quinta-feira, 26 de maio de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.39

Um capitulo....fluffy! kkkk



Cap.39
Dois dias depois...



Brennan estava no seu escritório do Jeffersonian. Não tinham um caso e ela não possuía muito trabalho por isso decidiu escrever um pouco mais em seu diário. Desde a festa, não tivera tempo de refletir sobre o que acontecia na sua vida.



“A festa de lançamento do meu novo livro foi um sucesso. Confesso que estava nervosa. Não pelo livro em si, pela importância da festa para mim e Booth. Não sabia como ele iria receber a dedicatória que ela fizera para ele. Fora um movimento ousado porque ele não era o único que iria le-la. Eu simplesmente declarei meu amor por ele para o mundo todo. Não me arrependo. Fiz porque é o que sinto, é a verdade. Ver o sorriso dele foi a melhor coisa que me aconteceu naquela festa. Isso e, bem, a nossa escapada no camarim.

Nossa festinha particular também rendeu. As vezes, fico pensando que estamos entrando em uma fase crítica, somos praticamente ninfomaníacos! O que posso fazer? É tão gostoso... estou plenamente satisfeita sexualmente. E de forma geral também. Aprecio bastante essa vida de casal.

Ainda não sei o que o Booth achou da história. Ele ainda não terminou de ler. A curiosidade me consome porém não posso apressá-lo. Paciência, Temperance. Minha editora comentou que talvez deveria ir a Los Angeles para uma noite de autógrafos, ainda não decidi se aceitarei. Uma coisa é certa, não irei sozinha. “



Os dias passavam corridos mas sem grandes novidades, poucos casos apareceram e de certa forma não tiveram muito o que se preocupar. Uma semana depois, Brennan estava em casa. Era sábado e ela acordara cedo para arrumar a casa. Booth dormia ainda ou pelo menos era o que ela imaginava. Tinha acabado de passar pano na cozinha quando sentiu os braços de Booth a apertando por trás.


- Booth! Estou toda suada...

- Não me importo. Bom dia...

Beijou a nuca dela e puxou-a contra o seu corpo. Brennan pode sentir o membro dele já animado aquela hora da manhã. Sorriu. Deixou que ele a tocasse. As suas próprias mãos alcançaram as dele.

- Acordou animado?

- Você que me deixou sozinho na cama... sabe que eu acordo se você não estiver ao meu lado.

Ela virou-se para ele e beijou-o nos lábios.

- Alguém tem que limpar a casa...

- Você é rica, Bones. Contrate uma faxineira.

- Eu tenho uma faxineira mas ela não trabalha dia de sábado. Afinal, o que você quer fazer de tão importante que teve que interromper minha faxina?

Ele beijou-a novamente nos lábios e mordiscou em seguida o lóbulo da orelha dela.

- Quero aproveitar para parabenizar minha escritora preferida.

- Você terminou o livro?

- Terminei, ontem.

- E porque não me disse?

- Porque você já estava dormindo e não quis te acordar.

- Mas eu acordei você mais tarde para ... bem você sabe pra que.

- Por isso mesmo, você me acordou para outra coisa.

- Você gostou mesmo?

- Se gostei? Adorei! Não só pelo que você fez com a Kathy e o Ryan mas principalmente por saber que a inspiração veio de nós, e foi todo seu o mérito de escrever.

- Você também é responsável por isso, Booth. Como você mesmo disse, tive uma ótima inspiração.

- E agora vamos comemorar!

Ele agarrou-a novamente e tascou um beijo nela. Os polegares roçaram nos seios dela instigando. Ela gemeu.

- Não... Boothie estou suada, suja...preciso de um banho.

- Eu posso trabalhar com isso.

Ele a suspendeu nos braços e a levou ao banheiro. A água gelada caía sobre as suas cabeças tentando amenizar o calor que emanava dos seus corpos. Eles fizeram amor e tomaram banho e ao voltar para o quarto tornaram a fazer amor. Essa era a rotina deles de final de semana e não se cansavam disso.


Um mês depois...


Brennan estava trabalhando em uma ossada de uma menina. Todas as vezes que as vítimas eram crianças, ela sempre tratava o caso com outros olhos, com mais cuidado e mantinha uma distância redobrada para não tornar-se emocional durante o processo de análise. Nessa situação, ela se dedicava com intuito de resolver o mais rápido possível o assassinato. Já passava das 9h da noite e ela estava sozinha no laboratório. Estava tão concentrada observando uns ossos no microscópio que nem viu Booth chegar. Ela sentiu o cheiro de comida fazendo seu estômago reclamar. Ao elevar a vista do equipamento, ela viu booth escorado na mesa de análise olhando para ela.

- Booth! Você me assustou.

- Oi, Bones.

- Faz tempo que você está aí?

- Nem cinco minutos. Desculpe se assustei você. Decidir vir aqui pois sabia que você não iria pra casa tão cedo. Apesar de não poder ajudar muito, posso te fazer companhia. O que você descobriu?

- Ela tem multiplas fraturas nas costelas e o martelo está quebrado. Ainda não sei o que aconteceu com ela mas quem quer que tenha assassinado essa criança não teve um pingo de dó. Eu diria que além de assassino, essa pessoa deve ser muito alterada, não em seu juízo perfeito.

- Tão ruim assim?

- Sim, eu não gosto de casos infantis Booth. Preciso terminar isso logo. O quanto antes a justiça for feita melhor.

- Eu sei como se sente, Bones. Mas se você quer ajudar essa menina não é virando a madrugada que vai conseguir, você precisa descansar.

- Já fiz isso antes, você sabe e...

Ela respirou fundo. Aquele cheiro a estava incomodando. Sentiu um nó se formar na barriga e o gosto da bile na garganta.

- Que cheiro é esse?

- Ah, então como eu ia dizendo, você precisa descansar e se alimentar. Trouxe tailandesa. Sei o quanto você gosta e trouxe uma porção extra de bolinhos doces que você tanto gosta. Vem, podemos comer na sua sala.

Ela largou os ossos e tirou as luvas. Fechou os olhos e levou a costa da mão ao nariz, estava enjoada com esse cheiro. Booth a viu caminhar para longe da plataforna e sabia que a convencera. Pegou a sacola de comida e foi para a sala dela. Não percebeu que ela não o seguira. Arrumou tudo na mesinha na frente do sofá. Brennan foi ao banheiro.

Ela estava zonza. O gosto da bile tomou sua boca e ela colocou-a para fora. O que estava havendo com ela? Lavou o rosto, olhou-se no espelho e lembrou que Booth estava esperando por ela. A memória trouxe de volta o cheiro de antes e ela provocou novamente. Só então deu-se conta do que poderia estar acontecendo com ela. Voltou a sua sala e viu Booth comendo um dos pãezinhos.

- Ai, está você. Senta aqui pra comer, amor.

- Booth eu não vou conseguir...

O cheiro agridoce da comida estava no ar, penetrou levemente pelas suas narinas trazendo a sensação de enjoo novamente. O corpo cedeu e reagiu, a pressão caiu repentinamente e ela segurou-se no ombro dele para ter equilíbrio.

- Hey, Bones... o que aconteceu? Está tudo bem?

- Eu preciso me sentar.

Ele a ajudou a sentar no sofá. Ela estava pálida. Booth pegou o copo de coca-cola. Ofereceu a ela. Brennan bebeu um gole e respirou fundo. As mãos ainda tremiam depois do ocorrido.

- Vai me dizer o que está sentindo, Bones?

Ela olhou para ele e sorriu. Mordeu os lábios. Estaria certa dessa vez?

- Estou enjoada,Booth. Senti tonteira e tudo por causa da comida.

- Não? Sério? Bones você está grávida?

- Não sei Booth, é uma possibilidade mas não quero trabalhar com suposições. Talvez seja apenas cansaço, esse caso está mexendo com minhas emoções. Nem me alimentei direito.

- Oh, Bones você está grávida!

Ele sorria.

- Booth, por favor, não afirme o que não sabemos.

- Eu sei que você está.

- Seu instinto está te dizendo isso?

- Está.

- Booth, eu já disse que essa história de instinto não é segura. Precisamos confirmar.

- Então o que estamos esperando? Você não está ansiosa para saber?

- Estou...

Ele a puxou pela mão pegou a chave do carro de cima da mesa e saíram pela porta. Booth parou no meio do caminho numa farmácia e comprou um teste. Chegaram em casa e foram direto para o quarto. Booth sentou-se na cama, estava ansioso pelo resultado.

Brennan olhou para ele mais uma vez. O teste na sua mão. Entrou no banheiro. Um minuto depois, ela sentou-se ao lado dele com o dispositivo plástico na mão. Fechou os olhos e sentiu Booth segurar sua mão. Seriam três longos minutos.

O relógio de Booth apitou. Ele olhou para ela. Sorriu e apertou a mão da amada.

- Hora da verdade, Bones.

Ela suspirou.

- Booth, só quero que saiba que independente do resultado esses testes não são acurados. Eles tem apenas 94% de chance de estarem certos. Não crie esperanças. Amanhã faremos um exame capaz de nos dar a informação que precisamos.

- Bones, só veja o resultado. Duas tiras cor de rosa e você está grávida.

Ela olhou para o dispositivo.

- De acordo com isso, eu estou grávida.

Booth não conteve a alegria e tascou um beijo nela. Envolveu-a em seus braços e beijou-lhe a nuca.

- Ah,Bones... você esperando um filho meu.

- Booth, por favor, não comemore antes de termos certeza,ok? Eu não quero criar expectativas apenas para descobrir depois que isso é um falso positivo e que não aconteceu de novo para a gente.

- Ok, vou respeitar seu desejo mesmo para mim já sendo verdade, vamos fazer do seu jeito. Iremos ouvir a ciência.

- Amanhã cedo ligo para minha médica e marco uma hora para a consulta.

- Vamos direto para a consulta.

- Booth, estamos no meio de um caso importante.

- Nada é mais importante do que confirmar que você está grávida, Bones. Nada. Eu quero, você quer. Não se preocupe com o caso agora, tudo que devemos pensar é na possibilidade de um pequeno ser estar crescendo aqui.

Ele tocou a barriga dela.

- Tudo bem. Eu espero que você esteja certo Booth.

- Eu estou, Bones.

- Como pode ter tanta confiança assim? Como você pode saber?

- Eu apenas sei.... vem vou preparar algo para você comer antes de dormir. Precisa se alimentar.

Ela o seguiu.


No dia seguinte, Brennan ligou para a médica e conseguiu uma consulta para a tarde. Ela passou no hospital antes de ir ao Jeffersonian para fazer um exame de sangue. Infelizmente o resultado não ficava pronto no mesmo dia mas isso não importava para ela. Queria apenas uma confirmação de que o instinto de Booth estava correto. Eu queria tanto que estivesse...

Durante a manhã como Booth prevera, ela não conseguia se concentrar. A idéia de que estava bem próxima de conseguir o que tanto desejava consumia sua mente. Como que adivinhando o que ela estava passando, Booth surgiu na pataforma do Jeffersonian.

- Hey, Bones. Esqueceu que temos um suspeito para interrogar?

- Suspeito mas...

- Vamos Bones, pegue seu casaco já estamos atrasados.

Ela tirou as luvas e o jaleco. Foi até sua sala e pegou o casaco. Ele já estava na porta de saída do laboratório. Ela o alcançou.

- Booth eu não lembro de você ter falado de um suspeito comigo... quem vamos entrevistar?

- Ninguém,Bones. Eu só queria te tirar do Jeffersonian. Sei que você não deve estar se concentrando com os últimos acontecimentos. Você precisa espairecer. Quer ir ao dinner?

Ela sorriu e beijou-lhe o rosto. Enroscou-se no braço dele e respondeu.

- Quero sim, obrigada Booth. Estava precisando disso.

Eles entraram no dinner.


XXXXXXXXXX


As 3 da tarde, Booth e Brennan estavam sentados na sala de espera do consultório da ginecologista. Ambos muito ansiosos. Booth se remexia na cadeira e Brennan suspirava pela espera que parecia interminável. A porta do consultório se abriu e a médica finalmente apareceu.

- Olá Temperance! É a sua vez.

Eles se levantaram das cadeiras e de mãos dadas seguiram para o consultório da médica. Ao sentar de frente para eles, a médica não pode deixar de sorrir. Estava mais que acostumada a receber casais apreensivos em seu consultório mas por conhecer bem a mulher e paciente a sua frente, ela não podia deixar de ficar surpresa. Porque para ela essa cara de preocupação gerava uma única pergunta que geralmente só podia ter uma resposta objetiva: sim ou não.

- Então, Temperance. Qual o motivo da consulta? Rotina?

- Não, doutora. Na verdade, eu, nós estamos desconfiando que estou grávida.

- Ela desconfia, eu sei que ela está.

- Hum... um homem decidido. Gostei. Quando foi sua última menstruação?

- É acredito que foi a um mês e meio.

- Isso é um sinal para a potencial gravidez mas saberemos de fato fazendo o exame. Você já sabe como funciona. Pode se trocar e ir para a sala de exames.

Ela se levantou.

- Quer que eu espere aqui?

- Doutora, alguma objeção? Não tenho problemas se Booth quiser acompanhar.

- Isso depende dele.

- E-eu prefiro esperar aqui.

- Tudo bem, eu o chamo quando formos fazer o ultrasom.

Alguns minutos se passaram e o nervosismo de Booth só aumentava. Ele queria saber o resultado. A perna não parava quieta, balançando continuadamente. Ouviu a porta da sa de exames se abrir. A médica apareceu.

- Pode entrar, Sr.booth.

Ele mal entrou na sala foi logo perguntando.

- E aí? Vou ser pai?

- Ela não me disse... acho que não conseguiu descobrir.

- Vamos ao ultrasom. Vocês precisam ficar calmos. Estão muito ansiosos.

Ela liga o aparelho e espreme o gel sobre a barriga de Brennan. Booth segura a mão dela. A médica esfregava o sensor na barriga de Brennan até parar em determinada posição. A médica fez cara de que não entendia o que estava no monitor e Brennan olhou para Booth assustada. Ele, porém, sorria.

- Temperance, você tem certeza que não menstrua a um mês e meio?

- Por aí. Porque?

- Porque pelo que vejo aqui, você está super grávida. Parabéns!

- Eu sabia!

- Está vendo esse grãozinho, lembra uma uva. Viu?

Brennan olha atentamente para o monitor e sorri. Balança a cabeça em afirmação.

- A julgar pelo tamanho você deve estar com umas 8 semanas. Vou confirmar.

Ela ajeitava o equipamento e Booth beijava Brennan com um selinho rápido. Ela podia ver no rosto dele a felicidade de ser pai. Não conseguia parar de sorrir também.

- Isso mesmo. 8 semanas.

- Podemos ouvir o coração do bebê doutora?

- Booth se pudessemos já estaríamos ouvindo. É muito cedo. Você viu o tamanho do feto?

- Na verdade, eu não coloquei o áudio de propósito. Queria ver se vocês iam pedir. E Temperance você já deve ouvir o coração do bebê agora, ele já está formado assim como o cérebro.

Ao ligar o autofalante, o som que começou baixo, aumentava a medida que a doutora apertava um botão de volume. Brennan estava maravilhada. Para ela que sempre levou a razão e a lógica muito a sério, ouvir e ver algo tão minúsculo e constatar que aquele ser era na verdade um bebê era algo que para era não tinha uma explicação racional. Aquele coração que batia era do seu filho, um bebê dela e de Booth.

As lágrimas escorriam pelo rosto. Era involuntário. Ela sorria mas não podia deixar de se emocionar. Eles conseguiram. Booth olhou para ela e enxugou as lágrimas com a costa da mão. Beijou-a carinhosamente no rosto. A médica os deixara à sós por um momento. Ela sentou-se na maca.

- Nosso bebê Bones...nosso....

- Você está feliz Booth?

- Eu não caibo em mim de felicidade. Eu te amo por me dar um filho.

- Não, Booth você que me deu um filho e uma família. Não poderei esquecer isso nunca.

Ele a beijou apaixonadamente nos lábios. Se abraçaram e depois começaram a rir. Brennan se levantou e foi trocar de roupa, Booth voltou a outra sala do consultório. A médica estava fazendo algumas anotações num receituário e também no computador. Quando Brennan se juntou a eles, a médica tornou a falar.

- Aqui estão algumas recomendações alimentares apesar de saber que você se cuida muito e também algumas vitaminas importantes nesse período. Nada de exageros nessas próximos semanas, o primeiro trimestre de gravidez é extremamente importante para o bebê.

- Com exageros você quer dizer sexo, doutora?

- Bones!

- Não, estou falando de carregar muito peso, fazer esforços desnecessários, atentar para algumas comidas... sexo não é problema, pode seguir uma rotina durante a gravidez. Eu sou contra a abstinência total. A gravidez não é para ser tratada como uma doença ou um estado frágil da mulher. Vida normal, pessoal!

- Bem, eu coloquei os dados do exame no computador e posso dizer que seu bebê deve nascer em fevereiro. Ah, aqui está a foto da ultrasom. Vocês tem alguma outra pergunta?

- Acho que por hora não.

- Tudo bem então, a sua próxima consulta é daqui a 3 semanas quero ver como vocês estarão no fim do primeiro trimestre. Mais uma vez, parabéns mamãe e papai!

- Obrigada.

Eles se levantaram e dirigiram-se para a porta. A médica ainda falou.

- E Temperance... você está com cara de grávida.

Brennan sorriu. Mal chegaram no carro, Booth foi logo falando.

- Vamos ligar para todos e pedir para nos encontrarem no dinner. Precisamos contar a novidade!

- Agora?

- Sim, pra que esperar e provavelmente a maioria deve estar ainda no Jeffersonian. Vou ligar para a Cam e o Sweets e você liga pro Hodgins e pra Angela.

- Tenho que ligar para o Wendell também.

- Isso.

Quando chegaram ao Royal Dinner, todos estavam esperando, bebendo, por eles. Ao avistarem os dois acenaram.

- Você sumiu hoje Bren. O que aconteceu?

- Angela se eu fosse você não queria saber a resposta dessa pergunta.

- Oh, Cam! Também não é assim. Do jeito que você fala parece que eu e a Bones somos uns tarados.

- Potato ...potato....

Angela e Hodgins riram. Booth pediu uma rodada de cerveja para todos.

- A razão por termos chamados vocês aqui é porque queremos que saibam em primeira mão: eu e a Bones vamos ter um bebê.

- OMG! Bren!

- WOW! Parabéns, gente!

Angela correu e abraçou a amiga. Depois foi a vez de Cam, Hodgins e os outros. Os risos e os comentários eram bem engraçados. Eles estavam felizes. Booth levantou o copo e falou.

- Ao mais novo membro da família Jeffersonian. E a minha amada Bones por tornar isso possível. Você será uma mãe maravilhosa.

- A Brennan e Booth!

Todos brindaram até Brennan mesmo com um suco de laranja. Eles permaneceram ali por mais umas horas, conversando, rindo e até recebendo conselhos dos amigos. Mais tarde, ao chegarem em casa, rapidamente se recolheram ao quarto. Brennan estava abraçada a Booth enquanto viam o noticiário na tv.

- Você acha que vamos nos sair bem?

- É claro que vamos! Você tem jeito com crianças...

- Você tá dizendo isso agora mas quando eu pedi seu esperma você não pensava assim. Você tinha medo que eu chegasse perto de um bebê.

- É eu sei que as vezes me apavorava mas eu lembro do seu jeito com o Andy... como você ficou sentida ao ter que entregá-lo. Você merece ser mãe e foi por isso que disse que podia pegar meu esperma se algo acontecesse comigo naquela cirurgia.

- Ainda bem que não aconteceu, caso contrário não estaríamos aqui, felizes.

Ela beijou-o suavemente nos lábios. Booth intensificou o beijo. As mãos envolvendo o corpo dela junto ao seu. Podia ficar assim com ela para sempre. Uma família, tudo o que ele sonhara agora era a sua realidade. Quebraram o beijo e permaneceram aninhados um nos braços do outro. Os últimos dias foram cheios de ansiedade e surpresas.




Continua.......

segunda-feira, 23 de maio de 2011

NY vs Paris (Bones SF)



Gente, não escrevi sobre a SF de Bones e nem sei se vou mas hoje li esse post abaixo e me encantei ...recomendo!

http://bonestheory.wordpress.com/2011/05/23/new-york-vs-paris/



Minha resposta a ela foi simples....... vejam abaixo.


sábado, 21 de maio de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.12

Cap.12


- Não, isso não é virose. Bren, nós precisamos ter uma conversa muito séria.

- Não, Angela...estou bem.

- Com essa cara pálida?

Angela pegou a mão da amiga, suspirou e falou.

- Bren, vou te fazer uma pergunta e quero uma resposta sem rodeios ok?

- Ok.

- Você e o Booth se protegem na cama?

- Sim.

- Usam camisinha sempre?

- Booth não usa camisinha.

- Como não? Você acabou de dizer que se protegem?


- Ele usou preservativo acho que nas 3 primeiras vezes, depois eu pedi para ele não usar. Eu tomo anti-concepcional e no início usei DIU. Não gosto de relação com camisinha e Booth é fiel. Não tem nenhuma chance dele sair por aí transando com outras mulheres. Temos uma relação monogâmica. Além do mais, o preservativo não é 100% confiável. Nenhum método é.

Angela passou a mão no rosto.

- Amiga, essa sua tonteira, enjôo matinal... isso tem nome. Muito me admira que você como médica não tenha desconfiado. Bren, eu acho que você está grávida.

Ela olhou para Angela franzindo o cenho.

- Impossível.

- Porque???

- Booth e eu sempre nos protegemos.

- Você acabou de dizer que os métodos de prevenção não são totalmente garantidos. Porque não pode estar grávida?

- Porque me protegi.

- Todas as vezes? Quando foi sua última menstruação?

Brennan ficou pensativa por um momento. Quando foi mesmo? Será que Angela tem razão? Os sintomas pareciam óbvios mas também lembravam muito sintomas de virose.

- E então? Quando foi?

- P-pouco mais de .... dois meses.

- Amiga, vai por mim, esse sono todo? Você deve estar grávida!

Foi como se um raio a atingisse. Ela se levantou do sofá e começou a andar de um lado pro outro. Seria possível? Como ela uma profissional médica conceituada não tinha percebido isso? Não, Angela estava errada!

- Oh não mesmo! Não pode ser....

- Tanto pode como aparentemente é...

- Angela você tem que estar errada! Eu nào posso ter um bebê!

- Porque não? Você é médica, tem um bom emprego, estável financeiramente, sua carreira professional é boa e mais importante, o pai dessa criança é maravilhoso!

- Angela, eu não posso ser mãe! Gravidez é algo fora de questão para mim.

- Você tem algum problema de saúde?

- Não, eu só não posso ser mãe, eu não sei o que é isso , eu não tive isso direito na minha vida. Eu nào sei o que fazer.

Angela percebeu o medo e a preocupação no rosto da amiga. Tinha que acalmá-la.

- Bren, não é assim. Sei que você não tem experiência em maternidade, nenhuma mulher tem na verdade. Sei também que seu histórico familiar não é favorárel. Você não está acostumada com a idéia de família, eu entendo. Mas quer saber? Você já está a frente de muitas mães de primeira viagem, você é obstetra e cirurgiã neonatal, sabe tudo desses pequeninos. Não tenha medo.

- Eu não tenho medo Angela apenas não tenho aquele instinto maternal que vejo nas minhas pacientes, não nasci para isso.

- Duvido! Se isso fosse verdade, porque que toda vez que um bebê corre risco de vida no hospital ou falece você fica péssima? Você chora, se entrega e faz tudo para a criança melhorar mesmo não sendo sua. E nem adianta falar em juramento de hipócrates que isso é desculpa. Você faz tudo isso porque se importa e se isso não é vocação para maternidade eu não sei o que é.

Brennan não sabia o que dizer. Angela parecia enxergar algo que ela não conseguia. Isso era totalmente inesperado. Como lidar com isso? E Booth?

- Angie, Booth e eu nem temos um ano de relacionamento, eu não sou adepta a casamenteo e nem sei se podemos considerar criar esse bebê juntos. Se eu não estou preparada quem disse que ele está? Não, isso não pode estar acontecendo!

- Mas está. Já aconteceu mesmo que você não saiba quando nem porque. E quanto a Booth, tenho certeza que ele ficará muito feliz com a notícia. Ele vai ser um pai maravilhoso.

- Como você pode saber disso?

- Da mesma forma que eu sei e você também que Temperance Brennan será uma excelente mãe. Porque você se nega tanto essa experiência, esse direito? Não é porque você cresceu praticamente sem família que seu bebê terá um futuro ruim. Exatamente porque você sabe das dificuldades que enfrentou é que torna-se mais fácil corrigir erros e evitar situações desagradáveis. Lembre-se que você não estará sozinha. Booth também será parte importante do processo. Vocês discutirão e decidirão cada uma das decisões.

Angela sorriu e abraçou-a.

- Mas quer saber? Agora não é a hora de ficar pensando no futuro. Precisamos pensar no momento, em nos certificarmos que você está esperando um lindo bebê. Ai estou tão animada!!!

Angela sumiu por uns minutos e voltou a sala com a bolsa na mão.

- Você fica aqui e nada de entrar em pânico! Vou na farmácia da esquina e volto já.


- Mas Angie...

- Shh nada de mas. Volto em alguns minutos.

Assim que a amiga saiu, Bren deitou-se no sofá. A cabeça a mil tentando assimilar a idéia. Grávida. Um bebê. Uma mudança inesperada na minha vida. Um homem maravilhoso. Surreal. Instintivamente ela passou a mão sobre a barriga. Estou pronta? Devo ir em frente? Um bebê. E agora?

Dez minutos se passaram até angela retornar ao apartamento.

- Cheguei. Hora da verdade.

Angela reparou que a amiga estava deitada de olhos fechados. Percebeu onde a mão se encontrava. Ela devia estar analisando a situação - pensou. Ela mordia os lábios, sinal que a amiga reconhecia como apreensão. Ela ainda está tentando se convencer de que não pode ser verdade.

- Hey, Bren. Hora de fazer xixi no palito.

Ela abriu os olhos. Viu o sorriso da amiga.

- Em que você estava pensando? Aposto que tava analisando os prós e contras dessa gravidez não? Conheço você.

Ela se levantou sem dizer nada e foi para o banheiro com a caixa do teste na mão. Um minuto ela voltou segurando o dispositivo.

- Quanto tempo temos que esperar?

- Três minutos.

Brennan procurou a mão da amiga e segurou na sua. Estava nervosa. Foram os três minutos mais importantes e longos que ela já vivera. Sentia o coração bater mais forte e a respiração ser mais pausada. A voz de Angela foi como um sussurro em meio ao silêncio.

- Está pronta?

Ela respirou fundo.

Angela pegou o dispositivo e entregou a ela.

- O que estou procurando?

- Dois pauzinhos cor de rosa, você está grávida.

Angela entregou o dispositivo plástico para ela. Brennan mordeu os lábios. Não tinha coragem de olhar.

- Não, vê você.

Angela sorriu. olhou para a marcação.

- OMG! Você vai ter um bebê! Eu vou ser titia!

Ela abraçou a amiga com força. Ao soltá-la voltou a olhar para Brennan. Ela tinha uma expressão apreensiva.

- Hey, porque essa cara? É para você estar sorrindo, feliz.

- Isso é tão estranho. Tão aterrorizante.

- Não, é excitante! Minha melhor amiga vai ter um bebê.

- Desculpe Angela mas esses testes de farmácia não são seguros. Pode ser um falso positivo.

- Bren, relaxa, é positivo!

De repente, ela se levantou da cama e resolveu decidida.

- Preciso trabalhar!

- Na,nanina...não! Ligue pro hospital e diga que surgiu um imprevisto, melhor! Diga que está doente. Você acabou de descobrir a melhor notícia da sua vida e quer enfiar a cara no trabalho? De jeito nenhum! Conheço você e dessa vez não vai fugir enquanto não resolver o que vai fazer agora.

Ela suspirou pegou o celular e ligou para o Dr. Bray. Explicou que não iria pela manhã e talvez a tarde fizesse consultas.

- Vou tomar um banho Angie preciso pensar.

- Tudo bem. Vou ficar por aqui, almoçamos juntas hoje ok?

- Ok.

Brennan entrou no banheiro, lentamente tirou o pijama e ligou a água para encher a banheira. Apesar de ter dito para Angela que ia pensar, ela nem sabia como começar a imprimir um pensamento sequer. Entrou na banheira, o corpo parcialmente coberto com a água quente mesmo o clima não estando frio. Ela fechou os olhos. A imagem que veio na sua cabeça era de uma manhã da sua adolescencia num internato. Era dia de visitas onde futuros pais vinham conhecer as crianças possíveis candidatas a novas famílias. Não! Esse tipo de pensamento, não! Ela suspirou e a imagem seguinte fora melhor, era Booth. Um pequeno sorriso formou-se no canto dos lábios. Bem melhor.

E então ela acabou cochilando por alguns minutos. Ao acordar, lembrou-se porque estava ali. Grávida. De Booth. Como? Remexendo na memória, ela começou a ligar os pontos para descobrir quando isso poderia ter acontecido. E então ela somou 2 + 2.... e se a suspeita dela estivesse correta, ela deveria estar com quase dois meses.

Como não percebeu isso? Ela precisava ter a confirmação dessa história. Levantou-se da banheira, tomou uma ducha e se vestiu. Angela estava no notebook na sala. Já eram quase meio-dia.

- Vamos sair, Angela.

- Você já quer almoçar?

- Podemos almoçar mas eu preciso tirar logo essa história a limpo. Preciso da confirmação da ciência.

- Ok, podemos fazer isso. Primeiro, almoçamos e nem adianta discutir comigo. Vou me aprontar.
Angela sumiu quarto adentro e o celular de Brennan começou a tocar. Ela já sabia quem poderia ser.

- Oi, Booth.

- Hey, amor. Como você está?

- Bem.

- Está trabalhando?

- Sim.

Booth notou que havia algo errado.

- Está tudo bem mesmo amor?

- Está, eu tenho que ir. Preciso resolver um problema.

- Tá, tudo bem. Sei que você está ocupada ou preocupada. Seu tom de voz diz isso.

- Não, Booth. É só algo que preciso fazer. Eu falo com você depois, á noite.

- Ok, um beijo.

- Outro para você.

Odiava omitir o que estava havendo para ele porém, ela precisava pelo menos confirmar tudo para falar com ele. Se fosse verdade, ela nem sabia como iria contar a ele. Angela surgiu na sala.

- Vamos?

Elas deixaram o apartamento e foram atrás de um lugar para almoçar. Felizmente, Brennan se alimentou e não enjoou. Sentia-se melhor embora a ruga de preocupação ainda fosse visível na sua testa. Angela não desistia de animá-la e sempre mostrar o quanto essa novidade era boa para a amiga.


Após o almoço, Brennan e Angela caminharam por uns momentos vendo vitrines, como se estivessem vivendo um dia normal. Era essa a filosofia de Angela para manter a amiga calma e sem racionalizar muito sobre o assunto. Enquanto ela se distraiu com uma vitrine, Brennan pegou o celular e ligou para o Dr. Bray. Explicou o que queria. Disse que estaria no hospital em meia hora. Ela tornou a chamar a amiga.

- Vamos ao hospital.

Angela não discutiu. Caminharam até a próxima estação do metrô. Levariam pelo menos uns vinte minutos. Sentadas no trem meio vazio, Angela percebia que a face da amiga mostrava sinais de ansiedade. Talvez ela estivesse finalmente entendendo o que estava se passando com ela e o que viria pela frente.

- Acho que já sei o que aconteceu. Quero dizer, quando aconteceu. Foi na comemoração especial como o Booth chamou aniversário de seis meses. Lembro que tudo naquele dia foi maravilhoso e sei que fizemos amor a noite toda. Adormeci. Não tomei nada. Quando isso acontecia, eu sempre tomava a pílula do dia seguinte. Mas naquela manhã, especificamente não tomei.

- Se for isso mesmo então...

- Estou com quase dois meses.

Elas chegaram no hospital. Foram direto ao andar da ginecologia. Já na recepção, Brennan perguntou por Dr.Bray e pediu para bipa-lo. Em cinco minutos, ele apareceu.

- Olá, Dr.Brennan.

- Dr. Bray. Está é Angela, minha amiga.

- Ah, tudo bem com você Angela?

- Tudo bem.

- Está tudo preparado?

- Ah,sim podemos usar a sala 04. Vamos?

Wendell as guiou até a referida sala. Angela cochicou para a amiga. “Ele é bem bonitinho, hum?”

- Ok, enquanto eu preparo o equipamento na área ao lado, você pode se trocar ali. Temos batas apropriadas e a enfermeira virá em seguida para coletar o sangue para o exame. Dr.Brennan, a senhora pode me dar um minuto? Preciso checar o resultado de uma medicação de uma paciente. Prometo que não demoro.

- Tudo bem, Dr.Bray. é o tempo que arrumamos tudo por aqui.

Brennan vestiu o uniforme de atendente que trouxera do seu consultório. Antes de se preparar para o ultrason precisaria tirar sangue e não queria levantar suspeitas. A enfermeira entrou mas Brennan disse que ela mesma cuidava disso. A moça não se importou, conhecia a doutora. Brennan pegou o material de coleta e já vestida com a bata sentou-se na cama e pediu a ajuda de Angela.

- Pode amarrar o torniquete aqui no meu braço?

- Você vai fazer isso sozinha?

- Não seria a primeira vez...

- Porque você não deixou a enfermeira fazer?

- Acredite Angela, por hora não quero que ninguém saiba o que está acontecendo.

Brennan enfiou a agulha no braço e de primeira colheu todo o sangue necessário para o exame. Ela colocou a etiqueta no frasco e colocou o nome de Angela. Ao terminar, chamou a enfermeira e pediu urgência no resultado. Voltou para a sala e apressou para arrumar-se para o ultrasom. Dr. Bray voltaria a qualquer momento. Nem bem ela vestiu a bata, Wendell entrou na sala. Foi direto ajeitar o equipamento não olhando para as duas.

- Desculpe, Dr. Brennan. Demorei mais que previ. Vou setar o equipamento e já podemos começar. Será uma ultrasom simples ou faremos uma 3D? Desculpe, eu nem perguntei o que essencialmente é o problema, consulta de rotina, gravidez?

- Estamos tentando detectar uma gravidez, faremos as duas ultrasons se necessário. Se realmente houver gravidez, peço o seu sigilo quanto a isso.

- Claro Dr.Brennan. por favor, já pode se deitar, eu só vou pegar o gel e....

Nesse momento, Wendell vira-se e dá de cara com a Brennan deitada cama pronta para o exame. Ele tem os olhos arregalados e fica mudo. Angela começa a rir.

- Dr. B-Brennan eu pensei, a sua amiga... ela não...o exame é...

- O exame é meu, Dr.Bray. não queria revelar isso por telefone. Porém, agora que o senhor já sabe terá que respeitar a confidencialidade da relação médico-paciente. Iremos fazer o exame e os resultados você poderá colocar na minha pasta.

- Já fez exame de sangue? Porque acha que está grávida?

- Angela suspeitou porque eu apresentei enjoos e fiz um teste daqueles de farmácia e como não confio na acuracidade deles, resolvi fazer o ultrasom e o exame de sangue que foi para análise no nome de Angela.

- Certo... tudo bem…. eu, eu só preciso de um minuto para me recompor. Desculpe, não é todo dia que se faz um exame na sua chefe.

Ele respirou fundo. Angela vendo a aflição e o nervosismo dele, sorriu.

- Doutor, não fica assim. Você precisa encarar a Bren como uma paciente normal. Você é profissional e se a Bren não gostasse de você e do seu trabalho, ela não teria te chamado aqui, teria feito esse exame sozinho e acredite, ela faria. Deus sabe lá como!

Wendell sorriu. estava mais relaxado. Posicionou-se ao lado da máquina de ultrasom e ligou-a. Sorriu. pegou o gel e espalhou na barriga de Brennan.

- Você vai me dizer qual foi o resultado do teste?

- O que você acha? Positivo.

- Então vamos checar se o teste estava certo. Você tem idéia de quando pode ter acontecido?

- Preciso primeiro saber, Wendell.

- Se estiver grávida, vou ficar duplamente feliz, por você e pelo capitão.

Ele começou a passar o sensor pela barriga dela. Angela estava a seu lado segurando-lhe a mão. Aos primeiros movimentos não detectara nada. Wendell continuou a procura e então um grão minúsculo apareceu na tela. Wendell sorriu. mexeu o sensor um pouco mais para melhorar a visão dela.

- É Dr.Brennan, parece que o teste de farmácia estava certo. pelo tamanho deve estar com....

- 7 semanas. Devo estar com 7 semanas. Apenas cheque.

Wendell ajustou o equipamento e lá estava o cálculo.

- Parece que você vai ter um bebê na época de natal. Meus parabéns, Dr.Brennan.

Brennan suspirou fundo. Ela estava mesmo grávida. 7 semanas.... grávida!

- Ah, amiga....eu vou ser titia! Melhor dinda!

Angela abraçou a amiga e beijou-a no rosto.

- Espere, é possível ouvir o coraçãozinho dele?

- Talvez, nem sempre.

- Podemos tentar? Queria tanto ouvir, doutor.

- Angela, se desse para ouvir já tinhamos ouvido pelo tempo que o Wendell está fazendo o exame.A não ser...Wendell você ligou o áudio?

Wendell verificou o aparelho e percebeu que esquecera.

- Desculpe, acho que foi a situação e bem já estou ligando e...

O som das batidas de um coração tomou a sala. Estava lá, um pequeno ser dentro dela, do tamanho de uma uva mas já tinha coração e devia estar em formação o cérebro. Nem dava pra ver os dedinhos do pé ainda grudados, a cabecinha um pouco maior que o corpo. Brennan olhava para o monitor estática. Era o seu bebê, era seu e de Booth. Um ser humano. Ela que já vira centenas de vezes essa imagem estava extasiada. Mal respirava. Era real. Tão real.


Tchum, tchum, tchum.

Angela olhou para a amiga e percebeu que ela chorava. Ela acariciou o rosto dela e os cabelos. Wendell imprimou a foto do bebê dela. Não ia desligar a máquina enquanto ela não mandasse. As lágrimas corriam pelo rosto, a sensação era aterrorizante e irressistível e... então ela lembrou de Booth. Como ele iria reagir a tudo isso?

Brennan sentou-se na cama e Wendell desligou o aparelho. Entregou a ela o resultado do exame.

- Vou deixá-las sozinhas por um momento, se precisar é só me bipar doutora.

Ele saiu da sala e Angela sentou-se ao lado dela na cama. Ela ainda podia ver lágrimas marcando o rosto de Brennan. Viu que a amiga fechou os olhos por um tempo, talvez tentando absorver tudo que ouvira. Ela precisava desse tempo. Precisava entender o que estava acontecendo agora e daqui para frente.

- Eu, eu não sei o que fazer, Angie. Isso é tão inesperado. Tudo mudou. Não sou mais a médica conceituada, sou agora responsável por uma vida. E ainda tem Booth... não sei o que pode acontecer. Angela e se ele não aceitar essa situação? Eu não posso criar uma criança sozinha, eu nem sei lidar com pessoas direito! Eu não vou conseguir isso....não posso!

- Angie...eu não sou uma assassina, eu não sou...ele é um ser humano, o coração já bate....mas eu não saberei criá-lo sozinha... o que vou fazer?


- Hey... calma. Não é bem assim como você descreveu. Você ainda é a médica competente e maravilhosa que conheci, ainda será muito importante durante essa gravidez e por toda a vida do seu bebê. Agora você será mãe e sim, sua responsabilidade é maior mas não se preocupe, Booth estará com você. Tenho certeza.

- Tempe, você já parou para pensar que você vai ter uma família, sua própria família.

Brennan abraçou a amiga.

- Obrigada,Angie. Você é uma amiga maravilhosa. Minha melhor amiga, minha irmã. Metaforicamente falando, claro!

- Claro. Eu te amo, Bren.

Brennan sorriu e foi se trocar. Já estavam na porta da sala quando Wendell veio ao encontro delas.

- Já estão de saída?

- Sim, e você mantenha a notícia com você.

- Pode deixar, mal posso esperar para ver a cara do capitão.

Ele sorriu. Brennan franziu a testa e olhou apavorada para Angela.

- Wendell, não assuste a Bren!

- O que eu disse?

- Ela não sabe como Booth vai reagir... está preocupada.

- Se conheço o capitão, vai adorar a notícia. Não há com que se preocupar, Dr. Brennan. Booth é um homem sério e mais importante, ele a ama.

Elas se despediram dele e deixaram o hospital. Brennan respirou fundo e ficou olhando o céu azul por algum tempo. Pegou o celular.

- Booth?

- Hey, linda...

- Desculpe por antes.

- Tudo bem, você estava ocupada.

- Preciso te ver...

- Saudades, é?

- Preciso mesmo te ver.

Booth percebeu que o tom de voz dela estava agitado, nervoso.

- Onde você está?

- Saindo do hospital.

- Vou te encontrar no Columbus Circle em meia hora.

- Não Booth. Prefiro ir ao seu apartamento.

- Tudo bem... eu vou demorar mais uma hora pelo menos. Dá pra esperar? Porque se for urgente, eu saio agora.

Ela queria dizer que sim mas não era justo com ele.

- Não, eu espero. São 5h agora, umas 6 e meia estarei lá.

- Tá, te amo Tempe.

Ela desligou. Angela e ela sairam caminhando e pararam na lanchonete próxima ao hospital. Angela queria que ela se alimentasse. Pediu uma vitaminada de banana e morango e uma salada de frutas.

- Você vai comer agora. Precisa estar bem para encontrar Booth.

- Acho que deixei ele preocupado.

- Relaxa, logo essa preocupação some e transforma-se em alegria.

- Como você pode ter tanta certeza?

- Eu apenas sei...


XXXXXX


Booth checava o relógio. Quase 7 da noite. Onde ela estava? Ele ficara preocupado com o telefonema. O interfone o pegou num sobressalto. Era ela.

Assim que surgiu na porta dele, Booth percebeu que ela tinha um rosto sério e preocupado.

- Hey... você demorou.

- Oi…

Ele a beijou com carinho. Levou-a até o sofá.

- Você me deixou intrigado. Primeiro, no telefonema pela manhã, achei você distante. Depois, a sua voz não me pareceu boa quando ligou novamente. O que aconteceu, Tempe?

Ela suspirou. Olhou para ele ainda mantendo a seriedade no olhar.

- Booth, eu preciso te contar algo. Nem sei bem como começar, é tudo tão inesperado...

- Que tal pelo começo?

- Lembra da noite que comemoramos os seis meses juntos? Eu adorei aquela noite... tudo o que passamos.

- Eu também.

- Você disse que me amava....

- Amo e amarei,Tempe. Presente e futuro.

Ela mordiscou o lábio inferior.

- E-eu estou com medo, Booth. Medo de você...

- Hey... Tempe, por favor me diz o que aconteceu?

Ele segurou ambas as mãos dela nas suas e seus olhos fitavam os dela, ternamente.

- O que quer que seja que você tem para me dizer, diga. Seja qual for o problema, nós iremos achar uma solução juntos. Apenas me diga o que está te aflingindo.

- Booth, e-eu estou grávida. Eu vou ter um bebê.

- OMG!

Brennan olhava para ele tentando decifrar o que ela estava sentindo. Ele estava sério. Ela não sabia interpretar a reação dele. OMG... o que ele quis dizer com isso? Ela baixara a cabeça. Booth ergueu o queixo dela.

- Um bebê? Nosso bebê?

- Sim. 7 semanas.

Ela mostrou o ultrasom, as mãos dele tremiam assim como as dela. Ele a beijou com paixão. Brennan não reagiu a principio meio surpresa com o jeito dele mas ao sentir a língua dele forçando para entrar em sua boca, ela correspondeu. Ao quebrar o beijo, Booth tocou a barriga dela.

- Eu vou ser pai... meu Deus, eu... minha familia...

- Você...está tudo bem?

- Bem? Isso é maravilhoso, Tempe. Eu sonho com isso a tanto tempo, ter uma família. E te-la com você é mais que a realização desse sonho. É a felicidade plena. Você, a mãe do meu bebê... nem sei dizer o que estou sentindo. Eu quero gritar!

Ele gargalhava. Ela sorriu. uma sensação boa de arrepio e alivio percorreu seu corpo. Booth era o pai do seu bebê. Ele mudara sua vida.

- Vai ficar tudo bem, Booth? Eu preciso saber...

- Vai, faremos tudo para que fiquemos bem. Eu prometo, Tempe. Seremos muito felizes.

Ela o abraçou. Ele beijou-lhe a testa. O rosto. A boca.

- Sou o homem mais feliz do mundo. Um filho.

- Eu tive muito medo... eu tenho.

- Porque gorgeous?

- Porque eu não tive família, eu não sei ser mãe, eu...eu não sei se consigo fazer isso.

- Você consegue, nós conseguiremos.

Eles permaneceram abraçados no meio da sala de Booth. Ele a puxou para o quarto. O momento era de comemoração. Ela não pensara nisso quando decidiu ver Booth mas agora, seria a melhor maneira de terminar esse dia tão único para eles. Fizeram amor. Horas depois, ao estarem abraçados na cama, Booth começou a falar.

- Acabei de lembrar de uma coisa....

- O que,Booth?

- Lembra que falei que quando tivesse um filho queria que você pudesse traze-lo ao mundo? Agora isso não vai dar certo. precisamos de um plano B.

Ela riu.

- Temos Wendell...

- Bem lembrado!

- Isso nunca passou pela minha cabeça. Ter um filho...agora é tão

- Maravilhoso?

Ela concordou com a cabeça. Sorriu. O coração de Brennan batia agora bem mais calmo. Ela não estava sozinha, não mais. Ela tinha uma família. Graças a Booth. Tornou a fita-lo.

- I love you, Booth.

E foi como chegar em casa. Uma casa que ela não vivera, que ela não experimentara ainda na vida. Sorrindo, ele a beijou apaixonadamente em retorno.





Continua........

terça-feira, 17 de maio de 2011

[Bones Fic] The Comfort in the Sadness

The Comfort in the sadness....

Autora: Karen Jobim
Classificação: PG-13.
Gênero: Missing scene
Advertências: The Hole in the Heart spoilers
Capítulos: 1 – One shot
Completa: [ X ] Sim [ ] Não


Resumo: O que exatamente aconteceu a partir de 4:47da manhã quando Brennan entrou no quarto de Booth? Apenas Angela conhece a verdade....
Depois desse episódio maravilhoso sei que todos pensaram em possibilidades, essa é a minha visão e o que eu espero que tenha ocorrido....


Enjoy!


The Comfort in the sadness



Angela estava chocada. Expulsou Hodgins tão rispidamente tamanho foi o susto que Brennan lhe proporcionara. Ela precisava de detalhes. O sorrisinho da amiga denunciava algo muito bom mas tudo com relação a Brennan tinha que ser tratado com cuidado e logicamente. Cada palavra importa.



- Então, você vai me contar ou vai ficar com esse sorrisinho malicioso nos lábios?


Brennan olhava para ela mantendo o sorriso.

- Bren, qual é! Responde! Depois de se aconchegar com Booth na cama, o que aconteceu? Vocês realmente fizeram? Eu exijo detalhes, estou grávida e você não pode me negar isso!

Brennan suspirou. É claro que ela não esconderia nada da amiga. Ela fez sinal para Angela acompanhá-la a sua sala. Assim que a amiga entrou, ela fechou a porta. Sentaram-se no sofá. Ainda com o sorriso nos lábios, ela finalmente falou.

- Bem, já que você perguntou e quer os detalhes, vou te contar exatamente como e o que aconteceu. Eu não conseguia dormir, tudo que conseguia lembrar eram as últimas palavras de Nigel para mim, então eu me levantei do sofá e fui até o quarto dele. Eu procurava pelo meu parceiro, precisava conversar e quando abrir a porta, eu o assustei. Ele já estava de arma em punho. Eu pedi para ele baixar a arma e me aproximei.

Brennan suspirou.


Flashback.



O olhar dela era triste. Eu não consigo parar de pensar nas palavras dele.

Ele ficava dizendo..."Não me faça ir embora".

- O quê?

- Vincent.Ele estava olhando para mim e dizendo:"Não me faça ir embora". Ele disse que...adorava estar lá.Por que ele pensaria que eu o faria ir embora? Que tipo de pessoa eu sou?

- Não. Venha aqui. Não, não, não, Bones.

Ele pegou-a pela mão e Brennan sentou-se ao lado dele na cama, chorosa.

- Você entendeu errado, tudo bem? Entendeu tudo errado.

- Não. Eu o ouvi.Você também ouviu."Não me faça ir embora". Foi o que ele disse.

- Ele não estava falando com você.

- Eu era a única lá. E você. E ele não...Não estava falando com você.

- Ele estava falando com Deus. Ele não queria morrer.

- Não, Vincent era como eu, Booth. Ele era ateu.

- Certo.Então ele estava falando com o universo. Ele não queria ir embora. Ele não estava pronto, Bones. Ele queria ficar.

Chorando, ela continuou.

- Se Deus existisse,então Ele deixaria Vincent ficar aqui conosco.

- Não é assim que funciona.

- Você pode...

- Posso.

- É por isso que estou aqui.

- Estou aqui. Eu sei, é difícil.

Ela aconchegou-se ao peito dele e chorou. Sem reservas, ela deixava as lágrimas rolarem, sentia os braços fortes e carinhosos a afagando. O choro corria livre, aquelas últimas horas a abalaram como a algum tempo ela não se permitia. Desde aquele fatídico caso em que ela tomou uma decisão que a fez sofrer.

- Vai passar.... vai ficar tudo bem.

Booth acariciava os braços dela oras beijando o topo da cabeça dela oras tocando-lhe o rosto. Odiava ve-la assim, triste e vulnerável e embora soubesse que aquilo tudo não era sua culpa, ele exigia uma resposta dele mesmo. Isso não podia acabar assim. Aos poucos, ele percebeu que os gemidos iam diminuindo até desaparecerem por completo. Ele tinha medo de se mexer, pensava que ela adormecera e não queria acordá-la.

Mas Brennan não dormira. Ela estava calada, mentalizando toda a consequencia das ações de hoje. Ela moveu-se um pouco. Pode perceber a marca das lágrimas deixadas pelo seu pranto na camisa de Booth. Ela suspirou. Instintivamente, ela tocou o lugar da camisa molhado pelas suas lágrimas. Os dedos começaram a mover-se para cima e para baixo acariciando o peito dele. Ela respirava tranquilamente agora. Estar ali, na cama de Booth envolvida nos braços dele fazia ela se sentir segura. Ao ter esse pensamento, todo o diálogo de anteriormente voltou a martelar em sua mente. Booth mencionou o universo, Nigel estava pedindo para ficar ao universo. Da última vez que o universo falou com ela, lhe deu sinais, ela os ouviu porém não conseguiu atingir seu objetivo. Fora rejeitada por esse mesmo homem que a consolava agora e foi nesse exato momento que Brennan teve a revelação mais importante desse dia. Ela ergueu a cabeça apoiando o queixo no tórax dele. Booth tinha os olhos fechados.

Ela tocou o rosto dele com a ponta dos dedos, delineando a mandíbula proeminente. Ao sentir o toque dela, ele abriu os olhos. Sorriu.

- Acordou?

- Nem dormi, Booth. Eu estava pensando em tudo o que passamos hoje e me dei conta de algo muito importante. Até então, eu estava pensando e analisando a situação pelos olhos do Vincent e não tinha percebido que minha ótica de avaliação estava errada. Sendo a crença baseada em seu Deus ou no universo, o que aconteceu hoje, a morte do Nigel-Murray não foi algo justo porém isso não é o mais importante.

- Oh, Bones porque você continua pensando nisso? Você precisa descansar... dormir.

- Não Booth você tem que me ouvir, é importante.

Ela se aconchegou um pouco mais com o seu corpo sobre o dele de modo a aproximar seu rosto do dele. Booth ainda a abraçava. Ela olhava séria para ele demonstrando porque ela precisava falar. Booth notou algo mais naquele olhar, algo que o fez entender o sentimento real presente ali, ele viu medo.

- Ok, sou todo ouvidos.

- Booth, somente agora é que percebi... podia ter sido você, era para ser você, Booth.

A última frase saiu como um sussurro, a voz meio embargada. As lágrimas voltaram a se formar nos olhos dela. Booth fez menção de responder mas Brennan colocou o indicador sobre os lábios dele e continuou.

- Você era o alvo dele, sempre foi. E se...se fosse você quem atendesse o celular, você estaria... morto. Se isso acontecesse e-eu estaria sozinha. Eu não sei o que eu faria, eu nem saberia por onde começar.

As lágrimas tornaram a cair. Booth limpou o rosto dela com o polegar.

- Hey, tudo bem... eu estou aqui, onde sempre vou estar. Esquece isso, estou vivo.

Ela o encarou.

- Eu não posso perder você de novo Booth. A primeira vez já foi dolorosa demais, não quero passar por isso novamente. Não posso. Eu não quero ter arrependimentos, Booth.

Ela o fitava e Booth entendera exatamente o que ela queria dizer. Ele a apertou ainda mais nos braços dele e Brennan o abraçou de volta deixando sua mão envolver-se entre o ombro e a nuca dele. E então ela o beijou. Um selinho singelo apenas para mostrar para ele que ela não iria desistir. Com os olhos ela perguntava a ele – qual o próximo passo – e novamente ela se curvou e seus lábios encostaram-se no dele. Dessa vez, o beijo teve mais vontade, mais significado. Booth entreabriu a boca para dar acesso a ela. Um beijo carinhoso cheio de sentimentos. Ele aprofundou o beijo, as linguas se provavam mais uma vez. Ele não esquecera de quanto gostava de beijar aqueles lábios. A mão de Brennan deslizava pelo peito dele, Booth a puxara para mais perto fazendo-a ficar sobre ele completamente. Os braços agora deslizavam pelo corpo dela quando se deu conta de que talvez isso não fosse correto. Ele quebrou o beijo.

- Bones eu acho melhor nós não...

Ele não terminou a frase. Ela sorriu para ele. Beijou-o mais uma vez de forma carinhosa nos lábios.

- Bones por favor eu acho que...

- Eu sei, Booth. Não é o momento. Não estou pedindo para você fazer amor comigo hoje ou daqui a pouco. Eu só queria que soubesse que ainda estou aqui e não desisti de nós. Você pediu para eu esperar e embora não entenda a sua necessidade de tempo, sei que você sofre com o que aconteceu com a Hannah e eu fiquei aqui e aceitei. Nós concordamos em esperar. Mas Booth, depois de hoje, eu não quero esperar, quero dar uma chance a nós. Não podemos adiar mais essa situação ou poderemos nos arrepender mais tarde. Eu não estou pedindo, estou afirmando que quero dar uma chance a nós dois.

- Você tem certeza?

- Tanto quanto a certeza de que a Terra gira em torno do sol.

Ele sorriu.

- Iremos devagar...

- Sim, você tem que me ensinar a lidar com tudo isso.

- Acho que você sabe mais do que imagina. Você tem um coração puro e bom.

- Posso dizer que você me ensinou muito bem.

Brennan voltou a se aconchegar ao peito dele. Ela beijou a área sobre a camisa.

- É tão bom ficar assim. Sinto falta disso Booth.

- Sente falta do que exatamente ?

- De apenas ficar assim, abraçada a um corpo masculino onde posso me aquecer, com quem posso conversar e dividir minhas dúvidas.

- E ser feliz?

Ela virou a cabeça para ele. Sorriu.

- É, tentar voltar a ser feliz.

Ele beijou a testa dela.

- Obrigada,Booth.

- Pelo que?

- Por não desistir de mim.

Ele a puxou para junto dele novamente. Acariciou a pele lisa do rosto. Beijou o queixo dela, o canto dos lábios, o os lábios dela, uma, duas, três vezes.

- Bones, não se desiste de quem se ama mesmo que às vezes a vida nos leve por outros caminhos, que às vezes pensemos ter sido derrotados, há sempre uma segunda chance para quem ama. Se o amor que sentimos é verdadeiro, ele acontecerá eventualmente. A verdade é que eu nunca deixei de te amar e de alguma forma, você percebeu isso e não deixou de acreditar.

- Estou feliz por você ter entrado na minha vida.

Ela o beijou calorosamente por longos segundos. Depois Booth tornou a acomodá-la junto ao seu corpo agora na posição de conchinha. O braço pesado sobre o estômago dela. O nariz roçando entre os cabelos soltos inspirando o perfume dela. A boca colada na pele do pescoço.

- Me promete uma coisa?

- O que Bones?

- Eu sei que você não quer matar ninguém, nem eu quero isso. Por favor, somente dessa vez, me promete que não deixará Jacob escapar? E que terá muito cuidado? Por mim e pelo Vincent?

- Prometo.

- Boa noite, Booth.

- Boa noite, Bones. I love you.




- E então nós adormecemos. Foi isso. Eu não fiz sexo com Booth. Apenas tomei um decisão e posso dizer que a noite foi bastante satisfatória.

Angela estava calada, com os olhos arregalados. De repente, ela abriu um sorriso. Brennan sorriu de volta. Ela abraçou a amiga com carinho. E Angela desatou a rir.

- Porque você está rindo, Angie?

- Porque estou feliz, muito feliz por você. Ah, Bren.... eu torci tanto por isso.

- Angela não quero que comente com ninguém.

- Será o nosso segredo. Não se preocupe.

Ela segurava as mãos de Brennan nas suas. Enquanto Angela tinha um sorriso amplo, Brennan sorria com o canto da boca ainda mordendo os lábios. Seu rosto era um misto de alegria, vergonha e satisfação.

Por meio da dor, fez-se o pranto. Do pranto, o conforto. Do conforto, a iniativa. E estava tomada a maior decisão da sua vida. Sem medo, sem arrependimentos, sem volta. Daqui pra frente ela escreveria um novo capítulo no seu livro da vida, dessa vez Temperance Brennan não se preocupava em torná-lo um best-seller. O mais importante? Seria uma história a 4 mãos. Ela já conseguira alguém para escrever com ela, alguém para dividir os sonhos. Esse alguém era Seeley Booth.


FIM

domingo, 15 de maio de 2011

[Demily] London is calling... For More!

NC-17 à vista........

Gênero: Angst,Drama,Romance
Advertências: Naughty – Bastidores da Season Premiere S4 – Londres
Capítulos: 1 – One shot
Completa: [ X ] Sim [ ] Não


Resumo: Essa fic se passa em Londres durante as filmagens do episódio duplo da S4. Um país distante, um clima diferente e o universo conspirando a favor deles. O que esperar dessa junção de fatores especialmemte quando se tem química, sentimento e desejo envolvidos?


London is calling... For More!


FOX Studios
9am


Hart estava no seu escritório a espera de David e Emily para sua primeira reunião sobre a season premiere da quarta temporada.

David chegou primeiro ao estúdio e ficou papeando sobre como estava sendo a folga. Descansara e viajara.

- Então você se divertiu mesmo? Que bom.

- Não necessariamente. Estou doido para voltar ao trabalho.

- Mesmo?

- Sim, sinto falta das longas horas de filmagem, das brincadeiras, dos amigos e da minha companheira. Sinto muita falta da Emily.

- Falando nela...

- Oi, meninos! Tudo bem?

- Hey, bela.

David se levantou, beijou-a e abraçou-a. Ela retribuiu. Depois foi a vez de Hart.

- Sente-se Emily. Como foi de férias?

- Ah, muito bem. Descansei e não vejo a hora de voltar a trabalho.

- Nossa! Vocês são dois workaholics! Já que vocês estão com tanta vontade, chamei vocês aqui para descrever o que estou pensando para a season premiere dessa temporada. Será um episódio duplo mas que não irá ao ar por duas horas, será parte 1 e parte 2.

- Ah, que interessante. E qual o plot principal?

- Como sempre será assassinato.

- Serial killer?

- Não um assassinato mas dessa vez em Londres.

- Wow! Londres!

- E o que Booth e Brennan estariam fazendo em Londres?

- Ah, Emily. Você vai dar uma palestra na Oxford. Booth arranjou uma desculpa e vai dar uma paletra na Scotland Yard apenas para não te deixar ir sozinha.

- Típico. E você faz isso só pra deixar nossos fãs ansiosos e excitados e depois vai fazer alguma maldade.

- Ouch, Emily!

- Estou falando alguma mentira? Ele ilude os fãs com promessas e depois tudo fica igual. Porque não coloca Booth e Brennan juntos de vez?

- Emily não apresse as coisas.

- Ah, Hart, ela tem uma certa razão. Depois daquela SF e do desespero dela ao ver Booth levar um tiro.

- Hey, vocês vão querer se unir para me colocar contra a parede agora?

Emily e David se olharam e botaram para rir.

- Ok, Hart. Vamos para Londres?

- Sim, irão. As filmagens levarão 2 semanas. Aqui estão os roteiros com as falas de vocês e pretendemos começar os trabalhos na semana que vem. Alguma objeção?

- Não, por mim tudo bem.

- David?

- É acredito que não mas vou checar em casa e te ligo para contar.

- Você acha que terá problemas com Jamie? É o seu trabalho,David. Como sua esposa ela deveria apoiar.

- Emily não estou dizendo que ela não apoia. É que como vamos para Londres, bem vou ficar duas semanas fora do país.

Hart para evitar da discussão se prolongar, decidiu terminar o assunto.

- Ok, David. Cheque com a Jamie e me avise. Tenho que marcar a viagem de vocês.

Emily se levantou. Apertou a mão de Hart e sorriu.

- Conte comigo.

David se levantou e acenou para Hart. Emily ia se despedir dele mas ele a impediu.

- Vou com você até o estacionamento.

- Ok.

Sairam juntos do estúdio e Emily remoía o que o amigo dizia. Conhecia muito bem Boreanaz a ponto de saber que algo ia mal. No estacionamento, ela o segurou pelo braço.

- Ok, David. O que está acontecendo?

- Nada.

- David, sou eu. Você pode me dizer o que te incomoda.

- Emily...eu...

Ele se esquivou dela. Virou o rosto e ela não se deixou enganar. Ela virou-o para si.

- Fale.

- É apenas, eu passei esse tempo todo longe dessa agitação e não via a hora de voltar. Quer dizer, eu viajei, me diverti com os meus filhos mas não suporto o clima da minha casa. Quando meu filho não está em casa, eu sinto um vazio. Minha mulher está lá, grudada todo minuto. Não consigo.

- Hey, tudo bem. Você logo estará trabalhando comigo novamente e com toda a agitação você orá se distrair.

- Eu acho que ela vai querer ir para Londres.

- Tudo bem, deixa ela ir. Você estará trabalhando mesmo. Relaxe.

- Ah, Emily, você falando parece tão fácil...

- Se você quiser, vai ser sempre fácil. It’s London, baby!

Ela deu um tapinha no braço dele. Ele sorriu.

- Você é maravilhosa, sabia?


- É eu sei.

- OMG! Você está incorporando a sua personagem.

- Com orgulho,David. Fica bem,tá? te vejo daqui a uma semana.

Ela beijou-o no rosto e entrou no carro.

Quando chegou no seu apartamento, porém, toda aquela confiança que demonstrara para David sumira. No fundo, ela apenas tentara remediar a situação do amigo. Deixa-lo calmo. Emily demonstrava ser uma fortaleza para Boreanaz que não era. Desde que eles se conheceram a amizade foi como um click. Emily se considerava afortunada por ter um parceiro de cena tão comprometido e divertido ao mesmo tempo. Era difícil ve-lo de mal humor. Ele gostou dela no ato, foi recíproco. Emily adorava se juntar a ele para implicarem com o resto do elenco e produção. O que começou como uma inocente amizade entre companheiros de trabalho, evoluiu rapidamente para uma amizade sincera onde se tornaram confidentes. O jeito de Boreanaz com ela, implicando, provocando, como ele procurara sempre uma brecha para te-la em seus braços, tocá-la e beijá-la. Por mais que lutasse contra isso, Emily gostava de toda a provocação, o frisson. Tudo era controlável ou assim ela pensava até aquele maldito beijo.

Quando ela leu o scrip daquele episódio da 3ª temporada, ela começou uma luta contra si mesma. O que seria beijar David? Como ela se sentiria? Por mais que ela tentasse dizer que ela seria profissional, apenas em pensar nessa possibilidade ela sentia aquele sentimento estranho no estômago. Hoje, Emily sabia com certeza que se apaixonara pelo parceiro de cena. Ela estava apaixonada por David Boreanaz.

Escondia o segredo a sete chaves. Como não se apaixonar por ele? Charmoso, lindo. Sexy. Ele tinha um magnetismo próprio, seu jeito de tratá-la, suas brindadeiras. Impossível. Agora, ela convivia com esse sentimento. Já tentara namorar, reatara com David, a ironia de ter namorado com o mesmo nome do homem dos seus sonhos. Não adiantava. Boreanaz dominava seus pensamentos.

Essa ida a Londres, poderia transforma-se num momento ótimo para eles mas se David estava certo quanto ao fato da esposa dele acompanhá-lo então Emily não queria considerar passar qualquer tempo além das fillmagens com ele. A última coisa que ela precisava na vida era um escândalo com uma ex-coelhinha da playboy.


Uma semana depois...


Emily estava no aeroporto de LA e faltavam apenas meia-hora para o embarque quando ela viu Boreanaz chegando com a mulher a tira-colo. Não que fosse surpresa para ela, David a ligara para contar só que ver a cena era sempre incomodo para ela. Ele acenou para Emily e sorriu. Ela acenou de volta. Sabia que estariam sentados longe e nesse momento apenas tentou relaxar. No avião, após se preparar no seu assento de primeira classe, Emily ligou seu ipod e pegou o script para ler. Ia ser um longo vôo.


Londres
Primeiro dia de gravações


Emily encontrou com o pessoal de produção no café e acabou vindo com eles até o estúdio. David chegou depois. Cumprimentou a todos e ficou ao lado de Emily. Deu um beijinho nela.

- Bom dia, Emily!

- Bom dia... tudo bem com você?

- Melhor agora, definitivamente.

- Ok, pessoal. Venham até aqui que preciso repassar algumas instruções.

- O dever nos chama,David.

Eles foram para junto do diretor. Discutiram detalhes das cenas, da ordem de filmagem e algumas sugestões de locação. Emily e David iriam filmar as partes das cenas outdoor pela manhã para aproveitar a luz do sol. A tarde, trabalhariam no indoor.

O dia de filmagens fora tranquilo. Eles aproveitaram bem o tempo e cumpriram todas as tomadas programadas. Ao final do trabalho, o diretor os chamou para fazer um resumo do dia e conversar sobre as atividades do dia seguinte.

Assim que terminaram, David perguntou.

- O que você vai fazer agora?

- Vou tomar um banho no hotel e devo sair para jantar em algum lugar da cidade. A Indira sugeriu que fóssemos a um restaurante britânico e o Andrew vai nos acompanhar. Você também está convidado mas aí depende você sabe...

- Tá, te ligo ok?

- Ok.

Como Emily já imaginava David telefonou desculpando-se por não ir.

Os dias passavam e a primeira semana praticamente voou. Emily além dos horários de gravação não via David, ela até tentou marcar algo mas a Jamie fazia marcação cerrada. A impressão que Emily tinha era que todas as vezes que ela a olhava, parecia querer tirar pedaço, de cima a baixo, não era um olhar bom, era algo traiçoeiro, estranho. Emily não gostava da sensação.


Na sexta


Pela manhã, Jamie recebeu uma ligação que deixou-a muito preocupada. A mãe telefonara comentando que Jaden adoecera e que suspeitavam de catapora. O garoto estava muito mole e com febre muito alta. Chamava pela mãe constantemente. Jamie não queria voltar aos USA e deixar David sozinho mas o filho precisava dela. Ao ouvir a voz dele choramingando no telefone, ela não pode resistir. Aliás, David estava muito nervoso pois antes dela insistir em vir a Londres com ele, a primeira preocupação de Boreanaz era com o filho. Não que a mãe de Jamie não pudesse cuidar do neto mas nada substitui a presença da mãe e agora com o filho doente, ele não pensara duas vezes, mandaria Jamie querendo ou não de volta a Califórnia. Mesmo sabendo que catapora era uma doença infantil e que não apresentava risco para Jaden, a presença de Jamie na recuperação dele era fundamental.

Quando chegou ao estúdio, Emily percebeu o cenho franzido, o olhar preocupado. David chegara atrasado as filmagens também. Ela foi ao encontro dele.

- David, aconteceu alguma coisa?

- Me atrasei porque tive que ir atrás de passagem para a Jamie, ela está no aeroporto agora.

- Algum problema entre vocês?

- Não, Jaden está com catapora e está chamando pela mãe.

- Oh, David, sinto muito.

- Tudo bem, é só uma catapora, doença de criança. Aposto que quando a mãe tiver do lado dele,ele ficará bem melhor. Tem muito dengo nisso também.

- Ah, que bom então.

- Eu disse para ela não vir em primeiro lugar mas ela não me ouve. Mas agora vai ficar tudo bem, vamos trabalhar?

Ele saiu puxando-a pelo braço e depois de se desculpar com o produtor, ele quis logo gravar uma cena. Depois de duas horas de filmagem, David iria filmar junto com Emily e Indira a cena onde ele dirigia pelas ruas de Londres em círculos. Emily perdera a concentração totalmente ao ver que o parceiro não conseguia de verdade acertar a fala. Eles gargalhavam juntos e estavam no quarto take e nada de acertar.

- Concentre-se David! E ela desatava a rir. O diretor pediu silêncio mais uma vez.

- E ação!

- God, I hate London! I hate England! I'm glad we had a revolution!

E finalmente a cena ficou perfeita.

Eles trabalharam até as 7 da noite e quando terminaram, o diretor informou que como estavam adiantados nas filmagens, eles teriam o fim de semana de folga. Aproveitando a oportunidade, David encostou em Emily e falou.

- Que tal aproveitarmos nossa folga para sair, conhecer algum lugar transado em Londres?

- É pode ser.

Nesse instante, Indira vinha passando e Boreanaz a chamou.

- Hey, Indi! O que você indica para uma boa noite de diversão desses dois turistas americanos?

- Querem se divertir ou apenas comer bem?

- Se puder ter as duas coisas.

- Tem um pub tipicamente londrino bastante frequentado e nesse caso não é por turistas. Tenho certeza que vocês irão gostar. Posso passar o endereço para vocês.

- Melhor! Quer vir conosco?

- Ah, hoje não dá tenho um compromisso. Se quiserem amanhã...

- O que você acha Emily?

- Por mim tudo bem, estamos de folga mesmo.

Indira pegou um papel e escreveu um endereço e um telefone.

- Aqui, vão a esse endereço hoje e amanhã vocês me telefonem para marcarmos o horário de irem no pub.

- Ok, combinado.

Eles se distanciaram e foram caminhando de volta ao hotel.

- Vamos nos encontrar que horas?

- Vou tomar um banho e te encontro no lobby em uma hora.

Uma hora e quinze depois, Booth a viu sair do elevador. Vestia uma calça preta social e uma blusa roxa. Trazia nos braços um casaco fino.

- Então?

- Você está linda vamos?

Ele ofereceu o braço a ela. Eles saíram pelas ruas de Londres.

Ao chegarem no restaurante, David escolheu uma mesa bastante reservada. Sentaram-se.

- O que você quer beber Emily?

- Já que estamos na Inglaterra vou tomar gin tônica.

- Eu vou de cerveja, uma Fuller’s bitter.

O garçon atendeu prontamente o pedido dos dois. David levantou o copo e propos um brinde.

- A nossa estadia em Londres e mais um trabalho de sucesso.

- A nossa parceria, dentro e fora das telas.

Eles brindaram e beberam.

- Então, David agora que temos o fim de semana de folga e podemos aproveitar o que você quer fazer amanhã?

- Ah, que bom que perguntou! Amanhã quero dar uma de turista mesmo. Quero visitar o Big Ben, o Palácio de Buckingham e a abadia de Westminster.

- Tem o Hyde Park também.

- Então estamos resolvidos, amanhã vamos curtir e á noite a gente se encontra com Indira no pub.

Eles jantaram e conversaram sobre um pouco de tudo sempre num clima bastante descontraído.

No dia seguinte, eles tomaram café no hotel e as 9 da manhã já estavam na rua. Seguiram com um mapa e um roteiro sugerido por Emily. Hyde Park, excelente para caminhada. Depois o palácio, Boreanaz tentou de todos os jeitos distrair os guardas sem sucesso. A única coisa que conseguira foi arrancar gargalhadas de Emily. Como turistas de carteirinha, David parou na frente de um carrinho que vendia souvenirs e colocou um chapeú enorme na cabeça que representava a bandeira da Inglaterra e pediu a Emily para tirar foto, fez o mesmo com um chapéu da guarda real, ele imitava os pobres coitados na frente do palácio e ela também se divertia.

Durante o passeio, eles riram, tiraram fotos, tomaram sorvete e conversaram bastante. Uma vez ou outra, ele abraçava-a pela cintura, ou a conduzia com os braços em volta dos ombros dela. E chegou a beijá-la umas duas vezes no rosto. Emily não se esquivou em nenhum momento. Estava adorando passar a tarde com ele, curtindo cada minuto sem qualquer receio ou preocupação. A muito tempo ela não se divertia tanto. Quando já estava anoitecendo, eles foram ao Piccadilly Circus. Ao ver a loja de material esportivo, David não resistiu e teve que entrar. Emily revirou os olhos e entrou.

- As vezes você parece pior que mulher! Olha a sua cesta de compras!

- Ah,Emily! Preciso comprar umas camisas dos times da Inglaterra, olha só essa do Manchester United!

- David você parece criança!

Ela ria dele. Em meia hora, ele estava com duas cestas cheias de camisa para ele e o filho além de bolas de rugby. Dirigiu-se ao caixa e pagou. Em seguida, David ligou para o filho para saber como ele estava. Depois de muitas gargalhadas e de saber as novidades ele desligou.

- Tudo bem?

- Sim, apesar da doença o humor tá bem melhor, nada como ter a mamãe do lado cuidando da gente. Jaden as vezes é bem chantagista.

- Sei, ele tem a quem puxar...

- Como é?

- De qualquer forma eu quando ficava doente também sempre queria minha mãe a meu lado.

Ela sorriu. Com as sacolas na mão, eles andavam pela rua. Emily tirou foto dele em frente ao neon. Ele também tirou dela mas as sacolas ficaram jogadas ao chão o que arrancou risadas de Emily.

Enquanto ele ligava para Indira pois já passava das 7, Emily se pegou pensando nos momentos dessa tarde. Quem não conhecesse a história deles, diria que eles eram um casal de namorados curtindo uma tarde divertida em Londres. Ela gostava da idéia embora não fosse verdadeira. No fundo, ela sempre se perguntara como seria ter David para si, beijá-lo, passar uma noite com ele, amá-lo sem culpa. A vontade de te-lo em seus braços era grande demais porém o sentimento de culpa e amizade a deixava sem ação. Exatamente como estava agora. Se fosse fácil, ela já tinha feito alguma coisa afinal eles estavam sozinhos, livres para viver uma aventura em plena Londres e ainda assim o bom senso de Emily ganhava de seu desejo íntimo mesmo que seu corpo a traísse de vez em quando.

- Tudo certo! Ela já está a caminho. Vamos entrando?

- OK.

Ele repousou a mão na parte inferior das costas dela e a guiou para dentro do estabelecimento. O pub estava relativamente lotado. David escolheu uma mesa próxima ao telão onde passavam alternadamente clips e cenas de esportes. Sentou-se de frente para a tela mas do lado de Emily deixando o lugar a sua frente para Indira. Um dos garçons se aproximou e David percebeu que era um garoto universitário. Aliás, o lugar era de certa forma um ambiente para jovens universitários curtirem e também descolar uma grana.

- O que vocês querem beber?

- Queremos sua recomendação, somos turistas.

- Bem, eu sugiro uma das nossas melhores cervejas na minha opinião é a Fullers mas o nosso chopp ale também é delicioso.

- Vamos de chopp primeiro e depois provamos a cerveja.

- Você ouviu a moça, chopp!

Quando o garçon voltava com as duas tulipas, indira se juntava a eles.

- Desculpe a demora mas vejo que vocês já se viraram. Pode ver um chopp para mim também?

Ela ajeitou-se na cadeira e começou a conversar com eles. Quando a bebida chegou, fizeram um brinde. Após boas conversas de situações bem engraçadas de ingleses, ela perguntou como tinha sido a folga deles.

- Ah, o dia foi bem produtivo. Nos divertimos muito. Deixa eu mostrar as fotos bestas de David como turista. É pra rir!

Emily pegou o celular e começou a mostrar as fotos. Indira achou uma graça.

- Ele sabe como ser turista não?

- Não se engane, David é um palhaço isso sim. Morro de rir com ele todos os dias. Nem sei como aguentaria trabalhar mais de 12 horas por dia sem a alegria e as piadas dele.

Ela sorriu para ele.

- Tudo bem que ela me chamou de bobo da corte agora mas ela também não fica atrás. Na verdade, somos uma dupla imbatível. Nem sei como nos aguentam no estúdio.

- É somos bem irritantes.

- Nossa, quer dizer que além de lindos, charmosos, com toda essa química ainda são brincalhões? Que casal, que dupla! Não me levem a mal, mas se eu tivesse um parceiro de cena como ele, meu amor não perdia um minuto sequer.

Eles olharam para a colega a frente deles e depois se olharam. Emily suspirou. Era a mais pura verdade.

- Somos amigos, bons amigos.

Ela virou o resto do chopp.

- Girl, sou a favor da amizade colorida!

- Caso você não tenha percebido, o David é casado.

- E quando isso quer dizer alguma coisa?

Ela virou mais um chopp e parece que teve uma revelação.

- Espera, você está me dizendo que aquela loira sem graça que não largava do pé dele sempre que acabava o trabalho é a sua mulher?

- É sim, porque?

- Oh, Lord! Cada vez menos entendo os homens...

Emily queria rir mas disfarçou bebendo um pouco mais do seu chopp. David parecia estar gostando da conversa. Conhecendo ele como ela conhecia, podia imaginar o que estava passando na mente dele. Indira não parou por aí.

- Sabe menina, acho que você está perdendo tempo. Com seu look aposto que conquistaria qualquer um que quisesse e se esse for o seu propósito, sugiro você ir a Itália. Do jeito que os italianos são safados e atirados você não fica um minuto sequer solteira, além de ter a chance de conhecer os melhores amantes do mundo. Você já esteve na Itália, Emily?

- Em Roma de passagem.

- Ah, você deveria ir lá.

- Eu tenho descendência italiana.

- Mesmo?

Ela olhou para Emily com recriminação. Como se dissesse o que você está esperando? Indira se levantou e sentiu o corpo ceder. Não ligou. Chamou o garçon e pediu um gin tônica antes de ir ao banheiro. Emily e David olhavam-se sem saber o que pensar. Foi David que sugeriu.

- Você não acha melhor ir com ela? Vai que ela passa mal?

- Ok, eu vou.

Chegando no banheiro, ela encontrou Indira lavando as mãos.

- Tudo bem Indira?


- Tudo ótimo! Já com você...

- Como assim?

- Olha Emily eu não te conheço tão bem mas sou boa em ler a linguagem corporal das pessoas então não adianta mentir para mim. Sei que você é apaixonada pelo David e provavelmente usa a desculpa do casamento para se enganar. Mas adivinha? Ele é louco para ficar com você.

- Indira, ele é casado!

- Girlfriend, isso nunca foi um problema. Me responde, ele é fiel a esposa?

- Não, já teve casos.

- Sinal de que falta algo em casa. Homem só procura fora quando não está satisfeito.

- Eu não sirvo para ser a outra.

- Querida, nenhuma de nós quer ser a outra. Porém a pergunta que você deve se fazer é: eu consigo seguir sem ceder a tentação, viver no "e se"? A resposta a essa pergunta é o que vai definir suas ações. Afinal, quem garante que você seria somente mais uma na cama dele?

Emily suspirou.

- Sabe, Emily se eu fosse você pagava para ver. Isso pode fazer de você uma traidora no primeiro momento mas o que a traição para quem ama? Pense nisso.

Elas voltaram ao bar. Indira pegou o copo de gin tônica e tomou um gole. Emily também resolveu trocar de bebida é pediu uma dose de vodka. David observava a cena sem entender. As palavras de Indira tinham mexido com Emily.

Mais umas doses de gin e David resolveu cortar a bebida de Indira.

- Acho que já chega por hoje não? Melhor ir para casa Indira.

- Olha, eu não vou discordar de você mas só porque você é lindo. Vou pra casa.

Ela se levantou e se despediu de Emily, ao beijar David no rosto, ela não pode deixar de falar.

- Não deixe a oportunidade escapar...

Assim que ela saiu, David desatou a rir. Emily o olhava pensativa.

- Ela é uma figura não?

- Sim, muito simpática e doida apesar de achar que algumas coisas que ela diz podem ser verdade.

- Como o que?

- Nada, só estava pensando.

- Fala Emily...

Ela virou a dose de vodka e olhou para ele.

- Como o fato de você ser bonito, charmoso...

- É mesmo?

- Hum,hum...

Ela se aproximou mais dele. Pediu mais uma dose de vodka. Assim que tomou o próximo gole, virou-se para fitá-lo.

- O que foi?

- Sabe você é irritantemente irresistível as vezes...

- Emily, acho que já chega de bebida para você.

- Não se preocupe David, eu estou muito bem.

- Esse é o primeiro sinal de que você já bebeu demais.

- Sabe do que eu sinto falta? Das vezes que você tentava me beijar nos bastidores.

- Emily...

Ela o olhava fixamente. David estava tentado a fazer algo mas temia que a bebida fosse responsável pelas atitudes da amiga e apesar de querer demais ficar com ela não estava disposto a magoá-la. Ele decidiu pedir a conta e saíram caminhando pela rua. Emily se enroscou no braço dele. Parou num café e pediu um expresso duplo para ela. Depois de tomar, ela o encarou.

- Você ainda acha que falei aquilo tudo por causa do álcool David?

Ele permaneceu calado.

- Porque? Você acha tão difícil a sua amiga certinha tomar uma atitude mais ousada? Seguir seus desejos?

- Emily, eu...

- Você o que David? Tem medo de assumir que quer ficar comigo, me beijar? Quer dar uma de Booth, de puritano?

- Não Emily! Eu só... eu quero muito você mas tenho medo do que isso pode significar para nós. A nossa relação, a nossa amizade...

- David, eu entendo o que você quer dizer, sou adulta. Sei ponderar os riscos e as possíveis consequências dos meus atos mas o fato é que eu não consigo mais viver com essa dúvida! Eu sou apaixonada por você e mantenho esse sentimento comigo desde a terceira temporada. Eu quero mais...

Nem esperou a resposta dele e colou seus lábios nos de David. Ele a princípio sentiu apenas a boca molhada e com gosto de café sobre a sua mas a tentação e a vontade de beijá-la foi maior. Ele sorveu os lábios dela e suas línguas se exploraram. Emily deixou os braços ao redor do pescoço dele e sentiu ele enroscar os braços na cintura dela e puxando-a para si. Quebraram o beijo em busca de ar. David foi quem falou.

- Isso é loucura...

- Sim, mas uma loucura maravilhosa...

- Vamos sair daqui Emily.

Eles mal chegaram no hotel, o elevador parecia demorar uma eternidade. Ao ficarem sós no elevador, ela apertou o botão de segurança e voltou a beijá-lo. O corpo de David empressado na parede e as mãos vagando pelo corpo dela. Quebrou o beijo apenas para beijar-lhe o pescoço. Ela podia sentir a ereção dele se formando contra seu corpo. Satisfeita por deixá-lo em estado de alerta, ela se separou e acionou o botão do elevador novamente.

- Isso foi....


- Shhhh....não fale!

Eles entraram no quarto de Emily. David passou a mão no rosto demonstrando nervosismo. Emily sentou na cama. Já se livrara dos sapatos, cruzou as pernas sobre a cama na posição de ioga. Ela olhou fixamente para ele que permanecia de pé sem dar uma palavra, ou tomar uma atitude.

- David, eu preciso saber... você apenas brincava comigo ou você realmente queria algo mais? Seu sentimento é verdadeiro ou serei somente mais uma na sua cama?

- Emily, como você pode falar assim? Temos uma amizade tão linda...

- Então, devo entender que seríamos friends with benefits?

- É claro que não! Eu sempre quis você, é terrível passar o tempo longe de você, sinto falta das conversas, das brincadeiras, do sorriso e Deus! Sinto falta dos seus olhos lindos, do seu corpo, dessa boca que desejo beijar todos os dias... nunca poderíamos ter uma relação baseada somente em sexo, uma amizade colorida. Isso não funciona para nós e você sabe porque?

Ele se aproximou dela e ajoelhou-se na beira da cama pegando suas mãos nas dele. os polegares acariciavam a pele alva e seus olhos se encontraram. Ele estava emocionado. A voz de Emily saiu como um suspiro.

- Porque David?

- Porque... eu sou louco por você, porque eu sou um eterno apaixonado. Você nunca seria mais uma na minha cama, não com o amor que sinto por você. Eu queria poder dizer a todo mundo que você é meu tesouro, que amo tudo que você faz. Pode soar piegas, Emily porém, acredito que somos almas gêmeas. Que o destino trabalhou para nos unir. Primeiro com um trabalho, depois a amizade até que o próprio destino pregou em nós sua peça favorita : ele nos fez apaixonar um pelo outro. E nesse momento, nós perdemos a razão e apenas o sentimento nos guiou.

Emily chorava ao ouvir aquelas palavras. David resumia toda a jornada dos dois. Quatro anos, os melhores da vida dela. Sorriu entre lágrimas e passou a mão pelo rosto dele.

- I love you... so much, David.

- I do love you too, Em.

Ele a puxou pela nuca e beijou-a apaixonadamente. O beijo era carinhoso e sedutor. Todo amor reprimido por anos foi estravazado nesse beijo. As linguas se conhecendo mais uma vez, explorando, instigando. O coração dela batia descompassado,sentia os pelos da nuca se eriçar. O sangue pulsava, tudo era novo. Ela quebrou o beijo.

Os olhos dele estavam cheio de lágrimas. O sorriso era tão cativante!

- Faça amor comigo, David...

Ele tirou a camisa dela e expos a pele alva em contraste com a lingerie preta. As mãos tocaram sua cintura e subiram tocando os seios. Ela gemeu. Os lábios de David continuavam a provar a pele dela. Seus dedos desfizeram o fecho do soutian que foi ao chão. Os polegares roçaram nos mamilos fazendo-os enrijecer imediatamente. Ele se levantou do chão sem largar do corpo dela e sem deixar de acariciá-la. Ergueu-a em seus braços apenas para posicioná-la novamente na cama com cuidado. Ele desfez o botão da calça jeans e devagar deslizou a peça por toda a extensão do corpo dela até que ela estivesse no chão. Ele livrou-se da própria calça e camisa ficando nu. Emily prendeu a respiração ao ve-lo daquele jeito a sua frente. Era um pedaço de mau caminho. O membro já demonstrava o prazer que ele sentia.

David se debruçou na cama e foi acariciando a extensão das pernas dela, o interior das coxas até tocar o centro dela com os dedos sobre a calcinha. Ele apertou os dedos contra o centro dela arrancando gemidos dela. A boca voltou a tocar a pele do abdomen rumo aos seios. Provou-os um a um, sugando os mamilos. Emily gemeu o nome dele.

- Oh, Daviiiiid.....

Ela sentiu a pressão do membro dela rígido contra sua coxa. Podia sentir a umidade no seu centro. Sentiu uma das mãos de David entrar na sua calcinha e tocar seu clitóris, massageando-o. Ela entrou em extase.

- Oh ,my....God...David....

Ele sorriu e mordiscou a pele dela. Tornou a beijá-la na boca. Emily entrelaçou os braços dela nas costas dele, tocando-o e sentindo os músculos fortes. Ele enfiou os dedos nela e começou a mexer devagar aumentando o prazer para ela. Emily quebrou o beijo e mordiscando a orelha dele, pediu.

- Quero você dentro de mim....por favor...

Ele retirou a mão e de joelhos na cama, ele puxou a calcinha com as mãos. Agora sim, ela estava nua. Ele parou por um instante para admirá-la. Como pode ser tão linda? Perfeita. Ele se debruçou sobre as pernas dela e provou-a com a língua. Emily contorceu o corpo na direção dele, erguendo-se da cama e gemendo baixinho, as palavras inteligíveis.

Ele se deliciava e se esmerava em dar prazer a ela. Queria ve-la livre e sem qualquer preocupação, o momento era para ela, unicamente para sua Emily. Uma das mãos dela encontrou a dele tocando seu seio. Ela sobrepos a mão dele encorajando-o e guiando seus movimentos. Num dado momento, ela entrelaçou os dedos nos dele e David a sugou. Uma explosão se fez sentir em todo o seu corpo, arrepiando-a e fazendo-a tremer. Emily se deixou levar pelo orgasmo. David continuou incentivando-a e provando-a. Ela apenas aproveitava a sensação do prazer que a dominava. Ele ergueu-se sobre ela e devagar introduziu o pênis rijo. A sensação era incrível. Como ela ansiara por isso. Ele deslizou para dentro dela suavemente, David podia sentir o quanto ela estava úmida. Devagar, ele começou a movimentar-se dentro dela, o peso do corpo dele sobre o dela. Ele manteve os olhos pareados com os dela, as feições do rosto mostravam a reação que ela tinha com o momento. Os olhos mantinham-se fechados.

- Abra seus olhos, Em. Deixa eu te ver...

Ela abriu vagarosamente, as pupilas dilatadas devido ao desejo. Ele aumentou o ritmo do movimento e ela o acompanhava. Ele beijava-lhe o pescoço, o rosto e os lábios. David virou-se sem parar de mover-se dentro dela. Agora, Emily estava em cima e rapidamente ela moveu os quadris sentindo o orgasmo começar a se formar. Ela apoiava as mãos no peito dele e o ritmo entre eles cresceu. Ela já não aguentaria por muito tempo. David sabia disso e procurava proporcionar o máximo de prazer a ela. Ele ergueu-se da cama e seus lábios foram de encontro aos seios dela. Ao sugar e lamber os mamilos, Emily gemeu. O frisson fora imediato e antes que ela pudesse fazer algo a respeito, seu corpo contorceu-se de prazer, o orgasmo a atingiu fazendo-a jogar a cabeça para trás. David aproveitou para tocar e beijar o pescoço na área da garganta. Entre gemidos e gritos, ela procurou se agarrar a ele para sustentação. As mãos apertavam os ombros dele e as unhas cravavam na pele ao sentir a última estocada dele. david também rendeu-se e ambos seguravam-se. Pele contra pele, ela ofegava e ele buscava os lábios dela. Roubou-lhe mais um beijo segurando seus cabelos. Tudo era intenso, forte. Sexy.

O tremor a fez perder as forças e David tornou a se deitar na cama trazendo-a junto com ele. Ela respirava profundamente apenas sentindo o calor e o suor do corpo dele, o ritmo louco do seu próprio coração. David acariciava os cabelos dela, os olhos fechados. Depois de alguns minutos, ela deu um selinho nos lábios dele. mordiscou o queixo dele. David abriu os olhos. Fitou-a.

- Sabe que você fica ainda mais linda depois do prazer? Se é que isso é possível.

- I love you, David. Não importa o que aconteça, você só precisa saber disso.

- Emily, desde o primeiro dia que te vi eu sabia que você ia me dar trabalho, você é linda, charmosa, sexy. O que não imaginava que estar com você seria o ponto do meu dia e principalmente não pensei que me apaixonaria por você. Emily, você é parte de mim, da minha vida e não tenho nenhuma razão para não amar você. Você é a mulher mais extraordinária que conheci na vida. Sempre vou te amar.

- Sempre?

- Sempre. Não quero pensar no amanhã, agora quero viver o presente porém você precisa saber que meu amor é para sempre.


- O meu também, aconteça o que acontecer.

Ela aconchegou-se no peito dele e sorriu. nada lá fora importava, quem eles eram, a vida que levariam após esse momento. Agora tudo que importava era a batida de seus corações e o amor que eles finalmente expressaram entre aquelas quatro paredes.




FIM