terça-feira, 29 de outubro de 2013

[Castle Fic] Vem aí...


Alguns já haviam me perguntado, me cobrado... ok,ok, está na hora de colocar mais um projeto em prática. Depois de um começo de temporada maravilhoso, está em tempo de contar os segredos nas entrelinhas. Alguém aí quer fic da Season Sex ...ops! Six?! 


Vem aí.... 

Mais um projeto com a assinatura da aspirante a Marlowe....

"Katherine Houghton Beckett, will you marry me?"

Ele perguntou mas...

"Will She say Yes?!" 

Descubra na nova fic BTL :

"The Right Path To Us"


Breve.....em Novembro!

See Ya!!!

domingo, 27 de outubro de 2013

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.7


Nota da Autora: Esse capitulo foi bem difícil de escrever porque eu sinto que tive que mostrar um lado de nossos ídolos que talvez não seja facilmente aceito devido ao histórico que conhecemos. Decidi fazê-lo pelo simples fato que não quero envolver outras pessoas nessa dança, é uma obra de ficção então posso torna-la minha. Esse cap em particular tem hot (acho que exagerei!), angst e paley. Não transcrevi tudo do evento apenas aquilo que pudesse dar corpo a história. Então, não racionalizem, divirtam-se! 
Um conselho: leiam ao som de Alicia Keys "Fallin'" / If I ain't got you/ Girl on fire na NC ou antes... 

Atenção...NC-17 Watch out! 

Cap.7

- Então? Vai me deixar entrar ou não?

Stana olha muito séria para ele percebe que o semblante dele não é nem de longe o de alguns dias atrás. Ela afasta-se da porta dando passagem para Nathan entrar. Em sua sala, eles permaneceram a uma certa distância de frente um para o outro. O silêncio reinou entre eles por alguns minutos até que Nathan visivelmente abatido decide começar o que veio fazer ali.

- Stana vim aqui porque não podemos continuar do jeito que estamos. Desde o dia que você saiu da minha casa como um furacão e não me deu a chance de falar, fiquei remoendo cada uma das coisas que você me disse, pensando se todas as acusações que você me fez eram verdadeiras. O que descobri é... – ela o interrompeu.

- Nathan, olha eu sei que naquela noite eu...

- Não,Stana. Eu vim aqui com um propósito e quero cumpri-lo. Por favor, deixe-me falar, apenas peço isso – ela suspirou.

- Tudo bem, desculpe. Pode falar.

- Como eu ia dizendo, eu descobri que estava fazendo tudo errado e está na hora de consertar. Peço desculpas pelo que fiz, desculpe por não ser quem você gostaria que eu fosse, por desapontá-la. Sei que sou um moleque várias vezes tanto que após tomar uma atitude de moleque geralmente me xingo por ser tão idiota. As vezes ajo tão infantilmente a ponto de quere vê-la como uma competidora. Isso é errado em tantos níveis! Banco o cara descolado, bem relacionado que parece ter vários amigos e que nunca perde um acontecimento social mas tudo isso na verdade é uma defesa. Você acertou ao dizer que uso uma máscara mas não é por querer parecer ou ser superficial, isso serve apenas para esconder o medo que sinto.

Ele calou-se por um momento e passou a mão no rosto em um gesto caracteristico de nervosismo que o representava tão bem como fazia ao seu alterego. Stana permaneceu calada prestando o máximo de atenção no que ele dizia. Procurava disfarçar o quanto estava surpresa com a forma como Nathan abordava o assunto sobre si mesmo. Podia ver o quão dificil era para ele estar ali na frente dela se expondo, fazendo algo que ela não imaginara em nenhum momento vê-lo fazer, não da maneira que ele fazia. Viu-o suspirar e retornar a falar.

- Não, há uma acusação feita por você que não é real. Ao contrario do que você afirma, Stana, eu não sou covarde. O meu problema é o amor que sinto por você, Stana. Um sentimento tão grande que me assusta, me deixa sem chão. Eu a amo tanto... mas, eu… eu tenho medo de não corresponder, de não ser tudo o que você queria que eu fosse, de não ser bom o bastante para você. De simplesmente não estar a sua altura, do que você merece. Pareço redundante falando desse jeito porém a verdade é que Stana você nasceu para ser tratada como uma rainha.

Ele se aproximou dela, Stana lutava para manter o semblante sereno apesar de por dentro o coração estar a ponto de explodir e as pernas assemelhavam-se à gelatina, lutava com todas as forças para não desfalecer diante dele. O ambiente mesmo o assunto sendo sentimentos como medo e amor estava carregado de emoções contraditórias de ambos. Um era teimoso o bastante para expressar todos os seus pontos de vista, o outro orgulhoso demais para acabar com o discurso e admitir que qualquer erro seria superado pelo amor.

- Existe dentro de mim um medo enorme de decepciona-la, frustrar suas expectativas e que de alguma forma quando você percebesse isso me abandonasse. E um novo ciclo se iniciaria porque temo não ser capaz de superar a perda e nunca mais ser o mesmo. Afetaria a tudo e a todos. Como poderíamos trabalhar lado a lado e fingir estar tudo bem? Bastou uma briga para deixarmos isso afetar nossa vida profissional, aquele beijo prova isso. Por mais que pense e repense, eu chego a mesma conclusão. Não entenda mal o que irei dizer agora porém é a única maneira que encontrei para descrever o efeito que representa Stana. Para mim, você é como uma droga que me tenta todos os dias e que evito toma-la em grandes doses porque uma vez que o fizesse, que eu me viciasse, estaria perdido. Um problema muito difícil se tudo o que eu quero é me viciar em você, doses e mais doses, perder-me completamente. Mas adivinha? Já é tarde. Eu estou viciado em Stana.

Ele se aproxima dela e pega sua mão na dele e olha intensamente nos olhos verdes misteriosos.

- Nada de jogos, atitudes duvidosas, trocadilhos, insinuações ou provocações desnecessárias. Os dias de bancar o adolescente, o menino rebelde simplesmente acabaram para mim. É hora de ser o homem que você espera que eu seja a algum tempo. Faço isso por você porque eu te amo, essa é a única verdade. Não preciso explicar apenas sentir. Não vim aqui para pedir que não me expulse da sua vida porque esse poder não cabe a mim. Eu vim aqui para provar que você, somente você é o que preciso.

Ele não esperou uma palavra sequer dela, estava decidido a tomar o destino em suas próprias mãos desde o instante que batera a porta dela. Ele a puxou em um beijo avassalador sem qualquer chance para ela escapar. Verdade seja dita, ela não queria escapar. As pernas tremiam enquanto o coração saltitava e a adrenalina provocava o despertar do desejo extravasando o sentimento de amor que a sufocava e a fizera estremecer desde o dia que discutiram. Os lábios devoravam os de Nathan mostrando o quanto ela precisava dele. No fim, se ela era sua droga, ele era o seu antídoto. Nada fazia sentido se não o tivesse por perto. A exemplo do que acontecera no set de filmagens, um fogo intenso tomou conta deles ultrapassando o limite da paixão dando lugar a uma urgência desenfreada de possuir um ao outro, Stana mordiscou-lhe os lábios e dessa vez não para ferir e sim para provocar, instigar. Era o que adorava fazer com ele desde sempre.

Nathan a ergueu do chão e forçou-a a entrelaçar as pernas na cintura dele. Segurando-a pelo bumbum, ele a pressionou contra uma das paredes do apartamento e esmagou seu corpo contra o dela. Não era o momento de falar, pedir desculpas. Não ele queria acabar de vez com qualquer dúvida que Stana tivesse quanto aos sentimentos e a importância dela em sua vida. Era desejo, paixão e volúpia mas certamente não negaria o maior dos sentimentos: o amor.

Stana respondeu à altura porque já no meio do discurso dele era queria cala-lo com seus lábios sobre o dele. Provar que brigar era algo idiota e fazia mal aos dois. Ficar longe dele, sem falar, conversar, não conseguia. Ali, ela estava disposta a entregar-se se fosse o que Nathan pedisse a ela.

As mãos urgentes perdiam-se explorando as curvas, a pele, cada parte do corpo. Sentiu os lábios dele devorando seu pescoço a exemplo do que acontecera a primeira vez que filmaram a cena de Always,algo que Stana guardava a sete chaves em seu coração e na memória sabendo que dividi-la era proibido por tudo que significava para ela mesma. Ela sempre soube que ali eram eles mesmos e não suas personagens. Um frisson percorria seu corpo causando arrepios e deixando-a leve em seus braços. Ela arrancou a camisa dele puxando pela cabeça com uma rapidez impressionante. Nathan retirou um pouco da pressão sobre ela que pousou os pés no chão como apoio sem quebrar o contato com a pele dele que nesse momento recebia as carícias dos lábios em seu pescoço. Envolvendo os braços na cintura dele, Stana o guiava até o quarto. Ele se afastou dela por uns instantes apenas para tirar a blusa que ela vestia, já sabia que ela estava sem soutiã e por isso abaixou a cabeça para encontrar os seios dela com seus lábios, as mãos seguravam a cintura dela com uma espécie de possessão, firmes, mantendo-a com os pés no chão. Os polegares acariciavam a pele bronzeada enquanto a boca sorvia vagarosamente os seios, desfilando a lingua pelo contorno de um deles e fazendo Stana gemer.

De olhos fechados, ela sequer percebeu quando Nathan se colocou de joelhos na frente dela e tirou o short de malha que vestia levando junto com ele a calcinha. Estava nua. Ele passou a beijar o abdomen dela seguindo o caminho do proibido. As mãos subiram da cintura e foram cobrir os seios com toques sutis a princípio mas que sensualmente apertavam o mamilo entre indicador e polegar puxando-o, instigando-o.

Nathan roçou os dentes de leve sobre a parte interna da coxa dela antes de beijar o centro dela. Ela gritou. Satisfeito com a reação dela, ele concentrou-se em prova-la completamente. Stana afastou as pernas por instinto e mordeu os lábios para conter o grito quando ele enfiou sua lingua dentro dela. O reflexo a fez agarrar os cabelos dele com força, o que foi apenas um incentivo a mais para continuar a sua viagem exploratória pelos pontos de prazer do corpo dela. Alterando o uso das mãos entre o seio e agora o centro dela, Nathan queria achar a forma ideal de satisfaze-la, levando-a ao último nível possível do prazer. Massageava o clitóris com os dedos e em seguida penetrou-a com dois dedos. Beijou-lhe o umbigo e olhou para ela pela primeira vez desde que começara a dança com ela. Pode ver então o que ela estava sentindo. O colo vermelho já prestes a receber um orgasmo, os mamilos duros e empinados e os olhos fechados mantendo a cabeça arqueada para trás. Stana ficara ainda mais linda se é que isso era possível. Era um visão maravilhosa. Tomou aquilo como estímulo e tornou a brincar com os dedos dentro dela e com a lingua em seu clitoris. Ela não aguentou segurar a onda de prazer que a consumiu e se deixou arrebatar como se fosse uma faixa de areia recebendo o oceano. Não pode conter o grito e ele certamente não parou. Queria ve-la sucumbir mais e mais ao prazer.

Ele finalmente se ergueu e segurando parte dos cabelos dela nas mãos, pediu.

- Abra os olhos, Staninha... olhe para mim.

Lentamente, ela obedeceu. Nathan viu o verde intenso dos olhos dominado por pupilas dilatadas. Acariciando a nuca, ele aproximou seus lábios dos dela tomando-a num beijo quente. Sentiu as mãos dela desabotoando o jeans dele. Sabia o quanto ela o queria, o desejava, totalmente reciproco. Ele quebrou o beijo e pediu.

- Deite-se, quero fazer amor com você. Uma, duas, três...quantas vezes eu puder. Deixe-me ama-la como você merece.

Stana nada disse, engoliu em seco sentindo uma ardência na garganta que ela sabia estar associada às lágrimas que lutava por não deixa-las rolar. Deitou na cama e espero o próximo movimento de Nathan. Viu-o tirar o jeans e ficar nu a sua frente. O membro excitado despontava causando ainda mais vontade de te-lo dentro de si, a tomando completamente. Nathan apoiou-se na cama e começou uma nova viagem pelo corpo de Stana. Primeiro, beijou-lhe o umbigo e continuou distribuindo beijinhos e lambidinhas pela pele dela rumando em direção aos seios dela. Beijou a pele entre eles e sentiu as pernas dela se enroscarem a cintura dele querendo aproximar o contato entre os dois.

Porém, ao invés de brincar com os seios dela, Nathan jogou seu peso sobre ela, acariciou seu rosto com os dedos e tirou mechas do cabelo de seu rosto e sorrindo beijou-lhe a ponta do nariz, o queixo e ao passar o polegar em seus lábios seus olhos se encontraram. Parecia querer ler um ao outro através do olhar, desvendar qualquer mistério que ainda houvesse escondido ali. Nathan foi quem quebrou o silêncio por fim.

- I Love you, Stana... você ainda não acredita nisso?

Mas não deixou-a responder porque desejava demonstrar esse amor através do gesto que considerava o mais importante de todos. O beijo. Vagarosamente, ele provou os lábios doces da mulher que amava. Saboreando cada movimento dos lábios por longos segundos até forçar uma abertura da boca com a sua língua para por fim prova-la inteiramente transformando o beijo em algo apaixonado capaz de demonstrar todo seu amor.

Ao quebrar o contato com ela, surpreendeu-a penetrando em seu corpo de uma única vez. Stana respondeu arqueando o corpo e sentiu-o apoiando as costas dela para abocanhar um de seus seios. Sugando-o apenas uma vez para instiga-la. Movimentando-se dentro dela, ele buscava saciar seu desejo e proporcionar tudo o que pudesse a ela. Por vários minutos eles moveram-se e os únicos sons no ambiente eram os gemidos deles e as respirações intensificando a cada momento, a cada segundo mais próximos do ápice do prazer. Percebeu que o orgasmo estava próximo pela força que Stana movia-se, sentiu a umidade aumentar fazendo seu membro ficar ainda mais excitado quase a ponto de explodir. Não suportaria muito mais.

Ela cravou as unhas nas costas dele esperando segurar-se quando sentiu o poder do orgasmo a dominar. O corpo dela tremia envolto no dele e os gemidos foram provocantemente aumentando levando Nathan a se entregar e explodir dentro dela. Não parou. Queria mais e mais, esbaldar-se de doses de Stana e sentir-se completamente perdido nela. E exatamente assim, eles seguiram. Com os corações disparados, os corpos quentes e o sentimento de prazer, eles fizeram amor três vezes até finalmente deixar-se cair ao lado dela, ofegante.

Ela era um vício, uma loucura que o dominava completamente e o fazia esquecer do mundo. Ali, naquele quarto queria apenas ficar com ela. A mão de Stana passeava pelo corpo dele até parar sobre o peito. Ela beijou o peito dele e aconchegou-se de modo que Nathan sentia a respiração dela compassadamente em seu pescoço.  

- Nate... – ouvi-la chama-lo assim novamente era música para seus ouvidos.

- O que foi?

- Tenho que confessar uma coisa – ela olhou para ele com um sorriso no rosto - Antes mesmo de você chegar à metade do seu discurso, eu já havia me rendido. Uma parte de mim queria pedir para você calar a boca e me jogar em você, porém a outra parte de mim queria ouvir cada uma das palavras que você usou para nos descrever. Eu confesso que me impressionei com algumas coisas que não imaginava serem tão impactantes para você. Temos um longo caminho pela frente, Nate. Consigo dizer que não será tão fácil, responsabilidades e estamos expostos a muitos olhos e ouvidos na mídia.

- Stana, entendo você. Por vezes imaginei como seria essa conversa – ela se ergueu do peito dele sentando-se na cama – de alguma maneira dentro de mim eu sabia que se tudo o que você representava para mim fosse real, eu não deveria ter medo.

- O que eu quero dizer é que para mim não há volta. Eu arrisquei tudo quando cruzei a linha imaginária entre a amizade e o meu sentimento real. Não há volta, Nate. Estou nessa até o fim. Eu te amo e estou disposta a enfrentar o que aparecer à nossa frente.

- Eu sei – ele sentou-se na cama e acariciava o braço dele sem desfiar o olhar do rosto dela – talvez eu tenha demorado para perceber o quão era importante demonstrar como eu me sentia a você. Conheço sua personalidade e sei que além de reservada, você leva muito a sério suas relações e acredite, por um momento me perguntei se realmente seria o homem ideal para você. Respondi a esse questionamento baseado no meu coração. Posso não ser perfeito, ter vários defeitos que você deteste mas por te amar tanto, decidi que estava na hora de assumir o que era importante para mim. Ninguém muda pelo outro, porém algumas vezes é preciso ouvir de outra pessoa a realidade. E eu ouvi da pessoa que mais se preocupa comigo e que mesmo não sabendo, suas ideias e pontos de vista ocupam e ganham uma dimensão maior na minha vida – ele pegou a mão dela e beijou-a, depois acariciou o rosto dela.

- Stana, não prometo um mar de rosas, isso ainda é um relacionamento secreto e complicado mas podemos sempre superar os obtáculos. Acredito nisso.

- Eu também acredito,Nate. E quando as dúvidas nos deixarem inseguros ou preocupados, sempre poderemos conversar. Não adianta remoermos os problemas sozinhos, por isso estamos juntos. Somos um casal e como tal precisamos confiar e apoiar um ao outro.

- Eu confio em você,Staninha – ele se inclinou e beijou-lhe suavemente os lábios. Ele a puxou consigo aconchegando-a na cama ao seu lado para dormirem em forma de conchinha. Ele inalou o cheiro delicioso dos cabelos e beijou a nuca e os ombros – nossa! Como adoro esse seu novo cabelo, o cheiro dele  e a facilidade de poder ver seus pelos do pescoço se arrepiarem, essa nuca... hum...

- E você hein? O que aconteceu hoje? Você estava tão fogoso!

- Quando vim para cá, tinha duas chances de mostrar a você o que queria: me declarando e caso isso não funcionasse, eu simplesmente a agarraria levando você a loucura – ele sussurrou isso ao ouvido dela. Stana não pode deixar de virar para fita-lo.

- O que? – ela viu o olhar maroto e safado dele – achou que ia me convencer com sexo?

- Não com sexo, fazendo amor...

- Muito esperto você, muito esperto – ela sorriu pra ele e beijou-o mais uma vez – vamos dormir.

Durante o domingo, eles mal saíram da cama. Nathan trouxe café da manhã para eles e mimou-a bastante. Por volta das duas da tarde, Stana resolveu cozinhar. Ele apenas observava o jeito dela na cozinha. Quando sentaram à mesa para almoçarem, ele tocou no assunto do Paley que ocorreria no dia seguinte.

- Como você acha que será o Paley amanhã?

- No mínimo tenso. Imagino que o foco da conversa será o pedido e logo o casamento. Nesse momento os fãs querem entender o que há além de um pedido, eles não estão preocupados com DC ou com os demais personagens claro que eles adoram os outros atores mas o cliffhanger deixado pelo Andrew causou isso.

- Quando você diz tenso, você se refere a você especificamente? Por não querer soltar spoilers ou ter que responder a perguntas diretas sobre o relacionamento de Castle e Beckett?

- Sim, fico pensando até onde conseguirei não me denunciar seja pelas personagens seja por nós. Teremos que enfrentar de qualquer jeito mesmo. Acho que Marlowe vai segurar a onda de curiosidade deles.

- Nate, e quanto às perguntas e respostas da audiência, eles podem escolher a quem perguntar.

- Não tinha parado para pensar nisso – uma ruga de preocupação surgiu no cenho dele – se pudermos responder, tudo bem se não jogamos para ele ou Rob. Às vezes acho excelente que seja ele conosco. Se fosse Terri, acredito que colocaria muita lenha na fogueira.

- Não estaria errada ao fazer isso.

- Você fala assim porque é louca por Caskett, é a pessoa mais shipper que conheço. Pior que qualquer fã. Ou você esqueceu do que falou quando terminamos de gravar o piloto? “Quando eles vão ficar juntos?”  - ele imitou a voz dela e Stana jogou uma batata frita na direção dele.

- E você sempre foi do contra, até algum tempo eu achei que fosse ser algo difícil de fazer quando Andrew nos avisou que íamos virar um casal. Depois que ouvimos e começamos a pensar em como faríamos Always e depois de ler uma entrevista sua falando de relacionamento e comentando sobre o dos seus pais, algo realmente tinha mudado eu soube. Você tinha medo de precisar conviver como um casal? Medo de mim? Porque essa é única explicação que consigo encontrar além do fato que no inicio era bem óbvio que a série precisava de uma identidade e colocar um casal logo de cara, não ajudaria nisso mas no meio da terceira temporada eu já queria mais e você não.

- Você tem razão. Depois de realmente construirmos a identidade e fazer de Castle um sucesso, tudo se resumia a nós, levarmos um relacionamento na tela com certeza geraria situações estranhas para nós, para mim em tudo isso. Não chamaria de medo de você mas existia até alguns dias atrás um medo de não conseguir fazer tudo isso funcionar e pode parecer loucura mas ainda acredito que haverá situações onde nos sentiremos pressionados, o Paley é um exemplo disso – ele percebeu que ela ficara pensativa, será que dissera algo que não a agradava? – o que foi, gorgeous?

- Hum... estava pensando. Eu tinha medo de me declarar a você, de me entregar a esse sentimento mas não se compara a sua reação. Veio Always e mudou tudo para nós. Certamente para mim foi tão... – ela não encontrou a palavra certa para completar o pensamento.

- É, ainda mexe conosco não? A cena...- ele engoliu em seco.

- Porque Nathan? Por que foi tão difícil aceitar? Algum trauma que eu deva saber? – ela percebeu a mudança na linguagem corporal dele – algum relacionamento o quebrou tanto? Ou você tinha expectativas muito elevadas por influência do que você cresceu vendo? De seus pais? Acertei?

Ele suspirou. Fechou os olhos.

- Não conhecia esse seu lado de terapeuta. Acredito ser um pouco dos dois. A relação dos meus pais pesa mais porque serve de modelo, cresci vendo aquilo e a maioria dos meus amigos tinham pais separados, isso marcou.

- Meus pais também são culpados do modo certo quanto à forma que vejo meus relacionamentos. Talvez esse tenha sido o nosso problema inicial além de estarmos mexendo com o lado profissional também.

- Nossa! Como fomos de uma conversa sobre o Paley para relacionamento dos nossos pais? E você anda lendo minhas entrevistas?

- Você não acha bom que tenhamos muitos outros assuntos para conversas e sobre as suas entrevistas, elas são publicas. Posso ler como qualquer um. Eu realmente gostei das suas colocações sobre o que é o relacionamento de Castle e Beckett e não sei, me pareceu tão honesto. Como algo que você procura para si mesmo.

- OK, agora você realmente está me assustando – ele piscou para ela – de um jeito bom, não conhecia essa Stana tão profunda e tão analista das facetas humanas.

- Ah, as coisas que você não sabe sobre mim... podem dar um livro. Ela gargalhou.

- Já ouvi essa frase antes. O que você quer fazer agora?

- Que tal um bom filme agarradinhos no sofá?

- Parece excelente...

Eles passaram o resto da tarde bem confortáveis nos braços um do outro se redendo a TV. Alguns cafés e balde de pipoca depois, eles finalmente se despediram e encerraram o fim de semana. Amanhã o dia começava cedo por volta das seis da manhã e tinham muito trabalho pela frente antes de comparecerem ao evento da noite. Além disso, para Stana a semana ia ser mais agitada devido aos compromissos da premiere de CBGB que se aproximavam.

Raleigh Studios – 6am

Stana chega ao estúdio bem desperta e sorridente. Vai cumprimentando todos que encontra no corredor até chegar a copa onde ia morrendo por um bom café. Já encontrou Nathan mexendo na máquina o que provavelmente indicava que já estava preparando café.

- Bom dia!

- Hey, Staninha. Bom dia. Nem preciso perguntar – ele estendeu uma caneca para ela que notou o coração desenhado – aqui está. Ela olhou para o desenho e suspirou profundamente.

- Você fez isso?

- Parece surpresa. Mas na verdade, aprendi a fazer. Em Still fui eu quem fez aqueles também. Aprendi com Loren. É bem fácil se quiser posso te ensinar a fazer vários desenhos também.

- Talvez outra hora. Afinal, se tenho alguém para me servir não tenho pressa – ela tomou um pouco da bebida – está delicioso. Realmente o que eu precisava para a minha manhã – eles trocavam um olhar cúmplice quando Terri entrou na sala.

- Nossa! Vocês dois são bem pontuais. Já devorando o café, guardem um pouco para mim. Preparados para o dia de hoje? Será bem puxado. E não estou falando apenas das cenas a serem filmadas...

- Sim, Terri. Todos nós sabemos. Mas estamos prontos!

- Alguém está bem animada hoje para as seis da manhã. Hum, bom saber – ela terminou de beber o café que Nathan servira para a chefe e provocou – vamos trabalhar empolgadinhos?

- Vamos... – Stana respondeu com energia e Terri soube que algo acontecera naquele fim de semana pois essa não era a mesma mulher que deixara a sua sala na sexta passada.

Eles trabalharam duro o dia inteiro. Seja em cenas com Jon e Seamus, seja em cenas entre os dois, as filmagens foram bem pesadas. Ela ainda teve que fazer algumas cenas de ação onde dubles não eram necessários. A última cena do dia novamente era entre Stana e Nathan. Eram apenas eles, o diretor e mais três membros da técnica. Os demais companheiros de elenco, os produtores e os escritores saíram bem mais cedo para atender o evento que estava marcado para às sete da noite. Por conta do curto espaço de tempo que teriam, ambos se arrumariam no estúdio mesmo.

A cena em questão era Caskett e acontecia no loft. Um pequeno diálogo sem muito mistério, coisa que os dois tirariam de letra. A cena foi tranquila e terminou com um beijo. O diretor agradeceu e os dispensou. Cada qual seguiu para seu camarim e combinaram de saírem juntos, cada um em seu carro, dali para o local do evento.

Só havia um pequeno problema, o Paley deixava Stana nervosa. Mesmo depois da conversa de ontem com Nathan, ela ainda sentia-se receosa pelos mesmos motivos. Tinha medo de atrapalhar alguma entrevista por causa da sua relação escondida com Nathan, não podia deixar transparecer nada além do seu lado profissional o que era difícil para ela já que todos a conheciam como uma das maiores torcedoras do relacionamento entre Castle e Beckett. A exemplo do live-tweeting sempre surgiam provocações e elas eram mais fáceis de responder escondidas em um aparelho eletrônico. Ela estava pronta para deixar o local mas extremamente nervosa e precisava se acalmar.

Então, ela teve uma ideia. Algo que poderia ajuda-la e de certa forma surpreender alguém. Ela olhou-se no espelho e um sorriso malicioso tomou conta do seu rosto. Seguiu até o camarim dele decidida e já empolgada com o que viria a seguir. Bateu na porta e chamou por ele, percebeu a porta aberta e empurrou.

- Nathan? Você está aí? – ele estava colocando a camisa, virou-se para ela. Já estava de calças mas a camisa aberta ainda por abotoar expunha o tórax. Aquilo era uma visão do paraíso e apenas a fazia gostar mais da ideia que tivera antes de chegar ali.

- Hey, você já esta pronta. Foi mais rápida que eu.

- Sim, acredito que não tem mais ninguém por aqui, os corredores estão vazios.

- Não, tem um grupo de técnicos trabalhando em cenários e uma equipe na edição – ele já ia abotoar a camisa quando Stana começou a caminhar na direção dele falando.

- Hum, mas isso não é um problema... – ela já estava frente a frente com ele e deixou suas mãos repousarem na pele dele – achei que você já estava pronto. Bom saber que me enganei.

- Você está linda demais e meu Deus você vai com toda essa perna de fora? Vai querer me matar mesmo? Nem posso sentar ao seu lado porque como irei me concentrar com toda essa pele exposta na minha frente?

- Gosta?! – ela provocou – hum, muito bem então acredito que vai gostar de outra coisa também – ela deslizou as mãos até os ombros dele e fez a camisa atingir o chão. Tendo Nathan de peito nu a sua frente, era impossível resistir, ela beijou o pescoço dele de leve, uma, duas, três vezes então chupou a pele dele o que fez Nathan fechar os olhos e suspirar pesadamente ao toque dela simplesmente delicioso. A pontada na virilha era inevitável, ele sentia o membro responder ao que ela fazia. Stana também sentia.

- Stana-a, o que... – as palavras faltavam – está...fazendo? Eu... temos que...ir – ele estava se esforçando para manter a calma – precisamos... o evento... – ele sentiu a mão dela apertar seu membro sobre a calça não evitando um som rouco de desejo que escapou de seus lábios.

- Eu preciso fazer isso, me acalmar... eu preciso Nate... – beijou o queixo dele e começou a desabotoar a calça dele.

- Não, Stana... isso... – mas ele não consegui terminar a frase, a calça já estava nos joelhos. Ela estava determinada, podia ver o brilho em seus olhos e as pupilas começando a dilatar-se. Como ela pode fazer isso?

- Estou retribuindo algo que prometi a você. Preciso me acalmar para o evento – ela mordiscava o ombro dele empurrando-o para perto do espelho – poderá me deixar melhor, a você também. Uma rapidinha... vem... – Stana simplesmente sentou-se na bancada em frente ao espelho e puxou Nathan pelo braço para logo envolver as pernas ao redor dele. Nathan estava atônito. E ainda não vira nada. Ela o beijou apaixonadamente enfiando a língua para explorar sua boca. As mãos livres passeavam pelas costas nuas dele até chegarem ao bumbum e o apertarem fazendo ele gemer.

Ela segurou o membro dele com uma das mãos e sussurrou após quebrar o beijo em seu ouvido.

- O que esta esperando, Nate? Quero você... agora.

- Mas você... a roupa você está vestida...

- Estou? – e o olhar o matou. Ele estava boquiaberto diante dela, nunca em milhares de sonhos podia imaginar algo assim. Stana estava sem lingerie, isso era tão...tao surreal para ele. E Nathan cedeu à tentação quando sentiu os saltos dela pressionarem contra o seu bumbum e empurrando contra ela. Ele a penetrou de uma vez e Stana colou seus lábios aos dele com urgência. Depois ela mordiscava o lóbulo da orelha dele e sussurrava pedindo mais para ele. O ritmo era urgente, acelerado. Nathan estava a ponto de explodir e ela o provocava, seja lambendo o seu peito, roçando os dentes na pele ou instigando-o a um beijo sem encostar os lábios realmente nos dele por causa da força como a relação se desencadeava entre eles.

Stana sentiu a respiração mudar, o corpo começava a clamar por mais e o tremor deixava o sangue mais vivo em suas veias, estava totalmente pronta para receber a explosão do orgasmo domina-la. Ela jogou a cabeça para trás e gemeu. Fechou os olhos ao sentir a sensação de ser inundada por tanto prazer. Nathan também não podia mais segurar e gozou quase imediatamente após ela.

Loucura. Era a única palavra que ele podia pensar para descrever o que acontecia ali. Ele se apoiava no balcão onde ela estava enquanto sentia as pernas dela se apertarem contra o corpo dele ainda sob o efeito do orgasmo. Que loucura!

Stana respirou fundo para então fita-lo novamente. Ela estava sentindo-se bem melhor depois de tudo isso porém ao olhar para Nathan viu que apesar de ter curtido o que aconteceu, ele estava abalado. Inclinou-se até ele e beijou-lhe os lábios suavemente. Sorriu.

- Melhor se vestir, babe.

Ele começou a se ajeitar meio no automático. Ela ergueu-se do balcão e procurou pela sua bolsa que jogara em algum lugar do camarim quando entrou. Ao acha-la, ela se postou de frente para o espelho e retocou a maquiagem. Depois, foi a vez do cabelo e por último arrumou a roupa e dando uma olhada no espelho, estava satisfeita. Reparou pelo reflexo que ele não estava pronto. A camisa estava novamente nos ombros ainda esperando para ser fechada. Stana virou-se para olha-lo. Percebeu que ele ainda estava atordoado com tudo. Calmamente, ela arrumou a camisa dele abotoando-a, remexeu os cabelos e sorriu.

- Vamos?

- Espere, você vai assim?

- Assim como, Nathan? Não estou vestida?

- Mas...Stana...você está... mas não esta usando – ela resolveu acabar com a agonia dele.

- O que foi, Nate? Nunca saiu com uma garota “on commando”? – ele abriu a boca mas não conseguiu emitir uma palavra – Vamos, não podemos chegar muito atrasados e ainda teremos entrevistas para dar antes de entrar para o painel – ela se distanciou caminhando até a porta do camarim, vendo que ele não se mexeu, tornou a falar - Você está um charme. Te vejo no teatro? – e saiu pela porta mas não antes de jogar um beijo na direção dele.

O ato de Stana causara consequências em ambos, apesar de um pouco mais calma quando saiu do estúdio à medida que ia se aproximando do local do evento, ela começara a voltar a sentir o nervosismo lhe incomodando. As danadas das borboletas no estomago. A sua limosine parou na porta do teatro e ela desceu. Instantaneamente, foi inundada por um mar de flashes vindo de todas as partes ao seu redor. Eles gritavam seu nome tentando chamar sua atenção. Logo um dos organizadores do evento a orientou para onde deveria ir. Stana virou-se de costas para o mesmo lugar de onde viera preocupada com Nathan. Ele deveria estar logo atrás dela não? Perdeu um pouco de tempo e até mesmo da atenção do seu guia porque precisava vê-lo. Ele tinha que chegar, não podia fazer essa desfeita com ela e com o resto do cast.

Os olhos verdes procuravam irriquietos por algum sinal de que ele estava por ali. Engoliu em seco e a sensação de nervosismo apenas aumentou. Então ele surgiu na multidão. Ela soltou um suspiro, aliviada. Fechou os olhos rapidamente para se recompor e tornou a caminhar para o lugar onde seria fotografada e filmada por varias pessoas, onde também daria entrevistas para alguns.

Assim que cruzou o tapete vermelho do evento, o sorriso se fez presente no rosto. Era verdade, os flashes a incomodavam mas ela tinha que passar por isso era parte do seu trabalho. Ela percebeu que ele vinha logo atrás dela. Stana identificou alguns dos repórteres mais conhecidos e que certamente iriam pedir para entrevista-la. Andou até um deles e cumprimentou-o. Havia um outro repórter logo ao lado e ela ficou surpresa de ver que Nathan já estava ao seu lado e iniciando uma nova entrevista. Ela resolveu cuidar da sua.

E a coisa mais estranha acabava de acontecer diante de vários espectadores e fãs. Eles estavam lado a lado mas pareciam em mundos completamente diferentes. Stana estava concentrada em responder as perguntas que lhe faziam e como previra eram sobre o pedido de casamento, o anel e o relacionamento de Castle e Beckett. Ela não podia deixar de sorrir em alguns momentos. Ao seu lado porém, as coisas não estavam tão fáceis. Nathan apesar de estar respondendo a perguntas da entrevista, lutavam contra si mesmo evitando olhar para ela. Sim, a imagem de Stana vestida exatamente como estava agora em meio a um orgasmo não saira da sua mente, ainda estava desconfortável apenas por lembrar que ela estava sem qualquer lingerie. Aquilo era uma tortura para qualquer homem e manter-se completamente são diante do poder que ela exercia sobre ele era extremamente doloroso.

Já estava nervoso por não saber o que podiam enfrentar nesse painel e Stana acabara piorando as coisas para ele. Não que o que ela fizera fosse algo ruim, de jeito nenhum. O problema era a ocasião. Se eles estivessem saindo do estúdio e indo para casa era outra historia totalmente diferente. Por causa dessa loucura que Stana provocou estava difícil manter-se digamos, com o “juízo” calmo porque parecia que ela o marcara a tal ponto que o corpo todo estava alerta. Percebeu que não conseguira formar as ideias corretas para responder a entrevista. Enquanto respondia perguntas, preferia ficar de costas para ela a fim de não cair em tentação.

Cinco minutos depois que finalizara a terceira entrevista da noite, ele foi chamado pois os companheiros de cast já estavam se arrumando para começar o painel. Assim que os encontrou nos bastidores, viu Stana conversando com Seamus. Como ela pode estar tão calma conversando usando essa microsaia com as pernas expostas para todos? Marlowe se aproximou dele e percebeu que ele não tirava os olhos dela. Nathan mal sabia disfarçar o fato que não conseguia tirar os olhos das pernas dela.

- Preparado, Nathan? Ou tem algo ou alguém tirando sua concentração?

- Estou...pronto. Olha, Marlowe... preciso te pedir um favor. É sobre a Stana.

- Nathan, não se preocupe. Vocês irão sentar juntos, nada mais lógico.

- Não Marlowe, é exatamente isso. Eu... eu não posso sentar ao lado dela hoje. Por favor.

- Está com medo dela? De não conseguir lidar com o fato dela estar deslumbrante essa noite? – ele implicava mas vira o pânico na cara de Nathan – quer dizer, ela abusou no comprimento da saia. Não o culpo, não é fácil resistir a tanta beleza e essas pernas. Me pergunto como Stana ainda está solteira. Bando de homem frouxo.

- Marlowe... por favor!

- Tudo bem, Nathan. Irei rearrumar a ordem de entrada e redefinir onde cada um sentará. Já volto.

Assim que Marlowe se afastou, Nathan a pegou olhando para ele. Quando se deu conta, sorriu para ele. Ela sequer imaginava que esse gesto o quebrava ainda mais. Ele procurou disfarçar chamando a atenção de Rob para uma conversa. Viu Marlowe conversando com Terri e julgou que estavam resolvendo algum assunto antes de começarem o painel. Na verdade, o que os dois conversavam sobre o pedido de Nathan.

- Mas foi o que ele me pediu, para sentar longe da Stana e acredite eu vi o jeito como ele olhava para as pernas dela, está hipnotizado.

- Isso está estranho, Andrew. Achei que eles iam sentar juntos hoje pelo que vi de manhã e agora você diz isso. Não faz sentido.

- Ele está nervoso e qual parte de que ele não parava de olhar para as pernas dela você não entendeu?

- Ok, podemos trocar, colocar você, Rob e David para servir de escudo e Nathan senta junto a Molly e Susan. Vou informar a ordem de chamada para a mediadora – mas em sua mente Terri sabia que isso deveria ter uma outra explicação. O que você aprontou Stana?

Seamus e Julianna estavam conversando com Stana quando Nathan se aproximou. Ficou ao lado de Seamus de forma que podia olhar para ela de frente. Ela estava linda demais, desconcertava qualquer um com esse cabelo e esse sorriso. A jaqueta de couro dava um ar selvagem ao conjunto mas ele realmente não conseguia lidar com as pernas longas e perfeitas sobre o salto alto especialmente por saber do algo mais. O fato dela estar sem lingerie totalmente se arriscando e o provocando. Por um novo instante, ele prendeu a respiração e sentiu a manifestação acontecendo em suas calças. Para piorar, Seamus o chamou perguntando sobre Caskett.

- Então, você acha que vai ser bombardeado de perguntas sobre o relacionamento de vocês? Tenho certeza que só se falará disso nesse painel.

- Ahn? É... talvez... – a resposta vaga fez Seamus olhar intrigado para Stana e depois para ele. Stana deu de ombros para disfarçar mas sabia que ele ainda estava meio pertubado pelo momento de pura volúpia que acontecera a meia hora atrás.

- Nossa! Se responder desse jeito para a entrevistadora ou para fãs você está perdido.

- Seamus não implique com ele – Julianna disse e virou-se para Nathan – você está bem, Nathan? Parece tenso e não sei se preocupado é a palavra mas seu rosto não passa tranquilidade.

- Está sentindo dor nas costas de novo? – Seamus lembrou.

- Quer tomar um remédio? Aposto que esqueceu antes de vir para cá não? Também naquela correria... – Stana o pegou pelo braço e puxou-o para longe dos amigos o socorrendo – hey... você precisa melhorar essa cara, está parecendo que não queria estar aqui – ela sussurrava – o que aconteceu?

- Você ainda pergunta? – ele passou a mão no rosto – você aconteceu. Eu ainda não consegui me esquecer do que você aprontou a pouco e saber que...não ajuda e com essas pernas. Deus, olhe para mim – ele sussurrou e fez menção a área das calças – não posso.

- Você terá que tentar, temos uma entrevista daqui a poucos minutos.

- Eu sei e ainda tinha teremos que disfarçar mas você me paga porque tudo o que queria agora era devorar essas pernas e prova-la até você sentir que ficou sem chão. Quero deixar você louca para simplesmente sentir a agonia que estou sentindo – ele percebeu que ela ficara vermelha, ótimo serviu para alguma coisa.

- Pessoal! Vamos começar. Fiquem atentos ao seu nome ser chamado.

- É isso, comporte-se Stana. Você sabe do que estou falando.

Eles foram chamados um a um para o palco. Tomaram seus lugares. A entrevista claro, começava focando a premiere da nova temporada, o episódio cem e claro, o pedido e a resposta de Beckett. A mediadora vibrava cada vez que mencionava Caskett. E não foi diferente a cada brincadeira que os produtores ou o cast fazia. Lógico que sobraria para Stana ter que falar do que foi ver a resposta de Beckett em um script e Stana foi sincera ao dizer que você aprende um pouco mais a cada relacionamento, você traz as coisas boas dele e já que Beckett, bem ela investiu tanto tempo nessa relação que não podia deixar esse cara escapar. Quando a mediadora cita que já não era sem tempo, ela não se segura e vibra fazendo todos rirem. No fundo suas palavras referiam-se a sua personagem era verdade mas o que as pessoas não sabiam era que ela estava falando de si mesma.

Já quando Nathan teve que responder, a coisa tornou-se evasiva. Ele começou a gaguejar e depois passou a falar de quando gostava de estar empregado e divertindo e da forma como lia os scripts. Ela sequer conseguia ver coerência no que ele dizia será que ainda era o efeito dela ou ele simplesmente procurava uma forma de não se comprometer e parecia estragar tudo ao tentar.  

A entrevista continuou e ainda bem, mudara um pouco o foco falando do distrito, da família Castle e dando oportunidade a Andrew e os demais membros do cast implicarem entre si. Até ela entrou em algumas provocações enquanto notava que Nathan estava realmente calado para o seu jeito. Ela não conseguia entender se isso era uma estratégia ou mais uma vez ele se sentiu obrigado de estar ali representando o show mesmo tendo declarado que adorava ter um emprego. Os temas passaram por todos os presentes e como deveriam imaginar, a entrevistadora voltou a falar do casamento.

- Ouviremos os sinos do casamento essa temporada? – e como uma reação imediata, Stana e Nathan olharam-se e em seguida para o produtor Andrew Marlowe. Ele bastante brincalhão implicou.

- Pessoas que ficam noivas nunca se casam! – e as risadas explodiam no salão. Brincaram com o fato de Castle gostar de casar e que era algo caro enquanto Beckett era a garota da uma única vez. A mediadora insistiu com as pessoas que estavam envolvidas no processo e fez a pergunta a Stana.

- Stana, como você imagina o casamento Caskett? O que Beckett espera? – ela sorri sem jeito para a entrevistadora e acaba revelando sua vontade.

- Fugir escondida para se casar – Andrew brincou com a resposta dela e foi a vez da própria Stana se perguntar se ela estava falando de Beckett ou da relação da vida real. Foi a vez de Nathan dar seu parecer sobre o assunto e ao invés de responder sobre suas preferências, ele brincou que Castle gostaria de se casar no espaço, assim não teria que convidar muita gente e podia dizer coisas do tipo “você não é desse mundo”. A propria repórter concluiu que isso seria uma ideia típica de Castle. Continuando com as perguntas relacionadas a casamento, a mediadora praticamente jogou a todas as suas ideias e com certeza muitas que o fandom também aprovava. E com isso, acabou chegando a Susan que criou uma nova polêmica em pleno Paley.

Ao ser questionada pela repórter, Susan antes de falar da relação com Kate, elogiou o corte de cabelo de Stana e a reporter perguntou se esse era o novo visual da Beckett daqui para frente. Quando Stana confirmou que não. Susan não aguentou e soltou um “Oh,No!” e foi tão sincero que automaticamente fez Stana e Nathan reagirem igualmente cobrindo os olhos com a mão,baixando a cabeça e rindo. Novamente o foco estava nela e apesar da vaidade, Stana desviou a atenção de todos dizendo que ela não se liga no cabelo e que esse não era nem de longe o tema que deviam discutir. E Seamus brincou com ela sobre ciúmes.

Seamus foi abordado sobre a paternidade e após um monte de ideias malucas, era inevitável ouvir algo sobre bebês casketts e ela tratou de cortar o papo com um simples “eles estão praticando”. As conversas continuaram por vários assuntos e Stana deu uma pequena aula sobre filmagens que realmente impressionou a todos e fez Nathan pensar se ela aprendera tudo isso com aquele diretor que ela trabalhou? Uma ponta de ciúme se apoderou dele.

Agora a parte crítica começava. Perguntas e respostas. E a primeira já foi diretamente para Nathan e poderosa quase intimista por perguntar o que ele aprendeu com Castle e ele focou em elogiar os outros e fazer uma piada sobre si mesmo. Quando falavam de episódios dirigidos por Rob, talvez para os fãs tenha sido um choque ver que o preferido de Stana era Always, não por ser um episódio realmente excelente mas também por tudo que representava para ela e muitos sequer tinham ideia da importância. Ela ainda lembrava com detalhes da cena que eles gravaram no calor da emoção e que Terri após muito analisar sabiamente mandou cortar, a mesma cena mexia com Nathan, apenas o pensamento a fez engolir em seco e baixou a cabeça com medo de revelar em seu rosto o rubor que certamente transparecera. Não bastando isso, a próxima pergunta realmente mexeu com ela, a da garota romena.

- Stana que musica você escolheria para o casamento de Castle e Beckett? – a pergunta acabou com ela, Stana baixou a cabeça e quis desviar a pergunta para Andrew mas não deu certo. Ela procurou disfarçar mas como não responder com a única musica que vinha na cabeça “Is This Love”? E foi o que fez fingindo não saber o nome e tentando lembrar dos versos, tudo fingimento. E ainda envolveu Seamus no seu teatro. Quando fizeram a pergunta sobre a relação de Beckett e Espo, Stana ao contrario do que Jon tentou divergir para o lado sentimental, ela focou na amizade deixando claro que é apenas isso que existe. Ela não percebeu mas isso deixou Nathan irritado, era o ciúme falando mais alto.

Era o momento de encerrar e Stana pediu a palavra para agradecer aos fãs afinal sem eles, sua devoção, eles não teriam passado de duas temporadas. A mediadora achou aquilo muito bonito, um gesto que vira poucos artistas fazerem até hoje. Assim que encerraram, alguns dos presentes chamaram por ela que acabou distribuindo uma gama de autógrafos e posando para fotos, isso fez com que ela fosse a última a deixar o salão do evento. Nos bastidores, ela encontrou Seamus e Penny conversando. Nem sinal de Nathan.

- Pensamos que tinha se perdido.

- Estava dando autógrafos e obrigada por me salvar em alguns momentos, Seamus. Vocês viram o Nathan?

- Pra isso servem os amigos. E não, ele saiu antes de nós do salão mas achei ele muito tenso durante o painel, parecia que havia algo incomodando até pensei que talvez a dor nas costas tivessem voltado. Vocês notaram?

- Não – disse Stana para não levantar suspeitas.

- Agora que você falou, realmente ele estava meio calado, mais que o normal – disse Penny que resolveu mudar de assunto espontaneamente - Sabe garota, você é uma figura. Adorei o que falou ao fim do evento. Não é à toa que você é amada e idolatrada por tantos fãs ao redor do mundo – disse Penny – você é especial – Stana sorriu e abraçou Penny - Você sabia que ela tem fãs até em Hong Kong,Seamus? – Penny falava quase como uma mãe orgulhosa.

- Você acha que essa guria que veio da Romenia é fã de quem? Com certeza é – ele franziu o cenho tentando lembrar – como elas se chamam mesmo?

- Stanatics – era Nathan que surgia por trás deles – um exército deles. E aparentemente você deixou nosso fandom louco novamente. Eles estão comentando feito malucos sobre a tal música que você sugeriu. E a sua declaração de amor aos fãs,claro.

- Onde você estava? – ela perguntou.

- Dando entrevistas para o Tony. Marlowe está lá com Terri agora.

- Hey, bro. Tudo bem com você? A dor nas costas voltou?

- Por que pergunta? – Nathan estava perdido na conversa.

- Parecia inquieto durante as entrevistas, imaginei que estava com dor – disse Seamus.

- É a posição daquela cadeira incomoda um pouco – ele teve que disfarçar – já tomei um remédio mas obrigado pela preocupação. E creio que irei encerrar a noite.

- Poxa eu ia convida-los para tomar alguma coisa são apenas nove horas. Vamos, alguns drinques e podemos dormir.

- Você fala isso porque não acordou cinco da manhã – Stana respondeu e viu Juliana se aproximar – eu também estou cansada demais.

- O que eu perdi? Seamus você disse que íamos sair...

- Ah, você vai sair com a Juliana e nós vamos segurar vela, legal hein? Que acha Nathan?

- Nada legal.

- Que isso gente! É para irmos como amigos, vamos só uns drinques.

- Dois drinques e posso ir para casa? – Stana perguntou. Ela olhou de solaslio para Nathan.

- Ok, dois drinques. Vamos Nathan? – perguntou Seamus.

- Tudo bem, vamos.

Eles saíram juntos e despediram-se rapidamente de Andrew e Terri, sem antes convida-los para se juntar a eles o que os produtores recusaram educadamente. Puxaram Jon e Susan pelo caminho. Como Stana tinha ido de limosine, ela resolveu dispensar o carro e pegar carona com Nathan juntamente com Susan. Esperta e sábia, ao chegar no bar em questão, ela desceu primeiro para deixar os dois a sós por uns instantes afinal não custava nada colaborar com o destino, porque era incrível ver como esses dois eram teimosos em questões do coração. Só um cego não via a forma como um olhava para o outro e até no jeito de evitar, eles demonstravam que se gostavam .

Sozinhos no carro, Nathan fitou-a intensamente. Eles não deviam ter aceitado o convite de Seamus. Queria ficar a sós com ela.

- O que foi? – ela perguntou.

- Não devíamos ter vindo.

- Porque você está com dor? Quer descansar? – ela perguntou bancando a inocente mas sabendo exatamente o que ele queria dizer com isso.

- Não, Stana. Só disse aquilo para despistar qualquer desconfiança de Seamus. Eu estou morrendo aqui. Mal consegui me concentrar durante aquele painel porque cada vez que alguém falava seu nome eu apenas conseguia me lembrar da imagem de mais cedo, do fato de que você estava sentada ali a poucos metros de mim sem calcinha. Eu me contorcia na cadeira lutando para não passar vergonha ou para evitar que alguém percebesse meu estado. Eu queria fugir daqui com você. Eu não sei como você pode ficar tão calma diante disso tudo!

Ela percebeu o desespero na voz, a forma como estava rouca e cheia de desejo. Isso apenas fez acender nela a vontade de jogar tudo para o alto e saírem dali. Ele seria capaz de se controlar?

- Você não vai falar nada? Deus, mulher você está sem calcinha... – a voz rouca novamente, engoliu em seco – não sei se posso aguentar. Podemos arriscar muito fazendo isso...

- Eu sei...- ela mordeu os lábios tentando se controlar para não pular nele e também para tomar uma decisão que não colocasse tudo a perder – posso falar que a dor aumentou e você preferiu ir ao hospital tomar um injeção e eu vou dirigir para você.

- E amanhã apareço para trabalhar como se nada tivesse acontecido? Eles vão desconfiar...

- Não se você continuar agindo como se tivesse com dor, se recuperando. Você é um ator, Nate. Pode fazer isso não?

- É, posso – ele passou a mão nos cabelos dela, o polegar nos lábios dela Stana o mordeu de leve – Deus! Você será minha ruína, gorgeous. Vá, conte essa mentira leve. E não demore.

Stana saiu do carro e foi até o bar. Contou exatamente o que combinara adicinando seu toque de drama para que a situação ficasse convincente e a deixassem escapar para ajuda-lo. Obviamente, ficaram preocupados diante do que ela relatara e Seamus voltou a afirmar que já desconfiava por conta das reações dele diante do painel. Todos pareciam ter acreditado na historia dela, a única exceção do ponto de vista de Stana era Susan pois desde o teatro até ali Nathan não se queixara de dor e isso poderia ser suspeito mas Susan parecia ter entrado na mentira ou porque sacara algo ou porque não achou conveniente fazer perguntas. Ela se despediu de todos pedindo mil desculpas e foi ajudar o amigo. Ainda acrescentou o fato de que esperava que ele se recuperasse para trabalhar amanhã. Quando voltou ao carro, assim que fechou a porta, ela já foi falando.

- Tudo certo, eles compraram a mentira. Exceto Susan que pode ter desconfiado de algo por estar conosco, mas apoiou e até desejou melhoras a você. Disse que sabe o que uma dor nas costas pode representar. Eu falei que esperava vê-lo recuperado para o trabalho amanhã.

- Ainda não estou acreditando que fizemos isso, que você fez isso.  Se eles sonharem que mentimos...

- Eles não vão saber se não contarmos. Lembre-se da regra básica, fazemos mas não contamos – ela o fitava com um sorriso malicioso, a mão sobre a coxa dele apenas para provocar - Para onde vamos?

- Seu apartamento é mais próximo.

- Sua casa é mais segura para não corrermos riscos, Nate...

- Tudo bem... mas não pense que vai se safar da conversa que quero ter sobre umas respostas suas nesse painel.

- Oh, Nate... se lhe sobrarem forças podemos conversar.

- O que você quer dizer com isso? – ela se aproximou do ouvido dele e sussurrou.

- You know, I wanna fuck your brains out...

Com um gemido rouco de desejo, ele pisou fundo no acelerador fazendo a BMW cantar pneus.


Continua.....


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

[Castle Fic] There's Always Tomorrow - Cap.4


Nota da Autora: Esse capitulo aborda a relação Kate/Alexis leiam mas vcs sabem ainda tem muita água par rolar. E adivinhem? Estamos entrando no clima de casamento.... divirtam-se! 

Atenção! NC-17 


Cap. 4

Castle e Beckett encontraram com Lanie em frente ao novo restaurante de Mandy. Ao ver a amiga entrando, Mandy deu um grito e correu para abraça-la. Quase esmagou Beckett e fez o mesmo com Castle sem o menor constrangimento. Em seguida pegou a mão dela onde estava o anel de noivado.

- Kate! Você quer me cegar? Que anel é esse? Wow! – elevou a mão dela para examinar melhor o anel - Ah, amiga estou tão feliz por você... olha a carinha dela! Mega apaixonada. Eu sabia disso desde aquele nosso encontro, você já gostava dele.

- E ela ainda teima comigo quando eu digo que se apaixonou primeiro.

- Castle! – ela o repreendeu com o olhar e voltou a olhar a amiga – Mandy, você também não ajuda! Mas sim, estou muito feliz e agora que vou me casar preciso de você. Vamos escolher logo esse menu? Tenho pouco tempo na cidade e não quero sair daqui sem resolver as coisas. Qual a sua proposta?

- Rápida e decidida, gosto disso. Como te conheço, separei algo que tem tudo que você gosta espero que agrade Castle também. Vem comigo.

Eles se encaminharam para o escritório de Mandy enquanto ela tagarelava à vontade sobre as opções de menu. Ela já preparara uma prova de vários pratos e caso Kate aprovasse, ela não hesitaria em facilitar a vida da amiga e teria o maior prazer em preparar o buffet para ela. Na verdade, ela tinha uma surpresa para Kate. Após a degustação dos pratos e as respectivas escolhas, Mandy já sabia com o que deveria trabalhar. Ela ficara encantada ao ver a forma como o casal interagia. Kate provava algo e em seguida dava a mesma prova para ele, na boca. Ou tecia comentários sobre os sabores e os temperos. Algo que chamou a atenção dela foi vê-lo mexer com ela em relação a cerejas que enfeitavam uma das tortas, era notório o amor e a cumplicidade dos dois. Ali a sua frente, Mandy tinha certeza que sua amiga encontrara sua metade e aquele evento que ela estava preparando era algo que duraria para sempre. Mandy podia chama-lo de conto de fadas da vida real e com isso ter esperanças por saber que eles existem e podem surgir em sua vida da maneira mais inesperada possível. Hora da surpresa.

- Agora que vocês já terminaram de montar o cardápio, tenho uma surpresa para os noivos. Não Castle, você ainda vai pagar pelos meus serviços não fique tão animado – Kate riu da amiga – a boa notícia é que não sou nenhum daqueles mercenários que se valem da fortuna de seu cliente para fazer sua própria, porém o bolo de casamento é por conta da casa, meu presente de casamento para vocês. Prometo fazer algo especial – Mandy olhou para Lanie de relance e piscou.

- Ah, Mandy… - Kate levantou-se e abraçou a amiga – obrigada.

- Já temos tudo o que preciso para trabalhar, portanto deixem que a mágica é comigo a partir de agora. Vejo vocês no dia 9 de maio.

Eles se despediram e partiram para resolver outras missões de casamento, o que incluía a aprovação e distribuição dos convites da cerimônia. A data escolhida por eles tinha dois significados, na verdade a primeira data era 13 de maio, dia em que ele a pediu em casamento porém por cair no meio da semana, não seria uma escolha razoável já que a festa seria nos Hamptons e Kate poderia não conseguir dIspensa do FBI. Sendo assim eles optaram pelo dia nove, uma sugestão de Castle. Usar essa data era uma forma de trazer um momento feliz ao dia do aniversário de morte de Johanna Beckett, sua intenção era transformar uma data triste para Kate em algo bom para celebrar. Claro que Kate ficou tocada com o gesto e a lembrança de Castle. De fato, ele a levou às lágrimas com isso.

A tarde passou voando e após se despedirem de Lanie, Castle e Beckett voltavam para casa na Ferrari. Flashes imperceptíveis eram lançados na direção deles.  A vigilância a seguia aonde quer que fosse sem nenhum dos dois desconfiar. Pararam em um café na região de Tribecca próximo ao antigo apartamento de Kate, agora sublocado,para comer algo e namorarem um pouco. Aproveitando a descontração dela ao observar o movimento da rua de uma das mesas externas do lugar, Castle resolveu tocar no assunto sobre Alexis.

- Kate, eu gostaria de te perguntar uma coisa.

- Diga...

- Você acredita que realmente é uma boa você conversar sozinha com Alexis? Quer dizer, ela está absorvendo toda essa mudança ainda, tem ciúmes de você acho que apenas pode piorar a situação.

- Castle porque eu adiaria a conversa? Temos um problema e precisamos resolver. Eu preciso. Estamos a um mês de oficializarmos as coisas entre nós e não quero estar brigada com a sua filha no dia do nosso casamento e nem correr o risco de ela não comparecer a festa pois sei que isso afetaria diretamente a você.

- Mas Kate e se a situação entre vocês, entre nós apenas piorar? Ele estava com medo, ela percebeu.

- Qual e o problema, Castle? Não quero brigasr com Alexis, nem agredirei sua filha, no máximo ensinarei algo a ela. Já fui jovem rebelde e Alexis nem se compara a mim naquela época. Não precisa ter medo mas vou avisando que essa sua insegurança de ter uma posição mais enérgica, é o que move Alexis para de certa forma te chantagear, mexer emocionalmente com você.

- Espere um instante, você está dizendo que não sei dar limites a minha filha? Que eu não sei educa-la?

- Não, estou dizendo que você é um pai amoroso que procura suprir a ausência da mãe dela através de algumas vantagens,privilégios que ela conhece e aproveita.

- Então em outras palavras você está criticando minha maneira de educar. Quantos filhos você tem mesmo? - ele estava bravo - Ah, lembrei! A resposta certa é nenhum. Então não venha me falar de como devo educar minha filha.

- Castle posso não ter filhos mas fui filha única assim como Alexis e conheço muito bem as nuances de como agradar um pai e como conseguir muito dele.

- Kate não vou permitir que você queira me acusar ou a minha filha de termos um relacionamento de pai e filha baseado em troca de intenções ou favores. Nunca! - ela segurou a mão dele e cortou o momento tenso entre eles.

- Hey, Castle não é nada disso. Sua relação com Alexis é uma das mais lindas que já pude ver. Quem sou eu para opinar e criticar isso! Não mesmo. Eu apenas quero mostrar um outro lado da vida para ela. Quero dizer que ela não precisa me ver como uma ameaça. Nunca o vi como um pai ausente ou negligente. Você é um exemplo para qualquer pessoa. Uma das suas melhores qualidades. Espero um dia ver você fazer o mesmo com um filho nosso - pegou a mão dele nas suas, as últimas palavras de Kate quebraram um pouco a tensão entre eles - por favor, não fique com raiva de mim... Não quero ser vista como a namorada ou a esposa odiada por todos, não sou assim. Não quero que Alexis me veja como via a Gina. Você confia em mim, Castle? - os olhos verdes o fitavam intensamente, ansiando por uma resposta dele.

- Confio.

- Então não tem com que se preocupar. Não faria nada para te magoar, eu te amo ou você já se esqueceu? - Kate sorriu e ele retribuiu o sorriso.

- É sempre bom lembrar disso de tempos em tempos - ela beijou-lhe os lábios, Castle se redimiu do modo que agira com ela - Desculpe, eu exagerei. Não é sua primeira conversa com Alexis e as anteriores foram boas, claro que o contexto é um pouco diferente mas...

- Vai ficar tudo bem.

- Falou sério quando mencionou o filho? Você espera isso de mim?

- Sim, você não disse que quer muito ter filhos comigo? Eu quero formar uma família com você daqui a algum tempo... sei que você pode ser o pai perfeito para eles, desde que eu seja a mãe.

- Você já reparou que mesmo quando brigamos você arranja uma forma de me elogiar?

- Não comece a se gabar, Castle. Vamos para casa, temos um jantar em família e quem sabe mais tarde se o ambiente não estiver assim... – ela mordiscou a orelha dele - muito povoado a gente não aproveite a noite de outra forma? - piscou para Castle que sorriu.

- Queria arranjar um jeito de expulsar aquele Pi do meu loft...

Castle pagou a conta e de mãos dadas, eles seguiram para o carro.

No loft, Martha já arrumara a mesa para o jantar e saboreava uma taça de vinho. Alexis não estava na sala e a avó confirmou que estava no quarto. Pi estava remexendo nas bebidas de Castle à procura de algumas especificas para fazer umas batidas diferentes para a noite.

- Hey, Mr.C! Estou separando algumas coisas para alegrar a noite, gosta de drinks Agente?

- Gosto e já não disse para me chamar de Kate? Martha, está tudo certo? O restaurante confirmou a entrega?

- Claro, Katherine. Não tem com o que se preocupar. Sugiro que vá para o quarto, tome um banho e relaxe. A entrega está programada para as 8h. Não temos muito tempo. Como foi na rua? Conseguiram resolver o que pretendiam? Tem apenas um mês para finalmente vocês oficializarem a relação de vez e vou dizer que achei que Richard demorou muito para agir. Três anos para dizer o que sentia? Olha não sei como você ainda esperou por ele...

- Oh, mãe. Você sempre tão gentil em seus comentários, como uma porta devo dizer.

- Castle não fale assim da sua mãe. Eu também tive uma parcela de culpa nisso tudo.

- Sim, a teimosia. E até hoje não dá o braço a torcer para assumir que se apaixonou por mim primeiro.

- De novo esse assunto? – ela já olhou para ele meio debochada.

- Nossa, Mr. C pensei que o senhor era mais rápido. Será que Alexis puxou a mãe?

Castle arregalou os olhos e já ia dar uma resposta quando Kate apertou o braço dele o impedindo de revidar o comentário do rapaz. Além disso, antecipou-se para responder a pergunta de Martha e encerrar cada possível dúvida quanto ao relacionamento deles.

- Resolvemos algumas coisas importantes, o menu está escolhido, bolo , convites aprovados e enviados. Temos pouco tempo agora. E se quer minha opinião, eu não faria nada diferente do que fizemos. A espera nos ajudou a crescer e sanar algumas feridas que eram cruciais de resolução para estarmos prontos a darmos o próximo passo.

- Richard, cuide muito bem dela. Katherine é um diamante precioso.

- Obrigada, Martha. Vou tomar um banho.

- É acho que eu também – disse Pi.

Castle e Martha continuaram na sala. Ela reparou que o filho estava um pouco calado, algo que não era normal dele. Estava pensativo. Ela acariciou o braço dele e sorriu. Em seguida, perguntou a ele.

- O que foi kiddo? Tem algo te incomodando?

- Estou pensando...Kate quer conversar com Alexis, ela quer entender o porque da rebeldia de Alexis, ou melhor, ela diz que já sabe mas quer dar alguns conselhos a ela e com todo esse ciúme, essa raiva que ela parece ter de Kate agora, temo pelo pior.

- Richard, como pode pensar assim? Alexis é uma menina inteligente e com certeza está mexida com a situação mas se tem alguém capaz de aconselha-la, de mostrar o outro lado, esse alguém é  Katherine. Esqueça essa preocupação, a insegurança. Aproveite o momento em família, o fim de semana com a sua noiva e confie que você verá como o seu receio está equivocado.

- Está certo, ela pediu para confiar nela e eu confio. Vou fazer o que você sugeriu.

Por volta das oito, eles estavam reunidos na sala sentados no sofá e nas cadeiras espalhadas. A comida já chegara mas Martha como anfitriã não abrira mão de alguns petiscos e umas rodadas de bebidas. PI se apoderou do balcão e do liquidificador para testar drinques, serviu algumas misturas de frutas e gim para Kate que aproveitou a abertura pra puxar assunto com o rapaz.

- Essa mistura ficou muito boa. Você leva jeito. Já trabalhou como barman?

- Não! Sou amador, algumas receitas, misturas e a internet. Gosto de preparar, experimentar coisas novas por curiosidade mas preciso de cobaias porque não provo, não tomo nada alcoólico. Sou a favor da natureza, aproveitar o que ela tem a oferecer.

- Um ambientalista. Quer isso como profissão? – questionou Kate querendo achar uma linha de raciocínio para conhecê-lo melhor e buscar algo que possa ajuda-la com Alexis.

- Não, isso é algo que faço como cidadão. Quero ser arquiteto. Aquelas misturas de formas, cores e nuances me atraem. A mistura de tendências modernas e velhos traços como os dos castelos da Irlanda e da Espanha, arranha-céus, tenho muita curiosidade ver a arquitetura européia e compara-la com a modernidade de uma cidade como Chicago por exemplo.

- Nossa, Pi. Não imaginava que você gostasse disso. Acredito que temos mais em comum do que pensei. Gosta de obras de arte como pinturas e esculturas?

- Claro, ainda quero ir ao Louvre qualquer dia.

- Roma também é linda e tem cada construção suntuosa...- disse Kate.

Eles continuavam a conversa animada e Alexis mantinha uma certa distância observando a forma como Kate e seu namorado interagiam, ela evitava participar da conversa porque estava muito preocupada com o que Kate insinuara mais cedo, que gostaria de falar com ela a sós. Não sabia exatamente o que esperar dela e no fundo tinha consciência que o pai deveria ter comentado algo com ela, sobre seu comportamento e o desentendimento que tiveram a alguns finais de semana. Martha chamou a todos para sentarem-se à mesa. Por estar dando uma atenção maior a Pi, Kate se sentiu na obrigação de retardar sua ida à mesa de jantar para trocar algumas carícias com o noivo. Ela o abraçou e beijou-o por vários segundos.

- Agora estou melhor. Estava achando que você ia me trocar por esse cara aí...

- Hey! Você está com ciúmes de Pi? Por favor, Castle... – ela falava sussurrando para ele quase o repreendendo no tom de voz mas que no fundo era apenas implicância – venha antes que sua mãe nos repreenda. E posso dizer que se tirar um tempo para conversar com Pi, você poderá se surpreender. Por trás da inconveniência e do jeito meio abusado, existe alguém que aprecia cultura e arte, realmente uma boa influência para Alexis.

- Você está do lado dele agora? – Castle arregalou os olhos para ela quase indignado.

- Não é nada disso! – Kate revirou os olhos – tente interagir mais e vai entender.

O jantar estava uma delícia, Kate elogiou por várias vezes a escolha de Martha. Começaram a conversar sobre cultura e museus, Pi realmente parecia muito interessado no papo e até Castle trocou ideias com ele. Porém, Alexis permaneceu calada boa parte do tempo estava preocupada com o que viria pela frente. Para ela, Kate iria chamá-la logo após o jantar. Muitos risos e momentos descontraídos ajudaram a passar o tempo. Na hora da sobremesa, eles voltaram para sala menos Castle que se encarregou de fazer café. Curtindo o momento à base de sua bebida preferida, Castle perguntou a Kate sobre a programação de domingo.

- Pretendo ver junto com você alguns detalhes do caso, tenho certeza que vai ajudar no seu livro. Depois estava querendo dar uma volta na cidade, passear no Central Park. Não sei, estou aberta a convites.

- Ótimo!

- Engraçado, pensei que os pombinhos quisessem ficar na cama,namorar bastante - disse Pi,Kate não perdeu a oportunidade de alfinetar.

- E quem disse que só podemos namorar na cama?

Castle morreu de rir com a resposta de Kate, já Alexis não gostou nada resolveu se pronunciar.

- Eca! É do meu pai que vocês estão falando...

- Relaxa, ruivinha. A gente muda de assunto. Então agente,algum caso de terrorismo ou bombas e muitas mortes no FBI?

- Nada disso, Pi. O país está bem guardado - ela olhara com o canto dos olhos para Alexis, sentia o nervosismo dela - e você, Alexis a faculdade está te tomando muito tempo? Você me parece cansada e está muito calada.

- Tudo bem, eu realmente não dormi direito.

- Se quiser descansar pode ir, eu mesma fiquei cansada dessa maratona de resolver problemas de casamento. Prefiro correr atrás de bandido.

Alexis não entendeu direito a colocação de Kate,ela não disse que queria conversar com ela? Será que fora apenas uma forma de dar um recado? Tentar intimida-la? Se era isso, ela conseguiu. Não querendo dar a oportunidade a Kate de se lembrar da tal conversa, Alexis se levantou e após se despedir de todos e beijar Pi, ela subiu as escadas. Castle olhou intrigado para Kate. Ele também não entendera porque depois de toda aquela discussão com ele sobre a filha durante à tarde, ela sequer chamara a menina para trocar algumas palavras.

- Acho que vou aproveitar a deixa de Alexis e me retirar também. Me acompanha Castle?

- Claro.

- Boa noite a todos - disse Kate e seguiu para o quarto de casal com Castle atrás dela. Já sozinhos, ela ficou desfilando pelo quarto de lingerie enquanto desembaraçava os cabelos. Não se aguentando de curiosidade, ele comentou.

- Pensei que você fosse conversar com Alexis hoje. Era o que tinha em mente não?

- Sim, mas mudei de ideia ao ver que ela estava tão cansada. Minha conversa com Alexis não será um picnic e ambas precisam estar bem para que tenhamos resultados que agradem a nós duas. Amanhã quero te mostrar o que descobri do caso, tenho algo grande nas mãos.

- Mesmo? - ele pareceu bem interessado - o que descobriu?

- Amanhã, Castle... - ela tirou o soutian e vestiu uma camiseta surrada da NYPD, sorrateiramente ela engatinhou na cama até ele, roubou-lhe um beijo e aconchegou-se nos braços dele - estou cansada, que tal você me fazer uma daquelas suas massagens? Estou precisando.

- Hum, então sentiu falta das minhas mãos macias e eficientes? Tudo bem, vou levar em consideração que você veio de longe ansiando por isso eu vou satisfazer seu desejo.

- Mas você é metido! E rindo, ela logo gemeu ao sentir as mãos de Castle massagearem suas costas.

No dia seguinte, ela acordara cedo e se preocupou em preparar o café para todos. Fez panquecas,suco de laranja, colocou a mesa e estava começando a fritar os ovos e as fatias de bacon quando Alexis surgiu na cozinha.

- Bom dia, dormiu bem Alexis?

- Bom dia e dormir.

- Que bom! Você não quer tomar logo café? Pelo jeito o resto da casa vai demorar a acordar. Inclusive Pi. Desde que cheguei à cozinha, ele continua dormindo feito pedra e olha que fiz barulho.

- Ele é assim mesmo. Pode cair o mundo que o sono dele permanece inabalado - ela olhou para o sofá onde ele dormia e sorriu, Kate percebeu o olhar de apaixonada - acho que vou aceitar o seu conselho, me passa a panqueca?
Kate estendeu o prato para ela bem como o mel e a manteiga. Se serviu de uma caneca de café e colocou suco para Alexis. Retirou os ovos da frigideira e dividiu a porção para as duas. Kate mordiscava um pedaço de bacon enquanto Alexis devorava a panqueca.

- Sabe quando meu pai faz panqueca significa que é uma ocasião especial,ele a enfeita fazendo uma carinha smiley.

- Os pais sempre tem um jeito especial para mimar os filhos. Minha mãe todo domingo fazia um verdadeiro banquete. Ela preparava o prato preferido de cada um, comíamos tanto que muitas vezes nem almoçávamos, minha mãe perdia a noção de quantidade às vezes - por um momento Kate fitou o vazio e calou-se pensando na mãe, Alexis percebeu a mudança no semblante dela e falou.

- Entendo um pouco como se sente, eu praticamente não tenho minha mãe também, ela está viva mas falo porque ela não convive comigo e eu sinto falta assim como você deve sentir.

- É, tem razão. Sua mãe é meio doidinha mas gosto dela - vendo naquela conversa uma oportunidade de finalmente se entender com a garota, Kate faz um convite - que tal a gente deixar esse pessoal dorminhoco aqui e dar uma volta pelo bairro? SoHo é um lugar delicioso para passear especialmente na manhã de domingo. Vamos? De repente me deu uma vontade de comer um bolo de canela que tem na Dean & Deluca.

- Você quer ter aquela conversa,Kate? Por isso está me chamando para sair?

- Estou te convidando para passear o que não impede de continuarmos conversando. Vou me arrumar mas antes melhor escrever um bilhetinho pra os dorminhocos. Quinze minutos? - Kate não ia deixar Alexis escapar. E ela se viu incapaz de recusar o convite de Kate, se era pra conversarem que fosse logo.

- Quinze minutos.

Elas já caminhavam juntas pelo Soho pela Prince street. Iam na direção da delicatessen que Kate tanto gostava. As manhãs de domingo eram sempre alegres naqueles arredores. Crianças nas bicicletas, banquinhas de flores, vitrines coloridas e luxuosas das mais diferentes marcas e um clima de alegria no ar. Era hora de começar a mostrar o que pretendia a Alexis.

- Quando era mais nova, tinha dezesseis anos, eu adorava caminhar por um lugar bem parecido com esse mas na Europa. Roma tem um lugar tão charmoso quanto o SoHo. Eu lembro que acordava cedinho, de chapéu e óculos escuros para ir à padaria. Só que o local ficava a quase uma hora de onde eu estava hospedada e como ganhava pouco, não tinha muito dinheiro para transporte então caminhava, preferia gastar com doces italianos. Era louca pelas bombas de chocolate e os minis tiramisus. Sempre gostei de café, não foi um hábito que ganhei na polícia. Lembro quando pedi a meu pai para morar um tempo na Europa, fazer um intercâmbio. Ele disse: Katie, se quiser fazer essa viagem terá que juntar dinheiro para se manter e custear sua vida lá. No máximo posso comprar sua passagem porque sua mãe e eu não temos dinheiro para esse luxo se quisermos garantir a sua universidade. Ele achava que eu desistiria, pelo contrário, aquilo me motivou. Arrumei um emprego de garçonete à tarde e a noite trabalhava na bilheteria do cinema, me desdobrava nos estudos e ainda fazia alguns trabalhos escolares no fim de semana para alguns alunos preguiçosos. Fiquei um ano e três meses juntando grana. Verifiquei albergues e casas de família. Queria passar uns seis meses divididos especialmente entre França e Itália. Reservei estadia e coloquei meu dinheiro todo num envelope, tinha exatos mil dólares, o que era muito para a época – ela sorriu e calou-se por uns segundos tomando fôlego.

- Meu pai quase infarta quando anunciei que ele podia comprar a passagem. Como meus pais eram advogados e pregavam a justiça, a ética entre outros valores não podiam dizer não ao que haviam prometido antes, deviam honrar a palavra. E fizeram. Desde aquele momento eu tomei gosto por trabalhar e ganhar meu próprio dinheiro. A viagem a Europa foi uma das melhores experiências que tive na vida. Recomendo a qualquer jovem. Aprendi muito na vida, sofri baques e cresci. Sempre gostei de um desafio. Não é fácil você ter sua vida toda planejada e de repente um golpe do destino a vira de ponta cabeça. Perde-se o chão, o rumo. Muda você. E de futura advogada, eu me transformei em policial. Escolhi fazer justiça não escrever sobre ela.

Kate calou-se por um momento como se precisasse daquela pausa para se recompor, suspirou. Alexis que até ali mantinha-se calada, perguntou.

- Porque você está me contando tudo isso,Kate? - ela parou na calçada e fitou a mulher a sua frente, tinha os olhos mareados pelas lágrimas.

- Vem, estamos quase chegando, já é a outra esquina.

- Não vai responder a minha pergunta? - Kate permaneceu calada por uns instantes e então falou.

- Vou responder, sentada a frente da Dean & Deluca saboreando o meu pão de canela e um latte.

Alexis não disse nada e elas chegaram à padaria. Kate fez seu pedido e comprou o mesmo bolo para Alexis. Sentaram-se uma de frente para outra. E educadamente, ela cumpre o que prometera.

- Tive muitas experiências valiosas na vida, briguei, prendi pessoas, escapei da morte mais de uma vez, encarei de frente os meus problemas, os obstáculos. Sofri, fui ao fundo do poço e me redescobri. Essa é a mulher que me tornei. Sou forte e insegura, cheia de dúvidas e anseios. Minhas escolhas me trouxeram até aqui, a minha profissão, ao seu pai. Foi um caminho longo que na verdade está somente começando e estou feliz,muito. Eu vivi e continuo vivendo cada fase da minha vida. Alexis, quero te fazer uma pergunta. A sua resposta pode mudar o rumo da nossa conversa. O que você vê para seu futuro? O que se imagina fazendo daqui a cinco anos?

Alexis estava nitidamente surpresa. Que pergunta era essa e porque isso importava na conversa delas? O mais estranho para Alexis era que por mais que pensasse não conseguia achar uma resposta. Isso a apavorou.

- Difícil não? - Kate via a interrogação no rosto dela - se você responder não sei, não é problema. Você tem apenas dezoito anos, não deveria ter o fardo de decidir o que quer fazer pelo resto de sua vida agora. Não tem experiência de viver.

- Mas essa pergunta não pode ficar sem resposta, eu estou na faculdade em cinco anos estarei trabalhando em um hospital como interna.

- Tem certeza? Eu também pensava como você estaria fazendo teste para a Suprema Corte. Mas não foi o que aconteceu,meus planos mudaram.

- O que você quer insinuar com isso?

- Que às vezes o destino nos prega peças e como nós reagimos a essas mudanças no meio do caminho, define quem somos. Eu aprendi da maneira mais difícil, perdendo minha mãe. Gostaria tanto que ela estivesse aqui comigo mas essa foi a maneira que a vida escolheu para me ensinar a ser forte, a crescer. Eu não sou uma pessoa que acredita no extraordinário, mágica, coincidências, normalmente essa é a função do seu pai. Castle é quem gosta e vive um pouco de fantasia. Eu o admiro por isso e de certa forma ele me completa por eu ser uma pessoa tão realista e racional – ela tomou o ultimo gole do café e abriu o seu coração – Alexis, de uma mulher para outra, eu amo seu pai. Castle é a pessoa que eu escolhi para passar o resto da minha vida mas como mulher, eu tenho medos e inseguranças. Eu não posso ignorar você e sua importância na vida dele. Sei que no momento, tudo isso parece muito confuso mas quero que saiba não estou aqui para tirar seu pai de você, substituí-la no coração dele, na vida, nunca poderia fazer isso. Você é a filha dele. Nunca poderia competir com isso nem quero. Porém, Alexis sinto que você está perdendo uma época maravilhosa da sua vida! O fato que você tem dúvidas sobre como responder a pergunta que te fiz é a maior prova disso. Você precisa viver, experimentar coisas novas, se perder um pouco. Andar com as próprias pernas.

- Você está me mandando embora?

- Não estou dizendo que você deveria aproveitar a vida, fazer seu caminho com suas decisões. Você tem dezoito anos, sempre morando com seu pai, inteligente e responsável muito mais do que seu pai em vários momentos mas essa é a questão, Alexis. Você vem sendo adulta por um bom tempo, será que não está na hora de se rebelar um pouco, sair das asas do seu pai e viver. Porque não para os estudos, faz uma viagem, sei o quanto isso pode te fazer bem. Conhecer o mundo. Aposto que Pi adoraria fazer uma viagem como mochileiros, então porque não ganha mundo? Tenho certeza que seu pai daria as passagens e algum dinheiro para começarem e depois é tudo aventura, por conta de vocês.

- Como você ousa fazer isso? Dizer isso para mim? Você quer me ver longe? – sim, Alexis entendeu tudo errado e começou um festival de acusações para cima de Kate – você não precisa me ter distante porque isso já acontece hoje. Você roubou meu pai de mim! Ele não tem qualquer interesse nas minhas coisas, na minha vida. Tudo o que interessa a ele são casos, o distrito, os livros e agora DC. Passa mais tempo lá do que em sua própria casa. E se não bastasse tudo isso, ainda tem a droga dos preparativos desse casamento. Tudo gira em torno de você, Kate! Tudo! – Alexis estava vermelha e uma lágrima escorria pelo rosto alvo, os olhos azuis estavam envoltos em lágrimas prestes a cair – você não precisa me expulsar da cidade, ele só tem olhos para você, só pensa em você. Nenhuma vez ele sentou para ter uma conversa civilizada ou para conhecer Pi. Ontem, por sua causa ele conversou com o meu namorado e sabe o que ainda pior? Pi adorou você! Como você acha que me sinto? Tudo é Kate, Kate,Kate! É o meu pai! Meu namorado! Não pense que pode chegar e jogar charme pra conquista-los porque não vou deixar.

Kate suspirou fundo. Era a sua vez de mostrar o quanto Alexis estava errada justamente por ter uma visão deturpada da situação nesse momento. Emoções a flor da pele, hormônios e uma vontade imensa de provar que podia mais.

- Chega, Alexis! Você estar com ciúmes, eu entendo. Você se sentir ameaçada por mim? É ridículo! Escute o que vou dizer. Sei o que é ser uma filha única e sei todos os truques para se conseguir o que quiser de um pai, acredite já fiz isso e muito. Já me rebelei na vida, então gritar e me acusar não tornará as coisas melhores para o seu lado, no máximo a deixará um pouco melhor por despejar esse caminhão de acusações sobre mim. Você não precisa ter ciúmes e nem se sentir ameaçada por mim. Eu amo seu pai, Alexis. Demais. Eu nunca irei substituí-la no coração dele. Já estou sendo até repetitiva. Não sou a competição, sei que diante das circunstâncias eu pareço a vilã da história porque as atenções deles estão voltadas a mim. Eu quis conversar com você porque imagino como você se sente. Não sou o inimigo, Alexis. Quero dizer que haverá momentos em que você precisará de uma amiga, de uma figura feminina e não será sua avó. Falo por experiência própria. É isso que quero ser para você, quero que me veja como uma amiga, uma espécie de irmã mais velha. Entender as dúvidas, dividir os problemas, quero te ajudar – ela viu a menina à sua frente torcer a boca em várias das suas palavras, então Kate partiu para o cheque-mate – o amor que tenho por Castle é imenso, faço qualquer coisa que puder para vê-lo feliz mas isso não significa que estou disposta a abrir mão da minha felicidade. Para seu pai, você será sempre uma garotinha de seis anos, indefesa. Para mim, você já uma mulher que entende o que é estar apaixonada, o que é um relacionamento e se a menina inteligente, independente, responsável e sagaz que eu aprendi a admirar ainda é a mesma agora num corpo de mulher, então não há errado entre nós. Caso contrario, você não é a pessoa que eu pensei que fosse, por quem eu criei afeição e admiração.

Kate estava séria, o olhar penetrante caia sobre Alexis. As palavras de Kate tiveram o impacto desejado. A garota mal respirava. Sentia-se mal pelo que dissera a Kate, ela que algumas vezes intercedeu junto ao seu pai a seu favor, essa admiração que lhe era desconhecida. Sim, ela amava seu pai. Salvara sua vida várias vezes, o defendia e lutava por ele. Alexis suspirou e criou coragem para responder a ela.

- Kate, eu... eu sinto muito. Te devo desculpas. Não devia ter dito as coisas que disse, as acusações. Foi errado e infantil da minha parte, sei que ama meu pai e qualquer um vê que é recíproco. Eu também o amo demais e a única coisa que espero de você é que o proteja, impeça-o de querer bancar o herói. Ele não é você, é apenas um escritor brincando de policial. Um nerd que pensa ser capaz de salvar o mundo.

Kate sorriu, agora estavam chegando a algum lugar.

- Essas palavras combinam mais com a Alexis que conheço. Ele não vai bancar o herói, não ao meu lado. Irei protegê-lo sempre Alexis, mesmo que tenha que pagar com a minha vida. É quanto eu o amo, sou capaz de dar minha vida por ele. Prometo que cuidarei dele.

- Obrigada, me sinto meio idiota por tudo que falei – Alexis sorriu pela primeira desde que começaram a conversar – Kate, porque você estava insistindo na viagem? Era apenas um pretexto para essa conversa?  

- Não é pretexto, acredito que essa viagem é uma excelente oportunidade para você. Ainda é tão nova, pode viajar, conhecer e explorar culturas. Acho que Pi adoraria te acompanhar nisso. Não sabia que ele queria ser arquiteto. Meio que me surpreendi.

- É ele fica horas admirando curvas de prédios, cores, lâmpadas. Se deixar ele te explica o que significa cada pedaço de um prédio – Kate reparou na carinha dela, de apaixonada – New York é um paraíso para ele admirar.

- Conheço essa cara, Alexis. Esse brilho no olhar. Você gosta dele – Alexis ia falar mas Kate a impediu – não adianta disfarçar, reconheço tudo isso porque me sinto assim, está apaixonada. O que vejo no seu rosto é o mesmo que vejo no meu sempre que Castle faz ou diz aquelas coisas bobas que somente ele sabe fazer. É uma sensação maravilhosa. Se dê uma chance, uma nova vida.

- Você fala como se fosse algo muito fácil. Já estive apaixonada antes, pelo menos acho que estive mas é diferente com Pi. Me sinto dependente dele, espero sua opinião, conto com ela. Sempre espero ansiosa pelo momento de encontrar com ele. Agora tudo parece ser mais intenso que antes.

- Como eu disse, está apaixonada. Sei disso pelo seu meio sorriso, a forma como fala de Pi. É como eu me sinto só que no meu caso já estou em outro nível, o que sinto pelo seu pai é amor e desejo. Você já ouviu canções e pensou isso é tão eu e Pi? – Alexis assentiu – então, essa é outra prova de que está apaixonada, todas as músicas fazem sentido. Porém, dessa vez é um pouco diferente. As coisas estão amplificadas, hormônios, você está em um outro momento. Não é mais uma adolescente. Você e Pi já? – Alexis fica vermelha e nega balançando a cabeça por várias vezes – certo, não precisa ter pressa. Quando acontecer faça com que seja com alguém especial.

- Como Pi?

- Talvez, como Pi. Apesar do jeito meio estranho e desencanado, de ser bagunceiro, ele gosta de você. Pode ser a pessoa que tope fazer algo diferente ao seu lado. Não apresse as coisas e sim, ouça seu coração – Kate checou o relógio, já estavam a mais de uma hora ali – acho melhor voltarmos, aposto que tem alguém bem nervoso com nossa ausência.

- Mas seu celular nem tocou... – Kate mostra a tela do iphone, três chamadas perdidas de Rick Castle e um what’s app. Alexis riu. Elas se levantaram e começaram a caminhar no rumo de casa. Trocavam ideias sobre coisas menores e comentavam o que viam na rua. Na esquina do loft, Alexis a segurou pelo braço.

- Só queria te agradecer novamente e pedir para esquecer aquele showzinho que fiz. Não vai acontecer de novo.

- Já esqueci e quando quiser conversar sabe como me encontrar.

- Kate, você acha que o meu pai aceitaria se eu trancasse a faculdade e fosse para a Europa como mochileira com Pi?

- Não sem antes fazer um drama bem ao estilo de Castle, mas posso dar uma ajudinha nesse assunto – e piscou para ela.

Quando entraram em casa, Castle as esperava no sofá. Com um pouco de drama, ele tentou arrancar qualquer informação delas mas Kate o cortou. Mais tarde, na hora do almoço, eles voltaram a falar de viagens e como prometera, Kate deu um empurrão no assunto com Castle que agira exatamente como ela previra. Nada ia ser resolvido assim, de uma hora pra outra mas Kate deixou a opção de Alexis viajar depois do casamento. Isso encerrou o assunto por enquanto. Alexis e Pi saíram no meio da tarde de volta ao campus, deixando o loft apenas para eles já que Martha saiu junto com eles com destino aos Hamptons. A sós, ele podia finalmente desfrutar de algumas horas com a sua fiancé.

- Estou vendo que você conseguiu dobrar Alexis. Fiquei receoso que vocês brigassem, se desentendessem feio mesmo.

- Não foi tão simples mas eu esperava por isso. Tudo ficou bem depois e você não pode querer jogar areia nos planos dela, Castle. Deixe-a fazer seu próprio destino.

- Eu não sei, Kate. Isso pode dar errado e esse cara...

- Hey, eu sei. Não vai dar errado – ela acariciava o rosto dele – e mesmo que isso aconteça, Alexis aprenderá como resolver. Você precisa dar um crédito a ela. Quantas vezes, ela o surpreendeu de uma forma boa?

- Várias.

- Então é isso. Agora estava pensando em fazermos outra coisa – ela se aproxima dele, envolve seus braços ao redor do pescoço dele, roça o nariz na pele do pescoço inalando o cheiro da loção pós-barba – sabe, hoje pela manhã quando preparava o café, escutava uma música tão gostosa, um jazz. Pensei que nós quase nunca dançamos assim juntinhos, quer dizer faz tempo. Estou com vontade de fazer isso antes do nosso casamento. Que tal agora?

- Se é isso que deseja, me dá só um instante... – Castle se distanciou dela e foi até o som. Pegou o ipod e procurou a música desejada e os acordes de “I can give you anything but Love” começaram a tocar, voltou a te-la em seus braços – era algo assim que você tinha em mente? – ela respondeu mordiscando o lóbulo da orelha dele – ótimo. Lembra do caso que trabalhamos, o da borboleta azul? Essa era a música deles, Vera e Joe. Eu não imaginei um final como aquele. Por se tratar de uma época de gangster, dinheiro e morte, realmente acreditei que a joia fosse verdadeira.

- É, você adorou aquilo não? Você até imaginou que éramos os dois e nem estávamos juntos naquela época – ela acariciava as costas dele com as mãos e beijava a mandíbula enquanto mantinha o ritmo da dança - o mais interessante é ver que o casal não se importava com a borboleta azul. Eles já viam através de nós, sabiam do nosso sentimento e nos chamaram de cegos. Hoje entendo o que Vera quis dizer quando a joia não importava, apenas o amor dos dois. Me sinto assim.

- Como?

- Me sinto amada, leve. Aqui dançando com você, não há outro lugar onde gostaria de estar.

- Mesmo? Ouvi direito? Kate Beckett se declarando e agindo romanticamente? Gosto de saber disso – eles continuaram dançando no compasso lento. Kate fechou os olhos. Sorriu. Pela janela do prédio vizinho, uma lente de longo alcance filmava e fotografava os dois. Constantemente vigiados sem se darem conta em um momento íntimo. A canção acabara e Castle a tomou em um beijo demorado – acredito que podemos ir para o quarto não? Fazer um outro tipo de dança... hum?

- Uma outra dança? Porque não? Vem... – ela o puxou pela mão rumo ao quarto, mas ela não queria fazer amor de um jeito tradicional. Ela queria algo mais sedutor. Colocou-o sentado na cama de frente para ela. Calmamente, foi tirando as peças de roupas que vestia, uma a uma, até ficar completamente nua. Aproximou-se dele e ergueu a camiseta jogando-a no chão. Colando seu corpo no dele, ela sorveu a boca com vontade fazendo Castle gemer enquanto a pele de ambos se tocavam. Ela quebrou o beijo e subiu na cama abraçando-o por trás e deixando as mãos vagarem no peito nu dele. Roçava os dentes na nuca dele ao mesmo tempo que os dedos apertavam um dos mamilos. Distribuía beijos ao longo do ombro dele. As mãos chegaram até o elástico da cueca boxer, provocando Kate afastou o elástico para introduzir ambas as mãos a procura do membro dele. Estava excitado. Ela segurou-o nas mãos e brincou com ele enquanto mordiscava o lóbulo da orelha dele. Os gemidos agora chamavam por ela.

- Kate....o que...

Ela tirou as mãos de dentro do boxer e se afastou dele. Levantou-se da cama e tornou a ficar na frente dele. Com ambas as mãos, ela segurou o boxer e puxou até que a peça estivesse ao chão. Olhou para ele e sorriu. Deslizou as mãos pelas coxas dele e tomou o membro dele novamente nas mãos, acariciou a cabeça do pênis dele e provou-o arrancando um gemido automaticamente dele. Por algum tempo ela ficou ajoelhada apenas dando prazer a ele. Quando percebeu que ele estava no limite, ela tirou-o da boca e ergueu-se do chão. Beijou-o nos lábios sensualmente e quando Castle pensou que ela o empurraria na cama, ela o surpreendeu ficando de costas para ele e sentando sobre ele. Castle agarrou a cintura dela penetrando-a. Foi a vez dela gemer ao senti-lo dentro de si. Ele beijava o pescoço dela e as mãos envolveram os seios dela. Apertava os mamilos dela e Kate virou os lábios para encontrar os dele envolvendo-o em um beijo ardente e sufocante, cheio de desejo.

Em questão de minutos, ela foi tomada por uma explosão capaz de fazer seu corpo todo tremer apenas com os braços de Castle para lhe segurar porém, ele não somente a segurava como a provocava. Ele a virou inclinando o corpo dela um pouco de lado a fim de ter livre acesso para inclinar a cabeça e sugar-lhe um dos seios com os lábios, tudo isso sem deixar de mover-se dentro dela. Kate gemeu alto ao sentir a ponta da língua provando seu mamilo. Ele a segurou pela cintura e afastou-a de seu corpo deixando um vazio incomodo.

Castle a fez virar-se para ele e ela decidiu subir na cama novamente apoiando se no joelho e dessa vez com ele entre suas pernas o empurrou contra o colchão subindo nele e se entregando ao prazer novamente. Minutos depois, o orgasmo a atingiu e eles se enroscaram um no outro esquecendo de tudo lá fora.

Na manhã de segunda, Kate remarcou sua passagem para a noite e sentados na sala, ela mostrou a ele o que descobrira sobre as contas e onde tinham-na levado, o Capitólio indicava a grandeza do caso que naquele momento era ignorado pelo próprio FBI. Kate sabia que seu próximo passo era checar os locais identificados através do código que Castle descobrira. Ele estava intrigado e não conseguia esconder o fato de também estar preocupado.

- Kate, o fato dessas transações levarem a um IP do Capitólio, eu não sei, me parece... somente vejo duas explicações para isso. Seu técnico errou na identificação do IP ou você está mexendo em algo bem maior do que imaginava.

- Eu já desconfiava que esse caso poderia ser mais do que pretendem que ele seja mas não pensei que me depararia com uma possível fraude americana tão grande, envolvendo políticos americanos. Alguns agentes e chefes corruptos eu posso entender mas quando existe uma ligação entre a máfia chinesa e alguém do alto escalão do governo, é sinal que a ética já foi esquecida a um bom tempo.

- Honey, será que você deveria continuar investigando esse caso, quer dizer, e se isso se voltar contra você? Não gosto de pensar na possibilidade de você estar sozinha em DC investigando algo que não conhecemos a dimensão.

- Castle, eu sei me cuidar. Já me virava sozinha muito antes de você entrar na minha vida e se tornar meu parceiro.

- Ainda assim, não estou gostando disso. Acredito que seria melhor você relatar ao seu superior o que descobriu e pedir ajuda para continuar com esse caso.

- Não posso simplesmente chegar com uma investigação pela metade e dizer ao meu superior que temos um caso grande se não há evidências maiores da ligação da máfia com alguém que nem sei quem é no Capitólio. Eu preciso ter mais evidências para ir até ele e convencê-lo da importância do caso.

- Só estou dizendo que ficaria mais tranquilo se soubesse que você não estava se arriscando no escuro – ela viu a ruga de preocupação formada na sua testa, inclinou o corpo e quase encostou o nariz com o dele, beijou-o e sorriu ao vê-lo demonstrar esse carinho.

- De onde veio tudo isso?

- Eu não sei ao certo, um palpite, um sentimento...ou como você diz...

- Instinto – ela passou o polegar nos lábios dele - Você fica ainda mais bonito preocupado comigo... mas nada vai acontecer. De qualquer forma, eu ainda durmo com uma arma, Castle. Velhos hábitos não mudam – ela brincou com os dedos no rosto dele e sugeriu - Que tal irmos nos arrumar, saímos para almoçar, passeamos no Central Park e você me deixa depois no aeroporto.

- Parece um bom plano.

Eles saíram e aproveitaram o resto da tarde juntos. No saguão do La Guardia, após um milhão de recomendações de Castle e vários beijos de despedidas que não pareciam ter fim, ela finalmente entrou na área de embarque não sem antes dizer “Eu te amo” para ele. A espera do voo decolar, ela recebeu uma mensagem dele dizendo “miss u” a qual respondeu com uma leve lembrança para ele “não por tanto tempo, você não vai me escapar dia 09, te vejo no altar, Cas!”.


Washington


Kate estava ávida para retomar o caso da máfia. Sua cabeça fervilhava de teorias depois que discutiu a situação do caso até ali com Castle. Existia sim a possibilidade de seu técnico ter se enganado quanto ao IP, assim como existia a chance de alguém estar querendo incriminar uma pessoa poderosa do governo além de outras tantas pensadas por eles no dia anterior. Independente do que seria a verdade, Kate tinha o dever de descobri-la pois não importava o resultado final, aquele era um crime contra o patrimônio americano.

Ela caminhava pensativa pelos corredores do escritório rumo a sua mesa com um copo de café nas mãos quando o agente que sentava a seu lado informou que seu superior estava à sua procura. Agradecendo, Kate deu meia volta e seguiu para o gabinete de seu chefe. Dependendo do que ele quisesse dela, Beckett estava disposta a informar que tinha uma investigação trabalhosa e importante pela frente.
Infelizmente, Beckett sequer teve a oportunidade para argumentar qualquer coisa. Havia um problema bem maior para ser resolvido, uma ameaça de invasão e quebra de sigilo na embaixada russa em Washington que fazia o FBI suspeitar ser obra de um ex-funcionário do serviço secreto americano. Para essa investigação, foram selecionados apenas três agentes do bureau para trabalhar em conjunto com a CIA e o critério foi a sagacidade e o raciocínio lógico e prático. Beckett ficou impressionada com a sua escolha para integrar o time levando em consideração o pouco tempo de casa que tinha. Diante da confiança e da oportunidade que lhe foi apresentada, Beckett não teve escolha senão entrar de cabeça na investigação proposta. O caso da máfia teria que ser colocado de lado um pouco mais.

Como era de se esperar, a investigação tomava todo o tempo possível do seu dia muitas vezes entrando pela noite. Em duas semanas, ela conseguiu falar com seu noivo três vezes e por facetime muito rapidamente por conta do cansaço. Por causa da proximidade do casamento, ela precisava trabalhar o máximo que pudesse para encerrar sua participação no caso o quanto antes e por esse motivo, Castle desconsiderou sair de New York para ficar com Kate em DC.

Ela negociara com o seu superior a ausência do bureau a partir do dia 06 de maio e mais os cinco dias que tinha direito por lei devido ao casamento porém nada de lua de mel por enquanto. Na semana que antecedia a data, Beckett começava a sentir os efeitos que qualquer noiva estava sujeita. Para piorar sua situação, o caso estava entrando em um momento critico e a pressão sobre ela estava muito pesada mesmo para Kate Beckett. Acordava no meio da noite em meio a pesadelos diante do altar, ou com seu vestido rasgado, o Buffet estragado e até mesmo sonhou com uma ameaça terrorista em pleno Hamptons. Em uma dessas madrugadas, ela ficou tão nervosa que ligou para Castle chorosa.        

- Yes...

- Castle, eu não posso... – ao ouvir a voz chorosa dela do outro lado da linha, um alerta acendeu em sua mente e ele despertou da letargia do sono preocupado com ela e já pensando que algo realmente ruim havia acontecido.

- Kate, está tudo bem? Você está ferida?

- Não, Castle... eu tive pesadelos, eu...oh, Castle eu estou tão cansada. Como está andado o Buffet, houve comida estragada será que Mandy está fazendo tudo certo? – havia pânico na voz dela - E a hospedagem, todos tem onde dormir?

- Kate, por favor. Você pode parar com isso, está tudo sob controle. Mandy sabe o que está fazendo. Gorgeous, você está apenas envolvida demais com todo o casamento. É natural ficar nervosa.Se não ficasse aí eu me preocuparia, você está sendo uma noiva.

- Mas Castle eu não posso, esse caso, o casamento e se eu não estiver disponível? E se perdermos a data e tudo e....

- Shhh, Kate vai ficar tudo bem. Você virá na próxima semana para New York e casaremos na data que escolhemos. Não vou fugir de você, porque fugiria de mim? Você precisa desacelerar honey. Para o seu próprio bem – ele a ouviu suspirar fundo do outro lado da linha, sorriu – melhor?

- Sim, desculpa. Normalmente não me deixo levar pela emoção ou pressão.

- Essa não é uma situação normal. É o nosso casamento. Ficar nervosa faz parte do pacote. Agora, relaxe e volte a dormir. Você verá que logo estará aqui em New York, ao meu lado pronta para dizer sim.

- Como pode ficar tão calmo? Esquece! Não é sua primeira vez.

- Tem razão, não é minha primeira vez, na verdade estou disfarçando para que você se mantenha calma. Casar com você é a coisa mais importante que farei na minha vida. Vá dormir, Kate. Você tem um caso para encerrar. Boa noite.

- Tomorrow?

- Always. Um beijo.

Desligando o celular, ela fechou os olhos por uns instantes e pensou como gostaria de poder abraça-lo nesse momento. Mas Castle tinha razão. Ela precisava se recompor, fechar sua participação no caso e voar para New York onde estava prestes a se tornar a Mrs. Castle. Com a nesga de um sorriso nos lábios, ela tornou a adormecer.


Uma semana depois...


O caso estava nas mãos da CIA. Todo o trabalho requisitado pelo serviço americano fora feito e acabado. Ela recebeu juntamente com os colegas o reconhecimento pelo árduo trabalho. Dispensada em seguida pelo seu superior, Beckett tinha algo muito importante pela frente. Ela precisava pegar um avião e selar de uma vez os votos do matrimônio com Rick Castle. O que a lembrara, ainda não escrevera seus votos.  

Assim que alcançou o desembarque no aeroporto, ela o viu esperando com um olhar ansioso à procura dela entre as milhares de pessoas que pareciam multiplicar-se naquele saguão. Ao vê-la caminhando com a classe e a postura de sempre, ele perdeu o semblante sério que usava e abriu o sorriso mais lindo que ela podia receber. Como ela sentiu falta daquele rosto e de todas as sensações que ele era capaz de proporciona-la. Frente a frente com ele, Kate rendeu-se e jogou-se em seus braços apertando-o com força contra seu corpo. Ao cruzarem os olhares novamente, Castle entrelaçou seus dedos aos dela e perguntou.

- Pronta para se juntar a mais nova aventura e excitante aventura das nossas vidas?


- Mal posso esperar. 


Continua....