segunda-feira, 28 de novembro de 2011

[Castle Fic] The Bet - Cap.5 Final


Nota da autora: Essa fic foi escrita para diversão, acabei me empolgando na competição e na NC que ela ficou bem light. Desculpem se as personagens não estão bem descritas ou desenvolvidas vou prometer que ainda escreverei algo mais sério. Divirtam-se e cuidado com o coração! Se gostaram e quiserem mais fics de Caskett com NC é só falar!

Atenção! NC-17...


Cap.5


Aquela noite era somente deles. Esqueceriam o mundo lá fora. Nada de ameaças, bombas ou assassinos. Tudo que importava era ele e ela. Palavras não foram pronunciadas. Não eram necessárias. O corpo fala.



Ela desfez o botão da calça dele e puxou-a de uma vez ao chão revelando o boxer preto e o membro já desperto pressionado sobre o tecido. Puxou o top e tirou revelando os seios pequenos e proporcionais ao seu corpo.


Beckett soltou os cabelos balançando-os. Imediatamente o cheiro familiar de cereja povoou o ambiente fazendo Castle inalar profundamente. Ela já ia puxar a calça de ginástica quando Castle a impediu segurando suas mãos nas dele.


- Não, permita-me fazer isso...


Ela cedeu. Bem devagar, Castle aproximou-se e seus lábios roçaram levemente nos dela. Em seguida, ele começou uma viagem cuidadosa pelo corpo dela. Os lábios deslizavam pelo pescoço e colo enquanto as mãos cobriam os ombros e os braços. Quando ele beijou o meio dos seios dela, Kate gemeu. As mãos subiram da cintura pela lateral de seu corpo e tomaram ambos os seios. Os polegares massageavam os mamilos. Beckett jogou a cabeça para trás ao sentir um arrepio percorre-lhe a espinha e a umidade se formar em seu centro.


Castle estava adorando observar o jeito dela. Continuou a sua excursão pelo corpo dela deslizando os lábios pelo abdômen perfeito dela. Alcançando o elástico da calça, ele roçou os dentes na pele sensível, provocando. Com ambas as mãos, ele puxou a calça para baixo, expondo as pernas compridas e a calcinha preta mínima de Beckett.


Mas seu trabalho não terminava ali. Ao puxar a calça, ele deixou as mãos seguirem acariciando toda a extensão das pernas dela. Levantou uma perna dela e depois a outra para desprender completamente a calça do corpo. Ele estava de joelhos. Ainda usando as mãos, continuou a acariciá-la na viagem de volta alojando as suas mãos no bumbum dela enquanto a boca beijava e sentia o calor do interior das coxas dela. Beckett gemia e acariciava os cabelos dele com as mãos incentivando-o a continuar.


Quando Castle beijou-a sobre o tecido da calcinha, ouviu-a murmurar seu nome.


- Humm, Castleee...


Porém, ao beijar-lhe o abdômen novamente ignorando o que ela realmente desejava, Kate gemeu em protesto. Antes que ela pudesse fazer algo, Castle a surpreendeu e num movimento rápido a carregou no colo e colocou na cama.


Deitada entre travesseiros na cama macia, Kate estava completamente exposta e ardendo de tesão. Castle retirou o boxer revelando sua própria excitação. Debruçou-se na cama colocando o seu peso sobre ela tomando-a num beijo apaixonado. Ela o envolveu em seus braços e correspondeu ao carinho sentindo o peso do corpo dele sobre o seu.


A pele quente de ambos apenas provocava ainda mais o desejo de estarem se descobrindo. Os braços de Kate o envolviam e ao mesmo tempo exploravam as costas do homem que a tomava em seus carinhos naquele momento. Ele quebrou o beijo e ergueu-se um pouco deixando espaço suficiente entre eles para que pudesse beijar agora os seios dela. Quando a língua de Castle provou o primeiro mamilo, Kate arfou. Ele abocanhou o seio pequeno na boca enquanto uma das mãos apertava o mamilo do outro. Ela enterrou as mãos nos cabelos dele puxando-os em resposta. As pernas dela se enroscaram na cintura dele aumentando ainda mais o contato com o membro ereto.


Ao continuar a brincadeira com os seios dela, ora abocanhando ora acariciando com as mãos, Castle pode ver uma Beckett totalmente solta, entregue ao prazer do momento. Ela gemia baixinho e mantinha os olhos fechados.


Castle concentrou-se em sentir o sabor daquela pele clara. Ela não apenas cheirava a cerejas, tinha gosto delas também. A pele macia e quente apenas o deixava mais sedento de desejo. Queria prová-la. Delicadamente, ele puxou o elástico da última peça de roupa que o separava do seu maior objeto de desejo.


E ali estava Kate Beckett completamente nua e exposta à sua frente. Sentiu o membro pulsar duro e forte em resposta. Ele segurou as pernas dela e parou um minuto para admirá-la. Ela era linda demais, a mulher perfeita. Rick Castle já tivera sua cota de mulheres incluindo belas modelos e ele podia afirmar que nenhuma delas era páreo para a beleza de Kate. A explicação era bem simples, ela era real. Uma mulher feita de carne e osso sem o dom da estética artificial e ele ia além, ela era sagaz,inteligente e tinha sua cota de decepções e defeitos o que a tornava ainda mais humana e atraente.


Posando as pernas nos seus ombros, Castle finalmente mergulhou para prová-la. O contato dos lábios dele naquela região tão intima, fez Beckett se contorcer na cama. Ele a provava com vontade. Enquanto perdia-se nela, ele alternava os movimentos da língua entre o centro dela e o clitóris. Ela estava sendo dominada de um prazer incrível. Agarrada aos lençóis da cama, Kate se contorcia e sentia o corpo começar a tremer em antecipação ao orgasmo que se formava e percorria-lhe o corpo por baixo da pele quente de desejo. Quando o mesmo a atingiu, ela arqueou o corpo e gritou.


Castle percebeu a vibração do momento e provou-a ainda com mais vontade. Vê-la sucumbir ao prazer sempre esteve em sua imaginação. Era parte de uma fantasia secreta que nutria por ela. Sabia muito bem quantas noites ele passou imaginando a cena perfeita para a sua musa. O quanto ele se perdera pensando em como passar a imagem da sua mente para o papel de Nikki Heat. Tudo que podia afirmar era que nada se comparava aquele momento.


Ele queria mais. Castle queria continuar a dar prazer a ela, queria demonstrar o quanto ele a queria e como ela era importante para ele. Deixando o calor do seu lugar preferido, ele voltou a se colocar na mesma altura que ela. Beckett tinha o colo vermelho e permanecia de olhos fechados. Ele lambeu os lábios levemente e pediu passagem para enfiar a língua no interior da boca sensual e seca para perder-se novamente num beijo quente.


Castle se enganara, a boca de Kate era o seu lugar preferido. Um beijo jamais seria somente um beijo com ela. O ato de beijar para ambos era algo sublime, capaz de levá-los a lugares desconhecidos, mostrar-lhes facetas de ambos totalmente novas a cada um deles. Beijá-la revelava tudo o que ele mais amava em Beckett, sua paixão e sua vulnerabilidade.


Então de repente ele se viu preso ao colchão com o peso das mãos dela sobre o peito e as pernas apertando sua cintura. Em segundos ele passara a ser dominado.


Beckett não tinha pressa. Agora era a vez dela torturá-lo. Ela inclinou-se e segurou o rosto dele nas mãos, tornou a beijá-lo. Ela movimentava os lábios sensualmente com os dele. Passou a língua no lábio inferior exatamente onde ele havia mordido quando a observara dançar. Ela o sugou e mordeu-lhe novamente. Castle não sabia até agora mas Beckett gostava de mordiscar lábios para instigar seus parceiros. Algo que ele apenas fantasiou em seu livro.


Deixando a boca de Castle por um instante, ela se concentrou em explorar o tórax dele. As mãos sentiam o peito largo, o estômago, os dedos brincavam com as costelas. Ela sorria. Castle não tinha um corpo escultural de fazer inveja a outros homens, não tinha abdômen de tanquinho e para ela aquilo não fazia a mínima diferença. Ela admirava corpos bonitos porém o que a fisgara em Castle fora seu coração, sua mente e o jeito tão carinhoso como ele sempre a tratava. Isso a fez querer mais, a fez se deixar levar. Na verdade, agora ela admitia com todas as palavras, que ele a fez se apaixonar.


Ela beijou o peito dele calmamente, arranhando-o com os dentes na altura do pescoço e costelas. A língua provava o mamilo dele enquanto ela pressionava seu centro sobre o membro dele. Ela esfregava-se levemente instigando-o na altura da cintura. Castle ergueu as mãos e tocou-lhe os seios apenas para vê-la gemer mais uma vez.


Kate deslizou o corpo do peito até as coxas dele. Sentada sobre elas, pegou o membro nas mãos e moveu-o para cima e para baixo arrancando um gemido de prazer do homem agora dominado pelo desejo e por ela.


Beckett sentia a umidade em seu próprio centro aumentar. Ela não podia esperar mais. Seu corpo clamava por ele. Queria tê-lo por inteiro. Erguendo-se e posicionando o seu corpo, ela deixou-se recebê-lo por completo deslizando sobre o membro. Apoiando-se à cintura dele, ela remexia-se sentindo preencher-se completamente. Ao sentir-se cheia e completa pela primeira vez, ela gritou.


A sensação era de plenitude. Lentamente ela começou a se mover sobre ele. Castle fixou o olhar com o dela. Estavam conectados. Ele buscou a cintura dela enquanto Beckett mantinha as mãos sobre o peito dele para mover-se. Ela rebolava ritmadamente sentindo o membro tomar-lhe e excitá-la ainda mais. Ele a ajudava com os movimentos de seu próprio quadril e das mãos que a pressionavam a tomá-la cada vez mais fundo.


Beckett jogou a cabeça para trás e instintivamente fechou os olhos e levou uma das mãos ao seio. Com a outra guiou Castle para acariciar o outro seio que estava empinado e com o bico rijo. Ele o apertou e a fez gemer. Ela tornou a olhar para ele. Puro desejo era o que estampava seu rosto. Roubou-lhe um beijo rapidamente e voltou a concentrar-se na dança que ela executava cavalgando nele.


Castle estava sendo levado à loucura pela bela mulher. Ele aumentava o ritmo de seus movimentos, queria vê-la atingir o orgasmo. Ergueu seu torso da cama e continuando a golpeá-la, a abraçou colando seus corpos. Ficaram nariz contra nariz. A boca entreaberta a sua frente era um convite irrecusável e tomou-lhe os lábios. Beckett apoiou-se nos ombros dele e quebrando o beijo jogou a cabeça para trás no instante que sentiu o tremor começar a dominá-la. Quando Castle mordeu sua clavícula exposta e apertou um dos seus mamilos e puxou, ela sucumbiu gritando por ele.


Castle não queria parar. Sentia o gozo dela esvair-se sobre seu membro e aumentou a freqüência dos movimentos. Era tudo muito intenso, uma doce loucura. Kate tremia sobre ele em uma série de orgasmos que pareciam não quererem acabar. Não podia mais segurar, não tinha mais domínio sobre seu corpo e seu prazer, assim deixou-se liberar seu próprio gozo gemendo com ela.


O reflexo dos seus movimentos provocavam as reações físicas e emocionais no corpo de ambos. Kate ainda sentia pequenos espasmos de prazer quando deixou-se cair sobre o corpo dele. A respiração ofegante dela na altura do pescoço dele. As pernas exaustas se esticaram buscando conforto enroscada ainda a ele. Ela podia ouvir as batidas fortes do coração dele.


Castle deslizou a mão sobre o cabelo dela ainda tentando controlar a própria respiração. Aquele era o resultado de uma colisão de corpo e alma.


Passados alguns minutos, ele pegou-se afagando novamente os cabelos dela com uma mão enquanto a outra deslizava pelas costas dela em carícias. O nome dela escapou-lhe aos lábios.


- Kate...


Ela sorriu. Gostava tanto do som da voz dele ao pronunciar o seu nome. Ela beijou-lhe o pescoço e sentiu a mão dele procurar por seu rosto elevando-o à altura do dele. Castle queria olhá-la antes de dizer o que sentia. Ele se pegou admirando o sorriso fácil que ela exibia. Então, Beckett percebeu o que estaria por vir ao observar o jeito como ele a olhava. Sentiu o coração disparar novamente e os olhos começarem a arder pelas lagrimas que se formavam.


O olhar apaixonado a envolveu.


- I Love you, Kate.


- Oh, Castle...


Ele não a deixou continuar. Com o polegar roçando os lábios dela. Ele continuou.


- Shhh...não diga nada. Não precisa. Isso não é uma cobrança, somente queria dizer o que você significa para mim, ok?


Ele pode ver a intensidade do olhar dela. Sabia que estava quebrando algumas barreiras que ela mesma se impusera para evitar a decepção, a intimidade. Porém, pode observar as lágrimas formarem-se no canto dos olhos. Era o sinal de que Kate Beckett rendia-se ao algo mais. Ela beijou os lábios dele suavemente com um carinho mais que especial. Ao voltar a encará-lo, a lágrima teimosa escapou.


Castle limpou-a com o dedo.


- Hey...


Ela abriu um sorriso. Beijou o queixo dele e aconchegou-se ao corpo quente buscando conforto. A voz manhosa enchia os ouvidos de dele quando falava.


- Eu preciso dormir... estou tão cansada! A dança, o sexo...tequila... – rindo continuou – você sabe como derrubar uma garota, Rick.


- O prazer é meu...


E então ele sentiu o tom da respiração dela mudar indicando que ela adormecera quase imediatamente. Ele suspirou e pegou-se relembrando os momentos daquela noite mas não por muito tempo. Cedeu ao cansaço provocado pelo turbilhão de emoções daquela noite.


3 am


Alexis entrava em casa na ponta dos pés. Não pretendia assustar ninguém com sua chegada. Notou o estado da casa. O telão permanecia ligado, copos de bebida na mesa. A bolsa de Beckett e os sapatos estavam sobre o sofá. E a cozinha...melhor esquecer.


Ela sorriu. Ao que parecia, a noite valera a pena e ela estava curiosa para saber quem vencera a aposta no final.


Subiu as escadas devagar e viu a camisa que o pai usava jogada na beira do degrau. Sacudiu a cabeça por sequer imaginar o que deveria ter acontecido. Sem querer cogitar qualquer coisa, ela correu para o seu quarto não sem antes reparar a porta do quarto de Castle fechada.


Beckett movia-se devagar na cama, agora ela estava deitada de bruços com um dos braços sobre o peito dele. Abriu os olhos e viu que ele dormia sereno. Gostava de observá-lo. De leve, retirou o peso do braço do peito dele e começou a fazer pequenos círculos com a ponta dos dedos.


Kate sentiu a vontade de beijá-lo a dominar novamente. Com cuidado, ela começou a roçar os lábios no pescoço dele, na mandíbula e de volta ao ombro. Mordiscou a pele ali. Castle mexeu-se um pouco e sentiu uma mão percorrer seu peito. Abriu os olhos apenas para encontrar Kate acariciando seu rosto com os lábios. Sorrindo ela o encarou.


- Já desperta, Detetive Beckett? Descansou?


- Estou melhor e sabe, Castle... acho que preciso de mais uma demonstração para comprovar minha teoria.


- Demonstração de que? Ele disse se fazendo de desentendido.


- Disso...


Ela beijou-o com paixão enquanto uma das mãos se perdiam em busca do membro dele. Ao tocá-lo, ele gemeu. Apenas com o beijo ela o deixava ligado. Kate ergueu o corpo ficando entre as pernas dele.


- Hum... você quer ser dona da situação sempre não, Kate?


- É minha natureza, Castle.


Ele agarrou o quadril dela com as mãos e ergueu-a mudando de posição, surpreendendo-a.


- Não dessa vez...


E ele se perdeu nos seios dela arrancando um grito de satisfação e seu nome num gemido.


- Owww, Castle...


Como um exímio amante, ele a conduziu ao céu pela terceira vez naquela noite.


8:30 am


Beckett espreguiçava-se na cama. Ao esticar o braço encontrou o vazio. Gemeu frustrada. Olhou para o relógio na cabeceira. Estava tão cedo... onde ele se metera? Sentou na cama e esfregou os olhos. Alongou os braços e sorriu. Sentia-se muito bem, relaxada. Levantou-se da cama não se preocupando em vestir-se. Caminhava nua pelo quarto. Sobre uma poltrona, ela encontrou as roupas que vestia devidamente dobradas.


Percebeu a porta do banheiro aberta. Castle estava escovando os dentes vestia um roupão. Ela o abraçou por trás e beijou-lhe as costas. Esfregou o nariz no local e sorriu.


- Bom dia...


- Hey Kate... bom dia. Dormiu bem?


- Maravilhosamente até o momento que você me deixou sozinha...


- Não quis te acordar tão cedo...


Ele enxugou a boca e virou-se para ela. Beckett brincava com a fenda do roupão. Um olhar furtivo e malicioso.


- Aprenda uma coisa sobre Kate Beckett: nunca a deixe acordar sozinha, ela gosta de ser surpreendida de tempos em tempos...


- Anotado.


Ele inclinou-se e beijou-a lentamente.


- Agora sim é um bom dia... está com fome?


- Sim, Castle. Muita.


- Porque não se veste e me encontra lá em baixo? Tem um outro roupão atrás da porta.


- Vou ficar enorme num roupão seu...


- É feminino. Ganhei o conjunto num hotel que visitei.


- Richard Castle você vai me dar um roupão usado por outra mulher depois de uma noite de rendez-vous com uma zinha qualquer?


Ele riu.


- É claro que não! É novo, está até com a etiqueta...


Ele beijou-a novamente matando a saudade dos lábios dela. Kate tinha os olhos fechados. Ao quebrar o beijo, ela suspirou. E ele deixou o banheiro. Kate encostou-se na pia ainda envolvida por toda a novidade que esse momento reservara.


Pegou uma toalha no armário do banheiro e entrou no chuveiro. A água batia nos seus ombros causando uma sensação de relaxamento gostosa. Isso a fez vagar até as lembranças de ontem à noite. Kate tinha conhecido vários homens, tido relacionamentos relativamente duradouros. Porém, com Castle tudo era diferente. A confiança, o respeito, a devoção. Ele entrara na vida dela como um furacão, se intrometendo na sua zona de conforto e trazendo uma nova perspectiva ao modo como ela encarava o trabalho e a sua vida. Ele a transformou na sua musa e aos poucos ela se deixou envolver por ele. Apesar de não admitir constantemente, Rick Castle era seu parceiro, seu protetor e agora, ela poderia dizer, sua metade. Estar apaixonada faz isso com as pessoas, pensou. Sorrindo, entrou no quarto a procura do que vestir.


Quando Beckett chegou a cozinha, encontrou Castle preparando ovos e bacon. A cafeteira expressa estava setada apenas esperando por ela. Havia algumas frutas no balcão e brioches. Ele percebeu que ela chegara e virou-se.


- Sente-se Kate, seus ovos estão quase prontos.


- Como sabia que era eu?


- Meu shampoo...


Ela sorriu. Tirou um pedaço do brioche e levou a boca. Castle colocou os ovos no prato dela junto com pedaços de bacon crocantes. Kate provou, ele sabia do que ela gostava.


- Nada mal, Rick.


Ele estava concentrado no café que preparava para ela. Virando-se com uma caneca na mão, ele falou.


- Peço desculpas por não poder servir seu café preferido mas fiz uma espécie de latte macchiato e acrescentei uma essência de vanilla que não a que você sempre toma. Prometo compensar da próxima vez.


Ela tomou um gole do café. Estava gostoso e sim, ela pode sentir um pouco do gosto da vanilla.


- Está ótimo, Castle.


- Mesmo? Você não está dizendo isso só pra me agradar?


- Desde quando eu minto para te agradar, Castle?


- Bem lembrado.


Alexis surgiu na cozinha ainda de pijamas e sonolenta. Sentou-se ao lado de Beckett. Castle olhou para ela e para Kate. Não sabia o que a filha pensaria daquilo. Alexis apenas sorriu para eles e serviu-se de ovos.


- Pai, me passa o suco?


Ele serviu um copo de suco de laranja para ela. Olhando primeiro para um e depois para o outro, Alexis fez a pergunta para satisfazer sua curiosidade.


- Afinal quem ganhou a disputa ontem à noite?


- Beckett.


- O que? Sério?


- 4 mil pontos de diferença...


Ela não se conteve e abraçou a detetive. Ergueu a mão e fez um high-five com ela.


- Girlpower!


Elas riram. Castle entortou a boca.


- Será que você poderiam ser um pouco mais discretas quando tripudiam sobre a minha pessoa?


- Ah, pai é bom vê-lo perder uma vez. Apesar que não sei se você está assim, muitooo chateado com o resultado.


- O que você quer dizer com isso?


- Nada de mais. Só que quando você perde de mim geralmente passa uns dois dias sem falar comigo e como a Kate ainda está aqui a perda não deve ter importado tanto...


- É claro que importou! Ela me venceu e nunca tinha jogado isso antes!


- E o que ela faz aqui?


- Er...er...


- Eu acabei bebendo demais e não achei seguro sair de madrugada por aí. Dormir no quarto de hóspedes.


- Ah, certo.


Ele a olhou com ternura nos olhos por não contar o real motivo dela estar ali, pelo menos por agora. Sorriu.


Depois do momento estranho, eles começaram a conversar naturalmente e terminaram o café. Alexis não queria atrapalhá-los e por isso ofereceu-se para lavar a louça e arrumar a cozinha. Castle foi para a sala e Beckett o seguiu. Após ajeitar um pouco a bagunça, ele sentou no sofá e ligou a TV em um canal de séries, estava passando um drama médico. Beckett sentou-se ao lado dele mas não se sentiu muito confortável em saber que a filha dele estava a metros deles na cozinha e sendo a menina muito esperta, ela sabia que Alexis juntara dois mais dois sobre tudo que aconteceu.


- Você me deve uma explicação, Beckett. Onde você aprendeu a dançar daquele jeito?


- Que jeito?


- Estilo latino, caliente que nem a Shakira?


- Dois semestres de dança na universidade, aprendi dança do ventre.


- Eu sabia que você tinha trapaceado!


- Não...como poderia saber que teria música para esse tipo de dança...


- Você é uma caixinha de surpresa, Kate Beckett.


- Como já disse antes, Castle, você não tem idéia...


Ela gargalhou. Castle queria tanto beijá-la agora mas com Alexis por perto ele contentou-se em acariciar sua mão. Beckett decidiu que era hora de levantar acampamento mesmo contra sua vontade.


- Preciso ir, Castle. Você tem que dar atenção a sua filha.


Alexis ouviu o que ela dissera e já se intrometera na conversa.


- Pai, a cozinha está arrumada. Vou me vestir. Ashley me convidou para almoçar na casa dele.


- Eu também já estou de saída.


- Porque Kate? Faz companhia para o meu pai. Acho que minha vó não volta tão cedo para casa.


- É, Beckett porque a pressa?


Ela olhou para ele, a vontade de ficar era imensa mas Castle percebeu que ela estava constrangida, então ele mudou de estratégia.


- Façamos assim, podemos sair para almoçar e pegar um cineminha depois, o que você acha Beckett?


Alexis sorriu. Seu pai era um homem maravilhoso. Ela sabia que Beckett não resistiria ao convite.


- Tudo bem, aceito seu convite Castle com uma condição: nada de romances ou drama, vamos assistir ficção científica.


- Meu tipo de garota!


Beckett corou. Castle levantou-se e avisou que ia tomar um banho deixando as duas na sala. Alexis não perdeu a chance de descobrir um pouco mais sobre o que acontecera ontem.


- Você não contou para ele que eu a ajudei, certo? Ouvi ele falar algo sobre trapacear...


- Não contei nada. Seu pai é um mau perdedor.


- Acredito que ele não perdeu ontem, muito pelo contrário...


Alexis deixou o comentário no ar porque pode perceber o quanto Beckett corara.


- Kate, você sabe que meu pai gosta muito de você e a admira não? Então aceite!


A garota se levantou e começou a subir as escadas mas parou para dizer algo mais a Beckett.


- Ah, Kate... se quiser, pode contar para ele que a ajudei afinal confiança é a base de qualquer relacionamento.


E subiu. Tal pai, tal filha. Ela balançou a cabeça sorrindo.


Central Park
4pm


Castle e Beckett caminhavam lado a lado ambos com um copo de café na mão. A tarde estava sendo muito agradável e Beckett pode lembrar-se do que era ter uma vida normal como a muito tempo não tinha. Até se agarrar no cinema ela pode o que não fazia a alguns anos. Castle era muito divertido e ao caminharem no Central Park, Beckett sentiu uma vontade tremenda de segurar a mão dele entre a sua.


Por impulso, ela entrelaçou os dedos nos dele. Castle olhou para ela e sorriu. Kate sorveu mais um pouco do café e parou de caminhar para encará-lo.


- Ainda não tive tempo para te agradecer, Castle. Meu fim de semana tem sido muito bom. Obrigada.


- Você não precisa me agradecer, Kate.


- Preciso sim, ainda mais quando tenho algo para confessar. Eu trapaceei de certa forma no jogo e já que não posso começar um relacionamento baseado na mentira, Alexis me ajudou.


- Como? Minha própria filha tramando contra o pai?


- Por favor, Castle não vá brigar com ela. Eu que pedi ajuda e ela foi maravilhosa. Promete que não vai castigá-la, por mim?


Ele tinha o semblante sério por alguns segundos e então abriu o sorriso.


- É o mínimo que posso fazer por minha musa.


- Sua musa... – sorriu aliviada – ainda sou sua musa, Castle ou devo ser chamada de outra coisa já que...bem, eu estou me apaixonando por você, Rick...


Assim que disse as palavras o rosto enrubesceu. Kate sentia-se envergonhada como uma adolescente ao admitir seus sentimentos a ele. Castle apenas abriu o sorriso e acariciou o rosto dela.


- Seremos o que você quiser, a chamarei do que você preferir, Kate. Musa, namorada, amiga, parceira com benefícios, só depende de você.


- Por enquanto seremos parceiros, no trabalho e fora dele. Depois quem sabe...


- Tudo por você, Kate. Eu já disse que te amo e não vou a lugar nenhum, obedeça seu tempo.


Ela o abraçou e beijou-o por longos segundos. Castle a envolveu em seus braços e continuaram a caminhar pelo parque.


- E Kate, por mais que as coisas mudem entre nós, você continuará a ser minha musa.


- Always?


- Always.


The End.



domingo, 27 de novembro de 2011

[Castle Fic] The Bet - Cap.4


Nota da autora: Relutei muito entre publicar um capítulo único e dividi-lo em partes. Optei por separar e acredito ser o melhor. Amanhã a fic termina. Peço que leiam com calma e contenham seus corações kkkk - Enjoy!


Pitadas de NC-17!


Cap.4


Na primeira música, Beckett apenas se concentrou em observar os movimentos para não errar. Essa era a rodada em que ela precisava mostrar superioridade e Castle certamente estaria dando tudo de si uma vez que perder era algo totalmente inaceitável para ele, afinal esse era o seu território. Califórnia girls.

Eles sequer falavam um com o outro. Os sons além da música do videogame eram da respiração mais pesada, de um suspiro por ter errado um passo. Beckett abriu uma certa vantagem ao final da primeira música. Não muita, era verdade. Ela sabia que ele estava se esforçando mais já que as danças eram também novas para ele. Dessa vez, a vantagem era dela. Na segunda e terceira canção, eles ficaram praticamente empatados. Beckett podia ver o suor que encharcava a camisa dele. Percebeu seus olhos fixos na tela. Determinado. Ela gostava disso nele, era persistente.

A quarta música desse round era bastante agitada. Black Eye Peas. Exigia mobilidade. Tinham constantes reviravoltas em passos que os colocava de frente para o outro por algumas vezes. Quando isso acontecia, era natural a troca de olhares intensos seja em tom desafiador, seja em tom de admiração. A própria Beckett se pegou avaliando o corpo de Castle e seus movimentos algumas vezes, o que lhe rendeu uma certa desvantagem na competição.

Em alguns momentos, ela percebeu que Castle costumava estar com a língua sobre os lábios, molhando-os enquanto fazia a dança. Ao dirigir sua atenção para a cena, era quase impossível para ela controlar a vontade de morder aqueles lábios, eles pareciam tão chamativos. Ela podia deixar se perder ali e por pouco isso não aconteceu. A perda de concentração de Beckett a fez ser derrotada na quarta música.

A vantagem dela agora era mínima, 100 pontos. O que não representava perigo nenhum a Castle. As chances dele vencer continuavam iguais. Ele a encarou com um sorriso provocante de quem sabe que pode virar o jogo e mais que isso, de alguém que se deliciaria tremendamente com a vitória.

Ele deu uma pequena pausa no jogo. Era o momento da verdade. Sorrindo ele a encarou.

- Estamos a uma música, apenas poucos minutos do fim. Tem certeza que quer continuar, Beckett? Não seria mais fácil você dar-se por vencida e me entregar o distintivo de vez?

Foi a vez dela sorrir e provocar. Aproximou-se dele sentindo o calor que emanava do seu corpo. Tocou a gola da camisa com os dedos, deixando os lábios bem próximos do ouvido dele, sussurrou.

- Qual seria a graça nisso? Me diga Castle, está com medo de perder?

Ele virou o rosto para fita-la. Suas bocas estavam a centímetros de distância. Ele teve o reflexo de morder os lábios antes de pensar em responder para ela e admirou-se do que viu em seu olhar. Desejo. Beckett exprimia desejo.

- Não, absolutamente. Rick Castle não é um homem de fugir da batalha.

- Mesmo?

Ela deslizou os dedos pela camisa dele. Castle sentiu a respiração faltar. Ela voltou a inclinar-se sobre ele para sussurrar ao pé do ouvido. O movimento deixou o top de Kate encostar entre o peito e o braço dele roçando tecido contra tecido.

- Você não imagina o quanto eu quero ganhar de você, o quanto desejo ganhar de você. Isso é tão...excitante.

Castle prendeu a respiração. Ele estava pasmo. Não conseguia reagir a tudo aquilo. Então Beckett se afastou e mudou o tom de voz para o seu normal autoritário.

- Aperte logo o play, Castle!

Ele demorou alguns segundos para processar o pedido, ou melhor, a ordem dela. Ela o desestruturara completamente. Golpe baixo, Detetive Beckett. Suspirando, ele apertou o play. Quando os primeiros acordes da música “Hips don’t lie” invadiram a sala, Castle sabia que precisaria de toda a concentração do mundo para vencê-la.

Os primeiros movimentos de ambos estavam em boa sintonia. Ele esforçava-se para não olhar para ela. Porém, os passos da dança eram rápidos e exigiam que eles se movimentassem muitas vezes em sincronia. Quando Castle virou-se em um dos passos ele pode ver o jeito que ela dançava. Os quadris rebolavam de maneira atraente. O jogo dos braços também promovia uma sensualidade a mais à cena. Beckett parecia outra pessoa, ele nunca a vira daquele jeito. O refrão da música fora sua desgraça. Castle esquecera do jogo, ele não conseguia tirar os olhos dela. Esfregava suas mãos na calça tão grande era a vontade de tocá-la. Esta perdido no jogo e nela.

Quando Beckett fez o ultimo passo, sabia que vencera. Ela conseguira deixá-lo sem ação. Seu plano mais que funcionara. Ela estava feliz com isso. E excitada.

A pontuação de ambos surgiu na tela. Beckett vencera com 4 mil pontos a mais que Castle.

- Yes! Eu venci Castle!

Ela abriu um sorriso lindo para ele.

- Você trapaceou... jogou sujo, Kate.

- Nada disso. Eu dancei conforme a música já você...

Ele deixou o bico se formar não acreditando que perdera mais uma para ela.

- Cadê a tequila? Quero comemorar!

Ela pegou a toalha e enxugou calmamente o rosto enquanto se dirigia a cozinha. Não se importou com o fato de Castle estar parado no mesmo lugar. Achou a tequila, limão e sal. Preparou um shot para ela e outro para ele.

- Hey, Castle! Hora de brindar pela minha vitória e sua uma semana de papelada. Eu imagino que seja um daqueles casos bem complicados com muitas anotações.

Ele virou para ela sério. Caminhou até o balcão.

- Não tem graça.

E mais uma vez, lá estava o sorriso encantador.

- Come on, Castle...beba a isso! Cheers!

Ela lambeu o sal das costas da mão e virou o copo. Mordeu o limão e fez uma careta. Ele bebeu a dose pura.

- Que tal umas margaritas, Castle?

Ela nem sequer esperou pela resposta dele. Pegou o liquidificador e pos se a preparar a bebida. Voltou com duas taças e a jarra cheia de bebida. Sabia que ele ainda estava chateado por ter perdido e precisava tirar essa expressão fechada do rosto dele.

Mas a vontade de provocar era bem maior. Beckett sorveu um pouco da margarita e ofereceu o próprio copo a ele. Castle não aceitou. Serviu-se e deixou escapar sua frustração.

- Você trapaceou e no meu território, Beckett. Não era para você ganhar. Você nem sabia jogar!

- Relaxa, Castle. É só papelada. Se isso te faz sentir melhor, não precisa fazer. Afinal, a aposta original era para eu acabar com o seu traseiro, o que fiz. Duas vezes devo acrescentar.

- Você vai ficar jogando isso na minha cara por quanto tempo?

- Depende de como você se comportar, se for um bom parceiro até posso poupá-lo de ser infernizado pela minha provocação o mesmo não posso afirmar pelos rapazes...

- Você não faria isso...

Ela sorriu provocando.

- Porque não? Me dê um bom motivo, Castle.

- Eu seria a piada do ano!

Beckett botou a mão no queixo e fingiu estar pensando. Balançou a cabeça negativamente.

- Nah, não me parece um bom motivo, desculpa Castle.

Ela terminara o primeiro copo da bebida. Tinha fome.

- Vamos jantar? Onde você colocou a comida?

- Na geladeira e no forno.

Ela pegou tudo que precisava e colocou sobre a mesa. Castle veio ajudá-la. Ainda estava remoendo a perda mas tinha que aproveitar a noite com ela. Era raro passar momentos descontraídos com Beckett. Quando tudo estava no seu devido lugar, sentaram-se à mesa um ao lado do outro.

Enquanto comiam e bebiam, eles conversavam sobre assuntos simples. O tempero mexicano, a bebida. Castle começava a esquecer que perdera e estava gostando de passar aquele momento intimo com ela. Pela primeira vez, ele podia observá-la sem ter que se preocupar em juntar as peças de um assassinato e julgando pela cena, ele pode perceber o quanto tudo aquilo era natural. Ele a pegou roubando nachos do seu prato algumas vezes, ou melando as tortillas na sua pimenta. Bons amigos curtindo um jantar a dois. Somente amigos?

Beckett encheu o copo de Castle pela terceira vez como fez com o seu.

- Você está bem devagar hoje na bebida Castle, a jarra de margarita ainda está pela metade. Não está boa? Prefere tequila?

- Não, Beckett. Está ótima. É que eu prefiro beber pouco enquanto como. Vamos terminar o jantar e então brigaremos para ver quem derruba a garrafa de tequila mais rápido.

- Tá certo.

Ela procurou algo na mesa e não achou. Virou-se para ele.

- Cadê seu taco Castle?

No instante que percebeu o sentido dúbio de suas palavras ela ficou vermelha e virou o rosto para não encará-lo.

- Hum, meu taco? Você gosta de taco Detetive? Devo responder ou...

- Castle!

O tom mandão logo surgira de volta como um mecanismo de defesa.

- Na prateleira de cima do fogão.

Ele estava rindo do jeito desconcertado dela. Vê-la sem graça era algo bem difícil e melhor ainda por ser ele o causador do momento de constrangimento dela. Terminaram de comer e voltaram para a sala com os copos, a garrafa de tequila, a jarra de margarita e uma vasilha de nachos com guacamole no centro. Beckett encheu os copos novamente e sugeriu um brinde.

- A que vamos brindar Castle? A minha vitória?

- Não, porque você trapaceou. Vamos brindar a amizade, aos momentos de descontração.

- Tudo bem, aos momentos felizes.

Ela virou o copo junto com ele.

- E eu não trapaceei.

O silêncio na sala era incômodo. Ela pegou o controle do vídeo game e apertou play. A música começou a tocar, bem melhor assim. Os minutos passaram e a jarra de margarita secou. Beckett já se sentia um pouco mais alegre, leve. A bebida começava a deixá-la mais solta. Castle acabara de comer um nacho deixando um pouco de guacamole no canto da boca. Aquilo instigou algo dentro de Beckett. Queria passar a língua naquele cantinho.

- Tem um pouco de guacamole no canto da sua boca.

Castle pegou o guardanapo para limpar mas Kate fora mais rápida. Com a ponta do dedo indicador, ela limpou a área e levou o dedo automaticamente à boca, lambendo-o com a língua. Percebendo o quanto aquilo o afetava, ele virou o copo de bebida. Kate deixou a mão vagar pela coxa dele pousando-a sobre o joelho. Os dedos dela brincavam com os ossos acariciando-os.

- Você ainda está muito chateado de ter perdido, Rick?

A voz era suave, meiga. E o som do seu nome, Rick. Ela raramente o chamava pelo primeiro nome. O que tornava tudo mais excitante. Castle sentiu o coração acelerar um pouco.

- Um pouco. Você me disse que não sabia dançar...

- Não, eu disse que não sabia dançar com esse jogo. Ganhar significa muito para você?

- Pelo menos no meu território, sim.

- Está chateado por perder para uma mulher?

- Não estou chateado, apenas queria meu distintivo. E Kate, não me importo de perder para uma mulher linda e única como você...

Beckett respirou fundo. Aquelas palavras a fizeram sentir um arrepio na espinha. Ouvi-lo dizer Kate era algo especial para ela, íntimo. Talvez Kate Beckett pudesse enfim se deixar entrar num jogo diferente onde o resultado fosse inesperado. Fosse pela bebida ou pelo homem a sua frente, Beckett decidiu que queria jogar. Ela retirou a mão da perna dele e levantou-se do sofá.


Pegando-o pela mão e virando mais um copo de tequila, ela sorriu e falou.

- Vem, Castle. Vou te ensinar como ganhar uma aposta.

Ela escolheu a música que tinha sido a derrota dele. Quando ela começou a dançar os acordes da música de Shakira, Castle reparou que ela não seguia os passos do jogo, fazia sua própria dança. E ele não conseguia tirar os olhos dela. Beckett dançava no ritmo da batida, os quadris movendo-se com perfeição. Castle estava simplesmente maravilhado. Ela mexia cada parte do seu corpo num balé de tirar o fôlego. No refrão, o queixo de Castle veio abaixo. Aquilo era sensualidade à flor da pele.

I'm on tonight
You know my hips don't lie
And I'm starting to feel it's right
All the attraction, the tension
Don't you see baby
This is perfection


Ali a sua frente, Beckett não era apenas a mulher linda e forte que ele conhecia, ela era sexy sem ser vulgar, sensual e misteriosa. Era como se ela estive chamando-o, convidando-o a desfrutar o momento.

never really knew that she could dance like this
She makes a man want to speak Spanish
Cómo se llama? (Sí), bonita (Sí)
Mi casa (Shakira, Shakira), su casa
Oh baby, when you talk like that
You make a woman go mad
So be wise and keep on
Reading the signs of my body


Isso era realmente verdade. Ele jamais imaginara que ela pudesse dançar assim. Era uma performance. Beckett estava adorando mexer com ele. Aproximou-se e requebrava a cintura. Ele não resistiu e colocou as mãos na cintura dela quando ela estava de costas para ele. Beckett inclinou as costas para ele buscando tocar seu corpo no dele. Rápido. Rindo ela voltara para a posição original.

Mira en Barranquilla se baila así
Say it!
En Barranquilla se baila así
(Yeah)


Ela remexia os ombros para frente e para trás instigando-o até gargalhar e jogar a cabeça para trás. Castle mordia os lábios tão forte que sentiu uma nesga de sangue na boca. Ela estava levando-o a loucura. Sentiu uma fisgada na virilha. Mais que isso, estava excitado mas não queria demonstrar. Os acordes finais soaram e Beckett aproximou-se dele, quase jogando-se nele. O rosto dela muito próximo dele. Toda a tensão do momento segura naqueles centímetros que os separavam. Beckett fitava-o com luxuria no olhar, desejo. Seus olhos moveram-se para os lábios convidativos a sua frente. Ela não podia resistir mais. Num gesto rápido sua mão pressionou a nuca dele e tocou-lhe os lábios, sugando-os.

Ela queria sentir o beijo dele novamente. Precisava. Colou seu corpo ao dele e sentiu os braços de Castle a envolverem. Sentiu cada fibra do seu corpo tremer de excitação. Para ela já não importava se era a bebida ou a vontade. Ela queria Castle. E o beijo era intenso. As línguas se exploravam, as mãos dele percorriam o corpo dela, puxando-a mais para si. Beckett mordiscou os lábios dele.

Castle traçou os lábios no pescoço dela. Os dentes roçando a pele, provocando. Ele queria continuar vagando pela nuca dela porém, Beckett estava sentindo falta do beijo dele. Então, afastou-se e com as duas mãos prendeu o rosto dele. Novamente, seus lábios colidiram com os dele. Dessa vez num beijo ardente, faminto. A urgência de sentir o gosto dele em seus lábios era grande demais.

Beckett não sabia explicar porque agia daquela forma, tudo aquilo era louco demais, novo e extremamente excitante. Castle a empurrou contra o sofá e tornou a beijá-la. Ela sentiu quando os dedos dele tocaram o seio por sobre o top. Ela gemeu. Ele tentou inclinar seu corpo sobre o dela mas Beckett estava atenta e era esperta. Se alguém fosse dar um passo a mais seria ela.

Com o pulso acelerado e o coração disparado, ela quebrou o beijo e arfou por ar. Mantinha os olhos fechados. Castle respirava com dificuldade. Após um minuto e já recomposta, Beckett se levantou do sofá e serviu-se de mais uma dose de tequila. Ela estava de costas para ele.

Castle a observava calado. Eles cruzaram a linha tênue que regia seu relacionamento. Ele tinha medo que a policial tivesse voltado a si. Ele não queria que ela escolhesse justo aquele momento para desistir e discutir o que seria tudo aquilo. Eles estavam muito próximos de conseguir o que ambos queriam a muito tempo.

Ele se levantou do sofá e caminhou até ela. Segurou-lhe a mão.

- Kate...escute você...

Ela virou-se para ele e colocou o dedo sobre seus lábios. Como uma gata, roçou seu corpo no dele e sorrindo colocou as mãos dele em volta da sua própria cintura. As pupilas dilatadas indicavam o seu nível de desejo. Sorrindo, ela sussurrou para ele.

- Castle me responda uma pergunta: você quer ainda o seu distintivo ou prefere ter a policial?

Ela mordiscou a orelha dele e pode sentir o membro dele já despontando em resposta.

- Eu poderia ter os dois não?

Ela olhou para ele rindo. Sussurrou ao ouvido dele.

- Porque você não cala a boca e me leva para seu quarto, Rick? Quero você, Castle.

- Oh, Kate...

E sorveu os lábios dela novamente.

O beijo sensual logo transforma-se em algo louco e urgente. As mãos ágeis de Beckett desfazem todos os botões da camisa dele. Eles caminham pela casa rumo ao quarto sem sequer se largarem. As bocas não se deixam um segundo e quase se machucam ao tentar subir a escada. Beckett quase perdeu o equilíbrio entre degraus mas mesmo Castle a segurando, eles acabaram por tropeçar juntos. Kate caiu sentada na escada. Ela quebrou o beijo para gargalhar de si mesma.

Castle ergueu-se e oferece a mão para levantá-la. Beckett o puxa pela camisa e quase o faz desabar sobre ela. Sentada no degrau da escada, ela volta a beijá-lo. Ele está apoiado de joelhos alguns degraus abaixo dela. As mãos seguras no mesmo degrau onde ela estava sentada, forçavam seu corpo sobre o dela, fazendo-a deixar as costas curvarem-se sobre os degraus da escada. Ela o beijava acariciando a nuca e os cabelos dele. Castle deslizou uma das mãos sobre o abdômen liso e exposto dela provocando-a quando seus dedos roçavam o elástico da calça que ela vestia. Beckett gemeu e quebrou o beijo.

Ele aproveitou para se levantar e puxá-la consigo. Subiram os últimos degraus de mãos dadas. Castle a conduziu até a porta do seu quarto. Com a mão na parte inferior da sua costa, ele a guiou para dentro fechando a porta atrás de si.

O quarto dele era quase do tamanho de todo o apartamento dela. A cama muito bem arrumada e cheia de travesseiros era bastante convidativa e Kate Beckett sabia que a última coisa que ela queria fazer nessa cama era dormir.

Virou-se para ele e com as pontas dos dedos derrubou a camisa no chão. Devagar, ela deslizou seus dedos pelo peito dele. Pode sentir o coração acelerado tal como o seu estava naquele momento. Ele acariciou o rosto dela com o polegar. Os olhares se encontraram. Não havia volta. Eles estavam ali pelo mesmo motivo.



Continua.......

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

[Castle Fic] The Bet - Cap.3


Nota da autora: O verdadeiro Just Dance é jogado apenas com o controle e movimentos das mãos. Incrementei um pouco para tornar mais interessante. E claro, algumas músicas não constam no disco original, ok? Isso é ficção!


Cap.3


Sábado
9h da manhã



Castle acordara cedo e estava preparando o café quando Alexis desceu as escadas.

- Bom dia! Panquecas? Ovos? Bacon?

- Nossa.... o que deu em você? Hoje é sábado.

- Por isso mesmo, sábado e está um dia lindo.

Castle colocou uma panqueca no prato em frente à filha. Serviu-se também e pegou café. Sorrindo, sentou-se na frente da menina. Alexis observava o jeito dele, sabia que tudo isso era por causa de Beckett. A possibilidade de ela passar um tempo junto dele sem que estivessem analisando um caso. Depois de sorver um pouco de café, ele resolveu sondar o que a filha faria nesse sábado. Sua intenção? Não ter ninguém em casa depois das 7 da noite.

- Então, qual a sua programação para hoje Alexis? Vai sair com o seu namorado?

- Ainda não sei... – resolveu brincar com ele – pensei em ficar em casa.

- Em casa? Num sábado à noite? Filha, você mora em NY! Aposto que tem vários eventos, festas, exposições tudo acontecendo, porque vai ficar em casa?

- Sim, deve ter mesmo mas o que tem de errado em eu querer ficar em casa e assistir um filme com o meu pai? Ou você não quer minha companhia? Até onde lembro, você gostava de fazer programas de pai e filha.

- E gosto! Só acho que você poderia aproveitar a cidade com seu namorado...

Tinha que dar um jeito de fazê-la mudar de idéia sem magoá-la.

- Não sei, posso ver com o Ashley mas e você? Vai ficar sozinho em casa?

- Er...eu tenho um convite para sair, uma festa e tenho que continuar a escrever meu livro.

- Num sábado à noite? Você vai escrever? Bem, já que não quer minha companhia para assistir filme, porque não convida a Detetive Beckett para o cinema?

Castle quase engasgou com a panqueca.

- Beckett?

- Qual o problema? Aposto que ela aceitaria.

Castle ficou calado por um momento. Porque a Alexis estava falando da Beckett?

- E sua vó? Vai sair?

- Ontem ela mencionou algo sobre uma festa de uma amiga disse que ia ao salão hoje.

- Ótimo!

- Falando nela....

- Olá, meus queridos. Quero apenas uma xícara de café. Estou atrasada para minha hora no cabeleireiro.

- Festa, mãe?

- Sim... nada melhor que uma festa para lembrar que estamos vivos!

- Queria que a sua neta tivesse a mesma opinião...

- Ele está querendo me botar pra fora de casa hoje de qualquer jeito!

- Mesmo?

- Não é isso... só sugeri que curtisse a cidade.

Mas ele estava vermelho.

- Sei, o que você está aprontando Richard?

- Eu? Nada!

- Mistérios...o que está acontecendo nessa casa?

Alexis não querendo que sobrasse para ela, foi saindo da cozinha de fininho mas a vó percebeu.

- Onde vai?

- Lembrei que preciso ligar pra uma amiga...

- Está vendo? Mais mistérios...

Ela balançou a cabeça e saiu pela porta deixando Castle sem idéia do que ela queria dizer.


Apartamento de Beckett


Passava das dez da manhã e Beckett estava na frente da TV, dançando. Fazia uma hora que começara o treino. Ela estava bem mais confiante agora. Tinha melhorado muito e com certeza ia dar muito trabalho a Castle. Queria vencer.

Ela se programara para treinar até o meio-dia, especialmente a versão de competição. Beckett até já sabia que músicas poderiam lhe dar vantagem sobre Castle. Ao pensar nisso, sorriu. Depois ela sairia para almoçar. Ainda tinha que ver a roupa que vestiria, seguiria o conselho de Alexis.

Meia-hora depois, Alexis desceu as escadas avisando ao pai que ia fazer compras com uma amiga. Acabara decidindo ir a uma festa à noite e precisava de um sapato. Castle abriu o sorriso, isso era um ótimo sinal. Ela também avisou que voltava em casa lá pelas quatro e viria pegar as roupas e se aprontar na casa da amiga. Ashley ia buscá-la e à amiga às oito para a festa.

Foi só Alexis fechar a porta para que ele vibrasse. Correu para o telefone. Precisava encomendar a comida mexicana. A tequila ele já tinha.

Assim que botou o pé na rua, Alexis ligou para Beckett.

Beckett ouviu o toque do celular. Consultou o relógio. 11:30. Tomara que não seja um homicídio. Ao ver o número de Alexis no visor, sorriu.

- Hey, Alexis!

- Oi! Adivinha quem está expulsando todo mundo de casa?

- Sério?

- Só faltou marcar um programa para mim ele mesmo. Ainda bem que a vovó já tem uma festa.

- Porque o Castle estaria querendo que todos estivessem fora de casa?

- Você é uma detetive e inteligente, acho que você imagina o porque. Já parou de treinar?

- Estava terminando.

- O plano continua de pé, sai de casa agora, vou almoçar e depois eu volto lá pelas 7 e meia para surpreende-lo e levar o jogo. Aliás, posso passar aí com você para pegar o disco?

- Claro! Espero você e depois saio para almoçar. Quero comer algo leve.

- Ok, chego ai em uns vinte minutos.

E ela realmente ouviu a campainha cerca de vinte minutos depois. Quando abriu, encontrou Alexis com algumas sacolas plásticas sorrindo.

- Trouxe o almoço.

- Pensei que você ia almoçar com alguém.

- Ia mas prefiro almoçar com você.

Beckett pegou os pratos e os talheres. Sentaram-se na pequena mesa e Alexis abriu os pacotes de salada, quiches, frutas e uma porção de húmus. Ela aprovou a escolha da menina. Começaram a comer. Depois de alguns minutos, Alexis quebrou o silêncio.

- Você já escolheu sua roupa?

- Não, mas não usarei nada especial.

- Ah, não precisa ser nada sofisticado. Basta ser algo que chame a atenção dele. Posso ajudar?

Beckett deu de ombros. Ao terminarem de comer, Beckett a levou até seu guarda-roupa. Alexis avaliou as roupas. Ela tinha vestidos bonitos mas a noite não pedia vestido, o segredo estava na roupa de ginástica.

- Cadê seus conjuntos de malhar?

- Aqui na gaveta.

Beckett achava divertido o jeito de Alexis examinando sua roupa. Se algum dia alguém dissesse a ela que veria a filha de Castle remexendo nas suas coisas, ela certamente gargalharia na cara do infeliz. As coisas mudam...

Ela escolheu um conjunto simples mas que realçaria o corpo de Beckett.

- Pronto. Ai você vai de calça jeans mesmo. E que tal essa blusa vermelha? Ela cai no ombro, é perfeita. Você pode ir até com o top por baixo e trocar somente a calça.

- Acho que vou aceitar sua sugestão.

- Ok, agora vou sair, dar um passeio com o Ashley. Descanse. Te vejo à noite.

Beckett acompanhou a menina até a porta. Ela decidiu deitar um pouco para recuperar as energias. Acabou cochilando.


Apartamento de Castle
3 pm


Castle estava sozinho em casa. Checava os últimos detalhes. Comida, ok. Bebida, ok. Vídeo game na sala montado. Jogos separados. Ele sorriu. Beckett não tinha noção do que ela enfrentaria hoje. Nada como o vício do vídeo game para uma revanche. Isso vai ser bem diferente daquela luta no tapete. Se bem que a luta teve suas partes boas.

Ao lembrar dos momentos, Castle se pegou suspirando. Uma das coisas que mais esperava nessa noite era se aproximar de Beckett, tentar quebrar as barreiras que ela construiu aos poucos. De certa maneira essa história de aposta serve de desculpa para eles ficarem mais à vontade dando a ele a oportunidade de questioná-la, especialmente sobre o beijo.

Certamente seria uma noite interessante.


Apartamento de Beckett
5 pm


Beckett acabara de acordar. Não pretendia dormir tanto tempo assim. Levantou-se e foi para o banheiro. Após o banho, Beckett se dedicava a passar hidratante na pele. Lembrou-se do dia em que Castle lhe disse que cheirava a cerejas. Era exatamente esse o aroma do seu hidratante. Algo mais a seu favor. Mas para que realmente? O que ela esperava com essa noite?

Kate Beckett tinha um trabalho muito difícil. Seu tempo era restrito e sua profissão tornava o desafio de manter um relacionamento ainda mais complicado. Muitos homens se aproximavam dela pela beleza mas ao saber que ela era policial, a maioria desistia de ter algo sério. Ela já tivera sua cota de namorados e geralmente todos os seus relacionamentos acabavam por causa dela, colocava a profissão acima de tudo. O fato era que não entendiam o seu lado e sua determinação.

Castle a compreendia. Na verdade, ele a conhecia tanto que isso a assustava. Com o passar dos anos, ela se acostumou a tê-lo a seu lado. E nos últimos meses, ela passara a olhá-lo de maneira diferente. Talvez, pelos perigos que enfrentaram juntos, pela presença dele sempre a seu lado, por ele se preocupar com ela e tentar protege-la mesmo sendo ela quem possui uma arma. Ele não era mais somente o escritor, o amigo, o companheiro de trabalho. Então, o que ele significava para ela?

A lembrança do beijo a envolveu. Ela foi pega desprevenida. Não esperava por aquilo. Mas ao sentir os lábios dele nos seus pela primeira vez, alguma coisa clicou dentro dela, como se tivesse acendido um botão secreto. Tanto foi novo que ela mesma decidiu por beijá-lo na segunda vez. Queria entender melhor o que estava sentindo com tudo aquilo porém tinha trabalho a fazer.

O estranho era que até aquele momento ela não tinha pensado em tudo aquilo. Porque o beijo mexia tanto com ela? Beckett não podia negar, ela sentia-se atraída por Castle. Era apenas curiosidade? Queria experimentar como seria dormir com ele? Não. Definitivamente era mais que uma vontade, Castle era diferente. Ele a entendia, sabia da importância de ser policial na vida dela, a aceitava com todas as suas falhas. Na verdade, antes dele, apenas Royce a conhecera tão bem.

Ela não sabia o que esperar daquela noite aparentemente inocente. Não forçaria nada. Apenas o desenrolar do momento iria determinar os próximos passos. No fundo, Beckett continuava tentando esconder de si mesma a verdade. Kate começava a ceder, ela estava se deixando apaixonar por Castle.

Consultou o relógio. Tinha 15 minutos. Precisava se arrumar.


Apartamento de Castle


Martha aparecera muito bem vestida no pé da escada. Castle estava no sofá fingindo ver televisão.

- Querido, estou de saída. Não me espere tão cedo. E comporte-se!

- Ok, mãe. Divirta-se!

- Quero muito estender a festa até de manhã...

Castle apenas sorriu para ela enquanto a via sumir porta afora. Passavam das 7 e Alexis nem sequer voltara em casa. Beckett devia chegar a qualquer momento. Quinze minutos depois, a campainha tocou. Ao abrir a porta, Castle se deparou com uma mulher bem diferente da policial que estava acostumada a ver todos os dias. Embora vestida casualmente, exceto pelos saltos altos e finos, ela parecia bem relaxada. Pouca maquiagem, apenas um gloss e lápis, com os cabelos soltos e ombro de fora, ela sorria. E como ela cheirava bem....oh, Deus!

- Hey, Castle...

- Boa noite, Beckett. Entre.

Ela passou por ele deixando um rastro delicioso de perfume e sentou-se no sofá. Cruzou as pernas e esperou. Ao examinar o ambiente, percebeu a casa bem arrumada e o telão montado no outro cômodo da casa. Tudo preparado para competirem.

- Posso te servir uma bebida?

- Se você está querendo dizer tequila, não. Álcool apenas depois que eu acabar com você para celebrar. Aceito água.

- Hum... levando a competição à sério não, Detetive Beckett?

- Você não?

- Claro mas sou um cara experiente nisso.

- Você está muito autoconfiante não?

Castle preferiu não responder e providenciou a água que ela pedira. Sentou-se ao lado dela no sofá, deixando ela ganhar tempo e aproveitando para admira-la. Beckett deixou o copo vazio sobre a mesa e virou-se para ele perguntando.

- Então? Quando vamos começar?

- A hora que você quiser...

- O que estamos esperando? Provocou.

Ele sorriu e levantou-se do sofá, Kate foi atrás seguindo-o até o telão. Viu o aparelho conectado e dois CD’s ao lado dele. O tapete estava no chão estendido.

- Regras?

- Ok, vamos jogar o módulo de competição desses discos. O jogo consiste em você reproduzir perfeitamente os movimentos dos pés e braços para ganhar pontos. Eu não interfiro no seu jogo e você não interfere no meu. Pensei em fazermos melhor de 3, o que acha?

- Por mim tudo bem, mas você não vai ao menos me dar uma demonstração do básico?

- Você não joga vídeo game?

- A última vez que joguei deve ter sido na faculdade, exceto por alguns jogos virtuais de treinamento na polícia.

- Ok, uma pequena aula de como manusear o controle.

Enquanto Castle explicava, Beckett respirou aliviada. Queria ganhar tempo para que Alexis chegasse. Discretamente, ela consultou o relógio. 7:30. Onde essa menina se meteu? Ele continuava mostrando o manuseio do vídeo game quando ouviu um barulho da fechadura.

- Pai?

Castle pareceu surpreso.

- Alexis?! Você não ia para uma festa?

- E vou. Me atrasei e.... Detetive Beckett? Vocês estão trabalhando?

- Oi, Alexis. Não estamos trabalhando. Estou pagando uma dívida.

- Como assim?

- Você não vai contar para ela, Castle?

Ele olhou para Beckett avaliando se deveria falar para a filha. Beckett deu de ombros. Alexis, esperta se antecipou a ele e já foi falando.

- Estava fazendo umas compras e vi algo que me lembrou você, pai. Olha isso! Just Dance Summer Party, que tal?

- Interessante, Alexis. Já que seu pai não responde, vou falar. Fizemos uma aposta no trabalho em um caso que trabalhávamos mas Castle perdeu.

- Mas se ele perdeu não é você que deve pagar a dívida, é ele.

- Na verdade, ele já pagou o problema é que seu pai não sabe perder e não achou justo o pagamento da aposta e me desafiou para um jogo de vídeo game.

- Mesmo pai? Vai ser o que? SWAT?

- Claro que não! Vamos dançar.

- Ah, que ótimo! Você joga Just Dance, Beckett?

- Me chame de Kate e não, nunca joguei.

- Você nunca jogou e ele está te desafiando? Pai! Que coisa feia! Você sabe essas danças de cor. Seria uma competição muito injusta.

- Não seria nada injusta e....

- Parece que eu adivinhei não? Já que a deteti...a Kate não conhece, é melhor vocês jogarem o novo. Assim parece melhor.

Castle arregalou o olho. Já era sua vitória certa. Agora teria que ralar apesar de ainda estar em vantagem. Ás vezes ele detestava a sua filha e essa mania de ser certinha!

- Deixa eu preparar tudo para vocês. Não mudou muito dos outros jogos que temos, só novos clipes.

Ela olhou disfarçadamente para Beckett e sorriu. Ligou o aparelho e setou tudo no novo jogo. Depois, virou-se para o pai e perguntou.

- Vocês já vão começar?

- Sim, e você não ia sair?

- Vou, pai. Relaxa! Kate, você vai dançar de sapato alto?

- Não, vou me trocar. Castle qual o banheiro que posso usar?

- Vem, eu te mostro.

E Alexis saiu puxando Beckett. Ao fecharem a porta do banheiro, ela suspirou.

- Pensei que você não chegaria nunca! Já estava vendo eu começar a competição e me dar mal.

- Desculpe, me atrasei um pouco. Mas você não vai começar arrasando logo de cara né?

- Não, tenho uma estratégia. Vai ser melhor de 3, vou deixar ele ganhar a primeira.

- Ok, vou sair para disfarçar.

Alexis voltou a sala e sentou-se ao lado do pai que já estava descalço e esperando por elas.

- Hey, pai. O que você apostou com a Beckett?

- Se eu ganhar, ela me dá um distintivo da NYPD honorário.

- E se ela ganhar?

- Farei toda a papelada dela por uma semana.

- Nossa! Ela foi bem razoável com você.

Nesse momento, Beckett volta à sala vestindo o conjunto de ginástica, o cabelo preso num coque e os sapatos na mão. Castle ia responder à filha mas ao ver Beckett à sua frente vestindo aquela malha grudada ao seu corpo demonstrando as curvas, ficou sem palavras.

- Estou pronta.

Ela deixou as coisas próximas ao sofá e se pos de pé na frente do telão. Castle se recompôs e também assumiu sua posição. Alexis sentara-se no sofá. Ela tinha que ver pelo menos uma dança.

- Preparada?

Kate assentiu. Castle pressionou start.

A música encheu a sala e os primeiros passos foram dados. Castle movia-se de maneira ágil. Beckett fazia o seu jogo. Errava passos, se atrasava e claro, reclamava para não dar bandeira.

- Acho que esse controle não está funcionando direito...

- Está tudo certo, Beckett.

- Droga! Esqueço dos movimentos dos pés!

- Concentre-se Detetive Beckett e não ligue para a provocação do papai.

- É fácil, cadê sua coordenação motora?

Beckett não falara nada, apenas continuava mantendo o ritmo e cometendo erros. Estava se aquecendo e deixando ele pensar que seria fácil. Castle ria dos movimentos dela e continuava marcando pontos. Ao final da primeira música, a diferença de performance era muito grande. Castle provocou.

- Ganhar meu distintivo vai ser mais fácil do que tirar doce de criança!

- Cuidado, Castle. Estou apenas me aquecendo e conhecendo como tudo funciona porque convenhamos estou em desvantagem total.

- Pela parcial, você está mesmo! Tente se concentrar e marcar seu tempo, Kate.

- Alexis, você está jogando no time da Beckett? Você deveria torcer para mim que sou seu pai.

- Não, torço pelas meninas. Vamos lá, acabe com ele Beckett!

Castle revirou os olhos.

- Você não tinha uma festa para ir?

- Tenho, só queria ver como isso tudo ia se desenrolar. Vou me aprontar. Nada de brigas, crianças.

Ela saiu rindo. Castle virou-se para Beckett e entortou a boca como quem diz adolescentes!

- Sua filha é uma graça, Castle.

- Chega de papo. Pronta pra segunda música?

- Manda!

E assim eles seguiram. Beckett fazia alguns pontos, errava outros e Castle se mantinha soberano. Ela sabia muito bem enrolá-lo e até agora tudo parecia estar dando certo. Ela também percebeu que ele cometia erros e tinha mais dificuldade nas músicas mais rápidas. Sinal de que ele não era tão perfeito assim ainda mais sendo músicas novas. Cinco canções passaram completando a primeira rodada que consagrou Castle campeão.

- Ufa!

Kate pos as mãos na cintura. Castle enxugou o suor da testa.

- Um a zero para o escritor. Cinco minutos de pausa. Água?

- Aceito.

E se jogou no sofá. Alexis apareceu na sala para despedir-se e encontrou-os sentados com copos na mão.

- Já cansaram?

- Acabamos o primeiro round.

- É claro que eu ganhei, já estou até pensando em fazer uma pequena reunião com os caras do distrito para comemorar meu distintivo.

- Hey! Eu perdi uma batalha, não a guerra!

- Kate, não me leve a mal. Seu negócio é arma, videogame e dança? Não tenho tanta certeza.

Alexis ria. O ego do pai estava nas alturas.

- Vou indo. Boa sorte e comportem-se!

- Tchau, filha.

Ela jogou um beijo no ar para ele. E sorriu para Beckett. Assim que a menina saiu pela porta, ele se levantou e instigou.

- Segundo round?

- Ok, estou pronta.

E começaram a dançar a primeira música. Beckett percebeu que agora, os erros de Castle eram mais constantes. Ele se perdia em alguns passos. Hora de ganhar uma vantagem. Ela se concentrou e agiu exatamente como treinara. As músicas seguintes não foram diferentes. Ela abriu uma certa vantagem sobre Castle e colocou uma ruga de preocupação na testa dele. Ao tentar observá-la, ele acabava cometendo erros e pior, ele por algumas vezes se perdera no movimento do corpo dela.

Não era fácil estar ali ao lado de uma mulher tão linda, vendo-a mover o corpo perfeito em passos de dança. Ele podia reparar na concentração do olhar, no suor escorrendo pelo corpo, nos pequenos cachos cedendo ao coque e caindo na altura do pescoço dela apenas para mexer com sua imaginação. As pernas ritmadas exibiam os músculos torneados fazendo um balé exclusivo a cada novo passo.

Ele precisava parar e se concentrar ou perderia. Mas infelizmente, era tarde demais. Ela ganharia o segundo round. Tudo porque ele se distraiu. A quinta música chegara ao fim e com ela a vitória de Beckett.

- Então, Castle? Parece que sua vitória não está mais tão certa como antes, hum?

- Não se empolgue detetive, eu me deixei desconcentrar.

- Você? Como?

A cara de Beckett era a mais fingida possível. Ela pegou uma pequena toalha que deixara sobre o sofá. Ao inclinar-se, ele pode sentir o cheiro característico dela mesmo com o corpo suado.

Cerejas.

Após tirar o excesso de suor, ela ajeitou o cabelo. Dessa vez em vez de um coque, prendeu fazendo um rabo de cavalo. Castle seria capaz de ficar horas admirando a mulher a sua frente. Ela o encantava, hipnotizava. Se fosse em outro momento, porém hoje ele não podia se deixar levar pela tentação. Tinha que vencer. Precisava daquele distintivo.

- Vamos ao tudo ou nada?

- Manda ver!

Ele apertou o botão e a última batalha começara. Se ao menos Castle soubesse do que estava por vir... hoje definitivamente ao contrário do que ele gostaria, sua vitória não era dada como certa.



Continua.......

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Thanksgiving Day !!!

Para quem não sabe, hoje é Thanksgiving Day nos USA. Aí você deve estar se perguntando e porque Karen, você está escrevendo sobre isso no seu blog? Simples! Porque sou americana de coração e comemoro a data mesmo no Brasil.


Brincadeiras à parte, é bem interessante termos um dia onde podemos parar e avaliar porque ou quem somos gratos todos os anos.


Eu poderia escrever uma lista de coisas pelas quais sou grata aqui mas quero focar duas coisas que pelo menos esse ano foram primordiais para que eu agradece, são elas:


- Minhas séries: o meu hobby e porque não dizer vício, me proporcionou muitas alegrias esse ano. Surtei, chorei, sorri, tive muita raiva e o mais importante escrevi muito. a criatividade colocada em prática por causa das séries foram definitivas em momentos que eu me sentia chateada com alguns fatos do dia-a-dia.


- As minhas amizades reais e principalmente virtuais: sou grata por várias pessoas especiais que fazem parte da minha vida diariamente. Pessoas que são capazes de me fazer sorrir com 140 caracteres. Muitas vezes, estava chateada, com raiva e de repente surgia um pequeno twitter me contando uma novidade, tirando uma brincadeira, elogiando uma fic. Vocês tem noção do impacto e da importância de tudo isso no meu dia? Com certeza não!


Quantas vezes estava a ponto de chorar e alguém chegava e me colocava pra cima com uma conversa auto-astral ou com um comentário novo? Então são para essas pessoas que eu dedico o meu agradecimento nesse Thanksgiving Day!


Fany, você é uma maluquete especial. obrigada por me receber na sua casa! Me senti parte da família. E obrigada pelas consultas e terapias não é fácil ter amiga doida como eu!


Carol, eu já adorava você virtualmente - pessoalmente só foi amplicada a nossa amizade! Nem sei como descrever o quanto gosto de você. E vou te visitar outras vezes pode me esperar!


Nina, minha metralhadora de palavras.... capaz de me deixar zonza! Sua energia contagia a todos e adoro ler um comentário seu, muitas vezes é o ponto alto do meu dia! E se prepare ainda vou comer o tutu da sua mãe pode esperar!


Lu, minha gêmea... que tantas vezes me disse que tenho o dom das palavras mas que muitas vezes sabia exatamente o que dizer para me ajudar. Como duas pessoas podem ser tão parecidas? Seja em gosto musical, literário, em modo de pensar.... você é especial!


Resumindo:


Carol, Fany, Nina, Lu...vocês são anjinhos que tornam o meu dia mais feliz! Amo vocês!


Ju você é acredito a mais nova no rol das surtadas mas adoro o fato de você pensar bem parecido comigo.


Bruninha obrigada pela oportunidade de divulgar meu trabalho e assim também te ajudar. Fiquei lisonjeada com o seu convite. Vocês são duas fofas!


Enfim,


Happy Thanksgiving Day!!!


Diz aí, porque você é grato?!

domingo, 20 de novembro de 2011

[Bones] The Prince in the Plastic

E mais um episódio de Bones! Dessa vez posso dizer que gostei bem mais que os outros dois. É, acho que posso dizer que foi o melhor até agora mas ainda não merece um - wow. Vamos as partes interessantes:


Caramba! Eu simplesmente não consigo engolir essa idéia de Sweets como parceiro de campo do Booth mas apelar para uma arma? Come on, HH! Aí é forçar demais... na minha opinião, essa idéia foi para encher linguiça no episódio porque a Emily não podia estar presente em todo ele.


O caso também foi bem simples. Gostei pelo fato de envolver brinquedos aí sim, trazendo uma outra dinâmica para a nova fase da vida de Brennan. E aposto como todos sabiam quem havia matado a vítima, muito fácil!


A Squint da semana não é a preferida de vários fãs mas eu considero a Daisy apesar de afetada, muito inteligente e de certa forma ela traz uma nova perspectiva ao caso, o que não foi diferente dessa vez. A ligação dela com o Principe encantado acabou por ajudar na descobertas de boas pistas para o caso. A cena onde ela explica através do boneco partes importantes de como aconteceu a briga entre a vítima e sua agressora foi bem interessante e o mais engraçado é que Brennan acaba ouvindo o que ela tem a dizer na maioria das vezes.


Agora, colocá-la no campo com Booth?! Weird... porém ela consegue ser útil.


Pontos Altos:


As cenas de Angela e Brennan são sempre lindas! Adoro a amizade dessas duas e Angie recuperou o ponto que perdeu no episódio passado comigo.


Michael! Como pode um bebê ser tão fofo?!!!


A cena de Brennan e Booth no sofá, ela falando que não é boa com brincadeiras e que tem medo de não se conectar com a filha. Parte mais fofa ela falando de dissecar sapos...oh,Bren! E claro, o carinho de Boreanaz na barriga de Emily - e Demilys vão à loucura!!!


Angela estressada com o Baby walk - LOL - e sobrou pro Hodgins além dela quase ter batido na Cam.


Pontos Baixos:


Cam continua sobrando... não gosto disso!


Exageros de Sweets nos episódios e agora uma arma?! Got your back, Booth?! No comments!


Primeiro Sweets depois Daisy...onde vamos parar? Quem será o próximo em campo com o Booth? Aiaiai...


Melhor Cena:


Definitivamente a última cena foi linda tenho que considerar um empate porque afinal, o que é a Bren tentando brincar com o Príncipe? Rachei de rir... Emily Deschanel é impagável! Quando vão dar um prêmio para essa mulher? Façamos nossa parte no PCA, people!


Bem melhor que as semanas anteriores, merece um 8 mas ainda preciso de um estímulo! Preciso tremer nas bases, espero ansiosa para o dia que isso aconteça.


Bjks!





[Castle Fic] The Bet - Cap.2


Enjoy! :)

Cap.2


Ao terceiro toque atenderam.

- Alô.

Kate reconheceu a voz de Martha e sorriu.

- Oi, Martha. É a Beckett.

- Kate, querida! Tudo bem com você?

- Sim, está.

- Você ligou para falar com o Richard? Ele veio rapidamente aqui em casa e disse que tinha uma reunião com a Gina. Você ligou para o celular dele? Aposto que é mais um caso não?

- Er..não Martha. Na verdade, estou ligando para falar com a Alexis.

- Oh! Alexis? Ela ainda está na escola. Se for urgente posso passar o celular dela para você. Aconteceu alguma coisa com o Richard, Kate?

- Não se preocupe, Martha. Só quero trocar uma idéia com a Alexis. Deixa que ligo no celular, tenho o número dela.

- Ah, você tem...ok, se quiser ligar mais tarde.

- Obrigada, Martha.

- Claro, querida. Claro.

Beckett desligou o telefone e pegou o celular. O tempo corria contra ela. Do outro lado da linha, Martha ficou muito curiosa para saber o que a detetive queria com a neta. Ela tinha que perguntar a Alexis.

O celular de Alexis caiu na caixa postal. Beckett mandou uma mensagem. Em cinco minutos, Alexis a retornou.

- Detetive Beckett? Está tudo bem? O meu pai...

- Hey, Alexis. Sim, está tudo bem. Seu pai nem está trabalhando aqui no distrito hoje.

- Ah, é que quando eu vi a ligação pensei que pudesse ter acontecido algo...

- Não, na verdade sou eu quem gostaria de falar com você.

O primeiro pensamento de Alexis foi achar que Beckett queria pedir algo relacionado com o seu pai, ela pensou mesmo em uma espécie de permissão para...bem... iu! É estranho demais.

- Pode falar.

- Lembra daquela vez que você me pediu uma ajuda? Você me disse que ficava me devendo um favor.

- Sim, claro que lembro!

- Preciso da sua ajuda, Alexis. Acho que só você pode me tirar dessa.

- Como eu poderia ajudar uma policial como você? Eu não sou nada!

- Nesse assunto você é sim, apenas me escute e diga se você não é a pessoa certa para isso.

Beckett continuou conversando com Alexis no celular. Ao terminar a ligação, Beckett deixou-se encostar na cadeira e suspirar aliviada. Agora dependia dela.

Quando Alexis chegou em casa, parecia um furacão. A vó tentou falar com ela mas ela disse que estava com pressa e tinha algo importante para fazer. Meia hora depois, Alexis desceu vestindo shorts e camiseta com uma mochila pesada nas costas. Foi até a geladeira, pegou uma maçã.

- Alexis, você não vai almoçar?

- Já comi no caminho de casa, vovó. Não se preocupe.

- A detetive Beckett ligou para você?

- Sim, ligou.

- Estranhei ela ligar procurando por você, o que ela queria?

- Um favor.

- Que espécie de favor?

Alexis que já ia se encaminhar para a porta, lembrou do que Beckett lhe pedira. Voltou-se para a avó e olhou séria para ela.

- Vó, escute com atenção. A detetive Beckett pediu um favor para mim porém não posso dizer o que é. Por favor, não insista e mais importante: você não pode dizer ao papai nada sobre isso.

- O que eu poderia dizer se você nem me falou do que se trata?

- Exato e nem mencione que ela me ligou. Pode fazer isso? Acredite, estou com uma policial logo não estarei fazendo nada ilegal.

- Tem a ver com seu pai?

- Vovó...

- Ai, Alexis me conta...

- Não posso mas se você quer que dê certo, precisa ficar calada. É segredo.

- É o que estou pensando?

- Vó! Deixa de ser curiosa! Posso confiar que não vai falar com o papai?

- Tá certo, tá certo. Mas veja lá o que você vai aprontar...

- Confie em mim.

Ela jogou um beijo para a avó e saiu pela porta.


12th Distrito


Kate Beckett estava terminando um relatório quando Ryan a chamou.

- Hey, Beckett?!

- Fala Ryan...

- Tem alguém querendo te ver.

Ela levantou os olhos do arquivo e ao vê-la sorriu.

- Oi, detetive Beckett!

- Alexis, você veio rápido!

- Uma garota está sempre pronta para ajudar outra - E piscou para Beckett. – Vamos?

- Vamos.

- Guys, vou indo. Qualquer caso liguem no meu celular.

Um olhou para o outro e deram de ombros.

- OK.

Apartamento de Beckett

Alexis entrou e tratou de tirar a mochila das costas. Estava pesando.

- Onde tem uma TV?

- Podemos usar a da sala mesmo. Teremos mais espaço. Quer beber alguma coisa?

- Não, temos muito o que fazer.

Alexis pegou-a pela mão e a fez sentar no sofá. Olhou sorrindo para ela.

- Antes de eu começar a fazer qualquer coisa, me explique. Como você acabou nessa aposta, detetive Beckett?

- Primeiro, me chame de Kate. E não sei, quer dizer. Eu estava irritada com um caso e seu pai tem o dom de me irritar ainda mais. Ele me desafiou a achar o assassino e topei. Eu ganhei.

- Espera, se você ganhou então o que aconteceu?

- Eu disse que se ganhasse a aposta, eu ia arrebentar o traseiro dele numa luta. E meio que fiz... calma, eu não o machuquei, talvez tenha deixado ele um pouco dolorido.

Ela sorriu.

- Castle não quis lutar comigo, ele fingiu e depois disse que não batia em mulher. Eu achei tão... ah, desculpe Alexis estou falando demais e você não tem que ouvir isso. Resumindo, ele quer revanche e inventou a competição do vídeo game. Dançar? Eu nunca fiz isso em games.

- Ah, mas você vai pegar o jeito direitinho. Vou instalar o jogo.

Alexis começou a instalação e Beckett a observava. Quase se abrira com a filha dele. A menina setou a TV e ficou pensando nas palavras da detetive. Ela sabia que Beckett gostava do pai. Ela não conseguia disfarçar quando falava dele. De certa forma, Alexis ficara feliz com isso porque queria ver o pai feliz e talvez Beckett fosse a melhor pessoa para ele.

- Tudo pronto. O jogo se chama Just Dance. Ele tem um próprio estilo de competição aqui. Deve ser isso que papai vai usar. São clipes de música onde você deve dançar da forma que é mostrado na tela. Os movimentos consistem em mexer os braços e pernas além de alguns movimentos de corpo. Na verdade, uma vez que você pega o jeito torna-se muito fácil.

- Ok, pelo que você falou parece fácil mas só vou saber tentando.

- Certo. Aqui é o tapete para os movimentos das pernas. O controle deve ficar na sua mão para captar os movimentos com o sensor. Lado direito?

- Sim.

- Vou colocar uma música. Vamos de Firework da Katy Perry. Tire os sapatos, é mais fácil.

Alexis pegou o próprio controle e ficou ao lado de Beckett. Escolheu o menu e pressionou start. A música começou e Alexis se concentrou em dançar reproduzindo os movimentos. Beckett tentava acompanhar o que aparecia na tela sem sucesso. Observava Alexis fazer tudo com a maior naturalidade.

- Isso é muito rápido! Não consigo acompanhar.

A menina ria.

- Apenas tente.

Ela obedeceu e continuou tentando. Ao terminar a música, ela estava suada e nada de conseguir entender aquilo. Alexis ganhara disparado.

- OMG, estou ferrada!

Alexis ria da cara de desespero de Beckett.

- Calma, vamos devagar. Mesma música agora vou observar você e orientar. Me diga o que não entendeu ok?

E começaram novamente. Beckett fazia os movimentos atrasados e às vezes esquecia de usar os braços quando fazia movimentos com os pés. Outras vezes, ela erguia o braço oposto. Alexis sabia exatamente o que dizer a ela.

- Kate, você tem que imitar a imagem. Fazer tudo o que você vê na tela. Imagine-se à frente de um espelho. Repita os movimentos no mesmo tempo que a menina a sua frente não tem erro, só precisa de prática.

- Esse é o problema Alexis. Castle sabe jogar isso com o pé nas costas! Não tenho tempo de aprender isso.

- Tem sim! Você é esperta, Kate e tem gingado. Vamos de novo.

E elas continuaram jogando. Alexis trocou a música para mostrar outros movimentos para Beckett. Aos poucos, ela foi entrando no ritmo. Melhorando. Alexis ria ao vê-la errar e rir de si mesma. Era a primeira vez que ela via Beckett tão divertida e tão solta. A gargalhada dela era contagiante e o sorriso dela muito bonito.

Nem perceberam as horas passarem. Já eram quase nove da noite quando Beckett jogou-se no sofá exausta.

- Alexis! São nove da noite? Seu pai vai ficar preocupado.

- Xiii, se eu chegar tarde ele vai fazer muitas perguntas. Melhor eu ir mesmo.

- Não, eu te levo. Será mais rápido.

Beckett a levou até a esquina de casa. Se despediram e Alexis viu o celular começar a vibrar.

- É o papai.

- Não vai atender?

- Nah, eu me viro com ele. Amanhã podemos nos encontrar depois das seis?

- Sim, espero que não esteja com nenhum caso novo.

Alexis sorriu e abriu a porta do carro.

- Tchau, Kate. Te vejo amanhã.

- Boa noite, Alexis.

Beckett a viu caminhar e entrar no prédio onde morava, só então rumou de volta para casa.

O dia seguinte acabou sendo mais movimentado do que ela imaginava. Tinham um novo caso.


Lá pelas 9 da manhã, ela ligou para Castle encontrá-la na 46th St. com a 6th. Castle surgiu com dois copos de café.

- Bom dia, Beckett! O que temos aqui?

- Provavelmente um assassinato. Laney está coletando o corpo. Quatro facadas mortais. Foi encontrado na lixeira do prédio por uma moça que trabalha no quinto andar. Vamos interrogá-los?

- Temos o nome da nossa vitima?

- Pablo Rivera, colombiano.

Ela caminhou sorvendo o café com Castle a seu lado. Ele adorava observá-la bebendo café, parecia um ritual. Era sexy. Então lembrou que ainda não perguntara nada sobre sábado. Queria implicar com ela o quanto pudesse. Ao entrarem no elevador, ele esbarrou em uma senhora apressada e sentiu uma pontada na região das costelas. Beckett notou e perguntou.

- Ainda dói, Castle?

- Muito pouco.

- Que pena! Deveria ter batido com um pouco mais de força.

Ele sorriu pra ela meio contrariado.

- Não se preocupe detetive, vou sobreviver até sábado quando será minha vez de vê-la pedir para pararmos. Falando no sábado, o que você gostaria de comer para saborear minha vitória? Deixo você escolher afinal estará com o gosto amargo da derrota não?

- Não cante vitória antes do tempo, Castle.

- Não estou fazendo isso... apenas sei que você não é páreo para me vencer.

- Oh, Castle será um prazer te dar mais uma surra...

Ele sorriu. Juntos entraram no apartamento da moça e continuaram o trabalho. Quando estavam voltando para o distrito, ela virou-se para ele e falou.

- Mexicana.

- Eu pensei que você tinha dito que a nacionalidade dele era colombiana...

- Não a nacionalidade, a comida. De sábado. E tequila.

- Ah! Excelente escolha, detetive. Vai precisar mesmo de umas doses de algo forte depois de perder para mim.

Ela apenas sorriu para ele e balançou a cabeça mais do que acostumada com as provocações dele. O restante do dia, passaram montando o quebra-cabeça do novo caso. Ryan e Esposito conseguiram boas pistas que levaram a dois possíveis suspeitos. Ao final da tarde, o motivo do caso também ficara claro para eles vingança por amor, algo bem latino. Satisfeita com o progresso do caso, Beckett agendou os passos deles para o dia seguinte e despediu-se de todos.

Ao entrar no carro, recebeu uma mensagem de Alexis que ia se atrasar mas estaria lá às sete. Beckett chegou em casa e trocou de roupa se colocando na frente da televisão. Ligou o vídeo game e começou a dançar no modo de competição. Ela reparou que tinha feito algum progresso mas não o suficiente para vencer Castle que era um viciado no jogo.

Ela já estava na sua sexta música quando a campainha tocou. Enxugou o rosto e abriu a porta para Alexis que sorriu ao vê-la já treinando.

- Desculpe o atraso mas foi por uma boa causa. Resolvi antecipar um trabalho que tenho para entregar na segunda e assim fico livre para ajudá-la até sábado.

- Ah, Alexis! Você não precisa mudar sua rotina para me ajudar, sabe? Não é para tanto!

- Como não? Isso é muito importante. Adoraria vê-la ganhar do meu pai. Girl Power!

Beckett riu do jeito da menina. Castle tinha uma filha adorável, como ele. O simples pensamento a fez suspirar. Alexis notou o rosto pensativo de Beckett.

- O que foi, Kate?

- Nada... só estava pensando em algo.

- No meu pai?

A pergunta pegou Beckett desprevenida. Olhou assustada para a garota a sua frente que sorria.

- Tudo bem, Kate. Você não precisa responder. Já entendi. Sei que não tenho tanta experiência assim no campo de relacionamentos mas se fosse eu não esperaria muito para desfrutar de algo mais.

Alexis sabendo que a deixara desconfortável, rumou ao vídeo game e começou a mexer procurando uma música. Beckett estava calada e seu rosto vermelho. Ela não podia falar de Castle com a própria filha dele. Ela seria assim tão óbvia para uma adolescente ou Alexis estava supondo apenas ?

- Ok, hoje vamos treinar alguns passos de dança mais rápidos. Tenho certeza que ele vai querer usar isso contra você. Pronta?

- Pronta!

As duas se posicionaram na frente da TV e começaram a dançar. Alexis era uma boa treinadora e bastante determinada. Ela corrigia os movimentos errados de Beckett e mostrava algumas dicas para entender os passos que pareciam mais complicados.

Às nove elas encerraram o treino da noite. Fizeram um lanche juntas e enquanto comiam, Beckett perguntou.

- Você teve problemas com seu pai ontem?

- Não. Ele me perguntou onde estava e disse que estava estudando na casa de uma amiga. Aproveitei para dizer que iria fazer um trabalho hoje e sexta assim garanti minha saída sem suspeitas. Já a vovó foi diferente. Ela ainda insiste em saber porque você me telefonou outro dia.

- Você não comentou nada com ela certo?

- Pode ficar tranqüila, sei como lidar com ela.

- Obrigada, Alexis.

- Não agradeça, estou curiosa para ver como meu pai vai reagir.

- Ia perguntar isso ontem a você, Castle não sentiu falta do vídeo game?

- Não, esse é meu. Ele tem o dele, fica no escritório e quando usa geralmente é no telão da sala.

- Dois vídeo games?

- Quatro, na verdade. Um X-box e um PS3. Não julgue, meu pai é um nerd acima de tudo.

Kate riu pensando que ela mesma tinha suas nerdices.

- Vamos? Não quero confusão para o seu lado.

E Beckett a levou para casa.

Na manhã seguinte, Beckett chegara cedo ao distrito. Queria dar continuidade ao caso e se possível resolve-lo ainda hoje. Porém, os seus pensamentos da manhã voltaram-se a Castle. Passar esse tempo se dedicando a vencer uma aposta não era do feitio de Kate. Claro que ela é sim uma pessoa muito competitiva e adora as vitórias mas nesse caso, era algo mais.

Beckett não conseguia esquecer aquele beijo de semanas atrás. A intenção era enganar o capanga e na verdade quando conversaram, eles sequer mencionaram um beijo. Ela fora surpreendida pela atitude de Castle porém a parte que mais a intrigava foi a sua súbita vontade de retribuir e continuar a beijá-lo. Ela queria beijá-lo.

Kate sabia que tentava disfarçar ao máximo seus sentimentos em relação a ele mas depois daquele beijo, ela soube que não conseguiria mentir tão facilmente para si mesma. Ela gostava de Castle e não era apenas como amigo ou companheiro de trabalho. Ela estava se apaixonando por ele. Talvez pelo que eles já vivenciaram juntos, pelo jeito como ele enxergava através dela, pelo jeito que ele a irritava... pelo modo como ele se importava com ela.

Beckett já tivera muitos parceiros na sua carreira policial. Royce foi o que mais a marcou não apenas por ser o seu mentor mas porque ela também nutria um sentimento além da amizade por ele. Castle era diferente, ele era divertido, carinhoso, charmoso. Ele não era policial como ela porém era capaz de entende-la e aceitar suas paranóias tão facilmente. Ele não a julgava. Ele a apoiava mesmo quando sabia que isso os colocaria em risco de alguma forma.

Ela sorria ao pensar assim.

- Hum, viu passarinho verde Detetive Beckett? Sorrindo a essa hora da manhã.

- Bom dia, Castle.

Ele gostava de vê-la sorrindo mas tinha medo de saber o motivo daquela suposta felicidade. Relutante perguntou.

- Josh voltou da África?

- Não...

E Beckett se assustou como tão rapidamente esquecera do namorado.

- Hum, então qual seria o motivo para essa alegria toda. Que eu me lembre, não publiquei nenhum livro novo.

- Deixa de ser convencido, Castle. Devo confessar que seria você o motivo disso tudo, mal posso esperar para ver você perder no sábado.

- Vai sonhando Beckett.

- Vamos trabalhar, Castle?

Rindo ele a seguiu.

Como Beckett previra, depois de algum tempo de interrogatório e mais informações levantadas por Ryan, ela teve o seu motivo para o assassinato de Pablo. Com o seu modo de pressão, ela quebrou o suspeito e arrancou a confissão.

Satisfeita, encerrou mais um caso. Voltando para sua mesa com o arquivo na mão comentou.

- Que pena que hoje não é segunda assim você já poderia fazer a papelada desse caso.

- Você está bastante confiante de que me vencerá não detetive?

Ela apenas sorriu.

Durante o resto do dia, ela se concentrou em terminar a papelada do caso e esquecer os tipos de pensamento que a dominaram pela manhã. Castle ficou por ali por mais umas horas até que se entediou e resolveu ir embora. Terminada a papelada, era hora de rumar para casa e se concentrar no duelo de sábado.

Alexis chegou logo depois dela sorrindo.

- Oi, Kate! Você não vai acreditar no que vi hoje ao voltar da escola pra casa. Papai estava na frente do telão jogando. Quando questionei porque ele estava jogando aquela hora da tarde, ele apenas disse que precisava treinar para não ficar enferrujado. Eu conheço meu pai. Acho que ele está com medo da adversária.

- Como assim?

- Você disse alguma coisa para ele?

- Nada além das provocações normais.

- Bem, funcionou. Ele está treinando, acho que já não está tão confiante assim.

- Hum, interessante.

- Antes de começarmos a treinar hoje, quero mostrar a estratégia que eu bolei para nós.

- Estratégia?

- Sim, ontem fiquei pensando que de certa forma meu pai leva uma vantagem sobre você principalmente pelo fato de conhecer bem as músicas dos CD’s de jogos.

- Além de jogar por mais tempo que eu...

- Não considero isso um problema, você já pegou o jeito e tem mais resistência física que ele. De qualquer forma, pensei em algo que desse uma certa vantagem a você no processo. Quando saí da escola hoje, passei numa loja e vi uma nova versão desse jogo.

Ela puxou o disco da sua mochila.

- O que vamos treinar é o módulo de competição desse novo disco. Você aprenderá todas as danças. Então no sábado eu vou levar esse disco para casa e como quem não quer nada indico ele para a competição de vocês que é claro, somente saberei ao chegar em casa e perguntar.

- E você acha que ele vai ceder?

- Tenho certeza. O ego dele é muito grande. Ele é o melhor no assunto, pelo menos na cabeça dele.

Ela piscou para Beckett.

- Porque você está fazendo isso tudo Alexis? Tendo todo esse trabalho?

- Não é trabalho nenhum, Kate. E caso você tenha esquecido, eu sou filha de Richard Castle, meu espírito competitivo está nas alturas. É parte do meu DNA.

As duas riram e começaram o treino. Beckett se familiarizou com o novo jogo e estava melhorando bem rapidamente. Alexis estava confiante de que ela poderia ganhar do pai o que seria bem engraçado. Ela a observava e dava as dicas do que melhorar. Beckett era uma aluna determinada e esforçada.

Alexis admirava a mulher à sua frente, de personalidade forte, destemida. Tinha um jeito duro de se portar frente aos colegas que era parte da sua necessidade de se sobressair por conta da profissão, ainda assim, ela vira algo mais, algo além da policial dedicada. Beckett era uma mulher atraente, bonita, era feminina. Essa mistura de poder e sedução mexia com os homens e não era diferente com seu pai.

- Ufa! Chega por hoje. Estou exausta.

- Acho que você já avançou muito hoje. Continue amanhã até umas três horas da tarde e depois descanse para seu grande momento.

- Vou fazer isso.

- Uma última dica. Sugiro que vista algo que realce seu corpo. Claro que você pode ir com uma roupa para minha casa mas leve um desses conjuntos de malhar bem colantes. Isso será outra vantagem sua. Vai ser fácil tirar a concentração do meu pai, você entende não?

Kate gargalhou.

- Sim, entendo.

O celular de Alexis vibrou com a chegada de uma mensagem. Sorriu.

- Tenho que ir. Ashley está me esperando no metrô. Vamos ao cinema.

- Cinema, a um bom tempo não faço isso.

Ela levou a garota até a porta.

- Alexis, obrigada. Sem a sua ajuda eu nem teria chance de competir com o Castle.

- Não me agradeça, detetive Beckett. Quero ver você arrasando amanhã.

- Porque você está me ajudando, Alexis?

- Porque gosto de você. E porque gosto da forma que você influencia meu pai. Ele está bem mais feliz depois que te conheceu, é só reparar como o rosto dele se ilumina ao receber uma chamada sua ou quando está com você.

Beckett não disse nada apenas absorveu o que a garota queria dizer.

- Como diz a minha vó : Break a leg! Se quiser, sua recompensa pode ser bem melhor do que a aposta. Boa noite, Kate.

- Boa noite, Alexis. Divirta-se no cinema e juízo!

A menina saiu rindo do instinto protetor da detetive que para ela tinha tudo para tornar-se sua futura madrasta. Adultos! Porque tinham que ser tão complicados?


Continua....