quinta-feira, 23 de agosto de 2018

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap. 43


Nota da Autora: Mais um capitulo para vocês. O que esperar? Festa, comemoração, fama, ciumes afinal "Before Dawn" veio para criar um novo ritmo nos livros de Castle. Tem uma cena que queria escrever a um bom tempo, sentia que Kate Beckett merecia isso, musa é musa. Além disso, talvez precisem de alguns lencinhos. Depende de cada leitora... enfim, divirtam-se! 


Cap.43  

A livraria na quinta avenida estava bastante iluminada. Havia banner de “Before Dawn” e de Castle em todas as vitrines. Seguranças, repórteres e diversos fotógrafos além de fãs perambulavam pelo perímetro da Barnes & Noble. O evento era fechado para apenas 200 pessoas onde 80 eram jornalistas e influenciadores. Os demais convidados incluíam familia, amigos, conhecidos e apenas 50 convites foram distribuídos aos fãs mais hardcore do escritor por meio de promoções da editora e no site de Castle. 
Gina pedira para Castle chegar às seis. Queria repassar o cronograma com ele, acertar os últimos detalhes e começar o evento na hora agendada. Eles entraria pela parte traseira da livraria longe dos olhos curiosos do público. Ao encontrarem a equipe da editora, eles primeiramente parabenizaram o escritor. Tudo indicava que o novo livro seria um sucesso especialmente após as boas criticas dos poderosos NYT e NY Ledger. 
— Ficou satisfeito com o pedaço dedicado a você no Ledger? Domingo sai a entrevista. Pedi para separarem a matéria assim damos a chance das pessoas comprarem o livro ou influenciamos aquelas que ainda estão pensando em adquiri-lo em dois momentos distintos. Também conversei com a gerente da loja. Eles vão incluir “Before Dawn” na lista de sugestões para presentes de natal em todas as lojas da cadeia. 
— Excelente. 
— Pelo que vejo o livro irá alcançar a lista dos mais vendidos antes do que imaginei - disse Beckett. 
— Apenas essa loja teve 1000 cópias reservadas na pré-venda. A minha tiragem inicial foi vinte mil para a costa leste e dez para a costa oeste. Espero que tenhamos que realizar outra prensagem em breve. Deixe-me atualiza-lo sobre o que vai acontecer hoje - vendo que Gina teria a completa atenção do marido, Beckett pegou a filha e começou a zanzar pela livraria. Por volta das seis e meia, os convidados começaram a chegar. Beckett não se surpreendeu em ver Johanna ser uma das primeiras a chegar na livraria. Ela tinha caprichado. Usava um vestido em tom coral que contrastava bem com os cabelos avermelhados caídos sobre os ombros. Paul também estava elegante. Calça social preta e uma camisa em tom salmão fazendo um contraste com a noiva. Audrey e Charlie pareciam bem empolgados com a chance de participar de um evento como esse pela primeira vez. 
— Oi, Joh! Vocês estão alinhados. 
— Olha quem fala! A própria Nikki Heat em pessoa. E, que princesinha você está Lily! Mamãe caprichou - disse a médica tirando a menina do colo de Kate para enche-la de beijos - cadê o dono da festa? 
— Está conversando com Gina, ultimas orientações da noite. Trouxe seu livro para ser autografado? 
— Claro! Está na bolsa de Audrey que é maior. Você acha que Castle vai falar de mim para o público? 
— A Joh está obcecada com isso. Quer ter seus quinze minutos de fama - disse Paul. 
— Quinze minutos? Paul, ela tem uma trilogia! Castle escreverá três livros com a personagem dela, o que são 15 minutos? Fora que ele já agradeceu no fim de Before Dawn, mas quem disse que mama se contenta com isso? - Beckett riu. 
— Na verdade, são quatro livros. A trilogia e um prequel. 
— Por que mais um, Kate? Ela vai ficar impossível - disse Audrey. 
— Você teve a chance de ler ou ao menos se inteirar da historia? 
— Quem disse? Ela tem um ciúme desse livro. Ninguém toca. Se duvidar tem mais ciúmes do livro que de Paul. Vou comprar o meu exemplar hoje. 
— Deixa de ser exagerada! Eu apenas gosto de cuidar bem das minhas coisas. 
— Joh, que feio. Você devia ter dividido o livro com Audrey e Paul. Para que esse egoísmo? 
— Não comece. Por minha causa, seu marido vai vender mais. Cada um deles comprará um livro e eu irei adquirir outro. 
— Outro? 
— É esse vai para a estante. É a primeira edição e foi entregue antecipadamente. Merece uma posição de destaque. Sempre que quiser reler, eu usarei o exemplar que comprarei hoje. 
— Acho que vou perder a posição de fã numero um desse jeito… - Beckett implicou. 
— Isso nunca, me contento com a posição de numero 2 - ela deu uma rápida observada no salão da livraria - tem muitos repórteres aqui, não? 
— Alguém está querendo uma entrevista… - Audrey comentou apenas para mexer com a mãe. 
— Engraçadinha! Vou circular um pouco. Se importa que eu leve Lily comigo? 
— Claro que não. 
— Eu e Charlie vamos dar uma olhada nos livros. Daqui a pouco a gente volta - ficando sozinha com Paul, Beckett comentou.
— Ela está realmente empolgada, não? 
— Sim, parece que o evento é para ela. 
— Johanna realmente não te deixou ler o livro ou você não fez questão? Sei que pode ser um pouco estranho. Quer dizer, você tem sua noiva e seus amigos descritos como alter egos, mas ainda assim é difícil separar a realidade da ficção. Tem que estar bastante acostumado, como eu. 
— Posso te contar um segredo? Você tem razão ao dizer que eu não me interesso pelo gênero ou a historia, porém seria errado da minha parte não ler especialmente se minha noiva é uma das pessoas que inspirou e ajudou na historia. Joh não sabe, um dia que ela estava de plantão e deixou o livro em casa por puro esquecimento acredito, eu fiquei curioso e acabei cedendo. Li cinco capítulos de uma vez. Ela nem desconfia. Eu mesmo disse a ela que não me sentia confortável lendo cenas de sexo com pessoas que conheço. Tenho que confessar que queria continuar, só que driblar a leoa que protege sua cria é uma tarefa muito difícil. Finalmente, outro dia ela estava relendo no conforto quando recebeu uma chamada de emergencia. Acho que nem passa pela cabeça dela que eu queira ler. Então pediu para eu guardar o livro na bolsa e saiu do conforto. Foi minha chance de continuar a leitura. Parei no capitulo 8. 
— Nossa! Que revelação. Vou adorar ver a cara da Joh quando você contar. 
— Vai ser na hora que Castle for autografar nossos exemplares. Eu fiquei surpreso com a dinâmica da historia e o crime médico acabou me prendendo. Não tão abismado como fiquei com a cena do capitulo 7. Como ele consegue? Quero dizer, ele está escrevendo sobre você… eu não sei se conseguiria. 
— Ele está escrevendo sobre Nikki. Você tem que separar as coisas. E o que posso dizer ao meu favor? Ele já fantasiava comigo através de Nikki antes de estarmos juntos, na verdade acho que sempre era eu na mente dele. Nunca pude evitar ou obriga-lo a não usar a sua imaginação fértil. Acho que me acostumei e não deixa de ser uma maneira de me elogiar. Isso sempre serviu de provocação entre nós antes mesmo de começarmos a sair juntos. Sério, me sinto lisonjeada por ainda ser capaz de incentiva-lo a escrever historias mesmo depois de tantos anos. 
— Tenho que ir absorvendo aos poucos. Pode ser que com o tempo eu me acostume. Acredito que o evento irá começar. Aquela não é a editora de Castle? - Beckett checou Gina próxima ao púlpito.  
— Sim, cadê a Joh? 
— Boa pergunta - Johanna driblara todos eles e se encontrava na primeira fila olhando para o escritor. Beckett se juntou a ela assim como os demais. A primeira parte do evento contou com a apresentação calorosa de Gina. 
— Boa noite! É um prazer ter tanta gente reunida para o mesmo objetivo essa noite. Celebrar a boa e velha fórmula dos trillers de mistério. Eu sei que muitos fãs do escritor se perguntavam quando ele voltaria com uma nova obra. Demorou mais que o normal por uma série de razões que não cabem serem ditas nesse momento. Agradeço a presença dos jornalistas, dos amigos e principalmente da familia de Castle, em especial Kate Beckett, afinal sem ela nada disso seria possível. Agora, sem mais delongas, eu dou a vocês o grande e único mestre do macabro, Rick Castle - a plateia aplaudiu calorosamente a entrada do escritor que acenava de volta e jogou um beijo para a esposa que segurava a filha deles no colo. Após cumprimentar a todos, ele cumpriu o script da noite lendo o primeiro capitulo da aventura. Assim que terminou, uma salva de palmas ecoou pelo salão. Lily foi na onda, ria e gritava empolgada. Beckett olhava com um sorriso no rosto para o marido. Castle sabia exatamente o que aquele olhar significava, podia le-lo e ouvir a voz dela dizendo “estou tão orgulhosa de você, babe”. Ela piscou para a esposa pensando que ela não sabia o que ainda viria pela frente. Johanna aplaudia fervorosamente o amigo - se querem saber mais, só tem um jeito. Pegue um exemplar e… repararam que tem vários caixas nesse local? - a plateia riu. 
— Não tem discurso? - perguntou um dos jornalistas sentados à esquerda da plateia - ou podemos partir para as entrevistas? 
— Bem, vocês me conhecem. Eu não perco a oportunidade de dizer algumas palavras. Dessa vez, é mais do que necessário. Acerca de dois anos atrás, eu recebi o prêmio Poe’s Pen pela minha carreira e obra como escritor de mistério. Naquela noite, eu sabia que algo estava prestes a mudar em minha vida, nossas vidas. Minha esposa tinha uma decisão a tomar sobre sua carreira que eu apoiaria incondicionalmente. Contudo, pouco imagina que a mudança traria um componente tão perigoso à nossas vidas. Risco da profissão, muitos diriam. A verdade é que foi bem alem disso. Eu acredito em segundas chances e foi exatamente o que eu e Kate ganhamos depois de um caso onde tivemos à beira da morte não fosse por um anjo chamado Johanna. Dois anjos, para ser mais exato. Não esqueci de você, Paul. Eu me lembro que no discurso que fiz para o prêmio mencionei que eu pensei que nunca escreveria outra vez até Kate surgir na minha vida, eu confesso que por alguns segundos cheguei a pensar que não conseguiria quando me deparei com você naquele hospital. Então me veio à mente uma frase que você me disse um dia “mesmo nos piores dias, há a possibilidade de alegria”. E ela veio através de Johanna que em momento algum deixou de lutar por você, eu recobrei a esperança e cada minuto seguinte foi dedicado a trazer minha musa de volta. Before Dawn, uma trilogia com direito a prequel surgiu dessa experiência. É uma nova abordagem ao mundo dos mistérios de Nikki e uma homenagem à amizade verdadeira e ao amor. Kate, voce é capaz de deixar o escritor sem palavras. Porque sinceramente, um milhão delas não conseguiriam descrever o que você representa na minha vida. Because of you, always. 
Os aplausos enchiam o salão novamente. Kate sorria e tentava segurar as lágrimas. O discurso de Castle fez um filme passar em sua mente. Ela o fitou murmurando “eu te amo, Rick”. Ele respondeu outra vez com always. Um dos jornalistas aproveitou o descuido da plateia ansiosa e jogou uma pergunta para o escritor. 
— Você pode falar um pouco mais da tal ameaça que enfrentaram? Do quase morte? - Castle sorriu. 
— Apesar de ser algo extremamente intimo e pessoal para minha esposa e eu, ela me autorizou escrever sobre o ocorrido no prequel dessa historia. Infelizmente, terão que esperar pelo livro. Afinal, a capitã não me autorizou a compartilhar um caso tão importante para a policia de Nova York e o FBI com o público, são informações confidenciais. Eu apenas usei a ideia. Que tal nos concentrarmos no que a maioria de vocês veio atras? A sessão de autógrafos começará em dez minutos. Enquanto isso, desfrutem das bebidas e dos aperitivos da noite. Obrigado. 
O mesmo jornalista aplaudiu, mas seguiu em busca de Gina. Queria uma entrevista a qualquer custo. Castle desceu do púlpito e veio pegar a filha no colo por alguns instantes. Beckett deu um selinho no marido. 
— Muito bem, escritor. Tive que me segurar. Você tinha que me fazer relembrar tudo aquilo? 
— O que eu posso dizer? Há sempre uma historia, Kate. 
— Ótimo discurso, Castle. 
— Obrigado, Paul. E cadê a minha fã numero 2? 
— Onde mais? - disse Audrey - comprando mais um exemplar para você autografar. Quer ser a primeira da fila - eles riram. 
— Melhor eu me dirigir para a mesa, se duvidar, Johanna tem um piti antes de Gina se eu não aparecer - ele devolveu a filha para Kate. 
— Melhor comprarmos os nossos, não Charlie? - disse Audrey enquanto puxava o namorado em direção à pilha de livros proximo à mesa de autógrafos. Paul pediu licença e se aproximou de outra coluna de livros para folhear um exemplar. Estava relaxado e atento à historia em suas mãos quando uma loira de cabelos fartos e usando um vestido curto o bastante para expor as longas pernas começou a puxar conversa com ele. 
— Então você é amigo do escritor? Deve ser muito bacana ter acesso à alguém famoso. Você lê os livros dele antes? 
— Não, Castle é muito restrito quanto às obras que escreve. 
— Mas são bons amigos? 
— Sim, somos - Paul sorriu e como era de se esperar a loira pareceu bem mais interessada após ver aquele belo moreno super simpatico ao seu lado. 
— Castle é tão bonitão, charmoso. Pena que esteja casado. Pelo menos ele tem amigos tão charmosos quanto ele - ela sorriu e tocou o braço de Paul. Sem graça, o médico sorriu e tentou se esquivar do contato, a mulher insistiu na conversa - qual a parte que você mais gosta dos livros de Nikki? Eu diria as cenas de sexo. São tão excitantes… você já experimentou alguma? - ela procurou toca-lo outra vez, mas foram surpreendidos por um limpar de garganta bem alto. Audrey.  
— Ai, está você. Procurei a livraria toda, pai! Mamãe está esperando para entrar na fila de autógrafos - ao ouvir a palavra de três letras, a mulher se afastou e deu um sorriso amarelo - vai pagar meu livro ou não? Não vejo a hora de tê-lo assinado.  
— Hey, Audrey. Vou sim. Com licença, aproveite a festa - Paul saiu de braços dados com Audrey - obrigado. Eu já estava ficando sem graça e estava pensando em como ia me livrar dessa enrascada. 
— Não me agradeça. Tive que usar o Charlie e a Kate para segurar a dona Johanna. Ela queria voar em vocês dois. Se vira para acalma-la agora. 
— Mas não aconteceu nada… 
— Diga isso a ela - a cara de Johanna estava de poucos amigos. Um bico enorme se formou ao ver o noivo. 
— Hey, Joh… - Paul sorriu procurando amenizar as coisas para o seu lado. 
— Pode parar com os agradinhos. Não posso deixar voce sozinho um minuto que alguma sirigaita quer logo se aproveitar? O que foi aquilo, Paul? Voce estava gostando não? Era só sorrisos e deixou que ela o tocasse! - a voz de Johanna se elevou uma oitava e Paul sentiu a pequena bolsa que ela usava bater forte contra seu braço. 
— Eu estava sendo educado. Eu não previ o toque. Joh, deixa de besteira. Você é minha noiva, praticamente esposa. Acha mesmo que eu vou dar bola para uma loira? Não faz meu tipo. Gosto de uma branquela sardenta - ele a abraçou pela cintura. 
— Será que você não percebe que não precisa fazer nada para atrair mulheres? Você tem um charme natural. Elas caem aos seus pés, se sorrir então! 
— Não estou vendo nenhuma mulher caída aos meus pés e se tivesse não me importaria. Eu tenho apenas uma dona do meu coração. Você - Johanna suspirou - fica linda com ciúmes, sabia? 
— Eu quase tive um ataque cardíaco. Meu coração só faltou sair pela boca. Isso não se faz - ele a beijou pegando-a de surpresa. Ao se afastar, ele sorriu. 
— E agora? Como está batendo seu coração? - ela riu - quer ir para a fila pegar seu autografo, Joh? 
— E quanto a você? Já comprou seu exemplar? 
— Ainda não. Vou fazer isso agora. 
— Então vou espera-lo na fila porque eu ia ser a primeira se não fosse aquela…. - ele colocou o indicador nos lábios dela. 
— Passou…. volto já. 
Beckett estava brincando com a filha no colo quando sentiu alguém agarrar suas pernas. 
— Sarah! Oi, meu amor - ela se agachou para falar com a menina - dinda está com saudades. Você não foi me visitar, podia ir brincar com Lily. Aliás, eu disse ao seu pai que pode ir lá no distrito sempre que quiser. 
— Mesmo? Kevin não me disse nada sobre isso. 
— Oi, Jenny - Kate se ergueu para cumprimentar a amiga - é verdade. 
— Ah, Beckett ali não é ambiente para crianças. 
— Hey, Castle leva Lily para me visitar. 
— A Lily está tão linda, tia. Posso carrega-la? 
— Acha que consegue? - Beckett trocou um olhar com Jenny e ambas decidiram dar uma chance a menina. Enquanto a mãe orientava Sarah, Beckett entregava Lily para Jenny - e cadê o pequeno? 
— Ficou com a babá. A filha da nossa vizinha. Ótima garota. Achamos que ele não ia curtir muito o evento. Não pretendemos demorar. Vou apenas pegar meu autografo e vamos andando. 
— E o seu parceiro? Ainda não o vi por aqui… 
— Da ultima vez que chequei, ele estava no bar. Sabe como ele é. Leitura não é o forte dele. Álcool gratis é outra historia - eles riram. 
— Olha para você, princesa. Sabe carregar Lily direitinho - nesse instante, Gina se aproximou. 
— Kate, posso falar com você um instante? 
— Claro. 
— Estou com um repórter que insiste em entrevistar Rick e Johanna. Eu sei que ela é sua amiga, então pensei em conversar com você antes. Eu não quero que eles revelem nada sobre os próximos livros, já alertei o repórter. O que quero saber é se sua amiga consegue encarar uma entrevista numa boa. Ela toparia fazer isso? Ficaria tranquila ou é muito nervosa para isso? E mais importante, tem algum problema para você se eles forem entrevistados juntos? 
— Gina, Johanna pode encarar uma entrevista numa boa. Quanto ao assunto, apenas alerte-a sobre o que não dizer. Ela vai amar esse momento e eu não tenho problema algum com isso. Pode or em frente. 
— Ótimo! Obrigada. Preciso tirar esse cara do meu pé - Beckett sorriu e voltou para junto dos amigos. 
Na fila de autógrafos, Johanna esperava pacientemente sua vez. Ela sabia que era uma das poucas naquele salão que leram o livro de Castle. Não tinha pressa. Paul aproveitou o tempo na fila para pegar duas taças de vinho para eles. Charlie e Audrey estavam um pouco atrás e algumas pessoas depois Ryan e Jenny também aguardavam seu momento. Finalmente chegou a vez da médica que era só sorrisos. 
— Hey, Johanna. Esse não é o mesmo livro que você levou ao loft. Cadê os post-its coloridos? 
— Aquele você terá que autografar depois. Eu trouxe, está na bolsa da Audrey, mas não sei como o público pode reagir se eu mostra-lo aqui. Comprei um novo porque aquele exemplar será considerado de colecionador. Pode até valer alguns bons milhares de dólares em alguns anos. 
— Quem sabe? Não é à toa que você é minha fã #2. Acho que nem Kate pensou nisso - ele autografou o exemplar e devolveu para ela. Olhando para Paul, perguntou - então você vai se render as historias de Nikki Heat enfim, Paul? Fico lisongeado por ter conseguido isso. Quer dizer, você não está apenas comprando para agradar Johanna, vai ler de verdade, não? Acho que eu mereço esse esforço depois de todas as dicas de videogame que te dei - Paul riu.  
— Bem, para ser bem sincero, eu já comecei. Devo dizer que é bem interessante. 
— Leu o segundo capitulo após eu atiçar sua curiosidade com a minha leitura? 
— Não, eu já li até o capitulo 8. Aliás, parabéns pela cena do capitulo 7. Achei… inspiradora - ele piscou para o amigo percebendo que Johanna estava boquiaberta olhando para o noivo. 
— Como? Quando? E-eu não… você está mentindo, moreno? Combinou com Castle para implicar comigo? Eu vi essa piscadela. 
— Não, eu falei a verdade. Quer que eu comente sobre a declaração de Rook para Nikki? Foi interessante ver a capitã com ciúmes. E quero continuar a leitura. 
— Mas como você leu? Eu estou sempre com meu livro. 
— Nem sempre. Eu tenho meus meios. 
— Alguém passou a perna em você, Johanna. Gostei de ver, Paul. Espero que goste de verdade e quem sabe não lê os outros? - Castle assinou o livro do médico ainda diante de uma Johanna sem palavras. Eles saíram da fila e Paul teve que explicar como lera os oito capítulos para a noiva. 
— Você realmente leu escondido? 
— Não diria escondido. Apenas aproveitei a oportunidade. Não que fosse fácil, você carregava o livro para todos os lugares. 
— E o que achou da Dr. Marshall? 
— Até agora? Bastante competente. Sabe o que fala e vem sendo bem profissional e prestativa com Nikki. Ela me lembra alguém - ele sorriu para a noiva. 
— Ah, moreno… isso me deixa muito feliz. Confesso que estava um pouco decepcionada por você não se interessar por uma historia na qual tenho uma grande participação, mas agora eu estou satisfeita. 
— Mesmo? Pensei que apenas ia ficar satisfeita quando eu terminasse o livro e tentássemos executar a cena do capitulo 7 - ele olhava com uma cara safada para Johanna. 
— Hummm… espere até você ler o resto, então a gente conversa - ela beijou os lábios do noivo pensando em como a noite estava maravilhosa, nem sabia que ainda ia melhorar. 
Alguns autógrafos depois, foi a vez de Ryan. Ele cumprimentou o amigo com alegria. Castle brincou com Ryan sobre sua paixão secreta por Nikki Heat. 
— Confessa, Kevin. Você sempre teve uma quedinha por Nikki. Ou seria pelo escritor? Voce é um leitor assíduo. 
— Gosto do que escreve. Do mistério, É quase real. 
— O que posso dizer? A inspiração é real. Hey, princesa! Não vai me dar um beijo? Você está crescida - disse abraçando Sarah que deu um beijo no rosto de Castle - Quando vai lá em casa visitar Lily? Sei que ela é pequenina ainda, mas você pode me ajudar a cuidar dela. 
— Eu quero muito. Ela está linda, tio. Eu carreguei Lily hoje, a dinda deixou - deu um beijo gostoso em Sarah e agradeceu a presença deles. 
— Apareça sempre que quiser, princesa. A casa está aberta para vocês, viu Jenny? 
— Obrigada. Vou me lembrar disso. 
Aos poucos, a fila foi diminuindo até que ele autografou o ultimo livro da noite. Finalmente pode se levantar da mesa e beber algo que não fosse agua. Ele mal se aproximou da mesa com as bebidas, Gina o alcançou. 
— Onde você pensa que vai? A sua participação no evento ainda não terminou. 
— Eu fiz tudo que pediu. Não devo mais nada. Gostaria de curtir o resto da noite com os meus amigos se possível. 
— Tem mais uma entrevista. Lembra do repórter que perguntou sobre o caso do prequel? Ele me azucrinou até eu concordar com uma pequena conversa com você e Johanna. Eu já falei com a Kate e ela não vê problemas desde que eu oriente a médica a não dar spoilers. 
— Mesmo? Eu e Johanna? Ela vai amar isso. Tudo bem. Você já contou a ela? 
— Não, estava esperando para contarmos juntos assim posso orienta-la sobre o que dizer. 
— Vamos fazer isso logo - Castle e Gina caminharam até onde Johanna estava conversando com Paul e Audrey. Beckett estava por perto também conversando com Martha - Johanna, será que pode vir aqui um instante? Gina e eu temos algo importante para falar com você - a médica os acompanhou. Audrey ficou curiosa. 
— O que está acontecendo? 
— Acho que Castle e Gina vão contar a sua mãe que ela vai dar uma entrevista ao lado de Castle. Repare na reação dela - todos observaram a cena. A linguagem corporal de Johanna dizia tudo. Ela soltou um gritinho inclusive. Isso era a cereja do bolo naquele evento para a fã numero 2 do escritor. 
— Mon Dieu! Ela não vai para de falar sobre isso por dias - disse Audrey. 
— Depois passa, Audrey - disse Beckett. Vinte minutos depois, ela viu o marido caminhando em sua direção com duas taças de espumante. Ele beijou os lábios da esposa vagarosamente e ofereceu uma das taças. 
— Acho que agora podemos começar a festa de verdade - brindaram e beberam o liquido. Johanna vinha andando meio aérea - ela está nas nuvens depois da entrevista. Está se achando a celebridade. Desculpa, Paul. Vai sobrar para você. Pelo menos você está lendo o livro quem sabe não consegue mudar os pensamentos dela para outra coisa - piscou para o amigo - cadê Lily? 
— Dormindo. Sua mãe está cuidando dela. 
— Ótimo. Se vocês me dão licença, eu preciso falar com a minha esposa um instante - Castle puxou Beckett guiando-a pelos corredores da livraria até encontrar um lugar onde se sentiu satisfeito. Sem avisar, ele a agarrou tascando um beijo apaixonado em seus lábios. Ela respondeu à altura o que fez o beijo evoluir para algo urgente e provocante. As mãos de Castle tocavam-lhe a cintura, a lateral do corpo, os seios. Beckett erguera uma das pernas  que ficara exposta devido a fenda do vestido para aperta-lo contra seu corpo. A mão deslizou apalpando o traseiro do marido. Agora, ele beijava e mordiscava seu pescoço. Um gemido escapou de sua boca seguido de seu nome. 
— Ah, Rick… - eles continuaram o amasso até que os dois acabaram por derrubar alguns livros da prateleira ao chão, o que os fez parar assustados apenas para cair na gargalhada um segundo depois. 
— Acho que essa é a nossa deixa para não abusarmos da sorte. 
— Eles tem camera nesse lugar? - perguntou Beckett um tanto preocupada olhando para o teto - ah, não. Tem uma bem ali. 
— Relaxe, Kate. Em ultimo caso, eles vão pensar o óbvio. Nikki Heat ataca outra vez - ela deu um tapinha no ombro dele, abraçados e sorrindo voltaram para junto dos amigos. Gina se aproximou para avisa-los que o bar e os petiscos continuavam disponíveis para eles. A maioria dos convidados já tinha ido embora restando alguns repórteres, fãs que ainda andavam pela livraria a procura de livros e os amigos mais chegados de Castle. Michael Connelly veio se despedir e disse que depois ligava para dizer se gostara da historia. Ryan e Jenny também se despediram dos amigos pois Sarah estava quase caindo de sono. Gina voltou a procurar Beckett com mais um pedido. 
— Kate, eu sei que você esta louca para curtir um pouco da noite com seu marido e amigos, porém eu tenho mais um favor para pedir. Lembra da reporter do Ledger? Aquela que leu e fez a critica antecipada do livro? Acredito que você já a conhece. 
— Sim, conheço. O que tem ela? 
— Ela insiste em entrevista-la. Disse que a experiência de falar sobre “Before Dawn” não será completa sem ouvir a opinião de Nikki. Ela não parece interessada em receber um não, tentei contornar ao máximo, usei a desculpa da criança, nada adiantou. 
— Quer saber, Gina? Eu vou fazer essa entrevista. Acho que essa repórter precisa ouvir o que a esposa do escritor pensa. 
— Tem certeza? Não achei que você ia concordar tão fácil. Tem algum problema com ela? 
— Não diria problema, mas acredito que ela tem uma certa tendência a distorcer os fatos e odiaria deixar que os leitores do Ledger com a versão alterada dos fatos - a capitã ia entrar em ação. 
— Vá em frente, então. Ela está no bar agora - Beckett sorriu. Sabia exatamente o tipo de pergunta que ia receber da repórter e estava louca para responde-las à altura. E ao contrario do que acontecera no passado, dessa vez ela estaria preparada. Antes de se aproximar da repórter, Beckett pegou o celular e acionou um aplicativo de gravação. Tornou a coloca-lo no bolso. 
— Olá, Srta. Saunders. Queria falar comigo? 
— Por favor, me chame de Amy. Gostaria de lhe fazer algumas perguntas sobre o livro. Pode ser, capitã? 
— Claro, desde que seja rápido. Eu gostaria de aproveitar um pouco a festa ao lado do meu marido. E pode me chamar de Beckett. 
— Tudo bem. Você já leu o livro e deve ter sua opinião sobre a historia. Ficou surpresa por dessa vez Castle escolher escrever um triller médico? 
— Nem um pouco. Apesar de não saber o que acontece na mente do escritor e nos momentos em que ele está realmente criando a historia, Castle sempre gosta de discutir algumas ideias comigo e foi exatamente o que fez antes de escrever “Before Dawn” e criar a nova personagem. 
— Sobre a Dr. Cinthia Marshall, você não se sentiu intimidada por sua presença? Ela ganhou bastante destaques nas paginas desse livro e ao que tudo indica terá ainda mais nos próximos que completam a trilogia. 
— Você está perguntando se eu fiquei intimidada ou Nikki? 
— As duas? - a repórter sorriu com um certo ar de “te peguei”. Beckett sabia exatamente como responder. 
— Do meu ponto de vista, a resposta é não. Johanna, a médica que inspirou a personagem em questão é uma profissional competente na sua área de atuação e acima de tudo uma amiga muito especial. Quanto a Nikki, se você achou que ela se sentiu intimidada certamente não leu o mesmo livro que eu - se a reporter fosse inteligente pararia de alfinetar Beckett naquele instante, mas quem disse que repórteres não gostam de uma treta? Ela insistiu.  
— Você não tem medo que os fãs de Castle se identifiquem com a médica e comecem a gostar mais dela do que de Nikki? 
— Se isso acontecer, há duas respostas: a primeira é que Castle fez um excelente trabalho de criação da personagem o que proporcionou a empatia dos leitores e a segunda é que se a Dr. Marshall sobrepor Nikki é sinal de que ele deveria parar de escrever, afinal qualquer fã que entende e gosta da historia de Nikki e Rook não pensaria assim - Beckett colocou ênfase na palavra “entende” - mais alguma pergunta? 
— Sim, eu li o livro e foi muito bom, mas eu não consigo deixar de pensar que a forma como Castle descreveu a médica, sua importância nos leva a pensar que existe algo mais. Uma faísca, eu não sei. Afina, os livros de Castle são baseados em fatos reais, investigações e situações pelas quais ele passou descrita por personagens. 
— Amy, os livros de Castle estão na categoria ficção. Nem tudo o que ele escreve é real ou aconteceu, ser baseado envolve pesquisa, veracidade e ele faz um excelente trabalho nessa area não é à toa que seus leitores adoram - exceto pelas cenas de sexo, pensou Beckett, essas são bem reais.  
— Então está dizendo que aquela cena de ciúmes de Nikki não foi real? 
— Amy, se está insinuando que eu senti ciúmes de Johanna em algum momento desse processo, claramente não me conhece e nem a meu marido. Castle e eu já passamos por muitos momentos difíceis, experimentamos situações que poucos casais passam na vida. Ciúmes não chegam nem perto do que já encaramos. Alem disso, quantas mulheres você conhece que podem dizer-se afortunadas o bastante por receber uma declaração de amor a cada livro escrito? Ou melhor, a cada best-seller? - a repórter ficara sem palavras - foi o que pensei. Acredito que terminamos não? 
— Sim, terminamos - Amy desligou o seu gravador - obrigada - Beckett sorriu, pegou o celular e também parou sua própria gravação. 
— Só mais uma coisa, Amy. Quando a entrevista irá ser publicada? 
— Amanhã no site e no jornal. Vou transcreve-la daqui a pouco. 
— Ótimo, eu estou ansiosa para ler. E antes que me esqueça, eu gravei a entrevista somente para o caso de algumas interpretações e palavras se perderem pelo caminho. Não seria a primeira vez que isso aconteceria - Beckett viu o rosto da reporter ficar branco como uma vela - tenha uma boa noite. 
Beckett voltou sorrindo para junto dos amigos. Sentou-se ao lado de Castle e viu que Johanna ainda tagarelava sobre a entrevista que dera. Kate pegou o copo do marido e bebeu um pouco do vinho. 
— Onde você estava? 
— Apenas cumprindo meu papel de musa e esposa do escritor - Castle a olhou intrigado - relaxa, babe. Eu estava dando uma entrevista. Gina pediu. 
Assim, a festa se resumiu aos amigos mais íntimos. Gina começou a desmontar os itens do evento que pertenciam a editora para liberar seu pessoal e também os funcionários da livraria. Sentados e ainda bebendo, conversavam animadamente. Paul tornou a elogiar o escritor. 
— Não sei como você consegue, Castle. A dedicatória, o discurso de hoje. Você realmente tem o dom da palavra. 
— Está pensando em pedir ajuda para Castle, Paul? Vai pegar umas dicas para escrever seus votos? À propósito, você já começou? Não tem muito tempo. Cinco dias. Wow! Cinco dias e estará casada, mama. Não é excitante? 
— Será que podemos acabar com a ansiedade da sua filha, Joh? 
— Como assim? 
— Eu e Paul decidimos não ler nossos votos na cerimônia. 
— Como não? Por que? É um dos pontos altos de qualquer casamento! 
— Porque é algo intimo e julgamos que a prefeitura não nos parece o local adequado para isso. 
— Então não terá votos? - Audrey parecia bem decepcionada. 
— É, Joh, os votos são muito importantes. Eu nunca esqueci os nossos - Kate olhou para o marido sorrindo e beijou rapidamente nos lábios - estou com Audrey nessa. 
— Você deveria ouvir sua madrinha, mama. 
— Tudo bem, talvez iremos dizer algumas palavras durante o jantar. 
— Talvez? - Audrey e Beckett protestaram juntas. 
— Certo, faremos durante o jantar. Pronto. Se vira, moreno - eles riram. 
— Ainda mais agora que está toda famosa dando entrevista para reporter. Tem mais que fazer bonito, dona Johanna. 
— Eu nunca me imaginei dando entrevista tipo celebridade. É tão intenso. 
— É um pé no saco, isso sim - disse Castle. 
— Também acho - concordou Beckett. 
— Ah, cala a boca vocês dois. Deixa eu curtir meus minutos de fama - todos gargalharam. Meia hora depois, eles finalmente decidiram ir embora. Ao chegar em casa, Johanna e Paul logo se recolheram para o quarto. A verdade era que ele estava bem cansado devido ao ritmo dos plantões que vinham fazendo. Johanna estava elétrica por conta dos acontecimentos da noite. Eles tomaram um banho rápido, Johanna preparou um chá e esperou o noivo se deitar. Rapidamente se colocou sobre o corpo dele. 
— Que noite excitante, não? A festa de lançamento foi perfeita, eu dei entrevista e descobrir que você me enganou e está lendo o livro de Castle… eu não esperava. Isso merece uma comemoração. 
— Joh, eu sei que voce está elétrica e empolgada, mas eu estou cansado. 
— Cansado? Vai negar fogo, moreno? - após uns beijinhos e algumas caricias bem provocantes de Johanna, Paul se rendeu. Adormeceram depois de fazer amor. Felizmente não estavam de plantão cedo no dia seguinte. Johanna entrava ao meio-dia e Paul tinha o plantão noturno.   
Na casa dos Castle, o fim de noite foi bem diferente. Após colocar Lily no berço e se certificar que tudo estava bem e funcionando, pegou a babá eletrônica para levar para o quarto, porém Martha a esperava na porta do quarto da neta. 
— Pode me dar isso, Katherine. Você não merece ser interrompida essa noite. Especialmente após o sucesso que foi esse evento. Tire a noite para vocês, se minha neta tiver fome vai se contentar com o leite que eu fizer. Divirta-se, querida! 
— Obrigada, Martha - beijou o rosto da sogra e seguiu sorrindo para o quarto. Castle estava saindo do banheiro usando apenas um boxer. O cheiro do sabonete e da loção pós-barba mexia com a imaginação de Beckett - vou tomar um banho rápido - em quinze minutos, Kate estava de volta à cama usando apenas uma camiseta e calcinha. Sentou-se ao lado do marido e sorriu - satisfeito com a noite de hoje, escritor? 
— Acho que foi um sucesso. Todos pareciam estar se divertindo e Johanna teve seus minutos de fama. Qual a sua opinião, Kate? Como musa e esposa do escritor esse não é seu primeiro evento. Como o avaliaria? 
— Difícil dizer algo sem elevar o ego do escritor. Somente posso dizer que a cada livro, a cada dedicatória você me surpreende. Eu nunca pensei que depois de tantos anos você ainda teria inspiração para escrever sobre Nikki. A verdade é que você se supera a cada nova aventura e eu mal posso esperar para ler o que escreverá no prequel. Eu apenas tenho que agradecer por poder ter alguém que acredita em mim, no meu trabalho o bastante para ficar ao meu lado e lutar sempre que eu preciso. Isso significa o mundo para mim, Rick. Me faz te amar ainda mais se é que isso é possível. 
— É tudo por você. Os livros, as historias são todas para Kate Beckett. Minha eterna inspiração - ele beijou-a nos lábios - posso te fazer uma pergunta? 
— Claro. 
— Você realmente se lembra? Dos nossos votos? 
— Como não poderia? Eu os revivo todos os dias. The moment we met, my life became extraordinary. You taught me more about myself than I knew there was to learn. You are the joy in my heart. You are the last person I want to see every night before I close my eyes. I love you, Katherine Beckett, and the mystery of you is the one I want to spend the rest of my life exploring - Castle colocou o indicador nos lábios dela e tornou a beija-la. 
— É verdade, eu te amo, Kate. Eu também me lembro. The moment that I met you, my life became extraordinary. You taught me to be my best self, to look forward to tomorrow’s adventures. And when I was vulnerable, you were strong. I love you, Richard Castle, and I want to live my life in the warmth of your smile and the strength of your embrace. 
Ela acariciou o rosto dele, tinha lagrimas nos olhos. 
— til death do us part and for the time of our lives… 
— Sim… promise you I will love you. I will be your friend and your partner in crime and in life. Always. Sempre foi e sempre será você, Kate. 

— Always, Rick… - ele a deitou vagarosamente na cama beijando-a apaixonadamente enquanto seus corpos uniam-se na maior representação do amor. Tocando, sentindo, expressando o desejo e o sentimento descritos naquelas palavras que moveriam seus corações  por tantos anos.  


Continua....

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.134


Nota da Autora: Desculpe o atraso! E as aventuras da dinda continuam, temos que aproveitar as oportunidades com Gigi, além de momentos cutes com nosso casal SN. As mais curiosas, não fiquem achando que esqueci algo, tudo a seu tempo... enjoy! 



Cap.134 

Gigi tinha acabado de dar o jantar de Katherine e estava limpando sua boca quando o celular tocou. Como estava ocupada, foi Jeff que atendeu. 
— Olá, cunhada. Se divertindo muito? 
— Bastante. Só que a saudade de mãe bate. E vocês? Estão se mantendo muito ocupados ou Katherine está sendo boazinha com os tios? 
— Estamos bem. Sua filha é um amor. De verdade. Eu estou adorando e Gigi também. Acabou de dar o jantar de Kate e está lavando a boquinha que para variar é sempre uma bagunça na hora da refeição. Ela já deve estar voltando para sala. 
— Sério? Ela não ficou nervosa ou irritada com algumas coisas, Jeff? Fale a verdade, eu sei bem como minha irmã é. 
— Tivemos momentos de adaptação, mas no geral está tudo caminhando tranquilamente. Ah, ela chegou. Vou passar o telefone para ela. Gi, é a Stana. 
— Que foi? Quer saber se sua filha está inteira ou se eu já surtei? 
— Oi, Gigi. É bom falar com você também. Estou com saudades da minha pequena, por que é proibido? 
— Não, mas você está preocupada porque estou cuidando dela, não? Ah, sis, estamos bem. Não quero que estrague seu fim de semana com o Nathan porque não consegue desligar. Katherine está ótima, não é fofinha? Quer falar com a mamãe? - Gigi mudou a ligação para FaceTime - quem é essa, Katie? 
— Mama… kiss kiss - a menina se jogou beijando a tela do celular - mama… 
— Oi, meu amor. Mamãe está com saudades de você. Sua dinda está se divertindo? Tio Jeff também? 
— Eff toso! - e bateu palmas. Stana ria da novidade da menina. 
— Nate! Corre aqui, você precisa ouvir isso - ele aparece ao lado dela dando tchau para a menina - daddy chegou! Conta para o daddy do tio Jeff, bebê. 
— Dada… kiss, dada… - repetiu o gesto que fez com Stana. 
— Cadê o Jeff, Kate? 
— Eff toso… - disse apontando na direção do tio. 
— Como é? Gigi, o que você anda ensinando para a minha filha? Está proibida de falar indecências perto da minha filha. 
— E desde quando dizer gostoso é indecente? Eu não tenho culpa se sua filha é inteligente e aprende as coisas rápido. Eu não fiquei repetindo a palavra para que ela aprendesse feito uns e outros. 
— Ouch! Podia ter dormido sem essa, babe. Jeff disse que ela já comeu. Vai dormir agora? 
— Estamos pensando em sair para balada, tomar umas tequilas. É claro que estou me preparando para ela dormir, sis. Depois vou para festa - ao ver a irmã arregalar os olhos, Gigi gargalhou. Katherine acho que era engraçado e gargalhou com a tia - pegamos a mamãe, fofinha. Relaxe, sis. Ela está adorando o fim de semana com os tios, acho que nem vai querer voltar para casa. E vocês tratem de desligar esse telefone e fazer algo de util. Tomem um porre de tequila! Prometo que é excelente para certas coisinhas. 
— Você não presta, Gigi. 
— Siga meu conselho e irá me agradecer depois, Nathan. 
— Jeff, confio em você para manter a ordem por ai - disse Nathan - se deixar essa maluca vai dar bebida alcoólica para a criança - a reação de Gigi foi mostrar a lingua para o cunhado, gesto que Katherine achou muito interessante. Olhava fascinada para a tia. 
— Vai lamber sabão, Nathan. Apesar que acho um desperdício estando sozinho com a minha irmã numa casa de praia - Stana revirou os olhos. 
— Tudo bem, entendemos o recado. Juízo e nos vemos amanhã. Boa noite, meu amor. Tchau, Katie - os pais acenavam para a menina e jogavam beijos, ela fazia o mesmo. 
— E nada de juízo para vocês. Tchau! - Gigi desligou o celular na maior. Katherine a olhava de modo engraçado, com uma das mãozinhas, ela tocou o rosto da tia querendo mexer com a boca. Os dedinhos puxavam o lábio da tia. 
— Acho que ela quer ver você colocar a lingua para fora, amor. 
— Será? Ela gostou? - Gigi mordiscou os dedinhos da menina fazendo-a rir e mostrou a lingua. Katherine deu gritinhos de alegria e bateu palmas - acho que já sei o que vou fazer para me vingar do meu cunhado. Você não perde por esperar, Nathan! - Jeff apenas riu, eram eternas crianças esses dois. 

XXXXXXX

Stana deixou o celular sobre a cama e sentou-se no colo do marido acariciando seus cabelos. 
— Sente-se melhor depois de ver que Katherine está bem? Confesso que estou aliviado por Gigi estar calma e nossa filha sem um machucado. 
— Deixa de ser bobo, Nate. Eu tenho a impressão que Gigi está perdendo aquele medo todo de bebês. Isso é bom para Jeff. Aliás para os dois. 
— Tomara que tenha razão. Pronta para jantar? Tem duas garrafas de um vinho especial para você. Quero que aproveitemos uma ótima refeição. Vamos para a sala de jantar - de mãos dadas, eles deixaram o quarto. Encontraram a mesa posta para os dois e na sala de estar, a lareira estava acesa - que tal? Sugiro começarmos com os aperitivos. 
— Quem preparou tudo isso? Você planejou o jantar? 
— Claro que sim. Eu pedi ao Trucco que me emprestasse o cozinheiro dele. Indiquei o que queria no menu e assim que ele servir o jantar estará dispensado. 
— Ainda terei mais surpresas nesse fim de semana? Sabe, isso não é justo porque você vai me deixar mal acostumada e querendo mais só que vai passar as próximas semanas longe de mim - ela fazia biquinho, Nathan se aproximou dela beijou primeiramente o rosto e depois os lábios. 
— Não vamos pensar no que estar por vir. Concentre-se no momento presente, Staninha. Amanhã é outro dia - ele puxou a cadeira para ela sentar. Fez sinal para o pessoal na cozinha e tratou de sentar-se ao lado dela. As entradas vieram em menos de dois minutos juntamente com o vinho. Eles saborearam cada etapa do jantar enquanto conversavam não apenas sobre a comida, como também o lugar e algumas boas lembranças desses últimos anos desde o instante que essa casa de praia passou a desempenhar um papel importante na historia de ambos. Após o jantar, um belo tiramisu foi servido e tão logo seus pratos foram recolhidos, Nathan anunciou que tomariam um expresso acompanhado de conhaque à frente da lareira. 
Eles sentaram-se no sofá abraçados. A bandeja com café foi entregue na pequena mesa de centro acompanhada de duas taças de conhaque. Nathan despediu-se do rapaz dizendo que estavam dispensados. Assim que se viram sozinhos, ele entregou a xícara de café expresso para a esposa. Stana sorveu um pouco do liquido quente e forte, estava divino. Nathan tomava o seu café com calma. Deixou a xícara na mesa e aproximou-se mais dela para admira-la. Uma das mãos acariciava sua coxa. Quando finalmente terminou, ela sorriu e ele se encarregou de tirar o objeto de sua mão. Inclinando-se na direção dela, provou-lhe os lábios enquanto suas mãos exploravam o corpo da esposa. Adorou o fato dela ter usado um vestido o que facilitava suas caricias. Stana segurava o rosto dele com ambas as mãos aprofundando o beijo. A respiração começava a ficar pesada devido o contato que os dedos de Nathan faziam no interior de suas coxas e em seu centro. Ele podia sentir a umidade se formando na calcinha da mesma forma que sentia o aperto nas calças causado pelo seu membro. 
Stana desabotoou a camisa que ele usava jogando-a no sofá. Colocou-se de joelho no sofá erguendo uma perna para sentar-se apropriadamente no colo dele. As mãos deslizavam pelo peito dele, a boca e o nariz brincavam no pescoço e nos ombros. Nathan apertava os seios dela sobre o tecido do vestido. Ele ajeitou os cabelos dela e sorriu. 
— Não estamos indo rápido demais? 
— O que você quer dizer com isso? - perguntou Stana com a voz um pouco rouca. Ele a surpreendeu deitando-a no sofá, desabotoou as calças e ficou completamente nu na frente dela. Ergueu uma de suas pernas e não esperou qualquer ordem, apenas a penetrou. 
— Só queria o controle outra vez - ao ouvir o gemido da esposa seguido de uma risada. 
— Bobo! - mas essa definitivamente não era uma palavra para definir o marido que era muito esperto e sabia exatamente o que fazer para leva-la à loucura. Os movimentos se aceleravam,  as mãos e os lábios se encontravam e o inevitável aconteceu. O prazer os consumiu. Duas vezes. Sentados no chão da sala de frente para a lareira, cerca de duas horas depois, eles saboreavam o conhaque abraçados. Não tinham ideia de quando retornaram ao quarto. 
Na manhã seguinte, Stana se espreguiçou ainda sem coragem de levantar da cama. Ao procurar pelo corpo do marido, ela encontrou o vazio. Resmungando por não poder curtir um afago logo pela manhã, sentou-se na cama para ver se ele estava no quarto ou no banheiro. A resposta era negativa para as duas opções. Ela estava enrolada no lençol. Olhou em volta e não encontrou uma peça de roupa sua. Será que deixara o vestido na sala? Levantou-se da cama e viu uma camisa de Nathan. Foi ao banheiro lavar o rosto e tirar o gosto da noite de sua boca. Olhando-se no espelho, vestiu a camisa e abotoou-a. Suspirou. O ato a fez lembrar de algo anos atras. A cena da premiere da quinta temporada de Castle. Ajeitou os cabelos em um coque improvisado e seguiu em busca do marido. 
Nathan estava na cozinha preparando o café. O cheiro do liquido fresco adentrou as narinas de Stana lembrando-a do quanto estava com fome. Ele estava concentrado picando coentro, tomate e cebolinha para o omelete. Ao vê-la, sorriu. 
— Bom dia, amor. Você não devia ter levantado da cama. Pretendia levar seu café lá. 
— Senti sua falta. Posso tomar café aqui mesmo. Quer ajuda? - ela beijou o pescoço dele e Nathan virou-se para provar-lhe os lábios. 
— Já que está aqui, pode colocar os pães na torradeira. Vai querer frutas? Tem morangos e amoras. 
— Tem iogurte? 
— Cheque a geladeira - ela o fez e encontrou. Colocando um pouco em uma pequena tijela, cortou alguns morangos e jogou juntamente com as amoras no iogurte. Vendo que havia uma caixa de cereal sobre o balcão, ela adicionou uma colher do ingrediente a sua mistura - hum, sua gororoba natureba está pronta. Vou fazer a omelete e comemos em dois minutos. 
— O que terá nessa omelete? - ela perguntou abraçando-o por trás beijando suas costas. 
— Queijo, bacon, tomate, pimentões amarelos e temperos. 
— Sabe que estou com fome agora? - ele largou o que fazia e virou-se para fita-la. Acariciou o rosto da esposa.
— Andou roubando minha camisa outra vez, Staninha? Você realmente gosta de fazer isso desde a primeira vez que nossos personagens fictícios ficaram juntos não? 
— Eu me lembrei exatamente disso quando vesti, Nate - ela sentiu os lábios dele colidirem com os seus em um beijo apaixonado. Sentiu a mão de Stana apertando seu traseiro que ficava maravilhoso de se ver através da bermuda que usava. Ele quebrou o contato voltando sua atenção a frigideira e começando a omelete. A torradeira pulara fazendo com que ela esquecesse a brincadeira por um tempo. Enquanto arrumava os pães em um prato, ela perguntou - por acaso você viu meu vestido? 
— Deve estar em algum lugar perto da lareira. Não recolhemos nada ontem, estávamos muito ocupados. Lembre-me de fazer uma vista geral na casa antes de irmos hoje - Stana se sentou em um dos bancos de frente para o balcão para ver o marido trabalhar com a tigela de iogurte nas mãos. O cheiro era delicioso. Quando terminou, ele serviu-a colocando a obra de arte como ele mesmo denominara no prato a sua frente. Serviu-os de café e sentou-se ao lado dela para saborear a omelete. 
— Tem certeza que não quer um pouco do meu iogurte? Está gostoso. Eu sei que você está mais magro e que come frutas, mas podia comer mais - ela sorria. 
— Coma primeiro seus ovos. Isso frio é um desastre. 
Eles saborearam a omelete, o café forte e quente do jeito que gostavam e enquanto Nathan se distraia comendo o pão com geleia, ela pegou um morango e ofereceu a ele. 
— Coma, babe. 
— Você está achando que sou a Katherine? - mas ele abocanhou o morango mordendo com vontade. O suco da fruta escorreu pelo queixo fazendo Stana mordiscar os lábios e avançar para limpar o caminho deixado pelo tom vermelho no rosto dele o que lhe rendeu um novo beijo - ah, você tinha uma agenda com esse gesto não? Sua vez de comer o morango - ela mordeu a fruta e propositalmente deixou o suco escorrer pela pele, outro beijo aconteceu. 
— Parecemos dois adolescentes - ela disse rindo. 
— Não, somos duas pessoas apaixonadas que curtem momentos clichês juntos - enquanto terminavam a refeição, Nathan achou que era uma boa hora para trazer a tona um de seus assuntos não terminados, contudo Stana foi mais rápida comentando. 
— Nem acredito que daqui a três dias você estará viajando para Vancouver e não vou te ver por um mês. 
— Passa rápido, Staninha. Quando você menos esperar, eu estarei de volta para aquecer suas noites. 
— Nossa! Você me fez soar tão pervertida nesse comentário… 
— Hey, você sabe que não quis dizer isso. Vou sentir sua falta, amor. Da nossa pequena também. Será rápido. Falando em trabalho, eu estive pensando e acredito que vou aceitar a proposta de Alex para fazer o piloto da série, se estiver tudo bem para você. 
— Oh, Nate! Isso é ótimo. E por que não estaria? Eu disse para você que as ações de Alex são coisas do passado, pagina virada para mim. Eu apoio sua decisão. É a coisa certa a fazer - ele já estava de pé bem perto dela. As mãos repousavam sobre as coxas de Stana. 
— Você é incrível, sabia? - ele a beijou carinhosamente. Uma das mãos desfazia os botões da blusa que ela vestira apenas para constatar que ela não vestia nada mais por baixo. A boca explorava o pescoço dela agora. 
— O que está fazendo, Nate? - perguntou sentindo a mão acariciando o seio exposto. 
— Me preparando para a minha dose matinal de você - ele entrelaçou a mão na dela e a puxou de volta para o quarto. 
Uma hora depois, ela se levantava da cama para tomar um banho. Nathan deixou o quarto para arrumar a cozinha e checar a casa. Logo deixariam a propriedade, mas ainda tinham tempo para mais um passeio naquele lugar tão especial antes de pegar a estrada. Ele já planejara o almoço e Stana sequer fazia ideia de como seria. 
Em outro canto de Los Angeles, as coisas caminhavam igualmente bem. Gigi tinha feito Katherine dormir na noite anterior e a menina chorou apenas uma vez durante a noite fazendo o casal se levantar e rapidamente a colocar para dormir novamente. 
Pela manhã, foi Jeff quem primeiro acordou para checar a menina que acordada conversava sozinha no berço portátil que trouxeram da casa dos irmãos. Ele sabia que tinha que preparar a mamadeira para a criança assim como o café da manhã porque conhecia sua esposa muito bem. Não iria para a cozinha preparar nada além do café que a cafeteira se encarregava e os pães que a torradeira fazia sozinha. Com Gigi a coisa funcionava a base de pressionar botões. Com a menina no colo, eles desceu as escadas para a cozinha. Conversava e ria com a menina nos braços enquanto colocava a cafeteira para funcionar e tirava alguns ingredientes da geladeira. 
— Quer ir para o chão, não? Mas não posso deixa-la andando sozinha pela casa. Se ao menos sua tia acordasse… 
— Eff…milk… mama… milk! 
— Está com fome claro! Vou fazer um leitinho para você, tudo bem? Vamos ver, cadê a bolsa das mamadeiras? Ah, no balcão. Sabe o que é isso, Kate? - ele perguntou para a sobrinha mostrando a lata com o leite em pó - vou fazer seu leite, mas vai ter que me prometer que se comportará e comerá umas frutinhas depois. 
— Nana? Que nana, Eff… 
— Tudo bem, temos um trato. Fique sentadinha aqui no balcão para eu preparar a mamadeira. 
Ele não sabia, porém Gigi os observava a um tempinho. Suspirando de orgulho pelo jeito com que o marido cuidava da sobrinha, seu coração batia mais forte ao ver como Jeff era maravilhoso com crianças. 
— Que tal eu dar uma mãozinha e fazer esse leite? 
— Olha quem chegou, Katie. 
— Dindi! Kiss, kiss - ela abraçou a menina e beijou rapidamente o marido. 
— Vai me deixar fazer o leite? Ou melhor, vai me ensinar? Nunca preparei uma mamadeira - ele entregou o objeto nas mãos dela e ensinou passo a passo o que ela deveria fazer. Até que não era tão difícil, pensou. Assim que terminou de balançar a mamadeira para misturar o leite, ela olhou para a menina que esperava ansiosa pelo alimento - aqui minha fofinha, pode tomar o seu leitinho - a menina agarrou a mamadeira levando-a rapidamente à boca. Jeff já cuidava do café da manhã. Cortava a banana para Katherine enquanto o cheiro de café fresco tomava conta da cozinha. 
— Quer ovos, Gi? Ou prefere panquecas? 
— Que tal waffles? Podemos dar um pouco com mel para Katherine também. 
— Claro! 
— E você vai me dizer onde aprendeu a fazer mamadeira para bebê? 
— Com sua irmã. Eu a vi preparar algumas vezes e perguntei qual era o processo. Ela me ensinou. Achou que eu tinha visto um video no YouTube? Nem tudo se pode aprender naqueles videos, alimentação de bebês varia. Cada caso é um caso. 
— Por acaso você está tirando sarro de mim porque estava assistindo videos ontem? 
— Nada disso, amor. Só estou comentando - a menina terminara o leite e entregou a mamadeira para a tia virando-se para Jeff. 
— Eff, nana! 
— Caramba! Ela é bem filha do mano mesmo. Estou fazendo sua banana, Katherine - Gigi passava cream cheese em um croissant observando o marido terminar a banana com mel e geleia. Ela serviu uma caneca de café para ele e deu um pedaço do seu croissant na boca de Jeff enquanto ele começava a fazer os waffles. Encarregou-se de dar a banana para a sobrinha. Com Katherine devidamente alimentada, eles sentaram finalmente para curtir sua refeição juntos. A menina continuava na cadeirinha e de vez em quando, Gigi oferecia um pedacinho do waffle para ela que comia numa boa. Ao terminarem, Jeff arrumou rapidamente a cozinha e Gigi pegou a sobrinha para leva-la para a sala a fim de dar um espaço maior para a criança brincar e andar. 
— O que pensa em fazer hoje, Gi? Quer ficar em casa ou sair? 
— Hum, não sei. Preciso responder agora? Porque eu estou mesmo com vontade de ganhar uns beijinhos… - ela se aproximou do marido roçando a boca pelo pescoço, subindo pela barba até encontrar os lábios dele sorvendo-os em um beijo sedutor enquanto as mãos deslizavam pelo peito dele, acariciando a pele sobre a camiseta que ele usava. Jeff quebrou o beijo suspirando - esse beijo foi muito bom, acho que sair de casa é uma boa opção, não concorda Kate? - ao se virar para ver a menina, reparou que Katherine caminhava serelepe pela sala carregando o moose que o pai trouxera do Canada com ela. O movimento que fazia acabou por fazer o bichinho de pelúcia bater na mesa e derrubar alguns itens. Ela se desequilibrou e acabou caindo de cara no chão, não sem antes bater a testa na quina da mesa de centro. Pronto! O choro começou. Gigi correu para socorrer a sobrinha. O choro continuava. Ela a carregou no colo massageando a testa da menina. Percebeu que havia um pequeno corte do lado esquerdo onde a ponta da mesa tocara. 
Com todo zelo, Gigi levou a sobrinha para o banheiro. Colocou-a sentada na pia e foi conversando com a criança por um bom tempo enquanto lavava seu rosto e beijava-lhe a cabecinha. Jeff a observava encantado com o jeito da esposa. Se alguém lhe dissesse que Gigi iria reagir tão bem a uma situação critica como essa, talvez ele duvidasse afinal sabe do medo dela de cuidar de criança e da responsabilidade que assumiu com a irmã por Katherine. Ele percebeu que a sobrinha não chorava, apenas gemia de tempos em tempos. 
— Vamos, lavar a cabecinha porque vai ficar um galinho nessa testa. Depois, a dinda vai colocar um band-aid na testa e… 
— Dindi, esse… - ela mostrava o dedinho. Havia um pequeno corte ali também. 
— Ah, outro dodói. Será que quebrou algo? Jeff! - ela gritou. A menina fez o mesmo. 
— Eff! Eff! 
— Hey! Eu estou aqui, não precisa gritar. O que foi, Gi? 
— Tinha algum objeto de vidro na mesa? Katherine cortou o dedo também. 
— Pode ser que alguns dos bibelôs que a mamãe colocou para enfeitar tenha ido ao chão. Vou checar. 
— Isso, se tiver vidro limpe tudo ao redor. Não quero nenhum risco dela se cortar ou se machucar outra vez. Espera, antes de você ir. Tem band-aid? Aqueles enfeitados nada dos comuns chatos, certo Kate? 
— Segunda gaveta, canto esquerdo. Acho que tem uns do Mickey ou toy story - ela seguiu a instrução do marido. 
— Olha, fofinha! Band-aid do Woody, Buzz e dos Et’s precisamos escolher dois. Depois, vamos botar uma roupa bonita e sair para passear. Qual você quer, meu amor? Vou colocar no seu dodói. Que tal o do Buzz para a testa? Estou vendo que você gosta dos etzinhos. Vamos por esse no dedinho - Gigi tirou a proteção do band-aid e pressionou ao redor do dedo de Katherine. A menina parecia fascinada. Fez o mesmo com o machucado da testa - pronto! Agora vamos colocar uma roupa bem legal e rua! - Katherine bateu palmas enquanto a tia ria e a colocou no colo. No quarto, ela vestiu uma calça jeans e uma blusa roxa. Calçou o tênis da menina e penteou o cabelo fazendo duas chuquinhas. 
— Você está tão linda! 
— Está mesmo. Gostei do cabelo - disse Jeff entrando no quarto e pegando a bolsa da menina - pode ir se arrumar, Gi. Eu fico com ela. 
— Eff, ó! - disse Katherine mostrando o dedo com o band-aid. 
— Eu adorei esse band-aid. Et’s! - ele fez uma voz engraçada - ET! ET! ET! - ela começou a rir. Jeff conversava e brincava com a sobrinha enquanto arrumava a bolsa dela. Gigi apareceu usando um vestido verde e azul, os cabelos soltos. 
— Voltei. É a vez do tio Jeff se arrumar. Não demore muito.
— Você já pensou onde vamos? 
— Que tal o observatório? Tem muita área verde, a vista é ótima. Sei que ela vai gostar. Depois almoçamos. 
— Tudo bem, mas então temos que dar algo para Katherine. Ela deve estar com fome - quinze minutos depois, eles saiam de casa.
Assim que chegaram no observatório, Gigi tratou de colocar Katherine no chão para aproveitar o local, contudo Jeff percebeu que a menina não estava muito interessada no lugar , olhava com uma certa vontade para uma moça que tomava um sorvete. Sendo prevenido, ele sabia que ela estava com fome. Pegou uma mamadeira na bolsa e foi em direção à menina. 
— Você quer um suco de morango, Katie? - entregou a mamadeira para a menina que segurou com vontade e virou o liquido na boca - eu disse que ela ia ficar com fome. 
— Onde você arranjou esse suco? 
— Eu fiz. Ela realmente precisa de algo para comer, Gi. Tem um potinho de frutas na bolsa. 
— Se ela comer agora não irá almoçar. É melhor que ela coma algo substancial. Carne ou frango e sei lá, verduras, batatas - Jeff percebeu que a esposa estava um pouco nervosa - eu preciso alimenta-la corretamente, não quero decepcionar minha irmã e… - Jeff colocou o indicador nos lábios dela para que parasse de falar. 
— Eu entendi, amor. Nós vamos almoçar adequadamente. Tudo bem? Ela vai tomar apenas o suco. 
— Certo, ótimo. Vamos passear um pouco, ok? 
— Ok - ele entrelaçou os dedos nos dela e observaram a pequena finalizar o suco e devolver a mamadeira para o tio, em seguida, ela começou a explorar o local. Meia hora depois, eles entraram no carro e seguiram para o restaurante. 
Após sentarem à mesa, Gigi avaliava o cardápio para identificar o que seria ideal para Katherine. O menu de crianças tinha apenas mac and cheese, nuggets com arroz, hambúrguer com batata frita e spaghetti a bolonhesa. 
— Eu não sei o que ela vai comer, esse menu de criança é inútil. Não tem nada saudável. 
— Não precisamos ordenar do menu infantil. Podemos pedir nossa comida e dar um pouco para ela. Posso pedir um filé com legumes e pedimos uma porção de purê de batatas porque sabemos que ela ama, o que você está com vontade de comer? 
— Eu realmente queria um risoto de frutos do mar. 
— Então peça, ela pode comer um pedaço do meu filé. Acho que é uma excelente pedida - o garçom trouxe um prato com azeitonas, manteiga, pickles e um patê acompanhados de varias fatias de pão. Ele perguntou se estavam prontos para pedir. Gigi disse que sim, mas assim que abriu a boca para falar, Katherine gritava pedindo pão. 
— Dei, dei, pan! Que pan, dindi! 
— Shhh, tudo bem. Eu vou lhe dar um pedaço de pão - disse Jeff cortando algo bem pequeno com um pouquinho de manteiga. Gigi pode finalmente fazer o pedido para os dois acompanhado de uma jarra de sangria. 
— Não se preocupe, amor. Sei que você está dirigindo, mas uns copos não vai fazer mal. É só não contarmos para Stana - ela piscou para o marido e Jeff riu - ela me mata se souber que estávamos dirigindo após beber por ai com a filha dela. 
— Eff? Que tata… 
— Já pedimos sua comida, Katherine. Coma mais um pedacinho de pão. 
O almoço chegou e Jeff calmamente cortou um pedaço de filé para a sobrinha, colocou as verduras principalmente as batatas e um pouco de pure. Gigi já saboreava seu risoto e o marido se dedicava a dar a comida da pequena ao mesmo tempo que comia. Katherine comeu tudo com vontade. Na hora da sobremesa, Gigi lembrou do potinho de frutas. Abriu e começou a dar as colheradas para a sobrinha. Jeff saboreava um bolo de chocolate que chamou a atenção da menina. Tentando disfarçar, o tio cortou um pedacinho de morango e deu para a sobrinha, mas Katherine não era boba. Ela estava interessada no chocolate. Ele deu de ombros e tirou um pouquinho da ganache com a ponta da colher e ofereceu à menina que devorou rapidamente. 
— Eff… mais… 
— Ah, será que devemos? E se ela passar mal? 
— A sis dá doces moderadamente para ela. Uma outra colher não vai fazer mal, porém você precisa terminar essa sobremesa rapidamente ou ela vai querer mais e mais enquanto esse prato estiver ai. 
— Tem razão. Aqui, você a distrai enquanto devoro o resto - terminado o almoço, Jeff pediu a conta e em seguida deixaram o restaurante de volta para casa porque os irmãos deveriam aparecer em aproximadamente duas horas. 
Katherine estava sonolenta quando entraram na sala de casa, porém Jeff sentiu um cheiro estranho. 
— Gigi, acho que ela fez o numero dois - ele se aproximou e checou a fralda dela - sim, definitivamente. 
— Pode cuidar disso para mim? Eu não consigo, não quero passar mal. Por favor, se fosse o numero 1 eu fazia, de verdade. Esse eu não posso. 
— Tudo bem, Gi. Dessa vez eu faço - Jeff trocou a fralda. Como Katherine estava sonolenta, ele aproveitou e sentou com ela na area externa de casa. Dez minutos depois, ela dormia. Ele subiu as escadas e a colocou no berço portátil. Quando Gigi subiu as escadas, se deparou com a sobrinha dormindo. 
— Que maravilha… isso nos dá um tempinho para namorar - ela beijou o pescoço dele, roçando os dentes na barba de Jeff - por mais que eu goste dessa barba, acho que teremos que nos livrar dela em pouco tempo. 
— Por que? Pensei que você gostasse… 
— Eu gosto, mas descobri que algumas vezes a barba irrita minha pele - ela sorveu os lábios dele vagarosamente. Sentiu as mãos de Jeff em sua cintura se encaminhando para os seios dela que gemeu em antecipação - você acha que podemos usar nossa cama? 
— Se você prometer não gritar, o que é difícil, talvez possa dar certo. Não queremos acordar Katherine. 
— Hey! Você gosta quando grito! E a culpa é sua. Se vira para evitar que eu grite, gostoso - e tornou a beija-lo. Jeff a deitou na cama e começou a trabalhar na sua mágica. Ele deu um jeito de calar Gigi, seja com um beijo ou usando a mão para tapar a boca da esposa. 

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Nathan dirigia pela estrada que estava relativamente vazia. Avistando o local que queria, ele estacionou o carro no acostamento. 
— O que você está fazendo, Nate? 
— Está na hora do nosso almoço. Vem, Staninha - ele pegou algo no banco de trás e apontou para onde deveriam ir. Sentados numa pedra de frente para o oceano, Nathan abriu uma sacola de papel. Tirou dois tupperwares e uma bandeja de frios. Dentro das vasilhas havia sashimi de atum e uma salada de alcachofra, pasta e muito tempero. A ultima coisa que tirou da sacola foi uma garrafa de espumante - eu sei que é simples, mas a vista pode dar um pouco mais de crédito para a ocasião não? Ainda tem a sobremesa, acho que ainda está boa - ele tirou uma embalagem com um grande pedaço de torta de chocolate. 
— É perfeito… - ela beijou os lábios dele sorrindo.  
Uma hora depois, a campainha tocou. Gigi levantou-se da cama ainda preguiçosa após a sessão deliciosa de sexo. Foi direto para o banheiro. Jeff nem discutiu, sabia que ela ia levar o tempo que precisasse. Era sempre assim. Vestiu o short outra vez, a camisa e desceu as escadas. 
— Oi, mano, Stana. Como foi o fim de semana? Espero que tenham aproveitado. Entrem, por favor. 
— Foi ótimo, Jeff. Valeu a pena tirar um tempo para nós dois. Não vou mentir, estou morrendo de saudades da minha filha. Cadê ela? E Gigi? 
— Gigi está tomando banho e Katherine está dormindo. Nós saímos para passear e ela se esbaldou. Voltou cansada, se bem que fazem pelo menos duas horas que ela está dormindo então deve acordar logo. Querem um café? Ou uma bebida? Eu estou precisando de um café fresco. 
— Eu aceito. Quer ajuda? - perguntou Stana. 
— Fique tranquila. Aliás, você pode parar de rodeios, minha cunhada. Pergunte logo o que quer saber. 
— Acho que o mano percebeu. Você não sabe disfarçar, amor - disse Nathan deixando Stana vermelha - conte de uma vez, Jeff. 
— Sua irmã teve um final de semana bem interessante. Houve aprendizado, risadas, muito carinho e quer saber, Stana? Ela se faz de durona, diz que não está pronta, porém cuidou muito bem de Katherine. Teve seus momentos de mãezona mesmo. Eu poderia lhe dar detalhes, mas prefiro que ela mesma conte. Sei que vai querer conversar com você sozinha. 
— Isso é verdade, mas o que você me disse já me deixou satisfeita. Não houve pânico ou desastre, certo? 
— Não, tudo pode ser controlado numa boa. 
— Como assim controlado? Aconteceu algo sério? Katherine está bem? Ela não ficou doente e… - Nathan apertou a mão da esposa para tentar acalma-la. 
— Kate está ótima. Pode relaxar, cunhada - Stana suspirou literalmente. Jeff serviu o café para os dois quando Gigi surgiu descendo os degraus da escada com Katherine no colo. 
— Olha quem chegou, Katherine! 
— Mama! - Gigi colocou a sobrinha no chão que foi quase correndo na direção da mãe - mama!  - Stana pegou a filha nos braços e encheu-a de beijos. 
— Meu amor! Mamãe estava morrendo de saudades! - assim que terminou de beija-la, Katherine mostrou o dedinho com o band-aid com orgulho para a mãe. Claro que Stana já tinha percebido o outro curativo na testa. 
— O que aconteceu, bebê? Por que os curativos? 
— Alguém não consegue ficar quieta. Faz parte de toda a experiência de explorar uma nova área, não fofinha? - Stana olhava apreensiva para a irmã que revirou os olhos - por favor, Stana. Não é nada de mais, coisa de criança. Um galinho e um pequeno corte. Cria anticorpos, sis. Nós nos divertimos muito no fim de semana, não Katie? 
— Amor, não é nada mesmo. Katherine ainda vai ter muitos desses ao longo da infância, principalmente se puxar para mim. Falando nisso, não quer falar com o daddy? - a menina se jogou para o colo do pai já pedindo “kiss, kiss dada”. 
— Ah, Nate! Você não sabe de nada. Stana não era fácil. Ela brincava e brigava de igual para igual com Dusan e Markus. 
— É mesmo? Você não me contou essa parte da sua vida, Staninha. 
— Não era tanto assim, Gigi me faz parecer um verdadeiro moleque. 
— E você era! Com direito a subir em árvores e tudo! Ela sempre foi natureba. Falava em ir para o mato, era a primeira a concordar. 
— Quer café, Gi? 
— Quero, amor. 
— Vocês estão muito cansados? Querem ficar para jantar? Posso fazer algo rápido e gostoso. 
— Não queremos dar trabalho, Jeff. Vocês já fizeram muito por nós.   
— Trabalho nenhum. Eu nem cozinhei hoje. Faço umas pizzas bem gostosas e temos vinho.      
— Eff toso! Eff toso!  
— Alguém andou conversando muito com Gigi - Stana comentou rindo da filha - tudo bem, Jeff. Aceitamos sua oferta. 
— Não estou gostando disso, ela devia dizer que eu sou gostoso. 
— Eca! Não! Você é o pai dela, Nathan - retrucou Gigi fazendo careta - deixa de ser ciumento. E o que a fofinha vai comer? Pizza não é para ela. 
— Temos beterraba, cenoura e batatas. Acho que tenho um pouco de carne moída na geladeira. Faço rapidinho o jantar dela. 
— De jeito nenhum, Jeff, eu posso fazer a janta de Katherine. É só me dar um espaço na cozinha. Cuide do nosso jantar - disse Stana. 
— Se você insiste, sabe onde estão as panelas? - ele perguntou já vendo a cunhada se dirigir ao armário correto - é claro que sabe. Você conhece a cozinha. 
— Hey! O que você quis dizer com isso, gostoso? Foi uma indireta para mim? 
— Eff toso! 
— Foi uma direta mesmo, Gigi. 
— Ah, cala a boca, Nathan. 
— Claro que eu não ia passar o fim de semana sem ouvir Gigi me mandar ficar calado. Vou sentir falta disso em Vancouver - todos riram. 
— Se quiser ligo para você toda semana só para lembra-lo. 
— Obrigado, mas eu passo. 
— Quanto tempo você vai ficar por lá, mano? 
— Três semanas. Volto em junho para LA. Ai, mais uma semana em julho. Esse é o plano. Então será a vez da Stana trabalhar e promover Absentia na Europa. Acho que já posso contrata-los como babysitters se eu precisar. 
— Avisando com antecedência, será um prazer ficar com Katherine. Não, Gi? 
— É, podemos ter mais fins de semanas assim - Stana e Jeff trocaram um olhar e um pequeno sorriso. Isso definitivamente era um bom sinal. Uma hora depois, todos sentavam-se à mesa para saborear as pizzas e o vinho. Katherine comia satisfeita sua carninha com purê de batatas e os outros legumes. Stana também fizera um suco de laranja fraquinho para complementar o jantar da menina. Eles ainda conversaram por mais uma hora depois da refeição quando finalmente Nathan e Stana decidiram ir embora. Gigi recolheu todas as coisas de Katherine e Jeff entregou o berço portátil ao irmão, mas Nathan devolveu. 
— Não, mano. Melhor deixar esse berço com vocês. Aposto que vão usa-lo mais cedo do que imagina. Prevejo muitas visitas de Katherine para a dinda a partir de agora. 
— Hey! Não vai se acostumando que não sou sua escrava, viu Nathan? - todos riram. 
Ao se despedir da menina, Gigi encheu-a de beijos fazendo-a gargalhar e chamar pela “dindi”. Stana beijou a irmã e agradeceu pela ajuda. 
— Foi divertido. Depois eu ligo para conversarmos, tudo bem? - o olhar significativo de Gigi fez Stana sorrir. 
— Ótimo. 
— Boa viagem, Nathan. E vê se vai visitar a sogrinha. Eu iria se tivesse tão perto. 
— Pode deixar, Gigi. Vou visita-la e enche-la de beijos por você. 

— Isso mesmo. Vou cobrar - Katherine já estava sonolenta no colo da mãe, Stana olhou para o marido e finalmente deixaram o local rumo a sua própria casa.   


Continua...