quinta-feira, 30 de março de 2017

[Castle Fic] How Would You Feel - Oneshot




How Would You Feel… 

Autora: Karen Jobim
Classificação: NC17 – Songfic Romance 
Histórias: Castle – S4 Cops and Robbers    
Quando: Durante o episodio. 
Capítulos: Oneshot 
Disclaimer: Castle e Beckett não me pertencem...são da ABC yada yada yada... conteúdo criado para diversão, todos os direitos da autora reservados! A canção que inspirou essa fic é de Ed Sheeran - How would you feel. Não me pertence. 

Ed Sheeran - How Would You Feel

Nota da Autora: História criada a partir do episódio “Cops and Robbers”. Imaginem que diante do perigo em que se encontrava quando refém, Castle começa a se questionar sobre a maneira que agira com Beckett. Estaria adiando um momento importante para acabar morrendo sem a possibilidade de dizer a ela como se sentia? A musica de Ed Sheehan me inspirou a criar uma historia alternativa para aquele episódio. Essa canção está martelando na minha cabeça desde a primeira vez que a ouvi. A exemplo de outras songfics que escrevi, usarei alguns versos para moldar a historia deixando-os no meio do texto. Não necessariamente tudo o que a canção diz será abordado e mudei o contexto do episódio. Enjoy! Dedicada as minhas ajudantes Ana e Lee que contribuíram para escolher o melhor momento para contar essa historia. Sugiro ler com a musica.  




How Would You Feel 


Enquanto esperava pelos paramédicos a fim de ter o cara com epilepsia atendido, Castle se perguntava se realmente teriam chance de dominar aqueles bandidos e saírem dali com vida. Claro que confiava em Beckett. Sabia que ela faria o impossível para tirá-lo dali, porém ela não era a pessoa à frente de toda a operação. Quanto poderia interferir? Quanto estaria em suas mãos? 

Naquela manhã quando decidiu acompanhar sua mãe ao banco ao invés de ir direto para o distrito encontrar Beckett, Castle não tinha noção do que estava para acontecer em apenas uma hora. Parte dele gostaria de ter ido à delegacia porque dessa forma estaria ao lado de Beckett trabalhando em outra investigação. Por outro lado, sua mãe ainda seria uma vitima de sequestro dentro daquele mesmo banco. No fim, ele estando dentro do cenário poderia ajudar bem mais à detetive para desvendar o que de fato estava por trás do tal sequestro. 

Quando as portas se abriram, Castle quase sorriu ao vê-la entrar no banco disfarçada de paramédica. Não esperava por isso. Ele adorava vê-la de uniforme, ficava tão sexy! Seus olhos se encontraram. Ela cuidava para colocar o homem na maca fingindo interesse quando na realidade ela apenas se preocupava com Castle. Reafirmando com palavras que o tiraria dali, contudo foi o gesto de segurar sua mão e a ternura que viu nos olhos amendoados que trouxe todo o conforto do mundo para o coração do escritor. Eles ficariam bem.  

E depois? Quando tudo isso acabasse algo mudaria? Ele se pegou pensando em sua própria vida.Talvez a ameaça de estar em um prédio cheio de C4 despertasse a necessidade de pensar sobre o que fizera até ali e seu futuro de maneira mais decisiva.  

Não tinha dúvidas. Ela era a mulher perfeita para ele. A escolhida. Estar ao lado dela era a única coisa que importava. Em meio a uma investigação, de vigília noturna dentro de um carro apenas jogando conversa fora enquanto esperavam a movimentação do suspeito. O momento do café. Podia ficar todo o tempo do mundo, passar toda sua vida experimentando a maravilha de se apaixonar profundamente por Kate Beckett. Sonhava em passar o verão com ela, roubar beijos no quintal de frente para o mar azul dos Hamptons. Tinha tantos planos. 


You are the one girl
And you know that it's true
I'm feeling younger
Every time that I'm alone with you
We were sitting in a parked car
Stealing kisses in the front yard
We got questions we should not ask but


Sua reflexão foi interrompida pela agitação dos bandidos e reféns no banco. Se havia a chance de ajudar Beckett, ele o faria. Tudo para poder abraçá-la uma vez mais.  

O enredo do sequestro se complicou quando Castle presenciou a raiva e o jeito como Beckett se posicionou com o sequestrador sobre conseguir o ônibus. Ele pode ouvir cada palavra que ela dissera. Arfou o peito de orgulho diante da ameaça que ela fizera. Mesmo com uma arma apontada em seu peito. Extraordinária.  

— Sua namorada tem coragem - o "doutor" falou.  

— Ela não é minha namorada.  

— O que? Ela é demais para você? - naquele momento foi imediato voltar seus pensamentos para a bela detetive. Não, Beckett não era sua namorada, porém podia ser, certo?  

Ele já se declarara uma vez. Pensou que tivesse perdido-a para aquele atentado. Ele dissera que a amava. Kate afirmava não se lembrar. O que isso significava para os dois afinal? Teriam uma nova chance? Eles mais do que ninguém sabiam o quanto a vida era frágil, o quão rápido tudo podia mudar, num piscar de olhos. E se ele dissesse as palavras outra vez? Como ela se sentiria? Estaria preparada?  


How would you feel, if I told you I loved you?
It's just something that I want to do
I'll be taking my time, spending my life
Falling deeper in love with you


Algumas vezes ele deduzia que sim. Pequenos gestos como o de há pouco provavam que sim, ela tentava esconder, porém Castle sabia que Beckett gostava dele não como amigo ou parceiro. Havia algo mais naquela dança de provocação e sedução que eles faziam diariamente. Ela tinha ciúmes dele não era de hoje. Ao longo dos anos via seus pequenos ataques com Kyra, Maddie, Nathalie e mais recentemente com Serena. Podia teimar e disfarçar, estava lá.  

E não podia esquecer o beijo. Um impulso incontrolável em um momento oportuno. Beckett revelara tanto com aquele beijo. Sim, não havia dúvidas quanto a gostar dele. Mas, como se sentiria se dissesse que a amava? Era tão certo fazê-lo. Ele queria dizer. Queria se declarar. Revelar que passaria o resto de sua vida apaixonando-se por ela. Como Kate se sentiria? Ela retribuiria o gesto? Diria que o amava também? 


How would you feel, if I told you I loved you?
It's just something that I want to do
I'll be taking my time, spending my life
Falling deeper in love with you
So tell me that you love me too


O sequestrador informou que iriam para um outro local. Mandou todos ficarem de pé. Prenderam suas mãos com uma espécie de tira plástica. Ele ouviu a mãe se desculpar, disse que estava tudo bem. Ele dissera que a amava, Martha retribuíra o gesto. Logo descobriram para onde iriam. Um cofre. Castle sabia que estariam rodeados de C4. Não tinha mais o que fazer. Restava esperar por um milagre. Para ele o nome desse milagre era Kate Beckett. Sentado no chão da área engradada que os bandidos o colocaram, ele encostou a cabeça na parede fria e suspirou.  

Então era isso? Morreria em uma explosão de C4 sem ter a oportunidade de dizer a Beckett que a amava? Sem poder beija-la outra vez? Seus desejos e sonhos se perderiam entre cinzas? Queria tantas coisas. Imaginava-se abraçando-a, beijando-a. O sol refletindo em seus cabelos. Se ele declarasse seu amor por Beckett, haveria carinhos trocados, beijos roubados, noites inteiras fazendo amor com ela. Ambos queriam mais, precisavam de mais. Simplesmente não poderiam deixar a historia entre eles inacabada. 


XXXXXXX


Do lado de fora, ela estava apreensiva. Ganhara alguns minutos ao discutir com o sequestrador embora isso não significasse muita vantagem do seu ponto de vista. Castle a alertara sobre os explosivos. Será que esse bandido era tão louco a ponto de mandar pelos ares um prédio todo com quase vinte reféns? Seriam vinte vidas inocentes perdidas e uma delas era extremamente importante para Beckett. Não desmerecendo Martha e os demais, ela salvaria a todos se o poder para fazer isso estivesse em suas mãos, porém Castle era a pessoa que importava.  

Estranho ela estar pensando nisso agora. Não era como se ele fosse morrer. A ideia de algo acontecer com ele era muito dolorosa de se imaginar. Um pensamento voltou a sua mente. O dia que ele lhe dissera "eu te amo". Ela escondera a verdade dele. Não de propósito, apenas não estava pronta para ouvir e admitir o que sentia por Castle. Ela estava apaixonada, por mais que tentasse disfarçar, uma vez ou outra ela cometia uma gafe, deixava-o perceber  carinhos, ciúmes. Pequenos deslizes.

Havia algo mais. Uma peça do quebra-cabeça estava faltando. Por que o sequestrador aceitou seus 20 minutos de bom grado? Por que não pediu nada em troca? O supervisor da operação não queria ouvi-la, porém Beckett sabia que estavam fazendo as perguntas erradas. Pegou seu celular e ligou para os rapazes na intenção de conseguir maiores informações sobre o homicídio e talvez iluminar o seu pensamento quanto a essa investigação. Tudo começara com um assalto a banco, mas ela sabia que ia além de dinheiro. 

Estava tão absorta em seus pensamentos que o súbito barulho da explosão a fez pular da cadeira arregalando os olhos. O C4. Castle.  

Beckett correu para a rua. A sua frente, os resíduos e a fumaça da explosão espalhavam-se. Uma parede completa viera ao chão.  

De repente, ela se viu invadida pela mesma sensação que tivera no dia do seu atentado. Dessa vez, não fora um flash de sua vida. A única imagem que lhe viera a mente era o rosto de Castle e a triste realização de que ele se fora sem saber exatamente o que significava para ela. Tudo parecia acontecer em câmera lenta. Na verdade, era apenas a forma como ela tentava lidar com o choque. Ele se fora realmente? Era o fim? Beckett nunca teria a chance de dizer o que gostaria. O coração disparado no peito. Castle não podia ter morrido, não faria sentido. Sozinha, a ideia de voltar a ser uma alma solitária despertava um medo surreal nela. Um arrepio percorreu sua pele. Recusava-se a perde-lo. Determinada e com uma injeção de adrenalina correndo pelas suas veias, ela enfrentou o medo que a paralisara no meio da rua, pegou sua arma e correu para o banco.  

Repetia várias vezes para si mesma, como um mantra pessoal. Ele não poderia estar morto, simplesmente não poderia. Castle era inteligente. Seu coração e seu instinto de policial diziam que ele estava bem, vivo. De arma em punho, ela adentrou o local em meio a poeira. Gritava por ele enquanto andava pelos destroços.  

— Castle! Castle! - os olhos de policial atentos a qualquer movimento. Chamou uma vez mais - Castle! - a voz angustiada e trêmula refletia o medo que a atormentava. 

— Beckett! - o coração só faltou sair pela boca ao ouvir a voz dele. Castle estava vivo. No mesmo instante, ela respondeu. 

— Castle! 

— Aqui, Beckett - ela seguia a voz dele. Passando pelos escombros, a detetive percebeu que os reféns estavam presos em um dos cofres do banco. Castle sorria. Ver Beckett era sempre um descanso para olhos cansados, nesse momento? Era bem mais que isso. Era a certeza de que poderia ter sua segunda chance. Após abrir a porta, ela se ajoelhou de frente para Castle. Não conseguia esconder o sorriso e o alivio de vê-lo. Ali, diante do escritor, o seu mundo congelara. Olhar para ele, ver que estava bem, vivo, era tudo o que lhe importava. Beckett pegou seu estilete. 

— Pronto? - cortou o objeto plástico que mantinha suas mãos presas. Instintivamente, ela esticou o braço tocando a gola da camisa. Não parara de sorrir um segundo sequer. Aquele simples gesto indicava a Castle o quanto ela se importava com ele - como você está? - se pudesse, ele congelaria o momento. O jeito que ela o olhava era especial. Estavam alheios a tudo e todos. Nada importava além dos dois. O simples modo que se olhavam dizia tanto sobre o que sentiam. Sem qualquer palavra, era um momento de intimidade e realização. Até o instante que sua mãe os trouxe de volta à realidade. Sem graça, Beckett pediu desculpas e se distanciou de Castle para ajudar Martha. 

Contudo, bastaram aqueles poucos segundos para ele entender que aquele dia trouxera uma nova perspectiva para suas vidas, se superaram mais esse obstáculo, não havia porque não arriscar e seguir seu coração. 

Após se reunir com sua filha e se certificar que tudo estava bem, Castle seguiu para a delegacia com Beckett. O sequestro poderia ter acabado, porém o mesmo se transformara em um caso de homicídio colidindo peças com a morte da senhora idosa dona da caixa de deposito que Castle desvendara enquanto refém. 

A investigação seguiu seu curso e acabaram salvando o dia outra vez. Sentado em sua cadeira cativa, Castle esperava por Beckett que tinha ido atualizar Gates do ocorrido. Ele não conseguira esquecer o resultado de suas reflexões. Por esse motivo, estava disposto a ter alguns momentos a sós com Beckett essa noite. Não apenas para agradecer por ter salvo sua vida, mas principalmente para dar um passo importante envolvendo o relacionamento dos dois. 

Beckett sentou-se na sua cadeira. Sorrindo, ela o observava. Ele era charmoso. Aquele sorriso meio debochado, meio exibido era sua marca registrada. Castle falou. 

— Mesmo como um refém, eu ainda a ajudo a resolver homicídios. Beckett, eu acho que você tem o parceiro perfeito. 

— Exceto que você não gosta de fazer a papelada - ela sorria enquanto olhava para Castle.

— Touché! 

— Você está pronto? Eu lhe pago uma bebida. Melhor, vamos jantar. 

— Bem, eu adoraria. Porém, você terá que me prometer algo. Minha mãe está simplesmente fazendo uma festa no loft, portanto quero que após o nosso jantar, você venha comigo para o loft. Pode me prometer isso? Um pequeno aviso: Martha Rodgers não aceitará que você não comemore com ela e isso inclui comer alguma coisa. 

— Ela está cozinhando? 

— Milagres que acontecem uma vez em um milhão de anos. Então? 

— Tudo bem. Eu não tenho qualquer problema em ir com você ao loft. Agora, que tal falarmos do jantar? Eu ia sugerir Remy’s, mas não teríamos bebida alcoólica e nós certamente estamos precisando de uma essa noite. Nada de Old Haunt porque eu irei pagar. Alguma sugestão, Castle? 

— Que tal uma boa pizza? Combina perfeitamente com vinho, não? Também não irá deixa-la tão cheia para provar os quitutes de Martha. 

— Parece muito bom. 

— Eu conheço o lugar perfeito. Vamos? - ela se levantou, pegou o casaco e juntos rumaram para o elevador. Castle a levou para uma pizzaria que ficava no Brooklin. Segundo ele, a melhor de Nova York. O ambiente era típico italiano apesar de ter uma pequena área reservada. Foi exatamente ali que Castle escolheu sentar-se. Com os menus em mãos, ele voltou sua atenção a ela. 

— O que quer beber? 

— Já que você conhece o lugar, porque não escolhe o que vamos comer? Não exagere ou sua mãe vai brigar conosco se não deixarmos um espaço no estômago para a sua comida. Você avisou que chegaríamos mais tarde? 

— Sim, vamos considerar esse momento como um happy hour - ele sinalizou para o garçom e fez os pedidos. Cinco minutos depois, ele voltara com o vinho servindo a ambos após a aprovação de Castle - acho que irá gostar. É um pinot grigio da California - ela provou a bebida. 

— É muito bom. 

— Claro que o dia de hoje podia ser comemorado com champagne, mas teremos muitas comemorações pela frente ainda. 

— Você realmente achou que ia morrer? 

— Você não? - o jeito como ela o olhara dizia tudo. Ela tivera medo  - Bem, havia muito C4. Se eles quisessem de verdade, teriam matado a todos nós. Isso não significa que perdi as esperanças em você. Eu sabia que precisava de um milagre, era você. E realmente aconteceu. 

— Eu não sou a heroína aqui, Castle. Estava fazendo meu papel, porém a investigação não estava sob meu controle. 

— Podia não estar, mas você quebrou o “doutor” com o seu discurso acalorado. Pessoalmente? Eu gostaria de ter visto a cena. Você entrando naquele banco de arma em punho e olhar determinado. Bastaria um único tiro. E como soou sexy, Beckett… - ele percebeu o rubor em seu rosto diante do comentário. Sorriu. 

— Essa não foi a primeira vez que eu estive em perigo, contudo de alguma forma, se tornou mais significativa. O tempo em que eu estive a mercê dos seqüestradores, me peguei pensando sobre muitas coisas. As vezes, a vida tem um jeito estranho de nos mostrar que estamos agindo errado ou seguindo pelo caminho contrario ao que foi traçado. Fazemos isso porque em algum momento achamos que estaríamos sendo compreensivos, coerentes. Não, podemos interpretar de forma equivocada os sinais da vida. 

— Nossa! Isso está bastante filosófico e você sequer terminou seu primeiro copo de vinho. 

— Acho que divaguei demais na ideia. Eu queria dizer algo mais simples. Eu percebi que vinha fazendo algo errado e quero consertar. Eu não posso fechar os olhos para isso.

— Entendo - ela engoliu em seco a ver a intensidade nos olhos azuis - vai mudar seu estilo de vida, Castle? 

— Não nesse sentido, Beckett. Apenas acredito que está na hora de parar de ignorar algumas coisas obvias que estão bem a nossa frente. 

— Como o que? - a voz saiu quase como um sussurro. Castle puxou sua cadeira para ficar mais próximo dela. 

— Quero que me responda uma coisa. O que você sentiu ao ouvir a explosão e depois ao me ver naquele cofre? Seja sincera, Beckett. Eu saberei se estiver mentindo. 

— Castle, eu… 

— Por favor, responda - ele viu-a morder os labios. 

— E-eu achei que você pudesse estar morto. Mesmo que meus instintos dissessem que não, cheguei a pensar. E isso significaria que eu falhara com você, com Alexis, comigo. Quando o vi bem, sem qualquer arranhão, senti alivio. 

— Apenas alivio? 

— Não. Eu fiquei feliz. Você estava vivo, me importo com você, meu parceiro. 

— É isso que sou para você, seu parceiro nos crimes?  

— Sim. Você é meu amigo, a pessoa que me entende, que eu confio e está disposta a me seguir e se arriscar por mim, o que não deixa de ser inconsequente e meigo. 

— Acho que é a hora de eu agradecer por ter salvo minha vida - ele ergueu a taça - a você, Beckett - eles brindaram e comeram boa parte da pizza. Castle a observava, em sua mente ele procurava uma maneira de expressar o que queria. Terminada a refeição, ele encheu suas taças mais uma vez. A proximidade de seus corpos, a influência do álcool e o perfume de Castle mexiam com a mente dela. De repente, sentiu a mão dele tocando a sua. 

— Eu não tenho sido completamente honesto com você ou comigo, Beckett. Por meses eu venho lutando com uma dúvida que me faz questionar meu próprio futuro. Há perguntas que  muitas vezes não deveríamos fazer, porém merecem respostas, assuntos não terminados. Estou falando de nós. 

— Castle, eu não… - ele colocou o indicador nos lábios dela. 

— Kate, não. Você mesma me perguntou o que éramos, você me chamou de “o cara mais engraçado” e me forçou a reavaliar meus sentimentos em relação a você. Depois do seu atentado, foi frustrante ser esquecido, ser descartado. Foi assim que me senti, depois de tudo o que fiz, o que disse. Fora tudo em vão. Você me irritou demais. Então me contou sobre seu trauma, seus medos e os muros. Você me deu uma opção ali. Eu podia ter decidido ir embora. Sumir da sua vida. A razão porque não fiz é bem simples, já expliquei uma vez a você. O coração quer o que quer. Lutar contra ele é inútil. O problema é que decidi seguir um caminho que não é o ideal. A vida é muito frágil, Beckett. 

— Não precisa dizer isso para mim, sou policial. Todo dia é um risco. 

— Ah, aí está a parte interessante. Você diz que todo dia é um risco profissionalmente. E quanto a vida propriamente dita? Semana passada, eu estava investigando um caso com você, encontramos uma ladra e lembro bem o quanto você se irritou comigo. Eu encarei sua reação como algo positivo, contudo na semana seguinte eu tive que encarar o perigo, lidar com a possibilidade de morrer. eu me perguntei, se morrer agora teria valido a pena? Haveria algum arrependimento? Sabe qual foi a minha resposta? Sim, eu estava arrependido por não seguir meu coração. Por mais compreensivo que pretendia ser, eu vi que estava me sabotando. 

A mão dele tocou de leve o rosto de Beckett. A intensidade dos olhos azuis faziam seu corpo arrepiar. Ela previa o que estava prestes a acontecer. Ele iria beija-la. De certa forma, ela estava de acordo com isso. Porém, estava enganada, As palavras ditas por Castle em seguida a roubaram o chão. 

— Não consigo esconder, negar ou mesmo me controlar. Guardar esse sentimento apenas para mim é prejudicial. Para nós dois. Você me disse que não se recorda do seu atentado. Eu consigo ver cada segundo, do tiro a queda, do sangue ao momento que seu coração parou de bater. Não posso esperar mais. Tenho que fazer isso. Beckett, como você se sentiria se eu dissesse que te amo? Eu me apaixono a cada dia por você, cada gesto, cada sorriso, eu te amo. Adoro ser seu parceiro, trabalhar ao seu lado, mas não é o suficiente, não mais. Eu quero passar a minha vida me apaixonando profundamente por você. Não tenho pressa, não quero sumir. Eu precisava dizer o quanto é importante, me declarar. Como você se sente sabendo que eu te amo, Kate? 


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I'll be taking my time, spending my life
Falling deeper in love with you
So tell me that you love me too


O coração tamborilava descompasso no peito. Completamente inundada pelo sentimento e pela sinceridade das palavras de Castle. Uma sensação avassaladora tomara conta de si. Ele dissera outra vez. Ele a amava.   

— Kate, eu sei que talvez você não se sinta pronta ou não compartilhe do mesmo sentimento. Eu posso entender, apenas não me peça para deixar de ama-la. Se quiser que eu me afaste, se precisar de um tempo. Eu entendo, porém eu sei que você gosta de mim. Aquele olhar no banco? É amor. 

— Castle, e-eu… Deus! Por que isso é tão difícil? 

— Dizer que me ama também? Não estou pedindo isso. Não quero força-la a nada. Cansei de fingir ser o palhaço da turma, o bobo da corte no 12th distrito. Você tem um trabalho difícil, enfrenta bandidos, assassinos, é obrigada a ouvir desaforos, dar noticias ruins a famílias. É cansativo, estressante, doloroso. Saber ao final do seu dia que tem alguém ao seu lado capaz de compreende-la, pronto para cuidar de você. Alguém que a ama, deveria ser gratificante. Eu estou aqui, Beckett. E estarei por todo o tempo que precisar. 

Beckett tinha os olhos cheios de lágrimas, ela o encarou por alguns segundos. 

— Por que você faz isso? - ela pegou a mão dele colocando-a sobre seu coração - por acaso isso soa como se não me importasse? Como se não gostasse de você? - a outra mão acariciou o rosto dele. Inclinou-se na direção dos lábios dele, antes de fazer contato, ela sussurrou - eu gosto de você, Castle… eu sou apaixonada por você…

 O encontro dos lábios provocou faíscas entre os dois. A exemplo do seu primeiro beijo, havia uma urgência, a necessidade de se entregar ao outro, devorar cada centímetro da boca tão desejada. A intensidade os colocara a mercê de seus próprios gestos. Prazer, vontade, sim. Porém, havia muito mais a ser demonstrado naquele simples contato. 

Abruptamente, ela se afastou. Castle pode notar as pupilas dilatadas em meio ao amendoado dos olhos dela. 

— Não, essa não foi a forma como eu imaginei. 

— Beckett, por favor… - mas ela o puxou contra seu corpo, as testas coladas. O polegar deslizando nos lábios. 

— Eu quero algo assim… - Beckett sorveu os lábios dele de maneira lenta e sensual, deixou suas mãos passearem pelo peito dele enquanto experimentava o gosto de Castle. Havia carinho, provocação, desejo. Mas principalmente havia sentimento. Amor. Eles se perderam na boca um do outro. Não tinham pressa. Queriam que o momento durasse uma eternidade. Ele a puxou contra seu corpo envolvendo-a em seus braços. Beckett deixou-se aconchegar sem quebrar o contato dos lábios. A língua dele invadira sua boca aprofundando o beijo. Seu corpo todo reagia ao toque de Castle. Não se sentia assim há muito tempo. 

Ao quebrar o beijo, Castle sorria. 

— Eu sempre achei que era capaz de superar aquele beijo. O que não sabia era que poderia se tornar muito mais do que eu sonhei. 

— Você beija muito bem, Castle. Eu desconfiava após aquela experiência, mas eu devo admitir que o resultado é bem mais intenso agora. 

— Eu nunca tive duvidas que tudo sobre você é quente, excitante… 

— Você não imagina nem metade do que pode ser. 

— Talvez eu não saiba, Só que não se trata apenas de desejo, de prazer. Esse beijo está cheio de sentimento, Kate. E sobre o próximo passo, eu preciso saber que isso não é somente atração. Preciso perguntar. você está pronta para experimentar? Ter um relacionamento? 

— E-eu não quero engana-lo. Eu não estou pronta. Eu não sei se estou à altura do que você quer, de retribuir tudo o que você deseja - ela fechou os olhos por uns segundos - mas… eu quero tentar, por você. Eu vou tentar se estiver disposto a ter paciência comigo. Quero dar uma chance a nós. 

— Eu já disse que estou 100% nesse relacionamento. Não tenho pressa. Cada momento que eu passo ao seu lado é maravilhoso. Talvez houvesse perguntas que não deveríamos fazer, contudo se ficasse calado como poderia ver esse brilho em seu olhar? Saber que esse sorriso é uma resposta de como você se sente ao ouvir eu dizer que te amo?   


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— Eu não sei exatamente por onde começar… quer dizer, eu sei o que quero - ela ficou vermelha rapidamente - isso é embaraçoso, eu nunca fui assim. O que quero dizer é… quero você, Castle. Já faz um bom tempo. Quero você. 

— Podemos resolver isso muito facilmente, eu disse que não tenho pressa. 

— Isso não soa como você, Castle. 

— Você não acredita nisso. Sabe que eu sou um cara muito paciente. Acho que você está prestes a descobrir bem mais sobre mim. Acho que devemos ir para o loft. 

Ele se levantou estendendo a mão para Kate. Sorrindo, ela deixou os dedos se entrelaçarem aos dele. Viu quando ele jogou uma nota de cem dólares na mesa. A verdade era que tudo o que acontecera desde o instante que entraram naquele lugar fez a mente de Beckett sofrer uma espécie de bug. Esquecera que ia pagar, que era um pequeno gesto para Castle porque ele simplesmente a tirara o fôlego, a razão. 

Ao chegarem do lado de fora do restaurante, Castle puxou-a pela nuca em um beijo envolvente. Beckett colocou seus braços ao redor dele inclinando seu corpo contra o dele. As mãos do escritor deslizavam pelas suas costas, os lábios explorando a pele quente, macia do pescoço. 

— Oh, Castle… 

Ele sorriu ao sentir os dentes dela no lóbulo da orelha. As unhas cravando em suas costas até se afastar imprimindo a distância com a própria mão em seu peito. 

— Precisamos nos controlar… 

— Tem razão. Vamos. 

Ao chegarem no loft, ela chamou a atenção de Castle antes de entrarem. 

— Será que poderemos fingir que nada aconteceu? Que ainda somos parceiros e amigos? Isso é novo para mim e sua mãe… eu… 

— Tudo bem. Será o nosso segredo. 

Beckett acabou se envolvendo em longas conversas com Martha, provando sua comida, apreciando um bom vinho. Ela sentia-se leve, como se andasse pisando em nuvens. Não conseguia descrever a sensação, sorria por nada. Foram momentos interessantes. Uma vez ou outra, ela trocava um olhar com Castle. Esbarrava propositalmente nele porque precisava do toque. Quando Martha anunciou que ia se recolher, já eram uma e meia da manhã. Beckett gritou por dentro. Se despediu da mãe de Castle e outra vez ouviu os agradecimentos pelo que fizera hoje. 

Finalmente sozinhos, Castle se aproximou pegando a mão de Beckett. 

— O que você quer, Beckett? - olhando-o intensamente, ela sorriu e puxou-o na direção do quarto. De frente para a cama de Castle, ela desabotoou vagarosamente os botões da camisa que usava. O sutiã preto de renda exposto para ele. Castle segurou a respiração diante da imagem. A peça caiu no chão. 

— Quero você. Faça amor comigo, Rick. 

Ele pousou as mãos na cintura dela. Os lábios tornaram a se encontrar em um beijo cheio de desejo e sentimento. Uma das mãos dele alcançou o fecho desfazendo-se da lingerie. Os pequenos seios firmes e perfeitos despontaram em sua frente. Inclinou-se beijando o meio deles, a cicatriz. Pode ouvir o gemido de Beckett em antecipação. Embora quisesse prova-los o quanto antes, dissera não ter pressa. Queria levar o tempo que pudesse nessa experiência, cada momento, cada gesto. Vivendo a paixão pelo mulher extraordinária aos poucos. 


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Deitou-a na cama. Admirando-a, ele tirou as roupas que usava ficando completamente nu. Beckett vira que ele estava excitado, pronto para ama-la. Gostou do que viu. Ele se debruçou sobre o corpo da detetive beijando-a outra vez. Tocou um de seus seios brincando com o mamilo. Ela se contorcia embaixo dele. Quebrando o contato dos lábios, ele deslizou a boca pela pele macia. Provando, cheirando, beijando. A língua circulou o mamilo antes de abocanha-lo, suga-lo. Kate segurou os cabelos dele empurrando-o contra si. Gemia baixinho. 

Castle repetiu o gesto com o outro seio embora dessa vez mordiscara o pequeno bico que despontara para ele. As mãos estavam na calça que ela vestia trabalhando para despi-la. O caminho de beijos traçado pelos lábios dele se estendeu até o elástico da calcinha que usava. Roçando os dentes na pele sensível do ventre dela, ele percebeu-a afastando as pernas ansiando por contato. Beijou o interior da coxa, deslizou seu nariz por ela dando pequenas mordidinhas na pele. Kate gemia. Ele puxou a calcinha até os tornozelos dela e por fim o chão. 

Com extremo carinho, ele beijava toda a extensão das longas pernas de Beckett. Novamente chegara ao local ansiado. Tornou a fita-la. Beckett tinha os olhos fechados, mordia os lábios e tocava os seios ansiando por mais. Ao primeiro contato com o centro dela, sentiu-a arqueando o corpo. Castle a provou devagar. Usando língua, lábios, dentes. Beckett o segurava pelos cabelos empurrando-o, claramente querendo mais. Queria se afogar nela, proporcionar prazer e carinho. Era sua forma de demonstrar o quanto a desejava. Com os dedos massageava o clitoris. Contorcendo-se na cama, ela experimentava um novo nível de prazer, do sentir. Sim, fazia meses desde a ultima vez que estivera com alguém, porém a sensação provocada por Castle era completamente diferente de tudo o que experimentava até ali. Como era possível? 

O corpo tremia em antecipação ao orgasmo. Gritou e agarrou os lençóis sentindo os movimentos dos lábios de Castle se intensificarem. Quando a explosão a atingiu, foi tomada por outra surpresa. Ele estava sobre ela, tomando-lhe os lábios, apertando-lhe os seios. Era um átimo de prazer que a elevava a outro plano, estendia-se por longos minutos. Então, ela o sentiu invadi-la. Castle a penetrou preenchendo-a por completo. Ela não resistiu, chamou por ele de olhos fechados. 

— Castle… 

Sorrindo, ele acariciou o rosto dela, ajeitando os cabelos. 

— Olhe para mim, Kate - ela obedeceu. Podia ver o desejo expresso nos olhos amendoados, porém ia além disso. Havia carinho, sentimento e porque não dizer amor? - eu te amo, Kate. 


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Falling deeper in love with you
So tell me that you love me too


Ele movimentava-se dentro dela. Beijava seus lábios a cada estocada. Aprofundava-se dentro dela. O peso de seu corpo causava mais excitação em Beckett. Fazia querer mais e mais. Ela enroscou suas pernas na cintura dele. Sentia os lábios de Castle em seu colo, em seus ombros retornando aos lábios apenas para Beckett toma-lo em um beijo avassalador. Isso o fez imprimir ainda mais velocidade afundando-se completamente dentro dela. O movimento a fez gemer entre os lábios dele. 

Então ela mudou de posição sem perder o ritmo. Agora, ela tinha o controle o que não era algo tão certo já que cada fibra de seu corpo estava em fogo. Quente, excitado e arrepiado de tanto desejo. Castle sentiu as mãos dela agarrarem com vontade seu peito, cravando as unhas sobre a pele. Ele a surpreendeu sentando-se na cama o que a fez gritar pelo movimento de seu membro dentro de si. 

Os lábios sugavam um dos seios enquanto uma das mãos apertava seu mamilo puxando-o, torcendo-o. Ela gritou e ergueu a cabeça dele para morder seus lábios tomando-se em um beijo urgente. Castle aumentou o ritmo fazendo-a pender a cabeça. O tremor dominava seu corpo. Kate sentia o orgasmo se aproximando. Ele também não suportaria muito mais. Segurando os cabelos dela, trouxe-a de volta para fita-lo. Sorveu os lábios dela com paixão deixando-se esvaziar dentro de Beckett. Ao receber o impacto do gozo, ela se rendeu jogando-se sobre Castle derrubando a ambos na cama. 

De olhos fechados, era possível ouvir as batidas fortes do coração dela em seus ouvidos. Abraçou-a prolongando o contato. A respiração quente de Beckett estava em seu pescoço. Vagarosamente, ele a deitou na cama ao seu lado. Virou-se para admira-la. 

Linda. Por dentro e por fora. 

— Tudo bem? - perguntou sorrindo. Beckett tocou seu rosto. Descansou a mão no peito dele. 

— Mais que bem - ele inclinou-se para beija-la carinhosamente. Ficaram cerca de meia hora deitados ao lado um do outro. Eram quase cinco da manhã. A noite fora de descobertas, experiências e de recomeço. Em seguida, Castle levantou-se da cama indo até o seu closet. Curiosa, sentou-se na cama para observar o que ele fazia. Castle retornou vestindo um roupão, tinha outro em suas mãos. 

— Vista isso. Quero te mostrar uma coisa - ela ergueu uma das sobrancelhas intrigada e fez o que ele pedira. De mãos dadas deixaram o quarto. Castle abriu a porta do loft e guiou pelo corredor até uma espécie de saída de emergência. Puxando-a, subia os degraus da escada. Ela ficou impressionada com o que vira. Um terraço aconchegante em pleno telhado. Havia flores, um pequeno jardim e uma horta. 

— Que lugar incrível! 

— Melhor que o lugar só a vista - ele a puxou para a beira do telhado. A noite de Nova York estava por terminar. As estrelas e a lua começavam a perder espaço para o sol.    


We were sat upon our best friend's roof
I had both of my arms round you
Watching the sunrise replace the moon


— É lindo… - ele a envolveu com os braços em sua cintura. Beckett deixou-se encostar no peito dele. Acariciava seus braços sorrindo - os primeiros raios do sol e estou vendo-os com você. Alguma vez já imaginou algo assim, Castle? 

— Tantas que não sei nem contar. Talvez você tenha a impressão errada de mim achando que eu apenas pensava em cenas quentes, na cama ou sexo com você. Meus momentos preferidos são bem românticos como esse que estamos compartilhando nesse instante - beijou seu pescoço - eu sonhava acordado com os verões nos Hamptons, as cerejeiras florescendo, os lírios na cor púrpura. Nós dois curtindo a vista do oceano e cada momento ao seu lado. Imaginava-me roubando beijos no quintal, andando na praia. Muitos cenários, muitas aventuras. E sim, Kate, sempre visualizei estar sozinho com você, abraçando-a, beijando-a. Isso faz de mim um bobo apaixonado? Muitos dirão que sim. Não me importo, desde que esteja ao meu lado. 


In the summer, as the lilacs bloom
Love flows deeper than the river
Every moment that I spend with you
Stealing kisses in the front yard


Ela suspirou admirando os raios do sol despontando no horizonte. Virou-se para fita-lo. Trocou um novo beijo com Castle e deixou sua cabeça descansar no peito dele. Criando coragem para enfrentar seu medo e pedir algo a ele. Ao erguer a cabeça, Castle notou a expressão séria no rosto dela. 

— Castle, eu já perdi muito na vida. A maioria das pessoas que eu amava, admirava se foram. Não desapareceram, alguns saíram da minha vida por escolha, outros foram tirados de mim. Eles eram importantes, ainda são. Eu tenho a tendência de perde-los para o crime ou afasta-los. Eu não posso correr esse risco com você. Isso quase aconteceu hoje. Eu entrei em pânico - Castle viu a lagrima escorrer pelo rosto - Eu quero que me prometa que não irá desaparecer. Não me deixará. Pelo menos até que eu me sinta pronta para dizer o que você é para mim, o que eu sinto por você. Prometa que continuará ao meu lado para que eu possa retribuir o seu amor. 

— Oh, Kate - ele viu a determinação e a ternura em seus olhos. A ansiedade em sua voz - Não se trata de uma promessa. Como você pode pedir isso? Eu não irei a lugar nenhum. Você é a mulher que eu escolhi para minha vida. Eu já disse que passarei toda minha existência me apaixonando, te amando. Por que iria embora se posso vê-la se declarar para mim? Dizer o que sente ao ouvir o quanto te amo. E Kate, você está pensando em três palavras, porém seus gestos falam por você, mesmo que não admita. Seus olhos, seu sorriso, o jeito que segura minha mão. No fundo, você sabe disso. 


You are the one girl
And you know that it's true


Ela tinha lágrimas nos olhos. Beijou-lhe apaixonadamente. Os lábios perdendo-se nos dele, as mãos segurando o rosto do homem a sua frente, o abraço dele colando seus corpos. 

— Diga novamente. Apenas diga, Castle. 

— Eu te amo, Kate. Amo demais. 

— Always? 

— Always. 


How would you feel, if I told you I loved you?
It's just something that I want to do
I'll be taking my time, spending my life
Falling deeper in love with you


— Eu sou apaixonada por você. Pelo homem carinhoso, gentil, maravilhoso e charmoso. Um dia eu direi o que quer ouvir, Castle. Eu estarei pronta. É uma promessa. 

— Não tenho pressa para ouvi-la dizer que me ama também, Kate. Há muitas maneiras de dizer isso. Você já fez hoje. Duas vezes: ao me salvar e ao fazer amor comigo - ele acariciou o rosto dela - me enganei, acaba de fazer a terceira. Toda vez que eu dizer que eu te amo, você perceberá o sentimento crescendo dentro de si. Acredite, eu não me cansarei de dizer  essas palavras. Amo você. Isso me basta por agora. 

Beckett se aconchegou no peito dele abraçando-o. Inalou o seu cheiro na abertura do roupão. Sorriu. 

— Obrigada por não desistir de mim.  

— Nunca…

So tell me that you love me too
Tell me that you love me too
Tell me that you love me too

— Castle? 

— Hum? 

— Quero fazer amor com você outra vez - ele ergueu o queixo dela beijando-a. De mãos dadas desceram as escadas de volta ao loft. No quarto, ela desfez o nó do roupão de Castle deixando-o completamente nu a sua frente. Ele fez o mesmo com ela jogando-a na cama deitando seu corpo sobre o de Beckett e sugando-lhe os lábios apaixonadamente. 




THE END