segunda-feira, 25 de julho de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.44

NC-17!


Cap.44


Ruas de Los Angeles
9 am




Um conversível vermelho andava imponente pelas ruas. Ao volante, um Booth extremamente metido com óculos escuros e um sorriso colgate curtia seu dia de playboy. Ao seu lado, Brennan sorria e apreciava a paisagem da California. Eles iriam ficar hospedados no Bonnaventure, hotel cinco estrelas de L.A. Na parte da tarde, aconteceria o evento numa grande Barnes & Noble. A leitura e tarde de autógrafos estava prevista para as duas da tarde e terminar as cinco.


Brennan chegou ao lado de Booth meia hora antes do início do evento. Um certo público já aguardava ansioso pelo aparecimento dela. Booth pode notar que sua Bones atingia várias faixas etárias mas havia uma concentração de público entre 20 e 35 anos. Também percebeu a presença de universitários. Apenas observando o ambiente via-se que a maioria era nerd e muitos fãs antigos.


Booth sentou-se numa das cadeiras para observar a conversa na livraria enquanto Brennan se preparava para a leitura. Ao seu lado, uma rodinha de cinco pessoas conversavam animadamente.


- Estou ansiosa para ler a nova aventura de Kathy e Ryan!


- Eu li um resumo na internet que é muito bom, eles vão agora...


- Não conta! Não procurei nada na internet porque não queria saber... tem que ser surpresa!


- Seja como for, será mais um sucesso. A Dr.Brennan escreve muito bem. Sempre tive vontade de saber como seria trabalhar ao lado dela porque ela conta que seus livros são inspirados em crimes e situações da sua carreira profissional.


- Sim, ela trabalha no Jeffersonian em parceria com o FBI. É mais do que óbvio que o Ryan é inspirado no agente que divide os casos com ela, que deve ser um pedaço de mau caminho! É só ver como ela descreve o Ryan.


- Mas já perguntaram isso a ela... não entendo porque ela se nega a responder. Queria tanto conhecer o homem que inspirou a Dr. Brennan a escrever a página 187 do último livro...


- Aquilo foi um marco mas nesse ela se superou! O que foi aquele encontro com Ryan? Vulcão em erupção!


Os risos foram geral.


- A Dr. Brennan é conhecida por seu racionalismo científico, ela não comenta sua vida pessoal...


- Ainda assim, bem que ela devia deixar de ser egoísta e apresentá-lo para nós...


- Pra que? Pra gente morrer de inveja?


Elas riram.


- Só não entendo porque ela veio ao lançamento do livro em paperback em vez de fazer a turnê quando houve o lançamento do livro principal...


- Ela deve ter seus motivos, afinal ela fez a festa em Washington no próprio Jeffersonian.


- É eu não consegui ir aquele evento, droga!


Booth estava se divertindo com as suposições dos fans de sua amada. Mais que isso, estava orgulhoso por ela despertar tanta curiosidade em jovens e adultos. Também ficou tentado a participar das conversas mas achou por bem evitar, afinal esse momento é dela e se fizesse algo que Bones não gostasse sabia que ela descontaria a sua raiva nele.


Nesse momento a representante da editora pediu a atenção de todos e começou a fazer as devidas apresentações. Em um instante, chamou a escritora. Brennan apareceu trajando um vestido azul turquesa muito bonito. Os cabelos estavam presos em um coque e a maquiagem era simples e bonita. Booth sorriu ao ve-la no pequeno palanque montado na livraria. Ela o procurou na multidão e logo o encontrou abrindo um sorriso radiante. Booth podia notar a barriguinha dela despontando sob o vestido.


Brennan iniciou a leitura sob os olhares curiosos de seus admiradores e uma chuva de flashes. Concentrados no que a sua escritora favorita tinha a dizer, eles mal piscavam. Encerrada a leitura, Brennan se preparou para todo o tipo de perguntas que poderia receber, inclusive sobre seu estado naquele momento. Então, antes que sofresse a enxurrada de perguntas resolveu esclarecer o que estava acontecendo com ela naquele momento.


- Bem, antes que vocês me chamem de gorda, acho melhor explicar. Como vocês podem notar, estou grávida e esse foi a principal razão por não ter vindo antes a California.


Os assobios e a gritaria da platéia era grande, seguidos de vários parabéns. Sorrindo Brennan agradeceu. Alguém na multidão, gritou a pergunta que não queria calar.


- É do Ryan?


O salão explodiu em risos. Booth também não aguentou e sorriu para ela. Com uma rápida troca de olhares, ele entendeu que devia ir ao encontro dela. Levantou-se e sorrateiramente caminhou no meio das pessoas que cochichavam excitadas, essa nova descoberta.


- Respondendo a sua pergunta, sim. É do meu Ryan. Porém, ele se chama Seeley Booth. Vem cá, Booth.


Ele meio envergonhado subiu no palanque e deu a mão para ela. Os gritos das meninas foram quase histéricos.


- Lindoooooooooooo


Booth olhava para ela e sorria. Brennan beijou-o nos lábios na frente do público e os fotógrafos aproveitaram para registrar. Ela largou da mão dele e Booth se dirigiu ao canto do palanque para sentar.


- Agora que vocês já mataram a curiosidade, vamos as outras perguntas.


- Ele é o seu parceiro do FBI?


- Correto.


- Vocês se casaram?


- Não, quem me conhece sabe o que penso sobre casamento.


- A sua inspiração para esse livro veio de um caso real?


- Sim, um caso que Booth e eu trabalhamos a dois anos. Foi um daqueles bem complicados de se descobrir o motivo e a arma do crime. Aconteceu nos arredores de Washington mas como puderam ver o nome das pessoas envolvidas e da cidade foram trocados para evitar problemas com o FBI.


As perguntas foram surgindo e as respostas dadas pacientemente por Brennan pareciam insitar ainda mais a curiosidade de seus fans leitores. Foram mais de meia hora de conversa até que a editora resolveu cessar a sessão de perguntas e começarem a distribuição de autógrafos para aqueles que quisessem adquirir o livro.


Quando Brennan finalmente se viu assinando o último livro, percebeu que estava cansada. Ela procurou o olhar de Booth e pediu socorro. Foram 3 horas de evento. Ela se retirou para uma sala reservada na livraria para trocar de roupa e por fim descansar um pouco da maratona.


Sophia estava muito agitada. Ela colocou a mão sobre a barriga e acariciou a pele falando baixinho com a filha. Booth bateu na porta pedindo para entrar. Ao ver a cena, não conteve o sorriso. Ajoelhou-se e beijou a barriga e a mão de Brennan. Depois falou algo para a filha. Tornou a dar atenção a Brennan e seus lábios perderam-se nos dela por um bom tempo.


- Você foi maravilhosa!


- Obrigada. E você arrancou suspiros das meninas ou você acha que não vi o quanto ficou exibido e estufando o peito. Metido!


Ele riu.


- Você não ouviu foi as conversas de seus fans... eles me adoram! E adoram a página 187 e qualquer outra cena que se refira ao que você escreveu muito bem nesse último livro. Um bando de tarados!


- Não diga isso! São pessoas que apreciam o bom sexo e sabem o quanto ele é importante a química envolvida no ato para o nosso corpo e mente.


- Tá, vou fingir que acredito nessa explicação.


- Estou com fome... o que vamos fazer hoje?


- Que tal pegarmos nosso carro e dirigirmos até Santa Mônica para jantar num restaurante italiano maravilhoso que eu conheço?


- Parece otimo!


Ele oferece o braço para ela e saem juntos para o estacionamento.


O jantar realmente foi maravilhoso. O restaurante ficava na orla da praia de Santa Mônica onde a vista era privilegiada. A noite também estava particuarmente bonita o que tornava o passeio ainda melhor. Após o jantar, Brennan sugeriu deles passearem pela orla antes de tomaren a estrada novamente. Booth foi andar no calçadão com ela. Abraçados, eles caminhavam.


- Hey,Bones....tenho uma idéia melhor que essa. Tire os sapatos.


- Mas Booth porque eu andaria des...


- Tire, vamos!


Ela tirou e ele a fez o mesmo. Booth pisou primeiro na areia e sorrindo ofereceu as mãos para ela se apoiar. Ela pulou e Booth a segurou. O contato com a areia era bem relaxante. A areia estava geladinha. Booth deu a mão a ela e retomou a caminhada.


Na beira da água, sentiram as ondas geladas tocarem os pés deles. Brennan se desprendeu da mão dele e entrou no mar. Com a água batendo no meio das suas pernas, ela caminhava chutando a água. Booth ria do jeito dela. Ao perceber, ela começou a chutar na direção dele para acerta-lo.


- Hey! O que você está fazendo?


- Aproveitando a sugestão que você me deu. Caminhar na beira do mar é muito relaxante mesmo.


- Como você é cínica! Está tentando me molhar!


- Eu?!


Ela ria. Booth foi até ela e chutou a água nela.


- Booth! Está gelada!


- Mesmo?


Ele a envolveu nos braços e seus lábios selaram os dela. O beijo que eles tanto adoravam. Intenso, sedutor e carinhoso. Perdiam-se um no outro enquanto as ondas continuavam a bater em suas pernas. As mãos percorriam as costas dele, em sinal de aprovação, Brennan deixava escapar alguns gemidos entre os lábios que a tomavam. Finalmente quebrou o beijo e sentiu a filha mexendo. Sorriu.


- Já reparou que Sophia fica agitada sempre que estamos juntos trocando carinhos ou nos beijando?


- É porque ela sente o amor que está presente, Bones.


- Essa não é a explicação científica para isso.


- Não, essa é a emocional. Existe um elo entre nós que a deixa esperta...o elo de amor, o mesmo que a criou....


- Adoro quando você tenta me convencer com suas explicações sentimentais, sabia?


Ela deu mais um selinho nele.


- Acho que por hoje chega.... temos que voltar para Los Angeles.


- OK, você manda.


- Bom saber porque amanhã quem vai dirigir o conversível sou eu.


Booth balançou a cabeça rindo.


- Quem mandou arrumar uma mulher mandona?


De mãos dadas, eles deixaram a praia. Três horas depois, estavam de volta ao hotel em Los Angeles. Após um banho, Brennan vestiu o pijama e deitou-se, o dia tinha sido muito puxado.


Na manhã seguinte, ela despertou preguiçosamente com uma pequena nesga de sol que escapava pela janela na direção do seu rosto. Calmamente, ela se virou. Percebeu que Booth ainda dormia tranquilo ao seu lado. Devagar, ela se virou na cama e roçou o nariz nas costas dele. colocou uma das pernas sobre as pernas dele e começou a depositar vários beijinhos no ombro dele e nas costas.


A mão escapou deliberadamente para o peito dele acariciando-o.


- Booth...


Ele sorria. Adorava sentir o toque dela ainda mais cedo pela manhã. Ele mexeu-se um pouco na cama e colocou sua mão sobre a dela. Encorajada pelo movimento dele, ela colou mais ainda seu corpo no dele e beijou o pescoço dele.


- Bom dia...


- Descansou, Bones?


- Ah, sim...estou muito bem disposta.


- Sei... nem vou perguntar o porque dessa disposição toda.


Ela deixou a mão deslizar até o boxer dele.


- Bones.......


- O que foi? Você não quer brincar um pouquinho?


Ele riu.


- Você não tem jeito mesmo... tenho medo de perguntar mas o que se passa nessa cabecinha?


- Que tal nós dois numa banheira de espuma?


- Hum, a idéia é bem interessante...


Ele virou-se para ela e beijou-a. Ele ajudou-a a sentar e seguiram juntos para o banheiro. Booth abriu a torneira e pegou a espuma de banho. Brennan tirava a roupa, a barriga despontando.


- Sabia que você ia querer usar essa banheira redonda...


- Ela é bem atraente, é grande também.


Booth derramou o líquido. Ligou o botão da hidromassagem apenas para espalhar a espuma. Brennan entrou na água e sentou-se. Booth fez o mesmo. A água morna era um estímulo para a pele e os músculos. O movimento de massagem era revigorante. Booth sentou-se de frente para ela. As pernas dele sob as dela. Brennan brincava com a espuma por uns momentos. Sorrindo ela pediu.


- Vem aqui comigo...


Booth moveu-se de pé na banheira, o corpo molhado e com espuma em várias partes, o membro já meio excitado. Ele sentou-se atrás dela envolvendo o corpo de Brennan com suas pernas. As mãos acariciavam a barriga dela. Ele beijava o rosto e o pescoço dela. Ela virou o rosto e beijou-lhe os lábios.


Por alguns minutos, eles apenas se perderam no beijo até que Brennan pode sentir a excitação se formando dentro dela e também se mostrando através do membro dele contra suas costas. Sim, ela queria ir além. Ela queria senti-lo dentro dela.


- Booth...quero você dentro de mim.


- Aqui?


- Agora.


- Mas como?


Ela se afastou dele por um momento. Abriu as pernas, posiciionou-se apoiando os braços na banheira. Booth percebeu qual seria a idéia e aproximou-se dela. Ele a ergueu um pouco com os braços e colocou-a sentada em seu colo, o corpo de Brennan inclinado. Sabia exatamente o que fazer. Com um certo cuidado introduziu o membro nela e puxou-a para encontrar seu corpo dando mais apoio a ela. Brennan gemeu. Abrindo o sorriso, ela falou.


- Eu sabia que você ia dar um jeito.


Booth começou a se movimentar dentro dela enquanto Brennan mantinha as mãos no ombro dele buscando por segurança. A fricção do membro e o movimento da água davam um novo tom ao descobrimento do prazer. A velocidade crescia a cada estocada. Booth acariciava os seios fartos a sua frente e quando percebeu que Brennan fechara os olhos, sabia que o orgasmo estava próximo. Ele aumentou o ritmo e roubou um selinho dos lábios dela. Ele sentiu as mãos dela apertarem a pele dos seus ombros e então ela sentiu o desejo explodir.


Booth ainda se movimentava com ela já sentindo o próprio desejo fugir do seu controle. Ele se preocupava em protege-la e não podendo mais lutar com o seu próprio corpo, ele sucumbiu ao desejo. Encostou-se na parede oposta da banheira trazendo-a consigo.


Brennan abriu os olhos e acariciou os cabelos dele. Roçou os lábios aos dele e aprofundou o beijo. Segundos depois, buscou por ar. Ele a abraçou contra si mantendo-a sentada em seu colo.


- Só você mesmo para ter essas idéias, ainda por cima grávida.


- Sou imprevisível.


- O que iremos fazer hoje?


- Turismo, oras! Porém, eu serei a motorista. Hoje esse conversível não me escapa. Temos que estar no aeroporto as 7 da noite para pegar o vôo para San Francisco.


- Ok, não vou contrariar você Bones... você manda!


Ficaram mais um pouco curtindo um ao outro e depois tomaram uma boa chuveirada. Booth acariciava a barriga de Brennan com o sabonete líquido. Conversava com a filha fazendo Brennan rir e contestá-lo algumas vezes.


Deixaram o hotel as 11 da manhã. Passearam pelo Hollywood Boulevard, Calçada da fama, teatro chinês. Foram a Rodeo Drive e visitaram as belas mansões de Beverly Hills. Comeram no topo do Bonnaventure, um hotel super famoso de Los Angeles e as seis dirigiram-se ao aeroporto onde devolveram o carro e seguiram para o guichê da companhia aérea. Agora Booth viajava apenas de primeira classe o que para ele era um maravilha.


As 8 da noite chegaram em San Francisco. Pegaram um taxi e se dirigiram a um hotel central. O evento do livro estava marcado para as 10 da manhã.


No dia seguinte, eles seguiram para o lugar marcado após o café da manhã. O evento foi bastante tranquilo e as perguntas foram bem mais intensas do que as do público de Los Angeles. Além, dos autógrafos, Brennan deu entrevista ao San Francisco Examiner e posou para fotos junto com Booth. Ao terminarem os compromissos, já passava das duas da tarde. Deixaram o lugar e fizeram um pequeno lanche numa cafeteria.


Como bons turistas, eles tomaram o cable car passeando tranquilamente pelas ladeiras famosas de San Francisco. Saltando do bonde pela primeira vez próximo a Lombardi Street, eles desceram a ladeira a pé admirando as flores que já perdiam sua beleza de primavera e começavam a perder as folhas ou trocar das cores verdes para alaranjadas de outono. O cenário era muito bonita. Booth tirou várias fotos.


Em seguida, tomaram outro cable car, agora rumo ao Fisherman’s Wharf. Após um passeio bem divertido, visitando lojinhas curtindo a vista da ilha de Alcatraz e namorando, ele optaram por jantar em um dos típicos restaurantes do Pier 39, Neptune’s Palace. Booth salivava ao ver o tamanho das lagostas passando por ele a medida que entravam no restaurante. Brennan observou o cardápio e escolheu um prato simples enquanto Booth pedia a lagosta na manteiga e cerveja para acompanhar.


A noite de San Francisco estava linda e ver a lua do cais do porto era uma vista especial para uma noite a dois. Eles namoraram, jantaram e durante uma última caminhada no pier, saborearam um sorvete da Ben & Jerry’s. Tomando um táxi, voltaram para o hotel surpresos por ser mais de meia-noite.


O segundo dia em San Francisco era apenas para a diversão deles. Antes porém, Brennan ligou para sua editora para confirmar se iriam mesmo esticar a Las Vegas.


- Booth, tenho notícias. Não iremos a Vegas.


- Poxa...


- De certa forma isso é bom. Você vai me agradecer por não se expor a tentação do jogo.


- E o que vamos fazer hoje?


- Pensei em irmos a Chinatown, compramos umas coisinhas e visitamos o Golden Gate Park. Depois, que tal um teatro?


- Teatro?


- É Booth, podemos assistir a um musical e depois jantar na região de North beach. Tem bons restaurantes italianos.


Booth entortou a boca para o teatro.


- Ou podemos ir aos museus se preferir...


Ele arregalou os olhos.


- Que peça você que assistir, Bones?


Ela riu do jeito dele. eles escolheram a peça e saíram para o passeio. Chinatown era um passeio que Brennan adorava, estar perto da cultura oriental mesmo que já bem ocidentalizada era algo que ela tinha prazer em fazer. Comprara bombons chineses e depois acabaram comendo em um restaurante chinês lá mesmo. Seguiram para o Golden gate park e depois de uma caminhada, sentaram-se embaixo de uma árvore para tomar sorvete e descansar um pouco, sempre namorando.


Depois Brennan insistiu em ir ao complexo de ciências que ficava no parque e de vez em quando Booth a pegava conversando com Sophia sobre algo que ela observara. Seguiram para o conservatório das flores onde Brennan observava encantada a beleza do lugar.


Deixaram o parque rumo ao teatro. Acomodaram-se nas poltronas a espera do início da peça. Era Mamma mia. Apesar de ir assistir ao musical contrariado, Booth deu boas risadas e acabou se divertindo. Ao saírem, escolheram um dos vários restaurantes da rua movimentada. Após o jantar, ainda pararam num dos cafés onde Booth tomou um espresso delicioso e Brennan provou uma batida de frutas sem alcool.


O burburinho da região era grande, a alegria contagiava e qual não foi a surpresa de Brennan ao notar que havia um karaoke bar apenas a duas portas de onde estavam.


- Booth, karaokê!


- Aonde?


- Ali, vamos. Pague logo isso e vamos nos divertir um pouco.


Ele acertou a conta e ela o puxou ansiosa para dentro do bar. O lugar não estava tão cheio mas no palco um rapaz se arriscava a cantar Aerosmith e claramente desafinava nos agudos. Ela achou uma mesa bem próxima ao palco e sentou-se. Booth fez o mesmo e já chamou a garçonete. Se eles fossem ficar ali, pelo menos ele precisaria de cerveja. Quando a garçonete terminou de anotar o pedido dele, Brennan perguntou.


- Como funciona o karaoke?


- Ah, simples! Tem uma lista de músicas nesse bloco azul. Você escolhe a música pelo número e preenche o papel com o número da sua mesa e seu nome. Me entrega e espera a sua vez.


- Ah, obrigada.


A moça se afastou e Brennan começou a olhar a listagem.


- Você não está pensando seriamente em cantar aqui né, Bones?


- Porque não? Se eu encontrar uma música que eu goste...


- Bones, aqui não é aquele bar que fomos com o Sweets, você não sabe como as pessoas vão reagir... além disso você está grávida.


- A julgar pelo jeito que esse pessoal canta, eles vão me adorar!


Ele revirou os olhos.


- E quanto a gravidez, não há nenhum problema. Sophie tem que acostumar os ouvidos a uma vida agitada e ao nosso tipo de música.


- Ok, não vou discutir mas também não vou cantar.


- Sem graça!


Ela continuou olhando a lista quando se deparou com a música perfeita.


- Booth! Achei!


Ele acabara de virar a caneca de cerveja.


- O que?


- A música, nossa música. Hot Blooded!


- Ah não, Bones não vou cantar já disse.


- Poxa...por favor...canta comigo...


Ela fez cara de pidona.


- Pela Sophia...ela não sabe que essa é nossa música....


Brennan pegou o papel e escreveu, chamou a garçonete e entregou pedindo também uma água com gás. Mais uma pessoa subia ao palco. Essa pelo menos tinha ritmo e sabia a letra da música. Brennan observava o palco. Dez minutos depois, a voz no microfone chamava por eles.


- Temperance e Booth cantando Hot Blooded.


Booth olhou para ela ainda indeciso. Ela o puxou pela mão. Com a outra mão acariciou a barriga e falou para a filha.


- Soph, agora você vai conhecer um outro talento da mamãe e do papai.


- Podem se aproximar do palco...


Brennan subiu e foi seguida por Booth que se postou no microfone. Ela se virou para a banda e o baterista notou que ela estava grávida. O apresentador também.


- Palmas para nossa mamãe!


A platéia respondeu.


- Pode me emprestar sua guitarra?


- É, tá...tudo bem.


Brennan pegou a guitarra e ajeitou no seu corpo para tocá-la. Fez sinal para soltarem o som e a diversão começou.


Hot Blooded letra


Well, I'm hot blooded, check it and see
I got a fever of a hundred and three
Come on baby, do you do more than dance?
I'm hot blooded, I'm hot blooded

You don't have to read my mind, to know what I have in mind
Honey you oughta know
Now you move so fine, let me lay it on the line
I wanna know what you're doin' after the show

Now it's up to you, we can make a secret rendezvous
Just me and you, I'll show you lovin' like you never knew

That's why, I'm hot blooded, check it and see
I got a fever of a hundred and three
Come on baby, do you do more than dance?
I'm hot blooded, hot blooded

If it feels alright, maybe you can stay all night
Shall I leave you my key?
But you've got to give me a sign, come on girl, some kind ofsign
Tell me, are you hot mama? you sure look that way to me

Are you old enough? will you be ready when I call you bluff?
Is my timing right? did you save your love for me tonight?

Yeah I'm hot blooded, check it and see
Feel the fever burning inside of me
Come on baby, do you do more than dance?
I'm hot blooded, I'm hot blooded, I'm hot

Now it's up to you, can we make a secret rendezvous?
Oh, before we do, you'll have to get away from you know who

Well, I'm hot blooded, check it and see
I got a fever of a hundred and three
Come on baby, do you do more than dance?
I'm hot blooded, I'm hot blooded

Hot blooded, every night
Hot blooded, you're looking so tight
Hot blooded, now you're driving me wild
Hot blooded, I'm so hot for you, child
Hot blooded, I'm a little bit high
Hot blooded, you're a little bit shy
Hot blooded, you're making me sing
Hot blooded, for your sweet sweet thing



Ao final do solo dela todos aplaudiram de pé. Eles agradeceram e voltaram a mesa. Depois de descansar e beberem algo decidiram ir embora. Antes de deixar o bar, Brennan o puxou para si e beijou os lábios dele com vontade perdendo-se completamente neles. Ao quebrar o beijo, ela falou.

- Obrigada por cantar comigo, Booth. Gosto quando nos divertimos assim.

- Foi divertido mesmo, só não sei se a Sophia apreciou...

- Com certeza. Eu a senti mexer enquanto tocava.

De mãos dadas, pegaram o cable car de volta a região do hotel. Após se arrumar para dormir, booth mostrou as lindas fotos que tirara dela durante o passeio. Feliz, ele conversou um pouco mais com a filha e acabaram fazendo amor naquela noite, adormecendo nos braços um do outro.

Pela manhã, ela arrumou as coisas e deixaram o hotel para o aeroporto. O vôo de volta a Washington era ao meio-dia. Ao avistarem já no alto a Golden Gate Bridge imponente, Brennan deixou escapar o pensamento.

- É como na canção, eu acho que realmente deixei meu coração em San Francisco. Metaforicamente falando...

Booth sorriu e apertou a mão dela na sua enquanto o avião fazia a curva rumo a costa leste do país.




Continua.......

quarta-feira, 20 de julho de 2011

[Books] Trilogia Millenium - Stieg Larsson

Quem ainda não conhece Lisbeth Salander não sabe o que está perdendo.






Da Suécia, vem uma trilogia escrita por Stieg Larsson de ação, suspense e mistério que já alcançou grande público internacional rendendo ao escritor a tradução dos seus livros para vários idiomas e o direitos das obras vendidas para virar filme em Hollywood.


A série é composta de 3 volumes entitulados :



1) Os Homens que não amavam as mulheres


2) A menina que brincava com o fogo


3) A Rainha do castelo de ar




É difícil definir qual o gênero principal da trilogia visto que há um misto de situações contadas nos capítulos dos livros mas na sua essência encaixa-se no suspense. O que torna a história interessante são os diversos elementos contemporâneos que a compõe. Investigação policial, segurança e imprensa tem participações fundamentais com as personagens que as representam na história.


O que começa com a contratação de um jornalista condenado por difamação para solucionar um caso de assassinado/desaparecimento da neta de uma das famílias mais influentes da Suécia o então criticado e polêmico jornalista da revista Millenium - Mikael Blomkvist - acaba por nos apresentar a nossa heroína inusitada Lisbeth Salander. Totalmente fora dos padrões de protagonista, Lisbeth cativa o leitor pela sua excentricidade.


Uma às do computador e com um comportamento anti-social, Lisbeth acaba por se interessar pelo caso de Mikael e deixa sua guarda desprotegida permitindo assim uma certa aproximação do jornalista que acaba por descobrir que a moça apresenta tal comportamento por um fato ocorrido em sua infância interrompida aos 9 anos quando foi enviada para uma clínica de loucos.


Considerada perigosa, o que ninguém conta é que Lisbeth é apenas o bode expiatório de uma conspiração que se vier à tona causará grande exposição ao governo sueco. Talvez por isso, o faro jornalístico de Mikael fique em alerta e dessa forma ele começa a apostar numa investigação para livrar Lisbeth da condenação por assassinato e desmascarar o próprio governo sueco. Para isso, nada melhor que um punhado de jornalistas e amigos e uma mídia como a revista Millenium.


Com a abordagem simples e de fácil leitura, Lisbeth Salander acaba cativando o leitor com seu jeito atípico de raciocinar e resolver as coisas à sua maneira.


Sucesso de crítica e público, os livros já viraram filmes no seu país de origem e logo pintarão mais uma vez nas telonas por meio de Hollywood - a previsão é dezembro de 2011.


Pra quem não leu, recomendo!!!

[Books] Avada Kedavra Harry Potter - O Fim de uma Era



SPOILERSSSSSSS








Dears,


esse post é díficil de escrever. Pode parecer besteira afinal o que uma mulher adulta, que consegue escrever fácil e tem opiniões fortes teria de dificuldade em escrever sobre uma série de livros/filmes infanto-juvenis?! Nenhuma certo?


Reles engano!


A saga do bruxinho mais famoso do século XXI chega ao fim com o último filme da série Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 inspirado na obra da escritora britânica J.K.Rowling. Comentários a parte, os 14 anos de vida social de HP terminam com chave de ouro sob minha humilde avaliação. Esse filme foi o mais fiel ao livro o que me deixa extremamente feliz pois muito de um livro se perde ao ser adaptado para a tela grande.


Sorte nossa fans declarados da saga que pudemos apreciar um filme com muita ação, emoção, amizade e lição de vida para seus espectadores. Com várias cenas marcantes, o trio principal Harry, Rony e Hermione, demonstram mais uma vez que o trabalho em time faz a diferença. O valor de sentimentos nobres como amor, amizade e confiança são ressaltados mais uma vez além da perseverança, inteligência e solidariaedade.


Na sua busca pelas horcruxes para então culminar no seu fatídico destino - lutar contra o Lorde das trevas Voldemort - Harry descobriu que nunca esteve sozinho. Como pontos altos do filme, posso destacar:


- A batalha de Hogwards : adorei ver a Minerva como senhora da escola e também o desempenho dos alunos em salvar aquele que é seu segundo lar.


- A história de Severo Snape : de emocionar qualquer fã que acompanhe a saga do bruxinho, talvez o grande trunfo de J.K. ao escrever o último livro.


- A Morte de Belatriz : quem não gritou e vibrou com a Sra.Weasley nessa cena?!


- O discurso de Neville: o garoto medroso cresceu e se tornou um grande bruxo como os pais além de um grande herói e amigo para Harry.

- A luta entre o bem e o mal : sequencia de luta entre os opostos mais que show!




E tenho certeza que haverão outras a destacar aí fica a critério de cada um....



Harry Potter e seus amigos ainda permanecerão por algum tempo em nossas lembranças mas depois de quase 15 anos de história, na minha opinião o legado mais importante deixado pelos livros de J.K.Rowling foi o incrível ato de despertar o interesse da leitura em crianças e adolescentes, principalmente no Brasil, país tão carente de apoio e incentivo a leitura.


Tenho certeza que se depender de nós fãs apaixonados de HP, muitos outros brasileiros irão conhecer a história do bruxinho que permanecerá vivo em nossas memórias, livros e DVDs/BDs.


Ah! E se pintar mesmo uma saudade louca, pega um avião pra Orlando e visite o Mundo Mágico de Harry Potter e boa cerveja amantegada para você! Delícia!




É isso......... "Malfeito Feito!"



Até +......




PS: Não entrei em mais detalhes para não estragar o filme para quem não viu, ok?! E nem precisa perguntar muitas lágrimas nesse filme kkkkkkkk

FELIZ DIA DO AMIGO!!!!!



Caros Leitores,


durante todo o dia de hoje ouvimos, escrevemos, twittamos #felizdiadoamigo , mas pergunto a vocês : pra que serve um amigo?


Numa música brega ouvimos : "Um amigo é pra acudir o outro, eu estou aqui pra acudir você" ou indo para a clássica da canção da América: "Amigo é coisa para se guardar debaixo de 7 chaves, dentro do coração assim falava a canção..."


Afinal, vamos para o mundo real sem poesia. Um amigo é aquela pessoa que é capaz de mostrar seus erros, brigar com você quando está errado, falar besteira num momento de tensão, chorar nas derrotas e nas dores de cotovelo, rir das piadas sem graça, celebrar as conquistas, beber com você, farrear... caramba! Amigo tem muitas utilidades, é quase um bombril! Hahahaha!


Porém, o mais importante nesse laço invisível e totalmente determinante na sua vida é o fato de que o amigo verdadeiro é capaz de dizer quando e porque você está errado, ele não se importa de falar o que você não quer ouvir. O verdadeiro amigo diz na sua cara as verdades que você não quer enxergar, os defeitos que você odeia admitir que tem. Ele briga com você mas cinco minutos depois, está gargalhando ao seu lado.


Existem amizades que se entendem apenas no olhar, um sorriso vale mais que mil palavras.


Nesse dia do amigo, não se preocupe em ter quantidade, foque na qualidade. É melhor 10 amigos presentes 100% na sua vida do que 150 que apenas querem compartilhar os momentos de festa. É na hora do sufoco que conhecemos os verdadeiros amigos.


Pense nisso!


E claro, desejo a todos...........



FELIZ DIA DO AMIGO!!!!



Bjks =)

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.18

NC-17!


Cap.18


Classe de Lamaze




Booth e Brennan entraram na sala onde vários outros casais já estavam. Booth estava um pouco nervoso e percebeu alguns semblantes de homens da mesma maneira. Bem, pelo menos não seria o único. A instrutora mandou todos se dirigirem ao salão e posicionarem-se em um dos tapetes esticados no chão. Brennan escolheu um de canto. Booth ficou atrás dela aguardando.

- Muito bem pessoal, bem-vindos a mais uma classe do método Lamaze. Nosso objetivo aqui é mostrar alguns exercícios que vocês podem praticar para induzir o parto natural e proporcionar um certo alívio as dores do parto. É bem simples e propicia uma melhor interação entre o casal. Portanto, papais não pensem que não são importantes. Vocês incentivarão a parceira de vocês e ajudarão a elas em um momento difícil. Agora, quantos aqui são marinheiros de primeira viagem?

Alguns casais levantaram as mãos inclusive Brennan e Booth.

- Não precisam ter medo. Vamos trabalhar técnicas de relaxamento, técnicas de massagem, exercícios de respiração e como mencionei anteriormente envolve o pai no momento do parto. O método é bem eficaz. Então, chega de falatório e mãos à obra. Por favor sentem-se no tapete. Vamos trabalhar primeiro a interação do casal com a gravidez. Papais quero que abracem a mamãe por trás e acariciem a barriga dela.

A aula seguiu normalmente, eles aprendiam noções de relaxamento, a importância da música para a criança e um pouco das técnicas de massagem. Brennan achou o resultado da aula bastante produtivo.

Ao sairem do prédio, Booth sugeriu fazerem um lanche antes de voltar para casa. Pararam num daqueles vários mini markets de NY e tomaram uma sopa e comeram salada.

- Gostei bastante do método de abordagem do Lamaze. É um método bem antigo sabe, desenvolvido a mais de 50 anos na França.

- Você é uma verdadeira wikipédia....

- Vou encarar como um elogio.

- E foi! Quando é a próxima classe?

- Amanhã, temos classes a semana toda. Depois um intervalo de duas semanas e voltamos.


Na aula seguinte...


- Turma, hoje vamos trabalhar as técnicas de massagem. A lei é relaxar. Existem várias posições que podem ser exercitadas pelo casal. Esse é Karl e ele será meu parceiro para demonstrar algumas posições para vocês. Primeiro a clássica: o pai apoia a mãe entre suas pernas preocupando-se com a altura da cabeça da mãe para facilitar a entrada de ar nos pulmões. Ele fará movimentos circulares na barriga dela. De preferência, mantenham uma conversa amigável, sobre coisas boas.

Booth achou isso muito fácil. Essa classe seria moleza. De certa forma, eles costumavam ficar nessa posição algumas vezes na cama antes de dormir. Até aí, tudo bem.

- Fácil, fácil não Tempe?! Somos uma dupla imbatível. E nossa princesinha terá o melhor parto possível.

- É pra isso que estamos aqui, Booth. E concordo, somos os melhores.

- Amooo essa modéstia!

- Ok, pessoal. Muito bom, para complementar esse exercício, conversem com a mãe lembrando algo muito importante para os dois ou um momento bastante relaxante de ambos, uma viagem, uma tarde, uma lembrança.

Booth sussurrou no ouvido dela.

- Hum, esse será difícil...tenho vários momentos inesquecíveis ao seu lado. Por onde começar? Que tal o jogo dos knicks? Aliás deveríamos ir a mais um jogo não acha? Agora só na próxima temporada...

- Aquele dia foi muito bom não? Também adorei o dia do museu, quando completamos seis meses principalmente o depois, a comemoração em casa. Acho que foi o momento mais intenso que fizemos amor. E foi quando fizemos nossa Katherine.

- Sabe o que mais gosto daquele dia?

- De que?

- De lembrar que você disse que me amava pela primeira vez. Realmente inesquecível.

Ela sorria, trocaram um beijo rápido.

- Ok, próximo exercício. Prestem atenção em mim e no Karl.

A instrutora pos-se de joelhos e orientou seu parceiro para movimentar-se com ela também de joelhos simulando a posição de sexo de quatro. Booth arregalou os olhos, Brennan riu. Qual seria o propósito disso?

- Antes que vocês fiquem com medo, essa posição estimula o movimento e a expansão dos quadris muito necessários na hora do parto, precisam ser bem flexíveis. Vamos, não se acanhem. Experimentem.

Brennan ainda rindo da situação se colocou na posição. Booth meio sem jeito, a exemplo de alguns homens ali, segurou a cintura dela. Suspirou. Estava envergonhado.

- Vamos! Mexam-se! Olhem para o Karl e ajudem sua parceira.

Mordendo os lábios, Booth ainda relutava. Brennan acabou o convencendo .

- Vamos amor... faz parte da aula, você não é o único aqui.

- É, esse é o problema. Estou pagando o maior mico!

A instrutora olhou para ele como quem recrimina e Booth começou a se movimentar. Bastaram alguns movimentos para que ele ouvisse a respiração mais forte de Brennan. Espera, esse exercício não era para relaxar? Ele continuou os movimentos e percebeu que ela começava a relaxar.

- Mamães, prestem atenção a respiração. Assim, inspira...expira....

Brennan fazia exatamente como era orientada e depois de alguns minutos, Booth percebeu que não só ela estava relaxada como ele também estava. Mais ainda, Brennan parecia estar tão relaxada e tão envolvida que ele teve a impressão de ter ouvido um gemido. Resolveu aguçar um pouco mais o ouvido a fim de checar se não estava imaginando. Alguns segundo se passaram e ele tornou a ouvir. Sim, ela soltava pequenos gemidos sempre quando ele acidentalmente encostava o seu membro nela. O pensamento fez ele próprio se excitar um pouco e o rosto ficou vermelho de vergonha. Não poderia deixar que os outros percebessem.

Como uma chance do destino, a instrutora mandou eles sentarem-se para descansar. Brennan esticou as pernas e buscou pelo apoio do peito dele com um risinho maroto nos lábios. Olhou de relance para ele e percebeu que ele estava com o rosto vermelho.

- O que houve Booth?

- Errr...nada!

- Bem, pessoal antes de encerrar a aula de hoje quero deixar uma lição de casa. Durante o poarto normal é necessário manter o foco para que a mãe concentre-se na força e não sinta as dores. Quero que discutam qual seria o seu ponto focal e amanhã vocês poderão trazer algumas sugestões e eu faço as recomendações ok?

Uma das grávidas perguntou.

- O que é um ponto focal?

- É algo que te ajuda a se concentrar enquanto você trabalha numa contração. A idéia é escolher um objeto que é significativo para você, como uma foto de família favorita ou um item do bebê amado, para se concentrar em como você tem uma contração. Seu parceiro pode segurar o objeto focal para você ou você pode colocá-lo alguns metros de distância de você para que esteja disponível quando você precisar dele.

- Pode ser uma pessoa? Outra mãe perguntava.

- Olha, até poderia mas vocês sabem que o acesso é restrito em salas de cirurgia, se o parto ocorrer em casa, tudo bem, aí pode ser alguém mas é melhor focar em um objeto. Por hoje é só pessoal! Tenham uma boa noite.

Eles deixaram o local e nem bem começaram a caminhar, Brennan voltou a perguntar.

- Porque você estava vermelho lá dentro Booth? E não adianta dizer que não era nada porque você não me engana.

Ele revirou os olhos. Ela não ia parar de perguntar enquanto ele não respondesse.

- É que, bem, aqueles exercícios, eles...eles me deixaram um tantinho excitado.

E Booth estava envergonhado de novo. Brennan riu e se encostou levemente no ombro dele envolvendo os dois braços no dele. A voz melosa deixou Booth certo do que ela pretendia.

- Sabe Booth, aqueles movimentos me deixaram bem excitada. Eu relaxei mesmo... mas sabe o que é ruim nisso tudo?

- Tem uma parte ruim?

- Tem, péssima por sinal. O problema é que continuo insatisfeita. Como se algo estivesse faltando...na verdade, estou ainda excitada....precisaria muito de você. Quer ir para casa agora?

- Tempe, você não existe....

Ele beijou-a apaixonadamente. E claro, faria mais uma vez a vontade dela e a sua também.

Mal chegaram em casa, Brennan jogou a bolsa sobre o sofá e já foi tirando os sapatos e a blusa. Voltou a beijá-lo apenas para manter o clima entre eles. Rapidamente se livrou da camisa dele deixando-a pelo chão. Entraram no quarto e Booth arrancou a calça dela e logo perdendo a sua pelo chão.


Trocaram mais um beijo intenso, apaixonado. Booth desatou o soutian dela que foi ao chão. O contato da pele era eletrizante. Brennan já sentia a umidade tomar conta de seu centro. Ela não largava os lábios dele, provocando e explorando. Sem fôlego, ela finalmente parou para respirar.
Ela recuperou um pouco do fôlego e puxou o boxer dele, o membro já excitado o bastante para ela. Booth sentou-se na cama e puxou-a para si. Brennan beijou-o mais uma vez nos lábios e passou para o pescoço. Ele tinha as mãos na cintura dela e queria puxá-la para a cama porém, Brennan o impediu. Sussurrando ao ouvido dele, ela o surpreendia novamente.

- Nada de cama...quero imaginar o que fizemos hoje. Um pouco pelo menos...

Se desvencilhando das mãos dele, Temperance se pos de costas e sentou-se nele. Ela abriu as pernas ao máximo facilitando a penetração do pênis ereto totalmente. Ao sentir-se completamente envolvida, deixou escapar um gemido.

Booth ainda não acreditava na audácia dela, segurou-a pela cintura e viu que ela virava o rosto a procura dos lábios dele. Ela provocava-o fingindo um beijo que mal acontecia até sentir os lábios dele tomarem completamente os seus num beijo cheio de desejo. Ele começou a movimentar-se dentro dela. Um ritmo espaçado. Ela se deixava envolver pelo beijo, por vezes mordiscando os lábios dele. o contato das bocas tornou-se sensual.

Booth aumentou os movimentos. Pressionava as mãos na cintura dela. Para ajudá-lo, Brennan quebrou o beijo e apoiou-se nas coxas dele para aumentar o ritmo. Sentia a umidade aumentar e contraía a própria vagina no membro dele. Booth ditava o ritmo e ela gemia a cada nova estocada. Com uma das mãos, ele agarrou um dos seios dela e com os dedos pressionava e puxava o mamilo fazendo-a gemer e pedir por mais.

Ele levou a outra mão até cobrir o outro seio, mordiscava o pescoço dela. Apertava-os, puxando e instigando. Ele estava louco de tesão. Ela estava no limite, quase pulando sentindo a fricção do membro dele tomá-la por inteiro.

Booth queria ve-la gozar, queria que ela sentisse prazer. Então deslizou uma das mãos para a região do prazer e com os dedos, massageou o clitóris dela. Ao sentir o que ele fazia, Brennan empurrou o próprio corpo contra o dele. o corpo tremia e ela foi tomada pelo orgasmo.

Ele ainda se movia dentro dela, ouvindo cada grito e gemido. Ele não parava de massagear o clitóris dela. Buscou a boca de Brennan e tomou num beijo meio louco liberando seu gozo agora junto com ela. Segurou-a em seus braços e levantou-se. Ele tirou o membro apenas para deitá-la na ponta da cama. ergueu uma das pernas dela apoiando-a em seu ombro e penetrou-a novamente.

Ela estava muito excitada, parecia que não tinha sequer gozado. Ele beijou-lhe os lábios e saiu provando cada centímetro da pele dela. Saboreando. Ele não se mexia dentro dela, apenas mantinha o contato entre eles, estavam conectados. Lambeu os mamilos dela, um a um e tomou um dos seios na boca. Sugando-o, provando. Ao sentir a pontada de desejo no seu centro, Brennan começou a pressionar o membro dele iniciando o movimento.

- Boothieee mexa...

Ele obedeceu. Ainda se deliciando com a pele e os seios dela, Booth movia-se mais depressa. Ele já estava novamente a perigo. Precisava que ela respondesse rapidamente. Aumentou o ritmo e segurando a perna dela, ele não tinha reservas em forçar a penetração. Tirou e colocou o membro de uma vez e ao fazer isso arrancou um grito dela e sentiu o orgasmo novamente a dominar. Ela erguia o corpo da cama se contorcendo ao prazer, sem esperar mais, ele liberou o seu próprio prazer nela.

As sensações de prazer ainda perduraram por uns dois minutos. Suados, exaustos e satisfeitos, permaneceram deitados na ponta da cama. brennan foi a primeira a se ajeitar na cama, ao faze-lo chamou por ele.

Booth mexeu-se vagarosamente na cama. encontrou primeiro a barriguinha dela. Beijou-a e sussurrou algo que a própria Brennan não entendeu. Depois, buscou os lábios dela e beijou-os suavemente. Encostou a cabeça no ombro dela. Brennan acariciou o peito dele com uma das mãos. Beijou os cabelos dele e sorriu.

- Foi muito bom...

- É, foi sim...

- Estou cansada....

- Então durma, amor.

- Antes vou ao banheiro.

Ela se levantou da cama. quando voltou, já vestida, ela sedeitou pressionando o corpo ao dele. booth a envolveu com um dos braços.

- Boa noite, Tempe...I love you.

- Eu também.

Eles terminaram a primeira parte da classe de lamaze e Brennan estava realmente considerando a possibilidade de um parto normal. A idéia era bem interessante. Saíram da clínica de mãos dadas e enquanto caminhavam pelas ruas de NY, Brennan sugeriu que fossem jantar.


Dois dias depois...


Era uma sexta e Brennan estava de folga. Ela aproveitou para arrumar as coisas de Katherine que trouxera de seu apartamento e verificar o que ainda precisava comprar. Com uma pequena lista, saiu para as compras.

Com algumas sacolas na mão, ela caminhava pela 5th avenue quando parou na frente da vitrine da Tiffany’s . um pensamento que ela remoía já a algumas semanas voltou a ocupar-lhe a mente. Sorrindo, decidiu por entrar na loja.

Depois de mais de meia hora, ela finalmente deixou a loja com uma sacola azul. Tinha certeza que Booth iria amar o que ela fizera. Caminhava satisfeita até o metrô.

Quando voltou ao apartamento, ela tinha uma idéia em mente. Iria fazer uma torta para ele. Quando estava de plantão da última vez no hospital, viu Patricia comentar sobre uma torta que fizera e ficara deliciosa. Curiosa, ela pediu a receita e nada mais justo que fazê-la para Booth.


Nada muito sofisticado mas para ela era sempre uma aventura. Quanto ao jantar, ela sugeriria escolher um delivery. Não tinha fome e se contentaria com qualquer sopa.

A atividade na cozinha deveria demorar pouco porém, como Brennan não era expert em cozinha a torta tomou mais tempo do que ela imaginara e ficou olhando constantemente no relógio, queria terminar antes dele chegar para assim ser uma surpresa. Deu sorte. Na verdade, eram quase oito da noite quando Booth chegou em casa.

- Amor, você demorou!

- Oh, desculpe. Me atrasei. Estava numa teleconferência com Washington. Você deve estar faminta! Já jantou?

- Não...

- Oh, Tempe você não pode ficar sem comer. Lembra da Katherine.

- Não estava com fome ainda.

- Eu estou morrendo de fome!

- Você vai ter que pedir alguma coisa se não quiser perder tempo cozinhando.

- Vou pedir comida chinesa. O que você vai comer?

- Pede uma sopa de soja para mim.

- Só uma sopa?

- Sim, não estou com tanta fome.

Em quarenta minutos, eles estavam sentados à mesa comendo. Quando terminou, Booth disse a ela que ia tomar um banho. Ela não contestou. Aproveitou a ausência dele para colocar a torta na mesa e os pratinhos.

Quando Booth voltou a sala, encontrou Brennan sentada no sofá. Ao vê-lo sorriu.

- Porque você não estava no quarto?

- Tenho uma surpresa para você. Olha em cima da mesa.

Booth desviou o olhar e se deparou com a torta sobre a mesa. Ele não estava acreditando.

- Onde você arranjou essa torta? Comprou?

Brennan se levantou e já estava na mesa cortando um pedaço generoso para ele. Estendeu o prato para ele.

- Eu fiz para você. Não sei se está boa. Eu queria fazer algo diferente afinal você vive me mimando e como fala muito em tortas pensei que gostaria de comer uma sobremesa. Eu peguei a receita com a minha enfermeira mas eu nunca fiz uma torta antes. Portanto, preciso da sua avaliação e não vale mentir. Quero que fale se estar boa mesmo.

- E porque de maçã?

- Era a receita da Patricia mas achei que você poderia apreciar o sabor da fruta em vez de outra torta cheia de chocolate.

- Sabe, Tempe, você acertou em cheio. Torta de maçã é minha sobremesa favorita. Obrigado, amor.

Ele beijou-a no rosto.

- Você ainda nem provou! Vamos, me diga a verdade.

Booth pegou o primeiro pedaço de torta e levou à boca. Enquanto provava, ela esperava pacientemente. Ele colocou outro pedaço da torta na boca. Brennan mordia o lábio inferior. Estava sendo tomada pela curiosidade.

- E então? O que achou?

- Ah, Tempe...está deliciosa!

- Quero a verdade, Booth...

Ele já colocava mais um pedaço da torta na boca.

- Estou falando a verdade, se não acredita...prove!

E ele ofereceu a colher para ela. Deu na boca. Brennan saboreou o doce e sorriu.

- Ficou bom mesmo.

- Eu disse! Serve mais um pedaço para mim.

Ela cortou mais uma fatia para ele e também se serviu da torta. Saborearam juntos o doce e quando terminaram, Brennan lavou os pratos e guardou a torta na geladeira. Booth já estava no quarto quando ela terminu. Brenman pegou a sacolinha da Tiffany’s e sentou-se ao lado dele na cama.

- Quero te mostrar uma coisa...

- O que?

- Hoje enquanto fazia compras, estava passando na frente da Tiffany’s e lembrei que queria muito dar um presente para Katherine e depois do colar que você comprou, eu lembrei de algo que sempre gostei quando criança. Eu tive um colar que eu adorava, presente da minha mãe, eu não tirava do pescoço por nada porém, acabou sendo roubado depois que eu fui para o orfanato então resolvi comprar para a Kat a mesma jóia. Como ela já tem o colar...

Brennan entregou a caixa a Booth. Com cuidado ele abriu e encontrou um pingente de ouro com o nome da filha “Katherine”. Além disso, havia uma pulseira também de ouro só que ao invés do nome completo, haviam apenas 5 letras – KATHY.

- Oh, Tempe... é linda! Esse pingente... você tinha um desses?

- Sim, com o meu nome. Eu o adorava.

- Então, Katherine também vai.

Ele a beijou suavemente nos lábios. Ela envolveu os braços no pescoço dele e aprofundou o beijo.

Três dias depois, Brennan estava de plantão até as 7 da noite. Quando chegou no apartamento, ele não estava lá ainda. Na verdade, foi aparecer quase 9 da noite. A aparência cansada. Encontrou-a já deitada na cama lendo um livro de gravidez.

- Booth! O que aconteceu? Porque chegou tão tarde?

- Estava em uma reunião de estratégia. Depois, tive outra foneconferência com o pessoal de Washington e o tenente responsável da base do Afeganistão. Querem mais recrutas, perdemos seis homens numa empreitada. Estávamos avaliando como reverter a situação.

- Já estava preocupada com você.

- Está tudo bem, Tempe... vou tomar uma ducha.

- Quer comer? Posso fazer um sanduíche para você.

- Pode ser...

Quando saiu do banho, Booth encontrou um sanduíche caprichado sobre a bandeja apoiada na cama junto com café. Ela assistia ao noticiário das dez e tomava um chá. Ele sorriu.

- Você é maravilhosa!

- Eu sei.

E sorriu de volta.

No dia seguinte, Brennan tivera um dia bem complicado no hospital. Além de duas cirurgias bastante longas, ela recebeu uma grávida cujo bebê entrara em sofrimento no útero da mãe devido uma queda que o deixou com o cordão umbilical envolto ao pescoço. Infelizmente, por mais que Brennan tivesse usado todo seu conhecimento e insistido muito para salvá-lo, o bebê não resistiu. Nascera morto e ela não conseguira ressuscitá-lo.

Quando isso acontecia, Brennan ficava arrasada. Fazia todo um esforço para não demonstrar mas por dentro estava em pedaços. Agora, tudo o que ela vivenciava no hospital tinha outra entonação para ela. A cada caso crítico, ela pensava em Katherine. E se isso acontecesse com a sua filha? Brennan sempre evitava pensar nisso mas era quase impossível não refletir a situação na sua própria.

Ela consultou o relógio. Já passava das 7 da noite quando foi chamada na pediatria. Mais um caso de risco. Pior, ela esquecera completamente da aula de lamaze. A caminho da pediatria, ela ligou para Booth.

- Amor? Está em casa?

Ele falava baixo, quase sussurrando.

- Não, estou numa fone.

- Oh, desculpe... não precisa responder. Só liguei para avisá-lo que não poderemos ir a aula de lamaze hoje. Tive muito problema aqui no hospital e acho que vou sair bem mais tarde daqui. Vou para o meu apartamento. Depois nos falamos,ok?

- Ok. Depois.

Ela desligou e cumprimentou a médica pediatra que a esperava.

Conforme previra, Brennan deixou o hospital a meia-noite. Foi direto para o seu apartamento. Estava muito cansada. Após a higiene pessoal, ela esticou o corpo na cama e enviou uma mensagem para Booth.

“Oi,amor! Já estou em casa. Muito cansada. Amanhã estou de folga, vou te ver no apto. Boa noite. Bjo, meu e da Kat.”

Ela esperou a resposta dele. Dois minutos depois, seu celular vibrou.

- Oi, amor...achei que já estava dormindo.

- Oi...estava assistindo tv. Tudo bem com você?

- Sim, só preciso dormir.

- Não abuse, Tempe.

- E você? Foi tudo bem na fone?

- Na medida do possível, o clima está tenso.

Ela notou que a voz dele estava tensa. Parecia preocupado.

- Melhor dormir, boa noite Tempe.

- Boa noite, um beijo meu e outro de Katherine ok?

- Ah, obrigado. Outro pra você, cuide-se!

Ele desligou. Temperance percebeu que ele não queria muita conversa. Devia estar mesmo preocupado, isso não era normal de Booth. Porém, o cansaço era maior do que a vontade de querer entender o que se passava com ele. Amanhã. Faria isso amanhã. Agora descansaria. Apagou as luzes e adormeceu em seguida.

Na manhã seguinte, acordou bem mais disposta. Preparou um café da manhã caprichado e devorou-o em minutos. Em seguida, ligou para Wendell querendo notícias do bebê de ontem. Estava estável até o momento. Separou algumas roupas para levar a lavanderia e deixou o seu apartamento quase na hora do almoço.

Brennan parou em um dos seus restaurantes preferidos para fazer a refeição. Não tinha pressa, hoje ela queria aproveitar a tarde. Depois de duas horas de almoço, ela resolveu parar na sua livraria preferida na 5th avenida. Ela estava lendo um livro de suspense e tomando um suco de abacaxi quando o celular tocou. Era Booth.

- Oi, amor. Está melhor?

- Estou sim. E você?

- Tudo bem na medida do possível. Vai lá pra casa hoje?

- Sim, pretendo. Porque?

- Primeiro porque estou com saudades e depois porque preciso conversar com você sobre meu trabalho.

- Algo sério?

- Não, controlável. Não se preocupe conversamos à noite.

- Tá bom. Um beijo.

Ela desligou. Antes de ir ao apartamento de Booth, Brennan passou na Dean e Delucca e fez umas comprinhas. As seis da tarde, Booth chegou em casa e encontrou a mesa do café já colocada. Ela esquentava um sanduíche para si.

- Oi, Booth!

Ele foi até ela e beijou-a nos lábios.

- Quer comer?

- Sim, nem almocei direito. Comi umas rosquinhas.

- Sente-se.

Ela o serviu e e a si própria em seguida. Sentados um ao lado do outro, ela puxou o assunto do qual ele comentou ao telefone na tarde de hoje.

- Então, Booth. O que você queria conversar?

- Lembra que comentei que estamos com problema na base do Afeganistão? Que perdemos homens? E você lembra que eu estava trabalhando com o pessoal de Washington?

- Sim ,mas...

- Então, as fones não estão surtindo efeito por isso que hoje o Comandante da minha base de New York me chamou. Ele quer que eu vá para Washington por dois dias dar um treinamento específico aos recrutas que embarcam na próxima semana para o Afeganistão. Tenho que embarcar amanhã a tarde.

- Assim? Tão rápido?

- É preciso. Mas volto rápido também. E nos falaremos toda noite. Você nem vai sentir minha falta!

- Mentiroso!

- Sério, Tempe...tudo bem?

- Amor, é o seu trabalho e afinal são apenas dois dias...

- Ok, vou ligar para o Comandante confirmando.

- Só tem um detalhe... vai ter que me recompensar depois.

- Nada com você é de graça...

Ele saiu rindo.



Continua........

terça-feira, 12 de julho de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.43

Pitadas de NC-17.....


Cap.43




Fazem semanas que não escrevo. Tudo parece acontecer tão depressa! Sei que isso não é bem verdade, o tempo continua sendo medido da mesma forma, nem mais, nem menos. E ainda assim, vejo as coisas acontecerem muito rapidamente.


Meu pai adorou a notícia de ter uma neta. Sim, estou esperando uma menina. Ela se chamará Sophia. Sei que papai gostaria que eu desse o nome de minha mãe mas de alguma forma eu acredito que esse momento, a chegada da minha filha e tudo o que aconteceu na minha vida nessa quase última década começou a muito tempo atrás com a minha busca pelo conhecimento.
Sabedoria... é uma palavra de significado poderoso que sempre me guiou por longos anos. Estou feliz. Todos estão felizes.

Já estou com seis meses e a cada dia se aproxima o momento de conhecer minha filha. Angela vem me ajudando a deixar tudo preparado para esse momento. As vezes acho que ela é bem exagerada mas confesso que sem a minha melhor amiga talvez não tivesse chegado até aqui. É isso que desejo para Sophia, que ela tenha uma amiga como Angela. Espero que essa amiga seja a minha afilhada, Anne.

E o que dizer de Booth? Ele está radiante! E faz tudo para me agradar. Fico até mal acostumada diante de tantos cuidados. Minha filha terá tudo o que não tive, uma família, pais amorosos e muitas pessoas para cuidar dela. E isso é tudo o que me importa.

Estou contando os dias para te-la em meus braços. Senti-la mexer-se dentro de mim é indescritível. Não imaginava que fosse assim tão maravilhoso. Ainda me surpreendo com a natureza de todo esse processo. Serão três longos meses de espera.


Brennan estava na plataforma examinando a vítima do caso que estava trabalhando quando o celular tocou. Ela atendeu sem reparar quem era.


- Brennan.

- Olá, Dr.Brennan. ainda lembra de mim?

- Quem está falando?

- Sua editora, Rachel. Você viu meu email?

- Não, estou concentrada em um caso de assassinato muito importante. Isso requer 100% da minha atenção.

- Ah, não se preocupe, posso dizer para você. Simplesmente estamos na lista dos mais vendidos do New York Times, Washington Post e no Los Angeles Times. Você é um sucesso mais uma vez. Estamos faturando muito. O que me faz lhe dar os parabéns novamente e lembra-la que agora você está sendo muito assediada para estar em Los Angeles. Querem que você faça uma mini turne na Califórnia.

- Uma turnê? Agora?

- Sim, é perfeito! Eles querem fazer uma entrevista com você também. Iria para LA e San Francisco.

- Eu não sei se posso....

- Como não? Estou pensado em duas semanas. De repente, vamos a Vegas. Não acredito que tenha muitos assassinatos para resolver.

- Não se trata de assassinatos, estou grávida Rachel de quase seis meses.

- Ah, isso é ótimo! Parabéns!

- Terei que checar com a minha ginecologista e também com Booth. Não posso assumir compromissos.

- Olha, tenho até semana que vem para dar a resposta. Pense com carinho. Eu telefono. E parabéns mais uma vez.

- Obrigada.

Brennan ficou pensativa. Uma viagem seria bem-vinda mas não faria nada que pudesse atrapalhar ou por em risco sua gravidez. Teria que conversar com o Booth.


À noite


Eles estavam terminando de jantar quando Brennan resolveu falar do convite da turnê. Max ainda estava com eles.

- Hoje recebi um telefonema da minha editora. Meu livro está na lista dos mais vendidos de 3 grandes jornais americanos.

- Isso é ótimo, filha!

- É sim, Bones! Sabia que você ia arrasar com aquele mistério e com as mudanças na vida de Kathy e Ryan. Romance sempre faz bem...

- Aquilo não era bem romance, Booth... aquilo é quente e... santo Deus! Agora que caiu a ficha. Aquilo era , tipo um espelho de vocês dois! Ai,aiai.... não posso pensar naquele capítulo. Minha filha....

- Pare com isso, pai. Do jeito que fala até parece que eu sou virgem.

Booth riu da sinceridade dela.

- Não quero discutir esse assunto. Aliás, aproveitando a oportunidade, estou indo embora na sexta.

- Mais já pai?

- Sim, não posso ficar o tempo todo aqui. Não se preocupe eu volto com Russ no natal.

- Voltando ao livro, minha editora quer que eu faça uma mini turnê na California. Quer que eu passe duas semanas na costa oeste.

- Mas você está grávida!

- Foi o que disse a ela. Mesmo assim ela insiste. Tenho que dar a resposta até a próxima semana. Não ia aceitar nada antes de falar com a minha médica e com você.

- Você acha que é seguro?

- Acredito que sim porém quero ouvir a opinião da especialista. Sabe, acho que uma viagem ia fazer bem para nós agora. Porque uma coisa é certa, se eu aceitar fazer essa turnê, você vai comigo Booth. Se você não for, fico por aqui mesmo.

- Vou ter que checar para ver se posso tirar duas semanas...

- Se não for possível, tente pelo menos uma semana. Eu negocio com ela.

- Amanhã, vejo isso.

- Eu vou ligar para marcar uma consulta na ginecologista.

No dia seguinte, cada um procurou fazer o que tinham combinado. Booth conversou com Andrew e aparentemente conseguira escapar uma semana. Brennan ligou para o consultório da ginecologista e apenas conseguiu um horário para o dia seguinte. Não seria problema, afinal tinha até a próxima semana para tomar a decisão.

Dois dias depois, eles estavam no consultório da médica na hora marcada. Dessa vez, não esperaram tanto. Assim que entraram na sala, a médica foi logo falando.

- Estranhei ao ver na minha agenda uma consulta sua Temperance. Pelos meus cálculos só veria você daqui a duas semanas quando completa 25 semanas. Qual o motivo da visita antecipada? Vem sentindo algo estranho?

- Não, eu estou bem. Na verdade, temos uma dúvida e precisamos decidir sobre algo e para isso precisamos da opinião do especialista, nesse caso, você.

- E qual seria a sua dúvida?

- Você sabe que eu escrevo livros, best-sellers?

- Claro que sim. Li todos inclusive o último. Excelente por sinal.

- Obrigada. Então, minha editora por conta do sucesso do livro quer que eu faça uma turnê de duas semanas na costa oeste do país. Eu disse a ela que estava grávida e não sabia se poderia viajar. Tenho que responder a ela na próxima semana. Por isso estamos aqui, para ouvir o que você acha.

Booth se antecipou à médica e foi falando.

- Eu não acredito que seja algo bom. Quer dizer, viajar. A altitude, a distância não deve fazer bem para a Sophia. E se a Bones passar mal? E se algo der errado? Não sei o que eu poderia fazer em pleno ar! Pra mim é muito arriscado.

- Booth você não é especialista! Quer deixar a doutora responder?

A médica riu.

- Gente, tudo bem. Sei que estão ansiosos e receosos também. É natural mas ao contrário do que você pensa Sr. Booth, a viagem na gravidez ela só não é recomendada no primeiro trimestre, no último mês e em caso de gravidez de risco que requerem um cuidado todo especial.

Ela continuou.

- No caso da Temperance, ela está indo para o sexto mês, portanto no segundo trimestre de gravidez, além disso, está saudável, a criança também e não vejo nenhum motivo para impedi-los de viajar. Como recomendação apenas pediria já que a viagem é para a Costa oeste, que durante o tempo de vôo ela se levante, estique as pernas e faça alguns alongamentos para ativar a circulação do sangue no corpo já que a tendência de inchaço nos pés é normal nas pessoas em um vôo que dirá nas grávidas que possuem seus sistemas circulatórios alterados por conta do peso que carregam.

- Então podemos considerar a viagem?

- Claro que sim, não vejo motivo para impedir. E Sr.Booth, fique tranquilo, sua mulher está bem e sua filha também. Aproveitando, lindo o nome que escolheram para ela. Sophia.

Booth parecia mais aliviado com as palavras da médica. Sorriu.

- Obrigado doutora.

- Relaxem e aproveitem. A próxima viagem de vocês pode demorar um pouquinho agora com o bebê.

- Obrigada doutora pelo seu tempo.

- Divirtam-se!

Quando chegaram em casa, encontraram Max com a mala pronta para partir. Estava falando ao telefone.

- Ah, espere...ela chegou.

Tapando o receptor do telefone, ele perguntou a ela.

- Filha, você não contou ao seu irmão que está grávida? Porque?

- Pai, você está falando com Russ?

- Estou e ele está muito chateado com você.

- Você contou? Era pra ser surpresa, pai!

Ela tomou o telefone da mão dele e resolveu falar com o irmão.

- Oi, Russ!

- Poxa, Tempe! Porque não me falou que vou ganhar uma sobrinha?

- Ah, era para ser surpresa, papai não devia ter te contado!

- E eu ia saber quando? No aniversário de 10 anos?

- Deixa de ser dramático. Você saberia quando viesse para Washington . ela só nasce em fevereiro. Você não vem na época do natal?

- Estou trabalhando para isso...

- Você poderá me encontrar com um barrigão.

- Tudo bem, vou te perdoar só porque adorei saber que você está formando sua família. Dê parabéns ao Booth por mim. Você será uma ótima mãe, Tempe.

- Obrigada, um beijo.

Ela devolveu o telefone para o pai. Max conversou por mais uns minutos e desligou.

- Bem querida, tenho que ir. Prometo que volto em dezembro.

- Pai posso levar você ao aeroporto.

- Não precisa Tempe. Não vou dar trabalho, me viro.

Ela entortou a boca mas sabia que não devia insistir.

- Cuide bem da minha netinha, viu?

Ele se abaixou e beijo a barriga da filha.

- Tchau,Sophia. Vovô promete que volta. Tchau,Tempe.

Ele beijou o rosto da filha. Estendeu a mão para Booth.

- Booth, cuide bem das minhas meninas.

- Sempre cuidei não?!

Max sorriu. com mais um aceno de adeus, ele deixou o apartamento.


Três dias depois....
3:20 am


Eles dormiam tranquilos. Booth estava deitado de bruços e Brennan de lado com uma das pernas sobre ele. De repente, ela se acorda. Suspira. Sem nem sequer abrir os olhos direito, ela se levanta mecanicamente e vai em direção ao banheiro. Agora levantava-se pelo menos uma vez a noite para esvaziar a bexiga. Quando voltou para o quarto, sentiu o estômago reclamar.

Ainda meio sonolenta, ela se dirigiu a cozinha e serviu-se de um copo d’água enquanto verificava se havia algo que pudesse comer. A geladeira tinha leite de soja, sucos e várias frutas porém, nada parecia saltar aos olhos dela e atiçar o paladar. Até que seus olhos se voltaram para uma maçã no canto da geladeira. Pegou-a e levou ao nariz, cheirou-a. Ao fazer isso, ela sorriu. não queria comer essa maçã, na verdade ela queria outra coisa, um tanto estranha para o gosto dela era verdade mas no fundo sabia que a vontade era de Sophia. Sabia exatamente o que precisava comer.

Fechando a geladeira, ela voltou para o quarto e de leve tentou acordar Booth para que ele não se assustasse. Fora em vão. Desde a gravidez dela, todas as vezes que ele acorda de madrugada sempre é no susto, como se algo urgente e preocupante estivesse acontecendo.

- Booth...

- O que foi? Ahn? Você está bem?

- Estou...só tenho fome.

- Porque você não toma um copo de suco, ou come uma fruta?

- Não estou com vontade...

Ele se sentou na cama. Olhou para ela.

- Então não sei o que posso fazer...

Ela começa a alisar o braço dele, a carinha de manhosa sorri. Booth sabia que ela estava tramando algo.

- Sua fome é de verdade, né? Não é fome de... você sabe...

Ela riu.

- Não, é que eu olhei para a maçã e acabei ficando com vontade.

- E porque não come? Maçã faz bem.

- Não quero maça...quero torta de maçã. Sabe aquela que você come no Royal dinner? Com a casquinha? Me deu muita vontade de comer um pedaço daquela torta...

- Mas você não gosta da torta....

- Eu sei mas estou com vontade.... acho que é desejo.

Booth olhou o relógio na cabeceira.

- Bones são 3 e meia da manhã! Como vou conseguir torta de maça agora?

- Ah, mais eu estou com tanta vontade...acho que a Sophia puxou ao pai, é ela que está pedindo torta de maçã.


- Onde vou encontrar torta? Será que tem alguma padaria 24h? O Dinner só abre as seis da manhã!

- Nào sei Booth, a única coisa que sei é que quero torta de maçã.

- Não dá pra esperar até de manhã?

- Mas eu não vou conseguir dormir! Nem a Sophia! Ela vai reclamar o resto da noite, ela se remexe muito e logo vai começar a me chutar.

Ela encostou o rosto no ombro dele e com a cara mais cínica pediu.

- Por favor Boothie.... pense na sua filha...

Booth suspirou fundo. Para alguém que não acreditava em crendices, Bones estava se saindo uma mestra em chantagear e levar as regras da gravidez à sério. Porém, ele mesmo tinha seus receios quanto a isso. Lera alguma vez o quanto a negação de um pedido de uma grávida poderia afetar o psicológico e as reações de humor causadas pelo excesso de hormônios. Não podia negar isso a ela, por mais impossível que a missão fosse.

- Está bem, vou procurar por torta de maçã. A última coisa que preciso agora é ter um terçol no olho e ser acusado depois de negligente com você e com a Sophia.

Ele se levantou e começou a se vestir. Brennan o observava com um pequeno sorriso nos lábios. Quando pensava que já se cansara de ver o quanto Booth gostava dela, ele a surpreendia com algo, nem que fosse um pequeno gesto mas que para ela de certa forma era uma demonstração de amor por parte ele.

Booth inclinou-se e beijou-a antes de sair.

Booth vagava pelas ruas de Washington a procura de uma padaria aberta. Consultou o relógio. 4 da manhã. Tinha que existir algum lugar já preparando pães. É claro que isso não era garantia de que encontraria torta de maçã nesse lugar mas era sua melhor opção naquele momento.

Lembrou-se de uma padaria grande que ficava bem no centro de Washington e rumou para lá.


Infelizmente quando chegiu até lá, o estabelecimento estava fechado. Abria as 6h. Já sabendo que não adiantaria ficar rodando a cidade, Booth parou o carro no acostamento e pegou o celular. Abriu seu browse de internet e digitou : “Bakery in Washington DC 24h”. Esperou. Em segundos o resultado apareceu na tela. Ao examinar as opções, ele viu dois diners que era 24h. Ao consultar o menu, sorriu. eles tinham torta de maçã. Booth checou o endereço. Connectcut avenue. Ficava a uns 20 minutos de onde ele estava. Satisfeito, ele voltou a estrada.

O lugar era bem bonitinho. A decoração típica dos diners dos anos 50 e 60 mas Booth não podia ficar apreciando demais o lugar. Estava numa missão. Ao encostar-se no balcão, foi direto ao que interessava a ele.

- Bom dia, amigo!

- Bom dia...noite agitada? Que tal uma sopa para refazer as energias?

- Não obrigado. Vim atrás de algo específico. Torta de maçã. Você tem ao menos um pedaço?

- É claro que sim. Nossa torta de maçã sai muito e sempre que acaba uma já colocamos outra para gelar temos sempre disponível. Creio que ela está pronta, deixe-me checar.

O rapaz desapareceu na cozinha. Booth consultou o relógio novamente. 4 e meia. Nesse momento sentiu o celular vibrar. Era ela.

- Oi, Bones...

- Booth onde você está? Sophia está ficando impaciente e eu estou com muita fome! Ela já me chutou várias vezes. Você conseguiu achar a torta?

- Sim Bones acabei de achar mas devo demorar uns 30 minutos para chegar em casa.

- Trinta minutos?

- Não é fácil achar um lugar as 4 da manhã aberto e que tenha torta de maçã, né? Você podia me dar um desconto.

- Tá, eu espero. E quanto ao desconto, vou pensar no seu caso.

Ela ria. Booth desligou.

O rapaz voltou sorrindo.

- Senhor está com sorte. Temos uma torta novinha o senhor só precisa esperar uns cinco minutinhos para ela ficar no ponto. Pode ser?

Booth não tinha muita escolha.

- Pode ser desde que me venda sua torta inteira.

- Claro! Quer alguma coisa enquanto espera?

- Um expresso.

- É pra já!

O rapaz o serviu de café e foi providenciar a torta. Booth pagou e em seguida o rapaz lhe entregou a embalagem caprichada da torta.

- O senhor deve gostar muito de torta de maçã...

- É a minha sobremesa preferida e aparentemente será a da minha filha também. Minha mulher está grávida e quer comer torta de maçã. Desejo sabe? Ela não gosta da sobremesa mas agora me fez sair da cama para comprar.

- Ah, entendi. O senhor está fazendo a coisa certa. Não se nega nada a uma mulher grávida. E parabéns pela sua filha.

- Obrigado.

Booth deixou o diner dez minutos depois que falara com Brennan.

No apartamento Brennan já estava agoniada. Entre os chutes e mexidas de Sophia, seu desejo e consequentemente sua fome só aumentavam. Ela já perdera as contas de quantos copos d’água tomara e quantas visitas ao banheiro fizera nesse meio tempo. Já passava das cinco da manhã quando ela ouviu o barulho da chave na porta. Suspirou aliviada.

- Booth? É você?

- Bones, cheguei.

Ele deixa a torta sobre o balcão da cozinha e começa a abrir a embalagem. Ela surge de pijamas na sala. Sorri. Ele sorri de volta e pergunta.

- Alguém pediu torta de maçã?

Nesse momento, Brennan sente o chute na barriga.

- Ouch! Parece que a Sophia quer...

Ele já estava cortando a torta quando Brennan chegou perto dele e beijou-o. Ele largou o que estava fazendo e a abraçou se entregando ao beijo. Perderam-se por alguns segundos e então ela sentiu mais um puxão na barriga. Quebrou o beijo.

- Sua filha está muito impaciente e tudo indica que ela é ciumenta e mandona.

- Parece que tem a quem puxar...

- Não sou ciumenta!

- Exato. Estava me referindo a outra parte.

Ela deu um soquinho de leve no braço dele e sorriu. booth cortou um pedaço de torta para ela e outro para ele. Depois de toda a busca não ia desperdiçar aquela maravilha a sua frente. Também merecia.

- Você trouxe uma torta inteira?

- Melhor prevenir certo? Além disso, sei que não corremos o risco de estragar.

Brennan colocou a primeira colherada na boca e saboreou. Estava deliciosa. Fechou os olhos e pode desfrutar de cada um dos sabores que compunham a torta. O creme suave e levemente doce, a massa crocante e bem tostada e a camada que lembrava a consistência de uma gelatina com toques de laranja e pedaços de maçã. Estava sensacional.

Devorou o seu primeiro pedaço em questão de segundos, serviu-se de outra fatia grande.

- Como eu posso não gostar dessa torta? É maravilhosa!

- Você não gosta porque tem ingredientes que são proibidos na sua alimentação natureba.

- Acho que a Sophia realmente gostou. Está mais calma agora.

Booth comeu o ultimo pedaço da sua torta e se abaixou para falar com a filha.

- Oi, Soph... você gostou da torta que o papai trouxe?

Ele tocava a barriga de Brennan e acariciava enquanto falava.

- Espero que continue gostando de torta quando nascer. Não vá atrás desses lances saúde da sua mãe. Comeremos muitas tortas de maçãs juntos tá?

A menina se mexia reagindo a voz de Booth. Ele sempre ficava maravilhado ao ver a reação daquele ser tão pequeno. Não tinha como negar o quanto amava cada descoberta dessa fase. Ele não curtira a gravidez de Parker assim pois estava na guerra. Agora era diferente e assim como Bones, ele se impressionava com cada novidade. Ele beijou a barriga dela, estava muito feliz. Brennan ainda comia seu segundo pedaço de torta. Booth não conseguia evitar o sorriso nos lábios. Ela percebeu.

- O que foi?

- Apesar de você me acordar de madrugada, me fazer rodar a cidade para achar essa torta de maçã para você eu estou muito feliz. Se você me pedisse, faria tudo de novo. Por você e por Sophia. É um prazer fazer isso para vocês. Nossa! Amo demais essas mulheres mandonas da minha vida.

Brennan terminou a fatia. Booth notou que ela tinha um pouco de creme no canto da boca. Ele se aproximou dela. Lambeu o creme e em seguida os lábios. Brennan envolveu os braços no pescoço dele. podia se perder naqueles lábios por horas. O beijo prolongou-se tanto quanto eles tiveram fôlego e cessou apenas pelo tempo suficiente para recuperá-lo e começarem a beijar-se novamente. Os primeiros raios do sol já surgiam na janela da sala clareando o ambiente. Ao quebrar o beijo mais uma vez, Brennan olhava fixamente para ele. Um olhar apaixonado que sem qualquer palavra dizia exatamente o que ela queria, demonstrava todo o amor que sentia por ele. Ela o puxou pela mão e voltaram ao quarto. Ela deixou-se ser levada por ele à cama e sem pressa, continuaram as preliminares. Beijos, toques, linguas. O cheiro dele, a maciez da pele dela. Aos poucos, ambos foram sentindo outro desejo aflorar e dessa vez bem diferente daquele desejo por torta de maçã. Queria se amar.

As mãos de Booth se perdiam percorrendo o corpo dela. As delas se concentravam por vezes no peito, ou nas costas e nos cabelos dele. ele beijava a barriga dela. Um cuidado além do normal. Brennan já podia sentir o efeito dos beijos e do toque dele no seu centro. Ela mudou de posição e pos-se de lado. Booth abraçava as costas dela e roubou-lhe mais um beijo antes de penetra-la. A satisfação dela foi demonstrada em gemidos e com movimentos certeiros, ele a levou ao orgasmo satisfazendo a si próprio minutos depois.

Ficaram abraçados por algum tempo até as primeiras palavras voltarem a serem ditas e vieram dela os agradecimentos.

- Você sabe que eu te amo por fazer tudo isso não?

- Sério, você me ama? Mas o que eu fiz? Ele falava em tom brincalhão.

- Tudo. Satisfez um capricho meu, disse que me amava, demonstrou o amor pela nossa filha. Não poderia ter escolhido melhor.

- Espera... você está me elogiando?

- Estou, pode se gabar Booth. Mas só hoje eu deixo. Não posso perder o título de mais modesta nessa relação.

Ele riu.

- Nem saberia conviver com esse título, Bones. Ele é seu por natureza.

Ela virou-se para ele.

- Love you.

E se perderam em mais um beijo.


Jeffersonian
Dois dias depois...


Brennan estava ao telefone quando Booth entrou na sala dela. Assim que desligou soube o motivo da alegria que ele trazia estampada no rosto.

- Oi, Booth.

- Tudo certo Bones. Tenho uma semana de folga.

- Isso quer dizer que podemos viajar para LA?

- Sim, claro!

Ela sorriu.

- Vou ligar para minha editora agora mesmo.

Ela pegou o telefone e começou a negociar. Booth esperava pacientemente pelo resultado da conversa. Assim que ela devolveu o aparelho ao gancho ele não se conteve e perguntou.

- Então?

- Dois dias em LA, três em San Francisco. Partimos depois de amanhã.

- Excelente! Ah, Bones....lembra da nossa última viagem a LA?

- Aquela onde você não queria me deixar dirigir o conversível?

Ele riu.

- Podemos alugar um não?

- É claro que sim.

- Califórnia, aí vamos nós!

Ela balançou a cabeça sorrindo.




Continua.......