quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Happy #Castle100 !!!


WOW!!!


It's a huge milestone! Has it been that long since that day March 09th, 2009 when the 1st Castle episode went on air? Almost 4 years and it seems like just yesterday when we saw that beautiful detective crashing the last Derrick Storm book party looking for the writer , her favorite writer I might add, Mr.Castle to ask some questions and then BAM! Said the lady...Castle was born! 

We had walked a long way with laughs, tears, tension, chemistry, sexual tension, angst...all the right ingredients needed in a TV show. 

The Brain: We only have to thank the beautiful and amazing mind behind all this - Andrew Marlowe! We also can't forget the women who walks just beside him - Terri Edda. 

The Cast we all love: Stana, Nathan, Jon, Seamus, Molly, Penny, Tamala, Susan, Ruben Santiago, Darby, Julianne and so many others that walked in these corridors through the years...THANK U!!!


The crew and the writers: all of you where responsible for this important mark! 

And let there be 200...300....'cause we, your beloved fandom, will be here for you - #ALWAYS!

Celebrate #Castle100 !!!! Cheers!!!  


And turn your TV on ---> April 1st......#Castle100 



PS: Desculpem pelo post em inglês mas não consegui deixar de fazer assim....

Bjks!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

[Castle Fic] Don't Give up on Chasing Rainbows - Cap.14


Nota da Autora: Depois de um episódio tenso sobre o caso da mãe de Kate, temos o primeiro Valentine's do nosso casal. Em meio a muitas confusões, um final tão especial, tão simples e significativo. Claro que acrescentei umas ceninhas nas entrelinhas, reflexões e a cena final como todos nós imaginamos para eles. Aproveitem, estamos precisando depois de ontem. 

Atenção NC-17...


Cap.14


Apartamento de Beckett


Kate estava sentada na cama. Ao lado no criado-mudo descansava uma taça de vinho. Ela estava abraçada as pernas e pensativa. Faltavam apenas dois dias para o dia de São Valentim. Seu primeiro Valentine’s com Castle. Depois de cinco anos trabalhando juntos, eles estavam vivendo um momento diferente na vida deles. Se ela relutou por tanto tempo era porque havia muitos motivos para isso porém quando ela bateu na porta do apartamento dele naquela noite chuvosa, ela dera um passo muito importante, lutou contra seus próprios medos. Kate embarcou no relacionamento ciente de sua escolha mais ainda assim sem a menor ideia do que vinha pela frente. Não que ela duvidasse do amor de Castle, da sua lealdade. O problema era o que esperar de uma amizade que após quatro anos se transforma em namoro? Dúvidas são normais.

Arrependimentos? Não, ela não tinha sequer um. Exceto talvez por ter demorado tanto tempo para deixa-lo ser mais que o escritor, que o parceiro de trabalho. É claro que tivera suas razões mas acabou por descobrir que namorar Castle era bom demais. O elemento surpresa, a criancice, o jeito de menino dele a fazia sorrir. E a inteligência. Ela sempre admirava homens inteligentes e tinha o algo mais, Castle é extremamente carinhoso e um ótimo amante. O sexo, não! O ato de fazer amor era sexy e romântico, quente. Desde a visita de Meredith, ela experimentara um momento ruim, de receio e reflexão mas os últimos acontecimentos entre eles serviram para mostrar que ainda há muito o que explorar, o que desvendar e dos dois lados. Ela não tinha nada do que reclamar. 

Seu namorado é ninguém menos que Rick Castle, autor de Best-sellers, a pessoa que um dia lhe disse que ela merecia ser feliz. E ela realmente estava feliz. Ele a ama. Isso é o mais importante. Por agora.

Depois do que passaram na última semana, eles tinham a oportunidade de comemorar algo em sua vida amorosa. Novamente, Kate estava diante de um novo passo em seu relacionamento com Castle. O passo tão importante quanto o da noite que escolhera ficar com ele.

Kate Beckett iria impressionar Castle. Ela estava curiosa para ver qual seria a reação dele ao saber o que ela lhe daria de Valentine’s.


Apartamento de Castle


Ele acabara de desligar o telefone. Falava com o gerente da Tiffany’s. Estava na saga de buscar um presente de Valentine’s à altura de Kate Beckett. Ele não esquecera o comentário que ela fizera alguns meses atrás sobre joias. Tinha que surpreende-la. Ele escolhera a peça e o gerente prometeu entrega-la amanhã em seu apartamento.

Um sorriso formou-se em seu rosto. Era o primeiro dia dos namorados deles. Era um sonho realizado. Castle tivera sua cota de mulheres na vida. Muitas mulheres. Um passado louco que certamente não agradaria a maioria. Isso tudo ficou para trás. Quando primeiro conheceu Kate tinha que confessar que ela o intrigara pelo seu jeito mandão e dominador, naquele momento ela era um desafio, alguém que queria incluir entre suas conquistas. Com o passar do tempo, ele conheceu um pouco mais daquela mulher misteriosa e reservada. 

Começou a investir para descobrir cada uma das facetas dela criando uma personagem, se tinha algo que Castle dominava bem era a arte da conquista. O tiro saíra pela culatra quando ele se viu envolvido por ela, pela beleza, pela honestidade, senso de justiça e sua personalidade. Ele se apaixonara, sofrera. Durante quatro anos ele esteve ali e valera muito a pena.

Agora importa o presente. Celebrar. Era uma nova fase para eles, o romance provara ficar melhor a cada dia. E justamente quando ele pensava saber tudo sobre ela, Kate o surpreendia. Eles estavam vivendo o presente, um momento que poderia abrir outras oportunidades e quem sabe desenhar um futuro para ambos?   

Festejar. Ele sabia bem o quanto ela precisava de algo assim após o último caso. A noite seria especial e tudo que Castle queria era que nenhum assassinato atrapalhasse um momento tão importante para os dois.  s com Castle. depois  o dia de Sma taca ra adivinhar o que ela daria de presente a ele.

Logo cedo Kate recebera uma mensagem de Esposito avisando que tinham um novo caso. Ela ligou para Castle e disse que passaria em seu apartamento em quinze minutos. No caminho para a cena do crime, eles pararam para comprar café e Castle aproveitou para puxar o assunto dos presentes. A curiosidade dele era ainda maior do que ela podia imaginar.

- Então, tudo pronto para amanhã à noite?

- Acredito que sim, se esse caso não atrapalhar... e Castle melhor irmos para meu apartamento não quero correr o risco de passar vergonha com sua mãe ou Alexis.

- Alexis não deve ser um problema visto que ela está com o tal Max.

- Voce ainda está implicando com o rapaz?

- Ele ainda não merece o título de namorado se é que você me entende. Falando em namorado, o que você comprou para mim?

- Castle eu não vou revelar e nem dar pistas sobre o seu presente. Contenha essa curiosidade! É o nosso primeiro dia dos namorados.

- Você deveria saber que como seu namorado e um escritor de sucesso, uma das minhas características mais marcantes além de ser lindo e inteligente é a curiosidade.

- Você esqueceu de mencionar modesto...

- Por favor...me dê uma pista Kate!

- Não...é surpresa.

- OK, vou tentar adivinhar.

Nesse instante ela parou o carro e desceu. Suspirou. Não adiantava, ele continuaria falando mesmo que ela tentasse proibi-lo. Vendo que ela não se manifestara ou falara qualquer coisa para impedi-lo, Castle se aventurou. 

- Um distintivo da NYPD? - Ela olhou para ele como quem diz “Sério?”- um quadro de evidências igual o que usamos no distrito? – ela balançou a cabeça negando. 

- Certo. Abotoaduras em formato de coração.

- Dá para parar de adivinhar?

- Um pônei. Um foguete. Um sabre de luz de Star Wars autografado por George Lucas.

- Claro, porque nada diz "feliz dia dos namorados" como um brinquedo de Star Wars – uma luzinha se acendeu na mente dela, ele não faria algo assim, faria? Com um certo receio, perguntou - Espere. Diga-me que você não me comprou um sabre de luz para nosso primeiro dia dos namorados juntos.

- Por favor, dê-me algum crédito. Você irá amar o que comprei para você.

- E você irá amar o que comprei para você.

- E você, Espo? Planos para o dia dos namorados amanhã?

- Tenho – um pouco misterioso - Investigar um assassinato.

- Sei.

- A vítima é Hannah Green, 23 anos. É uma das estrelas da série As Esposas de Wall Street. O irmão é de Jersey e está a caminho da delegacia.

-O reality show?

-É. Já viu?

- Só o suficiente para eu querer me matar. Um minuto foi muito de loucos apunhalando-se pelas costas.

- Falando em apunhalar pelas costas...

- Parece que ela está dormindo – se espantou Beckett.

- O motorista do ônibus que passou ontem às 23h15 também achou. Só hoje de manhã notaram que estava morta.

- Pela temperatura do fígado, ela morreu após as 22h ou 22h30.

- Ela morreu nessa uma hora.

- Parece que sim – continuou Espo - Não havia bolsa ou celular no corpo. Mas, se foi assaltada, não viram a pulseira de diamantes.

- Se foi, o assaltante tem um ótimo gosto para facas – disse Castle - É uma faca Takahara VG. Custa uns US$ 200.

- Bem cara para uma arma de crime. Concluiu Beckett.

- Quem quer que tenha sido, parece que ela resistiu. Ela tem ferimentos de defesa, arranhões nos punhos e, possivelmente, material genético sob as unhas. Farei exame de DNA quando voltar ao necrotério.

-Ela mora por aqui?

-Não, no centro. No Hotel Thompson.

-Então o que fazia aqui?

- Não sei. O produtor do programa disse que não filmaram na região. Nesse instante, Ryan aparece meio agoniado.

- Oi. Desculpem o atraso.

- Jenny de novo?

- A temperatura dela elevou esta manhã, então era hora de comparecer. Engravidar virou uma ciência.

-Parece romântico.

- Sinto-me um galo no galinheiro. Mas só há uma galinha... Uma galinha bem mandona.

- Certo, Espo, você e o galo vasculhem a área. Castle e eu falaremos com o produtor, ver o que ele sabe sobre a vida da Hannah.

Beckett e Castle foram até o escritório do produtor onde ele mostrou as ultimas imagens gravadas de Hannah.

- Coitada. É uma perda e tanto. Ela era ótima para a audiência. Precisam encontrar quem fez isso. A audiência vai querer saber.
- Sem falar sua família, a Promotoria,...

- Sr. Monroe, quando isso foi gravado? Perguntou Beckett

- Anteontem, por volta das 20h. Por quê?

- Porque está usando a mesma roupa na qual a encontramos. Foi um dia inteiro depois. Sabe aonde ela foi após as filmagens, ou por que ela estaria no Upper West Side?

- Sendo sincero, quando as câmeras se afastam, também me afasto. Nem sei o que ela fazia em seu tempo livre.

- Ela parece chateada no vídeo. Sabe por quê?

- Você precisa entender algo. Trouxemos a Hannah para ser assistente da Penelope. Movimentar um pouco as coisas. Garota da cidade pequena com o sonho de ser estilista.

- Ela se daria bem com as esposas de Wall Street?

- Ela só está fazendo cena para a câmera. Todas fazem. É um reality show que não é real. Gosto de pensar como realidade aumentada.

- Quase realidade – comentou Castle.

- Na realidade real, tinha problemas com alguém do programa?

- Colocando juntas várias mulheres resolutas, sairão faíscas. Mas Hannah fazia parte da família.

- Precisarei de todas as gravações dela, caso haja algo relevante.

- Claro. Mas você pode querer averiguar a família dela. Sei que ela tinha problemas com o irmão, Charlie Green.

Seguindo a dica do produtor, Beckett avisou Espo e solicitou a vinda do irmão ao distrito. Ele e Ryan falaram com ele.  

- Hannah sempre quis se dar bem na cidade e, quando ela veio para cá... Ela se perdeu. Eu deveria ter feito mais. Eu era seu irmão, eu deveria tê-la protegido.

- Sr. Green, qual foi a última vez que falou com Hannah?

- Há alguns dias. Liguei para ela. Nós brigamos.

- Por causa do quê?

- O de sempre. Sobre como ela estava expondo sua vida para todos verem, o que isso fazia com a família. Ela... disse que eu não entendia, que acontecia mais do que eu sabia. Para mim, era simples. Ela precisava voltar pra casa.

- Então você não aprovava ela estar em Esposas de Wall Street?

- Aprovar? Não. Estava acabando conosco. Ver suas escolhas, a vida que estava levando, tudo em rede nacional. E isso foi antes de começar o caso.

- Caso?

E então Beckett e Castle descobriram do caso de Hannah com o marido de Penelope.

- A vítima tinha um caso com o marido de outra participante do programa?

- Não apenas um caso. Eles foram morar juntos depois que Penelope descobriu.

- E o produtor não nos disse nada.

- Diria que ele estava protegendo seus bens.

- O caso foi transmitido em rede nacional. Ele realmente achou que não descobriríamos? Nesse momento, Gates entra na sala e ao olhar o vídeo, tira suas próprias conclusões.

- Meu Deus. Foi Penelope, não foi? – Gates começou a justificar sua teoria - Depois do que Hannah fez ao seu casamento, não a culparia. Penelope sustentava a família sozinha depois que Bob foi demitido. Então ela dá a Hannah uma grande chance, que retribui transando com seu marido desprezível.

Castle e Beckett ficaram muito surpresos com a descoberta mas foi ele quem perguntou da Capitã.

- Você é fã do programa?

- Sou, é o melhor programa da TV, por quê? Castle era incapaz de ficar calado mesmo quando podia transformar algo a seu favor com Gates.

- Só pensei que uma mulher como você iria preferir algo mais... sofisticado.

- Com licença? O que disse? – droga! Bola fora. Parabéns Castle! O telefone de Beckett toca salvando-o de algo ainda mais embaraçoso. Lanie.

- Oi, Lanie. Novidades?

- Estou enviando a foto do fragmento de unha que retirei do cabelo da vítima. Imagino que tenha vindo do assassino durante o ataque.

-Pode fazer exame de DNA?

-Já estou fazendo.

- Ótimo. Obrigada.

Mas eles não precisariam do DNA para confirmar de quem era a unha assim que viram a foto.

- É impressão minha ou...

- É uma combinação perfeita. Era de Penelope.

Castle e Beckett voltaram ao estúdio e apesar dos protestos enormes do produtor pedindo para eles aguardarem o fim das filmagens, Beckett não quis saber. Invadiu o estúdio e pegou uma ultima cena entre todos os participantes do reality quando discutiam a morte de Hannah.

- Ashley está certa.Talvez devêssemos adiar.

- Adiar? Por aquela vadia? Disse Penélope.

- Penelope!

- Não é como se eu tivesse a matado.

Era a deixa perfeita para Beckett.

- Com licença, Srtª. Foster. Detetive Beckett, NYPD.

- Como está? Penélope estendeu a mão para cumprimenta-la e Beckett percebeu a falha na unha.

- Bem. Mas você... está presa pelo assassinato de Hannah Green.

- Acho que é como se tivesse a matado – concluiu Castle.

- Ainda está gravando? Filmou isso? O produtor estava muito animado, já podia ver a audiência subindo.

De volta ao distrito, Beckett entra na sala de interrogatório.

- Como se atreve a me prender em frente de todos?

- Deveria estar mais preocupada com isto, Penelope. É uma análise de fragmento de unha achado no cabelo de Hannah. O DNA é compatível com o seu. Quer me dizer como chegou lá? Se não, tenho certeza que seu marido dirá.

- Bob? Por favor. O que acha que ele dirá? Aquele canalha é tão idiota que achou que ela realmente sentisse algo por ele. Todos sabiam que o que ela queria era elevar o status no programa. Ela estava o usando.

Enquanto isso, Ryan e Esposito entrevistavam Bob que jurava que ele e Hannah estavam apaixonados. Ele ficou preocupado por ela não ter voltado para casa mas não sabia onde ela estava. Ele também estava preocupado se Penélope matara Hannah.

E Beckett continuava com Penelope. A mulher tinha um gênio muito forte. Beckett porém, não se deixava intimidar. Perguntou se ela já pensara em matar Hannah alguma vez.

- Sim, eu queria matá-la. Mas com todo o país assistindo? Acha que sou idiota?

-E a unha?

- A verdade é que... Hannah e eu tivemos uma briga. Mas não na noite em que morreu. Na anterior.

- Qual foi o motivo da briga?

- Estávamos filmando depoimentos. Ela me esperou fora do estúdio, disse que precisava conversar.

- Sobre o quê?

- Margo. Ela a contratou depois que a despedi. Sem surpresas, estavam com problemas no trabalho. Por mais louco que pareça, a vadia queria que eu a recontratasse.

- Espera que eu acredite que ela pediu o emprego de volta depois de arruinar seu casamento?

- Por que acha que pirei? Puxei o cabelo dela e quebrei minha unha. Mas foi isso. Ela escapou, foi embora e foi a última vez que a vi.

- Imagino que não se importa se eu perguntar onde estava ontem entre 22h15 e 23h15?

E certamente não. Ao checar o álibi de Penélope, Beckett descobriu que ela dizia a verdade. Hora de mudar de ângulo. 

- Certo. Onde estamos na arma do crime? Castle perguntou.

- Não há impressões digitais. Mas acharam óxido de antimônio no cabo da faca.

- Um retardador de chama, se bem lembro – disse Castle.

- E, com base na ferida, parece que a faca era nova ou nunca foi usada.

- Pessoal, olhem isto. Um fã tirou e postou isto no site de fãs do programa na noite do assassinato.

- É a Hannah.

- E tem a hora. Isso foi 20 minutos antes do crime.

- 20 minutos? Esse prédio deve ter relação com o crime – disse Castle - E sabe onde fica?

-A foto não foi marcada, mas parte do número do prédio termina em 46.

- E posso dizer quem mora aí – disse Gates - Conheço esse prédio. É do programa. É o prédio de Margo. Fica em Upper West. Ao sul da 83.

- Espere. Isso significa que Margo mora na esquina de onde Hannah foi morta.

Castle e Beckett seguiram para o prédio de Margo e foram recebidos pelo filho dela. logo em seguida, Beckett a questionou sobre a ultima vez que vira a vítima e Margo confirmou sua ida ao apartamento por volta das 22h e saiu logo depois. Segundo ela tinha ido se desculpar. Depois que Hannah declarou seu affair com Bob, ela a contratara para iniciar uma linha com seu filho Stone mas no dia que era esperada para apresentar suas ideias, na frente de todas as câmeras para gravar, não apareceu. Não disse o motivo pelo qual faltou, apenas garantiu que faria seu trabalho. Não tinha noção de onde ela iria depois, talvez para casa. Quando questionada sobre o que fizera em seguida, Margo disse que telefonara para o seu advogado de entretenimento para discutir o spin-off de Stone e Ashley.  

De volta ao distrito, Beckett checou as informações de Margo e o álibi conferiu. Ela esteve com o advogado por 56 minutos numa ligação do telefone fixo.

- Qualquer um que se inscrevesse no site do programa saberia, pela foto, que Hannah estava no prédio de Margo. Mandam alertas de texto sempre que sai algo novo e tem centenas de assinantes – Castle já havia checado a informação online.

- Tenho um mistério aqui – disse Esposito.

- Além do seu plano do dia dos namorados? – provocou Castle o que fez Espo empurrar o dedo na boca de Castle para mante-lo calado. Beckett suprimiu o riso.

- As finanças de Hannah. Nos últimos dois meses, recebeu depósitos semanais de US$ 5 mil. Chequei na família, no programa. Ninguém sabe de onde vêm.

- Não foi vendendo biscoitos das escoteiras. Talvez tenha algo a ver com onde ela estava quando perdeu a reunião com Margo sobre a linha de moda.

- A fatura do cartão a coloca em um bar no Brooklyn chamado "Última Parada".

- Em um bar? O que ela fazia lá? Ao invés de ir à reunião mais importante de sua vida.

- Não sei. O barman disse que ela discutiu com um cara. Deixei o barman com um desenhista. Talvez descobriremos quem é o cara.

- Desculpem. Tive que correr para casa e... – Ryan apareceu afobado.

- Brincar de casinha? – implicou Castle.

- Essa foi boa. Será o dia dos namorados menos romântico de todos – Beckett ajeitou a gola de Ryan e ele agradeceu.

- Obrigado.

- Nada.

- Pedi que técnicos checassem as últimas 24 horas de Hannah, depois da briga com Penelope e antes de ir até Margo.

- Acharam algo útil?

- Não acharam nada. Ela não fez ou recebeu ligações, não mandou mensagens. Não acessou e-mail ou qualquer conta on-line. Nenhum tipo de rastro digital. Como se tivesse desaparecido.

- Por que ficaria fora de radar por 24 horas?

- E onde estava?

E Beckett recebeu uma mensagem de Lanie para irem ao necrotério.

- Direi onde ela estava. Em Madagascar.

- Como no país fora da costa sudeste da África, famoso pelo adorável filme animado? Perguntou Castle.

- Exato. O material que encontrei sob as unhas dela não é pele do agressor. É Alluadia.

- E o que é Alluadia? Quis saber Beckett.

- Uma rara planta espinhosa cultivada, principalmente, em Madagascar.

- Como foi parar sob as unhas dela?

- Não sei, quanto aos ferimentos de defesa não foram feitos na hora do assassinato. São de 24 horas antes.

- Foi quando ela ficou fora da rede, devendo haver uma ligação – disse Beckett.

- Acho que tem. Lembra deste machucado? Disse Lanie mostrando o pulso de Hannah.

- Lembro.

- Descobri o que o causou. A pulseira de diamantes.

- Mas não estava no pulso direito dela? perguntou Castle.

- Boa memória.

- Os pulsos foram amarrados – concluiu Castle.

- Apertado e por várias horas – confirmou Lanie.

- Agora faz sentido. A mesma roupa de um dia para o outro.

- Fora de radar – completou Castle.

- E os ferimentos de defesa 24 horas antes da morte.

- Hannah foi mantida refém.

De volta ao distrito as perguntas continuavam sem resposta. Ryan, Beckett e Castle discutiam as dúvidas.

- Se Hannah foi mantida refém, por que ela não prestou queixa? – se perguntava Beckett.

- E como foi transportada magicamente a Madagascar? – falou Ryan.

- Por que se desculparia com Margo por não ter ido ao trabalho? – era a dúvida de Castle.

- Deve ter alguma coisa a ver com os pagamentos de US$ 5 mil e o encontro no bar do Brooklyn com o homem misterioso.

- Tudo parece tão aleatório. Sei que no final todas as pistas se encaixarão lindamente em um mosaico criminal. Mas... como? – então Castle teve uma ideia maluca - Espere. É esse seu presente de dia dos namorados para mim? – ele olhou para ela empolgado - Um complexo mistério onde nada faz sentido? Você me conhece tão bem – Beckett apenas sorriu e balançou a cabeça. Esposito se aproximou. 

- Odeio interromper sua pequena conexão amorosa. Mas vi as câmeras de trânsito. Achei um vídeo da Hannah chegando no prédio de Margo de táxi. Peguei o número. Conversei com o taxista, cujo registro mostra que pegou Hannah nas ruas 78ª com Lex.

- Ele disse de onde ela vinha? Prédio? Loja?

- Ele não sabia. Disse que ela estava na esquina quando o acenou.

- Podia estar em qualquer lugar. Não tem como descobrir, cara – disse Ryan.

- Talvez tenha – disse Gates - Conversei com um regulador do Departamento de Agricultura. Parece que Alluadia é usada em arquitetura sustentável em tapetes, pisos, papéis de paredes, possivelmente, de um prédio próximo.

- Espo, leve reforços para examinar a área da 78ª com a Lex e veja se há prédios sustentáveis que talvez usem essa Allu... O quer que seja essa planta.

- Como quiser. Castle aproveitou o momento de intervenção para fazer mais uma observação sobre ela tentando ganhar alguns pontos com a Capitã.

- Capitã Gates, participando do caso, envolvendo-se com especulações. Não somos tão diferentes, eu e você. Gates tirou os óculos e olhou bem séria para ele com cara de poucos amigos.

- Há... Há uma diferença. Somos diferentes – disse Castle baixinho.  

- Sabe, essa pode ser nossa grande pista, mas não chegaríamos a ela se não tivesse reconhecido o prédio da Margo naquela foto e é por isso que acho que todos deveriam assistir hoje à noite Esposas de Wall Street. Pelo bem do caso – após dar o seu recado para Beckett, ela se distanciou.

- Então... vai lá em casa para uma festinha de televisão?

- Para me encher sobre o presente de dia dos namorados? Não, obrigada. Acho que vou recusar.

Eles caminhavam pelo corredor e Castle continuou provocando sobre o presente.

- Mas já vou te avisando, sou meio competitivo para presentear. Não fique mal se o seu for pior que o meu.

- E se for melhor? – ela provocou.

- Melhor? Como pode ser melhor?

- Depende do que você me der – instigou Beckett antes de deixa-lo.


Apartamento de Castle


- Richard. São de tirar o fôlego.

-Beckett vai adorar, pai.

- Não vai? Vai ser difícil competir com isso. Um dos perigos de namorar um ninja dos presentes.

- Você quer ser um ninja verdadeiro? Enfie isso no bolso do casaco dela quando ela não estiver vendo.

- Mãe, gostei dessa ideia. O elemento surpresa. O jeito ninja. E você, Alexis? Planos com o Max?

- Nós vamos só estudar juntos.

- Não parece muito especial.

- Acho que vamos, principalmente, estudar os olhos do outro.

- E você, mãe, algum plano especial?

- Vamos fazer leituras dramáticas de "Um Amor em Cada Vida" no meu estúdio.

-Que legal. Falando em drama, alguém gostaria de se juntar a mim para ver Esposas de Wall Street, incluindo pipoca?

- Almoços de duas horas não são aceitáveis, Hannah. Isso aqui é uma empresa.

- Estava pegando amostras de fábricas, não almoçando.

Enquanto o dramalhão corria, Castle estava à beira de um surto.

- Atirem em mim.

- Queria que existissem programas assim na minha época. Sem roteiro, reações exageradas, gritaria... Que programa.

Ao terminar o primeiro episodio, sem qualquer estimulo para continuar Martha e Alexis se despediram dele e recolheram-se. Castle continuou a maratona sozinho muitas vezes quase desistindo mas a curiosidade foi maior.  E o drama apenas se intensificou terminando em um momento de acusação entre marido e mulher com direito a virada de mesa que certamente chamou a atenção de Castle. 

A seguir: A Piscina de Tubarões, com o bad boy bilionário, Mike Chilean. – e assim terminou um episódio. Por volta das onze e meia da noite, Alexis desceu para beber água e se assustou com o pai ainda na sala.

- Meu deus, pai. Ainda está assistindo?

- Não estou sentindo minha bunda.

Foi o aviso para desligar a tv. Mas fosse pelo excesso de histórias passionais do show ou a ansiedade pelo dia dos namorados que passaria com Kate, ele não conseguia pregar os olhos. O presente dela ainda era um mistério mas ele faria a surpresa como sua mãe sugerira. Sem sono, ele passou a divagar.

Tanta coisa mudara em tão pouco tempo na vida deles. Foram quatro anos convivendo com ela até quebrarem a barreira da amizade e ficarem juntos. Quebraram o muro e depois disso foram os meses mais deliciosos que já vivera. Sempre soube e nunca escondeu dela que Kate era uma mulher especial, porém estando em um relacionamento amoroso, Castle acabou por descobrir um outro lado de Kate que desconhecia. O lado mulher, carinhosa, sexy, fogosa cheia de segredos a serem desvendados. Uma verdadeira caixinha de surpresas.

Estava tão ansioso que teve de se conter olhando para o relógio esperando pela meia-noite a fim de ligar para ela e desejar "Feliz Dia dos Namorados". Assim que o ponteiro virou indicando o primeiro minuto do dia, ele pegou o telefone e chamou.

Sonolenta, ela sussurrou com voz rouca o nome dele ao verificar o visor.

- Castle... Que horas são ?

- Hora de desejar um feliz dia dos namorados para a mulher mais linda que eu conheço.

- Hum... Já passa da meia-noite? - ela sorriu diante do gesto dele, fazia tempo que não tinha certos paparicos.

- Já... Você já estava dormindo não?

- Sim, mas você me acordou por uma boa causa. Feliz Dia dos Namorados, Castle. Preparado para o seu presente?

- Se ao menos você me desse uma dica...

- Sem chance!

- Ah Detetive nosso primeiro Valentine's... Mal posso esperar.

- Eu também...

- Amanhã?

- Você sabe que estamos falando de hoje, certo?

- Sei, apenas uma maneira de expressão. Não tolha o escritor.

- Ok, bons sonhos Castle

- Descanse bastante... E sonhe comigo, Kate. Um beijo.

- Outro pra você. - ela desligou rindo.

Ainda na cama, Castle não conseguia parar de pensar no momento que desfrutaria ao lado dela daqui a algumas horas. Ele não ficava tão animado e excitado com um dia dos namorados desde... E de repente Castle não conseguia lembrar de quando fora seu ultimo Valentine's perfeito. Não foi com Meredith nem Gina. Na verdade, a ultima vez que isso acontecera ele ainda não era um escritor de sucesso. Fora com Kyra. O que apenas provava que Kate Beckett não era como as outras, ela era seu bilhete premiado, seu diamante lapidado.

Suspirando, ele cedeu ao sono.


12th Distrito


Na manhã seguinte, Castle encontrou com Gates logo no elevador e ele não esperou um minuto sequer para debater sobre o reality show com ela.

- É exatamente o que quero dizer. Hannah não tinha chance alguma. Ela era uma garota jovem, ingênua, de cidade pequena. E era amiga de piranhas.

- Mas veja o que ela fez com Bob – contestou Gates.

- Está bem, acha mesmo que ela o manipulou, que Penelope estava certa?

- Aquela garota era mais esperta do que achavam.

- Quer saber? Acho que está certa.

- E você, detetive? – ela perguntou - Assistiu Esposas de Wall Street ontem?

- Eu vi um episódio.

- Só um episódio? É como comer só uma batata frita – disse Castle.

- Geralmente, só como uma batata frita – ela retrucou.

- E a busca, detetive? Gates perguntou.

- Ainda estão percorrendo todos os prédios em Upper East Side com rastros de Alluaudia, mas nada ainda.

- Vocês não vão acreditar nisso – Esposito se aproximou deles - O retrato falado do cara que Hannah encontrou naquele restaurante no Brooklyn acabou de chegar.

- Alguém que estava no bar o identificou?

- Não precisou. Ele mostrou o desenho.

- É o Mike Chilean – disse Castle.

- O bilionário doido? – indagou Gates.

- E o empresário apresentador de outro reality show que é sucesso financeiro do canal, "Piscina com Tubarões."

- Então, por que Hannah abandonaria sua chance de lançar uma linha de roupas com Margo para se encontrar com Chilean em um bar decadente no Brooklyn? – foi a pergunta de Gates. Claro que Beckett ia investigar e chamou-o ao distrito.

Na sala de interrogatório, Beckett perguntou porque ele se encontrara naquela espelunca com a vítima. O produtor explicou que a escolha do lugar foi dela. Há alguns dias atrás ela o procurara e pediu para eles se encontrarem, ele pensou que fosse um encontro. Mas ela queria ameaçar e propor que eu financiasse a linha de estilista, o que achara estranho pois deveria ser papel de Margo. Ele ia oferecer financiamento e reconhecimento para ela quando disse se faria alguma diferença se ela deixasse o programa. É claro que faria pois sem o programa a marca dela não valia nada.      

Beckett estava na sala de descanso preparando um café para si de costas para Castle. Como uma forma de distração, ele começou a indaga-la.

- Por que, de repente, Hannah queria deixar o programa se tudo o que ela sonhou começou a lhe acontecer? – ao reparar no blazer dela sobre a cadeira, viu a oportunidade perfeita para colocar a caixa com os brincos no bolso como sua mãe havia sugerido. E num movimento rápido ele o fez.

- Seja o que for, ela claramente queria manter em segredo.

Gates viera à procura dela com novas informações com uma tigela de frutas e café, ela claramente estava também num momento de pausa.

- Na busca, a polícia encontrou um vendedor que viu Hannah em um prédio vizinho na linha do tempo do nosso sequestro. Registros mostram que o edifício é ecologicamente correto.

- Alguma evidência de Alluadia no prédio? Perguntou Castle.

- Eu verifiquei. Está no papel de parede. Ela foi mantida refém em algum lugar naquele prédio. Descubram onde.

- Castle, vamos – Beckett largou o café e pegou o blazer vestindo-o.

- Estou indo. Você pegou o blazer errado.

- Não, não peguei. Vamos.

Então ele percebeu o que fizera. Colocara o presente no bolso do blazer de Gates. Castle estava sem reação, não se mexera e agora olhava Gates colocar o seu blazer meio abobalhado. 

- Está tudo bem, Sr. Castle?

Ele não conseguia responder. Isso estava errado, muito errado.

- Castle - Beckett voltou a chamar por ele - Vamos.

No prédio ao mostrar a foto de Hannah, o recepcionista a reconheceu imediatamente. A vira apenas uma vez durante uma ronda, ela estava entrando no 29J. Ele os acompanhou até o apartamento e abrir a porta para eles. O apartamento pertencia a uma corporação chamada Propriedades Ocean Terrace e não havia outros nomes ligados a ele. De repente, Beckett começa a ouvir um barulho constante de batidas e identifica que está vindo de um cômodo fechado. Faz sinal para Castle de que vai abrir a porta e o faz de arma em punho surpreendendo a si e a pessoa que estava no quarto na cama. 

- Penelope? E em seguida surge a pessoa debaixo dos lençóis. 

- E Bob! – Castle também se espanta - Vocês dois estão juntos...- então ele baixa a voz como que cochichasse a Beckett - Alerta de spoiler!

De volta ao distrito, Beckett os colocou em salas de interrogatório separadas e estava finalizando sua conversa com Bob enquanto Gates observava pelo vidro também chocada com a novidade.  

- Bob e Penelope juntos? Não posso acreditar.

- Eu sei, não é? Castle concordou e pode ver claramente a caixa no bolso de Gates. Precisava recupera-la. Beckett entrara na saleta com eles.

- Nenhum deles está falando sobre Hannah.

- É claro que têm muito mais a esconder do que o fato de estarem dormindo juntos.

- Esta é uma reviravolta que eu não esperava. Claro que ele estava falando do seu presente no bolso de Gates ao invés do caso. Ryan se juntou a eles com novidades.

- Então eu fiz uma busca no apartamento. Propriedades Ocean Terrace é uma empresa de fachada pertencente a Bob. A locação é de quando ele e Hannah começaram um caso.

Enquanto ele falava, Castle se aproximou de Gates preparando-se para recuperar a caixa. Sua mão estava pronta para entrar no bolso do blazer quando Gates se afastou dele e comentou.

- Isso é estranho. Quando Bob deixou Penelope, ele se mudou para o Hotel Thompson com Hannah. Então, por que ele alugou outro apartamento? Disse Gates agora encarando o vidro. Castle já estava com os dedos praticamente no bolso dela quando Esposito apareceu chamando sua atenção. Droga!

- Olhei as finanças de Penelope. Lembram daqueles US$ 5 mil que Hannah recebeu? Eles batem exatamente com saques que Penelope fez em sua conta corrente.

- Penelope estava pagando Hannah? Por que ela faria isso? Perguntou Gates.

- Não há como saber, a menos que a façamos falar. Disse Beckett.

- Desculpe. Você já viu o programa? Penelope é a mais forte. Se alguém vai falar... é o Bob.

- Mas ele não vai. Meu palpite é que ele tem medo de Penélope.

- Então talvez seja hora de copiar uma página do roteiro de Penelope – sugeriu Castle.

- Qual é! Você não acreditam mesmo... – Castle, Gates e Beckett trocaram um olhar antes da Capitã concordar.

- Não custa tentar.

Beckett suspirou e se preparou para voltar a sala de interrogatório com Bob. Assim que a viu entrar ele foi logo falando.

- Eu já disse, eu não tenho nada...

Eu disse que você poderia falar? – Beckett impunha o tom de voz alto e autoritário - Alguém te deu permissão para abrir a sua boca? Não! Então se sente, cale-se e ouça. Sabemos que o apartamento é seu, Bob.

- Sabemos que Hannah foi refém lá. O que significa... que posso te prender por sequestro. É uma pena de 20 anos, fácil.

- O quê? Não. Eu...

- Não vou parar por aí. Vou acabar com você por assassinato.

- Espere. Eu? Eu não a matei.

Castle ia tentar mais uma vez recuperar o presente mas a intensidade de Beckett durante o interrogatório o surpreendeu.

- Não minta para mim! – ela bateu com força na mesa assustando-o - Você a trancou. E a manteve como refém. Quem faz isso com alguém que se ama? É um péssimo mentiroso! E com isso ela virou a mesa da sala de interrogatório. Fora o suficiente para o medo de Bob o deixar apavorado e falar.

- Não estávamos apaixonados. Era uma mentira. A coisa toda era uma mentira. Não havia relação. Hannah e eu nunca ficamos juntos.

- O quê? – Castle e Gates exclamaram ao mesmo tempo.

- Fizemos isso pela audiência.

- Audiência?

- O noivado entre Ashley e Stone estava sugando toda a atenção no programa. As cenas de Penelope foram diminuindo, matando suas vendas de roupas. Ela perdeu a cabeça. Então bolamos um plano. Hannah estava relutante no início, mas Penelope pode ser bastante persuasiva – ele estava encurralado num canto da sala.

- Então os US$ 5 mil que Penelope pagava a Hannah era para manter um relacionamento falso?

- Nunca quisemos que acabasse assim – ele deslizou pelo canto sentando-se no chão, apavorado. Beckett se sentou e perguntou a ele.

- O que aconteceu, Bob?

- Na outra noite, depois de gravar seu depoimento, Hannah precisava conversar. Nós três não podíamos ser vistos juntos, então nos encontramos no apartamento. Disse não suportar ser vista como destruidora de lares. Ela não podia continuar vivendo uma mentira. Ela disse que iria a público, revelar que o caso foi falso o tempo todo.

- Isso é uma grande bomba. Como vocês encararam?

- Como? Entramos em pânico. Se ela seguisse com isso, destruiria o programa. Perderíamos a credibilidade. Ninguém mais compraria as roupas de Penelope. E seria quebra de contrato, o programa nos processaria. Nossas vidas estariam arruinadas.

- Então vocês a amarraram.

- Não sabíamos o que fazer. Passou um dia e percebemos que não poderíamos segurá-la para sempre. Então fizemos uma ligação.

- Para quem você ligou? Bob! Para quem você ligou?

- Pedro Monroe.

- O produtor de Esposas de Wall Street?

- Sim, precisávamos de ajuda. É o programa dele. Também tinha muito a perder.

- O que disse a ele?

- Tudo. Então, disse para eu e Penelope deixarmos que ele lidaria com Hannah. Pensamos que ele conversaria com ela, você sabe, talvez fazer algum acordo. Mas, a próxima coisa que soubemos... foi que Hannah estava morta.

Chateada, Beckett pegou Castle e invadiu o escritório de Monroe.

- Sr. Monroe, você é patologicamente incapaz de dizer a verdade?

- Depende. Do que se trata?

- O seu papel no assassinato de Hannah.

- Eu não tive nada a ver com o seu assassinato.

- Bob acha que você tem. Sabemos que ele te ligou do apartamento sobre Hannah pouco antes dela morrer.

- Certo, Penelope e Bob me ligaram. Casal de idiotas... Fazendo-a de refém do nada.

- Então você foi até lá?

- É claro que eu fui lá. Droga, eu a salvei daqueles dois lunáticos. Eu sou o cara bom. Sabe o que fiz quando cheguei? Eu a deixei ir. Água?

-Por favor.

- Se Hannah revelasse este enredo falso, seu programa arderia em chamas. Os fãs ficariam indignados. Eu estou indignado – disse Castle.

- Eu estava tentando impedi-la. Ofereci a Hannah mais dinheiro, sua própria série, qualquer coisa para não expor o programa. Quero dizer... Ela iria estragar tudo. Eu lhe implorei para ficar. Eu a acompanhei e lhe passei minhas ideias.

- Mas ela não quis acordo.

- Ela entrou em um táxi e nunca mais a vi.

- Eu tenho uma história melhor. Você pegou uma faca e a seguiu.

- Não, eu não fiz isso. Eu juro. Fui direto para o Clube dos Atores, tomei uns coquetéis e esperei meu mundo desmoronar. Mas nada aconteceu. Na manhã seguinte, descobri que ela estava morta.

De volta ao 12th, Beckett acabara de sair do telefone. O álibi de Monroe era sólido. 

-Só resta Margo, porque foi para onde Hannah seguiu, mas... depois de ser mantida refém e de exigir sair do programa, duvido que tenha ido lá para voltar ao trabalho. Margo deve ter mentido para nós.
- Margo estava mentindo – afirmou Esposito -  Disse que deixou Hannah subir à noite, certo? É impossível. A campainha do prédio se conecta ao telefone. Os registros telefônicos mostram que Hannah tocou às 21h57. De acordo com as finanças de Margo, quase nesta mesma hora, às 21h58, usava o cartão de crédito no Lorenzo's Deli a 10 quadras.

- Obrigada, Espo. Margo tem algo a explicar. Se não deixou Hannah subir, então quem foi?

- E por que ela mentiria sobre isso?

Ela passara apressada pela sala de Gates mas Castle parou por uns instantes apenas para verificar onde estava o blazer. Kate notara. E quando ele se virara deu de cara com Beckett que o questionou.

- Castle, o que está acontecendo com você e Gates hoje?

- O que quer dizer? Mas ele sabia exatamente ao que ela se referia e diante das circunstâncias, ele achara melhor contar o que estava acontecendo já que existia uma possibilidade muito grande dele não reaver o presente dela. então, no caminho para o prédio de Margo, ele contou tudo.

- Sério, Castle. No que você estava pensando?

- Queria fazer uma surpresa.

- Pondo o meu presente no blazer da Gates? Eu estou surpresa.

- Por que usam blazers parecidos? Ele estava frustrado.

- Você escreveu um bilhete? Isso podia ser um grande problema para eles já pensava Kate.

- É claro que escrevi. Eu sou um escritor.

- Foi romântico?

- É dia dos namorados, então foi romântico.

- Escreveu o meu nome? Meu Deus, Castle, por favor. Escreveu meu nome? – ela começava a entrar em pânico.

- Não me lembro. Escrevi o meu nome. Eu sei disso.

- Se Gates descobrir que estamos juntos, acabou. Não iremos mais trabalhar juntos.

- Por isso estou tentando pegá-lo.

- Nós o pegaremos, assim que chegarmos à delegacia. Agora temos um assassinato a resolver. Talvez, nosso último.

Margo os deixou entrar e perguntou em que poderia ajuda-los. Beckett explicou sobre a interação entre as linhas telefônicas e o sistema de comunicação do prédio que registrava todas as entradas no prédio e sabiam que ela estava na Lorenzo's Deli, não poderia abrir para Hannah na noite do assassinato.

- Por que mentiu para nós?

- Pelo programa, seu marido está em Bruxelas a trabalho. Então não foi ele. E só há uma outra pessoa morando aqui.

- Seu filho, Stone – afirmou Beckett - Ele trabalhou com Hannah, não foi?

- Não gosto do que vocês estão insinuando.

- Eles tiveram problemas?

- Onde ele está agora? Insistiu Beckett.

- Eu não sei. Ele é adulto.

- É mesmo? – Castle provocou - Porque no 3x05 você disse ser a guardiã de seu filho e sempre saber onde ele está e o que está fazendo – Beckett olhou para ele surpresa Castle não deixou passar - Parece que um de nós fez o dever de casa. Agora, Sr.ª Gower, onde está Stone?

- Quero falar com meu advogado.

- De entretenimento ou criminal?

De volta ao distrito, Ryan informa Gates que pegaram o cara no aeroporto, ia para Buenos Aires. Gates estava um pouco frustrada com as ultimas informações sobre o show que assistia. Por fim deu a ordem de prender Stone no aeroporto e traze-lo para o distrito.  Ao ajeitar o blazer na cadeira, Gates percebeu a caixa que caira no chão. Curiosa, ela apanhou e abriu vendo os lindos brincos em ouro branco.

- Meu Deus...

Também viu um pedaço de papel o que indicava ser um bilhete. Abriu a nota e pegou os óculos sobre a mesa. Ao ler a nota, ela sorria ate chegar ao seu final. Tirou os óculos e fechou a cara num semblante nada satisfeito.

Beckett foi avisada que Stone já estava na sala de interrogatório. Ela não perdeu tempo sentou-se a frente dele e começou as perguntas. Castle a observava em um dos cantos da sala.

- Por que a viagem repentina à Argentina, Stone?

- Apenas precisava me afastar por um tempo.

- Sei que Hannah foi ao seu apto. na noite em que foi morta e sabemos que você abriu para ela.

- E, por algum motivo, sua mãe mentiu a respeito disso. Por que ela faria isso? – falou Castle.

- Foi porque Hannah contou que acabaria com o programa e você viu seu sonho de um spin-off Ashley-Stone descer pelo ralo? Por isso sua mãe mentiu? Porque você seguiu Hannah quando ela saiu e a matou?

- Eu não a matei. Vocês não entendem? Eu estava apaixonado por ela.

- Apaixonado?

- E quanto a Ashley?

- Isso foi ideia da minha mãe. Gosto da Ash. Nos conhecemos desde criança. Mas... Então conheci Hannah... e nos conectamos por sermos forçados a fazermos coisas que não eram da nossa vontade.

- Mais alguém sabia sobre vocês?

- Não. Havia muito em risco. Nas últimas semanas, Hannah não aguentava mais o que o programa fazia com ela, com sua família.

- Ela queria uma saída.

- Nós dois queríamos. Mas as mentiras ficaram tão grandes... O caso falso dela, o meu noivado. Ash e minha mãe contavam com aquele spin-off.

- O que aconteceu na noite em que Hannah te visitou? – perguntou Beckett.

- Ela estava histérica. Ela disse que queria sair da cidade imediatamente. Era agora ou nunca. E eu ia com ela. Mas...

- Mas o quê? – ela insistiu.

- Minha mãe chegou em casa e, quando descobriu sobre nosso relacionamento, ela perdeu a cabeça e expulsou a Hannah. Mas a pior parte... foi que Hannah implorou para que eu fosse com ela. Mas não pude. Quando ela precisou que eu enfrentasse minha mãe... não consegui.

- Stone... sua mãe foi atrás dela? – perguntou Castle.

- Não. Assim que Hannah saiu, soube que eu tinha errado. Então eu corri para alcançá-la na rua. Então a beijei e disse que a amava. Mas ela disse que era tarde demais... que ela não queria ver nenhum de nós novamente.

- Alguém pode confirmar seu paradeiro após você e Hannah tomarem caminhos separados?

- Eu dei uma caminhada, então não.

- O que acham? Acreditam nele? – perguntou Gates.

- Ele tinha motivo. Ela ia abandoná-lo – disse Castle.

- E ele foi o último a vê-la viva a uma quadra de onde ela foi morta, então... – completou Beckett.

- O único problema é que não temos provas. Não podemos ligar Stone à cena do crime – disse Gates.

- Na verdade, podemos – disse Ryan - Dei uma olhada em sua lista de casamento, eles listaram um conjunto de facas Takahara VG, incluindo a de 240mm, que foi enviado há três semanas.

- A perícia disse que era uma faca nova – lembrou Castle.

- Então é isso – disse Gates.

-Não necessariamente. Estamos esquecendo da etiqueta de casamento. Os presentes não vão para o noivo – disse Beckett já contatando para a noiva comparecer ao distrito.

Ashley chegara ao distrito e logo Beckett e Castle a receberam e encaminharam-se com ela para um sala mais reservada.

- Obrigada por vir, Ashley.

- O que eu puder fazer para ajudar.

- Você deve estar tão ocupada. Planejando o casamento e cuidando dos presentes – falou Beckett.

- Sim.

- Sabemos que seu primo te comprou o conjunto de facas Takahara VG que estava em sua lista – disse Castle.

- Certo.

- O curioso é que, quando fomos a seu apartamento, não vimos a de 240mm – Castle continuou - Não é estranho ela não ter te dado o conjunto completo?

- Foram a meu apartamento?

- Também fomos a seu ateliê – disse Beckett.

- Seu trabalho é encantador, aliás – disse Castle elogiando para chegar ao ponto - As cores de seus esmaltes são belíssimas. Deve dar trabalho deixá-los como quer, muitos produtos químicos. Como o óxido de antimônio que achamos, por exemplo. Para o que ele serve?

- É um opacificante. Deixa as coisas opacas.

- Mas, neste caso, clareou as coisas. A faca usada para matar Hannah – disse Beckett - Achamos traços de óxido de antimônio nela, que você deixou.

- Não.

- Recebeu um aviso do fã site em seu celular, não é? – disse Castle - Aquela foto de Hannah no apartamento de Stone... Você já desconfiava, isso só confirmou o que temia.

- Não. Não. Acho que terminamos, vou embora. Com licença. Com licença – mas Castle e Beckett se aproximaram tentado intimida-la e ela finalmente cedeu - Preciso só achar minhas chaves e vou embora. Está bem! Eu já suspeitava. Quando vi a foto, peguei a faca, só para assustá-la. Mas, quando cheguei lá, Stone estava beijando-a e dizendo que a amava. Eu não podia deixá-la roubar meu noivo. Nosso spin-off estava nas negociações finais, pelo amor de Deus! Então... quando Stone saiu, segui Hannah... e dei um fim à ameaça.

- A próxima geração de Esposas de Wall Street foi levada por Ashley a um novo nível.

- Ela só estava seguindo o lema dela, "Não deixe ninguém te afastar do que quer". Como se estar na TV a tornasse imune às consequências – explicou Beckett.

- Pelo menos, podemos dizer à família da Hannah que o caso não era de verdade e que ela planejava ir para casa – disse Castle.

- Falando em consequências... por que Gates não disse nada ainda? Disse Beckett observando a Capitã concentrada em sua sala.

- Não faço ideia. Talvez, ela decidiu ignorar ou está esperando a hora certa, como um tubarão.

- Boa noite, pessoal. Feliz dia dos namorados – disse Ryan.

- Mais uma vez indo à ação? – brincou Castle.

- Jenny acabou de mandar um SMS e tenho a noite livre. Bom, ainda vamos... Sabe... Mas esta noite será por motivos românticos.

- Legal.

Nesse momento, Lanie chega ao distrito muito bem vestida em vermelho. Estava linda. Kate e Castle sorriram.

- Espo. Seu encontro.

- Eu sabia que eles tinham planos! Você sabia e não me disse? – Castle estava meio chateado.

- Ela me pediu para guardar segredo. É importante para eles. Ela não te quer fazendo graça – disse Kate.

- Eu não faria... – ele riu - Não, é... – ela olhou para ele séria - Mentira. Seria um prato cheio.

- Lanie, você está linda – elogiou Kate.

- É? Não exagerei?

- Não. Pode ter sido demais para o Castle. Olhe mais para cima – Kate ordenou.

- Certo.

- Você está maravilhosa, Lanie.

- Obrigada, Javi. Então, quais são os planos?

- Fiz reservas no Le Fourneau.

- Francês? Amo francês – disse Lanie.

- Je le sais, ma petite Jolie – falou Espo.

- Au revoir – disse Espo.

- Au revoir – disse Lanie.

Kate tinha um sorriso lindo nos lábios.

- E a mágica do dia dos namorados está sobre nós – disse Castle olhando para ela. Isso até ele ouvir o seu nome.

- Sr. Castle. Minha sala, agora.

- E lá se vai. Tanto ele quanto Beckett estavam apreensivos.

Ela esperou ele entrar na sala e fechou a porta. Castle reparou na caixa de brincos à amostra e no bilhete ao lado. A cara de Gates era de pouquíssimos amigos.

- Achou mesmo que eu, dentre todas as pessoas, estaria de acordo com isso?

- Não, eu... achei que... – porém Castle não teve chance de se desculpar propriamente, ela o interrompeu pegando o bilhete, colocando os 
óculos e lendo em voz alta.  

- "Você é beleza, paixão e sagacidade. Seja minha namorada. Rick."

- Só escrevi isso? – disse surpreso puxando o bilhete das mãos dela. Kate observava de longe pelo vidro sem saber o que estava se passando. 

- Não é o bastante? Qual é o seu problema? Eu sou casada.

- Eu sei. Eu sei. Pensei... – nossa, ele pensou. Gates achou que tudo isso era para ela?

- Foi um esquema idiota e descabido para conseguir favorecimentos comigo?

- Sim. Foi isso mesmo – ele tratou de afirmar.

- Bom, não funcionou. Estou disposta a esquecer que isso aconteceu, se garantir que pode controlar suas criancices e me tratar com respeito.

- Farei isso. Posso, sim. Farei isso.

Ela devolveu a caixa com a joia.

- Agora, irei para casa, para meu marido, pois... sou a namorada dele.

Castle saiu da sala de Gates e Beckett fazia o possível para não rir da cara dele.

- Vamos para casa, Castle.

No elevador, ela desatou a rir.

- Haha muito engraçado. Pois saiba que Gates pensou que eu queria um encontro com ela. Abra o olho, ela é sua competição.

- Sei, ela não me preocupa... conheço meu gado.

- Bem convencida você detetive.

- Convencida não, realista ao contrário de uns e outros – e piscou para ele. 

Eles deixaram o distrito juntos e foram para o apartamento de Kate já que pela hora nem pensar em enfrentar restaurantes e a reserva de Castle expirara. Claro que em se tratando de Rick Castle, ele poderia conseguir um bom lugar para eles porém, Kate tinha outros planos. Queria mesmo ir para casa. Castle mostrou a ela os brincos que havia comprado e que infelizmente ela não poderia mais usar já que Gates reconheceria a peça em qualquer lugar. Chegando em casa, Kate rumou para a geladeira e tirou de lá uma garrafa de vinho branco. Como ambos estavam com fome, no caminho Castle a fez parar num pequeno restaurante japonês de um conhecido e trouxe com eles uma pequena barca de sushi e sashimi. Ela preparou a mesa e sentaram-se para comer. Castle a admirava enquanto comia. Ela ficava linda de qualquer jeito.

- Sinto muito por não podermos aproveitar nosso primeiro dia dos namorados adequadamente.

- Não é culpa sua, exceto talvez o lance da surpresa com a Gates. Esse caso acabou atrapalhando um pouco mas a noite ainda não terminou.

- Que bom – ele tomou um gole do vinho e sorriu para ela.

Assim que terminaram de jantar, Castle ajudou a levar as louças para a pia e serviu-os novamente de vinho. Kate ajeitou os cabelos e fez sinal para eles subirem. No quarto dela, ele voltou a se desculpar pelo presente lembrando de Gates.

- Mas ela já te odiava, Castle. Parece que, simplesmente, ficou na mesma.

- Respeito o jeito como ela lidou com isso. Forte, decisiva. Sinto que, de alguma forma, nos aproximou. Mas sinto muito pela confusão.

- Eu também. Os brincos eram lindos.

- Eu te darei outra coisa, algo ainda mais lindo. Tentarei não dá-lo a outra mulher antes.

- Seria legal – Kate ficou parada à beira da cama, os dedos deslizavam pelo colchão como se esperasse o momento exato para revelar algo. 
Ele se aproximou dela.

- O que me lembra... – ele a abraçou carinhosamente - O que você tem para mim?

Kate sorriu para ele. Como uma menina animada por ver a reação dele diante da surpresa, ela se desvencilhou do abraço e com um sorriso lindo, ela tocou o móvel na direção da primeira gaveta.

- Abra.

Ele obedeceu. Tateou por toda a extensão da gaveta procurando um embrulho ou caixa. Ela o olhava fixamente fazendo um esforço para não sorrir. Não havia nada. Brincalhão e com um sorriso meigo no rosto ele brincou.

- Talvez esteja em outra gaveta- sussurrou.  

- É a gaveta – ela disse sorrindo - É sua gaveta – Castle não sabia o que dizer - Sei que não é um sabre de luz...

- Não. É perfeito. E mais uma vez, ela o deixara atônito. Se aproximou dele e beijou-o carinhosamente.

- Feliz dia dos namorados.xAgora... – ela o beijou novamente e desfez o primeiro botão da blusa dele - tire suas roupas... coloque-as em sua gaveta...e me encontre na cama.

Sorrindo, Castle pensava consigo mesmo que fora surpreendido por Kate novamente. Começou a desabotoar o punho da camisa já ansioso por se juntar a ela na cama. Por causa disso, a tarefa se tornou bem difícil.

- Sério? - Sem muita paciência, Castle arrancou a abotoadura quando ouviu Kate falar.

- Você vai demorar, Castle?

- Não, já estou indo.

Kate tirara sua roupa ficando apenas de calcinha e soutian. De costas para ele, Kate ajeitava os cabelos com os dedos. Dessa vez, ela queria apenas fazer amor, nada de truques ou acessórios. Queria apenas se demorar ao máximo na cama com ele, aproveitar cada minuto. Sentiu o peso no colchão e uma mão quente tocar suas costas. Os lábios dele beijaram a pele do ombro suavemente. Os dedos ávidos já abriam o fecho do soutian. Devagar, ele puxou a peça pelas alças ainda com ela de costas para ele. Castle afastou os cabelos dela e beijou-lhe a nuca. Kate inclinou-se contra ele sentindo o calor da pele. Envolvendo-a em seus braços, Castle prolongou o momento distribuindo vários beijinhos pelo rosto e ombros antes de falar.

- Sabe, você ganhou de mim disparado em matéria de presentes. Mesmo eu sendo extremamente competitivo não conseguiria bater o significado e a importância do presente que você me deu.

- Hum, é bom saber disso… que dessa vez eu superei você em algo.

- Kate, você me supera em várias coisas. Você é bem melhor do que eu, especialmente como ser humano. Quer um exemplo de como eu sou fraco? Hoje mesmo com o problema do presente, no momento do interrogatório eu não pude deixar de admira-la mais uma vez e aqui entre nós, vê-la gritar e virar aquela mesa me deixou excitado. Você é uma verdadeira dominatrix. Viu, isso me faz tão pequeno não acha?

- Talvez... então você está me dizendo que gosta de ser dominado na cama Castle?

- Não, estou dizendo que você me faz querer ser dominado... só por você.

- Vou manter isso em mente mas não para hoje quero a calmaria, fazer amor de forma lenta, excitante...

Ela não terminou a frase, virou-se para ele e seus lábios sorveram os dele. O beijo foi lento e sensual. Enquanto ela sentia a língua roçar na sua, seus dedos entremeavam o cabelo dele acariciando, tocando. Castle sentiu o coração dela bater pressionado contra seu peito. Podia passar horas apenas saboreando aqueles lábios. Então Kate o empurrou na cama ficando sobre o corpo dele, sem quebrar o beijo as mãos agora passeavam pelo peito dele, acariciando, ás vezes arranhando ou fincando as unhas na pele apenas para provoca-lo. É claro que gostaria que ela ficasse no comando mas também pretendia dar a ela exatamente o que pedira. Ele rolou com ela sobre a cama de modo a ficar por cima.

Vagarosamente, ele começou a saborear a pele macia. Um caminho de beijos se desenhava do pescoço ao abdomen descendo e subindo apenas para provar os seios pequenos e já rijos devido à excitação. Ao sugar um mamilo com os lábios, ele roçou levemente os dentes na pele sensível. Kate arqueou o corpo e gemeu em resposta. Ele não parou. Castle fez a mesma coisa com o outro seio e seguiu pelo abdomen roçando os dentes de leve sobre a calcinha. Resolveu perder-se nas pernas, beijando, cheirando, instigando. Deixou o polegar roçar sobre o tecido que cobria o centro dela, provocando percebeu que ela já estava úmida. Voltou a beijar-lhe os lábios apenas para distraí-la e retirar a última peça de roupa dela. Assim que o fez, ele introduziu dois dedos nela e passou a massagear o clitóris com o polegar. Ela gemeu alto e chamou por ele. Sabendo que isso a satisfazia, ele continuou até leva-la ao ápice quando Kate teve seu primeiro orgasmo.

Castle calou os gemidos dela com um beijo. Kate retribuiu o gesto de maneira intensa mordiscando os lábios dele. Com o coração disparado, ela queria mais. Ele se levantou da cama e ela resmungou.

- Não Castle...não.

Ele sorriu para ela. Tirou o boxer e ao ver o membro dele já ereto foi a vez dela sorrir. Com o dedo indicador, ela chamava por ele. Castle se debruçou novamente sobre ela e começou uma nova tortura com ela, beijava-lhe os lábios enquanto os dedos massageavam e apertavam os mamilos dela. Kate podia sentir o membro pressionando sua coxa e sentiu a urgência de tê-lo dentro de si.

Com um movimento certeiro, ela se colocou sobre ele e não esperou Castle protestar sentada sobre as pernas dele, Kate segurou o membro em suas mãos e massageou a cabeça. Foi a vez dele gemer. Satisfeita, ela se posicionou sobre ele e sentiu-se tomada por completo. Gemeu de satisfação. Debruçou-se sobre o corpo dele e mordiscou a pele do peito antes de perguntar.

- Está pronto?

Ele apenas balançou a cabeça em afirmação. Kate iniciou o movimento sobre ele. Castle segurou-a pela cintura e também entrou no ritmo. Juntos, eles realizavam um balé próprio. Nada nem ninguém importava naquele momento. Apenas eles. Unidos por um desejo em comum, por um sentimento maior. Cumplicidade e rendição os guiavam em busca do clímax onde dois transformam-se em um só corpo, uma só mente, um só coração. Em poucos minutos, Kate sentiu o corpo tremer, o arrepio da crescente libido, o sangue correr pelas veias. Castle acariciava seus seios, bumbum sem quebrar o ritmo imposto por ela. Com um grito, ela finalmente se entregou à explosão. Ele a segurava e com movimentos rápidos a excitava ainda mais. Kate jogou a cabeça para trás e segurou forte na coxa dele cravando as unhas na pele dele. Não suportando mais controlar, ele se entregou ao próprio desejo.

Passada as primeiras ondas de prazer ela ainda curvou-se sobre ele com a respiração pesada. Sua boca na altura do pescoço dele. Ela ainda tinha forças para sugar-lhe a pele do pescoço. Castle a abraçou e ficaram por uns instantes quietos. Castle acariciava os cabelos dela mantendo-os longe do rosto. Ele lembrou-se da primeira vez que fizeram amor e de como ela fora uma tigresa naquela sala hoje mais cedo. Foi suficiente para que ele voltasse a ficar excitado. Castle a virou com as costas para o colchão. Seus olhares se encontraram e não quebravam o elo. Intenso. Castle tornou a beija-la rapidamente nos lábios e falou. 

- Pronta para mais?

- Mesmo Castle?

Ele não falou, sua resposta foi em ação. Ele mordiscou a traqueia dela arranhando-a com os dentes. Foi descendo pela garganta e chegando ao colo. Com as mãos massageou os seios a fim de distraí-la e penetra-la de uma só vez. Kate deu um grito de prazer. Puxando-o pelo pescoço, ela sorveu os lábios dele avidamente. Ele se movia dentro dela levando-a à loucura. Em poucos minutos, ela atingira mais um orgasmo. Por mais uns momentos eles trocaram caricias e Castle finalmente desabou na cama ao lado dela.

O ritmo da respiração ainda estava acelerado. Ela podia ver o tórax dele subindo e descendo. Mais calma, ela se debruçou sobre o peito dele apoiando seu queixo sobre a mão. Ficou admirando-o com um sorriso nos lábios.

- Você é incrível, Kate. Foi o melhor presente de dia dos namorados que já ganhei. Você não sabe o quão significativo foi isso para mim. Você ganhou e francamente? Adorei perder.

- Fico feliz que tenha gostado. Sei que é algo simples mas...

- Eu amei como eu amo você.

Ela suspirou e inclinou-se envolvendo-o num beijo apaixonado.

- Estou com sede, você quer mais vinho?

- Por mim, tudo bem.

Ela levantou da cama e vestiu um hobby. Desceu as escadas. Alguns minutos depois, ela voltou com outra garrafa de vinho. Encheu as taças deles e estendeu uma delas a Castle. Eles brindaram. A bebida era mesmo deliciosa e depois desse momento excitante que viveram a pouco, era uma ótima maneira de celebrar. Meia garrafa depois, ela foi se escorando nele e em pouco tempo estavam dormindo.

Na manhã seguinte, Kate estranhou a cama vazia ao acordar. Checou o despertador. 8h. Castle levantara muito cedo, pensou ela. Só então, ela entendeu o que se passava. O cheiro de café estava no ar e quando fez menção de se levantar, ele apareceu na porta do quarto trazendo uma bandeja de café da manhã. Café, torradas francesas, ovos,bacon e panquecas para dois.

- Que cheiro maravilhoso!

- É claro, imagino que você está falando do café – ele estendeu a caneca a Kate que percebeu que era uma das dele – mas as panquecas estão deliciosas.

Ela roubou um pedaço de bacon, mordeu e ofereceu o outro pedaço a ele. Castle cortou a panqueca e despejou manteiga e mel sobre ela. Enchendo um garfo, ele ofereceu a ela dando-lhe na boca.

- Hum... deliciosas mesmo.

- É uma forma de dizer obrigado por ontem e por esses meses maravilhosos. Especialmente pelo meu presente.

- Nossa Castle, não sou acostumada a ser tão paparicada posso me acostumar mal.

- Pode não, deve. É um crime alguém não mima-la, Kate. Você merece todas as atenções.

- Vindo de um cara como você, famoso e que adora aparecer realmente devo me sentir lisonjeada.

- Sim, deve. Você merece.

Mais tarde naquele mesmo dia, ele saiu a campo com ela para verificar uma suposta ocorrência mas não era um homicídio portanto foram logo liberados. Aproveitando que estavam na rua, Castle sugeriu que eles fossem fazer um lanche já que não tinham almoçado. Porém, ele não queria qualquer lugar. Castle queria ir ao Plaza.

 - Castle o que eu vou fazer no Plaza? Estou trabalhando esqueceu?

- É só um lanche rápido. La Maison Du chocolat, sei que você vai amar – e para convencê-la ele fez a carinha de cachorrinho pidão que sempre funcionava com ela.

- Tudo bem mas não podemos demorar.

- Não temos um caso, apenas papelada.

- Eu sei mas meu parceiro não me ajuda com a papelada, esqueceu?

Eles entraram no Plaza, um ambiente que é a cara da alta sociedade de New York. Kate não estava acostumada a frequentar certos lugares da cidade com frequência, esse era um deles. Na opinião de Castle, ela combinava perfeitamente com o ambiente. Eles foram ao food hall do Plaza diretamente a uma chocolateria. Essa parte havia reinaugurado a pouco tempo e ela ainda não conhecia. Simplesmente extasiada pelos croissants e quiches, Castle escolheu algumas delicias salgadas e doces para ela experimentar acompanhado de um delicioso frapê com o melhor chocolate. A ideia de Castle fora realmente maravilhosa. Valera a pena fazer essa parada antes de retomar ao trabalho. Terminado o lanche, Castle a acompanhou pelo hall mas puxou-a para dentro de uma joalheria. Maurice’s.

- Escolha o que você quiser.

- Castle e-eu... – ela estava surpresa não imaginava que poderia passar por isso agora.

- Por favor, Kate. É o seu presente. Eu sei que você gostaria de uma joia, você mesma insinuou isso, então, se não escolher eu irei.

- Eu não posso... eu não vou saber escolher porque...

- Nem pense em falar o que há em sua mente agora...espere um segundo.

Dando uma olhada na vitrine, ele enxergou um anel em ouro branco e uma linda safira em formato arredondado. Ele pediu ao vendedor que mostrou a ele. Para Kate não entender de maneira errada o seu gesto, ele a chamou para abrir a caixa.

- Kate, veja se você gosta desse.

Ela abre a caixinha e como ele previra se assusta mas Castle acalmou-a.

- É apenas uma joia, um presente.

- É...lindo.

- É seu. E Castle entregou o cartão de credito ao rapaz. Assim que terminou de pagar, ela puxou-o pela gola do blazer e o beijou.

- Obrigada.

Eles saíram da loja rumo à saída do hotel. Antes porém, Castle virou-se para ela e falou.

- Quero trazer você aqui algum dia para jantar. É uma promessa. Por favor, me cobre.

- Tudo bem.

E de mãos dadas, eles saíram do hotel rumo ao carro que estava estacionado na esquina. O anel realçando no dedo anelar da mão direita de Kate. 


Continua.....