domingo, 20 de novembro de 2011

[Castle Fic] The Bet - Cap.2


Enjoy! :)

Cap.2


Ao terceiro toque atenderam.

- Alô.

Kate reconheceu a voz de Martha e sorriu.

- Oi, Martha. É a Beckett.

- Kate, querida! Tudo bem com você?

- Sim, está.

- Você ligou para falar com o Richard? Ele veio rapidamente aqui em casa e disse que tinha uma reunião com a Gina. Você ligou para o celular dele? Aposto que é mais um caso não?

- Er..não Martha. Na verdade, estou ligando para falar com a Alexis.

- Oh! Alexis? Ela ainda está na escola. Se for urgente posso passar o celular dela para você. Aconteceu alguma coisa com o Richard, Kate?

- Não se preocupe, Martha. Só quero trocar uma idéia com a Alexis. Deixa que ligo no celular, tenho o número dela.

- Ah, você tem...ok, se quiser ligar mais tarde.

- Obrigada, Martha.

- Claro, querida. Claro.

Beckett desligou o telefone e pegou o celular. O tempo corria contra ela. Do outro lado da linha, Martha ficou muito curiosa para saber o que a detetive queria com a neta. Ela tinha que perguntar a Alexis.

O celular de Alexis caiu na caixa postal. Beckett mandou uma mensagem. Em cinco minutos, Alexis a retornou.

- Detetive Beckett? Está tudo bem? O meu pai...

- Hey, Alexis. Sim, está tudo bem. Seu pai nem está trabalhando aqui no distrito hoje.

- Ah, é que quando eu vi a ligação pensei que pudesse ter acontecido algo...

- Não, na verdade sou eu quem gostaria de falar com você.

O primeiro pensamento de Alexis foi achar que Beckett queria pedir algo relacionado com o seu pai, ela pensou mesmo em uma espécie de permissão para...bem... iu! É estranho demais.

- Pode falar.

- Lembra daquela vez que você me pediu uma ajuda? Você me disse que ficava me devendo um favor.

- Sim, claro que lembro!

- Preciso da sua ajuda, Alexis. Acho que só você pode me tirar dessa.

- Como eu poderia ajudar uma policial como você? Eu não sou nada!

- Nesse assunto você é sim, apenas me escute e diga se você não é a pessoa certa para isso.

Beckett continuou conversando com Alexis no celular. Ao terminar a ligação, Beckett deixou-se encostar na cadeira e suspirar aliviada. Agora dependia dela.

Quando Alexis chegou em casa, parecia um furacão. A vó tentou falar com ela mas ela disse que estava com pressa e tinha algo importante para fazer. Meia hora depois, Alexis desceu vestindo shorts e camiseta com uma mochila pesada nas costas. Foi até a geladeira, pegou uma maçã.

- Alexis, você não vai almoçar?

- Já comi no caminho de casa, vovó. Não se preocupe.

- A detetive Beckett ligou para você?

- Sim, ligou.

- Estranhei ela ligar procurando por você, o que ela queria?

- Um favor.

- Que espécie de favor?

Alexis que já ia se encaminhar para a porta, lembrou do que Beckett lhe pedira. Voltou-se para a avó e olhou séria para ela.

- Vó, escute com atenção. A detetive Beckett pediu um favor para mim porém não posso dizer o que é. Por favor, não insista e mais importante: você não pode dizer ao papai nada sobre isso.

- O que eu poderia dizer se você nem me falou do que se trata?

- Exato e nem mencione que ela me ligou. Pode fazer isso? Acredite, estou com uma policial logo não estarei fazendo nada ilegal.

- Tem a ver com seu pai?

- Vovó...

- Ai, Alexis me conta...

- Não posso mas se você quer que dê certo, precisa ficar calada. É segredo.

- É o que estou pensando?

- Vó! Deixa de ser curiosa! Posso confiar que não vai falar com o papai?

- Tá certo, tá certo. Mas veja lá o que você vai aprontar...

- Confie em mim.

Ela jogou um beijo para a avó e saiu pela porta.


12th Distrito


Kate Beckett estava terminando um relatório quando Ryan a chamou.

- Hey, Beckett?!

- Fala Ryan...

- Tem alguém querendo te ver.

Ela levantou os olhos do arquivo e ao vê-la sorriu.

- Oi, detetive Beckett!

- Alexis, você veio rápido!

- Uma garota está sempre pronta para ajudar outra - E piscou para Beckett. – Vamos?

- Vamos.

- Guys, vou indo. Qualquer caso liguem no meu celular.

Um olhou para o outro e deram de ombros.

- OK.

Apartamento de Beckett

Alexis entrou e tratou de tirar a mochila das costas. Estava pesando.

- Onde tem uma TV?

- Podemos usar a da sala mesmo. Teremos mais espaço. Quer beber alguma coisa?

- Não, temos muito o que fazer.

Alexis pegou-a pela mão e a fez sentar no sofá. Olhou sorrindo para ela.

- Antes de eu começar a fazer qualquer coisa, me explique. Como você acabou nessa aposta, detetive Beckett?

- Primeiro, me chame de Kate. E não sei, quer dizer. Eu estava irritada com um caso e seu pai tem o dom de me irritar ainda mais. Ele me desafiou a achar o assassino e topei. Eu ganhei.

- Espera, se você ganhou então o que aconteceu?

- Eu disse que se ganhasse a aposta, eu ia arrebentar o traseiro dele numa luta. E meio que fiz... calma, eu não o machuquei, talvez tenha deixado ele um pouco dolorido.

Ela sorriu.

- Castle não quis lutar comigo, ele fingiu e depois disse que não batia em mulher. Eu achei tão... ah, desculpe Alexis estou falando demais e você não tem que ouvir isso. Resumindo, ele quer revanche e inventou a competição do vídeo game. Dançar? Eu nunca fiz isso em games.

- Ah, mas você vai pegar o jeito direitinho. Vou instalar o jogo.

Alexis começou a instalação e Beckett a observava. Quase se abrira com a filha dele. A menina setou a TV e ficou pensando nas palavras da detetive. Ela sabia que Beckett gostava do pai. Ela não conseguia disfarçar quando falava dele. De certa forma, Alexis ficara feliz com isso porque queria ver o pai feliz e talvez Beckett fosse a melhor pessoa para ele.

- Tudo pronto. O jogo se chama Just Dance. Ele tem um próprio estilo de competição aqui. Deve ser isso que papai vai usar. São clipes de música onde você deve dançar da forma que é mostrado na tela. Os movimentos consistem em mexer os braços e pernas além de alguns movimentos de corpo. Na verdade, uma vez que você pega o jeito torna-se muito fácil.

- Ok, pelo que você falou parece fácil mas só vou saber tentando.

- Certo. Aqui é o tapete para os movimentos das pernas. O controle deve ficar na sua mão para captar os movimentos com o sensor. Lado direito?

- Sim.

- Vou colocar uma música. Vamos de Firework da Katy Perry. Tire os sapatos, é mais fácil.

Alexis pegou o próprio controle e ficou ao lado de Beckett. Escolheu o menu e pressionou start. A música começou e Alexis se concentrou em dançar reproduzindo os movimentos. Beckett tentava acompanhar o que aparecia na tela sem sucesso. Observava Alexis fazer tudo com a maior naturalidade.

- Isso é muito rápido! Não consigo acompanhar.

A menina ria.

- Apenas tente.

Ela obedeceu e continuou tentando. Ao terminar a música, ela estava suada e nada de conseguir entender aquilo. Alexis ganhara disparado.

- OMG, estou ferrada!

Alexis ria da cara de desespero de Beckett.

- Calma, vamos devagar. Mesma música agora vou observar você e orientar. Me diga o que não entendeu ok?

E começaram novamente. Beckett fazia os movimentos atrasados e às vezes esquecia de usar os braços quando fazia movimentos com os pés. Outras vezes, ela erguia o braço oposto. Alexis sabia exatamente o que dizer a ela.

- Kate, você tem que imitar a imagem. Fazer tudo o que você vê na tela. Imagine-se à frente de um espelho. Repita os movimentos no mesmo tempo que a menina a sua frente não tem erro, só precisa de prática.

- Esse é o problema Alexis. Castle sabe jogar isso com o pé nas costas! Não tenho tempo de aprender isso.

- Tem sim! Você é esperta, Kate e tem gingado. Vamos de novo.

E elas continuaram jogando. Alexis trocou a música para mostrar outros movimentos para Beckett. Aos poucos, ela foi entrando no ritmo. Melhorando. Alexis ria ao vê-la errar e rir de si mesma. Era a primeira vez que ela via Beckett tão divertida e tão solta. A gargalhada dela era contagiante e o sorriso dela muito bonito.

Nem perceberam as horas passarem. Já eram quase nove da noite quando Beckett jogou-se no sofá exausta.

- Alexis! São nove da noite? Seu pai vai ficar preocupado.

- Xiii, se eu chegar tarde ele vai fazer muitas perguntas. Melhor eu ir mesmo.

- Não, eu te levo. Será mais rápido.

Beckett a levou até a esquina de casa. Se despediram e Alexis viu o celular começar a vibrar.

- É o papai.

- Não vai atender?

- Nah, eu me viro com ele. Amanhã podemos nos encontrar depois das seis?

- Sim, espero que não esteja com nenhum caso novo.

Alexis sorriu e abriu a porta do carro.

- Tchau, Kate. Te vejo amanhã.

- Boa noite, Alexis.

Beckett a viu caminhar e entrar no prédio onde morava, só então rumou de volta para casa.

O dia seguinte acabou sendo mais movimentado do que ela imaginava. Tinham um novo caso.


Lá pelas 9 da manhã, ela ligou para Castle encontrá-la na 46th St. com a 6th. Castle surgiu com dois copos de café.

- Bom dia, Beckett! O que temos aqui?

- Provavelmente um assassinato. Laney está coletando o corpo. Quatro facadas mortais. Foi encontrado na lixeira do prédio por uma moça que trabalha no quinto andar. Vamos interrogá-los?

- Temos o nome da nossa vitima?

- Pablo Rivera, colombiano.

Ela caminhou sorvendo o café com Castle a seu lado. Ele adorava observá-la bebendo café, parecia um ritual. Era sexy. Então lembrou que ainda não perguntara nada sobre sábado. Queria implicar com ela o quanto pudesse. Ao entrarem no elevador, ele esbarrou em uma senhora apressada e sentiu uma pontada na região das costelas. Beckett notou e perguntou.

- Ainda dói, Castle?

- Muito pouco.

- Que pena! Deveria ter batido com um pouco mais de força.

Ele sorriu pra ela meio contrariado.

- Não se preocupe detetive, vou sobreviver até sábado quando será minha vez de vê-la pedir para pararmos. Falando no sábado, o que você gostaria de comer para saborear minha vitória? Deixo você escolher afinal estará com o gosto amargo da derrota não?

- Não cante vitória antes do tempo, Castle.

- Não estou fazendo isso... apenas sei que você não é páreo para me vencer.

- Oh, Castle será um prazer te dar mais uma surra...

Ele sorriu. Juntos entraram no apartamento da moça e continuaram o trabalho. Quando estavam voltando para o distrito, ela virou-se para ele e falou.

- Mexicana.

- Eu pensei que você tinha dito que a nacionalidade dele era colombiana...

- Não a nacionalidade, a comida. De sábado. E tequila.

- Ah! Excelente escolha, detetive. Vai precisar mesmo de umas doses de algo forte depois de perder para mim.

Ela apenas sorriu para ele e balançou a cabeça mais do que acostumada com as provocações dele. O restante do dia, passaram montando o quebra-cabeça do novo caso. Ryan e Esposito conseguiram boas pistas que levaram a dois possíveis suspeitos. Ao final da tarde, o motivo do caso também ficara claro para eles vingança por amor, algo bem latino. Satisfeita com o progresso do caso, Beckett agendou os passos deles para o dia seguinte e despediu-se de todos.

Ao entrar no carro, recebeu uma mensagem de Alexis que ia se atrasar mas estaria lá às sete. Beckett chegou em casa e trocou de roupa se colocando na frente da televisão. Ligou o vídeo game e começou a dançar no modo de competição. Ela reparou que tinha feito algum progresso mas não o suficiente para vencer Castle que era um viciado no jogo.

Ela já estava na sua sexta música quando a campainha tocou. Enxugou o rosto e abriu a porta para Alexis que sorriu ao vê-la já treinando.

- Desculpe o atraso mas foi por uma boa causa. Resolvi antecipar um trabalho que tenho para entregar na segunda e assim fico livre para ajudá-la até sábado.

- Ah, Alexis! Você não precisa mudar sua rotina para me ajudar, sabe? Não é para tanto!

- Como não? Isso é muito importante. Adoraria vê-la ganhar do meu pai. Girl Power!

Beckett riu do jeito da menina. Castle tinha uma filha adorável, como ele. O simples pensamento a fez suspirar. Alexis notou o rosto pensativo de Beckett.

- O que foi, Kate?

- Nada... só estava pensando em algo.

- No meu pai?

A pergunta pegou Beckett desprevenida. Olhou assustada para a garota a sua frente que sorria.

- Tudo bem, Kate. Você não precisa responder. Já entendi. Sei que não tenho tanta experiência assim no campo de relacionamentos mas se fosse eu não esperaria muito para desfrutar de algo mais.

Alexis sabendo que a deixara desconfortável, rumou ao vídeo game e começou a mexer procurando uma música. Beckett estava calada e seu rosto vermelho. Ela não podia falar de Castle com a própria filha dele. Ela seria assim tão óbvia para uma adolescente ou Alexis estava supondo apenas ?

- Ok, hoje vamos treinar alguns passos de dança mais rápidos. Tenho certeza que ele vai querer usar isso contra você. Pronta?

- Pronta!

As duas se posicionaram na frente da TV e começaram a dançar. Alexis era uma boa treinadora e bastante determinada. Ela corrigia os movimentos errados de Beckett e mostrava algumas dicas para entender os passos que pareciam mais complicados.

Às nove elas encerraram o treino da noite. Fizeram um lanche juntas e enquanto comiam, Beckett perguntou.

- Você teve problemas com seu pai ontem?

- Não. Ele me perguntou onde estava e disse que estava estudando na casa de uma amiga. Aproveitei para dizer que iria fazer um trabalho hoje e sexta assim garanti minha saída sem suspeitas. Já a vovó foi diferente. Ela ainda insiste em saber porque você me telefonou outro dia.

- Você não comentou nada com ela certo?

- Pode ficar tranqüila, sei como lidar com ela.

- Obrigada, Alexis.

- Não agradeça, estou curiosa para ver como meu pai vai reagir.

- Ia perguntar isso ontem a você, Castle não sentiu falta do vídeo game?

- Não, esse é meu. Ele tem o dele, fica no escritório e quando usa geralmente é no telão da sala.

- Dois vídeo games?

- Quatro, na verdade. Um X-box e um PS3. Não julgue, meu pai é um nerd acima de tudo.

Kate riu pensando que ela mesma tinha suas nerdices.

- Vamos? Não quero confusão para o seu lado.

E Beckett a levou para casa.

Na manhã seguinte, Beckett chegara cedo ao distrito. Queria dar continuidade ao caso e se possível resolve-lo ainda hoje. Porém, os seus pensamentos da manhã voltaram-se a Castle. Passar esse tempo se dedicando a vencer uma aposta não era do feitio de Kate. Claro que ela é sim uma pessoa muito competitiva e adora as vitórias mas nesse caso, era algo mais.

Beckett não conseguia esquecer aquele beijo de semanas atrás. A intenção era enganar o capanga e na verdade quando conversaram, eles sequer mencionaram um beijo. Ela fora surpreendida pela atitude de Castle porém a parte que mais a intrigava foi a sua súbita vontade de retribuir e continuar a beijá-lo. Ela queria beijá-lo.

Kate sabia que tentava disfarçar ao máximo seus sentimentos em relação a ele mas depois daquele beijo, ela soube que não conseguiria mentir tão facilmente para si mesma. Ela gostava de Castle e não era apenas como amigo ou companheiro de trabalho. Ela estava se apaixonando por ele. Talvez pelo que eles já vivenciaram juntos, pelo jeito como ele enxergava através dela, pelo jeito que ele a irritava... pelo modo como ele se importava com ela.

Beckett já tivera muitos parceiros na sua carreira policial. Royce foi o que mais a marcou não apenas por ser o seu mentor mas porque ela também nutria um sentimento além da amizade por ele. Castle era diferente, ele era divertido, carinhoso, charmoso. Ele não era policial como ela porém era capaz de entende-la e aceitar suas paranóias tão facilmente. Ele não a julgava. Ele a apoiava mesmo quando sabia que isso os colocaria em risco de alguma forma.

Ela sorria ao pensar assim.

- Hum, viu passarinho verde Detetive Beckett? Sorrindo a essa hora da manhã.

- Bom dia, Castle.

Ele gostava de vê-la sorrindo mas tinha medo de saber o motivo daquela suposta felicidade. Relutante perguntou.

- Josh voltou da África?

- Não...

E Beckett se assustou como tão rapidamente esquecera do namorado.

- Hum, então qual seria o motivo para essa alegria toda. Que eu me lembre, não publiquei nenhum livro novo.

- Deixa de ser convencido, Castle. Devo confessar que seria você o motivo disso tudo, mal posso esperar para ver você perder no sábado.

- Vai sonhando Beckett.

- Vamos trabalhar, Castle?

Rindo ele a seguiu.

Como Beckett previra, depois de algum tempo de interrogatório e mais informações levantadas por Ryan, ela teve o seu motivo para o assassinato de Pablo. Com o seu modo de pressão, ela quebrou o suspeito e arrancou a confissão.

Satisfeita, encerrou mais um caso. Voltando para sua mesa com o arquivo na mão comentou.

- Que pena que hoje não é segunda assim você já poderia fazer a papelada desse caso.

- Você está bastante confiante de que me vencerá não detetive?

Ela apenas sorriu.

Durante o resto do dia, ela se concentrou em terminar a papelada do caso e esquecer os tipos de pensamento que a dominaram pela manhã. Castle ficou por ali por mais umas horas até que se entediou e resolveu ir embora. Terminada a papelada, era hora de rumar para casa e se concentrar no duelo de sábado.

Alexis chegou logo depois dela sorrindo.

- Oi, Kate! Você não vai acreditar no que vi hoje ao voltar da escola pra casa. Papai estava na frente do telão jogando. Quando questionei porque ele estava jogando aquela hora da tarde, ele apenas disse que precisava treinar para não ficar enferrujado. Eu conheço meu pai. Acho que ele está com medo da adversária.

- Como assim?

- Você disse alguma coisa para ele?

- Nada além das provocações normais.

- Bem, funcionou. Ele está treinando, acho que já não está tão confiante assim.

- Hum, interessante.

- Antes de começarmos a treinar hoje, quero mostrar a estratégia que eu bolei para nós.

- Estratégia?

- Sim, ontem fiquei pensando que de certa forma meu pai leva uma vantagem sobre você principalmente pelo fato de conhecer bem as músicas dos CD’s de jogos.

- Além de jogar por mais tempo que eu...

- Não considero isso um problema, você já pegou o jeito e tem mais resistência física que ele. De qualquer forma, pensei em algo que desse uma certa vantagem a você no processo. Quando saí da escola hoje, passei numa loja e vi uma nova versão desse jogo.

Ela puxou o disco da sua mochila.

- O que vamos treinar é o módulo de competição desse novo disco. Você aprenderá todas as danças. Então no sábado eu vou levar esse disco para casa e como quem não quer nada indico ele para a competição de vocês que é claro, somente saberei ao chegar em casa e perguntar.

- E você acha que ele vai ceder?

- Tenho certeza. O ego dele é muito grande. Ele é o melhor no assunto, pelo menos na cabeça dele.

Ela piscou para Beckett.

- Porque você está fazendo isso tudo Alexis? Tendo todo esse trabalho?

- Não é trabalho nenhum, Kate. E caso você tenha esquecido, eu sou filha de Richard Castle, meu espírito competitivo está nas alturas. É parte do meu DNA.

As duas riram e começaram o treino. Beckett se familiarizou com o novo jogo e estava melhorando bem rapidamente. Alexis estava confiante de que ela poderia ganhar do pai o que seria bem engraçado. Ela a observava e dava as dicas do que melhorar. Beckett era uma aluna determinada e esforçada.

Alexis admirava a mulher à sua frente, de personalidade forte, destemida. Tinha um jeito duro de se portar frente aos colegas que era parte da sua necessidade de se sobressair por conta da profissão, ainda assim, ela vira algo mais, algo além da policial dedicada. Beckett era uma mulher atraente, bonita, era feminina. Essa mistura de poder e sedução mexia com os homens e não era diferente com seu pai.

- Ufa! Chega por hoje. Estou exausta.

- Acho que você já avançou muito hoje. Continue amanhã até umas três horas da tarde e depois descanse para seu grande momento.

- Vou fazer isso.

- Uma última dica. Sugiro que vista algo que realce seu corpo. Claro que você pode ir com uma roupa para minha casa mas leve um desses conjuntos de malhar bem colantes. Isso será outra vantagem sua. Vai ser fácil tirar a concentração do meu pai, você entende não?

Kate gargalhou.

- Sim, entendo.

O celular de Alexis vibrou com a chegada de uma mensagem. Sorriu.

- Tenho que ir. Ashley está me esperando no metrô. Vamos ao cinema.

- Cinema, a um bom tempo não faço isso.

Ela levou a garota até a porta.

- Alexis, obrigada. Sem a sua ajuda eu nem teria chance de competir com o Castle.

- Não me agradeça, detetive Beckett. Quero ver você arrasando amanhã.

- Porque você está me ajudando, Alexis?

- Porque gosto de você. E porque gosto da forma que você influencia meu pai. Ele está bem mais feliz depois que te conheceu, é só reparar como o rosto dele se ilumina ao receber uma chamada sua ou quando está com você.

Beckett não disse nada apenas absorveu o que a garota queria dizer.

- Como diz a minha vó : Break a leg! Se quiser, sua recompensa pode ser bem melhor do que a aposta. Boa noite, Kate.

- Boa noite, Alexis. Divirta-se no cinema e juízo!

A menina saiu rindo do instinto protetor da detetive que para ela tinha tudo para tornar-se sua futura madrasta. Adultos! Porque tinham que ser tão complicados?


Continua....

3 comentários:

Este disse...

Nossa jogou forte agora a Becket. Chamou a Alexis pra ajudar, essa eu amei.
Alexis gosta mesmo da Becket aceitou na hora e pior já até trapaceando pra Kate ganha. Menina espera, espirito de competição do pai. É bem isso mesmo, ego nas alturas. kkkkkkkkkkkkk
Quatro videos games, coisa pouca né. Castle total viciado em jogos.
Alexis super esperta. Mandando a kate ir de roupa jusra pra competição, com certeza vai ajudar muito se a Kate não se sair bem na revanche. Acho que o Castle nem vai jogar, o homem já fica todo bobo só de sentir o perfume imagina com uma roupinha bem coladinha. Como pensou a Alexis como os adultos complicam as coisas. Focam na boa logo. E vão brigar de outra forma. kkkkkkkkkkkkkkkkkk

Eliane Lucélia disse...

kkkkkk Muito bom a escolha de Beckett para ajudá-la, Alexis não vai deixar por menos, tem um sangue competitivo correndo nas veias, já estou louca pra ver essa disputa... eu sabia que neste capítulo eu iria achar o que faltou no outro, está ali do meio para o fim vc contra balançou os diálogos com a sua marca, sua narração, adoreiiii kkkk, louca pra ler o próximo capítulo.

val disse...

A Alex realmente é um doce...com certeza já sacou a paixãonentre esses dois, e um empurrãozinho não faz mau a niguem.


bjim.