quarta-feira, 30 de março de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.36

Atenção! NC-17 a vista!


Esse capítulo é dedicado a Nina (@ninhalouise) e a Carol (annalopesl) apesar de me abandonarem esses ultimos tempos.....kkkk... sei que vão entender o pq da dedicatória!


Enjoy!!! Cap.36 Véspera do aniversário de 2 anos


Booth estava ansioso. Ele vinha se preparando nos últimos dias para a comemoração de 2 anos de namoro com Brennan. Durante esses dias, ele refletiu sobre o que acontecera com eles, como eles se adaptaram a vida nova e qual seria o futuro deles. Ao colocar o tempo na balança, ele percebeu que o saldo foi muito positivo. Apesar de umas manias que chegam até ser irritantes da sua parceira, ele reconhecia que tudo teve seu propósito e seu porque. Não que fosse um mar de rosas! As vezes o stress do trabalho os perseguia até a noite em casa. Outras discussões surgiam entre eles basicamente pela bagunça que ele fazia. Tinha que admitir, sempre sentiu falta de uma mulher para botar ordem nas suas coisas. Não que ele não se virasse e longe da Bones em ser a perfeita dona de casa, mas tiveram vezes que nem ele sabia como conseguira sobreviver a bagunça de seu apartamento. O problema maior era a objetividade e a racionalidade que ela exigia até dentro de casa. Muitas vezes, ele fazia de propósito somente para irritá-la, testa-la pois a reação de Brennan nunca era emotiva o suficiente, era sempre baseada em fatos e dados e ele achava isso muito engraçado.

Porém, de uma coisa ele não podia reclamar. O lado emotivo da relação sempre foi estável. Nunca tiveram problemas na cama exceto algumas chantagens que ela fazia, e como ela sabia pegá-lo de jeito! Temperance Brennan ao contrário do que Booth prevera, tornou-se uma namorada exemplar. A única explicação que ele encontrava para esse feito era realmente o amor que ambos sentiam. Ela aprendera com ele a se doar num relacionamento e de certa forma a distância entre eles só ajudou na evolução do sentimento.

Booth estava nervoso. Esperava que ela gostasse da comemoração. O que mais o preocupava era o presente dela. Como você escolhe um presente para alguém que tem tudo ou possui dinheiro suficiente para comprar tudo que quiser? É muito difícil.

Amanhã ele não trabalharia. Tirou folga para acertar os detalhes. Queria ve-la muito feliz.


Dia seguinte


O dia de trabalho parecia se arrastar. Sem um caso para mante-la ocupada, Brennan se limitou a ler emails e alguns relatórios de colegas que pediam sua opinião. Booth disse que sairiam as 7 para jantar. Ela pretendia sair as 5 do Jeffersonian para se arrumar. Não estava nervosa, estava curiosa para saber o que Booth faria já que ele passou a semana toda misterioso com ela.

Por mais que ela tivesse pedido a ele para surpreende-la, Brennan sabia que ele sim iria ficar chocado quando revelasse seu presente. Estava louca para ver a cara de Booth. Com certeza ele sequer imagina o que seria o meu presente.

Mais tarde, ela deixou o laboratório e foi para casa se arrumar. Booth apenas comentara que iam jantar, então Brennan se vestiu adequadamente. A temperatura em Washington estava agradável e ela optou por usar um vestido e claro sem esquecer o casaco. As 7 estava pronta.


Quinze minutos depois, o seu interfone soou e Booth pediu para ela descer. Ele estava elegante. Vestia uma camisa cinza claro de manga comprida contrastando com a calça cinza escuro. O sobretudo preto dava um ar classudo a ele. Brennan sorriu. Foi ao encontro dele e beijou-o carinhosamente.

- Você está muito charmoso.... elegante!

- E você linda como sempre. Azul é uma cor que cai muito bem em você.

- Onde vamos?

- Jantar num restaurante que inaugurou a pouco tempo, cozinha francesa, com direito a pianobar.

- Mas...

- Não se preocupe tem todas aquelas coisas super saudáveis que você tanto adora. Eu chequei.

- Tá bom, vamos?

Ele abriu a porta do carro para ela e depois seguiu para o lado do motorista. Ao chegarem no restaurante, Booth confirmou a reserva e foram guiados até a mesa deles. Assim que sentaram, receberam o menu e o garçon logo serviu um couvert. Booth escolheu um bom champagne francês. O som do piano ecoava pelo restaurante tocando o melhor do jazz clássico. Brennan notou uma pequena pista de dança a frente ao piano. Ela voltou os olhos para o menu. O garçon já estava de volta com a bebida. Eles pediram logo o jantar e quando ficaram a sós, Booth pegou sua taça de champagne e elevou. Brennan o seguiu.

- Quero fazer um brinde a nós dois. A essa jornada que abraçamos juntos e a cada dia aprendenos um com o outro algo novo. Você me surpreendeu de tantas maneiras Bones... e mais importante, me fez o homem mais feliz do mundo por aceitar se arriscar comigo e olha onde chegamos!

Ela sorriu.

- Um brinde a nós, Booth.

Eles brindaram e tomaram um pouco do champagne. Brennan pegou um pedaço de pão e continuou a falar.

- Sabe Booth, gosto quando você fala essas coisas sentimentais. Confesso que algum tempo atrás eu não entendia bem o que isso significava. Hoje sei bem o que você queria me dizer.

Ele acariciou a mão dela sobre a mesa estavam um de frente para o outro e mesmo assim havia uma cadeira a mais quase ao lado dele. Ela se sentou nela e aproximou-se para beija-lo. A dança dos lábios tão conhecida de ambos ganhava um gostinho especial de quero mais. Depois de um bom tempo eles quebraram o beijo mutuamente em busca de ar. Tomaram um pouco mais do champagne e alguns minutos mais tarde, o jantar deles chegou.

Comeram tranquilos conversando por um bom tempo. Saboreavam cada segundo juntos. Booth realmente tinha acertado no lugar. O sorriso de Brennan quase não saia do rosto. O som do piano caia como um acessório especial para a noite.

Assim que terminaram de jantar, Booth já havia pedido a segunda garrafa de champagne. Ela voltou a se encostar nele e passaram mais um tempo namorando. Booth se libertou um pouquinho pedindo licença para ir ao banheiro. Quando voltou, estendeu a mão para ela e sorriu.

- Temperance Brennan, me concede uma dança?

- Com prazer.

Ele a guiou para o salão em frente ao piano. Ele colocou a mão na cintura dela e Brennan o abraçou envolvendo o pescoço dele. Os rostos se uniram coladinhos quase automaticamente. Um jazz clássico era dedilhado no piano e eles se balançavam ao ritmo da música. Booth sem ela perceber fez sinal para o pianista. Quando a música que ele tocava acabou, Booth olhou diretamente nos olhos de Brennan e falou.

- Essa música é especial para você pois ela representa muito bem como foi esse nosso período de relacionamento. Aposto que você vai concordar.

As primeiras notas de Love Letters começaram a pairar no ar e Brennan abriu o sorriso. Booth tinha razão, essa música era especial. Ela se aconchegou ainda mais no corpo dele e cantava baixinho algumas frases da música.

Love letters straight from your heart Keep us so near while we're apart

Ela acariciava o pescoço dele com a ponta do nariz e depositava beijinhos na face e na orelha dele. Voltou a fitá-lo e sorrindo continuou.

I memorize every line I kiss the name that you sign

Ela beijou-o carinhosamente. Booth a embalava durante o beijo. Sentia as mãos dele passearem nas costas dela. Ao quebrar o beijo, ela cantou agora olhando para ele.


And darling, then I read again Right from the start Love letters straight from your heart


Ela voltou a colar o rosto nele até que os acordes cessassem. Tudo estava tão bom que ela não percebeu que Booth parecia querer parar de dançar. Um novo clássico tocou, dessa vez I’ve got you under my skin. Dançaram a segunda música agarradinhos. Somente ao final, eles deixaram a pista de volta a mesa. Foi aí que Booth falou.

- Sei que você não se liga nessas coisas mas casais normalmente tem uma música que define a relação deles. Essa canção Love Letters diz muito sobre nós e foram graças as cartas trocadas que hoje estamos aqui então para mim, Love Letters é a nossa música.

- Embora não entenda muito o significado disso, posso concordar com a sua observação. Aprendi a apreciar muitas coisas quando estava na Indonésia e essa música é importante nessa fase. Aceito a nossa música, Booth.

Eles sentaram-se lado a lado.

- Você quer sobremesa?

- Ah, sim.

Booth pediu o cardápio e fez o pedido em seguida. Brennan escolheu um creme de papaya com licor de cassis, Booth ficou com uma torta de chocolate. Claro que Booth nunca fica satisfeito com a sua própria sobremesa e na primeira oportunidade ele enfia a colher na taça dela.

- Booth! Porque não fala que quer provar? Não precisa ficar enfiando a colher assim!

Ela colocou um pouco na colher e ofereceu a ele. Booth provou e aprovou.

- Hummm que delícia! Mas roubado é mais gostoso....

- Mesmo? E assim?

Brennan colocou mais uma colher na boca e após engolir passou a colher novamente nos lábios propositadamente para deixar um pouco de doce na boca. Beijou Booth em seguida. Ele podia sentir o gosto de licor de cassis na boca da mulher a sua frente. O beijo evoluiu e Brennan tinha suas mãos circulando sobre o peito dele. Passado um tempo, ela quebrou o beijo arfando.

- Você não tem jeito, Bones!

- Porque?

- Deixa pra lá. Vou pedir a conta.

Booth fez sinal para o garçon e assim que pagou a conta, afastou a cadeira para ela e com a mão na parte inferior das costas dela a guiou para fora do restaurante. Já no carro, ela perguntou.

- E agora? Para onde vamos?

- Você vai ver...

Booth dirigia em silêncio, algumas vezes deixava a mão sobre a coxa dela acariciando. Ela apenas sorria. Não sabia para onde Booth a levaria mas isso pouco importava, ela estava com ele e estava feliz. Ele parou o carro no Washington Mall. Brennan estranhou.

- Booth, o que viemos fazer aqui?

Ele saiu do carro sem dizer nada. Brennan o seguiu. Olhava para ele intrigada. Ele tomou a mão dela na sua e saiu puxando-a até chegarem em frente ao espelho d’água. Brennan olhou para ele sem entender.

- Sente-se Bones. Aceita um café?

- Booth mas o que estamos fazendo em pleno Washington Mall as 11 da noite? E o carrinho de café não está funcionando.

- O que deveríamos ter feito quando voltamos do nosso exílio, você do Maluko e eu do Afeganistão.

- Eu não sei o que isso significa.

- Vou explicar. Nós combinamos que iríamos nos encontrar aqui depois de um ano separados. Outras coisas aconteceram conosco e acabamos não tendo o nosso encontro.

- Sim, você foi baleado e tive que cuidar de você, nos encontramos de outra forma.

- Isso! Então eu pensei, dois anos se passaram e aqui estamos nós. Naquele momento, o que diríamos um ao outro se tivéssemos nos encontrado como planejamos? Daí porque não revivermos isso?

Ela sorriu.

- Acho que entendi a proposta. Posso começar?

- Claro!

- Se tivéssemos nos encontrado naquele momento, eu certamente o abraçaria fortemente, falaria seu nome, o beijaria com vontade e pediria para sairmos correndo daqui e fazer amor.

- Mesmo? Faria isso?

- Faria. Estava morrendo de saudades de você. Afinal culpa sua ter me acostumado mal.

- Fico feliz em saber que teria essa recepção de você.

- Porque? Você não faria isso?

- Não... minha versão é um pouco diferente.

- E como seria?

- Primeiro eu a abraçaria. Em seguida, sentaríamos nesse banco e eu falaria que senti muito sua falta. Perguntaria da viagem, como você estava. Depois, eu diria algo muito importante.

- E o que seria Booth?

- Que você é a mulher da minha vida, que você me completa, que contava as horas para ficar de novo com você e principalmente que eu te amo. Hoje mais do que ontem e menos certamente que amanhã, meu amor no futuro é infinito.

Brennan abriu a boca para contestar o que ele falou porém pensou e refraseou.

- A velha e racional Temperance Brennan provavelmete contestaria a sua afirmação dizendo que seu amor não pode ser infinito já que você é mortal. Uma conclusão lógica e real. A nova Brennan responde a você com uma citação que eu mesma me deparei outro dia. Parafraseando o escritor e nobel de literatura Hermann Hesse “Se eu sei o que é o amor, é por causa de você”. E essa Booth, é a minha verdade.

- OMG! Como eu te amo, Temperance Brennan....

- Eu sei Booth, também amo você.

Ele a puxou contra si e beijou-a apaixonadamente. Os lábios se perderam num misto de desejo e sentimento. Quem seria capaz de separa-los naquele momento? A lingua, a pele, o corpo falam repetidamente o que qualquer apaixonado grita aos quatro ventos. Depois de um longo tempo, eles finalmente se renderam em busca de ar.

- Surpreendi você pelo menos um pouquinho?

- Sim, estou muito feliz.

- Podemos ir pra casa?

- A sua?

- Não o nosso canto, o seu apartamento.

- Vamos.

Eles seguiram de mãos dadas até o carro.


Apartamento de Brennan


Assim que entraram, Brennan se aproximou dele mas Booth já sabendo que ela iria querer partir para a ação, a impediu.

- Bones, você pode me esperar aqui na sala? É rápido.

Em dois minutos, ele voltou com um grande embrulho e entregou a ela.

- É apenas uma lembrancinha. Passei por uma loja outro dia e quando vi, você veio em meu pensamento.

- Lembrancinha desse tamanho?

Ela sentou-se no sofá novamente para abrir o presente. Brennan não podia acreditar no que estava vendo a sua frente. Ela olhou para Booth e tornou a olhar para o presente. Os olhos se encheram de lágrimas. Com um presente, Booth resgatou uma cena da adolescência dela que não existira. Brennan tinha em suas mãos uma Smurfette de pelúcia.

- Como você se lembrou?

- Não esqueço nada que diz respeito a você. Surpresa?

- Muito.

Ela levantou do sofá e abraçou-o com força colando os lábios nos dele. Não precisavam palavras ali. Quebrando o beijo, ela deixou a Smurfette no sofá e voltou sua atenção para ele. Pos a mão sobre o peito dele de tal modo que uma delas estivesse sobre o coração.

- Booth, eu adorei a surpresa. Você soube esconder tudo de mim.

- Que bom, caso contrário não seria surpresa.

- Eu não tenho um presente para te dar nesse momento e não quero que pense que não considero a data e o momento importante, pelo contrário.

- Hey, você já é meu presente. Sua alegria, seu sorriso. Não preciso de mais nada. Só você.

Brennan sorriu e deu mais um selinho nele.

- Entendo o que você quer dizer com isso Booth, porém eu preciso que você me escute agora sem me interromper.

Booth apenas a fitava. Brennan suspirou buscando as palavras corretas e continuou.

- Foram dois anos altamente satisfatórios para ambos, lembro saudosa dos momentos que estivemos longe, a vontade de te ver, a falta que você fazia, a descoberta de um sentimento tão irracional e estranho. A Grécia. O susto que você me deu. Sua recuperação. Tantas noites de prazer e amor. Satisfação seria a palavra correta. Antropologicamente falando, o ser humano por natureza é insatisfeito, quer sempre mais. Eu não seria diferente. Demorei muito para tomar a decisão, foram horas de análises até que Angela me disse que eu só precisava me fazer uma simples pergunta. Lógica e onde a resposta era objetiva, sim ou não. Eu quero mais, Booth. Eu quero uma família. Eu quero ter um filho seu.

Booth olhava para ela atônito. Ele ouvira direito? As palavras de Bones eram claras, a realização de um sonho. O coração acelerara. Piscou repetidamente, a boca seca. Suspirou profundanemte antes de falar.

- Mesmo que eu tente um milhão de vezes, você sempre consegue me surpreender.

- Você quer ser o pai do meu bebê, Booth? Eu quero ser mãe.

- Serei o homem mais afortunado na terra, é uma honra formar uma família com você. Seremos pais juntos.

- Faça amor comigo, Booth.

Ele enroscou seus dedos nos dela e lentamente a puxou para o quarto. Em frente a cama, ele a contemplou. O rosto dela sobre a luz apenas do abajur. Ele acariciou a bochecha dela e beijou demoradamente. Em seguida, as mãos dela desabotoavam a camisa dele que em segundos veio ao chão. Ele livrou-se do vestido dela e da calça dele da mesma forma. Antes de continuar, ele falou.

- Essa noite é sua, tudo será para você. Sinta e viva.

Os lábios tornaram a se encontrar. Brennan invadiu a boca a sua frente com a lingua, explorando, desejando. As mãos se perdiam na pele de Booth quando foi suspensa no ar por ele. Booth a colocou cuidadosamente na cama e apoiando-se no colchão passou a beijá-la repetidamente nos lábios, no pescoço, no colo. A boca e o nariz percorriam a pele alva provando, cheirando. Com uma das mãos, ele afastou as pernas dela acariciando o interior das coxas. Lambeu primeiramente um dos mamilos antes de abocanha-lo e sugá-lo. Brennan gemeu em resposta. Ele entreteu-se um bom tempo entre os seios dela repetindo o movimento enquanto uma das mãos acariciava o centro dela sobre a lingerie.

Tornou a beijá-la nos lábios apenas para desviar a atenção dela, deitou-se sobre ela. O peso do corpo dele trazia uma sensação de estar em casa. Booth tornou a percorrer o corpo dela com a boca roçando os lábios e os dentes várias vezes na pele dela até alcançar a calcinha. Com os dentes, prendeu o elástico e puxou. Brennan riu do jeito dele. Ele apenas a provocava. Usando as mãos, ele tirou a peça e abriu as pernas dela. Sem maior demora, ele provou-a. O contato da língua dele com a região já inchada do clitóris a fez gritar. Ele beijava e acariciava com a lingua o ponto de prazer dela. Podia sentir o quanto ela já estava excitada. Por longos minutos, ele a provava e a estimulava. Não conseguindo conter mais o prazer que a dominava, deixou a sensação se apoderar do corpo. Booth sentia tremer sob ele e isso apenas servia de incentivo para que ele a provasse mais e mais. Pode sentir o gosto dela na boca.

O membro livre sentia o peso da pressão, a cada gemido dela ficava mais rijo. Booth largou a região prazerosa e voltou a deitar-se sobre ela. Acariciava o rosto dela e beijou-a. Brennan o envolveu nos braços e rapidamente virou ficando sobre ele. Foi a vez dela explorar o corpo dele. Sem cerimônias, ela começou a provar cada pedaço do tórax dele. Beijando, mordiscando. Ela adorava lamber e mordiscar o mamilo dele porque sabia que isso o deixava vulnerável. Booth gemia. Uma das mãos dela segurou o membro acariciando. Ela precisava senti-lo, queria te-lo dentro dela. Como se adivinhando os pensamentos dela, Booth a segurou pela cintura e num piscar de olhos e entre gritinhos dela já trocara de posição.

- Isso, Booth... não espere mais....

Ele posicionou-se sobre ela e a penetrou. Juntos, eles movimentavam-se em sincronia na busca pelo prazer. O calor dos corpos, o desejo correndo pelas veias. E quando o prazer e a emoção beiraram o limite, ela gritou deixando o orgasmo se espalhar pelo corpo. Booth não parou. Queria mante-la excitada e estimulada pelo máximo tempo possível, ela gemia e arqueava o corpo contraindo-se por baixo dele. Ele intensificava os movimentos, cada vez mais rápidos até que ele próprio não conseguiu segurar. Gozou ainda dentro dela, em meio a gemidos de ambos. Buscou os lábios doces novamente e os tomou nos seus. Dessa vez o beijo era urgente, selvagem.

Finalmente, ele não se aguentou mais e desabou sobre ela. Brennan ainda sob o efeito do orgasmo, acomodou o peso dele sobre si, não se importava. Naquele momento nada mais importava além deles. Booth, porém, rolou para o lado e puxou-a para si. Não queria perder o contato com a pele dela. Suados, eles tentavam regularizar suas respirações. Brennan virou o rosto para ele e roubou-lhe um beijo. Ela brincava com os dedos dele, beijando as pontas.

- Booth...

- Oi, Bones...

- Você acha que nós conseguimos atingir nosso objetivo?

- Meu objetivo principal era satisfaze-la. Se a nossa união gerou o fruto do nosso amor, então tudo foi mais que perfeito. Não se apresse, Bones. Se tiver de ser e quando tiver que ser, será. Estamos certos do que queremos e isso já basta. Ele tornou a beijá-la sensualmente. Brennan já sentiu a umidade se formando no seu centro e percebeu que ele também estava começando a entrar na ativa de novo. Quebrando o beijo, ela sugeriu.

- Booth, essa posição é bem sugestiva...que tal tentarmos novamente só pra garantir? Está pronto?

- É claro que sim.

Ele endireitou o corpo e puxou-a para mais perto dele. mordeu o ombro dela e acariciou o abdomen dela até descer a mão para o centro, ela gemeu ao sentir o toque tão ansiado. De lado, ele a tocava com os dedos massageando a região do clitóris, a outra mão acariciava um dos seios apertando o mamilo de forma provocativa o que a fazia contorce-se ainda mais sobre a mão dele. A posição de lado facilitava o estímulo do prazer. O membro já estava pronto novamente e sem esperar pelo pedido dela, Booth a penetrou novamente. Pressionando-a com o braço ainda mais em sua direção, ele imprimia um ritmo acelerado dentro dela. Brennan virou o rosto buscando os lábios, beijava-o com pressa, desejo, mordiscava o lábio dele, tudo pela biscado prazer. Por mais uma vez, ele a vez gozar e também experimentou o momento junto com ela.

Permaneceram calados por um tempo após a segunda vez. Ele a abraçava forte contra o próprio corpo. Beijou-lhe a orelha, ajeitou o cabelo dela e beijou-lhe na bochecha. Sussurrou ao ouvido dela.

- Estou no céu...

Ela sorriu. Acariciou o braço dele que a envolvia. Ele enfim saiu de dentro dela automativamente criando a sensação de vazio que ela não gostava. Esperando um pouco mais, Brennan rolou na cama e criou coragem para se levantar.

- Onde você vai amor?

- Shhh já volto.

Quando retornou ao quarto, trazia uma pequena garrafa de espumante e a boneca Smurfette nos braços. Ela bebeu um pouco no gargalo e ofereceu a ele. Booth tomou um pouco também. Ela voltou a se acomodar na cama ao lado dele. as costas dela colada na pele do peito dele. abraçou a boneca e falou.

- São os dois melhores anos da minha vida,Booth.

- São apenas os primeiros de toda a nossa caminhada. Feliz aniversário de namoro, Bones.

- Feliz aniversário,Booth.

E calou-se desde então. Booth percebeu quando a respiração dela tornou-se mais pesada. Sua Bones adormecera e ele não conseguia dormir pois transbordava de felicidade. Em algumas semanas, ele poderia realizar seu sonho de ter uma família de verdade. Bones literalmente lhe dera o céu.

- I love you, Temperance Brennan. Minha cientista maluca…




Continua........

domingo, 27 de março de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.8

Algo mais light......kkkkkkk Cap.8


Três dias depois, Booth combinou de almoçar com Wendell. Fazia algum tempo que ele não conversava com o garoto e seria bom ter notícias dele e de como estava sua carreira como médico. Marcaram num restaurante em Chinatown, um self-service simples. Ao avistar Wendell, Booth sorriu e acenou. Ele estendeu a mão e abraçou-o. Sentou-se de frente para o amigo.

- Que bom ver você,Booth!

- Verdade faz um tempinho que não nos falamos.

- Totalmente compreensível já que a mulher que não te larga, é a mesma que me faz trabalhar de 24 a 36 horas sem descanso.

Booth riu.

- Você quem pediu, oras!

- Eu sei!

- E como vai sua carreira na medicina? Você não pode me decepcionar e nem a ela, viu?

- E eu não sei! Está tudo ótimo. A Dr. Brennan é rígida mas quando ela percebe que você tem interesse, ela é uma excelente professora. Não reclamo nem um pouco de fazer viradão no hospital para cuidar dos pós-operatórios dela. Aprendi muito nesses últimos meses sob a supervisão dela. É realmente uma médica admirável.

- Eu tenho certeza disso.

- Aliás, você deveria me agradecer. A doutora tem mais tempo para passar com você por minha causa.

- Ah tá certo. Falando nisso, ela comenta sobre mim no hospital?

- Booth, você sabe como a Dr.Brennan é reservada não comenta nada com as pessoas. Mas pude perceber que ela está mais feliz, leve. Eu a peguei cantando um tempo desses e ela acabou me falando que estava saindo com você. Fora isso, ela não fala nada só sei que ela está bem satisfeita.

- É bom saber.

Wendell fitou o amigo a sua frente.

- Confessa, Booth. Você está totalmente apaixonado por ela não? Está no seu olhar, no jeito que você fala dela.

Booth suspirou fundo.

- Sim, eu estou mesmo. Sabe Wendell, a Temperance é diferente de qualquer mulher que eu conheci. No modo de agir, de pensar, ela é autêntica, única. Acho que finalmente encontrei a mulher da minha vida.

- Mas já? Vocês estão juntos a o que, cinco meses?

- Sim, daqui a três semanas faremos seis meses juntos.

- E como você pode dizer que está apaixonado dessa forma e que ela é a mulher da sua vida? Você a conhece totalmente?

- Ainda não, sei que ela não me contou seu grande segredo porém isso não me importa. Nada que ela me diga faria eu deixar de amá-la. Dependendo do que ela me conte, eu me apaixonarei ainda mais.

- Nossa, estou impressionado. Ela te pegou mesmo de jeito.

- Sim, e estou adorando a sensação.

Wendell levantou o copo e brindou a isso.

- A sua felicidade, Booth.

- A nossa.


XXXXXXX


Brennan estava no hospital num dia relativamente calmo. Fizera três consultas de rotina e monitorava o pós-operatório de um bebê prematuro. Seu residente estava emprestado a emergência hoje. Ela estava almoçando e preenchendo prontuários quando Mark sentou-se ao lado dela.

- Olá, Dr.Brennan…. não tenho tido o prazer de encontrar com você ultimamente.

Ela desviou o olhar para ele e respondeu quase indiferente.

- Oi, Mark.

- Nossa! Você já foi mais sociável comigo. Acabei de dizer em outras palavras que não te vejo a tempos e estou com saudades e é assim que você me responde?

- Eu disse oi. Além do mais, estou sempre por aqui pelo hospital, no mesmo andar não entendo como você não me encontra. Ou está muito ocupado trabalhando ou está também ocupado transando com as enfermeiras e residentes no conforto médico.

- Ouch! Isso foi, você pegou pesado.

- Falei alguma mentira?

- O que deu em você? Aposto que não quer reconhecer que sentiu minha falta e que está precisando relaxar... tá na cara que seu mal é a falta de sexo. O que você acha? Me encontra daqui a dez minutos no conforto médico?

Brennan respirou fundo. Fechou o prontuário que estava trabalhando e se levantou.

- Primeiro, não quero nada de você Mark. Segundo, tenho muito trabalho a fazer, terceiro sexo não falta na minha vida portanto me esqueça e corra atrás daquelas enfermeiras patéticas que não pensam duas vezes antes de abrir as pernas para você.

Ela virou-se e saiu andando calmamente pela cantina deixando um Mark boquiaberto e sem ação.

À noite, já estava quase cochilando sobre o livro de medicina que pesquisava quando o celular tocou.

- Hey, gorgeous...

- OI, Booth!

- Que vozinha é essa? Estava dormindo?

- Quase... estava pesquisando algo mas quase dormindo em cima do livro.

- Trabalho pesado no hospital hoje?

- Não, só estou preocupada com um paciente. Estava esperando você me ligar, queria muito ouvir sua voz hoje...

- Tempe, está tudo bem mesmo?

- Está sim, só queria falar com você.

- Saudades? Quando é sua folga?

- Essa semana está complicada. Acho que só terei tempo para te ver no fim de semana.

- Ah, que pena... nem um almoço?

- É, talvez um almoço. Espere um minuto enquanto checo minha agenda de cirurgia.

Ela verificou a agenda no celular e achou uma brecha para almoçar com ele, uma refeição rápida.

- Booth, tenho um intervalo pequeno na quinta à 1 da tarde. Teremos que ser rápidos. Almoço leve.

- Podemos ir ao restaurante árabe que fica a três quadras do hospital, Saara Grill, que tal?

- Por mim tudo bem.

- Combinado, então. Te vejo depois de amanhã.

- Tá, boa noite Booth...

- Boa noite gorgeous, sonhe comigo. Um beijo.

Ela sorriu e desligou o celular. Fechou o livro e apagou a luz do quarto. Dormiu imediatamente.


Quinta 1:15 pm


Booth já esperava por ela no restaurante. Brennan apareceu um pouco agoniada.

- Desculpe, me atrasei.

- Tudo bem.

Ela inclinou-se e beijou-o rapidamente. Sentou-se de frente para ele.

- Ah não, pode sentar ao meu lado. Peguei essa mesa com sofá para isso.

Ela se levantou e acomodou-se ao lado dele. Sorrindo, ele levantou o queixo dela e beijou-a demoradamente. Após alguns segundos, ela quebrou o beijo.

- Então você sentiu minha falta?

- Nem posso negar...

- O que você vai comer? Estou faminta. Só tomei um copo de suco hoje.

- Você precisa se alimentar,Tempe. Como você vai aguentar ficar comigo sem comer?

- Quanto a isso, não me preocupo. Apetite e desejo sexual nunca me faltaram.

Eles riram juntos. Escolheram as refeições e ficaram namorando a espera da comida.

O almoço transcorreu muito bem, o restaurante não estava lotado e podiam conversar muito e namorar. Quando Booth pediu a conta, já eram quase três da tarde e Brennan precisava voltar para o hospital pois tinha uma consulta as três e meia. A duas mesas da deles, estava uma moça grávida acompanhada de uma amiga. Ela, pelo que Brennan pode perceber estava no último mês de gestação, com a barriga enorme que a mantinha a certa distância da própria mesa. Brennan percebeu porém que ela não parecia bem, o semblante parecia demonstrar que ela estava com dor.

A moça ficou de pé e tentou em vão dirigir-se ao banheiro do restaurante, tintubiou e Brennan pode ver a água que escorria nas pernas dela. Booth estava esperando o troco quando percebeu que Brennan se levantara da mesa. Sem pestanejar, ela começava a falar dando instruções ao ouvir o grito de dor da moça.

- Calma, por favor. Todos se afastem dela, a bolsa estourou.

Brennan a apoiou com o próprio corpo e perguntou.

- Como está a dor?

- Muito....forte...

E soltou mais um grito.

- Você entrou em trabalho de parto, sabe de quanto em quanto tempo estão as contrações?

- Eu não sei... é meu primeiro... eu – eu não quero perde-lo...

- Shh… tudo bem, fique calma, vou monitorar as contrações. Qual seu nome?

- Rose...

- Ok, Rose. Eu sou médica, vou cuidar de você.

Booth se aproximou dela.

- Está tudo bem Tempe?

- Acho que sim, chame uma ambulância pra mim?

- Claro.

Brennan percebeu que era tarde demais quando examinou a moça, o bebê estava quase saindo. A dilatação estava em 9 centímetros.

- OK, não temos tempo de esperar a ambulância. Rose, vou fazer o parto do seu bebê ok?

- Você! Preciso de toalhas limpas, álcool, tesoura esterilizada entendeu?

- Claro!

O garçon saiu correndo para a cozinha.

- Você poderia limpar esse sofá? Preciso apoiá-la para tirar a criança. Traga uma toalha de mesa limpa.

Em dois minutos, Brennan tinha tudo o que precisava. Rose já estava deitada no sofá e Brennan lavava as próprias mãos com o álcool. Booth assistia a tudo impressionado.

- Rose, me escute. Preciso que você faça força para mim agora ok? Vamos tirar seu bebê. É menino ou menina?

- Eu.. não sei...

- Ah, então será uma surpresa. Booth, você pode apoiá-la segurando os ombros dela?

- Claro!

Ele se ajeitou a posição.

- Vamos Rose, hora de empurrar. Empurre!

Rose concentrou-se e empurrou gritando.

- Ótimo, mais um Rose. Vamos.

Novamente ela obedeceu a médica. Brennan pode ver a cabecinha do bebê.

- Posso ver a cabeça, Rose. Vamos força! Queremos conhecer seu bebê...

Rose empurrou mais uma vez e Booth pode sentir a energia e a pressão daquele momento. Os paramédicos haviam chegado mas não ousavam atrapalhar o procedimento que a doutora realizava.

- Isso... muito bom os ombros dele estão quase fora, precisamos empurrar mais uma vez Rose. Talvez seja a última para que você veja seu bebê.

- Não, não posso...d-dói por...favoor

- Rose, me escute. Já estamos no final. Só mais um,Rose.

Rose se concentrou e empurrou. Brennan conseguiu puxar a criança e a liberara de vez. Um choro alto rompeu no restaurante.

- Você conseguiu Rose! Você tem um filho, um lindo menininho. Me passe a tesoura.

Brennan cortou o cordão umbilical e fez sinal para os paramédicos. Ela se levantou e colocou o bebê nos braços da mãe. Eles entregaram a Brennan um kit de instrumentos esterilizados para que ela examinasse e concluisse o procedimento. Quando ela acabou, levantou-se exausta pela posição que se encontrava e pela adrenalina que parecia ter exaurido todas as suas forças. Os empregados e a clientela do restaurante explodiram em gritos e aplausos para a doutora.


Brennan sorria.

Conversou com os paramédicos orientando como deveriam proceder com a paciente. Ela aproximou-se de Rose e sorriu.

- Parabéns, mamãe. Seu bebê é lindo.

- Obrigada doutora....

- Brennan, Temperance Brennan.

- Dr. Brennan você pode ligar para o meu marido, Jeff?

- Claro, me dê o número dele.

Rose aponta o celular na bolsa lateral a vista sobre a mesa em frente.

- Rose, você será levada agora para o hospital Presbiteriano. Vou ligar para o seu marido e ele irá encontrar você está bem? Eu também vou para lá.

- Obrigada, doutora.

Brennan fez sinal para os paramédicos. Pegou o telefone e ligou.

- Jeff? Aqui é a Dr. Temperance Brennan do Hospital Presbiteriano, estou ligando para avisá-lo que sua mulher deu a luz agora a pouco...

A confusão do rapaz do outro lado da linha era grande, estava nervoso.

- Calma, foi tudo muito rápido e ela e o bebê estão bem. Rose está esperando por você no hospital.

Ela ouviu o pai dizer algo mais e desligou. Ela fechou os olhos e suspirou. Sentiu a mão sobre seu ombro a acariciando. Abriu os olhos e encontrou Booth a sua frente sorrindo.

- Preciso ir ao hospital com ela.

- Eu sei, vou com você. Mas antes, você vai beber uma água.

- Vou ao banheiro.

Brennan retornou em dois minutos de rosto lavado e mais serena. Bebeu meio copo d’água e agradeceu ao dono do restaurante se desculpando pela confusão que criara no ambiente de trabalho dele.

- Não precisa se desculpar, você foi maravilhosa trazendo mais uma vida ao mundo.

- Obrigada. Vamos, Booth?

Ele entrelaçou a mão na dela e deixaram o restaurante.

- Tem certeza que quer ir ao hospital comigo?

- Tenho.

- Vou ligar para o Wendell.

Brennan pegou o celular e explicou tudo o que acontecera a ele, pediu também para cancelar a consulta das três e meia e das quatro horas. Ela precisava dar um apoio a Rose. Saiu do restaurante na companhia de Booth, em quinze minutos ela estava no hospital. Pediu para ele ficar na recepção.

- Tem certeza que não quer ir embora?

- Não mesmo, fico esperando você terminar de atender a Rose e depois você vem aqui me ver.

- Tá bom. Prometo que não demoro.

Ela beijou-o rapidamente e saiu apressada pelos corredores do hospital. Pegou o elevador e se dirigiu ao andar da obstetrícia. Ao chegar já foi informada por uma das enfermeiras que a paciente estava no quarto 703 e que o Dr. Bray estava com ela. Brennan dirigiu-se até lá. Rose já parecia outra pessoa, Dr.Bray já examinara ela e o semblante estava mais calmo. O marido ainda não havia chegado.

- Como se sente Rose?

- Agora bem melhor! O susto passou...

- É, pra sua primeira gravidez foi um susto mesmo. Onde está o bebê?

- A Mary levou para fazer higienização e os procedimentos padrões do hospital. Deve estar voltando com ele logo.

- Ótimo. Tudo certo com ela Dr.Bray?

- Sim, Dr. Brennan e parabéns, ela me contou como aconteceu.

- Que isso só fiz o meu trabalho.

- Ah, não doutora. Eu estava morrendo de medo e você me acalmou e trouxe ao mundo meu bebê. Serei eternamente grata.

- Rose, se tudo correr bem terá alta amanhã mesmo.

Nesse momento, um rapaz agoniado entra no quarto. Estava lívido.

- O senhor está bem?

- Jeff...

- Ah, então você é o papai sortudo? Sou o Dr.Bray e essa é a médica que trouxe seu filho ao mundo, Dr. Brennan.

- Está tudo bem mesmo? Cadê o bebê?

- Calma, está tudo bem.

A enfermeira entra com o bebê no colo.

- Mamãe, olha quem está com saudade de você...

- Jeff, esse é o seu menino.

Os olhos de Jeff se encheram de lágrimas. A enfermeira entregou o bebê para a mãe. Rose sorria.

- Olha amor, ele é perfeito! Graças a Dr.Brennan.

- Não sei como agradecer mesmo doutora.

- Não, por favor, esse é o resultado da ciência bem aplicada por alguém competente e rápido para tomar decisões.

- Vamos chamá-lo de James, o nome do meu pai.

- Bonito nome. Aproveitem o momento, amanhã volto para verificar como estão e possivelmente dar sua alta.

Ela abriu a porta do quarto e olhou mais uma vez para eles. Pareciam bem felizes. Suspirou.

- Dr.Bray? Você não vem?

- Ah, claro!

Deixaram o quarto e já no corredor, Brennan deu novas instruções a Wendell.

- Como eu cancelei minhas consultas, vou embora agora. Você pode monitorar meus pacientes e caso tenha alguma dúvida, você pode me ligar.

- Claro, Dr.Brennan. não se preocupe. Hoje seu descanso é mais que merecido.

Ela sorriu e dirigiu-se a sua sala. Pegou sua bolsa e o jaleco e rumou para o elevador. Ao voltar a recepção encontrou Booth folheando uns panfletos.

- Hey...

Ele desviou o olhar do papel e ao ve-la sorriu.

- Demorei muito?

- Não, como está a mãe? E o bebê?

- Estão bem. O nome dele é James.

- E você ? Como está?

- Estou bem, Booth. Estou acostumada com essas situações. É claro que agora meu corpo falha, já que a adrenalina se dissipou após o parto e ...

- Hey, Tempe, porque você apenas não admite que está cansada?

Ela suspirou.

- Ok, estou cansada. Podemos deixar o hospital?

- Você vai para casa?

- Vou, o Wendell assume.

- Então acompanho você.

Ela não se opôs. Deixou que ele a envolve-se pela cintura e saíram rumo a estação do metrô. Dessa vez, Brennan foi direto para casa e Booth já esperava que ela o dispensasse para descansar. Não foi isso que aconteceu. Na frente do apartamento, ele já se preparava para se despedir.

- Tempe, vou deixar você descansar... eu só queria dizer que...

Ela colocou o dedo indicador sobre os lábios dele.

- Shhh....

Ela beijou-o. Booth retribuiu o gesto e a abraçou enquanto sorvia os lábios dela. Depois de alguns segundos, ela quebrou o beijo.

- Com esse estímulo fica difícil ir embora...

- E quem disse que quero que você vá?

Ela o puxou pela mão e guiou-o para a entrada do prédio. Brennan morava no quinto andar. Ao entrarem no apartamento, Brennan jogou a bolsa sobre o sofá e seguiu para a área de serviço onde deixou o jaleco sujo do hospital. Voltou a sala onde Booth continuava em pé observando o lugar. Era um apartamento grande e amplo.

- Pode sentar Booth, o sofá é bom.

Ela pegou o remoto e ligou a tv.

- Você se incomoda de esperar um pouco vendo tv enquanto eu tomo banho?

- Tudo bem.

Ela beijou-o na bochecha e saiu rumo ao quarto sorrindo. Vinte minutos depois, ela surge na sala vestindo uma calça de moleton e uma camiseta babylook da universidade de Columbia. Ela o surpeendeu abraçando-o pelo pescoço. Beijou a região da nuca e sussurrou ao ouvido dele.

- Você quer conhecer o meu quarto?

Ele riu. Ela entrelaçou seus dedos aos dele e Booth se levantou. Ao entrar no quarto dela, Booth percebeu a cama muito bem arrumada com vários travesseiros. O perfume dela estava no ar. O quarto era amplo.

- Meu Deus, seu quarto é enorme acho que dá minha sala e o meu quarto.

- Não seja exagerado, Booth.

Ela fechou a porta à chave. Booth percebeu. Será que ela estava pensando em testar a cama dela? Só de imaginar, Booth sentiu uma pontada na virilha. Ainda não se esquecera da última loucura dela. Brennan sentou-se na cama. Passou a mão pelo rosto e suspirou. Ela deitou-se na cama e virou-se de lado acariciando o edredon. Olhou pra ele e sorriu.

- Vem, Booth. Deita aqui do meu lado.

Ela bateu no colchão e ele cedeu. Tirou os sapatos revelando meias bem excentricas, bem coloridas.

- Meias interessantes, Booth.

- É, eu gosto.

Assim que ele deitou, ela se aconchegou ao corpo dele e beijou-lhe suavemente os lábios. Ele a envolveu pela cintura aproximando seus corpos e ficando ambos de lado mantinham os narizes bem próximos. Booth acariciou o rosto dela prendendo uma mecha atrás da orelha dela.

- Booth vou fechar os olhos mas isso não quer dizer que vou dormir, ok?

- Ok, é bom não dormir mesmo pois tenho algo para te falar.

- Humhum...- murmurou Brennan de olhos fechados.

- Sabe, desde que eu te conheci sabia e disse que você era diferente, misteriosa e especial. Porém, sempre descubro coisas novas sobre você e confesso que fico confuso, nunca conheci ninguém assim. Hoje novamente você me surpreendeu, quer dizer, eu sempre achei que você era uma super workaholic mas ve-la em ação naquele restaurante, trazendo a vida aquele menininho, confiando apenas nos seus sentidos, nos seus conhecimentos? Aquilo foi demais para mim. Nunca estive tão orgulhoso de alguém na vida. Então, eu meio que devo um elogio e um pedido de desculpas a você. Desculpa por implicar com você por causa da sua mania de trabalho, isso é dedicação, amor ao que faz. Ao ve-la ali naquele momento, eu tomei uma decisão: se algum dia eu tiver um filho, ele virá ao mundo pelas mãos de Temperance Brennan. Não tenho palavras para expressar minha admiração.

Ela sorriu e tornou a abrir os olhos. Assim que o fez, uma lágrima correu seu rosto.

- Obrigada Booth apesar de achar que apenas fiz o uso correto da ciência. Foi para isso que estudei.

- Hey, aceitei logo o elogio e esqueça a ciência por um minuto? Ok?

Ele a beijou. Em seguida, ela o fitou e fez algo que não era comum na vida de Temperance Brennan, ela falou de si mesma.

- Quando eu tinha 15 anos, meus pais me abandonaram. Eu fiquei órfã sem ter como me manter. Fui enviada a lares adotivos. Casas de famílias mas não me adaptava e acabava retornando ao sistema. Eu passei por experiências difíceis e eu só era uma adolescente. Eu não me identificava com as outras meninas, não gostava de ficar horas conversando ou me arrumando, o contato social nunca foi o meu forte. Um dia conheci um senhor que sempre ia ao orfanato e distribuía brinquedos e livros para nós. Eu lembro que estava no canto da sala quieta. Ele se aproximou e me entregou um livro. Chamava-se o corpo humano. Eu li em um dia. Fiquei fascinada e ele percebeu. A cada semana, ele trazia livros de ciência para mim e foi assim que tomei a decisão de seguir a medicina. Eu não sabia como faria isso ainda mas fazia planos, ia procurar empregos, coisas de jovens. Um dia Max me levou uma avaliação, ele me disse que era muito inteligente e que podia ser o que quisesse. Era um SAT. Eu fui aprovada com uma das maiores notas e ganhei uma bolsa para estudar medicina na Columbia. Três meses depois, Max faleceu e deixou dinheiro suficiente para eu me manter na faculdade. Foi ele que me descobriu. Desde então eu me dedico a ciência porque ela é a única coisa que me fez lutar. As pessoas vem e vão na minha vida, eu não me prendo e eu não ligo porque a ciência nunca me abandonou.

Booth permaneceu calado por uns segundos depois que ela parou de falar. Esse era o segredo de Tempe. Agora podia entende-la bem melhor.

- Esse é o meu segredo Booth. Pouquissimas pessoas o conhecem. Conto nos dedos da mão.

- Obrigado por confiar algo tão importante da sua vida a mim. Posso apenas fazer um comentário?

- Pode.

- Você é mais humana do que imagina, por trás de toda a sua ciência existe um enorme coração. Você me mostrou isso hoje. E sinceramente, Temperance? Não quero ser mais um na sua vida, se depender de mim, eu vim para ficar.

Ela suspirou. Aquelas palavras a deixavam novamente com a boa sensação de leveza de outras vezes. Mas ela tinha que ser realista. Sabia que não podia simplesmente aceitar o que ele dizia sem analisar. Dessa vez, porém ela não ia discutir o assunto, restava esperar.

- Prefiro continuar assim, sem fazer planos, sem atropelar o caminho, preciso me ater aos fatos.

- Ok, que tal o fato de que cada dia mais me apaixono por você?

Ela riu.

- Ou o fato de que adoro beijar sua boca?

Ele beijou-a com carinho. Foi a vez dela se pronunciar.

- Ou o fato de eu apreciar muito seu corpo junto ao meu...

- Eu também.

Ela o fitou e então fez um pedido.

- Booth?

- Sim, gorgeous?

- Posso cochilar abraçada a você?

Ele a puxou para junto do seu corpo, envolveu-a em seus braços e beijou-lhe o rosto.

- Nem precisava pedir...

Ela pos seu braço sobre o dele mantendo sua mão sobre a de Booth, os dedos entrelaçados.


Fechou os olhos.


Booth roçou o nariz nos cabelos perfumados dela. Sorria. Sentia-se no paraíso.




Continua.......

sábado, 26 de março de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.35

Atenção....toque de NC-17!




Cap.35




Dentro do possível, Booth e Brennan sempre arranjavam tempo para trabalhar solucionando casos, namorar e ainda não deixar os amigos de lado. Também desenvolveram uma mania muito saudável de estravassar o stress diário.

Mais uma vez, Brennan atualizava seu diário.


“O sexo na nossa vida, ou como o próprio Booth gosta de dizer, o ato de fazer amor é uma constante para nós. Todas as manhãs é sagrado. Nós fazemos amor matinal, virou rotina e trouxe ainda mais energia e intimidade a relação influenciando inclusive o nosso humor.

Sempre gostei de sexo e nunca escondi que gosto de experimentar coisas novas na cama mas desde que estou com Booth não me reconheço. Acho que estou tirando todo o atraso pelo tempo que me mantive celibatária. Posso até dizer que eu e ele poderíamos ser chamados de ninfomaníacos, na linguagem coloquial ou popular, somos tarados. É impossível para mim não aproveitar cada mnuto que posso junto de Booth. Não sei explicar porque sinto isso,simplesmente não resisto.

Hoje vou visitar minha afilhada novamente, ela já está bem crescida e muito esperta. Não me incomodo nem um pouco de passar uma tarde toda com ela. Me apeguei demais a Layla. Não tenho esse costume de me identificar com crianças, as exceções são ela, Parker e Andy. Ainda me lembro com carinho dele. Foi um desafio para mim conviver com um bebê. Comecei tratando-o como evidência mas de alguma forma mesmo não tendo nenhuma habilidade ou treinamento nessa área, estar com ele tornou-se prazeroso e quando tive que entregá-lo, fiquei triste. Procurei não demonstrar tanto assim mas a situação de Andy me fez relembrar a minha própria. Nem queria pensar em ve-lo entregue ao sistema de orfanatos e adoção. Felizmente, tudo acabou se resolvendo.

Parece que esse assunto está a cada dia mais presente em minha vida. Será que estou passando por mais uma transformação?”

Ela fechou o notebook e foi se arrumar.


Casa de Angela


Temperance Brennan estava na cadeira de balanço tentando fazer a pequena Layla dormir. Ela acabara de mamar e Angela aproveitou a ajuda da amiga para tomar um banho. Quando a menina finalmente pegou no sono, Brennan a colocou no berço e resolveu ir a cozinha fazer um café para elas. Levou a babá eletrônica.

Angela a encontrou já sentada a mesa.

- Quer chá, Angie?

- Que cheiro bom de café....

- Você não pode tomar, é prejudicial a Layla. Você está amamentando.

- Eu sei mas o cheiro é delicioso.

- Sente-se coma essas torradas, quer cereal com leite?

- É pode ser.

- Aproveite enquanto ela dorme.

Angela se mordiscou uma torrada e tomou um gole do chá. Brennan tomava café.

- Angie, eu queria falar sobre um assunto com você.

- Pode falar, Bren!

- Preciso que você não comente isso com ninguém, principalmente com Booth. Quero sua opinião.

- Ok....

Brennan rspirou fundo antes de começar a falar.

- Não quero que você fique na expectativa ou ansiosa com o que vou dizer. Ultimamente tenho revisto algumas situações na minha vida. Há menos de três anos atrás, eu sequer sonhava em estar num relacionamento com Booth. Minha vida mudou bastante e nessa área de sentimentos e emoções, parece que uma vez que você passe por uma mudança, logo surgem outras para te questionar e te desafiar. Estou pensando muito em bebês. A princípio tentei me convencer de que era por causa da influência de Layla e sua porém venho percebendo que é mais que isso. Lembra quando disse ao Booth que queria o esperma dele? Que disse querer ser mãe?

- Sim, lembro muito bem.

- Entào, estou sentindo a mesma vontade. Dessa vez claro é diferente pois não seria apenas meu filho, será meu e dele e não seria uma inseminação, seria real.

- Mas Bren isso é ótimo! Posso dizer que é a melhor notícia que recebo depois de saber que você e Booth estão juntos.

- Angela, não quero que fique muito alegre com a notícia. Eu ainda tenho dúvidas, não sei se estou preparada para enfrentar a maternidade.

- Como não? Basta reparar como é sei relacionamento com a minha filha. Depois de todas as mudanças boas que aconteceram na sua vida não me espanta que você esteja considerando a maternidade. Sabe o que é isso que você anda sentindo? É o seu relógio biológico avisando que chegou a hora. Você está pronta, Bren... só depende de você.

- Não sei... ainda preciso analisar o que uma gravidez faria na nossa vida, na minha vida. Tenho uma rotina, o trabalho. Também vou ter que me preocupar com a educação, alimentaçào e...

- Para, amiga!

- O que foi?

- Ainda não é a hora de avaliar os prós e contras, fazer planos não! A única coisa que você tem que se perguntar é : eu quero um bebê?

Brennan olhou pensativa para a amiga a sua frente. Sabia que ela tinha razão. No fundo estava tentando procurar uma explicação lógica para tirar o pensamento da sua mente. Não estava adiantando.

- Hey, você não vai responder essa pergunta?

- Eu conversei com o avô de Booth sobre esse assunto, ele perguntou se veria um netinho ainda. Disse que não agora que tinha que ponderar muitas coisas, quando disse isso minha mente pensava em um futuro distante..... o problema é que esse futuro não me parece tão distante.

- Você já conversou sobre isso com o Booth?

- Não! Como vou conversar com ele se ainda não estou certa do que quero?

- Ok, já entendi e você quer minha opinião. Sou totalmente a favor de você ser mãe, acredito que o vinculo materno só iria te ajudar a evoluir ainda mais. Também a maternidade teria um papel importante na sua história, seria sua chance de constituir a sua própria família, de resgatar um período que se perdeu na sua vida.

Brennan tomou mais um pouco do café. Ela não tinha pensado por esse ângulo.

- Obrigada Angie, vou pensar a respeito.

A babá eletrônica denunciou um chorinho.

- Deixa que eu vou lá.

Angela se levantou e seguiu pela sala mas antes de sumir pelo corredor, ela virou-se para a amiga e fez um último comentário.

- Sabe o que é melhor nisso? Nem consigo imaginar um bebê seu e de Booth.

- Como assim? Você estava me dizendo para ir em frente e agora... eu não sei o que isso significa Angela.

- Hey, não nesse sentido. É que seria a criança mais linda que eu conheceria na vida.

Brennan sorriu e ficou pensativa enquanto a amiga sumia no corredor.

Uma semana depois, Booth e Brennan tinham saído para jantar e davam um passeio pela cidade. Estavam em frente ao obelisco de Washigton quando Booth de mãos dadas com ela resolveu puxar uma conversa diferente com Brennan.

- Bones, eu estava pensando... estamos juntos a quase dois anos, nos damos muito bem e me peguei pensando em qual seria o próximo passo.

Ao ouvir as palavras de Booth, Brennan automaticamente lembrou do assunto que conversara com Angela. Será que ele vai falar de bebês? De repente, ficou nervosa. Ainda não estava preparada para essa possível conversa.

Booth olhou bem nos olhos dela.

- Bones, o que você acha da gente se casar?

No momento que ouviu qual era o assunto em questão, ela relaxou. Sobre isso sabia bem como opinar.

- Casar, Booth? Você sabe muito bem o que penso sobre casamento. Não acredito nele. Você sabe que minha crença é na ciência. Sei o quanto é importante para você mas seria errado da minha parte eu concordar com isso.

- Porque eu achei que você tinha mudado de idéia? Foi vacilo meu mesmo. Até parece que não conheço você.

Ela percebeu que ele ficara um pouco chateado com a resposta que recebera. Suspirou e tentou se explicar.

- Olha, Booth eu não quero que você desista do que acredita, esse seu compromisso com a sua verdade é bonito e foi uma das coisas que me intrigou em você desde o início. Quero que você saiba que o fato de não estarmos casados não diminui meu compromisso e meu amor por você. Nós temos um ao outro, isso é o mais importante para mim.

Ele sorriu.

- Vou aceitar seu argumento apenas porque você falou de amor.

- Booth...

- Sério, aceito sua condição porque sei que me ama e num relacionamento às vezes precisamos ceder. Eu vou ceder agora. Não sei talvez eu seja recompensado depois...

- Com uma noite especial?

- Não sua boba, com outra coisa boa nas nossas vidas... mas seu pensamento não pode ser desperdiçado.

- E depois sou eu que forço as coisas...

- Vamos pra casa, Bones. Algo me diz que preciso de um prêmio de consolação hoje pelo fora que você me deu.

Ela riu e eles saíram caminhando.


Duas semanas depois....


A atividade no laboratório estava intensa. O último caso que estavam investigando tinha enveredado por um caminho complicado. As evidências apontavam para uma figura pública que trabalhava no governo. Brennan sabia que esses casos requeriam uma atenção especial de toda a equipe. Além disso, as entrevistas e visitas que ela fazia com Booth também tomava parte do seu tempo e já ia fazer uma semana que ela trabalhava até mais tarde em busca de uma solução. Booth também se redobrava para concluir a investigação o quanto antes. O resultado disso era o aumento de stress entre eles.

Desde o início do caso, com a extensão do horário de trabalho de ambos, eles não se encontravam e tinham uma noite de sono juntos a quase uma semana. Na maioria das vezes, ela chegava em casa de madrugada ou cedo pela manhã e ele ou estava dormindo pesado ou já estava quase pronto para sair. Eles não faziam amor a 5 dias e isso estava mexendo com o humor dela. O nível de stress estava nas alturas. Ela chegou inclusive a discutir com Cam sem um motivo razoável.

Já passava do meio-dia quando Brennan que estava debruçada sobre o esqueleto da vítima viu Booth chegar. Ele trocou umas palavras com Cam e se aproximou da plataforma.

- Hey, Bones...

- Alguma novidade?

- Não, outro beco sem saída. Minha esperança é você. Tem algo novo?

- Achei algumas fissuras estranhas na coluna vertebral mas ainda não sei o que poderia ter causado isso. Não estou conseguindo pensar.

- Deve ser porque já passou do horário do almoço que tal você largar esses ossos e me acompanhar até o Dinner?

Ela apoiou suas mãos na mesa e suspirou.

- Não quero comer.

- Vai ficar com fome e irritada e pode ainda passar mal...

Ela olhou séria para ele. Começou a falar baixo.

- Booth eu estou com outro tipo de fome. Você percebeu que a gente não faz amor desde domingo?

- Bones... não fala assim!

- Assim como? Estou apenas atestando um fato que está acontecendo comigo e que está afetando minha performance e minha razão. Você não diz que precisamos conversar sobre a nossa relação? Então é isso que estou fazendo. Nosso relacionamento corre perigo se nós não voltarmos a nossa atividade regular matinal.

- Bones, isso não muda em nada meu sentimento por você, estamos trabalhando muito e as vezes isso pode acontecer, não se preocupe com isso. Você tem que relaxar um pouco.

- Booth, você não entendeu. Eu preciso de sexo, você me acostumou mal e agora me viciei. Percebi que o meu organismo sente falta de liberar endorfinas, adrenalina e já fazem cinco dias! Você me manda relaxar? Então, faça amor comigo agora!

- Você ficou maluca? Estamos trabalhando, você está no Jeffersonian!

- E qual o problema? Podemos nos esconder em uma sala e nesse horário a maioria das pessoas estão fora, no seu almoço.

Ele balançou a cabeça rindo.

- Como você pode falar isso na maior naturalidade?

- Falo apenas a verdade se você não quer fazer amor comigo isso sim é um problema. Não sente mais vontade Booth?

- Não é nada disso, Bones...

- Então prove!

- OMG! Porque fui arrumar uma namorada tão teimosa!

Ela olhava séria para ele esperando uma resposta. Se aproximou dele roçando o corpo ao dele de leve. Booth suspirou.

- Ok, e agora?

Ela abriu um sorriso e puxou-o pela mão.

- Sei onde podemos ir.

- Porque eu ainda concordo com essas maluquices?

Ela entrou numa sala com iluminação fraca. Era uma sala de análise de artefatos egípcios. Tinha uma mesa de exames bem grande onde algumas vezes múmias eram dispostas ali. Temperance arrancou o jaleco e fez o mesmo com o paletó de Booth.

- Vou te mostrar porque você sempre concorda com as minhas idéias....

Booth nunca viu uma gravata deixar seu corpo tão rapidamente. Quando deu por si já estava com metade da blusa aberta e sentiu os lábios dela no peito. Sorriu. as mãos ágeis dela já trabalhavam no botão da calça dele quando Booth a segurou.

- Hey, o que aconteceu com o fazer amor?

- Booth, preciso relaxar nesse momento uma rapidinha já me basta.

- Ah, não!

Ele segurou as mãos dela e começou a beija-la carinhosamente nos lábios. Um beijo envolvente, sedutor. Devagar, ela foi mudando o ritmo e entrando no clima que ele propusera. Os braços dela estavam agora em torno do pescoço dele e ela aprofundava o beijo. Booth passou a contornar as curvas do corpo dela com as mãos, provocando a excitação dos mamilos dela com a ponta dos dedos. Suspendeu a saia dela e elevou-a pela cintura colocando-a sentada na mesa. Brennan deslizou as mãos pelo peito dele chegando ao botão da calça novamente. Dessa vez, Booth não a impediu. Ela desabotou a calça e deixou cair até os joelhos dele. Baixou o boxer. O membro já ereto pode respirar livre. Ela beijou-o e após mordiscar o lábio dele, sussurrou.

- Booth, agora por favor...

Ele não esperou segunda ordem, também estava louco para estar dentro dela. Ele a penetrou de uma vez e Brennan enroscou as pernas na cintura dele. Abraçados e mantendo os lábios ocupados num beijo cheio de desejo, ele passou a mover-se dentro dela. A vontade e o tesão de ambos era tanto que a libido percorria cada poro do corpo deles. O ritmo era acelerado e Brennan quebrou o beijo para liberar a cabeça para trás e perder-se em gemidos. Ele sentiu o corpo dela começar a ceder ao prazer e aumentou a rapidez dos movimentos. Ele percebeu o momento que a explosão do orgasmo a dominou. Ele segurou-a pelas costas apoiando-a. Os gemidos foram tornando-se mais intensos, mais altos e Booth tornou a colar sua boca na de Brennan para evitar que ela gritasse. Ele podia sentir o efeito do orgasmo que a tomava no seu membro. Ela quebrou o beijo e o abraçou. Ainda sentia as ondas de prazer inundando o corpo, o sangue correndo rápido nas veias. Booth deixou-se sentir prazer e isso a fez gemer novamente. Ele podia sentir o coração dela descompassado contra seu próprio peito. Ficaram abraçados por um tempo e finalmente Booth resolveu se recompor. Brennan fez o mesmo e tornou já devidamente vestida a sentar na mesa. Quando Booth estava a sua frente já recomposto, ela o puxou pela gravata e tornou a beijá-lo sensualmente, voltou a enroscar as pernas nele. Booth rendeu-se novamente aos beijos dela. As linguas se deliciavam, se davam ao momento da exploração, do prazer pelo prazer.


- Quem será que deixou essa luz acesa aqui eu vi-....OMG!

A entonação da voz os tirou do transe e olharam espantados para uma Cam boquiaberta. Ela não conseguia olhar para eles. Baixando o rosto ela desatou a rir.

- Desculpem... eu sinto muito não queria errr bem atrapalhar?

Booth estava vermelho de vergonha e tentou achar uma explicação para o que eles faziam.

- Cam, e-eu sinto muito não se trata de...

- Seeley, relaxa! Eu sei muito bem o que estavam fazendo vocês não são so primeiros que eu, bem, pego fazendo, você sabe!

- Mas Cam nós não estavamos fazendo...

- Booth, a Cam sabe que nós não estamos fazendo, nós já terminamos.

Cam revirou os olhos. Sempre direta e a sinceridade em primeiro lugar, Dr.Brennan. Ela sorriu novamente e virou-se para sair. Antes porém falou algo interessante sobre eles.

- Das situações estranhas que já passei aqui no Jeffersonian posso dizer que essa era uma das que menos esperava e que mais torcia para acontecer.

Nem bem Cam saiu da sala, Brennan desatou a rir. O riso transformou-se em gargalhada.

- Do que você está rindo Bones? Isso é sério!

- Booth, para de ser tão certinho! Acabei de ser pega transando no local de trabalho pela minha suposta chefa e ela aparentemente aprovou. Isso me traz outras lembranças...

- Como assim?

- Qual é, Booth? Vai me dizer que você nunca foi pego fazendo sexo?

- Eu?! Tá, já fui quando estava no high school e isso me rendeu uma suspensão de uma semana.
- Só no colégio?

- Er... sim, só no colégio.

- Ah, Booth não acredito! Você é muito puritano!

- Não vou nem perguntar quantas vezes você já foi pega para não me assustar.

Ele voltou a se ajeitar. Brennan desceu da mesa e fez o mesmo. Após ajeitar o cabelo, ela vestiu o jaleco.

- Obrigada Booth agora estou pronta para voltar ao trabalho. E quando você sair diga para a Cam nos encontrar no dinner afinal precisamos explicar a ela que essa cena não foi apenas sexo entre parceiros, vamos contar que somos um casal agora.

- Peraí! Você já vai?

- Temos que voltar a trabalhar Booth, tem um assassino a solta.

- Nem um beijinho de despedida?

Ela sorriu para ele. Booth se aproximou e ela o beijou suavemente nos lábios. Virou-se e já na porta tornou a falar.

- Ah, antes que esqueça, 6.

- O que é 6?

- O número de vezes que fui pega fazendo sexo.

Sorrindo, ela seguiu para a sua plataforma de análise deixando Booth estático com as mãos na cintura.

Mais tarde, eles se encontraram com Cam no dinner e entre drinks contaram a ela o que acontecera realmente com eles. Cam ouvia tudo sem fazer comentários mas suas caras e bocas demosntravam o quanto ela estava adorando saber essa história. Quando finalmente Brennan terminou de contar, Cam sorria. Bebia um gole do seu martini quando foi surpreendida pela pergunta de Booth.

- Então Cam, você nos aconselha a reportar isso para o FBI, você quer que assinemos algum termo no Jeffersonian sobre isso? Você é oficialmente a chefe da Bones.

- Não acredito, Seeley!

- No que?

- No que você acabou de falar! Olhe para vocês dois! Quer dizer, qualquer pessoa que olhe pra vocês percebe o quanto vocês deveriam estar juintos e eu sei que você já estava apaixonado pela Dr.Brennan a muito tempo, pelo menos desde que você saiu do coma. Agora você vem me perguntar se vocês devem notificar o Jeffersonian e o FBI, vocês me enrolaram por tanto tempo, vocês não precisam disso. Sei que vocês são capazes de separar as duas coisas. Veja, a Dr.Brennan é a pessoa mais racional e profissional que eu conmheço, ela é movida a resultados. Sei que ela não vai deixar qualquer situação pessoal atrapalhar a relação profissional.

- Obrigada pela confiança em mim Cam mas o que você viu hoje naquela sala foi minha culpa, eu forcei o Booth a fazer aquilo.

- Se forçou é sinal de que tinha motivos para tal. Gente, eu já esbarrei por várias vezes em Hodgins e Angela, isso não é um problema para mim desde que eu não veja com frequencia. Isso não fez deles maus profissionais. Ei, eu estou feliz que vocês finalmente se acertaram. Relaxem e aproveitem!

Cam levantou o copo e brindou a eles. Booth e Brennan fizeram o mesmo. Eles permaneceram ali conversando e rindo descontraídos.

Depois que o segredo deles se dissipou e Cam já sabia, Brennan e Booth sentiram-se mais leves para demonstrar fora do ambiente de trabalho certos gestos, carinhos e até beijinhos. Eram bom não ter que segurar a vontade de beijar sua parceira em público porque se tinha algo a esconder.
Uma noite, enquanto estavam namorando no sofá entre uma olhada ou outra de Booth no jogo de basquete que passava, Brennan percebeu a data que o narrador falou e algo a atingiu. Seria isso mesmo? Booth e ela estavam juntos a dois anos daqui a uma semana?

- Booth...

- Oi... – respondeu sem tirar os olhos da tv.

- Você já se deu conta de que daqui a uma semana nós completaremos 2 anos juntos? Já faz tanto tempo assim?

- Bones, dois anos passam rápido.

- Não para mim, nunca estive num relacionamento que durassem tanto tempo. Isso é estranho para mim.

Ele fitou-a e perguntou.

- Você duvidou que conseguiríamos? Você achou que isso seria outro caso passageiro para você?

- Não, eu sabia que não era passageiro mas eu me conheço Booth. As vezes, eu pensava em como vamos conseguir ficar juntos, eu não sou uma pessoa fácil, não estava acostumada a dividir espaço ou ter alguém constantemente na minha vida. Tinha medo que você enjoasse de mim, das minha manias e do meu jeito lógico de lidar com tudo.

- Bones, não se enjoa de quem se ama... e suas manias, sua lógica? Foram elas que fizeram eu me apaixonar por você em primeiro lugar. Dois anos, esse é só o começo amor... só o começo.

Ela beijou-o carinhosamente. Envolveu seus braços no pescoço dele e acabou sentando no colo dele. Booth já esquecera completamente do jogo, aprofundou o beijo. A mão dela já acariciava o tórax dele enquanto ele acariciava a coxa dela. Brennan quebrou o beijo por um instante.

- Pelos dois anos, você não acha que merecemos uma comemoração especial?

- Que tipo de comemoração Bones?

- Ah, algo diferente, excitante.... uma noite especial, não Booth?

- Hum... uma noite romântica talvez....

- Talvez mas você que sabe, me surpreenda daqui a uma semana......

- Ok, Dr.Brennan, vou pensar em algo.

Ela voltou a se acomodar no colo dele e beijar-lhe o pescoço. Booth sentiu aqueles lábios roçando em sua nuca o fez pensar milhares de bobagens. Ele se viu necessariamente na posição de domínio. Aqueles doces lábios faziam maravilhas para ele e o corpo respondia prontamente ao que ele mais desejava. Ele pegou o controle remoto e desligou a tv. Sua reação foi suficiente para faze-la olha-lo intrigada.

- Estou a fim de outro programa, vamos pro quarto?

- Não precisa pedir a segunda vez.

E de mãos dadas eles correm para o quarto.




Continua....

segunda-feira, 21 de março de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.7

Atenção.......NC-17 à vista!




Cap.7




Quando chegou em casa, tudo parecia silencioso. Brennan considerou quem Angela tivesse saído.


Ela foi então direto para o seu quarto onde tirou a roupa e se dedicou a um ótimo banho na sua banheira. Vez por outra, ela se lembrava de momentos com Booth e o sorriso não podia escapar de seus lábios. Ao terminar vestiu uma calça legging e uma camiseta. A noite estava fria e ela resolveu colocar o aquecedor para funcionar um pouco. Ouviu barulhos na cozinha, assim que pisou na sala viu Angela arrumando algumas coisas que tirava da sacola sobre a mesa de jantar.

- Ah, olha quem resolveu voltar para casa.... boa noite, Tempe!

- Hey, Angie. Você chegou agora?

- Faz uns cinco minutinhos, fui até uma deli comprar umas guloseimas. Estou fazendo café.

- Hum, é bom mesmo.

- E então? Vai me contar o que você fez na noite de sábado que nem pensou em voltar para casa?

- Ah, Angie eu só fui jantar com o Booth.

- E esticou para o café da manhã eu presumo.

Brennan suspirou e sentou-se a mesa. Angela percebeu que ela não ia falar por si só então era a hora de forçar.

- OK, girlfriend, conta tudo. Sei que você dormiu com ele e quero detalhes.

Angela pegou a cafeteira e sentou-se a frente dela.

- Estou esperando.

Angela vi a amiga servir-se de café e pegar um brioche.

- Fomos jantar em um restaurante italiano próximo ao Rockfeller Center, depois ele me levou para patinar e ... e acabamos no apartamento dele.

- Hum, patinar no gelo... numa noite fria de outono, isso que chamo de programa romântico.

- Ah, Angela. Não tem nada de romantico quando você nunca patinou! Eu cai com ele.

Ela percebeu que ria. Angela notou a mudança na amiga.

- Você se divertiu?

- Muito. Booth é muito divertido. Ele tem um monte de pensamentos estranhos, que não entendo e não sei o que significam. É uma linguagem nova para mim mas eu gostei de estar com ele. Ele parece uma pessoa sincera, sem aquele lado interesseiro das pessoas que geralmente se aproximam de mim.

- Ah, isso é bom. Fico feliz que você tenha gostado. E como ele é na cama? Como foi o sexo?

Brennan permaneceu calada por uns segundos. Como ele explicaria isso para Angela? Não tinha problema algum para falar de sexo antes com a amiga mas agora, ela não sabia como dizer. Tentou arrumar as palavras da melhor maneira.

- Angie é meio... é como posso dizer...

- Bren, é sexo, ou é bom ou é ruim não tem meio termo a menos que seja algo mais...

- Booth não faz sexo.

- Explique.

Angela claro já entendera o que ela não conseguia explicar.

- Booth diz que quando ele está com uma pessoa que gosta muito ele não vai para cama por ir, pelo sexo, ele vai pelo sentimento. Booth diz que faz amor.

- Certo e para você como foi?

- Na minha definição? Hum... foi o melhor sexo que já fiz.

- WOW! Sério?

- Ele sabe muito bem o que fazer...

- Ah, muito bem Tempe… isso sim são boas notícias!

Angela não queria antecipar o que ela já sabia. Temperance Brennan, sua amiga racional estava apaixonada. Por esse motivo, ela não podia pressioná-la, ao julgar pelo seu comportamento um passo em falso e ela desistia de continuar a se encontrar com o Booth.

- Sendo assim, imagino que vá ve-lo novamente certo? Não se dispensa um cara divertido e excelente de cama assim né?

- É, vamos sair juntos outra vez sim.

- Sorte sua garota, se deu muito bem.

Elas terminaram de comer e recolheram-se cada uma ao seu quarto. Naquela noite, Brennan dormiu feliz após passar meia hora no telefone com Booth.


Hospital Presbiteriano de NY
Dias depois


Eram duas da tarde quando Brennan finalmente deixara uma cirurgia de cinco horas. Apesar da tensão, ela estava satisfeita com o resultado final. Ela deu as últimas instruções a Wendell e sentou-se para preencher o prontuário do paciente. Ela nem percebeu que estava murmurando uma canção e que em alguns momentos deixava palavras escaparem pela sua boca.

“I don’t know what to do I think I’m falling for you….”

Wendell acabara de encostar no balcão para dar um update a ela do que ele observara e viu que ela escrevia, cantava e tinha um sorriso nos lábios. Algo lhe dizia que a médica estava muito feliz.

- Ermmmm... com licença Dr.Brennan...

- Sim Dr. Bray?

- Eu tirei novamente os sinais vitais e está tudo em ordem apenas ouvi algo diferente no coração dela, me lembrou um sopro. Fiquei preocupado.

- Vamos fazer assim, daqui a quinze minutos você checa novamente. Se ouvir o mesmo me chame. Precisamos ter certeza e depois consultamos o cardiologista.

- Certo.

Meia hora depois, Brennan estava auscutando a criança. Realmente o Dr. Bray tinha razão, havia algo errado com o coração daquele bebê.

- Quem está de plantão?

- Na cardiologia ou pediatria?

- Na cardiologia. Descubra se podem vir aqui para corroborar o que estamos pensando Dr. Bray. Em caso afirmativo, ele vai precisar de cirurgia.

- Certo,volto já.

Em cinco minutos, ele retornou.

- Já bipei a Dr. Johnson. Ela que está de plantão hoje.

- Ótimo, Clarisse é bem competente.

Brennan estava examinando o bebê mais uma vez e ainda cantarolava. Wendell sorriu. Brennan percebeu.

- O que foi,Dr.Bray?

- Nada…

- Eu vi você sorrindo… fale.

- É que eu reparei que a senhora está relaxada, feliz. Está até cantando!

- Estou?

- Está e acho que nem reparou.

- Você acertou, estou feliz.

- Isso é bom...

- E antes que você me pergunte, estou saindo com seu amigo sim.

- Booth?

- Humhum… mas você não pode comentar nada disso com ele.

- Ok, nem pensei nisso.

- Alguém me chamou?

- Oi, Clarisse. Você podia examinar esse pequeno? Acredito que ele precisa de uma ajuda com o coraçãozinho dele.

- Vamos ver...

Após a consulta da Dr. Johnson, o diagnóstico se confirmou. O bebê precisaria ser operado.

- Dr.Brennan vou precisar de você na minha OR.

- Tudo bem, por favor, inclua o Dr. Bray, foi ele que percebeu o sopro.

- Muito justo.

- Excelente trabalho Dr. Bray.

- Obrigada Dr. Brennan.

- Vá se arrumar para a cirurgia.

E em poucos minutos, eles estavam de volta a uma OR.

Já passavam de cinco da tarde quando Brennan realmente teve tempo para tomar um suco. Ela não almoçara. Hoje nem que Booth quisesse ela teria condições de encontrá-lo. Estava exausta. Assim que engoliu voltou ao quadro principal do hospital e verificou a escala. Droga! A folga dela só era daqui a dois dias. Resignada, ela tomou o elevador de volta para o andar da cirurgia neonatal.


XXXXXX

Brennan se arrumava para encontrar Booth. Faziam três meses que estavam saindo juntos e Brennan nunca esteve mais feliz. Ficou de encontrá-lo na estação da 49th para então seguirem para o SoHo. Booth ia levá-la a Dean & Deluca. Ao avistá-lo, ela sorriu. Booth já chegou abraçando-a.

- Hey, gorgeous…

Após trocarem alguns beijinhos, pegaram o metro.

Quando entraram na loja, Brennan respirou fundo. A mistura de cheiros exóticos e da padaria encheu os pulmões dela e sua boca salivou.

- E então?

- Nossa... já estou com fome!

- Ha! Mas antes de comer, vamos dar uma volta na loja você ainda vai se surpreender...

Eles caminharam de mãos dadas por toda a loja e Brennan enchera uma cesta de condimentos, doces e coisas para casa.

- Você ainda não passou no balcão da padaria tem cada salgado, doces ... vem escolher o que você quer comer.

Brennan teve dificuldade em escolher o que queria comer, Booth não mediu esforços para pegar de tudo um pouco para que ela provasse tudo. Pegou dois mochaccinos e após finalizarem as compras, encostaram-se no muro do lado de fora e Booth pegou um folhado.

- Quero ver você resistir a essa tentação.

Ele mordeu o doce e Brennan também.

- Booth, isso é tão gostoso... wow... delícia!

Ela puxou outra coisa do saco.

- Ow esse croissant é simplesmente fantástico!

- Eu disse que você ia gostar.

- E o café é muito gostoso também.

Ela beijou-o nos lábios.

- Obrigada Booth adorei conhecer mais esse cantinho de NY com você.

- Por nada, gorgeous... quer saber? Vou te propor uma coisa.

- O que?

- Todos os domingos quando você não estiver de plantão, tomaremos café aqui que tal?

- Eu aceito com uma condição.

- E qual é?

- Pelo menos um domingo temos que tomar o café na cama, com os produtos da Dean & Deluca claro!

- Ahm, e quem vem comprar o café nesse domingo?

- Você oras, é perto da sua casa e eu provavelmente estarei no seu apartamento.

- Sempre prática para resolver tudo em Tempe?

Ela riu.

- Topa ou não?

- É claro que sim!

Eles terminaram de comer e resolveram caminhar pelo bairro.

Outro dia quando Brennan estava de folga, ela resolveu surpreender Booth. Ligou para ele.

- Hey, gorgeous…. Bom ouvir sua voz.

- Oi, Booth! O que você está fazendo?

- Tenho aula daqui a dez minutos. Porque?

- Está livre a noite?

- Estou, o que você está pensando? Quer sair?

- Não, pensei em jantarmos juntos na sua casa... posso fazer um jantar rápido para nós e depois...

- Temperance Brennan você está me chantageando com comida para me levar para a cama?

- Nãooo que isso! Só quero ficar juntinho de você...

- Chantagista mesmo! Taí algo que ainda não conhecia sobre você.

- Quer ou não?

- Tá bom... te espero as 7 ok?

- Ok, beijo.

As 7 em ponto, ela estava na frente do apartamento de Booth tocando a companhia. Ela trazia duas sacolas de mantimentos.

- Isso é que é pontualidade...

Ela beijou-o.

- Se soubesse que você já estava em casa tinha vindo mais cedo.

- O que tem nessa sacola, Tempe?

- Apenas o que precisamos para jantar. Trouxe duas garrafas de vinho, massa, queijo, uns temperos e sorvete para sobremesa.

- O que você vai fazer?

- Não te parece óbvio? Macarroni & cheese...

- Não?! Sério?

Ele abriu um sorriso lindo. Abraçou-a e beijou-a com vontade.

- Hey, o que foi isso?

- Estou feliz porque você vai fazer o meu prato preferido. Pode pedir o que quiser!

- Ah, não sabia que esse era o seu prato preferido. Que bom que posso agradar...é bem rápido, por favor ponha o vinho na geladeira.

Em meia hora o jantar estava pronto. Eles sentaram-se à mesa e Brennan o serviu. A primeira garfada, ele fechou os olhos.

- Está hummm divino!

- Gostou mesmo?

- Sim, muito.

- Coloquei uns pedaços de manjericão picadinho. Realmente ficou muito bom.

- Não precisa ser modesta hoje, ah o que estou falando, você não é modesta!

Eles terminaram o jantar e Booth não deixou Brennan arrumar a cozinha. Pegou a garrafa de vinho e sentaram-se no sofá. Entre goles e beijos, ela se aconchegava no corpo dele. Assim que terminou o vinho no seu copo, ela resolveu mudar a forma de namoro. Precisava de uma ação.

- Booth, o que você acha de irmos para a sobremesa?

- Por mim, tudo bem. Você trouxe sorvete não?

Ao olhar para a cara de Brennan, ele percebeu que ela estava com segundas intenções. Ia aprontar algo.

- Você não pretende comer esse sorvete do modo convencional não?

- Foi você que disse que podia pedir o que quisesse depois do jantar que fiz para você.

- Quem diria.... arranjei uma namorada bem safadinha.

Ela riu e atiçou mais ainda.

- Ah, você ainda tem muito para descobrir...

Ela não perdeu mais tempo, com as mãos livrou-se da camiseta dele expondo o peito bem torneado. Brennan descobrira que adorava manter a pele dele colada na sua. Também tirou sua blusa e jogou-a no chão da sala junto com o soutiã. Puxou-o para si e sorveu os lábios dele nos seus. Pele contra pele, o calor entre eles começava a mexer com a libido de ambos. Booth foi puxando-a para o sofá sem perder o contato com ela. Adorava beijá-la. Nem ao menos encostou o corpo no sofá, ela apoiou-se no peito dele e quebrou o beijo.

- Nada de sofá. Vá para o seu quarto que já estou chegando.

Ela levantou-se e foi pegar o sorvete.

- Ah, Booth... você tem roupa demais.

Ele correu para o quarto e livrou-se das roupas restantes. Brennan pegou o sorvete e foi para o quarto. Deixou o copo na cabeceira e tirou a própria roupa. Ela contemplou o homem deitado nu na cama. Como ele era bonito... melhor que isso, ele já estava excitado pelas preliminares.

- Booth, você sabe que isso vai melar sua cama não? Vamos ficar grudentos...

- É estava pensando nisso...

- Você não vai desistir por isso? Vai?

- É para isso que tenho máquina de lavar.

Ela riu. Voltou a pegar o copo e sentou-se sobre ele. Antes de começar a açào propriamente dita, ela roubou mais um beijo dele.

- Vamos nos divertir, Booth...

Ela pegou uma colher do sorvete e passou no peito dele. O gelado o fez tremer. Brennan inclinou-se sobre ele e com a lingua provou o sorvete. Ela repetiu o movimento e raspou os dentes na pele dele enquanto tomava o sorvete que começava a derreter sobre a pele. Ela sugou o mamilo dele com vontade e Booth gemeu. Ela tornou a colocar novamente o sorvete nele e continuou provando cada pedacinho de pele atingida pelo sorvete. Booth estava amando aquilo e já sentia o tesão o dominar. Ela deitou-se sobre ele e beijou-o com paixão. Sua boca era puro sorvete de creme. Mordiscava os lábios dele com vontade,atiçando, provocando.

Quebrou o beijo e se distanciou ficando sobre as pernas dele. Pegou o membro nas mãos e acariciou em toda a sua extensão. Massageava a cabecinha e via Booth se perder em gemidos. Pegou a colher e botou mais um pouco de sorvete na boca e então ela o provou. Ao sentir os lábios dela gelados o chupando, ele gritou de prazer. Era uma sensação incrível que ele não havia experimentado antes. Ela estava concentrada em prová-lo e dar prazer a ele. Queria ve-lo render-se totalmente a ela. Temperance Brennan gostava de provocar seus parceiros. Ela o chupou até perceber que ele já estava no limite. Largou o membro por um instante, apenas para ela se posicionar para recebê-lo. Brennan deslizou seu corpo sobre o membro excitado dele. Adorava a sensação de preenchimento que o ato a proporcionava.

Quando estava completamente cheia, ela começou a se movimentar apoiando as mãos no peito dele ainda melado de sorvete. Ele a guiava pela cintura incentivando o ato, a demonstração de prazer e principalmente deixar que ela seja satisfeita, queria dar o orgasmo para ela. Acariciava os seios dela e Brennan cavalgava com muita sensualidade sobre ele. O corpo dela começara a tremer ao passo que booth tentava aumentar o ritmo fazendo-a sentir cada onda de desejo que a tomava. Em segundos, ela sucumbiu ao orgasmo gemendo.

Mas não tinha terminado, Booth a virou na cama ficando por cima dela e beijou-a sem deixar de movimentar-se dentro dela. Seus lábios seguiram pelo pescoço e chegaram aos seios dela quando ele apenas deixara de se mover dentro dela. Derramou sorvete nos seios dela e sugou-os. Brennan contorceu-se ao prazer e ele sentiu a pressão dos movimentos no próprio membro que estava mais excitado que nunca. Ele tornou a sugar-lhe o seio e ouviu o pedido dela.

- Booth... não pare

Ele obedeceu o pedido e tornou a movimentar-se dentro dela. A urgência de ambos era grande demais, o calor dos corpos suados misturavam-se ao gelado do doce trazendo uma sensação diferente naquele momento. Não aguentando mais, ele tirou o membro apenas para coloca-lo duma vez a fim de proporcionar a ela mais prazer. Brennan sentia que estava para embarcar num orgasmo pela segunda vez. E com um pequeno estímulo provocado por Booth ela cedeu e ele a seguiu não aguentando mais o tesão que o dominava. Gritos e gemidos ecoavam pelo quarto. A sensação de leveza e plenitude.

Passados alguns minutos, Booth rolou para o lado e ficou quieto tentando recuperar a respiração. Brennan estava calada de olhos fechados. Depois de vários minutos, ela falou.

- E então Booth? Gostou da sobremesa?

Ele riu.

- Posso dizer que nunca mais tomarei sorvete de creme na rua...

- E porque não?

- Tempe, não é óbvio? Toda vez que eu pensar no sorvete de creme vou lembrar dessa loucura e de você. Já pensou se eu cometer algum deslize?

Ela riu do pensamento dele.

- Sabe, Booth. Tem muito mais de onde veio esse...

- OMG! Minha namorada é uma tarada!

Ela gargalhou e ele aproveitou para roubar um selinho dela.

- Booth, eu nunca enganei você. Sempre disse que era ótima de cama e muito aberta ao sexo.

- É você está provando bem isso.

Ela se aconchegou de lado a ele. Booth beijava o ombro dele enquanto mantinha suas mãos enroscadas as delas,envolvendo-os.

- Você vai dormir aqui comigo hoje?

- Não, vou para casa.

- Porque gorgeous? Você trabalha amanhã cedo?

- Não meu plantão é a noite.

- Então fique Tempe...

Ela sorria com o pedido dele, é claro que adoraria ficar mas estava se fazendo de difícil. Queria ver até onde ele iria.

- Se eu ficar, tenho direito ao café da manhã caprichado?

- Sempre!

- Com aqueles pãezinhos especiais da Dean & Deluca?

- Pensei que você estivesse falando de outro tipo de café...

- Estou pedindo serviço completo mas sem os itens da Dean & Deluca nada feito!

- Amanhã não é domingo,Tempe...

- É melhor eu ir para casa... Angie pode ficar preocupada.

- Você viciou mesmo naquelas coisinhas...

- Gostei mesmo e quem mandou você me apresentar a elas, gosto de tudo que é bom.

- Isso quer dizer que eu sou bom também?

- Tão gostoso quanto um strudle de maçã de lá...

- Tá bom, eu me rendo a sua chantagem. Vou comprar o seu café da manhã ok? Você vai ficar?

- É, acho que sim. Vou tomar um banho pra tirar o grude do açúcar do corpo.

Ela se levantou e caminhou nua até a porta do banheiro.

- Booth...

- Fala, Tempe.

- Melhor você trocar logo esses lençóis, não quero ser devorada por formigas. Afinal, minha pele émuito gostosa,não acha?

Ele balançou a cabeça rindo.

- De onde você saiu, hein Temperance? Nunca vi ninguém mais convencida!

- Digo apenas a verdade. Essa sou eu, Booth. Pegar ou largar....

- Tenho certeza que você sabe exatamente o que escolho nesse caso.

Ela entrou no banheiro gargalhando.



Continua.......