quinta-feira, 25 de outubro de 2018

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.45


Nota da Autora: Tentando dar um gás nas historias depois de tanto tempo. Esse capitulo é especial. Tem festa, risos e muita emoção. Muitas de vocês sabem o quanto eu me apego aos personagens que crio. Aqui é um exemplo disso. Tudo é (ou quase) sobre Paul e Joh. Sobre os votos, achei importante dar um pouco de backstory, espero que esteja emocional para vocês como foi para mim. E se querem um conselho (se gostarem) nas partes emocionais/hots ouçam La Vie en Rose... enjoy! 


Cap.45

Eles beberam e comeram um bolo delicioso. A alegria e as risadas tomavam conta das conversas. Ao ser questionado por Daniel sobre o discurso e os votos, Paul não teve tempo de explicar já que Castle tomou à frente. 
— Não se preocupe. O Paul ainda tem um tempo antes de revelar suas palavras encantadoras que irão roubar o chão de Johanna. Será hoje durante o jantar. 
— Isso é que eu chamo de botar pressão - disse Johanna - como você está se sentindo depois dessa, moreno? 
— Um pouco intimidado devo confessar. 
— Relaxa, Paul - disse Beckett - ele está implicando com você porque não pediu ajuda dele para escrever seus votos. Acho que não confia no que você pode fazer. O que é besteira, afinal você conhece Joh melhor que ninguém. Tenho certeza que se sairá muito bem. 
— Vamos nos concentrar em comemorar - disse Johanna beijando o marido. 
— Vocês comemorem. Eu e Charlie vamos para casa cuidar do jantar. 
— Audrey, espere. Podemos ir todos juntos. 
— Não, mama. Eu pego o metro. Divirta-se - ela beijou o rosto da mãe - parabéns, Sra. Gray. Vamos, Charlie! - eles continuaram conversando e rindo por mais uma hora. Finalmente decidiram ir para casa. Beckett despediu-se da amiga e disse que a veria mais tarde dizendo que esperava se divertir muito hoje, tirara inclusive folga para não ter que se preocupar em acordar cedo no dia seguinte. 
— Vamos beber todas. 
— Castle, se ela estiver dizendo a verdade sobre o que pretende, acho que você está ferrado. 
— Pelo contrário, estarei pronto para mais uma visita de Nikki Heat. Adoro quando ela incorpora seu alter ego - Johanna riu seguindo de mãos dadas com Paul para o carro que Castle alugara para os dois. 
Chegando em casa, Paul a parou na porta. Como manda a tradição do casamento, ele a ergueu em seus braços e entrou no apartamento. Johanna sorria um pouco impressionada com o gesto do marido. Eles encontraram Audrey e Charlie na cozinha, porém dessa vez sequer se preocuparam em cumprimenta-los. Foram direto para o quarto. Sabiam que não podiam abusar com Audrey e Charlie em casa, mas isso não os impediu de comemorar um pouquinho. Paul segurou as mãos de Johanna nas suas, a olhava com cumplicidade e adoração. 
— Pode acreditar? Nós estamos casados. Você é a Sra.Gray agora. E eu sou o homem mais feliz do mundo por ter você. 
— Hey, moreno… não gaste todas as suas palavras ainda tem os votos hoje à noite. Eu também, não caibo em mim de felicidade. 
— Você está tão linda nesse vestido. Fico feliz que Audrey tenha insistido nesse ponto - Paul beijou a esposa apaixonadamente nos lábios. Johanna deixou-se levar pelos braços dele ao redor da sua cintura, a intensidade da boca tomando a sua, havia paixão e amor. As pernas de Johanna começaram a amolecer, ela sentia o corpo cedendo ao desejo. 
— Moreno… precisamos parar. Não vou responder por mim… - Paul já devorava o pescoço dela, roçando os dentes na pele. 
— Tem certeza? - ele instigava com os lábios. 
— Não, você sabe que não - ele se afastou rindo - por que você está rindo? 
— Porque estou louco para tirar essa roupa e jogar você na cama e sei que não podemos. Olha para o meu estado, Joh - foi a vez dela rir ao ver o volume no meio das calças do marido - hey, não é engraçado. 
— É sim, parecemos dois adolescentes. Relaxa, amor. Teremos muito tempo para brincar depois do jantar. Falando nisso, estou curiosa para saber o que Audrey está cozinhando. Para que tanto mistério? 
— Joh, é surpresa. Deixa a menina quieta. Ela pediu para você não se intrometer. 
— Não vou me intrometer, eu apenas quero saber o que vou comer no meu jantar de casamento. Não posso? 
— Nesse caso? Não, porque é o presente dela para nós. 
— Acho melhor eu tirar essa roupa. Infelizmente, você não vai cumprir essa parte do ritual de casamento, o que não me importa nem um pouco. Mal posso esperar pela parte que ficamos nus e sozinhos - Paul riu vendo a esposa seguir para o banheiro. Ele também trocou de roupa para algo mais confortável. Minutos depois, Johanna apareceu vestindo uma calça legging e um moletom. Os cabelos continuavam presos embora sem os adereços de antes - você realmente tem os seus votos prontos? 
— A curiosidade matou o gato, Joh… - ela riu sorvendo os lábios do marido. Seus olhos brilhavam e o sorriso despontava cada vez que essa palavra vinha a sua mente e aos seus lábios. Batidas na porta indicavam que o momento a sos estava acabando.
— Mama? Vocês estão decentes? O porteiro interfonou sobre uma encomenda para vocês - Johanna se afastou de Paul que abriu a porta. 
— Encomenda? 
— Foi o que ele disse. Enfim, mandei subir - a campainha tocou - e ele acabou de chegar. Você pode receber? 
— Claro - Paul se dirigiu para a porta, Johanna aproveitou para seguir Audrey a fim de descobrir o que a menina estava cozinhando, mas Audrey estava esperta e logo impediu os próximos passos da mãe. 
— Onde a senhora pensa que vai, dona Johanna? Não ouviu que a encomenda é para vocês dois? Siga seu marido. Sei muito bem o que está pretendendo. Eu não vou conseguir esconder muito mais o cardápio de vocês quando os aromas começarem a encher o apartamento então será que pode desencanar um pouco? Por favor? - Johanna suspirou. 
— Tudo bem, vou ver que encomenda é essa - ela mal se virou e viu Paul com uma caixa enorme - meu Deus! O que é isso? 
— Presentes de casamento. 
— De quem? Não convidamos ninguém e…. não me diga que é de Castle e Kate? 
— Tudo indica que sim, mas teremos que abrir e ler o cartão para ter certeza. 
— O que esses dois aprontaram? - Paul abriu a caixa para encontrar duas outras caixas - isso é uma mini adega? Nossa! E a outra caixa? - ele ergueu a caixa mostrando o item a ela - um super processador? - curiosa, Audrey correu para ver do que se tratava. 
— Wow! Olha só para essa maravilha! É a melhor marca de processador, o mais moderno. Eu sonho com um desses! Quem deu isso para vocês? - Paul já abrira o cartão, sorriu. 
— Quem mais? “Joh e Paul, sabemos que vocês tem muito em comum, porém nada se compara ao amor que tem para cozinhar um para o outro. Pensando nisso, resolvemos facilitar os processos para os dias de folga e jantares. Além disso, o que é um jantar sem um bom vinho para acompanhar? Para compensar as vezes que fiz raiva a vocês ao atrapalhar a execução da refeição (palavras de Castle, não minhas). Aproveitem cada momento dessa nova fase que está começando. Dos amigos e padrinhos, Kate e Rick.” 
— Eles não existem! - feito crianças, eles admiravam seus novos brinquedinhos. 
Mais tarde, Johanna estava devidamente pronta esperando seus convidados. A cozinha estava sob controle, Audrey e Charlie estavam se arrumando e Paul apareceu na sala procurando por ela. 
— Nervoso? Estou esperando grandes coisas de você hoje à noite, moreno.  
— Por que estaria? Teremos um jantar excelente na companhia de nossos amigos, depois serei todo seu por toda a noite, a manhã, até cansar. 
— Melhor se preparar mesmo… - ela piscou para Paul. 
— Ok, agora você me deixou ansioso. O que acha de cancelarmos o jantar e irmos direto para a diversão no hotel? 
— Não tão rápido, moreno. Ainda quero ouvir os seus votos - a campainha tocou - nossos convidados chegaram - ela fez questão de abrir a porta para Kate e Castle, suas primeiras palavras foram sobre os presentes - vocês são loucos? Mais presentes? Pensávamos que o hotel já era bom demais! 
— Ah! Ainda bem que eles entregaram hoje. Estava com receio que não conseguissem. Vocês gostaram? 
— Se gostamos? Adoramos e aparentemente ganhamos competição porque Audrey quer estrear o processador a qualquer custo. 
— Ouvi o meu nome, o que foi? 
— Estava falando para Castle que você quer estrear o processador antes de nós. 
— Claro! Aquilo é o holy gral de um chef. 
— Então vamos fazer um acordo aqui. Quando você terminar o seu curso na Le cord de bleu, eu lhe dou um de presente. O top de linha da época. Combinado? 
— Combinadíssimo!  
— Vamos entrando, por favor. Aceitam vinho, whisky? 
— Vinho para mim. Ah! Quase esqueci. Isso é para você - disse Kate estendendo uma caixa de papelão para a amiga.
— O que é isso? 
— O seu bolo - disse Castle - você não sabe que deve congelar o bolo do seu casamento por um ano e depois come-lo. Traz boa sorte e prosperidade - Johanna ergueu a sobrancelha para Kate intrigada. 
— Não olhe para mim, isso é coisa do Castle - Johanna deu de ombros e pegou a caixa das mãos da amiga. 
— Castle, você bebe o que? - perguntou Paul.  
— É uma noite especial. Ficarei com o vinho também. 
— Ótimo! Você pode servir as bebidas, Paul? - mal ela terminou de falar, a campainha soou outra vez. Como era de se esperar, Daniel e a noiva chegaram. Apos cumprimentarem a todos, eles se acomodaram na sala bebendo e conversando enquanto esperavam pelas instruções de Audrey sobre o jantar. Castle estava realmente curioso com relação a um assunto em particular. Virando-se para Paul, perguntou. 
— Então, Paul, você terminou o Before Dawn? - Kate revirou os olhos. 
— Terminei há uns dois dias. 
— Mesmo? Quais suas impressões? Pontos altos? Melhor cena? - Castle parecia uma metralhadora. 
— Pode parar, Castle. Esse não é assunto para noite - disse Beckett. 
— Por que não? Estou conversando sobre livros o que é perfeitamente adequado para passar o tempo e envolver pessoas em um jantar. 
— Isso seria verdade se o tema livros fosse trazido por qualquer pessoa nessa sala exceto você. Duas pessoas podem conversar sobre os últimos livros que leram, mas aqui temos o escritor querendo receber elogios de um leitor novo. Não vai transformar a noite. Hoje é tudo sobre Paul e Joh. 
— E alguém disse que não era? Acontece que várias pessoas aqui apreciam meus livros, incluindo você e… - ele fez uma careta após sentir o beliscão de Kate em sua coxa - ouch! 
— Castle, cala a boca. Essa noite não é sobre você - Paul e Johanna tentavam e falhavam em segurar o riso. 
— Você está rindo? Pois saiba que depois que elas colocam esse anel no dedo se transformam. É um perigo! Mandam e desmandam! - para implicar ainda mais com o marido, Kate puxou a orelha dele. 
— E por acaso você não gosta disso? - perguntou Johanna. 
— Sem falar na violência. Espere algumas semanas e você vai entender o que estou falando, Paul. Você ainda tem chance de escapar - disse Castle virando-se para Daniel. 
— Hey, por acaso você acabou de dizer para Daniel continuar sozinho? Até parece! Aposto que você sonhava em casar com Kate bem antes dela - disse Johanna. 
— Não, eu sonhava em dormir com ela. Queria dormir com a detetive. Eram sonhos quentes… 
— Castle! - ralhou Beckett revirando os olhos. 
— Ela nega até hoje que se apaixonou primeiro que eu. 
— É verdade? - perguntou a noiva de Daniel. 
— Ah, não… por favor, não vamos entrar nesse assunto porque todas as vezes que discutimos não conseguimos concordar. Melhor evitar. 
— Claro! Dois teimosos. A discussão não pode acabar bem - disse Paul. 
— Na verdade, acabou bem. Ela confessou que me amava. Ponto para mim. 
— Tudo é uma competição entre eles? - perguntou Daniel intrigado. 
— Quase tudo. Não se preocupe, Daniel. Esse jogo de provocação é a razão porque estão juntos. Foi como tudo começou - ao ouvir as palavras de Johanna, Castle olhou para a esposa e sorriu. 
— É verdade. Ela se apaixonou pelas minhas insinuações, tiradas sexy e claro eu sou bonitão afinal. 
— E irritante! - ela disse sorvendo os lábios de Castle.  
Audrey se aproximou avisando que o jantar seria servido. Convidou todos a se sentarem à mesa antes de comentar o que iriam comer. 
— Certo, pessoal. O menu da noite é inspirado em algumas das técnicas e sabores que aprendi na França. Eu queria fazer dessa ocasião algo muito especial para minha mãe e Paul. É maravilhoso ver dona Johanna feliz outra vez. Acho que não me lembro da ultima vez que ela estava genuinamente feliz antes de começar a namorar Paul. Aproveitem o jantar. Vou pegar as entradas - ela voltou da cozinha com uma bandeja com pratos para todos - camarões ao conhaque e beurre blanc - após distribuir os pratos, ela sentou-se também para saborear o prato. 
— Nossa, Audrey. Isso está delicioso. Simples e saboroso. Parabéns! - disse Kate. 
— É verdade, muito bom - concordaram Castle e Paul. Johanna não disse nada, estava muito ocupada comendo - já estou ansioso para o prato principal. Qual será? 
— Então, eu queria fazer uma bouillabaisee porque sei que a mamãe comeu quando foi a Nice, mas não estamos na época de certos mariscos frescos. Optei por fazer um Coq au vin e comprei um pinot noir francês para acompanhar afinal tem que ser como manda o livro de receitas. 
— Estou salivando… - disse Kate. 
— Filha, Coq au Vin é um clássico. Não é tão fácil fazer e acertar todos os sabores. As vezes que tentei não consegui chegar no sabor ideal. Acho que tentei fazer uma vez para o Paul, não amor? 
— Estava gostoso, Joh. 
— Sim, mas não era um verdadeiro prato francês. 
— Não se preocupe, Johanna, foi Audrey que fez - disse Castle - será que podemos provar? - a mesa riu. 
— Alguém está ansioso para comer, não? - brincou Daniel. 
— Um pouco mais de paciência, Castle - disse Audrey. Eles terminaram as entradas, a conversa fluía muito bem. Checando o relógio, a menina decidiu que estava na hora de servir o prato principal. O cheiro estava maravilhoso. Charlie abriu a garrafa de Pinot noir a pedido da namorada e serviu aos convidados. Johanna olhava para a apresentação do prato surpresa. Era impecável. Parecia um prato de restaurante de primeira linha. O coração aqueceu e os olhos se encheram de lágrimas. Sua garotinha. Ela fez isso. Não podia estar mais orgulhosa - por favor, fiquem à vontade para se servir. 
— Vamos deixar os recém casados serem os primeiros. Eles vão precisar de toda a energia para dizerem seus votos logo mais.
— Sabe,Paul,reparou que Castle está muito preocupado com nossos votos? Que tal manda-lo fazer o discurso? Afinal ele é nosso padrinho. 
— Eu não tenho problemas com isso. Faço com prazer. 
— Depois dos votos, amor. Não queremos que roube o show de Paul e Joh - a médica sorriu. Havia acabado de se servir, Paul fazia o mesmo. Ao levar a primeira garfada à boca, ela fechou os olhos e suspirou. Tentava captar cada um dos temperos aguçando o paladar. Era uma mistura incrível, uma explosão de sabores na medida certa. Estava superior ao seu mil vezes. Quando abriu os olhos, as lágrimas estavam presentes fazendo os olhos amendoados brilharem ainda mais. 
— Acho que a Johanna acabou de ter um orgasmo gastronômico - brincou Castle, mas levou um beliscão da esposa. Kate percebera a emoção no rosto da amiga. 
— Audrey… meu Deus! - ela se levantou e abraçou a filha. Paul achou que era um gesto de agradecimento, foi somente após provar o prato que entendeu a reação de Johanna - eu estou tão orgulhosa de você! Isso está digno de um restaurante francês. E-eu nem sei o que pensar. Você será uma chef incrível! Posso vê-la comandando um restaurante estrelado. Talvez seu próprio com estrelas Michelin. Wow! 
— Mama, obrigada. Ainda tenho um longo caminho para percorrer, não é fácil entrar numa cozinha de renome em Paris. De qualquer forma, fiz por você.
— Oh, minha menina… - Johanna a encheu de beijos fazendo a menina dar varias risadas. 
— Vai comer, mama. Coq da Vin frio é horrível! 
— Sua mãe tem razão, isso está fantástico - disse Paul. Os demais convidados concordaram. A noiva de Daniel ainda completou. 
— Eu estive em Paris dois meses atrás em uma reunião de negócios e comi esse prato em um jantar. Posso dizer que esse é bem melhor. 
— Agradeço os elogios, está gostoso mesmo, mas ainda tenho que praticar mais. 
— Acredito que daqui a alguns anos todos nós iremos a Paris comer no restaurante de Audrey - disse Castle - é uma pena que Kate não tenha o talento da mãe para a cozinha. Ouvi dizer que Johanna era uma cozinheira de mão cheia. Sem chances da Lily me alimentar quando estiver velho, vou ter que me contentar com ela fazendo justiça. 
— Rick Castle! Quem disse que você poderia ficar me criticando e decidindo o futuro da nossa filha? - ele se encolheu a menção de seu nome. Johanna e Paul seguravam o riso enquanto Daniel e a noiva olhavam um pouco assustados - ela será o que quiser. 
— Ela vai ser. Mas a genética não erra, seguirá seus passos ou os meus.  
— Quem disse? Johanna não é chef, é médica. 
— Kate, acho que terei que concordar com Castle nessa. Se Joh não fosse médica, a cozinha seria sua segunda opção. 
— Obrigado, Paul. 
— É, Kate. Foi vendo mamãe cozinhar que fiquei curiosa e me interessei - frustrada, Beckett  bufou. Johanna começou a rir do jeito da amiga e tratou de explicar para os demais convidados o que acontecia. 
— Daniel, vocês não precisam ficar assustados. Está tudo bem, esse é o jeito deles. Ninguém está chateado ou vai matar ninguém. Você não trouxe sua arma, trouxe Kate? 
— Hey! - mas acabaram rindo da conversa maluca. Eles terminaram de saborear o prato principal. Audrey e Charlie recolheram os pratos e o resto do coq da vin para armazena-lo devidamente na cozinha. De volta à sala de jantar, eles encontraram Paul enchendo os copos dos amigos com outra garrafa de vinho. Foi Castle quem anunciou a próxima atração da noite. 
— Acho que chegamos ao momento mais esperado da noite, não? Será que podemos finalmente ouvir seus votos? Depois comemos a sobremesa. 
— Tudo bem, mas será que podemos ir para a sala de estar. Não gostaria de dizer essas palavras sentado, eu e Joh precisamos de espaço - eles se dirigiram ao outro cômodo. Quando todos estavam acomodados com suas taças em mãos e prontos para ouvir o casal, Paul segurou a mão de Johanna e fitando seus olhos começou a falar. 
— Eu não tinha certeza do que poderia acontecer com a minha vida quando me mudei para Nova York. A possibilidade de estudar na NYU, me especializar na Columbia, era um sonho para o garoto de Seattle que sonhava em ser cirurgião. Lembro dos meus amigos dizendo que era loucura deixar a cidade onde nasci para a selva de pedra. Nova York foi muito boa comigo. Tive sucesso na universidade e a sorte de conseguir minha residência e uma posição em um dos melhores hospitais da cidade. Tudo parecia bem, mas o tempo passou e nada realmente diferente acontecia além da fama profissional. Então, três anos atrás, uma novaiorquina de cabelos avermelhados surgiu no saguão do hospital. Ela tinha um sorriso encantador. Vestia um casaco bege sobre um vestido azul claro. O decote revelava as várias sardas que são minha perdição. Não tinha ideia de quem era até que viesse ao meu encontro e perguntasse pela minha chefe. Apresentou-se e me disse que era médica. Dra. Johanna Marshall. Durante um bom tempo eu fiquei me perguntando se algum dia eu criaria coragem para chama-la para jantar. Fomos nos aproximando, ficamos amigos e parceiros de ER. Reclamávamos, celebrávamos e incentivávamos um ao outro. Foi preciso um empurrão do destino para que eu criasse coragem. Agradeço todos os dias por aquele copo de café - ele olhou para Castle e piscou - Joh, você é uma mulher especial, uma força da natureza e ao mesmo tempo delicada como um belo diamante. Você me ensinou que podemos encontrar prazer em pequenas coisas, que carinhos são importantes, um sorriso, um olhar. Eu sou perdidamente apaixonado por você e prometo faze-la feliz por todos os dias da nossa vida. Protege-la, apoia-la, encanta-la. Com jantares, com tequila, respeitando e admirando-a. Acordar ao seu lado é um privilegio porque você é como um raio de sol iluminando por onde passa. Amo tudo em você, absolutamente tudo. Serei sua vida e você a minha - Johanna segurava as lágrimas. Ela suspirou esforçando-se para não chorar. 
— Acho que é a minha vez. Paul, eu sempre achei que somente havia espaço para uma chance na vida. Um casamento, um amor e fim. Portanto, após meu divórcio minha vida foi focar no trabalho e na minha filha. Eu também lembro da primeira vez que o vi, me perguntei quem era aquele moreno de olhos verdes cativantes? Acredite, eu não pensava em relacionamentos, essa palavra não existia no meu dicionário. Mas balancei. Talvez você não entenda o quanto mexia comigo. Seu perfume…. seus gestos. A sinceridade em seu olhar. Foram três anos de convivência, de cumplicidade profissional e amizade até que alguém me provou que existem segundas chances, na vida, no amor, basta que esteja disposta a aceita-las. Eu te amo, meu moreno. Tudo o que preciso é que me ame, me acompanhe na jornada da vida, esteja ao meu lado em todos os momentos. Você é o meu esteio, meu norte. A calmaria para minha tempestade. Como diz a canção: “De l'homme auquel j’appartiens”. Apenas me ame. Pour la vie - ela já estava em lágrimas. Paul tomou seu rosto nas mãos e beijou-a apaixonadamente. Os convidados batiam palmas e gritavam. 
— Audrey, pegue a champagne. Precisamos brindar esse momento - disse Castle - ele se saiu muito bem - Kate sorriu e deu um selinho no marido. Ela também estava emocionada. Aquele momento a fez recordar-se de seu próprio casamento. Seus votos. Castle serviu champagne para todos, porém antes de brindarem ao casal, ele queria fazer seu discurso - prometo não me estender tanto nas palavras. Apenas queria dizer que Paul e Johanna são grandes amigos, contudo eles são a razão de eu e minha esposa estarmos aqui. Seu profissionalismo, sua entrega à profissão nos deu uma segunda chance. Acredito que o empurrão foi providencial. Não é fácil guiar dois cegos teimosos. E um travado! - todos riram - vocês merecem o melhor da vida. Sejam felizes! Ao casal Gray! Saúde! 
— Saúde! - os demais responderam brindando. 
— Hora da sobremesa! - disse Audrey correndo para a cozinha. Ao retornar, trazia uma bandeja com pequenas taças - Mousse de chocolate com um toque de pimenta. Um clássico francês modernizado. 
— Chocolate! Meu ponto fraco! É para fechar com chave de ouro mesmo - eles comeram a sobremesa em meio à altas conversas e risadas. Novamente os elogios foram muitos para Audrey. 
— Hey, Castle! Por acaso o casal não tem que dançar a primeira vez depois de casados? - perguntou Audrey dando corda a quem não precisa. 
— Bem lembrado, Audrey! É claro que sim. Eu e Kate dançamos ao som do meu celular nossa música. Qual é a musica de vocês, Johanna? 
— La Vie en Rose, Edith Piaf. 
— Perfeito! É pra já - Castle mexeu no celular e em questão de segundos os versos da canção enchiam a sala. Paul tomou Johanna nos braços, ela encostou a cabeça no ombro dele, o rosto colado e os lábios repetindo a letra da canção. Castle puxou Beckett pela mão e também entrou na dança. Charlie e Audrey estavam de mãos dadas observando os casais, ele cantava os versos em francês ao ouvido dela, fazendo a namorada sorrir e cantar com ele. 
O resto da noite foi agradabilíssima. Duas garrafas de champagne e mais uma de vinho deixaram todos bem animados. Kate já estava de pilequinho e curiosa, quis saber porque a canção em francês. Johanna prontamente respondeu. 
— O significado da letra, do momento. Não dançamos ou ouvimos. Eu cantei um trecho para ele, em Paris. De repente, se tornou a nossa musica. Eu realmente acredito que a letra diz o que sinto. 
— Ah, que lindo… tão romântico, mama! Je suis enchanté! 
— Não querendo acabar com a festa, mas será que não é hora dos recém casados irem curtir a noite de núpcias? 
— É está na hora de fazer coisinhas… - Kate disse rindo - ficar bem quente… Joh quer ser Nikki Heat, eu quero ser Nikki, Rick. 
— Parece que realmente temos que encerrar a noite porque Nikki está me chamando - Paul e Johanna riam do jeito dos dois. 
— Vamos concordar com Castle dessa vez antes que tenhamos um pequeno espetáculo bem aqui nessa sala - disse Johanna. Os amigos se despediram do casal, Kate falou um monte de besteira no ouvido da amiga, alegando serem conselhos para mais tarde. Já na porta do apartamento, ela gritou para Johanna. 
— Não esquece a tequila, Joh. Nikki precisa de tequila. 
— Tudo bem, a Johanna vai levar a tequila, não se preocupe. Boa noite para vocês. 
Assim que todos saíram, Paul e Johanna foram para o quarto pegar as bolsas já preparadas anteriormente para pernoitarem no Four Seasons. Despediram-se de Audrey que já chamar um taxi para os dois, afinal não estavam em condições de dirigir. Não que estivessem bêbados, estava apenas alegres e leves. Prontos para curtir a noite juntos. Ao chegarem no hotel, Paul informou da reserva em seu nome e foram levados a suite presidencial do Four Seasons. Johanna não acreditou no tamanho do quarto quando entrou. A decoração era aconchegante, tudo limpo, arrumado e perfumado. Notou as flores, a garrafa de champagne e chocolates. O mensageiro desejou-os boa noite deixando-os sozinhos por fim. 
— Olha o tamanho dessa suite! Vai ser muito bom passar essa noite com você aqui, moreno. 
— Quer beber algo? Posso servir a champagne. 
— Primeiro eu quero tomar um banho rápido, você se importa? 
— Claro que não - ela se aproximou de Paul acariciando os braços dele beijou-lhe os lábios rapidamente. 
— Eu volto logo, meu marido - sorrindo, ela pegou sua bolsa e se dirigiu ao banheiro. Ela realmente agiu depressa, não era bem o banho que necessitava. Queria vestir a lingerie especial que comprara para essa noite no mesmo dia que adquirira seu vestido de noiva. Uma minúscula camisola de renda preta transparente que batia em sua cintura acompanhada apenas pela calcinha igualmente pequena estilo biquini. Passou o hidratante no corpo e aplicou duas gotas de perfume em sua nuca e no meio dos seios. Soltou os cabelos e se olhou no espelho. As sardas pronunciadas pela roupa e contrastando com a cor dos cabelos. Estava pronta. Saiu do banheiro usando um dos roupões disponíveis no banheiro para os hóspedes. Paul estava sentado na cama. Já tinha tirado os sapatos, abrira os botões da camisa e olhava o menu do serviço de quarto. 
— Não acredito que esteja com fome… 
— Não estou, queria apenas saber como é o café da manhã no quarto porque não estou nem um pouco interessado em sair daqui. Onde arranjou esse roupão? 
— Tem um disponível para você também no banheiro se quiser ficar mais à vontade… - ele sorria considerando a ideia dela - e Paul? Eu não me importarei se você usar um pouco do seu perfume. 
— É uma boa ideia, volto já - Johanna aproveitou para abrir a champagne e servir duas taças. Ela não tinha pressa alguma para satisfazer seu desejo essa noite. Tinham todo o tempo do mundo para eles. Paul surgiu de roupão, ela podia sentir o cheiro de Hugo Boss, cheiro do seu moreno - melhor agora? - ele perguntou se aproximando dela. Johanna beijou-lhe os lábios vagarosamente, enquanto as mãos dele deslizavam pelo roupão provocando e tentando tocar-lhe a pele. Desfez o laço fazendo a peça deslizar pelos ombros da esposa revelando a camisola que usava - isso é para mim, Joh? 
— Sim, afinal é a nossa noite de núpcias. Gostou? 
— Muito… realça tudo o que eu amo em você - ele beijou o ombro dela exatamente onde várias sardas se desenhavam na pele. Os lábios foram em direção ao pescoço para beijar o sinal que sempre o perseguiu desde a primeira vez que a viu. 
— Paul… - o nome saiu quase como um sussurro, um gemido - espera… 
— O que foi? - ele ergueu a cabeça para fita-la. Os olhos verdes cheios de desejo. 
— Eu não tenho pressa, vamos tomar a champagne e ir devagar. Quero essa noite mais do que especial. 
— Será, Joh - ele pegou a taça e brindando com ela sorveu o primeiro gole. Enquanto bebericava o liquido borbulhante, ela desfez o nó do roupão dele. Paul usava apenas a cueca. Podia ver que ele estava meio excitado. Johanna beijou os ombros largos usando os dentes para provoca-lo e o nariz para sentir o aroma do perfume - diz que quer ir devagar, mas fica me provocando… você quer me pedir algo em particular, Joh? 
— Sim, vá bem devagar. Quero que me toque, faça o momento durar horas, me faça flutuar, Paul. Sou sua completamente, corpo, alma e coração - ele tirou a taça da sua mão deixando-a sobre a mesinha. Entrelaçando a mão à dela, ele a conduziu até a cama. Paul obedeceu exatamente o que a esposa pedira. Sentaram-se primeiramente, um ao lado do outro. Ele beijava as sardas do ombro e do colo expostas pelo decote da camisola. Uma das mãos tocavam sua pele por baixo do tecido. O contraste dos dedos quentes sobre a pele fria causava arrepios em todo o corpo de Johanna. Os lábios dele transitavam pela nuca, rosto até sorver os dela em um beijo apaixonado. A urgência das bocas tornou o contato intenso e extremamente sensual. Não esperou mais. Com cuidado e sem perder o contato com a esposa, Paul tirou a pequena camisola. Parou um instante para admirar a mulher a sua frente. No auge dos seus quarenta e poucos anos, Johanna era bela. Deitou-a vagarosamente no colchão, seu corpo inclinando-se sobre o dela continuando o beijo. 
Era a sua vez de proporcionar a ela o que lhe pediu. Paul tocava cada pedaço do corpo de Johanna com seus dedos ágeis e precisos provocando sensações maravilhosas em sua esposa. Ele brincou com os mamilos dela, puxando-os, acariciando os seios e arrancando suspiros e gemidos ao mesmo tempo que ela sentia seu centro umedecer como pura reação ao que experimentava. Quando Paul abocanhou um dos seios, ela inclinou o corpo agarrando os cabelos dele. 
— Paul…. 
Seu nome dançava em seus lábios a cada novo toque, ele livrou-se da calcinha que ela usava afastando as pernas em seguida para dar-lhe mais prazer. Ele a provou bem devagar fazendo o momento durar por longos minutos. A resposta do corpo de Johanna fora a mais natural do ato de fazer amor. O orgasmo a tomou em cheio, arqueando seu corpo contra o dele, gemidos encheram o quarto. Ele voltou a beijar seu estômago, o meio de seus seios e finalmente a fitou. Johanna tinha o rosto e o colo vermelhos, os olhos em tons de amêndoa desapareceram quase completamente devido ao dilatar das pupilas provocados pelo desejo. Tocou os lábios dela levemente com o polegar antes de beija-los outra vez. 
Johanna se deixou embriagar pelo beijo após o orgasmo recebendo todo o carinho do marido. Ao abraça-lo e sentir os músculos das costas tensionando pelos movimentos que fazia, ela não teve dúvida de seu proximo passo. Usou sua força para rolar na cama ficando com o corpo sobre o dele. Quebrou o beijo e começou sua própria viagem pelo corpo que era seu. Todo seu. Os lábios distribuíam caricias no peito dele, cheirando, sentindo, provando, seu moreno. Seu amor, seu marido. Os dentes começaram as provocações na altura do estômago descendo para o centro de suas atenções. Johanna usou a boca para brincar com o membro dele ainda guardado pelo tecido da cueca. Instigando, ela simulava abocanha-lo o que fazia a ereção de Paul despontar na única peça de roupa que vestia. Com uma das mãos, ela acariciava o local causando a dor na virilha acompanhada de gemidos. Decidiu por fim tirar a cueca libertando o membro que rapidamente se mostrou pronto para ela. Segurando-o com uma das mãos, ela se inclinou para beijar Paul outra vez. 
Estava perdida em seus lábios, mesmo assim, como uma gata se mexia até estar pronta para deslizar no membro dele. Recebeu-o devagar deixando a sensação de plenitude substituir o vazio e o anseio causado pelo desejo que a dominava. Sentindo as mãos de Paul em sua cintura, eles começaram a se movimentar juntos. Em perfeita sincronia, eles guiavam seus corpos em busca do prazer maior. Dar e receber. Completar um ao outro. Doar-se com todo o amor que tomava seus corações em ritmo acelerado. De vez em quando, a mão dele escapava e bolinava um de seus seios. O prazer crescente fazia o sangue correr rapidamente nas veias, a temperatura subir. O ritmo tornou-se frenético. Paul notara que ela estava bem próxima de um novo orgasmo. Primeiro ergueu seu corpo colando-o ao dela em busca dos lábios de maneira desesperada, urgente. Então, ele se aprofundou o máximo que pode dentro dela. O gesto a fez gritar, seu corpo começara a tremer pressentindo a chegada da nova onda poderosa que a tomava avassaladora e precisa. A explosão aconteceu fazendo Johanna jogar o corpo para trás. 
Paul a segurou em seus braços e rapidamente trocou de posição deitando-a contra o colchão e afundando-se mais e mais dentro dela como alguém sedento se jogaria em um lago em pleno deserto. Não pode mais segurar o que sentia e se deixou esvaziar sentindo o poder do seu próprio orgasmo o entorpecer jogando seu corpo sobre o dela. 
O tempo parou por alguns instantes.Segundos que representavam o ápice de todo o amor que sentiam um pelo outro. Johanna ainda zonza abraçava o marido de olhos fechados. O peso de seu corpo era uma forma de representar o quanto ela adorava ter seu corpo colado ao dela. Sussurrou ao ouvido de Paul. 
— Eu te amo, moreno. 
Paul virou-se de lado tirando o peso de cima dela, puxou-a para junto de si abraçando-a em um ato de possessão. Beijou-lhe o ombro e os lábios vagarosamente. 
— Também te amo, Joh - em poucos minutos apenas o silencio reinou então ela sentiu a mão de Paul acariciando seu braço e a lateral de seu corpo subindo pelo estômago até apertar um de seus seios. Sentiu os dedos dele entrelaçarem aos dela. Paul sussurrou perto ao seu ouvido - tem ideia de quanto eu estou feliz, Joh? Por ter você como minha esposa? Minha companheira para todo o sempre. 
— Claro que sei o quanto você está feliz porque eu também estou transbordando de felicidade. Eles não estavam brincando quando disseram que a vida começa aos quarenta - trocou um novo beijo com ele. Paul levou a mão esquerda onde estava o anel e a aliança até os seus lábios beijando-os suavemente, roçando seus dentes nas juntas dos dedos de Johanna. Após mais algumas trocas de caricias, eles finalmente adormeceram. 
Na manhã seguinte, Johanna foi acordada pelos beijos apaixonados de seu marido que rapidamente evoluíram para uma sessão matinal extremamente prazerosa, em poucos minutos se fundiram em um só corpo perdendo-se em sensações, respirações, gemidos e suspiros. Fazer amor com Paul era delicioso especialmente cedo. Não conseguiram ficar apenas na primeira vez, o desejo estava aguçado naquela manhã e Johanna deixou-se levar para uma nova rodada de prazer, dessa vez ainda mais poderosa e urgente que a anterior. Quando se deram por satisfeitos, Johanna não conseguia tirar o sorriso dos lábios. 
— Bom dia, Sra. Gray.  
— Muito bom dia, Sr. Gray. Se depois de casada eu for acordada assim todos os dias ficarei mal acostumada - ele riu entre os cabelos dela. Deixou seu corpo pressionar o dela em busca de um novo beijo. Em seguida, ele tornou a beijar o sinal no pescoço. 
— Sabe que sou fascinado por esse seu sinal e as suas sardas? 
— Da mesma forma que eu amo quando você está suado e quente após correr? - ela gargalhou - isso foi tão pervertido! 
— Essa sua mente é pervertida, Joh. 
— Mentiroso! 
— Vai negar agora? 
— A culpa é sua! Fica se exibindo na minha frente, esses músculos, essa pele morena gostosa… quem pode resistir? - trocaram um novo beijo. 
— Está com fome? Acho que podemos pedir nosso café no quarto, não? 
— Que horas são? 
— Quase dez da manhã. 
— Faça isso, eu não pretendo sair dessa cama tão cedo, a menos que seja para ir ao banheiro - sorrindo, ele sentou-se na cama e pegou o telefone na cabeceira. Discou o numero do serviço de quarto. Johanna também sentou-se abraçando-o pela cintura e beijando as costas dele. Ela murmurava uma melodia que Paul reconheceu como a música deles. Assim que fez o pedido desligou e comentou. 
— Levará de vinte a trinta minutos. O que você murmura ai, Joh? Reconheço esse ritmo. 
— Sei que sim, não posso me conter. É como uma declaração de amor - ela beijou-lhe o ombro e fitou-os olhos verdes acariciando seu rosto, cantando os versos como já fizera outra vez para ele - Il me dit des mots d’amour. Des mots de tous les jours et ça me fait quelque chose. Il est entré dans mon coeur. Une part de bonheur. Dont je connais la cause. C'est lui pour moi. Moi pour lui dans la vie. Il me l'a dit, l'a juré pour la vie”.
— Pour la vie, Joh - e beijou-a intensamente. 


Continua....

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.137



Nota da Autora: Sorry pela demora, as semanas malucas finalmente passaram... enfim, vamos ao que interessa. Nesse capitulo tenho momentos quentes, avanços profissionais e abordo Monte Carlo, porém já vou avisando que não na profundidade que talvez vocės esperavam. Não é bem o foco da vida profissional de Stana, afinal o festival é muito especifico e fofoca não faz parte do que eles abordam. Divirtam-se! 


Cap.137

Kate dormiu cedo depois de um dia agitado na companhia do pai. Stana tinha decidido fazer o jantar para eles como uma espécie de boas-vindas. Preparou algo simples. Sua versão de fish & chips, uma coleslaw e um molho para acompanhar o peixe. A sobremesa era torta de banana que ela mandara o marido buscar na confeitaria preferida dela. Claro que havia uma adição à sobremesa que Nathan não imaginava. 
— Vamos, babe. Vem comer ou vai esfriar - ela reparou que o marido estava digitando no celular. 
— Estava falando para o mano que estão intimados a vir aqui no domingo. 
— Alguém está ansioso para falar com o irmão. 
— E estou com fome. Olha para esse cardápio. Nada natural. Quem é você e o que fez com a minha esposa? - ela riu, um sorriso e um brilho no olhar que o encantava - sério, o que aconteceu com você, Staninha? Está com saudades da minha barriga? 
— Não, bobo. Apesar de que agora que mencionou… - ele fez uma careta - estou brincando. Está na medida certa, ainda consigo deitar nela confortavelmente. Apenas quis fazer algo rápido e depois de uma viagem é sempre bom comer algo simples e melhor que um hambúrguer, além disso as batatas foram assadas - sentaram-se à mesa e começaram a saborear o jantar. 
— Hum, isso está gostoso. Você caprichou, amor - Stana riu, você ainda não viu nada, pensou - só não entendi a escolha da sobremesa, esperava algo com chocolate. 
— Teremos tempo para o chocolate.
— Está querendo me dizer que pretende usar Nutella hoje? 
— Não, Nutella é algo do passado - ele percebeu a cara safada. 
— O que você está tramando nessa cabecinha, hum? 
— Termine o seu jantar - a curiosidade de Nathan estava aguçada, o que quer que fosse a escolha da esposa, ele sabia que teriam uma noite ótima. Comeram cada um, um pedaço da torta de banana. Stana bebericava o vinho enquanto recolhia os pratos da sobremesa até a pia - eu vou para o quarto, será que pode encher e trazer minha taça de vinho? - ela não esperou pela resposta de Nathan. No banheiro, se preparava para dar continuidade a sua noite. 
Nathan voltou ao quarto com as duas taças cheias. Tinha pressa e portanto livrou-se da camisa e da calça que usava ficando apenas de boxer. Deitou-se na cama para esperar por Stana. Ela saiu do banheiro com o roupão. Na mente de Nathan, ele imaginou uma lingerie provocante, mas quando ela se colocou na frente dele e desfez o laço tirando a peça, ele pode notar que ela usava apenas uma calcinha. 
— Pronto para a sobremesa? - ela acariciou os cabelos do marido que já sentara em sua frente a fim de toca-la. As mãos passeavam pela pele alva e macia, os lábios beijavam o meio dos seios até que ela segurou seu rosto com as duas mãos e envolveu-o em um beijo provocante e apaixonado. Ao se afastarem, Nathan percebeu que ela tinha a boca vermelha, os lábios quase inchados pelo efeito do contato entre eles. Stana beijava seu ombro quando ele fez menção de tirar a calcinha que ela vestia. Segurou sua mão impedindo-o. 
— Muito rápido? 
— Acho que você vai querer se demorar nesse ato… - ele sorriu para a esposa e então sentiu um cheiro diferente. 
— É a minha imaginação ou você está cheirando a chocolate? Por acaso está usando um hidratante com esse sabor? 
— Não é hidratante. Acho que você vai querer usar os dentes para tirar a calcinha, assim pode saborea-la - Nathan olhou intrigado para ela - faça o que estou dizendo, Nate - ele obedeceu e somente entendeu quando seus lábios tocaram o material da peça que ela vestia. 
— Isso é… chocolate? 
— Sim, comestível. Quer melhor sobremesa que essa? Eu disse que teria seu chocolate, babe. 
— Deus… isso é… - mas não completou a frase. Segurando-a pela cintura, ele a colocou na cama. Devagar, Nathan saboreava a calcinha e Stana. Comia devagar usando os lábios para sorver e mordiscar a pele. As mãos passeavam pelo interior das coxas. Terminou a parte frontal beijando o clitoris dela então virou-a de lado, ainda havia um pedaço preso ao seu bumbum. Enquanto ele saboreava o resto da calcinha, seus dedos a penetravam fazendo  Stana gemer e remexer o corpo colando-se ao dele. Ao finalizar a tal sobremesa, ele não podia mais esperar. Penetrou-a de uma vez mordiscando seus ombros, procurando seus lábios para um beijo intenso. Uma das mãos apertavam-lhe os seios e voltavam a fincar em sua cintura. Stana podia sentir ele se arrematando profundamente dentro dela, a posição lateral a fazia sentir ainda mais prazer. O corpo começava a tremer, o orgasmo estava perto. Sentiu os dedos dele tocando seu centro e com uma ultima estocada, ele a puxou para cima de si deixando a explosão acontecer. 
Minutos se passaram antes de Stana se mexer para fita-lo. Beijou carinhosamente os lábios do marido. 
— Senti tanto sua falta, Nate. 
— Eu também. E obrigado pela sobremesa - ele acariciava o roto dela - de onde você tirou essa ideia? Não vai parar de me fazer viciar em você, Staninha? Calcinha de chocolate. Por acaso comprou uma caixa? - ela riu. 
— Não, eu não comprei. Ganhei. Ainda tenho uma de chocolate e uma de vinho. 
— Ganhou? 
— Gigi… - ele gargalhou. 
— Quem mais! Tenho que agradece-la por isso, mas ainda estou devendo algo a minha esposa. Não acredito que agradeci de maneira apropriada. 
— Mesmo? - eles pegou um tacho dos cabelos dela e a puxou para um beijo deitando-a no colchão, a boca descia pela pele até o centro. iria prova-la agora sem o chocolate.

XXXXXXXXX

No domingo após o retorno de Nathan, não se contendo de curiosidade, ele aguardava o irmão e a cunhada para um almoço. A chegada de Gigi é sempre com muito barulho e risadas, ela foi direto falar com a sobrinha enquanto o marido abraçava o irmão querendo saber as novidades. 
— Do meu lado nada importante, apenas o velho trabalho. Agora, andei escutando por aí que vocês tem noticias quentes. Estou certo, Gigi? 
— Ela não consegue se segurar. Custa manter um pouquinho de suspense, sis? Tínhamos novidades sim, mas aparentemente já perdeu a graça - Stana ria. 
— Claro que não! Eu contei, mas tenho certeza que Nate tem várias perguntas. 
— Verdade, como por exemplo, que bicho te mordeu, Gigi? Foi uma daquelas fases de relógio biológico ou está se sentindo velha… ou bebeu muita tequila e teve a ideia? 
— Hahaha, como seu irmão é engraçado, Jeff. Percebeu que ele não está preocupado com o que você pensa do assunto? Parece que ver o irmão ser pai não é importante. Implicar com a Gigi, sim. E para sua informação, Nathan, não foi relógio biológico. Eu sabia que haveria um momento que a nossa familia tinha que crescer. Nunca disse que não queria ter filhos e sempre pensei no meu marido. Acho que estamos um pouco mais preparados agora. Apesar que eu já avisei o Jeff que provavelmente ele fará todo o trabalho pesado porque sinceramente eu acho que não estarei preparada para a maternidade nunca. 
— Você fala isso da boca para fora, sis. Eu sei que tem todo o jeito para ser mãe. E Jeff será incrível como pai. 
— Já que você abriu a boca, também falou para o seu marido que por enquanto é segredo? 
— Mencionei algo, porém acredito que você deve dar o recado. Sabe ser bem enfática - disse Stana. 
— Sei mesmo. Vê se presta atenção ao que vou dizer, cunhadinho. Estamos tentando, Nathan. Não queremos alarde ou estresse o que significa que nenhum palavra sobre esse assunto deve ser falada perto de dona Rada, entendeu? - Gigi tinha as mãos na cintura, olha séria para o cunhado - Eu não preciso de ninguém querendo me dizer como engravidar ou me perguntando se já fiz o teste dez vezes por dia. 
— Você já fez o teste? - implicou Nathan. 
— Nate! - Stana e Jeff o repreenderam rindo em seguida por terem a mesma reação. 
— Em defesa de Gigi, eu entendo a preocupação. 
— Eu concordo com a Gi e a Stana. Sabemos que dona Rada quer o melhor para as filhas, mas ela não é paciente e muitas vezes as sufoca. Especialmente Gigi. Você perguntou, mano e vou responder. Com relação ao que nos fez partir para essa nova aventura, essa nova fase da nossa vida confesso que foi uma grande surpresa por parte da minha esposa e eu adorei. Acredito que isso tornou o momento ainda mais especial porque partiu dela. Sempre disse que apenas iríamos pensar nisso quando ela se sentisse bem e pronta para tentar. E a mamãe já sabe, aliás. 
— Claro, ela não ia perder a chance de contar para a sogrinha… vem cá, Gigi. Quero um abraço. Mal posso esperar para te ver tendo ataques com os hormônios. Quero conhecer logo meu sobrinho ou sobrinha - ele puxou a cunhada num abraço apertado e beijou seu rosto - Katherine vai amar ter alguém para mandar. 
— Até parece. Se puxar para Gigi, tenho pena da minha sobrinha porque claramente ela puxou ao mano. É fogo! - eles riram. Katherine estava agarrada às pernas de Gigi que a pegou no colo. 
— Falando em fogo, que tal começarmos esse churrasco? - disse Nathan. 
— Acho bom, estou com fome. Você também está, não fofinha? Diga para o daddy. Quem a Katie ama? 
— Dindi! 
— E quem é bobo? 
— Dada! Eff toso. Mama linda! 
— Muito bem! 
— Ela treinou com Katherine na sua ausência. Nada mais justo depois daquele seu episódio, amor. 
— Vou deixar passar, vai que ela já está gravida e entrando na fase hormonal.. - Gigi revirou os olhos. 
— Sem jeito, vamos cuidar do almoço que ganhamos mais minha cunhada - disse Jeff.
Eles prepararam o almoço juntos. Gigi contava suas aventuras no trabalho ajudando seus sócios e agilizando as atividades da reforma de Sandra enquanto cuidava da sobrinha, afinal ela queria passar bem longe da cozinha. Irá começar o projeto oficialmente na segunda. As conversas eram as mais variadas possíveis. Quando finalmente sentaram-se à mesa para comer e Katherine estava servida e comendo com o pai, Stana encontrou o momento oportuno para falar da sua agenda e de sua proposta para a ida a Monte Carlo. 
— Então, o festival de Monte Carlo está se aproximando. Logo terei que viajar. 
— É verdade, como está se sentindo ao promover seu novo show na Europa, Stana? Deve ser bem diferente de como as coisas acontecem aqui, não? - perguntou Jeff. 
— Nem tanto. Acredito que na Europa as emissoras tem um pouco mais de poder de decisão apenas. Eles são mais rápidos nas escolhas. Aqui existe muita burocracia e o dinheiro fala mais alto juntamente com os egos. Raramente pensam na audiência o que é ridículo porque precisam deles. Vai ser interessante falar de Absentia para um público com visões diferentes, muitas vezes gosto mais seletivo. 
— É uma pena que o mano não possa acompanha-la. Certamente seria bom ter alguém com você apoiando-a. Uma companhia. 
— Muito bom você tocar nesse assunto porque eu estava pensando se Gigi não poderia me acompanhar nessa viagem. Que tal, sis? Quer experimentar um pouco da French Riviera? 
— Eu adoraria, Stana, mas você não ouviu o que falei há pouco? Eu vou iniciar o projeto da Sandra. Estou cheia de coisas para acompanhar, follow ups para fazer. 
— Gigi, você disse que está com muita coisa em andamento e follow up até um estagiário faz. Você é a sócia da firma. Não tem alguns privilégios? Além do mais não precisa colocar a mao na massa em tudo. Delegue. Eu gostaria de acompanhar minha esposa, infelizmente não posso então você pode fazer isso por mim. Mante-la calma, centrada e fazer com que ela se divirta porque eu conheço o quanto ela pode ficar nervosa e preocupada. 
— É, Gi. O mano tem razão. Sandra vai entender se tiver que viajar. Você é uma mulher de negócios, ocupada. Você acha que isso seria um problema com seus sócios? 
— Não, eles são bem tranquilos e quando eu fechei a reforma de Ryan perguntaram se eu não queria uma semana de folga. Eu recusei, claro. Prefiro guardar para ocasiões especiais. 
— Como essa? - perguntou Stana. 
— Depende, de quanto tempo estamos falando? 
— O festival é 17 e 18. Eu estou programando sair daqui dia 15 e retornar dia 20. Além do mais o festival é em um fim de semana. 
— Quatro dias que podem tranquilamente contar como dois levando em consideração as minhas visitas aos clientes. Nem preciso comunicar aos meus sócios, apenas coordenar as atividades do meu time. A questão é, você está de acordo com isso, amor? Não se importa que eu viaje e curta um pouquinho de glamour sem você? Eu estou guardando aqueles dias para nós aproveitarmos juntos. E significa que teremos que postergar nossa comemoração de aniversario de casamento…  
— Claro que não, Gi. Acho importante você apoiar e acompanhar sua irmã. Pode ir tranquila, sei que teremos nossa chance e não se preocupe, Stana. Eu irei ajudar o mano a cuidar de Katherine. 
— Não sei não, acho que o Jeff está querendo se livrar de você para ficar com a minha filha. 
— Ele pode me trocar por Katherine e só por ela. Devia agradecer que não vai cuidar dela sozinho. Meu Jeff é excelente como babá, pode perguntar para sua filha. Você adora o tio Jeff, não fofinha? 
— Eff toso! Kiss,kiss. 
— Entendeu o recado, Nathan? 
— Acho que resolvemos a questão. Gigi vai me acompanhar a Monte Carlo e vocês cuidarão de Katherine. E que Deus me ajude porque tenho medo do que vão ter ensinado a minha filha quando eu voltar - eles riram. Antes de sairem, Nathan chamou Gigi ao canto. 
— Hey, quero muito agradece-la por fazer isso por Stana, ela vai precisar de alguém a apoiando e dizendo que tudo saia bem. Significa muito para mim, Gigi. 
— Sei que sim, Nathan. Eu vou cuidar dela, do meu jeito - ela foi surpreendida por um beijo na bochecha do cunhado. 
— Obrigado. Acho que te devo dois favores agora. 
— Dois? 
— Adorei a calcinha - ele sussurrou fazendo Gigi gargalhar. 
— Pervertido! Foi um prazer - e tascou um beijo estalado no rosto de Nathan. 
Na segunda-feira, Gigi foi direto de casa encontrar Sandra Bullock. Combinou com sua equipe que deveriam estar no endereço da residência às onze da manhã o que dava a ela tempo suficiente para conversar com sua cliente e explicar como as atividades iam ocorrer nas próximas semanas em especial as duas primeiras em que ela teria um tempo mínimo para colocar a reforma em completa atividade para então se ausentar. 
Contudo, durante a reunião com a atriz foi quase impossível não esquecer o lado profissional e vestir a camisa de fã. Gigi estava explicando como iria reformar etapa a etapa o quarto das crianças quando acabou desviando o assunto para perguntar o que Sandra estava filmando esses dias. 
— Ah, desculpe. Isso é muito ruim vindo de uma profissional. Mas o que posso fazer? Tenho meus momentos de fangirling. Eu adoro vê-la atuar, me lembro de Velocidade Maxima com Keanu Reeves, Miss Congeniality mas foi em “The Blind Side” que sai do cinema com o rosto inchado por causa das lágrimas. Vou colocar Ocean’s 8 na minha lista. 
— Ah, obrigada. Tudo bem se o lado de fã atacar de vez em quando. 
— Você é muito gentil. Se fosse outra pessoa ficaria irritada. Enfim, vamos ver a mudança que faremos no quarto de sua filha? Ela está tranquila por ter que dormir com você por algumas semanas? 
— Ela está adorando tudo. Louca para ver o resultado, aliás eu prometi a ela que você deixaria uma copia da planta para eu mostrar como ficará o quarto quando ela voltar hoje da escola. 
— Sem problemas posso fazer isso. Também quero repassar exatamente o que acontecerá nessas próximas semanas. Como mencionei antes, mesmo distante por conta da viagem eu ficarei em contato com a minha equipe e colocarei alguém muito experiente no comando - elas sentaram na sala e Gigi discutiu os detalhes com sua cliente e seguiu com as instruções para sua equipe no momento em que eles chegaram. Satisfeita por delegar tudo que precisava, ela se despediu de Sandra e retornou ao escritório para fazer os pedidos restantes e discutir algumas datas com fornecedores. 
Nathan estava na sala de video assistindo desenho com a filha enquanto Stana participava de uma conferência com seus colegas de Absentia e a produtora executiva sobre as atividades em Monte Carlo. Katherine estava bastante entretida com o colorido e as musicas do desenho. Nathan conversava com ela de vez em quando para demonstrar interesse já que a menina conversava chamando sua atenção em algumas palavras bem diferentes e quase inteligíveis. A interação entre pai e filha foi interrompida com uma chamada de Michelle pelo celular. 
— Oi, Mi. Tudo bem? 
— Espero que sim. Tenho novidades para você, Nate. Recebi uma ligação agora há pouco sobre as datas para a filmagem do piloto com Alex. Segundo ele, a produção começa na ultima semana de junho e filmam após o 4 de julho. Tudo bem para você? Stana vai estar de volta nessa data, não? 
— Sim, o calendário está bom. A minha vontade é outra historia, mas serei profissional. 
— Está repensando sua decisão? 
— Não me entenda mal, Michelle. A ideia da série é boa, interessante. Em outras circunstâncias eu estaria super animado, trabalhando o personagem, torcendo para o piloto ganhar episódios, mas quando eu me lembro que esse piloto existe por conta do fim de Castle, eu fico irritado. 
— Hey, Nate. Eu entendo a sua frustração. É só um piloto, faça e pronto. Tire esse peso das suas costas. Se e quando houver a confirmação de que virará série, ai você se preocupa. 
— É engraçado, pro cara que dizia que sua paixão é sua serie cancelada Firefly na época de Castle, eu estou me saindo um ótimo defensor da outra. O que eu posso dizer, sempre gostei de Castle, o trabalho de Terri e Andrew como contadores de historia é excepcional, porém  achei que nada seria maior que Firefly na minha vida. Até Stana. 
— É o amor agindo sobre você, meu amigo. Nossa! Que piegas! - eles riram - posso confirmar que as datas funcionam para você? 
— Pode, melhor acabar o mais depressa possível com isso. 
— Certo. E você está tranquilo para cuidar de Katherine na ausência de Stana? Quer ajuda? Eu não me importo de ficar umas horas cuidando da bonequinha de vocês. 
— Obrigado, Mi. Realmente não precisa, eu já tenho uma babá substituta. 
— Mesmo? Quem? Dona Cookie está na area? Por favor, diz que é a Gigi. 
— Não, é o mano. Por que você pensou em Gigi? 
— É tão óbvio, ela está mais que pronta para ser mãe. Jeff nem se fala. E tem responsabilidades como madrinha. 
— Você acha que ela está pronta? 
— Ela pode negar o quanto quiser, mas é visível. Gigi vai se sair muito bem quando escolher ser mãe. 
— Ela vai para Monte Carlo com a Stana. Achei ótimo porque sei que vai precisar de alguém para acalma-la, fazer com que relaxe. 
— Concordo. A gente se fala - Nathan desligou o celular e encontrou a pequena olhando para ele. 
— O que foi, meu amor? 
— Qué papa… tem vete? Cookie? Eff toso cookie… 
— Ah, seu tio andou lhe comprando com cookies? Bom saber. Vem, vamos ver se tem frutas para a Katherine, depois veremos se tenho algum cookie sobrando - deixaram a sala de video rumo à cozinha.   
Uma semana depois, tudo estava pronto para a viagem. Antes de sairem de casa, Nathan já notara as rugas de preocupação na testa da esposa e sabia que deveria tentar acalma-la. Aproveitando que Gigi estava brincando com Katherine, ele puxou a esposa para um canto da sala. De frente para ela, Nathan acariciou seu rosto e sorriu. 
— Que tal tirar essas rugas do seu rosto? Não combinam com sua beleza, Staninha. 
— Fácil para você falar. Estou nervosa, babe. 
— Eu sei que está. Isso faz parte, é um grande evento, super exposição e sei o quanto isso é importante. Sua grande aparição depois de Castle, seu momento de brilhar. Vai ficar tudo bem, amor. Juro que se pudesse estaria ao seu lado, mas meus pensamentos estarão com você- ele beijou a testa da esposa e em seguida os lábios. 
— Também gostaria que estivesse comigo - ela o abraçou. 
— Vou estar - ele tornou a beijar-lhe a testa antes de toca-la - aqui e…- ele tocou o coração dela - aqui. Vai ser um sucesso, Staninha - ela suspirou e voltaram abraçados para junto dos outros. Após as devidas despedidas, elas entraram no carro enviado pela produção do programa. 
As irmãs partiam de Los Angeles para a Riviera francesa. Gigi estava empolgada com as mini ferias na Europa e não via a hora de comer aqueles doces maravilhosos e beber o melhor champagne. Stana, por outro lado estava uma pilha de nervos, o que era compreensível. Lembrava-se das palavras do marido para tentar relaxar. Iam ser dias intensos, ela tinha muitos compromissos e após o festival, ela e Gigi retornariam para Paris onde passariam o ultimo dia antes de pegar o avião de volta a LA. 
Ao desembarcarem em Mônaco, Gigi não parava de tagarelar. Para a irmã tudo era festa, o que de certa forma era ótimo para Stana porque a animação de Gigi a fazia rir e a relaxava um pouco. A resposta para o nervosismo segundo sua irmã era álcool, mas Stana tratou de controlar a doidinha porque não podia exagerar na bebida com todos os compromissos que a esperavam. 
Ao chegarem no hotel, Gigi amou o quarto, a vista e teve que prometer à irmã que não faria nenhuma loucura. 
— Ah, Stana… tudo aqui é tão lindo. Eu me imagino aproveitando tudo isso com meu Jeff. Dá para fazer muitas loucuras. Vamos, sis, se anime! É o seu grande momento! Que horas você precisa estar no festival amanhã? 
— Dez da manhã eu preciso ir ao prédio adjacente onde estarão os maquiadores, cabeleireiros e o vestiário improvisado. Nossa aparição no tapete vermelho será às duas horas. Temos as primeiras entrevistas ainda na área externa e o painel começando às três com o screening do piloto às quatro. 
— Jura que vou ver Absentia em primeira mão? Primeiro que meu cunhado? Ah! Nathan vai morrer de inveja - Stana balançou a cabeça rindo - que tal fazermos assim: tomamos um banho, colocamos uma roupa leve e saímos para explorar a cidade? Podemos jantar em algum lugar e voltamos para você ter seu sono de beleza.
— Eu não sei… 
— Nada disso, você precisa espairecer. Não quero que fique preocupada, minha função aqui é faze-la relaxar e você vai ter que comer em algum ponto. 
— Você tem razão. Vou tomar banho. 
Uma hora depois, elas conseguiram deixar o hotel. O passeio foi muito agradável. Gigi tinha razão, a cidade é interessante, vibrante e Stana se permitiu tomar uma taça de champagne no jantar. Voltaram para o hotel e cedo estavam dormindo. 
A agitação do dia seguinte a deixou bastante ocupada. Antes de ir para o tapete vermelho, ela conseguiu ligar para o marido e falar rapidamente com ele e a filha. A badalada confusão do tapete vermelho acabou sendo prazerosa. Fazia tempo que Stana não experimentava algo assim, embora não seja grande fã dos holofotes e flashes, ela encarou numa boa o que aparecera. Deu entrevistas em francês, inglês e espanhol. A sessão de Q&A sobre a série foi um sucesso, assim como a exibição do piloto. A resposta da plateia e da imprensa de modo geral foi bastante positiva. Ao se encontrar com a irmã, recebeu vários elogios. De fato, Gigi vibrava com o que vira. Terminada a sessão oficial do festival, ela se juntou ao elenco para dar mais uma entrevista e mais tarde seguiu com eles e a irmã para o after party da primeira noite. Não que estivesse a fim de festa, mas fazia parte da programação e de seu papel como produtora executiva da série. Era parte do networking. 
Gigi foi apresentada para os colegas de elenco da irmã e logo se enturmou com eles. Claro que fez sua pesquisa para saber se algum dos homens era solteiro para alertar a irmã se percebesse algum comportamento estranho em relação a Stana vindo deles, afinal ela não podia exibir a aliança. Stana optara por usar apenas o solitário. Felizmente, todos eram romanticamente bem resolvidos. Elas se divertiram bastante naquela noite, seja conversando, bebendo, dançando ou rindo. Retornaram ao hotel depois das três da manhã. 
No dia seguinte, Stana tinha que retornar para o festival para prestigiar os demais participantes. Ainda ouvira muitos elogios e pelos dois dias que se seguiram, a imprensa europeia e internacional de modo geral falara muito bem de seu novo trabalho reforçando as qualidades da atriz que ficou mundialmente conhecida por seu excelente papel na série de tv Castle. 
Elas estavam de volta à Paris. Tinham tecnicamente 12 horas para curtir a cidade, o tempo disponível até o momento de pegar o avião e retornar a Los Angeles. Obviamente, a primeira coisa que Stana fez ao chegar em Paris foi ligar para o marido. Era quatro da tarde em Paris.  Ficou surpresa ao ver o cunhado atendendo a ligação com Katherine no colo. 
— Oi, Jeff! 
— Hey, Stana. Olha quem está ligando, Katherine. A mamãe… 
— Já vi que o Nate está explorando o babá. São sete da manhã em LA. 
— Nada, o mano me ligou ontem para vir jantar com ele. Não queria ficar sozinho. Acabei dormindo aqui. Ele está fazendo a mamadeira de alguém que está com fome. 
— Milk mama! Kiss, kiss! - e beijou a tela do celular. 
— Hey, eu também estou aqui, fofinha. Não vai dizer oi para mim e dar beijo também? 
— Dindi! Kiss,kiss… - repetiu o gesto que fez com a mãe. Nathan finalmente apareceu na tela com a mamadeira entregando para a filha. 
— Hey, amor… bom dia! 
— Hey, babe. Está tudo bem por ai? Requisitou a companhia de Jeff por que estava com saudades?   
— Porque não queria ficar sozinho, comer sozinho. Saudades não conta nesse caso, não tem nada que ele possa fazer para substituir você, Staninha. 
— Não fale mal do meu marido, Nathan! 
— Eu não estou falando mal, Gigi. Que coisa! Vamos falar de outra pessoa. Amor, você está fazendo sucesso. Checou a internet? A repercussão do festival, de Absentia e claro sua está em todos os jornais do mundo. Na Europa, alguns críticos super elogiaram sua interpretação. Estou muito orgulhoso. 
— Obrigada, Nate. Foi realmente ótimo para a divulgação da série. 
— Você precisava ver, Nathan. Ela deu um show de atuação no piloto. Ela está incrível. Estou louca para ver o resto. 
— Não esperava menos de você, amor. Eu sabia que seria um sucesso. Parabéns, Staninha - Katherine começou a bater palmas - isso mesmo, Katie. Parabéns para a mamãe. 
— Ah, que lindinha. Mama está com tanta saudade meu bebê. Amanhã vou apertar tanto você. 
— Que horas vocês chegam? Esse lance de fuso horário me confunde. 
— Por volta de uma da tarde. Não se preocupe. Vamos direto do aeroporto para casa. 
— Você vai estar ai também, gostoso? - perguntou Gigi. 
— Eff Toso? - Gigi teve que rir. 
— Vou, amor. Dormirei novamente aqui. Está sendo bem divertido cuidar de Katherine. Estamos adorando. 
— Está vendo, Gigi? Trate de encomendar o bebê de vocês logo - disse Nathan. 
— Hahaha, tão engraçado você, Nathan. Chega de conversar. Eu e a sis vamos aproveitar Paris. Au revoir, ma cherie! Desliga logo esse treco, Stana. 
— Nossa! Mamãe está uma fera hoje. Tchau, minha pequena. Mama ama você. Tchau, amor. Tchau, Jeff. 
— Vão se divertir e Gigi, não beba. Vai que você já está gravida? 
— Não estou, Nathan - rindo Stana desligou o celular e as irmãs se arrumaram para curtir Paris por algumas horas. Dessa vez, Gigi usou a desculpa de celebrar o sucesso da viagem para fazer a irmã beber mais que uma taça de champagne durante o jantar. Por volta de meia-noite, elas deixaram o hotel para o aeroporto. Levantaram voo rumo aos Estados Unidos às quatro da manhã. Stana não via a hora de poder abraçar o marido e a filha outra vez. Estava grata por tudo que acontecera em Monte Carlo e pela primeira vez depois daquela montanha russa de emoções no fim de Castle, ela se sentiu realizada. Gigi adorara aproveitar esse tempo com a irmã e vibrar com seu sucesso. Claro que estava sentindo saudades do marido, mas a viagem serviu para lembra-la que deveriam fazer isso mais vezes juntos, dar pequenas escapadas. Cansadas da maratona das ultimas horas em Paris, elas adormeceram no voo. 
O taxi parou na porta da casa por volta de uma e meia da tarde. Stana pagou a corrida enquanto Gigi se encarregava das malas. Assim que o carro sumiu na esquina, elas entravam em casa. 
— Nate! Katherine! Cheguei. Alguém em casa? - elas estavam na sala e nem sinal deles - que silencio! Nate? Será que minha filhota está dormindo?  
— Pode ser, mas e o meu Jeff? - bastou ela falar para ouvirem um barulho oriundo da cozinha - ah, devem estar almoçando. Muito ocupados para notarem nossa chegada. 
— Acho que somente nós duas é que estamos loucas para vê-los - elas chegaram na cozinha e se depararam com Jeff de costas ocupado no fogão e dançando. Tinha o headphone na cabeça. Stana começou a rir porque Gigi já estava se abanando. Que cena maravilhosa, ela pensava lambendo os lábios. Stana deu um beliscão na irmã para que se comportasse e apoiou a bolsa no balcão batendo um garfo em um prato para chamar a atenção do cunhado. Surtiu efeito. Jeff se virou e assustou-se ao vê-las ali recuperando-se logo em seguida embora Gigi tenha feito o marido ficar vermelho. 
— Estava adorando o show, gostoso. 
— Oi, Stana, Gi. Acho que perdi a noção do tempo. Que horas são? 
— Mais de uma. Cadê o Nathan? Minha fofinha?
— O mano foi trocar a fralda da Katherine, ela fez o numero dois. Estou preparando o almoço. Hey, você não vai me dar um abraço, um beijo? - ele olhou para a esposa sorrindo. 
— Claro que sim! - e correu para abraçar o marido. Tascou um beijo apaixonado nele - estava morrendo de saudades. Foi tudo incrível, Jeff. Precisava ver a pose da artista. Dona de tudo. 
— Nem é para tanto. Você sabe como a Gigi é exagerada. 
— Pode até ser, mas dessa vez ela tem razão - era Nathan que chegava com a filha no colo. 
— Mama! - Katherine se jogava em direção à mãe. Stana pegou-a em seus braços. 
— Meu amor… mamãe estava com saudades, cade meu beijo? - menina encheu o rosto da mãe de beijinhos. 
— Assim vou ficar com ciúmes… não vou ganhar beijo também? - perguntou Gigi. 
— Dindi! Kiss,kiss - foi a vez da madrinha ficar toda babada o que deu a chance de Stana cumprimentar o marido. Apos um longo beijo, ele acariciou o rosto dela e falou. 
— Parabéns, Staninha. Você realmente arrasou. E falo isso sem ter assistido. É o seu nome que está na boca do povo, nas redes sociais, todos celebram você. Mal posso esperar para ver a repercussão aqui. Não podia estar mais orgulhoso.  
— Obrigada, amor - beijou-o mais uma vez - eu me senti renovada depois da apresentação em Monte Carlo. 
— O que o tio Jeff está preparando para o almoço, fofinha? Eu estou morrendo de fome! Já que o seu pai está explorando o meu gostoso, vou ter que aproveitar para comer as delicias que ele faz. Você tem champagne, Nathan? 
— O almoço é lasanha - ao ouvir o que Jeff dissera, ela soltou um gritinho. 
— Lasanha para mim, gostoso? Como eu amo esse homem! - e tascou um beijo no pescoço dele.  
— Alguém ficou mal acostumada… se prepara, mano que agora nada de vinho, só champagne. É bom vocês engatarem logo essa gravidez ou ela vai te levar a falência. 
— Cala a boca, Nathan. Você fica me irritando e eu toda preocupada fazendo pesquisa para você.
— Pesquisa? Não entendi - Gigi revirou os olhos. 
— Eu conversei com todos os colegas de elenco da sis. Quis saber tudo sobre a situação amorosa deles, afinal a Stana não usa aliança e vai que algum deles quer pagar de engraçadinho para cima dela? Estão todos bem resolvidos e o tal do Nick não me convenceu muito com namorada… tem jeito de quem gosta de outra fruta. 
— Gigi, que horror! E o nome dele nao é Nick, é Neil.  
— O que? Não tem nada demais. Se ele quiser ficar no outro time, muito melhor para você e Nathan. Sem perigo. 
— O almoço está pronto. Podemos sentar à mesa e comer? Kate, tio Jeff fez um macarrão especial para você com carne moída e cenoura. 
— Tem duvidas de quem vai cuidar da comida do bebê deles depois que Gigi parar de amamentar? - disse Nathan abraçando a esposa indo em direção à mesa. Devidamente sentados, Jeff colocou a travessa de lasanha fumegando em frente ao irmão. O pratinho de Katherine na sua cadeira. 
— Que tal contarem sobre a cidade, a festa… quero saber de tudo, Gi - disse o marido. 
— Ah, Jeff! Aquele lugar é lindo e tão convidativo a fazer loucuras! Você devia ter ido comigo. O hotel que ficamos … - e a conversa dominada por Gigi durou todo o almoço. Apos comerem a sobremesa, Jeff sugeriu que fossem para casa. Percebeu que o fuso começava a pesar e Gigi demonstrava cansaço. Despediram-se dos irmãos e da sobrinha. Quando se viram sozinhos, Stana resolveu fazer a pequena dormir. Ela também precisava de descanso. A tarefa foi bem fácil porque Nathan tinha ido para a piscina com ela e isso sempre suga as energias das crianças. Nem precisou cantar uma segunda canção, Katherine já dormia tranquila em seus braços. Apos certificar-se que estava tudo em ordem para a filha, pegou a babá e desceu as escadas novamente. Nathan tinha prometido limpar a cozinha, contudo não o encontrou lá. Tudo arrumado. Só havia um lugar onde ele podia estar. Stana foi até a valise de mão e tirou um usb drive, seguiu para a sala de video. 
Nathan estava organizando os brinquedos que estavam espalhados no chão da sala. Ela ficou observando-o por um minuto. Aproximou-se abraçando-o por trás. 
— Hey… ela dormiu? 
— Como um anjinho. Rolou uma festa por aqui? 
— Resolvemos que era melhor deixar Katherine brincar aqui, assim a casa não ficava cheia de brinquedos por todo lado. É mais fácil de organizar. 
— E conveniente para os babás que podem curtir a tv e o videogame. Uma situação ganha-ganha para todos. 
— Você me entende tao bem, amor - beijou-a levemente - não está cansada? Quer dormir? 
— Não ainda. Quero dividir um pouco do meu fim de semana com você, Nate - ela entregou o drive nas mãos dele - quero sua opinião. Assista Absentia comigo. Ou você achou que ia ter que esperar estrear na tv? Tem algumas vantagens de ser casado com a produtora executiva - ela sorria. 
— Vou adorar fazer isso com você - ele ligou a tv e conectou o usb, em seguida sentou-se com Stana em seu colo no sofá. 
Nathan mantinha os olhos atentos na tela ao mesmo tempo que acariciava as pernas da esposa. Fez poucos comentários durante a exibição do piloto. Ao fim, ele pausou a tv e encarou a esposa. 
— Então? 
— Wow! O que posso dizer? É você, Staninha. O melhor de sua atuação como Kate Beckett em um nível máximo, super potencializado. Me fez lembrar o “In the belly of the beast”.
— Também pensei isso. 
— Excelente. Isso é tudo que você merece. Destaque e reconhecimento. Será um sucesso sem dúvida. Amo a sua atuação, você é incrível. Está feliz, Stana? 
— Muito - abriu o sorriso para então sorver os lábios de Nathan. 
— Tem fôlego para comemorar, amor? 
— Depois de um fim de semana longe de você? Ainda pergunta? - eles riram e levantaram-se rumo ao seu quarto. No meio das escadas, Nathan se vira para ela e pergunta. 
— Por acaso você não teria outra calcinha de chocolate, amor? - ela gargalhou. 

— Por acaso eu tenho. Quer sobremesa, Nate? - eles subiram as escadas voando depois da confirmação de Stana. 

Continua...