos esses dois guardavam? Curiosa, perguntou.

- Como vocês descobriram isso? É incrível.

- Trabalhamos em um caso, o dono desse lugar era a nossa vítima. Depois de encerrado, Castle comprou o bar. A sala secreta era o esconderijo do tesouro de um whisky espetacular guardado desde a época da lei seca. Ele decidiu reformar para dar uma aparência melhor. Acho que o espaço é suficiente para fazermos nossas reuniões ou guardamos documentos sob uma forma diferente de proteção. O porão e escritório do The Old Haunt fica para o trabalho pesado, quando tivermos analisando, pesquisando e montando o caso sobre Bracken. Vamos, temos muito o que fazer – na volta ela acendeu as luzes fazendo Nadine rir da situação – acho que posso culpar meu convívio com Castle por isso. Foi engraçado ver a sua cara atravessando esses túneis, acredite na primeira vez que vim, isso aqui era imundo cheio de agua empoçada e coco de ratos.

- Gostou da aventura, Nadine?

- Achei incrível. Aposto que se vocês sentassem para contar sobre os casos que já investigaram daria para escrever uns vinte livros, já pensaram sobre isso?

- Nadine, não dê ideias, são casos reais com vítimas reais – disse Kate. 

- Por que você falou em disfarce?

- Para manter a fachada sobre a minha vida. Bracken tem que estar convencido de que eu realmente desisti de investiga-lo. Se ele suspeitar de mim ou de Castle, está tudo acabado. Temos que vender o trabalho da NYPD, fazê-lo pensar que continuo tendo como prioridade meu trabalho como Lieutenant. Você terá que produzir outros programas comigo. Qualquer coisa que mantenha meu lado de investigadora de New York nos holofotes. Portanto, pense em algo.

- Tenho que arranjar alguns eventos também, Kate. Você tem que viver o papel de esposa de celebridade. Faremos isso agora que Alex está mais crescido.

- Tudo bem. Preciso conversar com McQuinn. Imagino que ele nos ajudará remotamente na maioria das vezes pois está baseado em Washington. Tory será mais fácil, apenas teremos que ser discretas e enganar os rapazes. Não quero que se envolvam nisso a menos que seja estritamente necessário.

- Então encerramos por hoje – disse Castle – quando nos reuniremos novamente?

- Assim que falar com Jeff ligo para você, Kate – a jornalista se aproximou dela um pouco receosa – será que posso te dar um abraço?

- Pensei que a repórter atrevida não fosse dada à demonstrações de carinhos. Claro, Nadine – elas se abraçaram com Nadine dizendo ao seu ouvido que sentia muito.

- Conte comigo, vamos pegar esse safado, Kate. Vamos fazê-lo pagar por todos os crimes cometidos. Acho que agora posso dizer que somos oficialmente amigas e parceiras?

- Parceiras de crime, sim. Sabia que isso aconteceria mais dia, menos dia. Você era tão irritante e insistente como Castle. Acredite, hoje isso é um elogio, na época dele era um xingamento – elas riram.

- Haha! Estou bem aqui. Não vou retrucar porque isso era tudo da boca pra fora, Kate Beckett sempre foi apaixonada por mim – e lá estava ela revirando os olhos – vê? Ela revira os olhos mas não consegue disfarçar o sorrisinho no canto dos lábios, foi asssim desde o começo.

- Vamos embora, Nadine. Antes que Castle queira justificar tudo o que ele fez para eu me apaixonar nesses seis anos.

Despediram-se de Nadine e decidiram tomar mais um drinque no bar para esquecerem um pouco as últimas horas tensas relembrando momentos do passado que nada de bom traziam para a vida deles. Brindaram e comeram algo antes de deixar o  lugar de volta ao loft. Quando chegaram, Alex já estava dormindo. Kate agradeceu a Amy pagando-a e desejando uma boa noite. Foram direto para o quarto. Após um banho, ela deitou-se na cama com a tv ligada no canal de notícias. Castle saiu do banheiro vinte minutos depois para encontra-la deitada agarrada ao travesseiro dele fitando o teto. Deitando-se de lado para olha-la, brincou.

- O programa deve estar realmente interessante para você está fitando o teto. Perdeu alguma coisa lá em cima? – o sorriso apareceu, o olhar se encontrou com o dele – melhor agora. Fale, Kate. Essa situação toda está mexendo com você, não? Não adianta negar, conheço cada uma dessas ruginhas de preocupação que se formam em seu rosto mesmo quando sorri. Pode falar, amor.

- Eu realmente não sei bem como estou me sentindo. Parte de mim quer começar a caça às bruxas nesse instante, a outra parte reluta em remexer nisso tudo. Castle é a nossa vida na linha de frente. E se algo acontecer conosco? Como ficará Alex? Não estamos sendo imprudentes em iniciar uma guerra que pode culminar na nossa morte iminente? Não estamos falando de um asssassino de momento, ou de uma gangue. Trata-se do maior sanguinário, calculista e poderoso filho da mãe do país. Lembra quando você quis me impedir de perseguir Knox e os supostos assassinos de minha mãe? Você me disse que esses caras eram perigosos, não escutei e quase perdi minha vida. Tive outros exemplos com os capangas de Bracken. Não brincam ou provocam, com eles não há conversa, é execução pura. E quanto ao arquivo do caso de minha mãe? Onde Bracken coonseguiu isso? será que nos vigiou todo esse tempo? Essa foi a maior revelação de Nadine para mim. Se confirmarmos tudo, podemos afirmar que ele está sempre dez passos à nossa frente. 

- Kate, o risco existe. Não podemos negar ou nos iludir. Nem afirmar nada sobre esses arquivos até analisarmos, ninguém conhece esses documentos melhor que eu e você. Mas, quantos outros problemas enfrentamos? Tão perigosos quanto os homens de Bracken? Bombas, serial killers, Jerry Tyson, conspirações. Sobrevivemos a todos. Não será diferente dessa vez, eu e você iremos colocar esse canalha na cadeia e voltar para Alex e nossa vidinha na NYPD solucionando mistérios e assassinatos – deslizava a mão pelo rosto dela descendo até o colo rumo aos seios.

- Você falando parece tão simples, tão fácil. Sei que podemos lutar, quero vence-los. Só precisamos de uma boa estratégia, não podemos vacilar.

- Não iremos. E para começar a colocar o plano em prática, que tal uma pequena investigação íntima e amanhã sairemos a noite. Vamos circular por Manhattan. Ligarei para Gina arrumar alguns eventos e ingressos para nós cumprirmos parte do disfarce que nos propomos, apesar que isso não será nenhum sacrifício.

- Acho que não, você adora estar sob os holofotes não? Ainda mais comigo a tiracolo.

- Como somos convencidos.... – fazendo cócegas eel arrancou uma gargalhada de Kate apenas para ser calada em seguida com um beijo apaixonado. Em minutos, os lençóis estavam no chão e os corpos clamavam por prazer.


Semana seguinte...


Por volta do meio da semana, Beckett aproveitou um momento que Tory havia lhe chamado para ver um video com uma pista sobre o caso que investigavam para conversar sobre o seu novo “projeto”. Primeiramente, deu o espaço necessário para discutir o caso em análise. Terminada suas conclusões, Beckett orientou Esposito de como proceder de forma a tira-lo da sala deixando apenas as duas.

- Tory, tem mais um assunto que gostaria de tratar com você. É sobre um novo projeto, aquele já mencionado antes para você. Preciso de uma pessoa com os seus conhecimentos. Caso esteja interessada quero que saiba dos seguintes pontos: não poderá comentar com ninguém sobre o assunto, você se dirigirá a mim dentro do distrito apenas em caso de extrema urgência, eu lhe avisarei das reuniões e Tory, não há garantias, o risco é alto. Então, você está dentro?  

- Nem precisa perguntar, independente dos riscos sei que estarei fazendo a diferença. Trabalhar com você, ajuda-la. Pode contar comigo.

- Obrigada.

Durante o resto daquela semana, Beckett não conseguiu arrumar um tempo para ligar para McQuinn. Nadine apenas enviara uma mensagem para ela avisando que sua fonte estava viajando apenas disponível para a próxima semana dependendo apenas da agenda de Kate. Na noite de quinta, após Alex ter dormido, decidiu que não ia esperar nem mais um minuto para entrar en contato com McQuinn. Estavam no escritório, Castle revisava alguns capítulos do livro para enviar a Gina. Estava escrevendo um outro livro de Derrick Storm parsa ser lançado antes da continuação de Heat Blows. Do seu celular discou para o amigo em Washington.

- Lieutenant Kate Beckett ou devo dizer Kate Castle? A que devo a honra dessa ligação?

- Olá, McQuinn. Tudo bem? Colocando muitos criminosos atrás das grades no FBI ou você voltou para o laboratório como todo bom nerd?

- Um pouco de cada, mas o laboratório é a minha paixão. Ao contrário de você que ultimamente adora os holofotes. Vi suas entrevistas e o programa com Nadine Furst. Leva jeito para coisa. E o Castle? Aposto que está com ciúmes por brilhar mais que ele.

- Nem tanto. Isso é apenas um estímulo para as pessoas entenderem como funciona o trabalho da polícia. Um pequeno projeto. Foi por causa de projetos que liguei para você. Tenho um assunto a discutir, uma proposta para você. Essa linha é segura ou está vinculada ao FBI?

- É minha pessoal, mas se fosse uma do FBI estaria tranquilo também.

- Você que pensa.

- Nossa! Agora você me deixou encucado. Diga lá, o que você gostaria de conversar comigo?

- Nosso último caso, o que teve toda aquela repercussão. Há mais nele do que os olhos possam enxergar. O que você sabe sobre o Senador Bracken?

- Político proeminente, com uma fortuna em investimentos e bancos, senador mais bem eleito de New York e pretende ser o próximo presidente dos Estados Unidos. Tudo bem, isso  é informação básica do Google. O que tem ele? Está relacionado com o nosso outro colega?

- Até os ossos, mas essa é apenas o rabo do elefante. O passado do homem é cheio de sangue, drogas e crimes. O problema é que ele também é muito esperto, não deixa rastros. Usa outras pessoas, assim como ele, igualmente perigosas e criminosas. Isso não é uma investigação oficial da NYPD, muito menos do FBI. É um caçada pessoal. Preciso de experts em computação para desmascarar esse cara, McQuinn. É exatamente aí que você entra. Olhe, eu não quero que se sinta compelido ou pressionado a aceitar porque sou eu quem está pedindo. O risco envolvido é enorme, não há garantias. No seu caso, torna-se mais difícil por morar e trabalhar em Washington.

- Você está realmente disposta a ir atrás desse cara! Já me deixou empolgado. Sinto falta desse dinamismo, dessa adrenalina correndo nas veias.

- Sinto decepcioa-lo mas a maior parte do trabalho será feita em laboratório, entre quatro paredes. Não há nada de diferente quanto a isso, McQuinn.

- Exceto pelo perseguido e seu grau de importância para o país. Um verdadeiro crime do colarinho branco sem precedentes. O fato de morar em Washington não me impede de ir a Manhattan. Se precisar de dedicação exclusiva, tenho trinta dias de férias posso alterna-las, algumas folgas e quem sabe não arrumo umas viagens para New York a trabalho? É um projeto demorado, imagino. Também posso ajudar remotamente.

- McQuinn, você entendeu realmente onde está se metendo? Há risco de morte. O pessoal dele é barra pesada.

- Entendi perfeitamente. Você está me oferecendo a oportunidade de trabalhar novamente com uma das melhores investigadoras que conheço, invadir orgãos governamentais em busca de informação sobre uma das figuras mais visadas dos Estados Unidos para fazer justiça. Diria que é uma excelente dose de adrenalina e C4. Estou totalmente dentro! Quando começamos?

- Devagar cowboy. Isso é altamente sigiloso. Você não pode comentar com absolutamente ninguém. Eu irei lhe avisar quando e onde nos encontraremos. Você terá que vir a Manhattan para a primeira reunião.

- Não será sacrifício nenhum. Fique tranquila, nem sei de projeto algum. Fico feliz que tenha lembrado de mim, nós geeks e eternos nerds não somos acostumados com esses tratamentos.

- Ué, McQuinn, você esqueceu que sou casada com um de vocês? – eles riram – a gente se fala - Desligou o telefone e reparou que Castle a fitava – o que foi?

- Estava te admirando mas não deixei de notar que falava de mim. Estava me elogiando, Kate? – revirou os olhos aproximando-se dele, sentou-se no seu colo tirando os papéis de suas mãos colocando-os sobre a mesa. Sentiu as mãos envolvendo sua cintura e não esperou um segundo a mais pelo contato dos lábios. Após o primeiro beijo, ela segurou o rosto dele com as duas mãos começando um festival de beijinhos até ele a puxar com vontade pelo pescoço e enfiar a lingua em sua boca. O clima esquentou e Kate foi quem se afastou buscando por ar.

- Guarde essa empolgação para amanhã depois do teatro. Já acertei tudo com a Amy. Estará aqui por volta das cinco então você terá tempo suficiente para se arrumar, o musical começa às oito e depois iremos jantar. Vamos nos divertir, um encontro a dois. Estamos merecendo, gorgeous.

- Sim, também andei pensando... – ela beijou-o novamente – que tal levarmos o Alex ao Central Park ou até ao Baterry Park para um picnic? Domingo é um dia bom para isso.

- Gostei da idéia, vamos deixar para pensar sobre isso outra hora.

- Você conseguiu a reserva naquele restaurante novo que a Mandy indicou?

- Sou Richard Castle, Lieutenant. Essa é a minha especialidade como uma celebridade – o olhar dela o recriminava pelo que dizia provocando-o – tudo bem, Gina me deu uma ajudinha, mas ela disse que o maitre é meu fã então teremos tratamento VIP.

- Só quero estar com você....


Sábado à noite


Por volta de sete e trinta, Kate saiu do quarto trajando um vestido na altura dos joelhos preto de alças largas que se transformavam em um detalhe decotado expondo as costas. Segurava em mãos o sobretudo mais leve também preto pois sabia que no teatro sentiria frio. Castle esperava por ela sentado no sofá. Ao vê-la abriu o sorriso.

- Está linda, amor. Podemos ir? – ela foi até o encontro dele ajeitou a gola da camisa e o paletó. Arrumou a gravata roxa. Uma das preferidas dela. Trocaram um beijinho.

- Só vou dar um beijinho em Alex... – saiu correndo pela casa em seus saltos agulha enquanto Castle já se dirigia à porta. Optara por ir de taxi para o teatro, não estava a fim de perder tempo com estacionamento. Da mesma forma que correra até o filho, retornara até ele. Deixaram o loft.

O teatro estava lotado. O espetáculo em homenagem a Carole King estava prestes a completar um ano de Broadway mas continuava tendo casa cheia todas as noites de sua apresentação graças ao repertório musical de “Beautiful” além do talento de seus atores especialmente a atriz principal ganhadora do Tony. Os lugares eram excelentes, na platéia bem de frente para o palco. Sentaram-se confortavelmente para ver o espetáculo. Kate aconchegou-se no ombro dele entrelaçando a mão brincava com os dedos de Castle. Ele virou-se para fitá-la erguendo o queixo para beija-la. As luzes se apagaram e os acordes do piano invadiram o ambiente para em seguida ser acompanhado da orquestra além da bela voz da artista interpretando a grande Carole King.

Kate estava deslumbrada com a qualidade do musical. Conhecia bem as canções de Carole King e por várias vezes não resistiu em canta-las juntamente com os artistas o que acabou gerando uma pequena reclamação pedindo silêncio dos mais recatados da platéia. Seu rosto revelava exatamente o quanto estava curtindo aquela noite. Os olhos brilhavam, o sorriso largo e os gestos feitos com as mãos estavam lá para provar. Castle assistia a dois espetáculos, a peça e a vibração de sua esposa. Anunciado o intervalo, a maioria das pessoas deixaram o teatro em busca de banheiros, bebidas e merchandising.

- Que tal uma taça de champagne, gorgeous? Não sei o que eles tem de aperitivos aqui.

- Champagne está ótimo, ainda vamos jantar depois. Preciso comprar esse CD no itunes. É espetacular.

- Vamos ao saguão então – eles foram até o bar onde Castle comprou duas gsrrafinhas de champagne. Kate foi ao toilete e passou pelo espaço de vendas, muita coisa interessante. Ela imaginava como não ficavam os turistas ávidos por comprar tudo como lembrança de viagem. Ao encontrar novamente com Castle, recebeu sua taça de champagne acompanhando a conversa do marido com um suposto jornalista do NYLedger, em seguida uma jovem se aproximou pedindo para tirar uma foto com o autor, mais assédio de outras duas jovens agora com os dois, afinal Kate era conhecida como musa e escritora. Passada a tietagem, saboreando a bebida, ela aproveitou para trocar uns beijinhos com Castle. Não se importava com a possibilidade de aparecer em jornais e revistas, estavam ali para se divertir. Ao sinal do sino, retornaram aos seus lugares para curtir o resto do espetáculo.

Ao deixar o teatro, Kate não parava de comentar sobre o musical. De braços dados, tomaram um taxi para o restaurante que Mandy indicara. Assim que foram conduzidos à mesa, o maitre já apareceu cumprimentando-os e oferecendo a carta de vinhos. Castle ouviu as sugestões de aperitivos escolhendo um bom tinto acompanhado de antepastos. Sentada ao lado dele, Kate acariciava-lhe a coxa.

- Estou adorando tudo isso. Nem me recordo quando foi a última vez que fizemos algo assim. Normalmente nem saímos de casa, fazemos nossa festa ali mesmo. É bom ver gente, apreciar uma boa refeição, ser servida. Não posso esquecer da companhia, parte muito importante 
– inclinou-se e beijou-o. Com a taça de vinho, falou – um brinde aos momentos a dois.

- Sim, aos momentos e a nós. Pretendo fazê-los com mais frequência. E Kate? Se depender de mim, teremos muito o que comemorar. Vamos achar o caminho da justiça antes mesmo do que se imagina.

- O que o faz ter tanta certeza?

- Você. Ter a melhor investigadora da NYPD a frente de uma ótima equipe. Minha fé e confiança em você são inabaláveis. E porque eu te amo – diante das palavras, ela abriu o sorriso e beijou-o apaixonadamente.

- E pensar que odiava ter você me seguindo quando nos conhecemos, agora não consigo imaginar minha vida sem você, babe.

O resto do jantar correu às mil maravilhas. A comida era realmente deliciosa, de fazer murmurar preces. Mandy acertara mais uma. Chegando à sobremesa, optou por um doce que misturava chocolate, canela e avelãs. Divinamente preparado. Dividiu-a com Castle em meio a beijos molhados e doces. Deixaram o restaurante satisfeitos. A noite de New York estava linda com uma lua cheia em destaque no céu. Resolveram caminhar um pouco pelas ruas do Soho antes de voltarem para casa. Kate estava desejando um café quentinho. Ao primeiro sinal de uma Starbucks, eles entraram apenas para comprar a bebida. Continuaram caminhando pelas ruas até que ela foi tomada por uma vontade louca de agarra-lo. Com um rápido movimento, encostou-o na parede de uma loja e sugou os lábios com vontade. Sentiu o corpo estremecer ao toque dele mesmo por cima do casaco que usava. Mantinha seu corpo colado ao dele. Sabia que a excitação de Castle estava surgindo fazendo seu desejo crescer ainda mais.

- Castle... – sussurrava ao ouvido dele abrindo os primeiros botões da camisa – melhor irmos porque... eu não vou responder por mim... – beijou-o urgentemente. Ele gemeu pego de surpresa. Com um certo esforço conseguiu afastá-la.

- Precisamos... taxi... – com algum esforço conseguiram um carro. Apenas deu tempo para Castle dizer o endereço pois Kate já estava puxando-o para si novamente. O trajeto foi rápido e como dois desesperados, eles subiram no elevador do prédio para o loft indo direto para o quarto. No chão, o rastro de casacos, sapatos e roupas se amontoava abrindo caminho até a cama. Usando apenas a calcinha, Kate empurrou-o contra a parede deslizando suas mãos pelo peito dele enquanto os lábios ocupavam-se em beijá-lo, prova-lo. Castle a ergueu pela cintura forçando-a a envolve-lo com as longas pernas. Era ela quem tinha suas costas contra a parede agora. Ele devorava seu pescoço apertando-lhe os seios.

Em uma decisão rápida, ela deixou as pernas escorregarem de volta ao chão. Seu intuito era um só. Puxou o boxer que ele vestia contemplando a ereção firme e pronta para ela. Sussurrou pedindo que a suspendesse novamente. Entendera o que se passava na cabeça dela. Com as pernas envolvendo-o, o membro comprimia-se contra o estomago dela até que não aguentando de tanto desejo, sentindo a umidade domina-la em seu centro, ela exigiu gemendo aos ouvidos dele.

- Preciso de você.... quero agora, Cas...dentro de mim – mordeu o lóbulo da orelha dele e gemeu. De uma só vez, ele a penetrou. Kate gemeu em resposta tomando-lhe os lábios, mordiscando e urgenciando o beijo enquanto ele afundava dentro dela. Os movimentos eram fortes e ritmados. A pele do corpo arrepiava-se sentindo os dentes dele roçando em seu pescoço. Juntos mantinham um ritmo frenético em busca do prazer que a dominou em uma onda minutos depois. Agarrou-se ao pescoço de Castle com tanta força tamanha a explosão que a invadiu. Carregando-a em seus braços, colocou-a na cama. Por alguns segundos, ficou admirando a beleza de sua mulher.

Deitada na cama, a pele vermelha, o rosto rosado e os olhos fechados. A perfeição em um corpo deliciosamente gostoso. Não conseguindo mais se conter, ele inclinou-se na cama colocando-se sobre ela. O peso do corpo dele era um estímulo, um símbolo de força e masculinidade para Kate. Perderam-se em um beijo longo e sedutor. Ainda excitado, Castle apertou os seios dela com uma das mãos, depois provou-os com a ponta da lingua até abocanha-los, sugando e provocando a mulher indefesa abaixo de si. Kate se contorcia enroscando os dedos no cabelo dele incentivando-o a continuar o que fazia. A outra mão deslizou para o meio das pernas e ao sentir os dedos a penetrando, arqueou o corpo gemendo o nome dele. Novamente, ele a levou ao céu com um orgasmo que a dominara dos pés a cabeça. Mal se recuperara da onda que invadira seu corpo sentiu Castle a penetrar ao mesmo tempo que roubava-lhe um beijo.

Dessa vez, ele erguera uma das pernas dela segurando-a na altura de seus ombros, estocando em movimentos contínuos dentro dela. Retornando a perna até a cama, ele a ergueu colocando-a quase em seu colo quando se mantinha de joelhos no colchão. Kate mordeu o ombro dele ao sentir que já estava começando a sentir o corpo mole. Então, empurrou-o na cama e assumiu o controle. As mãos pressionadas firmes sobre o peito dele, movimentava-se num ritmo coeso. As palmas das mãos estendidas sobre a pele deixavam marcas vermelhas de unhas cada vez que se lançava mais fortemente sobre Castle. Inclinou-se e provou a pele vermelha do peito dele. Depois de vários beijinhos fazendo trilha até o pescoço, Kate instigou a boca com sua lingua até beija-lo intensamente. Apertando o bumbum dela, reuniu todas as suas forças até sentir o prazer a atingir, satisfeito liberou-se para também desfrutar do momento.

- Meu Deus... – ela gargalhava entre pequenos gemidos puxando o lençol consigo ao experimentar as sensações incrivéis enquanto os dentes de Castle roçavam em suas costelas. Ambos largados na cama, saciados e finalmente sem forças para fazer qualquer outra coisa. Castle fechou os olhos e adormeceu quase que instantaneamente atravessado na cama. Após ter sua respiração normalizada, ela também adormeceu.

Na semana seguinte, Beckett trabalhava fechando um relatório do último caso investigado. Castle estava ao seu lado naquela terça vendo-a discutir alguns detalhes com Ryan. percebeu que a caneca dela estava vazia. Ergueu-se para buscar café na copa, quando retornou ela agradeceu pelo gesto vendo o coração formado pela espuma. Ia começar a perguntar algo sobre o caso para ele quando a Capitã a chamou até sua sala.

- Tenente Beckett, esse caso chegou às minhas mãos hoje pela manhã. Mais uma defesa no tribunal a ser comandada pela Dr. Robbins. Esse processo em particular envolve o 1PP. Foi solucionado por lá sob a autorização do Comandante. Conversei com a promotora sobre seu possível envolvimento nele. Ela não apenas concordou como pediu que eu instruisse você a montar a  sequencia da defesa e a argumentação com considerações para que ela use no tribunal. Será julgado na quinta portanto você tem dois dias para se preparar.

- Senhora, eu estava fechando o relatório do caso Richards com Ryan e...

- Delegue. Deixe o detetive Ryan terminar. Sua prioridade é essa argumentação. Fui clara?

- Sim, senhora.

- Boa sorte, Lieutenant Beckett.

Voltou para sua mesa e anunciou que a Capitã havia lhe colocado em um caso especial do tribunal. Avisou Ryan que ele deveria concluir o relatório. Pedindo licença, Beckett dirigiu-se ao pequeno acervo do distrito em busca de um código penal. Castle acompanhava seus passos até que ela voltasse a sua mesa.

- Você realmente tem que fazer isso, Kate?

- É uma ordem da minha Capitã, Castle. Não se trata de uma escolha. De qualquer maneira é algo bom, estou me certificando que a justiça seja feita. Terei que me dedicar redobrado para esse processo, o caso é do 1PP,

- Algo me diz que Gates quer expor seus talentos para o Comandante. Isso pode ser muito bom, mas também pode afasta-la do trabalho investigativo. É isso que você quer?

- Castle eu adoro solucionar casos, você me conheceu assim porém, o Direito fez parte da minha vida desde sempre. Eu mesma estaria em alguma corte defendendo casos se o destino não tivesse pregado uma peça em mim. Por enquanto, fico com os casos de assassinato. Isso não quer dizer que não goste de olhar a justiça com outra perspectiva.

- Você é muito modesta, gorgeous. Se tivesse seguido o Direito, no mínimo seria juíza mas aposto que estaria brilhando na Procuradoria de Manhattan. Quer mais café? Vou buscar e depois vou deixa-la estudar o seu processo. Aproveitar a tarde para finalizar os últimos capítulos do meu livro. Precisamos alimentar os leitores. Eles estão ávidos pela nova aventura de Nikki Heat e enquanto ela não chega....

- Sobra Derrick Storm – ela completou.

Durante os dois dias antes de ir a corte, Kate mergulhou nos livros de direito redigindo as argumentações para o julgamento. Reservou pelo menos uma hora para Alex que depois de jantar ficou em sua companhia brincando. Deitada no tapete, colocava o menino em seu estomago ou apenas ficava observando seus movimentos com os brinquedos. Assim como ela, ou assim Kate gostava de pensar, Alex tinha a mania de segurar o rosto das pessoas com as duas mãos e beija-las. Não se cansava de fazer isso com a mãe. Estranhando a ausência dela no quarto onde escrevia, Castle foi procura-la. Encontrou-a sobre o tapete colorido escorada numa das paredes segurando o filho sentado em seus joelhos. Conversava com Alex.

- Mamãe vai convencer o papai para fazer um picnic pro Alex. Vamos pro parque, tomar sol, ver crianças. Você quer meu amor? Quer? – encostava nariz com nariz fazendo o garoto gargalhar e segurar o rosto da mãe com as duas mãos – sabe, papai bobo faz qualquer coisa por você e a boboca aqui também. É sim! – erguia o menino e fingia morder a barriga dele arrancando gritinhos da criança, repetia o gesto umas três vezes – mamãe ama muito o Alex. Muito... – o menino encostava sua boca na dela como Kate já havia ensinado para ele – beija mamãe, beija.

Castle olhava a cena deslumbrado. Ver o jeito como Kate cuidava do filho era um prazer imenso. Ela falava dele mas no fundo era tão moleca quanto ele. Resolvendo interromper ainda que com pena o momento, ajoelhou-se ao lado deles. Era um momento digno de foto.

- Nem sei o que estou sentindo ao ver vocês assim. Antes que você responda que é ciúmes, vou corrigi-la. É amor, feliciadade, alegria e se me permite consigo ver sensualidade nisso o que me deixa louco para te beijar, honey.

- Olha o papai bobão pensando besteira. Beija o papai, Alex – o menino obedeceu e fez o mesmo gesto de antes agora com Castle – pronto, papai está feliz agora. Hum... pelo jeito você também. Hora da operação troca fralda. Depois será hora de dormir viu, pequeno? – ela se levantou sorrindo e Castle a entregou o filho.

- Desistiu das leis?

- Não, só estou curtindo meu filho – ela respondia enquanto trocava a fralda - além de espairecer a cabeça. Aliás, você poderia me ajudar a montar uma defesa, tem um tópico me incomodando.

- E quem disse que entendo de leis?

- O problema não é com a lei e sim com fatos do crime. Não estou gostando do que escrevi e já que você é bom com palavras... – ele se aproximou dela por trás e a abraçou.

- Sou mesmo. Mas é sempre bom quando você diz isso – beijou o ombro dela. Terminando de ajeitar o pijama de Alex, ela o pegou no colo dirigindo-se a cadeira preferida dele para embala-lo.

- Diga “Boa noite, papai. Vou dormir. Depois mamãe vai conversar sobre coisas legais pra gente fazer”. Agora um beijinho, papai – Castle beijou o rosto do filho e a cabeça – já vou para o quarto, babe. Ele dorme rápido.

Vinte minutos depois, eles estavam na cama discutindo sobre o ponto que Kate mencionara. Após uns três rascunhos, chegaram a um consenso. Satisfeita, ela redigia o argumento final no notebook. Castle a observava com o canto do olho ao mesmo tempo que fazia a revisão final do seu livro. Ao vê-la fechar o computador, rapidamente largou o bolo de papel que segurava colocando ao lado da cama. Pegou um dos livros de direito e jogou para fora da cama.

- Hey! O que você está fazendo? Cuidado com esses livros, são do distrito – ele tirou o notebook do colo dela e colocou sobre a cabeceira ao lado.

- Estou relaxando... – puxou-a para cima de si com força e beijou-a, estava excitado assim que seus corpos se uniram – estou louco para te beijar desde que a vi sentada com Alex.

- Seu louco... – mas cedeu e entrou na brincadeira.


Quinta-feira


Lieutenant Kate Beckett caminhava pelos corredores do fórum rumo à sala da promotoria. Vestia um terninho caramelo segurando o sobretudo no braço. Trazia consigo o notebook, uma cópia do processo a ser julgado e suas anotações. Encontrou a promotora Robbins e começaram a fazer uma pequena reunião de estratégia. Quando estavam prestes a entrar no tribunal para começar o julgamento, o celular de Kate toca. Nadine.

- Nadine, não é um bom momento agora. Posso retornar sua ligação?

- Acho que não, Kate. Falei com o Jeff. Ele pode nos receber em meia hora – droga! Kate xingou mentalmente.

- Impossível! Estou entrando em um julgamento no fórum, Nadine. Podemos nos encontrar depois do meu horário de trabalho, tipo seis e meia? Agora não tem jeito.

- Tudo bem, verei o que posso fazer mas me prometa que não passa de hoje.

- Você tem minha palavra. Obrigada, Nadine.

- Sei, sei. Falo com você mais tarde. Boa sorte aí!


Kate desligou o celular sob o olhar chateado da promotora, pediu desculpas e entraram no tribunal. Ela pedia calada para que a Dr. Robbins tivesse preparada porque essa ligação de Nadine a tirara completamente a concentração no processo. Tudo o que ela conseguia pensar era em sua estratégia para derrotar Bracken. 


Continua......