sábado, 21 de maio de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.12

Cap.12


- Não, isso não é virose. Bren, nós precisamos ter uma conversa muito séria.

- Não, Angela...estou bem.

- Com essa cara pálida?

Angela pegou a mão da amiga, suspirou e falou.

- Bren, vou te fazer uma pergunta e quero uma resposta sem rodeios ok?

- Ok.

- Você e o Booth se protegem na cama?

- Sim.

- Usam camisinha sempre?

- Booth não usa camisinha.

- Como não? Você acabou de dizer que se protegem?


- Ele usou preservativo acho que nas 3 primeiras vezes, depois eu pedi para ele não usar. Eu tomo anti-concepcional e no início usei DIU. Não gosto de relação com camisinha e Booth é fiel. Não tem nenhuma chance dele sair por aí transando com outras mulheres. Temos uma relação monogâmica. Além do mais, o preservativo não é 100% confiável. Nenhum método é.

Angela passou a mão no rosto.

- Amiga, essa sua tonteira, enjôo matinal... isso tem nome. Muito me admira que você como médica não tenha desconfiado. Bren, eu acho que você está grávida.

Ela olhou para Angela franzindo o cenho.

- Impossível.

- Porque???

- Booth e eu sempre nos protegemos.

- Você acabou de dizer que os métodos de prevenção não são totalmente garantidos. Porque não pode estar grávida?

- Porque me protegi.

- Todas as vezes? Quando foi sua última menstruação?

Brennan ficou pensativa por um momento. Quando foi mesmo? Será que Angela tem razão? Os sintomas pareciam óbvios mas também lembravam muito sintomas de virose.

- E então? Quando foi?

- P-pouco mais de .... dois meses.

- Amiga, vai por mim, esse sono todo? Você deve estar grávida!

Foi como se um raio a atingisse. Ela se levantou do sofá e começou a andar de um lado pro outro. Seria possível? Como ela uma profissional médica conceituada não tinha percebido isso? Não, Angela estava errada!

- Oh não mesmo! Não pode ser....

- Tanto pode como aparentemente é...

- Angela você tem que estar errada! Eu nào posso ter um bebê!

- Porque não? Você é médica, tem um bom emprego, estável financeiramente, sua carreira professional é boa e mais importante, o pai dessa criança é maravilhoso!

- Angela, eu não posso ser mãe! Gravidez é algo fora de questão para mim.

- Você tem algum problema de saúde?

- Não, eu só não posso ser mãe, eu não sei o que é isso , eu não tive isso direito na minha vida. Eu nào sei o que fazer.

Angela percebeu o medo e a preocupação no rosto da amiga. Tinha que acalmá-la.

- Bren, não é assim. Sei que você não tem experiência em maternidade, nenhuma mulher tem na verdade. Sei também que seu histórico familiar não é favorárel. Você não está acostumada com a idéia de família, eu entendo. Mas quer saber? Você já está a frente de muitas mães de primeira viagem, você é obstetra e cirurgiã neonatal, sabe tudo desses pequeninos. Não tenha medo.

- Eu não tenho medo Angela apenas não tenho aquele instinto maternal que vejo nas minhas pacientes, não nasci para isso.

- Duvido! Se isso fosse verdade, porque que toda vez que um bebê corre risco de vida no hospital ou falece você fica péssima? Você chora, se entrega e faz tudo para a criança melhorar mesmo não sendo sua. E nem adianta falar em juramento de hipócrates que isso é desculpa. Você faz tudo isso porque se importa e se isso não é vocação para maternidade eu não sei o que é.

Brennan não sabia o que dizer. Angela parecia enxergar algo que ela não conseguia. Isso era totalmente inesperado. Como lidar com isso? E Booth?

- Angie, Booth e eu nem temos um ano de relacionamento, eu não sou adepta a casamenteo e nem sei se podemos considerar criar esse bebê juntos. Se eu não estou preparada quem disse que ele está? Não, isso não pode estar acontecendo!

- Mas está. Já aconteceu mesmo que você não saiba quando nem porque. E quanto a Booth, tenho certeza que ele ficará muito feliz com a notícia. Ele vai ser um pai maravilhoso.

- Como você pode saber disso?

- Da mesma forma que eu sei e você também que Temperance Brennan será uma excelente mãe. Porque você se nega tanto essa experiência, esse direito? Não é porque você cresceu praticamente sem família que seu bebê terá um futuro ruim. Exatamente porque você sabe das dificuldades que enfrentou é que torna-se mais fácil corrigir erros e evitar situações desagradáveis. Lembre-se que você não estará sozinha. Booth também será parte importante do processo. Vocês discutirão e decidirão cada uma das decisões.

Angela sorriu e abraçou-a.

- Mas quer saber? Agora não é a hora de ficar pensando no futuro. Precisamos pensar no momento, em nos certificarmos que você está esperando um lindo bebê. Ai estou tão animada!!!

Angela sumiu por uns minutos e voltou a sala com a bolsa na mão.

- Você fica aqui e nada de entrar em pânico! Vou na farmácia da esquina e volto já.


- Mas Angie...

- Shh nada de mas. Volto em alguns minutos.

Assim que a amiga saiu, Bren deitou-se no sofá. A cabeça a mil tentando assimilar a idéia. Grávida. Um bebê. Uma mudança inesperada na minha vida. Um homem maravilhoso. Surreal. Instintivamente ela passou a mão sobre a barriga. Estou pronta? Devo ir em frente? Um bebê. E agora?

Dez minutos se passaram até angela retornar ao apartamento.

- Cheguei. Hora da verdade.

Angela reparou que a amiga estava deitada de olhos fechados. Percebeu onde a mão se encontrava. Ela devia estar analisando a situação - pensou. Ela mordia os lábios, sinal que a amiga reconhecia como apreensão. Ela ainda está tentando se convencer de que não pode ser verdade.

- Hey, Bren. Hora de fazer xixi no palito.

Ela abriu os olhos. Viu o sorriso da amiga.

- Em que você estava pensando? Aposto que tava analisando os prós e contras dessa gravidez não? Conheço você.

Ela se levantou sem dizer nada e foi para o banheiro com a caixa do teste na mão. Um minuto ela voltou segurando o dispositivo.

- Quanto tempo temos que esperar?

- Três minutos.

Brennan procurou a mão da amiga e segurou na sua. Estava nervosa. Foram os três minutos mais importantes e longos que ela já vivera. Sentia o coração bater mais forte e a respiração ser mais pausada. A voz de Angela foi como um sussurro em meio ao silêncio.

- Está pronta?

Ela respirou fundo.

Angela pegou o dispositivo e entregou a ela.

- O que estou procurando?

- Dois pauzinhos cor de rosa, você está grávida.

Angela entregou o dispositivo plástico para ela. Brennan mordeu os lábios. Não tinha coragem de olhar.

- Não, vê você.

Angela sorriu. olhou para a marcação.

- OMG! Você vai ter um bebê! Eu vou ser titia!

Ela abraçou a amiga com força. Ao soltá-la voltou a olhar para Brennan. Ela tinha uma expressão apreensiva.

- Hey, porque essa cara? É para você estar sorrindo, feliz.

- Isso é tão estranho. Tão aterrorizante.

- Não, é excitante! Minha melhor amiga vai ter um bebê.

- Desculpe Angela mas esses testes de farmácia não são seguros. Pode ser um falso positivo.

- Bren, relaxa, é positivo!

De repente, ela se levantou da cama e resolveu decidida.

- Preciso trabalhar!

- Na,nanina...não! Ligue pro hospital e diga que surgiu um imprevisto, melhor! Diga que está doente. Você acabou de descobrir a melhor notícia da sua vida e quer enfiar a cara no trabalho? De jeito nenhum! Conheço você e dessa vez não vai fugir enquanto não resolver o que vai fazer agora.

Ela suspirou pegou o celular e ligou para o Dr. Bray. Explicou que não iria pela manhã e talvez a tarde fizesse consultas.

- Vou tomar um banho Angie preciso pensar.

- Tudo bem. Vou ficar por aqui, almoçamos juntas hoje ok?

- Ok.

Brennan entrou no banheiro, lentamente tirou o pijama e ligou a água para encher a banheira. Apesar de ter dito para Angela que ia pensar, ela nem sabia como começar a imprimir um pensamento sequer. Entrou na banheira, o corpo parcialmente coberto com a água quente mesmo o clima não estando frio. Ela fechou os olhos. A imagem que veio na sua cabeça era de uma manhã da sua adolescencia num internato. Era dia de visitas onde futuros pais vinham conhecer as crianças possíveis candidatas a novas famílias. Não! Esse tipo de pensamento, não! Ela suspirou e a imagem seguinte fora melhor, era Booth. Um pequeno sorriso formou-se no canto dos lábios. Bem melhor.

E então ela acabou cochilando por alguns minutos. Ao acordar, lembrou-se porque estava ali. Grávida. De Booth. Como? Remexendo na memória, ela começou a ligar os pontos para descobrir quando isso poderia ter acontecido. E então ela somou 2 + 2.... e se a suspeita dela estivesse correta, ela deveria estar com quase dois meses.

Como não percebeu isso? Ela precisava ter a confirmação dessa história. Levantou-se da banheira, tomou uma ducha e se vestiu. Angela estava no notebook na sala. Já eram quase meio-dia.

- Vamos sair, Angela.

- Você já quer almoçar?

- Podemos almoçar mas eu preciso tirar logo essa história a limpo. Preciso da confirmação da ciência.

- Ok, podemos fazer isso. Primeiro, almoçamos e nem adianta discutir comigo. Vou me aprontar.
Angela sumiu quarto adentro e o celular de Brennan começou a tocar. Ela já sabia quem poderia ser.

- Oi, Booth.

- Hey, amor. Como você está?

- Bem.

- Está trabalhando?

- Sim.

Booth notou que havia algo errado.

- Está tudo bem mesmo amor?

- Está, eu tenho que ir. Preciso resolver um problema.

- Tá, tudo bem. Sei que você está ocupada ou preocupada. Seu tom de voz diz isso.

- Não, Booth. É só algo que preciso fazer. Eu falo com você depois, á noite.

- Ok, um beijo.

- Outro para você.

Odiava omitir o que estava havendo para ele porém, ela precisava pelo menos confirmar tudo para falar com ele. Se fosse verdade, ela nem sabia como iria contar a ele. Angela surgiu na sala.

- Vamos?

Elas deixaram o apartamento e foram atrás de um lugar para almoçar. Felizmente, Brennan se alimentou e não enjoou. Sentia-se melhor embora a ruga de preocupação ainda fosse visível na sua testa. Angela não desistia de animá-la e sempre mostrar o quanto essa novidade era boa para a amiga.


Após o almoço, Brennan e Angela caminharam por uns momentos vendo vitrines, como se estivessem vivendo um dia normal. Era essa a filosofia de Angela para manter a amiga calma e sem racionalizar muito sobre o assunto. Enquanto ela se distraiu com uma vitrine, Brennan pegou o celular e ligou para o Dr. Bray. Explicou o que queria. Disse que estaria no hospital em meia hora. Ela tornou a chamar a amiga.

- Vamos ao hospital.

Angela não discutiu. Caminharam até a próxima estação do metrô. Levariam pelo menos uns vinte minutos. Sentadas no trem meio vazio, Angela percebia que a face da amiga mostrava sinais de ansiedade. Talvez ela estivesse finalmente entendendo o que estava se passando com ela e o que viria pela frente.

- Acho que já sei o que aconteceu. Quero dizer, quando aconteceu. Foi na comemoração especial como o Booth chamou aniversário de seis meses. Lembro que tudo naquele dia foi maravilhoso e sei que fizemos amor a noite toda. Adormeci. Não tomei nada. Quando isso acontecia, eu sempre tomava a pílula do dia seguinte. Mas naquela manhã, especificamente não tomei.

- Se for isso mesmo então...

- Estou com quase dois meses.

Elas chegaram no hospital. Foram direto ao andar da ginecologia. Já na recepção, Brennan perguntou por Dr.Bray e pediu para bipa-lo. Em cinco minutos, ele apareceu.

- Olá, Dr.Brennan.

- Dr. Bray. Está é Angela, minha amiga.

- Ah, tudo bem com você Angela?

- Tudo bem.

- Está tudo preparado?

- Ah,sim podemos usar a sala 04. Vamos?

Wendell as guiou até a referida sala. Angela cochicou para a amiga. “Ele é bem bonitinho, hum?”

- Ok, enquanto eu preparo o equipamento na área ao lado, você pode se trocar ali. Temos batas apropriadas e a enfermeira virá em seguida para coletar o sangue para o exame. Dr.Brennan, a senhora pode me dar um minuto? Preciso checar o resultado de uma medicação de uma paciente. Prometo que não demoro.

- Tudo bem, Dr.Bray. é o tempo que arrumamos tudo por aqui.

Brennan vestiu o uniforme de atendente que trouxera do seu consultório. Antes de se preparar para o ultrason precisaria tirar sangue e não queria levantar suspeitas. A enfermeira entrou mas Brennan disse que ela mesma cuidava disso. A moça não se importou, conhecia a doutora. Brennan pegou o material de coleta e já vestida com a bata sentou-se na cama e pediu a ajuda de Angela.

- Pode amarrar o torniquete aqui no meu braço?

- Você vai fazer isso sozinha?

- Não seria a primeira vez...

- Porque você não deixou a enfermeira fazer?

- Acredite Angela, por hora não quero que ninguém saiba o que está acontecendo.

Brennan enfiou a agulha no braço e de primeira colheu todo o sangue necessário para o exame. Ela colocou a etiqueta no frasco e colocou o nome de Angela. Ao terminar, chamou a enfermeira e pediu urgência no resultado. Voltou para a sala e apressou para arrumar-se para o ultrasom. Dr. Bray voltaria a qualquer momento. Nem bem ela vestiu a bata, Wendell entrou na sala. Foi direto ajeitar o equipamento não olhando para as duas.

- Desculpe, Dr. Brennan. Demorei mais que previ. Vou setar o equipamento e já podemos começar. Será uma ultrasom simples ou faremos uma 3D? Desculpe, eu nem perguntei o que essencialmente é o problema, consulta de rotina, gravidez?

- Estamos tentando detectar uma gravidez, faremos as duas ultrasons se necessário. Se realmente houver gravidez, peço o seu sigilo quanto a isso.

- Claro Dr.Brennan. por favor, já pode se deitar, eu só vou pegar o gel e....

Nesse momento, Wendell vira-se e dá de cara com a Brennan deitada cama pronta para o exame. Ele tem os olhos arregalados e fica mudo. Angela começa a rir.

- Dr. B-Brennan eu pensei, a sua amiga... ela não...o exame é...

- O exame é meu, Dr.Bray. não queria revelar isso por telefone. Porém, agora que o senhor já sabe terá que respeitar a confidencialidade da relação médico-paciente. Iremos fazer o exame e os resultados você poderá colocar na minha pasta.

- Já fez exame de sangue? Porque acha que está grávida?

- Angela suspeitou porque eu apresentei enjoos e fiz um teste daqueles de farmácia e como não confio na acuracidade deles, resolvi fazer o ultrasom e o exame de sangue que foi para análise no nome de Angela.

- Certo... tudo bem…. eu, eu só preciso de um minuto para me recompor. Desculpe, não é todo dia que se faz um exame na sua chefe.

Ele respirou fundo. Angela vendo a aflição e o nervosismo dele, sorriu.

- Doutor, não fica assim. Você precisa encarar a Bren como uma paciente normal. Você é profissional e se a Bren não gostasse de você e do seu trabalho, ela não teria te chamado aqui, teria feito esse exame sozinho e acredite, ela faria. Deus sabe lá como!

Wendell sorriu. estava mais relaxado. Posicionou-se ao lado da máquina de ultrasom e ligou-a. Sorriu. pegou o gel e espalhou na barriga de Brennan.

- Você vai me dizer qual foi o resultado do teste?

- O que você acha? Positivo.

- Então vamos checar se o teste estava certo. Você tem idéia de quando pode ter acontecido?

- Preciso primeiro saber, Wendell.

- Se estiver grávida, vou ficar duplamente feliz, por você e pelo capitão.

Ele começou a passar o sensor pela barriga dela. Angela estava a seu lado segurando-lhe a mão. Aos primeiros movimentos não detectara nada. Wendell continuou a procura e então um grão minúsculo apareceu na tela. Wendell sorriu. mexeu o sensor um pouco mais para melhorar a visão dela.

- É Dr.Brennan, parece que o teste de farmácia estava certo. pelo tamanho deve estar com....

- 7 semanas. Devo estar com 7 semanas. Apenas cheque.

Wendell ajustou o equipamento e lá estava o cálculo.

- Parece que você vai ter um bebê na época de natal. Meus parabéns, Dr.Brennan.

Brennan suspirou fundo. Ela estava mesmo grávida. 7 semanas.... grávida!

- Ah, amiga....eu vou ser titia! Melhor dinda!

Angela abraçou a amiga e beijou-a no rosto.

- Espere, é possível ouvir o coraçãozinho dele?

- Talvez, nem sempre.

- Podemos tentar? Queria tanto ouvir, doutor.

- Angela, se desse para ouvir já tinhamos ouvido pelo tempo que o Wendell está fazendo o exame.A não ser...Wendell você ligou o áudio?

Wendell verificou o aparelho e percebeu que esquecera.

- Desculpe, acho que foi a situação e bem já estou ligando e...

O som das batidas de um coração tomou a sala. Estava lá, um pequeno ser dentro dela, do tamanho de uma uva mas já tinha coração e devia estar em formação o cérebro. Nem dava pra ver os dedinhos do pé ainda grudados, a cabecinha um pouco maior que o corpo. Brennan olhava para o monitor estática. Era o seu bebê, era seu e de Booth. Um ser humano. Ela que já vira centenas de vezes essa imagem estava extasiada. Mal respirava. Era real. Tão real.


Tchum, tchum, tchum.

Angela olhou para a amiga e percebeu que ela chorava. Ela acariciou o rosto dela e os cabelos. Wendell imprimou a foto do bebê dela. Não ia desligar a máquina enquanto ela não mandasse. As lágrimas corriam pelo rosto, a sensação era aterrorizante e irressistível e... então ela lembrou de Booth. Como ele iria reagir a tudo isso?

Brennan sentou-se na cama e Wendell desligou o aparelho. Entregou a ela o resultado do exame.

- Vou deixá-las sozinhas por um momento, se precisar é só me bipar doutora.

Ele saiu da sala e Angela sentou-se ao lado dela na cama. Ela ainda podia ver lágrimas marcando o rosto de Brennan. Viu que a amiga fechou os olhos por um tempo, talvez tentando absorver tudo que ouvira. Ela precisava desse tempo. Precisava entender o que estava acontecendo agora e daqui para frente.

- Eu, eu não sei o que fazer, Angie. Isso é tão inesperado. Tudo mudou. Não sou mais a médica conceituada, sou agora responsável por uma vida. E ainda tem Booth... não sei o que pode acontecer. Angela e se ele não aceitar essa situação? Eu não posso criar uma criança sozinha, eu nem sei lidar com pessoas direito! Eu não vou conseguir isso....não posso!

- Angie...eu não sou uma assassina, eu não sou...ele é um ser humano, o coração já bate....mas eu não saberei criá-lo sozinha... o que vou fazer?


- Hey... calma. Não é bem assim como você descreveu. Você ainda é a médica competente e maravilhosa que conheci, ainda será muito importante durante essa gravidez e por toda a vida do seu bebê. Agora você será mãe e sim, sua responsabilidade é maior mas não se preocupe, Booth estará com você. Tenho certeza.

- Tempe, você já parou para pensar que você vai ter uma família, sua própria família.

Brennan abraçou a amiga.

- Obrigada,Angie. Você é uma amiga maravilhosa. Minha melhor amiga, minha irmã. Metaforicamente falando, claro!

- Claro. Eu te amo, Bren.

Brennan sorriu e foi se trocar. Já estavam na porta da sala quando Wendell veio ao encontro delas.

- Já estão de saída?

- Sim, e você mantenha a notícia com você.

- Pode deixar, mal posso esperar para ver a cara do capitão.

Ele sorriu. Brennan franziu a testa e olhou apavorada para Angela.

- Wendell, não assuste a Bren!

- O que eu disse?

- Ela não sabe como Booth vai reagir... está preocupada.

- Se conheço o capitão, vai adorar a notícia. Não há com que se preocupar, Dr. Brennan. Booth é um homem sério e mais importante, ele a ama.

Elas se despediram dele e deixaram o hospital. Brennan respirou fundo e ficou olhando o céu azul por algum tempo. Pegou o celular.

- Booth?

- Hey, linda...

- Desculpe por antes.

- Tudo bem, você estava ocupada.

- Preciso te ver...

- Saudades, é?

- Preciso mesmo te ver.

Booth percebeu que o tom de voz dela estava agitado, nervoso.

- Onde você está?

- Saindo do hospital.

- Vou te encontrar no Columbus Circle em meia hora.

- Não Booth. Prefiro ir ao seu apartamento.

- Tudo bem... eu vou demorar mais uma hora pelo menos. Dá pra esperar? Porque se for urgente, eu saio agora.

Ela queria dizer que sim mas não era justo com ele.

- Não, eu espero. São 5h agora, umas 6 e meia estarei lá.

- Tá, te amo Tempe.

Ela desligou. Angela e ela sairam caminhando e pararam na lanchonete próxima ao hospital. Angela queria que ela se alimentasse. Pediu uma vitaminada de banana e morango e uma salada de frutas.

- Você vai comer agora. Precisa estar bem para encontrar Booth.

- Acho que deixei ele preocupado.

- Relaxa, logo essa preocupação some e transforma-se em alegria.

- Como você pode ter tanta certeza?

- Eu apenas sei...


XXXXXX


Booth checava o relógio. Quase 7 da noite. Onde ela estava? Ele ficara preocupado com o telefonema. O interfone o pegou num sobressalto. Era ela.

Assim que surgiu na porta dele, Booth percebeu que ela tinha um rosto sério e preocupado.

- Hey... você demorou.

- Oi…

Ele a beijou com carinho. Levou-a até o sofá.

- Você me deixou intrigado. Primeiro, no telefonema pela manhã, achei você distante. Depois, a sua voz não me pareceu boa quando ligou novamente. O que aconteceu, Tempe?

Ela suspirou. Olhou para ele ainda mantendo a seriedade no olhar.

- Booth, eu preciso te contar algo. Nem sei bem como começar, é tudo tão inesperado...

- Que tal pelo começo?

- Lembra da noite que comemoramos os seis meses juntos? Eu adorei aquela noite... tudo o que passamos.

- Eu também.

- Você disse que me amava....

- Amo e amarei,Tempe. Presente e futuro.

Ela mordiscou o lábio inferior.

- E-eu estou com medo, Booth. Medo de você...

- Hey... Tempe, por favor me diz o que aconteceu?

Ele segurou ambas as mãos dela nas suas e seus olhos fitavam os dela, ternamente.

- O que quer que seja que você tem para me dizer, diga. Seja qual for o problema, nós iremos achar uma solução juntos. Apenas me diga o que está te aflingindo.

- Booth, e-eu estou grávida. Eu vou ter um bebê.

- OMG!

Brennan olhava para ele tentando decifrar o que ela estava sentindo. Ele estava sério. Ela não sabia interpretar a reação dele. OMG... o que ele quis dizer com isso? Ela baixara a cabeça. Booth ergueu o queixo dela.

- Um bebê? Nosso bebê?

- Sim. 7 semanas.

Ela mostrou o ultrasom, as mãos dele tremiam assim como as dela. Ele a beijou com paixão. Brennan não reagiu a principio meio surpresa com o jeito dele mas ao sentir a língua dele forçando para entrar em sua boca, ela correspondeu. Ao quebrar o beijo, Booth tocou a barriga dela.

- Eu vou ser pai... meu Deus, eu... minha familia...

- Você...está tudo bem?

- Bem? Isso é maravilhoso, Tempe. Eu sonho com isso a tanto tempo, ter uma família. E te-la com você é mais que a realização desse sonho. É a felicidade plena. Você, a mãe do meu bebê... nem sei dizer o que estou sentindo. Eu quero gritar!

Ele gargalhava. Ela sorriu. uma sensação boa de arrepio e alivio percorreu seu corpo. Booth era o pai do seu bebê. Ele mudara sua vida.

- Vai ficar tudo bem, Booth? Eu preciso saber...

- Vai, faremos tudo para que fiquemos bem. Eu prometo, Tempe. Seremos muito felizes.

Ela o abraçou. Ele beijou-lhe a testa. O rosto. A boca.

- Sou o homem mais feliz do mundo. Um filho.

- Eu tive muito medo... eu tenho.

- Porque gorgeous?

- Porque eu não tive família, eu não sei ser mãe, eu...eu não sei se consigo fazer isso.

- Você consegue, nós conseguiremos.

Eles permaneceram abraçados no meio da sala de Booth. Ele a puxou para o quarto. O momento era de comemoração. Ela não pensara nisso quando decidiu ver Booth mas agora, seria a melhor maneira de terminar esse dia tão único para eles. Fizeram amor. Horas depois, ao estarem abraçados na cama, Booth começou a falar.

- Acabei de lembrar de uma coisa....

- O que,Booth?

- Lembra que falei que quando tivesse um filho queria que você pudesse traze-lo ao mundo? Agora isso não vai dar certo. precisamos de um plano B.

Ela riu.

- Temos Wendell...

- Bem lembrado!

- Isso nunca passou pela minha cabeça. Ter um filho...agora é tão

- Maravilhoso?

Ela concordou com a cabeça. Sorriu. O coração de Brennan batia agora bem mais calmo. Ela não estava sozinha, não mais. Ela tinha uma família. Graças a Booth. Tornou a fita-lo.

- I love you, Booth.

E foi como chegar em casa. Uma casa que ela não vivera, que ela não experimentara ainda na vida. Sorrindo, ele a beijou apaixonadamente em retorno.





Continua........

3 comentários:

Giovanna disse...

OMG!! Ficou muito bom! E a Angela.. Bem preciso! Obrigada por mais um capie!
Bjoss
giih

julia disse...

Karen! Quer nos matar de novo? Eu lendo e rindo, tremendo... Sei lá... muito estranho, tomara que o 7X01 seja parecido... Se com a FIC a minha reação foi essa, imagino como vai ser descobrir o que vai acontecer com eles de verdade! O OMG do Booth foi ótimo, e a Bren tentando identificar o que significava... Hilário! PARABÉNS!!! Mais um cap que conseguiu nos atingir KKKKK
Julia Blaustein (@jublaustein)

Eliane Lucélia disse...

Aiai, Amiga, confesso que gostei muito mais dessa surpesa, do que a do epi, sei lá. Eu adorei esse capítulo, a Angela é minha heroína, ela consegue dar amparo tão legal a sua amiga, faz com que a Brennan fique mais calma e, tudo isso com suas maluquices, as vezes dá vontade de entrar na estória, abraçá-la e dizer, muito obrigada. E a Brennan? surtando por achar que não é uma pessoa maternal, Angela tem toda razão, Brennan é mais maternal do ela pode imaginar, tenho certeza que ela será uma mãe maravilhosa,porque ela vai querer dar ao seu filho (a) tudo que não teve. Agora o Booth, meu pai eterno, é claro que a reação dele não poderia ser diferente, um homem, lindo, maravilhoso, carinhoso, gostoso etc, etc, etc, jamais iria rejeitar um filho ainda mais amando a Brennan do jeito que ama, fiquei tão feliz com a felicidade dele, já estou doida pra ver os surtos da Brennan com o Bebê.....AMEI este capítulo, ficou MARAVILHOSO, aliás, essa fic é maravilhosa!!! bjosss, (tow na espera do próximo capítulo hehehe, sem pressão, tá?) bjos,bjos gêmea!!!!