segunda-feira, 31 de outubro de 2016

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.88


Nota da Autora: Cheguei a comentar que havia uns capítulos com uns toques especiais de Giff, esse é um deles. Não é que Stanathan tenha menos importância, pelo contrario como saberão ao longo da história. Confesso que não sabia como trabalhar a parte de Edmonton e fiz da visita algo mais simples possível. Espero que gostem. De qualquer forma, divirtam-se! 

PS.: Obrigada pelos comentarios maravilhosos... fico nas nuvens! 


Cap.88  
 
No dia seguinte como previra, Nathan ficou boa parte da manhã e da tarde no twitter divulgando o seu jogo. Os fãs não só baixavam como comentavam o que estavam fazendo. Ele estava feliz com a repercussão de tudo e a impressa também ajudou bastante. Aproveitando que estava na internet, ele checou algumas datas e passagens para a viagem a Edmonton. Podiam ir no fim de semana. Passar sexta, sábado e voltar no domingo. 
Ele optara por ficar na sala de vídeo. Stana se esparramara no sofá observando o que ele fazia e cochilando enquanto ele jogava e twitava. Remexendo o ipad, ele comentou. 
- Que tal o próximo fim de semana para irmos a Edmonton? Somente na semana seguinte é que você vai para Nova York, certo? Ah, temos que checar com a médica se você deve viajar nesse período da gravidez. 
- É, estava pensando nisso. Eu li que não há problema se a gravidez está sob controle e não é de risco, mas melhor perguntar a ela. Podemos ir no fim de semana sim. Viajo dia 24 para Nova York. Ainda estou torcendo para que venha comigo, babe. 
- Não posso prometer, Staninha. Vamos ter que esperar - após alguns toques a mais no ipad, falou - Ótimo. Acho que vou falar com o Jeff. Poderíamos ir todos juntos – ao ver a esposa se levantar, perguntou – está tudo bem? Sente alguma dor? Enjoo? 
- Nada disso. Só vou ao banheiro, Nate. Por incrível que pareça, não sinto enjoos matinais como sugere no livro, nem quando como. Eu já volto – ele aproveitou a saída dela para ligar para o irmão. 
- Hey, bro! Já baixou o meu jogo? Tem que prestigiar seu irmão. 
- Você me ligou para isso? Estou prestes a entrar numa reunião importante. Não se preocupe, vou baixar seu jogo e farei propaganda para dois geeks que trabalham comigo. 
- Não foi só por isso que liguei. Queria te fazer um convite. 
- Outro? Caramba! Você e Stana estão uns festeiros ultimamente. 
- Não é convite para festa, Jeff. Eu convidei a Stana para ir a Edmonton comigo no próximo fim de semana. Vou apresenta-la oficialmente aos nossos pais. Pensei que você talvez quisesse ir junto e já aproveitar para eles conhecerem a Gigi. O que acha? 
- A ideia é boa, Nate. Mas a minha situação é diferente da sua. Eu e Gigi somos namorados. Ela pode se sentir acuada com uma potencial visita aos pais. Posso tentar convencê-la, mas não acho que será fácil. 
- Ah, bro! Vocês são namorados agora, mas não vai demorar muito para casarem. Já estão até morando juntos! 
- Nathan, você é casado com uma Katic. Nada é tão simples assim. 
- Tem razão. Converse com ela e depois me dê a resposta. Seria muito bom estarmos todos juntos. 
- Vou ver o que posso fazer – desligou o celular. Nathan viu que Stana já voltara. 
- Falei com Jeff. Ele vai conversar com Gigi. Acha que ela não vai topar. 
- Não sei, vai depender do poder de persuasão do Jeff. 
- Ou do seu, amor. Não tenho dúvidas que ela irá querer seu conselho – ela sorriu, sentou-se no colo dele tirando o iPad de sua mão. Começou a depositar vários beijinhos no rosto, no ombro, rente aos lábios – o que você está fazendo? 
- Apenas roubando a atenção do meu marido uns minutos, estou precisando de uns beijinhos... 
- Está? Não sabia... – ele comentou sorrindo malicioso para em seguida beijar-lhe os lábios e deita-la no sofá inclinando seu corpo sobre o dela. 
Mais tarde naquele dia, Jeff voltara para casa matutando como abordaria o assunto de Edmonton com a namorada. Encontrou Gigi sentada no sofá com o iPad na mão. Beijou-lhe o topo da cabeça e ela esticou o rosto para ganhar um beijo nos lábios. 
- O que você está fazendo? 
- Jogando. Esse Con Man é bem divertido. 
- Você baixou o jogo de Nate primeiro que eu? 
- Estava de bobeira, vi o que ele falou no twitter. Fui conferir. 
- Está com fome? Se importa de pedirmos uma pizza hoje? Estou cansado. Não tenho ânimo para cozinhar. Ah! Andrew e Michelle mandaram um beijo. Perguntaram quando você irá para outro happy hour. Acho que conquistou boa parte dos meus colegas de trabalho, Gi. 
- É? Até a Linda? - a forma como ela falou o nome da mulher fez Jeff encara-la tentando adverti-la. 
- Gi… - ela sorriu.
- Eles são divertidos. Pode marcar que eu vou – ele sorriu e suspirou falando.  
- Quero tomar um banho e quem sabe receber uma massagem da minha namorada. 
- Tudo bem, amor. Pedimos a pizza, mesmo lugar de sempre? Mesmo pedido? – ele balançou a cabeça concordando enquanto desfazia o nó da gravata, abriu os primeiros botões da camisa – quanto a massagem, vou pensar no seu caso. Vá tomar seu banho antes que eu mude de ideia e agarre você aqui mesmo – ele ficou parado olhando para a namorada – o que? Desistiu do banho? 
- Diante da sua proposta de me agarrar... decidi pagar para ver – ela o empurrou em direção ao quarto, dando uma tapa no bumbum.
- Banho, depois conversamos sobre essas imoralidades que habitam minha mente – ele saiu rindo, ela pegou o telefone para providenciar o jantar. A pizza não demorou a chegar e Jeff apareceu na sala já embalado pelo cheiro de pepperoni. Vestia apenas um short de malha, tinha os cabelos molhados. Algumas gotículas ainda escorriam em seu peito tirando um pouco a atenção de Gigi. 
- Nossa! Estou faminto. 
- Você deixou o banheiro arrumado, certo? Não vou encontrar roupas jogadas ou o chão todo molhado, vou? 
- Não vai. A única coisa que está molhada aqui sou eu... não sequei o cabelo direito. 
- Eu gosto... – mordicou o ombro e a orelha dele – você podia colocar uma camisa, está me distraindo assim. 
- Estou, é? Não quero deixar a pizza esfriar, então é melhor se controlar – ele beijou-a colando o corpo frio nela. Gigi podia sentir a temperatura do corpo em contraste com a sua, quente. Ele se afastou – vamos jantar, depois a gente curte a “sobremesa” – rindo, ela apertou o mamilo dele, provocando. 
- Tudo bem... 
- Deus! Você não se segura, mulher! – ele a puxou pela cintura tascando um outro beijo apaixonado nos lábios dela – terá que se contentar com isso por hora – eles finalmente sentaram para comer a pizza. Jeff procurava uma abertura para comentar sobre Edmonton. Então, achou um terreno comum. 
- Sua mãe está muito ansiosa por causa do bebê de Stana? Deve estar nas nuvens, não?
- Ah, sim. Você conheceu a dona Rada, ela acha que as coisas só funcionam com ela por perto. Já me alugou o ouvido querendo saber se Stana estava se alimentando direito, dizendo que não era para se preocupar com dieta, tomar vitaminas. Eu disse que ela não precisa se preocupar porque Nathan cuida muito bem da esposa. Já pensou dona Rada novamente por aqui? Minha irmã ficaria estressada rapidinho. Cortei logo qualquer possível ideia. 
- É coisa de mãe, mas concordo que a melhor saída para Stana é curtir essa gravidez ao lado de Nathan. Logo ela irá entender o outro lado também. 
- Hum, você fala como se soubesse... não vai começar a dizer que devemos providenciar um bebê também, certo? Porque se essa for sua ideia de falar de maternidade, pode esquecer massagem e qualquer outra ideia envolvendo meu corpo que esteja rondando sua cabeça – ele riu. Como sua namorada era apavorada com esse assunto! 
- Não, Gi. Ninguém vai apressar as coisas. Não quero dar passos maiores que a perna, o que significa que não tomarei decisões sem consultar você. 
- Melhor assim... quer um pouco de sorvete? Acho que ainda tem um resto de chocolate com menta na geladeira. 
- Sirva para nós dois, só uma vasilha. 
- Tudo bem – ele esperou Gigi pegar o sorvete e sentaram-se na sala para saborea-lo. Não podia mais adiar a pergunta portanto criou coragem e começou a falar. 
- Gi, eu preciso te pedir um favor. 
- Sexual? Alguma fantasia? – ela olhava com cara safada para o namorado. 
- Não, boba. Mas é bom saber que tenho abertura caso um dia queira experimentar algo diferente. Na verdade, o favor é um pouco mais sério e envolve nossos irmãos. Nathan me ligou hoje dizendo que no próximo final de semana irá levar Stana para Edmonton para conhecer nossos pais. Eles chegaram a conclusão que com a gravidez, estava na hora de apresenta-la formalmente a nossa família. 
- Hum, se conheço minha irmã, deve estar nervosa com isso. É capaz de me ligar meio surtando. Quer dizer, são os sogros. 
- Não me pareceu que eles tivessem com problemas nessa área pelo que Nathan falou. Voltando ao pedido. Meu irmão quer que eu vá com eles, corrigindo, quer que nós façamos a mesma viagem. Ele acha que eu podia aproveitar e apresentar você também. 
- Oh, espera um minuto – Gigi deixou a vasilha de sorvete sobre a mesa e afastou-se um pouco de Jeff encarando-o – são duas coisas bem diferentes. Nathan e Stana são casados, tem tempo de relacionamento, estão esperando um filho. Conhecer os sogros é mais do que aceitável para ela. Mas eu? Jeff, somos apenas namorados. Esse lance de conhecer seus pais me assusta. 
- Sim, não somos apenas namorados, moramos juntos, dividimos o mesmo teto. Não é uma coisa de fim de semana, Gi. Além do mais, você já deve ter passado por essa experiência antes. De conhecer a família de seus namorados. Qual é o problema? 
- O problema é que será a sua família, Jeff. É um momento importante e Nathan vai ter acabado de apresentar a esposa, então você vai virar e dizer “ah, mãe, Gigi é a irmã de Stana e minha namorada”. Acho que não. O que vão pensar? Que somos duas aproveitadoras. 
- Deixe de besteira, Gi. Claro que não vão pensar isso. 
- Como não? Fora que eles terão acabado de descobrir que Nathan casou escondido com a ex-costar e vai ter um bebê. Sabe lá como sua mãe vai reagir. 
- Acredite, ela vai ficar surpresa e feliz com a novidade. 
- Como pode ter certeza? Sua mãe ao menos gostava da minha irmã, quer dizer, pelo que ela acompanhava na série? 
- Digamos que um dos motivos porque minha mãe parou de visitar Nathan em Los Angeles, foi por presenciar como ele vivia em Nova York. Ele trocava de namorada como quem troca de roupa. Ela tentou colocar algum juízo na cabeça dele, mas não adiantou. Veio uma vez visita-lo em LA. Acho que ele estava namorando a Christina Ochoa, e tinha acabado um relacionamento não tinha uma semana. Não gostava dela. Por isso ela se afastou. 
- Você está me deixando com medo? Se não gostava das namoradas, o que faz você achar que gostará de Stana? 
- Porque com ela é diferente. Acho que sempre foi. Outra hora eu posso te explicar melhor. Voltando ao meu favor? Você topa ir comigo para Edmonton? 
- E-eu não sei, Jeff. Preciso pensar, de verdade. 
- Tudo bem, acha que consegue me dar uma resposta até amanhã? 
- Certo, amanhã. Só não me pressione, é um momento difícil para mim. 
- Tudo bem, então que tal a gente conversar sobre aquela massagem? Meus ombros estão precisando... 
- Massagem, sei... mudou de nome? Porque não parece ser seus ombros os que necessitam de um afago – ela disse apertando o membro dele sobre o short que usava, a reação foi imediata - viu? A lei do menor esforço, ir direto ao ponto... 
- Um dos pontos, Gi... – ele a puxou para o seu colo tirando a blusa que usava, com habilidade desfez o sutiã e provou-lhe os seios fazendo Gigi gemer – ah... melhor levar essa festa para outro lugar - e carregando-a em seus braços, a levou para cama. 

XXXXXX

Depois que fizeram amor, Jeff estava assistindo tv, porém percebeu que Gigi estava calada e pensativa. O convite mexeu com ela, será que era medo de conhecer seus pais em especial, sua mãe? Ou havia algum receio por Stana? 
- Hey, você está calada. Pensando na possível visita?
- Sim, um pouco na minha irmã também. Você pode achar que não, mas conhecer sua mãe é importante. Para nós duas, só que para Stana é mais complicado. Eu ainda serei aprovada, para ela não há volta. Se sua mãe odiá-la terá que conviver com isso.
- Não será assim, vem cá - ele se sentou na cama, puxou a namorada para o seu colo.
- Jeff, sem pressão. Eu já disse que vou pensar.  
- Não é pressão, amor. Minha mãe não vai odiá-la, nem você. São mulheres maravilhosas! Vou te contar um segredo, porém deve me prometer que não falará nada para Stana, Nathan me mata. 
- Tudo bem. 
- Minha mãe nunca botou muita fé em ver Nate casado. Tem a ver com a maneira que ele vivia a vida antes. Stana tornou tudo diferente. 
- Eu sei que é diferente, mas como você acha que vai convencer sua mãe? Ela pode não ter a mesma percepção que nós. Quer dizer, eles são atores, casam e se divorciam o tempo todo. O que a impede de pensar que é passageiro? 
- Sim, exceto que não é. Mamãe irá perceber de imediato, depois da surpresa devo acrescentar. 
- Por que? 
- Porque ela sabe como Nathan funciona. Eu vou te dar um exemplo. Ele sempre tem um flerte, um caso com as atrizes que contracena. A Morena foi uma delas. Eles ficaram juntos logo no inicio de Firefly. Então mamãe e até mesmo eu estávamos esperando que ele fizesse o mesmo com Stana o que nunca aconteceu. Eu esperei que ele comentasse algo sobre a beleza dela ou que ele tinha dormido com ela uma vez, mas a única coisa que ele disse era que ela era ótima e muito boa para trabalhar junto. Ele nunca falou dela de maneira ruim ou como se fosse um objeto. Toda vez que mencionava Stana, era com admiração, carinho como se tratasse de algo mais. Eu provocava, ele sempre mudava de assunto. Mamãe também achava estranho. Deve ter sido difícil para os dois trabalharem juntos todos os dias sem poder expressar o que realmente sentiam. 
- Tudo deu certo depois. 
- Sim, de qualquer forma, Stana não terá problema em ganhar a admiração da minha mãe. Ela já tem desde Castle. 
- Ah, Jeff como atriz. 
- Não. Ela a admira por não ter se rendido a Nathan. 
- Tarde demais para descobrir que isso já não é mais verdade. 
- Pelo contrário, vai ser bom. Gigi, tem certeza que você está preocupada com a Stana ou está usando sua irmã para evitar pensar em você? 
- Eu já disse para não me pressionar, Jeff. E estou pensando nela, algum problema? Além do mais, Nathan está levando a esposa dele para a mãe conhecer. Eu sou apenas sua namorada. 
- Gigi, odeio quando fala que é apenas a minha namorada. Isso me irrita! Você não é apenas a namorada, é a mulher que eu amo. Por que tem essa mania de rebaixar o que temos? Não é um simples namoro, é um relacionamento sério. Nós moramos juntos, pelo amor de Deus! Eu quero construir um futuro ao seu lado. Custa entender isso de uma vez? 
- Sim, eu sei, mas... Deus! Isso é complicado. Eu me expressei mal, desculpe - ela o olhava apreensiva, não queria brigar - Sou sua namorada, mas o que temos é sério. Por isso eu tenho medo, não quero estragar o que estamos vivendo. O momento mágico. E se a faísca acabar? Eu não quero que acabe...
- Gi, não vai. Lembra do outro dia em que você teve a crise de ciúmes por causa de Linda. Lembra o que você me disse? Que eu era seu? É verdade, sou todo seu, de mais ninguém e não vou a lugar nenhum. Isso deveria ser suficiente para acabar com esse seu medo – ela suspirou. 
- Tudo bem, amor. Eu não quero mais discutir esse assunto, eu vou lhe dar sua resposta. Amanhã.    
No dia seguinte, assim que chegou do trabalho, Gigi resolveu ligar para a irmã. Passara as últimas horas ponderando as palavras de Jeff e o que esse favor significaria para eles. Qual a consequência de ir conhecer os pais do seu namorado? Sim, ela estava insegura porque era diferente. Era Jeff. Seu namorado, o homem pelo qual se apaixonara. Essa viagem para Edmonton podia ser apenas uma formalidade para a irmã, para ela era algo muito sério. Um marco em seu relacionamento. Ela não dissera isso para Jeff porque tinha receio que ele interpretasse de outra forma. Usou a irmã para disfarçar o quanto era importante ter a aprovação da mãe dele. Ao terceiro toque, Stana atendeu. 
- Hey, sis. 
- Hey, Stana. Como você está? Curtindo uma gravidez calma ou não sai do banheiro? 
- Milagrosamente, tudo bem. Nada de enjoos matinais. 
- Eu quase fui te visitar, mas acabei saindo mais tarde do que pretendia de uma reunião. Você está sozinha em casa? 
- Sim, Nathan deve estar voltando logo. Foi ao supermercado. Por que? Você está bolada com a viagem, não? Jeff falou com você? 
- Falou. Fiquei de dar a resposta hoje. Sis, eu estou com medo. Essa viagem era para ser sua apresentação para a família de Nathan, não tinha que me envolver. Você não está nervosa? 
- Estou ansiosa, nervosa, afinal vou conhecer minha sogra. Sabe, Gigi, se fosse em outra ocasião o medo estaria me corroendo, mas agora? Não tem nada que possa acontecer que vá mudar o fato de Nate ser meu marido e que iremos ter uma família. Não é como se a mãe dele pudesse manda-lo se separar de mim. 
- É exatamente isso que penso, não importa o que ela pense. Você e Nathan já estão casados. 
- Calma, também não é assim, nada de rebeldia. É um momento importante. Quero que eles gostem de mim para deixar Nate feliz. 
- É diferente. Entende meu problema, sis? Eu sou a namorada, preciso da aprovação. E se eu pisar na bola ou ela não gostar de mim? 
- Como alguém em sã consciência não gostaria de você, Gigi? 
- Sei lá, tem todo o lance do casamento. E se dá a louca no Jeff e ele faz igual como fez com a dona Rada? Não sei se estou pronta para isso. O status da relação é namoro. 
- Gigi, você sabe que é bem mais que isso. 
- É, ontem ele meio que brigou comigo porque eu disse que era apenas a namorada. 
- Claro sua tonta! Ele está louco para casar. 
- Hey! Nem vem! Nada de pular etapas. 
- Por favor, vocês estão morando juntos! 
- Sim, casais modernos fazem isso, test drive – Stana riu. 
- Certo, se o problema é Jeff falar de casamento, condicione sua visita. Eu realmente quero que você esteja lá, Gigi. Por mais que Nathan esteja do meu lado, trata-se da família dele. Eu adoraria ter a minha família em um momento desses. 
- É, sei como se sente. O que eu não faço por você, hein? Vai ficar me devendo, sis. 
- Tudo bem – elas conversaram um pouco mais sobre outros assuntos. Falaram da mãe, da gravidez, Gigi falou de trabalho e por fim resolveram desligar assim que Stana viu Nate chegando em casa. 
Gigi esperou pelo namorado para dar a boa notícia. Por volta das sete da noite, ela recebe uma mensagem dele falando que chegaria mais tarde porque estava preso em uma reunião. Resignada e com fome, ela se aventurou a olhar a geladeira e os armários da cozinha em busca de algo que fosse fácil de preparar no micro-ondas. Infelizmente, seu namorado não gostava muito de comida congelada pronta. Encontrou um pacote de frango empanados, porém só podiam ser feitos no forno ou fritos. O que ela faria agora? Não queria comer pizza nem sanduíche. Talvez chinesa? Mas lembrou que da ultima vez que pedira, a comida chegara fria e salgada. Será que se arriscaria a fazer o frango? Ligou para Stana. 
- Sis, preciso de ajuda. 
- Ah, Gigi não me diz que brigou com Jeff por causa de Edmonton. 
- Não, ele ainda não chegou em casa. É outra coisa. É embaraçoso.
- Que foi? 
- Eu não sei usar o forno e estou com fome – ela disse quase chorando – quero fazer um frango empanado e... – Stana gargalhou do outro lado da linha – não ria! É sério! 
- É engraçado! Você vai cozinhar? 
- Não vou cozinhar só quero esquentar esse treco. Por favor, me ajuda. 
- Ok, isso vai ser divertido. Tire uma foto do fogão para mim – segundos depois, ela recebe uma foto de todas as bocas – Gigi, quero ver os botões. 
- Você disse fogão! Espera – outra foto chegou no celular de Stana – é isso? 
- Sim, me dê um segundo – após visualizar os comandos, ela perguntou – quanto tempo você precisa e qual a temperatura do forno? 
- Como diabos eu vou saber? – outra gargalhada. 
- Leia as instruções na caixa, Gigi. 
- Ah, instruções, certo. 30 minutos, 180 graus. 
- Certo, coloque os frangos na assadeira. Deve ter uma no armário de cima se Jeff pensa como Nate – ela confirmou que achou. 
- Incrível! Como você sabia? – Stana não falou nada esperando a próxima pergunta – ok, coloquei seis pedaços caso Jeff queira comer mais tarde. Coloco no forno, certo? 
- Isso, agora deixe a porta aberta para que veja se a chama será ativada quando você pressionar os botões. Primeiro, o da esquerda até o display mostrar 180 graus – pela demora, ela estava fazendo isso. 
- Fiz, e agora? 
- Aperte o botão com a chaminha ao lado e segure até o fogo acender. 
- Consegui! Uhu! Fechei a porta. 
- Ótimo, agora fique atenta ao tempo. 30 minutos. Você pode observar uns cinco minutos antes, mas eu não sei se você consegue.
- Tudo bem, vai ficar uma delicia. 
- E vai comer com o que? Salada? Macarrão? 
- Como? Com ketchup e maionese! 
- Gigi, isso não é um jantar. 
- Se ele quiser algo mais, ele que faça. 
- Delicada como uma porta - Stana riu - Posso ajuda-la com a pasta se quiser. 
- Não, melhor não. Obrigada, sis – desligou. Nathan olhava para Stana intrigado. A esposa respondeu. 
- Gigi se aventurando na cozinha. 
- Oh, Deus! Ela está doente? 
- Com fome, mas quem sabe não é uma virose. Só espero que não faça nenhuma besteira – eles riram. 
Gigi desligou e ficou pensando no que a irmã dissera. Abriu a geladeira outra vez. Tirou de lá, alface, rúcula, mini cenouras, morangos. Lavou tudo e revirou os armários em busca de uma vasilha funda quando achou, vibrou de satisfação. Arrumou as folhas, as cenouras e cortou os morangos ao meio. Satisfeita com a arrumação, ela voltou sua atenção para o forno. Sabia que Jeff tinha uma luva do Darth Vader para tirar coisas quentes do forno. Iria usa-la. 
Milagrosamente, ela conseguiu tirar a assadeira sem se queimar. Arrumou a mesa colocando ketchup, maionese, a salada, pratos e talheres. Quando ia sentar para comer, Jeff chegou em casa trazendo comida chinesa. 
- Oi, amor. Wow! O que aconteceu aqui? Você fez o jantar? 
- Eu estava com fome...
- Então você sabe cozinhar – ele puxou-a para um beijo – o que mais você anda escondendo de mim, Gi? 
- Não fiz isso, só esquentei. Mas fiz a salada – ela falou orgulhosa. 
- Eu vou adorar jantar com você. Quer vinho? – ele se dirigiu para a geladeira – posso fazer uma massa rápida no alho e óleo se você quiser ou comemos o arroz frito que trouxe. O que você acha? 
- Por que não? Arroz frito será. Com a fome que eu estou... 
- Ótimo, vou colocar numa vasilha. Melhor, vou esquentar um pouco na panela. Podemos começar com a salada – ele entregou a taça de vinho para a namorada e já colocou o arroz na panela ligando a boca do fogão – é bom vir para casa e ter um jantar a dois. Meu dia foi tenso hoje. 
- Foi? – ela se aproximou dele abraçando-o por trás, beijando suas costas antes de sentar-se a mesa – o meu foi recheado de pensamentos. Usei muito meus neurônios, vai ver por isso estava com tanta fome a ponto de cozinhar. 
- Esse exercício pensante tem a ver com o convite de ontem? 
- Sim – ela disse se servindo de salada – um pouco – não queria demonstrar medo – já tenho sua resposta. 
- E qual é? 
- Eu aceito com uma condição. Que você não me apresente logo de cara como sua namorada e nada de mencionar casamento. 
- São duas condições...
- Jeff... – ela falou alertando-o. 
- Certo, tudo bem. Você será a irmã da Stana por um dia até minha mãe absorver tudo. Então, conto sobre a nossa relação. 
- Tudo bem. Sente-se logo para comer, vai esfriar – ele trouxe a panela para a mesa. Serviu-a e depois a si mesmo. Comeram. Jeff sorria. Seria um prazer apresentar sua namorada a mãe. Sua Gigi. 
- Depois ligarei para o Nate para confirmar que iremos juntos. Ele precisa providenciar as passagens. 
- Espera, eu não quero que ninguém pague a minha passagem, Jeff. 
- E quem falou em pagar? Ele vai usar milhagens. Tem demais sobrando. Relaxe, amor. Vai dar tudo certo.      
Na sexta-feira pela manhã, eles embarcavam para Edmonton. Dois voos separados partindo de Los Angeles até Vancouver. De lá seguiriam juntos até a cidade natal dos rapazes. Stana disfarçava, porém Gigi sabia que estava nervosa. Durante o voo para Vancouver, ela viu a irmã remexendo as mãos, os cabelos e olhando o relógio. Resolveu conversar para acalma-la, assim iria se sentir mais leve também. 
- Sis, pode falar. Você está com medo? 
- Não é medo, Gigi. Sei que meu caso não tem volta. Nathan não vai me largar por causa da mãe - ao ver o espanto no rosto da irmã, consertou - nem Jeff vai fazer isso. O que quero dizer é a nossa historia. Eu e Nate trabalhamos juntos por oito anos, haviam rumores, chegaram até dizer que ele me fez chorar no set, me humilhava. Ele nunca fez nada disso, mas e se a mãe dele não acreditar? E se me considerar culpada por todas as bebedeiras ou se achar que eu tive minha chance e esnobei. Sei lá, ela pode achar que usei o filho dela para ter fama. 
- Isso é ridículo! Você criou seus fãs por causa de Beckett, de Castle. Não foi o Nathan quem brigou ou chorou em cena, foi você com o seu talento. Posso confessar uma coisa? Quem deveria estar nervosa aqui era eu… tudo bem, admito. Estou tremendo nas bases. Mas você? Algo me diz que a mamãe Fillion vai adorar saber que você foi a escolhida de Nathan. Acho que ela já te admira. 
- Você só está dizendo isso para me acalmar. 
- Talvez, mas meu instinto me diz que estou certa. 
A viagem de Vancouver para Edmonton foi bem rápida. Alugaram um veiculo no aeroporto. Ao lado de Nathan no carro, Stana se sentira mais confiante. Gigi estava agarrada no braço de Jeff, apreensiva. Ao estacionar, Jeff foi o primeiro a sair arrastando a namorada consigo. Stana respirou fundo, abriu a porta e ficou escorada no carro sem condições de se mover, paralisada. Nathan desceu e foi ao seu encontro. Ficando de frente para ela, acariciou seus cabelos, sorriu e perguntou. 
- O que foi, Staninha? 
- E-eu não sei se consigo fazer isso. E se sua mãe me odiar? E se ela achar que não sou a mulher ideal para você, Nate? Eu não sei como agir…
- Ela teria que estar fora de seu juízo. Como alguém não iria gostar de você? Dona Cookie não será diferente. Apenas seja você, a mulher mais adorável que já conheci. 
- Pare de me elogiar para que eu me sinta melhor. Estou nervosa, é importante para mim. Nossa, a Gigi deve estar uma pilha - ele colou seu corpo no dela, beijou-a. 
- Somos canadenses, não iremos tratar ninguém mal. 
- Você não está ajudando… você disse alguma coisa sobre nós para sua mãe? 
- Disse. Eu mencionei que estava vindo para casa porque tinha um comunicado muito importante para fazer. Ela me perguntou se era profissional ou pessoal, eu falei pessoal e mamãe disse que deveria ser algo muito sério, pensou que era doença… - ele sorriu - tranquilizei-a dizendo que era uma noticia maravilhosa. 
- Ela não desconfiou que fosse uma namorada ou casamento? 
- Mamãe nunca acreditou que eu ia casar. Pergunta para o Jeff. 
- Oh, Deus! Vai ser um choque então… 
- Tudo bem, amor. Ela vai superar. Vamos? - entrelaçou a mão na dela e puxou-a em direção a casa. Jeff e Gigi estavam conversando escorados numa arvore - Jeff? - ele fez sinal para o irmão afirmando que precisava de mais um tempo. Nathan sorriu e esperou. 
- Gi, deixe de besteira. Vai ficar tudo bem. 
- Como você pode ter certeza disso? 
- Porque estamos falando de você e da minha mãe. Ninguém vai dizer que é minha namorada logo de cara, hoje você será a irmã de Stana, amanhã eu conto a verdade para a minha mãe. A desconfiança quanto a relacionamento é com Nathan, não comigo. Ela vai perceber logo que eu te amo e que isso é sério, se não fosse nem a convidaria para vir conhece-la. 
- E se eu disser alguma besteira? E se não gostar do fato de eu não ser doméstica, não cozinhar? 
- Não é a dona Cookie que tem que gostar, sou eu. E não tenho nada a reclamar nesse departamento e nem em qualquer outro. Eu amo você do jeitinho que é, Gi. 
- Ah, por que você tem que ser tão perfeito? Eu amo você..
- Vamos, já fizemos aqueles dois esperarem muito e aposto que dona Cookie está louca para servir o jantar para seus filhos.   
Os quatro se dirigiram para a porta da casa. Nathan e Stana na frente, Jeff e Gigi, atrás. Tocaram a campainha e esperaram. Quando a porta se abriu, uma senhora muito distinta de belos olhos azuis sorria. 
- Nate! Que bom ver você, meu filho - ela abraçou-o beijando sua bochecha - isso é uma ótima surpresa confesso que você me pegou desprevenida ao dizer que você e seu irmão vinham me visitar. Eu… - de repente, ela se deu conta da presença de Stana. Arregalou os olhos e tornou a olhar para o filho e novamente para a mulher ao lado dele - você não me avisou que tinha companhia, e-eu pensei que era só…v-você é…a…  
- Sim, mãe. Essa é exatamente quem a senhora está pensando, Stana Katic, essa é minha mãe, dona Cookie - Stana esticou a mão falando. 
- É um prazer finalmente conhece-la, dona Cookie - apertou a mão da moça e beijou-lhe o rosto. 
- Sim, pensei que não ia ter a oportunidade. Por favor, entrem. O outono já começou a dar sinais. Jeff querido, como você está? - ela abraçou o filho - como estão as coisas em Los Angeles? Já se adaptou? 
- Ah, sim, estão perfeitas, mãe. Essa é Gigi, irmã de Stana. 
- Nossa! A beleza está no DNA dessa família. Duas moças lindas. 
- Acho que podemos dizer o mesmo da sua família, dona Cookie - disse Gigi. Stana sorriu para a irmã. Era bom elogiar a futura sogra. 
- Obrigada, podem entrar, sentem-se e fiquem à vontade. Aceitam um café, chá gelado? Como você não avisa, Nathan? Podia ter me preparado melhor e…
- Está tudo bem, mãe. Sei que tem espaço na casa e comida. Café está bom, mãe - disse Nathan - que cheiro é esse? 
- O jantar. Adivinha o que estou fazendo para os meus meninos? Sheppard’s pie e steaks da melhor carne de Alberta. 
- Oh, mãe… só falta dizer que tem poutine - falou Nathan. 
- Claro que sim! Também tem taffy e calda de maple para as panquecas de amanhã. É muito bom ter alguém nessa casa. Seu pai foi pescar com o Eddy, só volta na quarta - ao ouvir falar taffy, os olhos de Stana brilharam. 
- Aqueles taffys, Jeff? 
- Muito provavelmente, era mamãe quem comprava para mim. 
- Ah, eu preciso levar vários para Los Angeles. 
- Gosta de taffy? - perguntou dona Cookie colocando a bandeja na mesinha de centro com o café - que bobagem a minha, você também é canadense! - Stana sorriu, a mãe de Nathan sentou-se ao lado de Gigi, de frente para Nathan - será que agora você pode acabar com o suspense? O que significa essa visita? Deve ser alguma coisa importante para você voar até aqui. E perdoe-me, querida, com companhias. O que aconteceu, Nate?  
Ele fitou a esposa. Viu quando Stana prendeu a respiração por alguns instantes. Ele sorriu. 
- Dona Cookie, quero lhe dizer que o que a senhora considerava improvável aconteceu. Quero que conheça a minha esposa, Stana. 
- Nathan, isso é algum tipo de brincadeira? - ele ergueu a mão da esposa entrelaçada na sua mostrando a aliança. 
- Não, mãe. É bem sério. Eu e Stana estamos casados há quase dois anos, juntos há três. Jeff e Gigi podem confirmar, são testemunhas - ela olhou para cada um dos presentes na sala, todos sorriam sem exceção. 
- Mas como? Vocês trabalhavam juntos e a imprensa, eu…
- A imprensa não sabe. Aliás poucas pessoas sabem, é o nosso segredo. 
- Vocês estavam… trabalhavam? Vocês já estavam… - Nathan sorriu. 
- Sim, estávamos juntos enquanto trabalhávamos em Castle e nada daquelas historias de que não nos damos bem ou que tratava mal a Stana são verdadeiras. Nós decidimos manter segredo porque sabíamos que o assédio da imprensa ia tornar tudo muito difícil, os fãs, as constantes visitas aos sets, paparazzis, enfim… o que importa é que nos amamos, estamos juntos e felizes e mesmo com o fim da série, nossas vidas continuam entrelaçadas, agora mais que nunca.  
A mãe de Nathan olhava para o filho e depois para sua mais nova nora. Tornou a olhar para o filho e depois para Jeff. Os olhos da distinta senhora começavam a encher-se de lágrimas. 
- E-eu confesso que ja tinha desistido de ouvir isso de Nathan, sempre achei que ia envelhecer solteiro ou envolvido com vários relacionamentos. Já contava em não ter netos e se os tivesse seria por causa de Jeff, então vocês vão me perdoar se digo que ainda estou em choque com a revelação. Jeff, acho que nunca esperei que as nossas teorias estivessem certas, mas estavam. 
- Teorias? Que teorias? - perguntou Nathan fitando os dois.  
- Ah, filho, você sempre foi mulherengo. Em cada trabalho que fazia se envolvia com alguém. A única vez que isso não aconteceu, pelo menos até onde eu sabia, foi em Castle. O jeito que você falava de sua co-star era diferente. Era como se um dia você se envolvesse com ela, seria mais que um flerte. 
- É, bro, você sempre falou de um jeito especial da Stana - foi a vez dela olhar para o marido intrigada, porém dona Cookie continuou. 
- Eu cheguei a pensar que se um dia Nathan casasse, gostaria que fosse com alguém como você, Stana. E agora… - a mãe de Nathan se levantou abrindo um sorriso - será que pode me dar um abraço? 
- Claro! - Stana se levantou e abraçou a sogra. 
- Isso merece uma comemoração especial. É o nosso primeiro jantar em família. 
- Mãe, o jantar já está maravilhoso. Iremos adorar. 
- Tudo bem, oh Deus! Quero saber mais detalhes, como vocês realmente decidiram ficar juntos e casar? Eu via o trabalho do meu filho e achava tudo tão real, somente agora consigo entender o porque era. 
- Na verdade, sempre tivemos química. Nossos personagens cresceram porque conseguimos encontrar um ritmo muito bom de trabalho, o gostar foi consequência. Era muito difícil de resistir a Stana. 
- Eu imagino, conheço o filho que tenho - beijou a bochecha dele - que tal nos sentarmos à mesa? Podemos jantar cedo aposto que estão com fome e cansados. 
- É uma ótima ideia, mãe - disse Jeff. Dona Cookie reparou nos olhares trocados entre seu filho e a irmã de Stana, também notou Nathan e a esposa de mãos dadas. Parecia um sonho. Cochichando no ouvido do marido, Stana fez a pergunta que a incomodava. 
- Nate, e o resto? Quando pretende contar sobre o nosso bebê? 
- Relaxa, amor. Uma coisa de cada vez, minha mãe precisa digerir o que acabou de acontecer. 
- Parece que encarou muito bem. 
- Confesso que estou surpreso com o tal desejo dela. 
- Sentem-se, por favor. Querem beber alguma coisa? Seu pai deixou umas cervejas na geladeira, Jeff, porém tem vinho na adega e whisky se quiserem algo mais forte. 
- Eu estou bem apenas com agua. 
- Claro, nem deve beber, sis. Está proibida no seu estado… - percebendo que falara demais, Gigi tentou fingir que não dissera nada demais - eu aceito vinho, tinto vai super bem com carne. 
- Está tudo bem com você, Stana? - perguntou dona Cookie. 
- Sim, está. Estou tomando uns hormônios, coisas de mulher e minha ginecologista me proibiu de beber. 
- Ah… - mas a mãe de Nathan não parecia ter acreditado na historia - hormônios, sei. 
- Eu vou pegar o vinho. Nathan porque não conta sua historia para a mamãe? - Jeff acertou em sugerir a mudança de assunto. Animado, Nathan começou a falar como tudo acontecera enquanto sua mãe colocava os pratos na mesa. O jantar foi divertido com as historias engraçadas dos dois e com os comentários de Gigi que a cada minuto parecia estar conquistando a sua futura sogra. Cookie achou o jeito de Gigi bastante interessante, era uma moça divertida e sagaz, porém o que mais admirou foi a forma como falava da irmã. A relação das duas era bonita, lembrando a dos seus meninos. 
- Dona Cookie, esse poutine está maravilhoso. Qual o seu segredo? O meu não fica com esse gosto - disse Stana. 
- Está divino! - ele virou-se para a esposa - o seu também é uma maravilha, amor. 
- Só está falando isso para eu não me sentir mal, Nate. 
- Sigo a receita tradicional, nada demais. Talvez seja a matéria-prima que é canadense. 
- Talvez. 
- Você gosta de cozinhar, Stana? 
- Eu me arrisco. 
- Está sendo modesta, Staninha. Ela cozinha muito bem, mãe. 
- Você cozinha mais que eu. Aliás, os dois cozinham muito bem, a senhora está de parabéns pelos seus filhos. 
- É verdade - concordou Gigi - acho que depois que conheci o Jeff engordei uns três quilos, tenho que me policiar sempre - droga, outra gafe. 
- Ah, então vocês convivem muito juntos? 
- Bem, como eles são os guardiões do nosso segredo e depois que Jeff se mudou para LA, acabamos nos encontrando com freqüência. 
- Isso é bom, manter o senso de família. Posso servir a sobremesa? Podem ir para a sala. Não me importo de levar até lá. 
- A senhora não quer ajuda? - perguntou Stana. Dona Cookie viu nisso uma ótima oportunidade de conversar a sos com sua nora. 
- Vou aceitar, querida - Stana trocou um olhar com Nate que apertou sua mão para lhe dar confiança. Ela viu todos levantarem da mesa sendo a ultima a fazer isso, carregando consigo alguns pratos - não precisa fazer isso. 
- Não tem problema, dona Cookie. Quero ajudar. É uma forma de agradecer por nos receber aqui. 
- Quem precisa agradecer? Somos família - a mãe de Nathan pegou a mão de Stana na sua fitando-a com os imensos olhos azuis - eu gostaria de dizer algo a você. Se tem alguém que precisa agradecer aqui, esse alguém sou eu. Sempre a admirei pela sua força, o modo como encarava seu trabalho, seu talento e beleza. Eu olhava para você naquela tela de televisão ou em entrevistas e pensava: como eu queria uma mulher assim para os meus filhos. Coração de mãe tem dessas coisas, eu não sei explicar, porém eu sempre achei que Nathan tinha sentimentos por você. Eu estou feliz porque posso ver o quanto você o faz feliz. Basta olhar para ele! Meu filho está ainda mais bonito, magro e com um brilho no olhar. Fazia muitos anos que não o via assim. 
- Dona Cookie, eu adoro poder fazê-lo feliz, mas a grande verdade é que me faltam palavras para descrever o quanto eu amo seu filho, o quanto ele é maravilhoso. A senhora é casada, sabe como relacionamentos são difíceis e Nathan, ele é meu esteio, meu norte. Não consigo me imaginar vivendo sem ele. A senhora criou um homem incrível. Acho que nunca poderei retribuir o presente que me deu através de seu filho. Eu o amo demais. 
- Oh, minha filha… - Cookie tinha lágrimas nos olhos - vocês são perfeitos juntos. É um prazer ter alguém como você ao lado dele. Não ganhei apenas uma nora, ganhei uma filha. Seja muito bem-vinda a família Fillion.     
- Acredite, eu amo fazer parte dela. 
- Vamos cuidar da sobremesa? Se conheço bem meu rebanho, Nathan está numa aflição para saber porque demoramos tanto - Stana riu. Podia visualizar a agonia dele claramente em sua cabeça.     


Continua....