quinta-feira, 25 de outubro de 2018

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.45


Nota da Autora: Tentando dar um gás nas historias depois de tanto tempo. Esse capitulo é especial. Tem festa, risos e muita emoção. Muitas de vocês sabem o quanto eu me apego aos personagens que crio. Aqui é um exemplo disso. Tudo é (ou quase) sobre Paul e Joh. Sobre os votos, achei importante dar um pouco de backstory, espero que esteja emocional para vocês como foi para mim. E se querem um conselho (se gostarem) nas partes emocionais/hots ouçam La Vie en Rose... enjoy! 


Cap.45

Eles beberam e comeram um bolo delicioso. A alegria e as risadas tomavam conta das conversas. Ao ser questionado por Daniel sobre o discurso e os votos, Paul não teve tempo de explicar já que Castle tomou à frente. 
— Não se preocupe. O Paul ainda tem um tempo antes de revelar suas palavras encantadoras que irão roubar o chão de Johanna. Será hoje durante o jantar. 
— Isso é que eu chamo de botar pressão - disse Johanna - como você está se sentindo depois dessa, moreno? 
— Um pouco intimidado devo confessar. 
— Relaxa, Paul - disse Beckett - ele está implicando com você porque não pediu ajuda dele para escrever seus votos. Acho que não confia no que você pode fazer. O que é besteira, afinal você conhece Joh melhor que ninguém. Tenho certeza que se sairá muito bem. 
— Vamos nos concentrar em comemorar - disse Johanna beijando o marido. 
— Vocês comemorem. Eu e Charlie vamos para casa cuidar do jantar. 
— Audrey, espere. Podemos ir todos juntos. 
— Não, mama. Eu pego o metro. Divirta-se - ela beijou o rosto da mãe - parabéns, Sra. Gray. Vamos, Charlie! - eles continuaram conversando e rindo por mais uma hora. Finalmente decidiram ir para casa. Beckett despediu-se da amiga e disse que a veria mais tarde dizendo que esperava se divertir muito hoje, tirara inclusive folga para não ter que se preocupar em acordar cedo no dia seguinte. 
— Vamos beber todas. 
— Castle, se ela estiver dizendo a verdade sobre o que pretende, acho que você está ferrado. 
— Pelo contrário, estarei pronto para mais uma visita de Nikki Heat. Adoro quando ela incorpora seu alter ego - Johanna riu seguindo de mãos dadas com Paul para o carro que Castle alugara para os dois. 
Chegando em casa, Paul a parou na porta. Como manda a tradição do casamento, ele a ergueu em seus braços e entrou no apartamento. Johanna sorria um pouco impressionada com o gesto do marido. Eles encontraram Audrey e Charlie na cozinha, porém dessa vez sequer se preocuparam em cumprimenta-los. Foram direto para o quarto. Sabiam que não podiam abusar com Audrey e Charlie em casa, mas isso não os impediu de comemorar um pouquinho. Paul segurou as mãos de Johanna nas suas, a olhava com cumplicidade e adoração. 
— Pode acreditar? Nós estamos casados. Você é a Sra.Gray agora. E eu sou o homem mais feliz do mundo por ter você. 
— Hey, moreno… não gaste todas as suas palavras ainda tem os votos hoje à noite. Eu também, não caibo em mim de felicidade. 
— Você está tão linda nesse vestido. Fico feliz que Audrey tenha insistido nesse ponto - Paul beijou a esposa apaixonadamente nos lábios. Johanna deixou-se levar pelos braços dele ao redor da sua cintura, a intensidade da boca tomando a sua, havia paixão e amor. As pernas de Johanna começaram a amolecer, ela sentia o corpo cedendo ao desejo. 
— Moreno… precisamos parar. Não vou responder por mim… - Paul já devorava o pescoço dela, roçando os dentes na pele. 
— Tem certeza? - ele instigava com os lábios. 
— Não, você sabe que não - ele se afastou rindo - por que você está rindo? 
— Porque estou louco para tirar essa roupa e jogar você na cama e sei que não podemos. Olha para o meu estado, Joh - foi a vez dela rir ao ver o volume no meio das calças do marido - hey, não é engraçado. 
— É sim, parecemos dois adolescentes. Relaxa, amor. Teremos muito tempo para brincar depois do jantar. Falando nisso, estou curiosa para saber o que Audrey está cozinhando. Para que tanto mistério? 
— Joh, é surpresa. Deixa a menina quieta. Ela pediu para você não se intrometer. 
— Não vou me intrometer, eu apenas quero saber o que vou comer no meu jantar de casamento. Não posso? 
— Nesse caso? Não, porque é o presente dela para nós. 
— Acho melhor eu tirar essa roupa. Infelizmente, você não vai cumprir essa parte do ritual de casamento, o que não me importa nem um pouco. Mal posso esperar pela parte que ficamos nus e sozinhos - Paul riu vendo a esposa seguir para o banheiro. Ele também trocou de roupa para algo mais confortável. Minutos depois, Johanna apareceu vestindo uma calça legging e um moletom. Os cabelos continuavam presos embora sem os adereços de antes - você realmente tem os seus votos prontos? 
— A curiosidade matou o gato, Joh… - ela riu sorvendo os lábios do marido. Seus olhos brilhavam e o sorriso despontava cada vez que essa palavra vinha a sua mente e aos seus lábios. Batidas na porta indicavam que o momento a sos estava acabando.
— Mama? Vocês estão decentes? O porteiro interfonou sobre uma encomenda para vocês - Johanna se afastou de Paul que abriu a porta. 
— Encomenda? 
— Foi o que ele disse. Enfim, mandei subir - a campainha tocou - e ele acabou de chegar. Você pode receber? 
— Claro - Paul se dirigiu para a porta, Johanna aproveitou para seguir Audrey a fim de descobrir o que a menina estava cozinhando, mas Audrey estava esperta e logo impediu os próximos passos da mãe. 
— Onde a senhora pensa que vai, dona Johanna? Não ouviu que a encomenda é para vocês dois? Siga seu marido. Sei muito bem o que está pretendendo. Eu não vou conseguir esconder muito mais o cardápio de vocês quando os aromas começarem a encher o apartamento então será que pode desencanar um pouco? Por favor? - Johanna suspirou. 
— Tudo bem, vou ver que encomenda é essa - ela mal se virou e viu Paul com uma caixa enorme - meu Deus! O que é isso? 
— Presentes de casamento. 
— De quem? Não convidamos ninguém e…. não me diga que é de Castle e Kate? 
— Tudo indica que sim, mas teremos que abrir e ler o cartão para ter certeza. 
— O que esses dois aprontaram? - Paul abriu a caixa para encontrar duas outras caixas - isso é uma mini adega? Nossa! E a outra caixa? - ele ergueu a caixa mostrando o item a ela - um super processador? - curiosa, Audrey correu para ver do que se tratava. 
— Wow! Olha só para essa maravilha! É a melhor marca de processador, o mais moderno. Eu sonho com um desses! Quem deu isso para vocês? - Paul já abrira o cartão, sorriu. 
— Quem mais? “Joh e Paul, sabemos que vocês tem muito em comum, porém nada se compara ao amor que tem para cozinhar um para o outro. Pensando nisso, resolvemos facilitar os processos para os dias de folga e jantares. Além disso, o que é um jantar sem um bom vinho para acompanhar? Para compensar as vezes que fiz raiva a vocês ao atrapalhar a execução da refeição (palavras de Castle, não minhas). Aproveitem cada momento dessa nova fase que está começando. Dos amigos e padrinhos, Kate e Rick.” 
— Eles não existem! - feito crianças, eles admiravam seus novos brinquedinhos. 
Mais tarde, Johanna estava devidamente pronta esperando seus convidados. A cozinha estava sob controle, Audrey e Charlie estavam se arrumando e Paul apareceu na sala procurando por ela. 
— Nervoso? Estou esperando grandes coisas de você hoje à noite, moreno.  
— Por que estaria? Teremos um jantar excelente na companhia de nossos amigos, depois serei todo seu por toda a noite, a manhã, até cansar. 
— Melhor se preparar mesmo… - ela piscou para Paul. 
— Ok, agora você me deixou ansioso. O que acha de cancelarmos o jantar e irmos direto para a diversão no hotel? 
— Não tão rápido, moreno. Ainda quero ouvir os seus votos - a campainha tocou - nossos convidados chegaram - ela fez questão de abrir a porta para Kate e Castle, suas primeiras palavras foram sobre os presentes - vocês são loucos? Mais presentes? Pensávamos que o hotel já era bom demais! 
— Ah! Ainda bem que eles entregaram hoje. Estava com receio que não conseguissem. Vocês gostaram? 
— Se gostamos? Adoramos e aparentemente ganhamos competição porque Audrey quer estrear o processador a qualquer custo. 
— Ouvi o meu nome, o que foi? 
— Estava falando para Castle que você quer estrear o processador antes de nós. 
— Claro! Aquilo é o holy gral de um chef. 
— Então vamos fazer um acordo aqui. Quando você terminar o seu curso na Le cord de bleu, eu lhe dou um de presente. O top de linha da época. Combinado? 
— Combinadíssimo!  
— Vamos entrando, por favor. Aceitam vinho, whisky? 
— Vinho para mim. Ah! Quase esqueci. Isso é para você - disse Kate estendendo uma caixa de papelão para a amiga.
— O que é isso? 
— O seu bolo - disse Castle - você não sabe que deve congelar o bolo do seu casamento por um ano e depois come-lo. Traz boa sorte e prosperidade - Johanna ergueu a sobrancelha para Kate intrigada. 
— Não olhe para mim, isso é coisa do Castle - Johanna deu de ombros e pegou a caixa das mãos da amiga. 
— Castle, você bebe o que? - perguntou Paul.  
— É uma noite especial. Ficarei com o vinho também. 
— Ótimo! Você pode servir as bebidas, Paul? - mal ela terminou de falar, a campainha soou outra vez. Como era de se esperar, Daniel e a noiva chegaram. Apos cumprimentarem a todos, eles se acomodaram na sala bebendo e conversando enquanto esperavam pelas instruções de Audrey sobre o jantar. Castle estava realmente curioso com relação a um assunto em particular. Virando-se para Paul, perguntou. 
— Então, Paul, você terminou o Before Dawn? - Kate revirou os olhos. 
— Terminei há uns dois dias. 
— Mesmo? Quais suas impressões? Pontos altos? Melhor cena? - Castle parecia uma metralhadora. 
— Pode parar, Castle. Esse não é assunto para noite - disse Beckett. 
— Por que não? Estou conversando sobre livros o que é perfeitamente adequado para passar o tempo e envolver pessoas em um jantar. 
— Isso seria verdade se o tema livros fosse trazido por qualquer pessoa nessa sala exceto você. Duas pessoas podem conversar sobre os últimos livros que leram, mas aqui temos o escritor querendo receber elogios de um leitor novo. Não vai transformar a noite. Hoje é tudo sobre Paul e Joh. 
— E alguém disse que não era? Acontece que várias pessoas aqui apreciam meus livros, incluindo você e… - ele fez uma careta após sentir o beliscão de Kate em sua coxa - ouch! 
— Castle, cala a boca. Essa noite não é sobre você - Paul e Johanna tentavam e falhavam em segurar o riso. 
— Você está rindo? Pois saiba que depois que elas colocam esse anel no dedo se transformam. É um perigo! Mandam e desmandam! - para implicar ainda mais com o marido, Kate puxou a orelha dele. 
— E por acaso você não gosta disso? - perguntou Johanna. 
— Sem falar na violência. Espere algumas semanas e você vai entender o que estou falando, Paul. Você ainda tem chance de escapar - disse Castle virando-se para Daniel. 
— Hey, por acaso você acabou de dizer para Daniel continuar sozinho? Até parece! Aposto que você sonhava em casar com Kate bem antes dela - disse Johanna. 
— Não, eu sonhava em dormir com ela. Queria dormir com a detetive. Eram sonhos quentes… 
— Castle! - ralhou Beckett revirando os olhos. 
— Ela nega até hoje que se apaixonou primeiro que eu. 
— É verdade? - perguntou a noiva de Daniel. 
— Ah, não… por favor, não vamos entrar nesse assunto porque todas as vezes que discutimos não conseguimos concordar. Melhor evitar. 
— Claro! Dois teimosos. A discussão não pode acabar bem - disse Paul. 
— Na verdade, acabou bem. Ela confessou que me amava. Ponto para mim. 
— Tudo é uma competição entre eles? - perguntou Daniel intrigado. 
— Quase tudo. Não se preocupe, Daniel. Esse jogo de provocação é a razão porque estão juntos. Foi como tudo começou - ao ouvir as palavras de Johanna, Castle olhou para a esposa e sorriu. 
— É verdade. Ela se apaixonou pelas minhas insinuações, tiradas sexy e claro eu sou bonitão afinal. 
— E irritante! - ela disse sorvendo os lábios de Castle.  
Audrey se aproximou avisando que o jantar seria servido. Convidou todos a se sentarem à mesa antes de comentar o que iriam comer. 
— Certo, pessoal. O menu da noite é inspirado em algumas das técnicas e sabores que aprendi na França. Eu queria fazer dessa ocasião algo muito especial para minha mãe e Paul. É maravilhoso ver dona Johanna feliz outra vez. Acho que não me lembro da ultima vez que ela estava genuinamente feliz antes de começar a namorar Paul. Aproveitem o jantar. Vou pegar as entradas - ela voltou da cozinha com uma bandeja com pratos para todos - camarões ao conhaque e beurre blanc - após distribuir os pratos, ela sentou-se também para saborear o prato. 
— Nossa, Audrey. Isso está delicioso. Simples e saboroso. Parabéns! - disse Kate. 
— É verdade, muito bom - concordaram Castle e Paul. Johanna não disse nada, estava muito ocupada comendo - já estou ansioso para o prato principal. Qual será? 
— Então, eu queria fazer uma bouillabaisee porque sei que a mamãe comeu quando foi a Nice, mas não estamos na época de certos mariscos frescos. Optei por fazer um Coq au vin e comprei um pinot noir francês para acompanhar afinal tem que ser como manda o livro de receitas. 
— Estou salivando… - disse Kate. 
— Filha, Coq au Vin é um clássico. Não é tão fácil fazer e acertar todos os sabores. As vezes que tentei não consegui chegar no sabor ideal. Acho que tentei fazer uma vez para o Paul, não amor? 
— Estava gostoso, Joh. 
— Sim, mas não era um verdadeiro prato francês. 
— Não se preocupe, Johanna, foi Audrey que fez - disse Castle - será que podemos provar? - a mesa riu. 
— Alguém está ansioso para comer, não? - brincou Daniel. 
— Um pouco mais de paciência, Castle - disse Audrey. Eles terminaram as entradas, a conversa fluía muito bem. Checando o relógio, a menina decidiu que estava na hora de servir o prato principal. O cheiro estava maravilhoso. Charlie abriu a garrafa de Pinot noir a pedido da namorada e serviu aos convidados. Johanna olhava para a apresentação do prato surpresa. Era impecável. Parecia um prato de restaurante de primeira linha. O coração aqueceu e os olhos se encheram de lágrimas. Sua garotinha. Ela fez isso. Não podia estar mais orgulhosa - por favor, fiquem à vontade para se servir. 
— Vamos deixar os recém casados serem os primeiros. Eles vão precisar de toda a energia para dizerem seus votos logo mais.
— Sabe,Paul,reparou que Castle está muito preocupado com nossos votos? Que tal manda-lo fazer o discurso? Afinal ele é nosso padrinho. 
— Eu não tenho problemas com isso. Faço com prazer. 
— Depois dos votos, amor. Não queremos que roube o show de Paul e Joh - a médica sorriu. Havia acabado de se servir, Paul fazia o mesmo. Ao levar a primeira garfada à boca, ela fechou os olhos e suspirou. Tentava captar cada um dos temperos aguçando o paladar. Era uma mistura incrível, uma explosão de sabores na medida certa. Estava superior ao seu mil vezes. Quando abriu os olhos, as lágrimas estavam presentes fazendo os olhos amendoados brilharem ainda mais. 
— Acho que a Johanna acabou de ter um orgasmo gastronômico - brincou Castle, mas levou um beliscão da esposa. Kate percebera a emoção no rosto da amiga. 
— Audrey… meu Deus! - ela se levantou e abraçou a filha. Paul achou que era um gesto de agradecimento, foi somente após provar o prato que entendeu a reação de Johanna - eu estou tão orgulhosa de você! Isso está digno de um restaurante francês. E-eu nem sei o que pensar. Você será uma chef incrível! Posso vê-la comandando um restaurante estrelado. Talvez seu próprio com estrelas Michelin. Wow! 
— Mama, obrigada. Ainda tenho um longo caminho para percorrer, não é fácil entrar numa cozinha de renome em Paris. De qualquer forma, fiz por você.
— Oh, minha menina… - Johanna a encheu de beijos fazendo a menina dar varias risadas. 
— Vai comer, mama. Coq da Vin frio é horrível! 
— Sua mãe tem razão, isso está fantástico - disse Paul. Os demais convidados concordaram. A noiva de Daniel ainda completou. 
— Eu estive em Paris dois meses atrás em uma reunião de negócios e comi esse prato em um jantar. Posso dizer que esse é bem melhor. 
— Agradeço os elogios, está gostoso mesmo, mas ainda tenho que praticar mais. 
— Acredito que daqui a alguns anos todos nós iremos a Paris comer no restaurante de Audrey - disse Castle - é uma pena que Kate não tenha o talento da mãe para a cozinha. Ouvi dizer que Johanna era uma cozinheira de mão cheia. Sem chances da Lily me alimentar quando estiver velho, vou ter que me contentar com ela fazendo justiça. 
— Rick Castle! Quem disse que você poderia ficar me criticando e decidindo o futuro da nossa filha? - ele se encolheu a menção de seu nome. Johanna e Paul seguravam o riso enquanto Daniel e a noiva olhavam um pouco assustados - ela será o que quiser. 
— Ela vai ser. Mas a genética não erra, seguirá seus passos ou os meus.  
— Quem disse? Johanna não é chef, é médica. 
— Kate, acho que terei que concordar com Castle nessa. Se Joh não fosse médica, a cozinha seria sua segunda opção. 
— Obrigado, Paul. 
— É, Kate. Foi vendo mamãe cozinhar que fiquei curiosa e me interessei - frustrada, Beckett  bufou. Johanna começou a rir do jeito da amiga e tratou de explicar para os demais convidados o que acontecia. 
— Daniel, vocês não precisam ficar assustados. Está tudo bem, esse é o jeito deles. Ninguém está chateado ou vai matar ninguém. Você não trouxe sua arma, trouxe Kate? 
— Hey! - mas acabaram rindo da conversa maluca. Eles terminaram de saborear o prato principal. Audrey e Charlie recolheram os pratos e o resto do coq da vin para armazena-lo devidamente na cozinha. De volta à sala de jantar, eles encontraram Paul enchendo os copos dos amigos com outra garrafa de vinho. Foi Castle quem anunciou a próxima atração da noite. 
— Acho que chegamos ao momento mais esperado da noite, não? Será que podemos finalmente ouvir seus votos? Depois comemos a sobremesa. 
— Tudo bem, mas será que podemos ir para a sala de estar. Não gostaria de dizer essas palavras sentado, eu e Joh precisamos de espaço - eles se dirigiram ao outro cômodo. Quando todos estavam acomodados com suas taças em mãos e prontos para ouvir o casal, Paul segurou a mão de Johanna e fitando seus olhos começou a falar. 
— Eu não tinha certeza do que poderia acontecer com a minha vida quando me mudei para Nova York. A possibilidade de estudar na NYU, me especializar na Columbia, era um sonho para o garoto de Seattle que sonhava em ser cirurgião. Lembro dos meus amigos dizendo que era loucura deixar a cidade onde nasci para a selva de pedra. Nova York foi muito boa comigo. Tive sucesso na universidade e a sorte de conseguir minha residência e uma posição em um dos melhores hospitais da cidade. Tudo parecia bem, mas o tempo passou e nada realmente diferente acontecia além da fama profissional. Então, três anos atrás, uma novaiorquina de cabelos avermelhados surgiu no saguão do hospital. Ela tinha um sorriso encantador. Vestia um casaco bege sobre um vestido azul claro. O decote revelava as várias sardas que são minha perdição. Não tinha ideia de quem era até que viesse ao meu encontro e perguntasse pela minha chefe. Apresentou-se e me disse que era médica. Dra. Johanna Marshall. Durante um bom tempo eu fiquei me perguntando se algum dia eu criaria coragem para chama-la para jantar. Fomos nos aproximando, ficamos amigos e parceiros de ER. Reclamávamos, celebrávamos e incentivávamos um ao outro. Foi preciso um empurrão do destino para que eu criasse coragem. Agradeço todos os dias por aquele copo de café - ele olhou para Castle e piscou - Joh, você é uma mulher especial, uma força da natureza e ao mesmo tempo delicada como um belo diamante. Você me ensinou que podemos encontrar prazer em pequenas coisas, que carinhos são importantes, um sorriso, um olhar. Eu sou perdidamente apaixonado por você e prometo faze-la feliz por todos os dias da nossa vida. Protege-la, apoia-la, encanta-la. Com jantares, com tequila, respeitando e admirando-a. Acordar ao seu lado é um privilegio porque você é como um raio de sol iluminando por onde passa. Amo tudo em você, absolutamente tudo. Serei sua vida e você a minha - Johanna segurava as lágrimas. Ela suspirou esforçando-se para não chorar. 
— Acho que é a minha vez. Paul, eu sempre achei que somente havia espaço para uma chance na vida. Um casamento, um amor e fim. Portanto, após meu divórcio minha vida foi focar no trabalho e na minha filha. Eu também lembro da primeira vez que o vi, me perguntei quem era aquele moreno de olhos verdes cativantes? Acredite, eu não pensava em relacionamentos, essa palavra não existia no meu dicionário. Mas balancei. Talvez você não entenda o quanto mexia comigo. Seu perfume…. seus gestos. A sinceridade em seu olhar. Foram três anos de convivência, de cumplicidade profissional e amizade até que alguém me provou que existem segundas chances, na vida, no amor, basta que esteja disposta a aceita-las. Eu te amo, meu moreno. Tudo o que preciso é que me ame, me acompanhe na jornada da vida, esteja ao meu lado em todos os momentos. Você é o meu esteio, meu norte. A calmaria para minha tempestade. Como diz a canção: “De l'homme auquel j’appartiens”. Apenas me ame. Pour la vie - ela já estava em lágrimas. Paul tomou seu rosto nas mãos e beijou-a apaixonadamente. Os convidados batiam palmas e gritavam. 
— Audrey, pegue a champagne. Precisamos brindar esse momento - disse Castle - ele se saiu muito bem - Kate sorriu e deu um selinho no marido. Ela também estava emocionada. Aquele momento a fez recordar-se de seu próprio casamento. Seus votos. Castle serviu champagne para todos, porém antes de brindarem ao casal, ele queria fazer seu discurso - prometo não me estender tanto nas palavras. Apenas queria dizer que Paul e Johanna são grandes amigos, contudo eles são a razão de eu e minha esposa estarmos aqui. Seu profissionalismo, sua entrega à profissão nos deu uma segunda chance. Acredito que o empurrão foi providencial. Não é fácil guiar dois cegos teimosos. E um travado! - todos riram - vocês merecem o melhor da vida. Sejam felizes! Ao casal Gray! Saúde! 
— Saúde! - os demais responderam brindando. 
— Hora da sobremesa! - disse Audrey correndo para a cozinha. Ao retornar, trazia uma bandeja com pequenas taças - Mousse de chocolate com um toque de pimenta. Um clássico francês modernizado. 
— Chocolate! Meu ponto fraco! É para fechar com chave de ouro mesmo - eles comeram a sobremesa em meio à altas conversas e risadas. Novamente os elogios foram muitos para Audrey. 
— Hey, Castle! Por acaso o casal não tem que dançar a primeira vez depois de casados? - perguntou Audrey dando corda a quem não precisa. 
— Bem lembrado, Audrey! É claro que sim. Eu e Kate dançamos ao som do meu celular nossa música. Qual é a musica de vocês, Johanna? 
— La Vie en Rose, Edith Piaf. 
— Perfeito! É pra já - Castle mexeu no celular e em questão de segundos os versos da canção enchiam a sala. Paul tomou Johanna nos braços, ela encostou a cabeça no ombro dele, o rosto colado e os lábios repetindo a letra da canção. Castle puxou Beckett pela mão e também entrou na dança. Charlie e Audrey estavam de mãos dadas observando os casais, ele cantava os versos em francês ao ouvido dela, fazendo a namorada sorrir e cantar com ele. 
O resto da noite foi agradabilíssima. Duas garrafas de champagne e mais uma de vinho deixaram todos bem animados. Kate já estava de pilequinho e curiosa, quis saber porque a canção em francês. Johanna prontamente respondeu. 
— O significado da letra, do momento. Não dançamos ou ouvimos. Eu cantei um trecho para ele, em Paris. De repente, se tornou a nossa musica. Eu realmente acredito que a letra diz o que sinto. 
— Ah, que lindo… tão romântico, mama! Je suis enchanté! 
— Não querendo acabar com a festa, mas será que não é hora dos recém casados irem curtir a noite de núpcias? 
— É está na hora de fazer coisinhas… - Kate disse rindo - ficar bem quente… Joh quer ser Nikki Heat, eu quero ser Nikki, Rick. 
— Parece que realmente temos que encerrar a noite porque Nikki está me chamando - Paul e Johanna riam do jeito dos dois. 
— Vamos concordar com Castle dessa vez antes que tenhamos um pequeno espetáculo bem aqui nessa sala - disse Johanna. Os amigos se despediram do casal, Kate falou um monte de besteira no ouvido da amiga, alegando serem conselhos para mais tarde. Já na porta do apartamento, ela gritou para Johanna. 
— Não esquece a tequila, Joh. Nikki precisa de tequila. 
— Tudo bem, a Johanna vai levar a tequila, não se preocupe. Boa noite para vocês. 
Assim que todos saíram, Paul e Johanna foram para o quarto pegar as bolsas já preparadas anteriormente para pernoitarem no Four Seasons. Despediram-se de Audrey que já chamar um taxi para os dois, afinal não estavam em condições de dirigir. Não que estivessem bêbados, estava apenas alegres e leves. Prontos para curtir a noite juntos. Ao chegarem no hotel, Paul informou da reserva em seu nome e foram levados a suite presidencial do Four Seasons. Johanna não acreditou no tamanho do quarto quando entrou. A decoração era aconchegante, tudo limpo, arrumado e perfumado. Notou as flores, a garrafa de champagne e chocolates. O mensageiro desejou-os boa noite deixando-os sozinhos por fim. 
— Olha o tamanho dessa suite! Vai ser muito bom passar essa noite com você aqui, moreno. 
— Quer beber algo? Posso servir a champagne. 
— Primeiro eu quero tomar um banho rápido, você se importa? 
— Claro que não - ela se aproximou de Paul acariciando os braços dele beijou-lhe os lábios rapidamente. 
— Eu volto logo, meu marido - sorrindo, ela pegou sua bolsa e se dirigiu ao banheiro. Ela realmente agiu depressa, não era bem o banho que necessitava. Queria vestir a lingerie especial que comprara para essa noite no mesmo dia que adquirira seu vestido de noiva. Uma minúscula camisola de renda preta transparente que batia em sua cintura acompanhada apenas pela calcinha igualmente pequena estilo biquini. Passou o hidratante no corpo e aplicou duas gotas de perfume em sua nuca e no meio dos seios. Soltou os cabelos e se olhou no espelho. As sardas pronunciadas pela roupa e contrastando com a cor dos cabelos. Estava pronta. Saiu do banheiro usando um dos roupões disponíveis no banheiro para os hóspedes. Paul estava sentado na cama. Já tinha tirado os sapatos, abrira os botões da camisa e olhava o menu do serviço de quarto. 
— Não acredito que esteja com fome… 
— Não estou, queria apenas saber como é o café da manhã no quarto porque não estou nem um pouco interessado em sair daqui. Onde arranjou esse roupão? 
— Tem um disponível para você também no banheiro se quiser ficar mais à vontade… - ele sorria considerando a ideia dela - e Paul? Eu não me importarei se você usar um pouco do seu perfume. 
— É uma boa ideia, volto já - Johanna aproveitou para abrir a champagne e servir duas taças. Ela não tinha pressa alguma para satisfazer seu desejo essa noite. Tinham todo o tempo do mundo para eles. Paul surgiu de roupão, ela podia sentir o cheiro de Hugo Boss, cheiro do seu moreno - melhor agora? - ele perguntou se aproximando dela. Johanna beijou-lhe os lábios vagarosamente, enquanto as mãos dele deslizavam pelo roupão provocando e tentando tocar-lhe a pele. Desfez o laço fazendo a peça deslizar pelos ombros da esposa revelando a camisola que usava - isso é para mim, Joh? 
— Sim, afinal é a nossa noite de núpcias. Gostou? 
— Muito… realça tudo o que eu amo em você - ele beijou o ombro dela exatamente onde várias sardas se desenhavam na pele. Os lábios foram em direção ao pescoço para beijar o sinal que sempre o perseguiu desde a primeira vez que a viu. 
— Paul… - o nome saiu quase como um sussurro, um gemido - espera… 
— O que foi? - ele ergueu a cabeça para fita-la. Os olhos verdes cheios de desejo. 
— Eu não tenho pressa, vamos tomar a champagne e ir devagar. Quero essa noite mais do que especial. 
— Será, Joh - ele pegou a taça e brindando com ela sorveu o primeiro gole. Enquanto bebericava o liquido borbulhante, ela desfez o nó do roupão dele. Paul usava apenas a cueca. Podia ver que ele estava meio excitado. Johanna beijou os ombros largos usando os dentes para provoca-lo e o nariz para sentir o aroma do perfume - diz que quer ir devagar, mas fica me provocando… você quer me pedir algo em particular, Joh? 
— Sim, vá bem devagar. Quero que me toque, faça o momento durar horas, me faça flutuar, Paul. Sou sua completamente, corpo, alma e coração - ele tirou a taça da sua mão deixando-a sobre a mesinha. Entrelaçando a mão à dela, ele a conduziu até a cama. Paul obedeceu exatamente o que a esposa pedira. Sentaram-se primeiramente, um ao lado do outro. Ele beijava as sardas do ombro e do colo expostas pelo decote da camisola. Uma das mãos tocavam sua pele por baixo do tecido. O contraste dos dedos quentes sobre a pele fria causava arrepios em todo o corpo de Johanna. Os lábios dele transitavam pela nuca, rosto até sorver os dela em um beijo apaixonado. A urgência das bocas tornou o contato intenso e extremamente sensual. Não esperou mais. Com cuidado e sem perder o contato com a esposa, Paul tirou a pequena camisola. Parou um instante para admirar a mulher a sua frente. No auge dos seus quarenta e poucos anos, Johanna era bela. Deitou-a vagarosamente no colchão, seu corpo inclinando-se sobre o dela continuando o beijo. 
Era a sua vez de proporcionar a ela o que lhe pediu. Paul tocava cada pedaço do corpo de Johanna com seus dedos ágeis e precisos provocando sensações maravilhosas em sua esposa. Ele brincou com os mamilos dela, puxando-os, acariciando os seios e arrancando suspiros e gemidos ao mesmo tempo que ela sentia seu centro umedecer como pura reação ao que experimentava. Quando Paul abocanhou um dos seios, ela inclinou o corpo agarrando os cabelos dele. 
— Paul…. 
Seu nome dançava em seus lábios a cada novo toque, ele livrou-se da calcinha que ela usava afastando as pernas em seguida para dar-lhe mais prazer. Ele a provou bem devagar fazendo o momento durar por longos minutos. A resposta do corpo de Johanna fora a mais natural do ato de fazer amor. O orgasmo a tomou em cheio, arqueando seu corpo contra o dele, gemidos encheram o quarto. Ele voltou a beijar seu estômago, o meio de seus seios e finalmente a fitou. Johanna tinha o rosto e o colo vermelhos, os olhos em tons de amêndoa desapareceram quase completamente devido ao dilatar das pupilas provocados pelo desejo. Tocou os lábios dela levemente com o polegar antes de beija-los outra vez. 
Johanna se deixou embriagar pelo beijo após o orgasmo recebendo todo o carinho do marido. Ao abraça-lo e sentir os músculos das costas tensionando pelos movimentos que fazia, ela não teve dúvida de seu proximo passo. Usou sua força para rolar na cama ficando com o corpo sobre o dele. Quebrou o beijo e começou sua própria viagem pelo corpo que era seu. Todo seu. Os lábios distribuíam caricias no peito dele, cheirando, sentindo, provando, seu moreno. Seu amor, seu marido. Os dentes começaram as provocações na altura do estômago descendo para o centro de suas atenções. Johanna usou a boca para brincar com o membro dele ainda guardado pelo tecido da cueca. Instigando, ela simulava abocanha-lo o que fazia a ereção de Paul despontar na única peça de roupa que vestia. Com uma das mãos, ela acariciava o local causando a dor na virilha acompanhada de gemidos. Decidiu por fim tirar a cueca libertando o membro que rapidamente se mostrou pronto para ela. Segurando-o com uma das mãos, ela se inclinou para beijar Paul outra vez. 
Estava perdida em seus lábios, mesmo assim, como uma gata se mexia até estar pronta para deslizar no membro dele. Recebeu-o devagar deixando a sensação de plenitude substituir o vazio e o anseio causado pelo desejo que a dominava. Sentindo as mãos de Paul em sua cintura, eles começaram a se movimentar juntos. Em perfeita sincronia, eles guiavam seus corpos em busca do prazer maior. Dar e receber. Completar um ao outro. Doar-se com todo o amor que tomava seus corações em ritmo acelerado. De vez em quando, a mão dele escapava e bolinava um de seus seios. O prazer crescente fazia o sangue correr rapidamente nas veias, a temperatura subir. O ritmo tornou-se frenético. Paul notara que ela estava bem próxima de um novo orgasmo. Primeiro ergueu seu corpo colando-o ao dela em busca dos lábios de maneira desesperada, urgente. Então, ele se aprofundou o máximo que pode dentro dela. O gesto a fez gritar, seu corpo começara a tremer pressentindo a chegada da nova onda poderosa que a tomava avassaladora e precisa. A explosão aconteceu fazendo Johanna jogar o corpo para trás. 
Paul a segurou em seus braços e rapidamente trocou de posição deitando-a contra o colchão e afundando-se mais e mais dentro dela como alguém sedento se jogaria em um lago em pleno deserto. Não pode mais segurar o que sentia e se deixou esvaziar sentindo o poder do seu próprio orgasmo o entorpecer jogando seu corpo sobre o dela. 
O tempo parou por alguns instantes.Segundos que representavam o ápice de todo o amor que sentiam um pelo outro. Johanna ainda zonza abraçava o marido de olhos fechados. O peso de seu corpo era uma forma de representar o quanto ela adorava ter seu corpo colado ao dela. Sussurrou ao ouvido de Paul. 
— Eu te amo, moreno. 
Paul virou-se de lado tirando o peso de cima dela, puxou-a para junto de si abraçando-a em um ato de possessão. Beijou-lhe o ombro e os lábios vagarosamente. 
— Também te amo, Joh - em poucos minutos apenas o silencio reinou então ela sentiu a mão de Paul acariciando seu braço e a lateral de seu corpo subindo pelo estômago até apertar um de seus seios. Sentiu os dedos dele entrelaçarem aos dela. Paul sussurrou perto ao seu ouvido - tem ideia de quanto eu estou feliz, Joh? Por ter você como minha esposa? Minha companheira para todo o sempre. 
— Claro que sei o quanto você está feliz porque eu também estou transbordando de felicidade. Eles não estavam brincando quando disseram que a vida começa aos quarenta - trocou um novo beijo com ele. Paul levou a mão esquerda onde estava o anel e a aliança até os seus lábios beijando-os suavemente, roçando seus dentes nas juntas dos dedos de Johanna. Após mais algumas trocas de caricias, eles finalmente adormeceram. 
Na manhã seguinte, Johanna foi acordada pelos beijos apaixonados de seu marido que rapidamente evoluíram para uma sessão matinal extremamente prazerosa, em poucos minutos se fundiram em um só corpo perdendo-se em sensações, respirações, gemidos e suspiros. Fazer amor com Paul era delicioso especialmente cedo. Não conseguiram ficar apenas na primeira vez, o desejo estava aguçado naquela manhã e Johanna deixou-se levar para uma nova rodada de prazer, dessa vez ainda mais poderosa e urgente que a anterior. Quando se deram por satisfeitos, Johanna não conseguia tirar o sorriso dos lábios. 
— Bom dia, Sra. Gray.  
— Muito bom dia, Sr. Gray. Se depois de casada eu for acordada assim todos os dias ficarei mal acostumada - ele riu entre os cabelos dela. Deixou seu corpo pressionar o dela em busca de um novo beijo. Em seguida, ele tornou a beijar o sinal no pescoço. 
— Sabe que sou fascinado por esse seu sinal e as suas sardas? 
— Da mesma forma que eu amo quando você está suado e quente após correr? - ela gargalhou - isso foi tão pervertido! 
— Essa sua mente é pervertida, Joh. 
— Mentiroso! 
— Vai negar agora? 
— A culpa é sua! Fica se exibindo na minha frente, esses músculos, essa pele morena gostosa… quem pode resistir? - trocaram um novo beijo. 
— Está com fome? Acho que podemos pedir nosso café no quarto, não? 
— Que horas são? 
— Quase dez da manhã. 
— Faça isso, eu não pretendo sair dessa cama tão cedo, a menos que seja para ir ao banheiro - sorrindo, ele sentou-se na cama e pegou o telefone na cabeceira. Discou o numero do serviço de quarto. Johanna também sentou-se abraçando-o pela cintura e beijando as costas dele. Ela murmurava uma melodia que Paul reconheceu como a música deles. Assim que fez o pedido desligou e comentou. 
— Levará de vinte a trinta minutos. O que você murmura ai, Joh? Reconheço esse ritmo. 
— Sei que sim, não posso me conter. É como uma declaração de amor - ela beijou-lhe o ombro e fitou-os olhos verdes acariciando seu rosto, cantando os versos como já fizera outra vez para ele - Il me dit des mots d’amour. Des mots de tous les jours et ça me fait quelque chose. Il est entré dans mon coeur. Une part de bonheur. Dont je connais la cause. C'est lui pour moi. Moi pour lui dans la vie. Il me l'a dit, l'a juré pour la vie”.
— Pour la vie, Joh - e beijou-a intensamente. 


Continua....

Um comentário:

cleotavares disse...

Ah! Amei, tudo simples e lindo. A Audrey é o orgulho da mamãe. O Castle, como sempre, pegando no pé do Paul. Mas,valeu a pena esperar, os votos foram lindos.
E a Kate de pileque, kkkkk taradinha.
Hum, e nosso casal nº 2, não nos decepcionou, que noite!