segunda-feira, 31 de maio de 2010

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.2

Cap.2



Dia 1

Finalmente esse é o meu primeiro dia na Indonésia. Ainda estou cansada. Trinta horas de viagem e várias trocas de fuso mexem com o organismo de qualquer pessoa. Ainda me sinto meio aérea, perdida. Meu organismo ainda está se adaptando a montanha-russa de sensações mas sei que isso irá se resolver com um bom banho e cama. Por mais exausta que esteja, ainda não consigo dormir. Minha mente continua trabalhando a 1000 por hora relembrando a minha despedida no aeroporto. Não devia ter olhado para trás mais uma vez, só que sabendo do tempo que vou passar sem ve-lo era meio involuntário e óbvio. Trocar olhares com ele por uma última vez me fez perceber que se eu fecho os olhos ainda sinto o calor do olhar de Booth em mim. Devo estar muito cansada para imaginar essas coisas.

O trabalho não começa antes de dois dias, o que considero tempo suficiente para estar totalmente adaptada a Indonésia. Partiremos então para a ilha Maluku e então poderei entender o que realmente precisam de mim.

Preciso dormir...


Dia 3

Hoje fez um dia maravilhoso! O sol de Jacarta brilha sobre a superfície do mar contrastando com o gelo nos picos das montanhas mais altas. Uma paisagem que merece ser vista e fotografada, o que claro eu fiz.

Sinto-me bem disposta, é incrível como me adapto fácil aos lugares e aos fusos, isso me proporciona maior enegia para trabalhar. Fomos de barco para a ilha e supervisionei a chegada dos aparelhos para pesquisa, nosso mini-laboratório deve estar pronto amanhã pela manhã. Estou em um pequeno chalé no centro da ilha, Daisy é minha vizinha. Visitarei finalmente a área a ser explorada amanhà e só assim saberei o que realmente preciso fazer e de quanto tempo necessitarei para planejar e executar todo o estudo.

Dia 7

Consegui enumerar quase todas as atividades com o grupo de cientistas hoje. Na primeira parte do projeto, teremos muita coleta de amostras e avaliações temporais e em laboratório. A demarcação de toda a área tomará pelo menos um mês. Realmente há muito trabalho a se fazer.

É incrível como eu tenho a sensação de que o tempo parece se arrastar num lugar como esse. Sei que o tempo ainda continua obedecendo sua própria grandeza, nem mais nem menos, porém talvez o fato de não poder fazer muito no momento me deixe de certa forma ansiosa e apreensiva.


Não acredito que já estou aqui a uma semana. A essa hora Booth deve estar a caminho da zona de guerra. Sei que não deveria pensar nisso, ele irá para a base de treinamento mais ainda assim estará numa zona de guerra e portanto a perigo. Não sei ainda como será a disponibilidade de comunicação dele, geralmente no exército mesmo com toda a tecnologia, o modo preferido de comunicação com o mundo exterior ainda é por meio de cartas. Pra piorar, estou tendo problemas com o meu celular, o técnico prometeu que consertava amanhã. Não posso ficar sem ele caso alguém queira falar comigo, somente no caso de Booth querer ligar.


Quanto tempo será que demora uma carta daqui para o Afeganistão? Preciso descobrir. Sinceramente espero que esteja tudo bem com ele.


Brennan sorriu ao ler suas próprias palavras. Lembrou como no início achou estranho escrever sobre os acontecimentos do dia. De certa forma, era um modo de documentar o que estava acontecendo com ela e percebeu que nem sempre tinha algo interessante para contar. Aos poucos, ela percebera como o diário a ajudava a passar o tempo e a digerir o que se passava com sua mente e seus sentidos. Ao fim, ela não se arrependera de escreve-lo, ao contrário, chegou a pensar em publicar o mesmo até o faria se o conteúdo não tivesse se tornado tão pessoal.


Continua....

domingo, 30 de maio de 2010

[Bones Fic] As Time Goes By


Bones
As time goes by




Título: As time goes by

Autora: Karen Jobim

Classificação: PG-13, NC-17? Ainda não sei....

Gênero: Angst,Drama,Romance,missing scene

Advertências: Spoilers da SF 5x22 e toda a 5a temporada.

Capítulos: 1 de ?

Completa: [ ] Sim [X] Não

Resumo: Essa fic conta o que realmente aconteceu com Brennan e Booth nesse 1 ano separados. Uma fic para guiar-nos ate a S6.
Espero que gostem!



As Time Goes By




Holliday Inn - Jacarta, Indonésia



Um ano se passou. Já faz tanto tempo assim? Quando Booth e eu nos despedimos naquele aeroporto, eu pensei o quanto o tempo ia estender-se durante esse um ano. Sei que para uma cientista e algo estranho de se dizer mas afinal Einstein não criou a teoria da Relatividade? então prefiro considerar sua visão para falar sobre esse tempo. Um ano, uma eternidade.



Temperance Brennan estava sentada na escrivaninha do seu quarto de hotel. Suas malas já estavam prontas e em apenas 30 minutos ela estaria deixando o hotel rumo ao aeroporto. Antes porem, ela decidiu escrever para Booth. Como ele ainda estava no exercito, escolheu faze-lo via carta pois era mais fácil dele receber com certa antecedencia. Email era mais difícil dele ter tempo e disponibilidade para checar. Respirou fundo e começou a escrever.



"Dear Booth,



não acredito que um ano se passou. O trabalho na Indonésia finalmente chegou ao fim e trouxe com ele grandes experiências e descobertas. A distancia de tudo e de todos proporcionou uma nova perspectiva para mim nesse período longe de você. E tão estranho pela primeira vez em seis anos não compartilhar cada uma das informacoes com você. Claro que a maioria você acharia bem cansativa pois sei o quanto você detesta o linguajar cientifico mas ainda assim seu modo de avaliar as coisas e sempre revigorante. Aprendi e ensinei muito nesse período aqui não na mesma proporção. Acredito que a distancia me fez descobrir coisas que talvez nem me interessasse se estivesse em Washington. Tudo que aprendi aqui não diz respeito somente a ciência, você ficaria orgulhoso. Durante esse ano, de uma forma bem estranha, Daisy acabou sendo uma espécie de companhia e ela me introduziu a varias coisas da cultura pop americana que nem conhecia.



Tenho muito o que contar a você, muito a repartir e esse período me fez analisar minha vida sob outra otica. Estou indo pra casa hoje, sim uma semana antes e não se preocupe, sei que você ainda esta no zona de guerra portanto estarei te esperando daqui a sete dias na frente do espelho d'agua, eu não esqueci.



Sinto falta de você, da sua risada e dos seus olhos. Hoje posso realmente dizer, não há lugar melhor que a nossa casa (partes das licoes que aprendi com a Daisy) e quando eu digo casa, não estou me referindo ao meu apartamento, nem ao Jeffersonian, estou me referindo as pessoas e principalmente a você.



Muitas coisas que eu não sabia o que significavam eu aprendi aqui e por isso sou grata.



Te vejo em uma semana.



Love, Temperance"




Ela fechou o envelope e escreveu o endereço da base. Discou para a recepção e avisou que estaria fazendo o check-out. Pegou a bolsa e saiu.

Depois de tudo acertado, ela foi ate a mesa do Concierge e pediu.

- Você poderia enviar essa carta via expresso? Preciso que chegue no máximo em dois dias ao destino.


- E claro senhorita.

Ele olhou o endereço de destino, essa não era a primeira carta que ela enviava para o rapaz em questão.

- Deve ser difícil ter alguem tao querido na zona de guerra. Farei o meu melhor para entrega-la o mais rapido possivel.

- Obrigada.

Ela sorriu.

- Dr. Brennan, esta pronta?

- Daisy, ja nao disse pra voce nao me chamar mais de doutora? E Brennan ou Temperance.

- Desculpe Dr. B e a forca do habito.

Ela inclinou a cabeca e arregalou o olhos indicando que ela fizera de novo.

- Vamos, temos meia hora ate o aeroporto. Quero muito chegar aos Estados Unidos.

Brennan notou que ela estava meio tristonha, algo estranho no olhar a denunciava.

- Voce ligou pro Sweets?

- Liguei mas caiu na secretaria. Deixei recado. Voce acha que ele vai me pegar no aeroporto?

- Nao sei, Daisy.

- Sera que meu Lancelot me esqueceu? Sera que ele tem uma outra namorada?

- Daisy, voce sabe que essa nao e minha especialidade mas lembro muito o que Booth ja falou pra mim sobre o amor, voce sentia que Sweets a amava quando estava com ele?

- Sim...

- Entao, eu acho que voce nao precisa se preocupar. Booth me ensinou que o verdadeiro amor nao tem tempo nem distancia que o destrua.

- Obrigada.

Juntas pegaram um taxi e foram ao aeroporto de Jacarta.



Aeroporto de Jacarta




Brennan olhava a tela de partidas de voos. O relogio marcava exatos 4:47 da tarde. Apos checar seu voo, ela dirirgiu-se ao portao de embarque. Seriam longas 30 horas de volta pra casa e tudo que ela gostaria naquele momento era dar um salto no tempo mas como ela sabia, a ciencia ainda nao conseguira tal feito e portanto ela limitou-se a recapitular tudo o que vivera nesse um ano. Abriu o notebook e olhou perdida para a pagina em branco a sua frente. Durante esse um ano nas ilhas Maluku, Temperance Brennan manteve um diario, um relato nao so das suas descobertas cientificas mas principalmente suas experiencias pessoais. Ela abriu o arquivo e suspirou antes de comecar a le-lo novamente com a intencao de recordar.

As Time Goes By - a diary by Temperance Brennan





Continua...

Dear John - Um livro de Nicholas Sparks

Hoje eu terminei a leitura de mais um livro do Nicholas Sparks e pra variar, li em 2 dias e me encantei.

E incrível como esse autor eh capaz de transformar qualquer cliché em uma linda historia de amor.

Dear John, não eh uma historia daquelas de juras de amor eterno, adolescentes vivendo a vida loucamente e revoltando-se contra tudo e todos que não aprovem sua decisão. Dear John e sobretudo uma historia de superação, amizade e amor. Pessoas que encontram nas diversidades ao longo do caminho um modo de recomeçar e consertar erros do passado.

E impossível não se emocionar e chorar com as descobertas e os problemas que aparecem na vidas de cada um dos personagens. Mais que isso, eu chorei e me vi em algumas situacoes descritas tão lindamente por Sparks.

O mais estranho eh reconhecer e sentir-se parte de tudo isso. Ver assuntos como guerras, doenças, 11 de setembro e amor se fundirem em licoes de vida.

Sei que a maioria deve aproveitar para ver o filme mas eu recomendo sinceramente que você leia o livro antes pois certamente a emoção não será a mesma.

Não eh a toa que Nicholas Sparks eh um dos meus escritores preferidos. Afinal o que mais poderia se esperar de um livro que começa com a seguinte frase:

"What does it mean to truly love another?"

Breathtaking!!!


PS: Desculpe os erros causados pelo meu teclado.... =)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

[Bones Fic] The End or Just the Beginning?

Título: The End or Just the Beginning
Autora: Karen Jobim
Classificação: NC-17
Gênero: Angst,Drama,Romance,missing scene
Advertências: Spoilers da SF 5x22.
Capítulos: One-shot
Completa: [x] Sim [ ] Não
Resumo: A versão da minha SF. Sorry, HH! Adorei mas eu preciso apimentar essa história.
PS: Desisti de teorias mas dei uma interpretação diferente a um elemento bem comentado, vcs vão ver. Espero que gostem!

ATENÇÃO!!! NC-17.......BE AWARE!!!


The End or just the beginning



Aeroporto de Dulles

Brennan despediu-se de todos, sabia que precisava partir mas se recusava a faze-lo sem se despedir dele. Ao virar o rosto mais uma vez para o saguão, ela o viu. Um pequeno sorriso aparecia imperceptível em seus lábios. Foi ao encontro dele.

- Desculpe. Eu não consegui um passe de saída. Tive que dar uma escapada da base para vir me despedir.

- Escute,Bones, você tem que ser realmente cuidadosa naquela selva da Indonésia,ok?

- Booth, em uma semana, você irá para a zona de guerra. Por favor, não seja um herói. Por favor, não seja você.

Ele pegou a mão dela na sua.

- Um ano a partir de hoje. Nós nos encontraremos no espelho d’água do shopping perto do...

- Carrinho de café. Eu sei.

- A contar de hoje, um ano.

As mãos se soltaram. Os olhares mantiveram-se fixos por mais uns segundos. Ela começou a retornar para o portão de embarque. Ele caminhou rumo a saída. Virou-se, precisava olhar para ela uma última vez. Brennan respirou fundo e olhou pra trás. Ele estava olhando pra ela intensamente. Não precisavam de palavras. Ela sabia o que aqueles olhos diziam. Três palavras de significado tão duvidoso e incompreensivel pra ela. Os olhos de Booth diziam “Eu te amo”.

Finalmente, ela atravessou o portão de embarque.

XXXXXXXXX

American Airlines
Vôo 744
3 horas depois da partida

Brennan estava concentrada em um livro. Não que realmente quisesse ler. Ela não estava a fim de conversar e sabia que se desse espaço Daisy falaria a viagem inteira a seu lado. Da mesma forma de sempre, conseguiu controlar sua companheira de viagem até que relativamente fácil talvez pelo fato dela estar um pouco abatida com o fim do relacionamento com Sweets. Brennan olhou disfarçadamente para o lado. Daisy dormia tranquila. Ao ver a cena, Brennan relaxou. Colocou o livro de lado e sorveu mais um gole do champagne. Uma imagem da viagem a China lhe veio a mente. Lembrou-se do brinde que ela e Booth fizeram no avião comemorando a resolução de mais um assassinato. Sorriu ao perceber que as palavras ditas pelo garoto naquele momento ainda estavam gravadas na sua mente. Hoje elas tinham um novo significado para ela. Instintivamente, ela pegou na sua bolsa a carteira e tirou de lá a medalha colocando-a na palma da mão. Segurou a medalha entre os dedos esfregando-a com as pontas como se a acariciasse, como se pedisse proteção a São Cristovão. Não, Temperance Brennan não mudara sua opinião sobre religiosidade. Para ela, aquele pingente significava algo mais importante.

FlashBack

Apartamento de Brennan
Dia anterior - 10pm
Temperance Brennan colocava seu último casaco na mala. Ticou mais um item do seu checklist de viagem. Correu os olhos pela lista. Faltava apenas algumas coisas de uso pessoal que ela apenas colocaria na mala um pouco antes de sair de casa. Na sua outra bolsa de mão, já estavam agenda, livros e o notebook com seus acessórios. Os demais aparatos técnicos ficavam por conta do projeto. Olhou para o celular sobre a cama. Ela tinha conversado com Booth à tarde. Ele já estava no quartel e dissera que iria conseguir um passe para se despedir dela amanhã no aeroporto. Sinceramente, ela não queria que ele fosse.

Brennan não saberia lidar com aquele momento. Sabia que podia ter a reação mais adversa possível a situação. O modo como ela encarara a suposta morte de Booth a um tempo atrás era um exemplo disso. Claro que nesse momento, Booth estava indo pra guerra, não morrendo e ela esperava que continuasse assim. Mas desde a última conversa deles sobre a relação e os sentimentos existentes entre os dois, tudo parecia muito confuso pra ela mesmo com toda a sua inteligência, ela não conseguia explicar de forma natural o que acontecera com eles. Parecia que algo havia se quebrado entre eles, não por ela mas Booth parecia mais distante e Brennan não compreendia direito o porque disso. Suspirou e jogou-se na cama forçando seu cérebro desligar por alguns instantes. Quando começava a cochilar, ela ouviu a campainha. Sentou-se na cama alerta. Endireitando os cabelos, ela olhou pro relógio da cabeceira.

- 10:45? Quem será?

Pelo olho mágico, ela o viu encostado a parede. Abriu a porta.

- Booth? Que faz aqui a essa hora? Você não deveria estar no quartel?

Ela deu espaço para ele entrar. Vestia uma camiseta azul de malha e calça jeans. Tinha o rosto cansado e preocupado.

- Eu só consegui permissão pra sair agora. Não vou poder ir ao aeroporto amanhã.

- Tudo bem,Booth. Você parece cansado. Vou fazer um café.

Ele nem teve tempo de recusar pois Brennan saiu as pressas para a cozinha. Ele levou as mãos a cabeça, escondendo o rosto entre elas. Estava totalmente apreensivo, não queria se despedir dela assim, não sabia que palavras iria usar para expressar algo que não queria realmente dizer. Tudo parecia tão simples na sua cabeça quando estava a caminho dali. Colocaria sua máscara e falaria da melhor forma possível com Bones usando a lógica e a racionalidade porém bastou olhar naquelas duas safiras brilhantes para perder parte da sua própria razão.

Brennan voltou para a sala trazendo duas canecas de café. Entregou uma a ele e sentou-se ao seu lado. Após o primeiro gole, Booth resolveu puxar conversa para não tornar o momento constrangedor e quem sabe assim ele conseguiria fazer seu discurso racional.

- Está tudo arrumado já? Precisa de ajuda?

- Está tudo sob controle mas obrigada por perguntar.

- A que horas sai seu vôo?

- As 4 da tarde. Chego em Paris as 5 da manhã pra você e as 9 já estarei voando para a Indonésia mais 10 horas de vôo.

- Nossa! Ainda bem que você voa de primeira classe,

- A sua viagem não será tão diferente assim.

- Mas eu não vou direto. Fico um dia na Inglaterra.

De repente, o silêncio se estabeleceu entre eles. Brennan brincava com as mãos de maneira inquieta sobre seu colo. Ela realmente não sabia como reagir ou o que dizer em seguida. Booth então virou-se para ela e sorriu. Criando coragem, falou.

- Olha Bones, eu sei que você é uma cientista e está bem feliz por chefiar essa equipe na ilha Malolo mas quero te pedir pra não fazer nenhuma besteira, sabe, nenhuma aventura maluca que te exponha ao perigo. Aquilo é uma selva perigosa.

- Booth, eu sei me cuidar. Não é a minha primeira viagem a lugares exóticos nem minha primeira escavação, eu posso me virar muito bem sozinha.

- Bones não foi isso que eu disse.

Ele se levantou.

- Eu conheço a sua paixão por se manter em encrenca e eu não vou estar lá pra te ajudar e nem pra te proteger.

- Booth quer parar! Você é quem vai estar em perigo daqui a algumas semanas no meio de uma guerra. Você não pode pensar que deve me proteger sempre.Você escolheu isso, você decidiu voltar para aquele maldito exército não eu!

Brennan não conseguiu disfarçar a raiva e deixou a voz se elevar.

- Ha! tá bom agora a culpa é minha? Eu fui chamado pra defender o meu país não pra brincar de procurar esqueletos de gente morta a um zilhão de anos!

- Você já defendeu até demais o seu país, Booth. E se meu trabalho como antropóloga não passa de uma brincadeira pra você, então eu tomei a decisão correta quando aceitei essa expedição e sai do Jeffersonian.

Ela se pos de costas pra ele. Já não aguentava segurar as lágrimas. O que deu nele?

Booth esfregou os olhos nervoso. O que ele estava fazendo? Ele não viera ali pra brigar, ele viera ali pra vê-la uma ultima vez e lembrá-la do quanto a amava.

- Droga! Bones, eu sinto muito. Eu sou um idiota não quis te magoar, você sabe que eu a admiro muito e que pra mim você é perfeita do jeito que é. Uma cientista brilhante, uma mulher incrível. Eu...

Ela virou-se para ele. As lágrimas marcando o rosto de porcelana.

- Você disse que nunca me abandonaria mas o fez na primeira oportunidade que teve. Você escolheu, Booth e não foi a mim.

Aquelas palavras foram uma facada no coração dele. Ele realmente a tinha magoado e tinha de admitir, quebrara a promessa. Ele precisava consertar isso. Ela continuava chorando. Ele se aproximou e com o polegar, limpou as lágrimas do rosto dela.

- Não chore,Temperance. Você parte meu coração desse jeito. Eu não escolhi o exército em vez de você. É complicado, tenho um dever a cumprir. Eu nunca poderia escolher nada além de você, Bones. Você está em meus pensamentos 24horas por dia, 7 dias por semana. Eu tentei seguir em frente mas é impossível! Você está guardada no meu coração a sete chaves.

Brennan fez que ia replicar mas Booth a proibiu colocando o indicador sobre os lábios dela.

- Não, isso é uma metáfora. Estou usando as palavras para expressar como eu me sinto. Não posso ir contra o que sinto,contra meu amor. Você é insubstituível,Bones. Onde quer que eu vá, você estará comigo porque eu te amo. Porque você não consegue entender isso? Porque você não pode apenas admitir que o sentimento é recíproco, que o amor existe?

Brennan viu a urgência nos olhos dele. Ela estava sem palavras. Sentia as mãos dele nos braços dela, quentes. Um arrepio percorreu seu corpo.

- Booth, eu-eu... você insiste em dizer que me ama, como posso responder a isso se eu não sei como amar, se eu não sei definir o amor?

A voz dela saiu embargada, os olhos já estavam novamente cheios d’água.

- É claro que você sabe!

- Não, Booth. Eu já te disse isso antes. Eu sou uma cientista e a razão é...

- Não, Temperance Brennan é uma mulher antes de tudo e como toda mulher tem sentimentos e opiniões fortes. Vou provar pra você que você sabe sobre amor. Vou fazer umas perguntas pra você, promete que me responde honestamente? Sem tentar explicar cada uma delas cientificamente?

- Posso tentar.

- Estamos numa sala com um criminoso e estou desarmado. O cara puxa o gatilho na minha direção. O que você faz?

- Me jogo sobre você para tira-lo da direção da bala. É a coisa lógica a fazer.

- Não, Bones. Isso chama-se instinto protetor. As pessoas protegem aqueles que são importantes para elas, aqueles que elas amam. Você morreria por mim?

A resposta foi automática.

- Sim.

- Porque?

- Porque eu sei que você faria o mesmo se a situação fosse inversa. Você já fez isso.

- Esse não é o real motivo. Eu morreria por você porque eu te amo. Foi por isso que me sujeitei a isso. Porque Bones?

- Gratidão? Porque somos parceiros e amigos?

- Gratidào também é uma forma de amor, morrer por alguém é uma prova de amor.

Ele sorriu.

- Ok, última pergunta. O que você sente quando eu a toco desse jeito?

Ele passa a mão no rosto dela e vai descendo pelo pescoço,ombros, braços desenhando pequenos círculos pelo caminho e sorriu ao ver os pelos eriçarem. Sussurrou.

- Me diga o que sente...

- A reação normal provocada no corpo quando a sensualidade é exposta. Libero endorfina e o nível de adrenalina aumenta fazendo meu corpo responder ao desejo. As pupilas tendem a dilatar com o tempo, a pele... esquenta e o corpo reage... excitado.

- Não, talvez eu não tenha sido bastante claro. O que você sente agora?

Ele mordiscou o lóbulo da orelha dela e deslizou os lábios pelo pescoço dela depositando pequenos beijos sobre a pele já quente. Brennan deixou um gemido escapar. Ele sussurrou ao pé do ouvido.

- Me diga...

- Eu quero, eu penso em como... eu consigo ficar longe por tanto tempo de você, como eu luto por auto-controle para não agarrá-lo cada vez que você me fala as mais lindas palavras, como eu quero arrancar todas as suas roupas e prová-lo por inteiro. Como vou suportar ficar um ano sem ver seu sorriso e sentir o perfume que emana de você.

Os olhos dela o fitavam intensamente.

- Porque eu continuo falando se tudo o que eu quero é beijar esses lábios tentadores?

E sem mais cerimônia ela colou os lábios nos dele com urgência. Ele a envolveu nos seus braços para evitar que ela fugisse se recuperasse a razão. Ela aprofundou o beijo de forma sensual, suas mãos percorriam os cabelos de Booth e depois seguiam pelas costas até se posicionarem sobre o bumbum dele como se fosse algo bastante natural para ela. Quebrou o beijo. A testa de ambos permaneciam unidas. Recuperavam o fôlego.

- Isso é amor,Bones. Você acaba de completar a primeira lição.

- Então eu passei no teste?

- Com louvor.

Ela o abraçou com força. As lágrimas voltavam a cair. Ela cheirava a camisa de Booth na altura do ombro. Beijou levemente o pescoço dele. Booth podia sentir o coração dela acelerado.

- Por favor não morra Booth, eu não saberia viver sem você. Você me ensinou tudo que eu sei sobre pessoas até hoje. Eu não quero viver num mundo sem você.

Ele a empurrou suavemente e a encarou.

- Wow,Bones! Essa é a declaração de amor mais linda que já ouvi. Obrigada.

Os olhos dele estavam vermelhos quase a beira do choro. Ela sorriu.

- Podemos ir pra segunda lição da noite sobre amor?

- Claro! E qual seria?

- Me ensine a quebrar as leis da física. Faça amor comigo.

Booth não acreditou no que ouvira. Isso era a realização de um sonho, sonho que ele pensara nunca poder se realizar depois que a sua Bones disse não a ele.
- Você tem certeza? Você está pronta agora pra cruzar a linha?

- Sim, absoluta. Cansei de lutar contra o desejo, contra a mentira que conto a mim todos os dias na frente do espelho.

Ele sorriu. Acariciou o rosto dela e então inclinou-se e selou seus lábios com um longo beijo. Como Brennan sentia falta daqueles lábios. Ela intensificou o beijo sorvendo o gosto da lingua dele na sua. Deixou as mãos enroscarem-se primeiramente no pescoço dele para depois descer pelas costas musculosas. A eletricidade entre eles causava espasmos de desejo que percorriam sua espinha e automaticamente a excitava. Booth roçou seus dedos na barra da blusa do pijama dela e devagar retirou a camiseta dela. E ele adorou o que viu. Parou por um momento para admirar a beleza de Temperance Brennan. Não resistindo mais, ele tocou-lhe os seios bem devagar fazendo-os caber nas suas mãos perfeitamente. O contato fez Brennan gemer e jogar a cabeça para trás. Booth passou o polegar sobre os mamilos dela e inclinou-se para beija-los. Brennan enroscou seus dedos no cabelos dele incentivando-o a não parar. Booth sugou um dos mamilos e depois outro e foi descendo suas mãos pelos abdomen dela até chegar ao elástico da calça do pijama. Ele estava maravilhado pelas reações de Brennan a tudo isso.

Então Brennan segurou as mãos dele nas suas impedindo-o de continuar. Ela voltou a beijá-lo dessa vez um beijo de puro desejo. As mãos puxaram a camiseta e a jogaram no chão. Imediatamente, as mãos delas passeavam descobrindo pela primeira vez o tórax já conhecido pelos seus olhos. Ela seguiu para o cinto dele e desabotou-o bem devagar. Quando ela desabotou a calça dele e a mesma escorregou pelas pernas dele, Booth falou.

- Hey, pare um minuto. Não temos pressa.

Ele livrou-se da calça jeans e ficando apenas de boxer, ele colou seu corpo no dela e a beijou novamente. Brennan se pendurou no pescoço dele e Booth a elevou fazendo-a enroscar as pernas nele enquanto ele a segurava pelo bumbum sem quebrar o beijo. Devagar ele a conduziu desa maneira ao quarto. Deitou-a cuidadosamente na cama e posicionou-se sobre ela pronto para explorar aquela pele alva. O toque dele na pele quente, os lábios sugando e beijando o caminho, ele se concentrava em dar prazer a ela acariciando com a ponta da língua os mamilos já duros e salientes. Ela apenas fechou os olhos e decidiu aproveitar o momento fechando os olhos e apenas sentindo a reação do seu próprio corpo as carícias de Booth.

Ele se deliciava a cada centímetro de pele percorrido. Tinha a mulher mais linda e doce ainda que enigmática a seu bel prazer e isso apenas o deixava mais excitado. Ele lutava com o membro duro pressionando sobre ela e o tecido do boxer mas não iria se apressar, essa noite era dela, primeiro dela. Os dedos dele brincavam com o elástico do pijama dela e devagar ele o fez deslizar expondo as pernas longas. Em seguida foi a vez da calcinha mas antes ele acariciou o centro dela sobre o tecido arrancando gemidos baixinhos. A calcinha também foi ao chão e finalmente ela estava completamente nua a sua frente. Ele livrou-se do boxer e Temperance pode ve-lo por inteiro. Ela não pode deixar de sorrir. Um sorriso maroto de quem adoraria aprontar.

- Hey, vem cá Booth. Quero sentir seu corpo sobre o meu.

Ele obedientemente o fez. Ela o beijou com paixão. Sentia o membro dele pressionar sua coxa e percebeu o movimento da mão dele em direção ao seu centro. Ao sentir os dois dedos dele dentro dela, ela arqueou o corpo e fincou as unhas nas costas dele. Com o movimento dele, ela sentiu a onda de prazer crescer dentro de si, ele massageava o seu clitóris e o corpo de Brennan respondia a cada nova investida. Booth concentrava-se na tarefa com maestria e não podia deixar de admirar as feições dela em resposta ao prazer proporcionado. As ondas de prazer evoluíram com rapidez e antes que pudesse avisar, ela gemeu alto e deixou o orgasmo a tomar por completo.

Meu Deus! Quanta beleza....

Booth continuava proporcionando prazer e admirando o momento dela. Foram orgasmos múltiplos e seus gemidos soavam como melodia aos seus ouvidos. Ele voltou a beijar-lhe os seios e por fim tirou sua mão do cantinho quente e aconchegante para tocar-lhe um dos seios. Brennan abriu os olhos e buscou pela boca daquele homem capaz de provocá-la ao nível da loucura. Beijou-o com sofreguidão ainda embalada pelo desejo. Ao mordiscar a orelha dele, ela sussurrou.

- Por favor... quero você por completo...Booth.

Ele tirou uma mecha que encobria o rosto dela e sorriu. O olhar intenso mostrava o quanto ela o desejava e ele sabia que era mútuo. Gentilmente, deslizou a mão pela lateral do corpo dela e apoiando-se no colchão ele a penetrou bem devagar. A sensação era maravilhosa. Ao senti-lo totalmente dentro dela, o peso de Booth a consumia. Sem desviar o seu olhar, Booth começou a mover-se dentro dela. Não tinha nenhuma pressa. Queria aproveita cada momento. Ele movia-se em um ritmo paciente enquanto acariciava o corpo dela. Os corpos colados elevavam a temperatura a um nivel intenso de calor e prazer. Pele contra pele ao movimento ritmado. Ele aumentou o ritmo, mais forte, ela gemeu em resposta. Clamou por mais.

- Mais,Booth...

Ao ouvir seu nome sentiu o seu próprio prazer o dominar fazendo seu membro endurecer ainda mais quase beirando o orgasmo...não, ainda não. Ambos estavam no limite, o suor escorria na testa dela, estava vermelha, a respiração tornou-se fraca e ofegante, ela saba que não aguentaria mais tempo. Ao receber uma nova estocada, ela finalmente cedeu ao desejo que explodia de dentro do seu corpo tomando-a num turbilhão de emoções. Ele por sua vez também se entregou e por alguns minutos tudo o que se ouvia entre quatro paredes eram suas respirações descompassadas acompanhadas de gemidos e sussurros.

Por fim, Booth deitou-se ao lado dela e esperou tentando se recuperar daqule momento tão significativo para ele. Tão surreal. Brennan respirava ainda com dificuldade, ela ainda sentia arrepios de prazer por todo o corpo, a sensação de plenitude ainda a envolvia.

Silêncio.

Temperance Brennan tivera sua cota de amantes é verdade, sempre fora aberta ao sexo. Mas nada do que já experimentara se comparava ao que ela estava sentindo essa noite. Nada. As lágrimas findaram por cair e ela ainda não entendia o real porque. Qual o motivo dela se sentir tão diferente com Booth? Porque todas essas reações no seu corpo? Era somente resultado do momento do sexo ou algo mais? Ela respirou profundamente. Isso só pode ser o que ele chama amor.

Ela virou-se para ele apoiando a cabeça nas mãos com o cotovelo na cama.

- Booth... você está dormindo?

Ele virou o rosto para ela.

- Não, tudo bem?

Ela sorriu deslizando as pontas dos dedos pelo peito dele. Ele percebeu as marcas das lágrimas no rosto dela.

- Sim, é só que...eu não sei explicar o que estou sentindo agora. É tudo tão...

- Incrivel? Intenso?

- Sim, e novo...

- Ah,Bones. Vem cá.

Ele a puxou para si e a acomodou no seu peito. Ela se aconchegou e acabou por dormir.

XXXXXXX
Brennan sentiu um peso sobre o corpo. Abriu os olhos e percebeu o braço de Booth sobre seu estômago. Devagar, ela afastou o braço tentado não acordá-lo. Sentou-se na cama e seus olhos bateram no relógio da cabeceira.

4:47 da manhã.

Ficou alguns segundos observando-o. Ele dormia tão tranquilo. Ela sentiu um aperto no coração. Daqui a uma semana ele estaria indo pra guerra. Ela o conhecia o suficiente para saber o quanto ele gostava de bancar o herói e mesmo achando que ele estava certo ao agir assim, parte dela morria de medo disso acontecer.

Levantou-se e foi até a sala. Precisava pensar. Ele acordou sentindo o vazio na cama. Ambientando-se, ele sentou e procurou por ela. Brennan ouviu os passos se aproximando.

- Bones, o que você faz aí?

Ela não respondeu. Estava sentada no sofá abraçando os joelhos. Ele sentou-se ao lado dela e acariciou-lhe os ombros.

- Bones, hey, está tudo bem. Sou eu, o Booth seu parceiro, seu amigo.

Ao virar o rosto pra ele, tinha lágrimas nos olhos.

- Eu tinha medo disso, de romper os limites e agora... agora você está... está

- Partindo?

Ele também segurou as lágrimas e a abraçou contra o seu peito.

- Oh,Bones... eu não queria que fosse assim.

- Mas é, e dói. Você vai pro Afeganistão e eu vou...

- Pra Indonésia, é eu sei.

- Você disse que nada ia mudar entre nós mesmo depois que, depois daquela conversa. E agora tudo está mudando e eu não sei o que pensar da mudança e você justo agora, você não está comigo...eu não sei o que fazer...

- Hey!

Ele tomou seu rosto nas mãos e olhou fixamente nos olhos dela. Ambos emocionados pelo teor da conversa.

- Me escute, eu não estou abandonando você. É só um ano. Você sabe que eu tenho que ir e você, você disse que precisava desse tempo. Sei que é tudo novo, mas é uma mudança boa, mesmo que estejamos a uma certa distância por um período de tempo. Além do mais, somos dois cabeças duras que não vão desistir do que tem que fazer, certo?

- Caso contrário não seríamos nós.

Um pequeno sorriso formou-se nos lábios dela. Ele permanecia segurando o rosto dela.

- Preste atenção: daqui a um ano nós nos encontraremos no shopping no espelho d’água perto do carrinho de café. Eu estarei lá esperando você, ok?

- Ok.

- Espere um pouco.

Ele se levantou e foi até o lugar de deixava a sua mochila. Mexendo na carteira, ele tirou algo de lá. Voltou para o sofá.

- Aqui, eu sei que você não acredita em certas coisas espirituais mas eu quero que você leve essa medalhinha com você. É São Cristovão, o protetor dos viajantes. Você não precisa usar, basta guardar com você, é algo para você se lembrar de mim.

- Booth eu...

- Apenas se lembre que eu estarei sempre com você através dela, acredite. Você estará todo o tempo comigo, no meu coração.

Ele tomou a mão dela e colocou no seu peito para ela sentir as batidas fortes.

- Eu te amo,Bones. Nunca se esqueça disso.

Ela o abraçou e ele a beijou no rosto e depois na boca. Ao quebrar o beijo, ele se levantou e estendeu a mão pra ela.

- Vamos voltar pra cama.

De mãos dadas, eles seguirão novamente para o quarto. Deitaram-se e Brennan se aconchegou sentindo o calor do peito dele nas suas costas. Podia ouvir a respiração calma dele. Ficou um bom tempo pensativa. Sussurou baixinho.

- Eu acho que estou ligada a você, será isso amor? Acho que sim,Booth.

De olhos fechados, apenas um sorriso esboçava no rosto diante do que ele havia ouvido. Ele sabia que sim.

Fim do Flashback.

Um sorriso abriu-se no rosto dela, com a mão livre limpou os olhos molhados. Pegou novamente o livro e abriu na contra-capa. A ponta dos dedos percorriam o rosto dele na foto do natal tirada junto com ela. Ele sorria e a abraçava. Ela levou as mãos até o cordão e colocou a medalha nele. Ainda olhando a foto, ela voltou a tocar a medalha agora próxima ao seu peito e sussurrou.

- Um ano,Booth. Apenas um ano.

Fade away
FIM da Season 5

sábado, 22 de maio de 2010

[Bones Fics] A Espera

Título: A Espera
Autora: Karen Jobim
Classificação: PG-13
Gênero: Angst, songfic, Brennan POV
Advertências: Spoilers da SF 5x22.
Capítulos: 1 One-shot
Completa: [x] Sim [ ] Não
Resumo: Temperance Brennan está em Maluku e o tempo a desafia mostrando o quanto a espera pode ser difícil.

Não costumo usar canções nacionais para fics salvo raríssimas exceções mas ontem ao ouvir Renato Russo não pude deixar de pensar em Bones.Espero que gostem!

Música: Vento no litoral

A Espera


Maluku island
1 mês depois...

Eram 4 da tarde de uma sexta-feira e Temperance Brennan acabara de passar as últimas recomendações ao time de pesquisadores e assinou o relatório da semana. Estava exausta. A semana exigira demais dela foram mais de 12 horas debruçada sobre uma ossada catalogando cada um dos ossos. Daisy se aproximou sorrindo.

- Dr.Brennan, você vem conosco? Vamos a um barzinho tomar algo, um pequeno happy hour.

- Não Ms. Wick. Tenho outros planos.

- Ok, bom final de semana e a vejo na segunda.

Brennan pegou sua mochila com o notebook e rumou para o carro. Dirigiu por uns 15 minutos até a praia. Tirou os sapatos e descalça desceu uma pequena escada de madeira que dava acesso a praia. Ao sentir a areia fria em seus pés não pode deixar de abrir um sorriso. Ela puxou a barra da calça jeans até os joelhos e começou a caminhar lentamente pela praia em direção ao mar. Um mês se passara e para ela pareciam anos, o tempo se arrastava a deixando ainda mais solitária. Sentiu as ondas lamberem seus pés, o vento no rosto e os raios de sol no rosto. Abriu os braços.


De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda esta forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

A imensidão azul a sua frente a fazia sentir-se tão perdida,tão pequena. Por alguns momentos, a antropóloga tão renomada deixara aquele corpo dando lugar ao ser humano. Um mês. Está tão difícil aguentar isso tudo. Sinto-me sozinha. Sabia o que estava fazendo aqui, seria responsável por uma das maiores descobertas da evolução humana mas de que adianta se não posso compartilhar isso com você. Ao aceitar esse trabalho, fiz o que deveria fazer para protege-lo. Era a chance de tirar o perigo constante da sua vida, parecia a coisa certa a fazer mas agora? Tudo é estranho, me falta energia, a alegria da descoberta.Com você a meu lado talvez pudesse trocar idéias, você me ajudaria a enxergar tudo isso através dos seus olhos. Não tenho notícias suas, não satisfatórias – uma pequena carta não me diz como você está, o que está fazendo... Não tenho medo de nada. Está na hora de corrigir essa frase, tenho medo por você, de perde-lo para uma guerra, eu queria protege-lo mas acabei te jogando direto no meio do ambiente mais hostil criado pelo homem. Ao olhar pro mar, não consigo deixar de refletir e lembrar os momentos que passamos juntos, como você sempre viu meu lado sentimental em tudo que fazia mesmo eu não enxergando e entendendo nada disso. As vezes que você me salvou, se ofereceu para morrer por mim, será que agimos corretamente? Será que eu deveria te-lo afastado após aquela sessão de terapia e da revelação do amor que você sentia por mim? Sweets estaria certo? Perdemos nosso tempo, erramos e nos punimos? Cada vez que pensava nas palavras de Sweets isso me parecia mais certo. Nos separarmos e deixarmos de ser parceiros, essa viagem poderia explicar isso. Um ponto final na nossa história.

Uma lágrima rolava pelo rosto dela, ainda de olhos fechados, sentindo as ondas nas pernas, um flashback passava em sua mente. Seis anos atrás, um encontro, uma discussão, uma faísca e um beijo. O que parecia improvável de acontecer entre eles, aconteceu. Ficaram apenas no beijo.

Ainda sinto o impacto daquele beijo em mim.debaixo de chuva e vento frio, nós estávamos quentes,envolvidos. As vezes me arrependo de ter entrado naquele taxi.

Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Alem de aqui dentro de mim...
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você esta comigo
O tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...

Preciso me recompor, tenho trabalho a fazer. Booth, como gostaria que você estivesse aqui. Hoje posso dizer com certeza que Sweets nunca teve razão. Nunca puni a nós dois. Eu apenas não sei como agir diante de algo tão estranho quanto o amor. Deixá-lo ir foi a coisa mais difícil que tive que fazer. Como explicar a sua presença todo instante na minha mente? Em tudo que faço? Você está comigo sempre. Talvez seja por isso que consiga trabalhar, pensar. Espero que você esteja bem, eu nunca acreditei naquela sua história de instinto mas posso dizer que de alguma forma sinto que você está bem. Queria ver sua cara me vendo falar essas coisas. Faltam onze meses para o nosso encontro. Preciso aguentar até lá. Foi o que nos prometemos, um ano separados. Estaremos bem e nos encontraremos, sinto isso.
Acho que nunca empreguei tanto a palavra sentir antes. O que você fez comigo,Booth?

Ela sorriu. A vida continua. Somos fortes, conseguiremos passar esse tempo separados. Minha decisão já tomei. Quero ser feliz da forma que você me desejou da última vez que bebemos juntos. Como farei isso? Só existe um jeito. Ao seu lado.


Já que você não está aqui
O que posso fazer
É cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...

Eieieieiei!
Olha só o que eu achei
Humrun
Cavalos-marinhos...

Saiu caminhando pela beira do mar. Sentiu algo na ponta do calcanhar.abaixou-se para verificar o que era. Pequenas conchas de uma coloração meio azulada. Ela tomou as conchas na mão e jogou-as de volta ao mar. Automaticamente, enfiou a mão no bolso esquerdo da calça e tirou de lá o pequeno smurf gênio que Booth lhe dera uma vez. Te-lo consigo era uma forma de lembrar-se porque estava ali. Tinha um trabalho que só eu poderia fazer. Trago comigo para lembrar que isso tudo é temporário. É também uma forma de esquecer que o tempo e a distância existem por mais louco que isso possa parecer vindo de alguém tão racional como eu. Olhar para esse simples objeto me dá forças, porque me lembro dele. Que as horas e os dias passem na mesma velocidade do vento. Acho que Booth me transformou mais do que imagina, mais do que eu mesma tenha me dado conta.

É por isso que tudo vai passar e então o encontrarei no espelho d’água do shopping ao lado do carrinho de café. Uma outra onda acertou-lhe as pernas. Segurando o smurf na mão esquerda, ela levou a mão direita ao pescoço e tocou a medalha. São Cristovão, o santo dos viajantes. Ela não era uma pessoa religiosa mas quando Booth a presenteou no natal com essa medalha, em princípio ele disfarçou dizendo que era uma espécie de símbolo histórico dos viajantes e contou uma história bem convincente que no fundo era apenas o jeito que ele encotrara para ela um dia usar a medalhinha.

Eu lembro que ela estava sobre minha cômoda. Sei que ele tem uma igual e nada melhor que usá-la naquele momento para que ele percebesse que ele estaria comigo o tempo todo.

O sol já estava a perdendo-se no horizonte. Brennan caminhou de volta para seu carro. Antes de entrar, deu mais uma olhada para o mar.

Um dia de cada vez,Temperance. Um dia de cada vez.

Sei que faço isso
Pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando
Tudo embora...

FIM

A ausência acabou!

Gente,

quero pedir desculpas por ter me afastado durante 2 meses do blog. A explicação é simples: como uma pessoa que trabalha na indústria, esses 4 meses iniciais do ano foram loucos devido a Copa do Mundo. Sim, muito trabalho, compromissos de venda e introduções de projetos.

Em resumo, tudo contribuiu para eu não manter o blog. Mas assistir os episódios e surtei em vários momentos até a cena final. Além disso, estou passando por mais um fim de série. A exemplo de Arquivo X, esse ano, mais precisamente amanhã termina LOST o fenômeno do século 21 em termos de séries de TV.
Agora, voltarei a escrever sobre os diversos assuntos e inclusive fics. também vou dar minha visão de cada episódio de Bones, Private Practice e Greys.

Estou oficialmente de volta!!!

Aguardem!