quinta-feira, 28 de abril de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.10

Cap.10




Brennan acabara de chegar do hospital e encontra Angela preparando algo para comer na cozinha.


- Hum...que cheiro bom!

- Olha! Quem é vivo sempre aparece! Lembrou que tem casa?

- Oh,Angie...

Ela sentou-se na cadeira em frente ao balcão onde a amiga contava alguns temperos. Roubou um pedaço de tomate.

- Estou fazendo um refogado de verduras pra comer com pão. E aí, você vai me contar onde esteve ultimamente?

- Trabalhando, tive plantão de 24h.

- Não é de trabalho que estou falando e você sabe bem disso.

- Você quer saber do Booth?

- Claro!

Angela pega duas cervejas na geladeira e coloca sobre o balcão. Brennan abriu o sorriso e bebe um gole da bebida. Estava pensando como ela iria contar a amiga como ela estava se sentindo. Suspirou e falou.

- Está tudo muito bem. Ele é bastante atencioso, carinhoso e tem um desempenho muito bom na cama.

Angela riu mas encarou a amiga. Queria ouvir mais.

- Bren, estou falando de você. Além de passar muito mais tempo com ele, vocês já estão juntos a bastante tempo. Pelo menos que eu me lembre faz tempo que um relacionamento seu não dura tanto. Diz aí, você está apaixonada mas pode admitir que já passou da fase de paixão?

- Angela não sei o que você que dizer.... – ela suspirou - ele, Booth disse que me ama. Eu não sei bem como lidar com isso mas me sinto diferente. Ele mexe comigo, me deixa leve, feliz. Gosto de estar perto dele, beijá-lo, fazer amor com ele. Booth acaba me mimando demais, faz tudo que eu peço e acabo ficando mal acostumada, dependente dele sabe? Tudo é novo para mim e a sensação é incrível. O que isso te diz?

- Você acaba de responder minha pergunta. Você não só está apaixonada como está começando a se entregar a um novo estágio de sentimento.

- Como assim outro sentimento? Estou confusa.

- Você está descobrindo o amor, se deixando levar por alguém, se abrindo. Logo imagino que você dirá as três palavras para ele também.

- Você está dizendo que posso falar eu te amo a ele? Como? Em que momento? Ah, Angela isso é muito difícil, não tem nenhuma lógica!

- E não é para ter lógica, Tempe! É por esse motivo que é tão emocionante. Quando você estiver pronta, vai saber e falará o tão esperado eu te amo. O que você está vivendo com o Booth já é amor. Sabe porque?

- Não...

- Você fala dele com carinho, sorri como uma boba, se preocupa em entender o que está acontecendo. Só de ouvir a voz dele o dia parece diferente. Você não o vê como um parceiro de cama, já percebeu que você não fala em fazer sexo ou transar com ele? Você diz fazer amor... isso mostra como você o trata diferente, como ele é especial. Aposto que já houve vezes que você sequer transou com ele, apenas quis dormir ao lado dele, estou certa?

Brennan bebeu mais um pouco da cerveja e põe as mãos no rosto. Quando as tirou, havia um sorriso e um rubor, a marca da culpa.

- Está. Algumas vezes tudo que quero é estar enrolada nos braços dele.

- Tá vendo? Você o ama, Bren. Um brinde a isso.

Ela encostou a sua cerveja na da amiga e tornou a virar a garrafa. Angela voltou sua concentração para os temperos. Brennan arrumou a mesa e esperou a amiga trazer o prato quente a mesa. Serviu-se quando ia começar a comer, o celular tocou. Era Booth.

- Hey, gorgeous.

- Oi…estava falando de você.

-Espero que bem. Já está em casa?

- Sim, estou jantando com Angela.

- Ah, isso é bom. Estou com saudades. Quando vou te ver de novo?

- Amanhã estou de plantão novamente e pela escala já vi que ficarei todo o fim de semana, entro sexta e saio na manhã de domingo.

- Poxa! Vai me abandonar?

- Não,Booth mas infelizmente não posso trocar meu plantão.

- Hey, Bren me escuta…

Angela chamava por ela.

- Um minuto, Booth.

- O que foi Angela?

- Quero convidar o Booth para vir jantar aqui em casa, pergunta dele se quinta está bom. Você não trabalha quinta a noite certo?

- É verdade.

- Booth?

- Estou aqui,gorgeous. O que foi?

- Angela está te convidando para um jantar aqui em casa na quinta á noite, o que acha?

- Parece ótimo mas com uma condição.

- E qual seria?

- Eu levo a sobremesa e fico para dormir com você.

- Pensei que era apenas uma condição, são duas.

- São complementares, ambas são sobremesas.

Brennan riu. Sussurrando ao telefone para que Angela não escutasse, ela respondeu.

- E depois eu sou a safada da história.... mas aceito a condição.

- Excelente!

- As 7pm? Ela olha para Angela que concorda.

- Ok, estarei aí. Um beijo, amor.

- Outro para você.

- Ele aceitou o seu convite mas exigiu que a sobremesa é por conta dele.

- Por mim tudo bem.

- E ele provavelmente vai querer dormir aqui, Angie.

- E qual o problema nisso? Nada que um ipod nas alturas não resolva.

Elas riram e continuaram o jantar.


Quinta
7:20 pm


A campainha toca e Brennan corre para atender. Ao abrir a porta encontra um Booth sorridente com um embrulho na mão do Dean & Deluca. Ela o beijou rapidamente e tomou o prato da mão dele. Colocou sobre o balcão da cozinha e chamou a atenção de Angela.

- Booth chegou.

- Oi, Booth!

- Oi Angela, desculpe o atraso. Hoje o metrô estava difícil.

- Ah, você chegou na hora certa quer beber algo? Tem vinho tinto. Brennan, sirva o Booth por favor. Fique a vontade, ok? Já estou terminando aqui.

Brennan serviu o vinho e levou para ele no sofá. Sentando-se ao seu lado, ela acariciou a perna dele. booth bebeu um gole do vinho e olhou para ela. A voz saiu meio rouca.

- Você não vai me cumprimentar direito? Aquele beijo foi muito sem graça para alguém que está com saudades...

Brennan sorriu e deixou a taça na mesa de centro. Com as mãos, tomou o rosto dele entre elas e o fitou longamente nos olhos por um momento. Devagar, inclinou-se na direção dele e tocou os lábios bem devagar nos dele. Em seguida, ela beijou o queixo e ao redor dos lábios para ceder finalmente ao pedido dele que estava com a boca entreaberta pedindo pelo seu toque. Ela sorveu o lábio inferior dele apenas para ter mais acesso ao interior da boca a sua frente onde a língua entrava em busca de uma igual, um par. Brennan perdeu-se no beijo junto com ele e apenas após ouvir Booth gemer ela se deu por satisfeita.

- Tudo bem?

- Mais que bem...

- Vou ajudar a Angie, já volto!

Booth permaneceu no sofá e ligou a tv. Minutos depois, as duas colocavam a comida sobre a mesa. Riam juntas enquanto cuidavam do jantar. Ele pode perceber que a amizade entre as duas era muito bonita, e talvez uma das poucas pessoas que sejam importante na vida dela a julgar pelas circunstâncias que ela o contou.

- Booth, oh Booth... vem jantar!

Ele se levantou do sofá trazendo seu copo e sentou-se no lugar indicado por Angela, na frente dela e ao lado da namorada. Brennan serviu-o novamente de vinho tinto e Angela se pos a falar.

- Ok, antes de começarmos a comer quero explicar o motivo do jantar. Eu estava realmente curiosa por conhecer um pouco mais da pessoa responsável por deixar minha amiga feliz e de cabeça virada.

- Angie!

- É verdade! Não estou falando nenhuma mentira, Bren. Sei que Booth é responsável por você estar sorrindo mais, cantando, está se divertindo, trabalhando menos...

- Você falando assim ele vai se achar! É como se você dissesse que antes de conhece-lo eu não aproveitasse a vida e era infeliz.

- De certa forma era isso mesmo...

Booth ria com a conversa das duas. Logo veria Brennan levantar argumentos para provar que Angela estava errada. Se não interferisse, ia ser discussão para toda a noite.

- Meninas tudo bem.... o importante é que estamos todos bem e felizes. E Tempe, não vou me gabar apesar de poder fazer isso, mas sou um cara modesto ao contrário de você.

Ela deu um murro de leve no braço dele. Angela riu.

- Tá bom, vamos comer. Booth eu tenho a impressão que você gosta de porco então fiz um pernil ao molho de barbecue. Também tem mostarda e limão. Arroz, batatas grelhadas e salada de agrião e rúcula.

- Hum, deu água na boca...

- Gosta de pimenta?

- Sim!

- Então espere que vou buscar.

Quando Angela voltou com a pimenta, Booth já se servira do porco e estava experimentando com a mostarda. Brennan se servira de salada.

- Angela... está delicioso!

- Que bom que gostou.

Eles continuaram o jantar e Angela aproveitou para conhecer um pouco mais do homem que virara a cabeça da sua amiga cientista. Assim que acabaram, Brennan pegou o pacote que Booth trouxera, tinham várias tortas e bolinhos diferentes. Brennan agradeceu-o com um beijo na boca quando viu o seu brownie preferido. Após se deliciarem com as guloseimas, Brennan ajudou Angela a recolher as louças e lavá-las enquanto Booth esperava na sala. Angela se livrou da limpeza bem rápido e enquanto Brennan foi levar o lixo para fora, ela aproveitou para dizer umas coisinhas ao Booth.

- Hey... deixa eu te dizer uma coisa antes que ela volte.

- Manda.

- Primeiro quero agradecer por você ter aparecido na vida dela. Sabe, amo demais a minha amiga e tudo que quero é ve-la feliz. Você conseguiu isso, você fez ela se abrir como a muito tempo ela não fazia. Não sei se ela te contou mas a Bren teve uma infância e adolescência bem difícil.

- Sim, ela contou...

- Jura?

- Sim, porque?

- Porque isso significa que o sentimento dela em relação a você é maior ainda. Apesar de não ter te dito ainda, Brennan está apaixonada por você, mais que isso. Ela o ama. Só não sabe identificar ainda isso. Entenda, não é tão fácil para ela e...

- Angela, me escute. Eu amo a sua amiga. Já disse isso a ela e não é algo da boca pra fora. É amor puro. Temperance é uma mulher única como nunca conheci na vida e do jeito dela, ela me conquistou. Eu espero o tempo que precisar para que ela esteja pronta para dizer que me ama, isso não é problema para mim porque em seus atos eu já vejo isso. Confie em mim, Tempe não é um passatempo.

- fico feliz em saber.

Angela tinha lágrimas nos olhos. Nesse momento, Brennan volta ao apartamento e percebe a amiga limpando as lágrimas do rosto. Senta-se do lado de Booth e questiona a cena.

- O que aconteceu aqui?

- Er...nada é que o Booth – Angela suspirou – Booth estava me contando uma história de guerra, de como ele salvou um garotinho. Você sabe que não consigo me segurar.

- É verdade, Angela é muito emotiva. Sempre chora quando eu conto uma história do hospital, especialmente se for de crianças.

- Sim, mais vinho?

Angela disfarçou e foi buscar mais uma garrafa da bebida. Booth com um sorriso nos lábios, beijou a mulher a seu lado mais uma vez. Eles permaneceram conversando por um bom tempo até que Angela desistiu e perdeu a batalha contra o sono, desejou boa noite e se recolheu ao quarto não sem antes ganhar um obrigado e um beijo no rosto de Booth. Quando se viram sozinhos, foi a vez de Brennan se manifestar.

- Adorei o jantar hoje, você e a Angela são pessoas importantes na minha vida e quero que vocês se conheçam e se deem bem.

- Isso é fácil, você tinha razão, ela é muito parecida comigo.

- Booth, por mais que eu esteja adorando ficar aqui enroscada com você nesse sofá, amanhã preciso acordar cedo. Estou de plantão até domingo, lembra? Preciso descansar.

- Tá bom, vamos para o seu quarto então.

- Você realmente vai dormir aqui né? Nem adianta eu pedir para você ir embora,certo?

- Não mesmo, vou dormir com você. E,sinceramente? Sei que você não quer que eu vá embora.

- Convencido!

Eles se trancaram no quarto de Brennan e após a higiene pessoal, Brennan não resistiu e perdeu-se nos braços dele gemendo após fazer amor com ele.


Hospital Presbiteriano
Sábado à noite


Brennan estava tendo um sábado bastante agitado no hospital. Ao contrário da sexta que foi calma, hoje várias situações de emergência ocuparam seu tempo e a fizeram passar horas na sala de cirurgia. Eram 9 da noite e ela sentara-se por uns instantes no conforto médico com um copo de café nas mãos. Ao checar o celular, viu ligações de Booth e uma mensagem dele desejando um bom trabalho e as três palavrinhas que ele sempre gostava de repetir. Sorrindo, ela resolveu ligar para ele.

- Oi, namorado...

- Adoro quando você me chama assim...

- Mesmo?

- Sim, me faz sentir especial. Sou namorado de uma médica famosa, Temperance Brennan.

- Bobo.

- Como está o seu dia?

- Agitado. Tive que passer horas na OR e isso só acaba as 8 da manhã.

- Então as 8 horas estarei aí para te buscar. Vou te levar para tomar um café especial.

- Será que eu tenho forças para enfrentar um café depois desse plantão?

- Ah, tem sim. Você comerá o que gosta e depois vamos para meu apartamento. O fim de semana longe de você é muito chato.

Ela riu.

- Você anda muito mal acostumado...

- Você é culpada, me viciou.

- Ah, nem é tanto...

- Dr. Brennan, desculpe mas precisam de você na UTI.

- Tudo bem, Dr.Bray, estou indo.

Wendell deixa a sala e Brennan volta a falar ao telefone.

- Tenho que ir, Booth.

- Tudo bem, até amanhã gorgeous.

- Beijo.

Ela desligou e tomou o resto do café. Deixou o conforto rumo a UTI. Seria uma longa noite. Após atender o caso da UTI, Brennan recebeu junto com Wendell uma de suas pacientes que estava com seis meses e apresentava um sangramento inesperado. Com muito cuidado, eles trabalharam juntos e contiveram o sangramento. Brennan desconfiada do risco da gravidez, pediu a Wendell para fazer uma nova ultrasom. O resultado coincidiu com as suspeitas de Brennan e ela teria que fazer um procedimento cirúrgico para evitar que o bebê tivesse complicações durante o período restante de desenvolvimento e gestação. Usando um robô, ela penetrou o útero da mãe através do umbigo e pelo cordão umbilical garantiu os medicamentos necessários a sobrevivência do bebê. Assim que terminou, ela pediu ao Dr. Bray para monitorá-la de hora em hora para ver o progresso do bebê.

Exausta, ela tentou voltar ao conforto para cochilar por uns instantes. Mas antes de pegar no sono, se viu pensando em Booth e em como ele tinha razão. Passar o fim de semana longe dele realmente era uma droga. Ela sorriu ao lembrar daqueles lábios junto aos seus e acabou adormecendo.

O resto do plantão foi normal. Finalmente a calmaria pareceu começar a reinar. Ela checara mais uma vez a sua paciente e viu que tudo estava bem. Fez umas últimas anotações na ficha dela e agradeceu o trabalho do Dr.Bray. Quando saia da ala da obstetrícia, ela deu de cara com Mark.

- Olá, Dr.Brennan.

- Mark.

- Tudo bem com você? Parece cansada...

- É natural quando se está de plantão por 48h e nada foi realmente calmo por aqui.

Ela seguiu andando pelo corredor em direção ao elevador. Eram 7:50 e ela não via a hora de encontrar Booth. O elevador abriu e Mark entrou com ela.

- Sabe, se estiver tão cansada sei de algo que te ajudará a relaxar.

- Eu também, umas boas horas de sono.

- Não, eu estava pensando em outra coisa, mais divertida...

Ele se aproximou dela e a emprensou contra a parede. Seus rostos muito próximos. Ele avança e beija-a nos lábios apenas em tempo de Brennan o empurrar.

- Ah, vamos lá. Conheço você, vamos nos divertir um pouquinho. Sei que você não nega fogo.

- Mark, me larga...

- Vamos, sei que você quer...

- Não, eu não quero...

- Acho que aquele carinha não está fazendo bem para você...

Ele beijou-a novamente, dessa vez porém ela não o empurrou. Brennan apenas levantou o joelho com força na direção do membro dele. Mark gritou e sem forças pela dor, foi fácil ela empurra-lo e sair com pressa pelo elevador deixando Mark agachado ao chão. Estava com muita raiva. Sentia a adrenalina pulsando em suas veias.

Quando chegou ao saguão, avistou Booth. De repente, a raiva se dissipou. Ela respirou fundo e abriu o sorriso. A última coisa que queria agora era perder seu tempo pensando no idiota do Mark. Depois lidaria com ele. Booth a viu e foi ao seu encontro.

- Bom dia, Tempe....

- Oi, Booth...é bom te ver.

Beijou aqueles lábios com vontade. Abraçados deixaram o hospital rumo ao metrô. Saltaram na estação em frente a Dean e Deluca e sentaram-se numa das mesinhas de frente. O clima estava gostoso, primaveril como uma boa manhã de maio. Após namorarem um pouco, finalmente entraram na delicatesse e escolheram o que comer. Com um mochaccino em mãos e uma sacolinha cheia de pãezinhos especiais, Brennan caminhava ao lado de Booth aproveitando a paisagem do SoHo rumo ao apartamento dele. Chegando em casa, eles deixaram o resto dos pães sobre a mesa e tiraram os casacos.

- Como você está?

- Cansada Booth não vou negar. Porque?

- Só estou perguntando amor, sei que sua noite não foi fácil.

Ela se aproximou dele e pos as mãos sobre o peito dele. beijou-o.

- Sabe, mesmo cansada eu não me incomodo de ser mimada por você... vou tomar um banho e depois namoramos um pouquinho tá?

- Como você quiser...

Depois que tomou banho, Brennan apareceu no quarto dele usando uma blusa dos knicks de Booth. Ele assistia tv. Deitou-se ao lado dele, acariciou o peito sobre a camiseta e beijou o queixo dele. Booth a puxou pelos braços e colou seus lábios no dela. Carinhosamente, os dedos deslizavam pela pele dela e em seguida pelas pernas. Ela gemia baixinho nos lábios dele. Booth a puxou para si e Brennan se esparramou sobre o peito dele. O beijo durou mais do que era possível. Ela adora ficar totalmente sem fôlego com ele. Encostou a cabeça no peito dele e já fechara os olhos respirando pausadamente. Booth mantinha as mãos acariciando as costas dela durante um bom tempo. Mais tarde, ele levantou-se cuidadosamente da cama para que ela não acordasse. Resolveu ver tv na sala para não incomoda-la.

Uma hora depois, Brennan acordou e sentiu falta dele. Levantou-se e o viu na sala. Debruçou-se e abraçou-o pelo pescoço.

- Você me deixou sozinha... assim não consigo dormir.

- Sei e você já viu que horas são? Quase duas da tarde.

- Ou seja não dormi nem três horas.

- Está com fome amor?

- Um pouco...

- Só que não fiz o almoço, você se importa da gente sair para comer algo?

- O que tem em mente?

- Você escolhe amor...

- Tá vou me arrumar.

Saíram de casa meia-hora depois e optaram por um lanche simples em uma lanchonete próxima ao apartamento de Booth. Depois, Brennan pediu para caminharem no parque mas Booth sugeriu que fossem a Union Square aproveitar a feirinha de domingo. Passearam, Booth fez algumas compras e voltaram para casa parando antes numa starbuck para um café rápido. Brennan estava caindo de sono.

Quando se arrumaram para dormir, Brennan acariciou o rosto de Booth e falou.

- Sei que estou cansada Booth mas prometo recompensá-lo na próxima vez, estou de folga na terça.

- Hey, amor não se preocupe... adoro ter você a meu lado mesmo que seja só para dormir.

- Você é um cavalheiro e tão doce... metaforicamente falando claro!

Ele riu.

- Sim, você também é.

Ela estava grogue e tornou a aconchegar-se nos braços dele.

- Boa noite,Tempe...

Ela sussurrou.

- Boa noite, amor...

Booth abriu o sorriso ao ouvir as palavras dela. Ser chamado de amor, mesmo num estágio letárgico de sono era um presente para ele. Fechou os olhos.




Continua....

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Um Poema....

De David Harkins ....


“You can shed tears that she is gone,
or you can smile because she has lived.
You can close your eyes and pray that she'll come back,
or you can open your eyes and see all she's left.
Your heart can be empty because you can't see her,
or you can be full of the love you shared.
You can turn your back on tomorrow and live yesterday,
or you can be happy for tomorrow because of yesterday.
You can remember her only that she is gone,
or you can cherish her memory and let it live on.
You can cry and close your mind,
be empty and turn your back.
Or you can do what she'd want:
smile, open your eyes, love and go on.”



Você pode chorar porque ela se foi,
Ou você pode sorrir porque ela viveu.
Você pode fechar os olhos e rezar para que ela volte
Ou você pode abrir seus olhos e ver tudo o que ela deixou.
Seu coração pode estar vazio porque você não pode vê-la,
Ou você pode estar cheio de amor para compartilhar.
Você pode virar as costas para o amanhã e viver o ontem,
Ou você pode estar feliz pelo amanhã por causa do ontem.
Você pode lembrar-se dela apenas porque ela se foi,
Ou você pode valorizar sua memória e mantê-la viva.
Você pode chorar e fechar a sua mente,
Ser vazio ou virar as costas.
Ou você pode fazer o que ela gostaria,
Sorrir, abrir os olhos, amar e seguir em frente.



Traduzido por mim :)

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Aos Amigos.......

Não poderia deixar de tirar um tempinho para fazer um post especial a meus amigos e amigas virtuais. É gratificante ler as mensagens e as palavras de força e consolo que recebi nesses últimos dias. Na verdade, durante essas duas semanas cada riso, cada palavra, cada xingamento foram extremamente importante para me ajudar a manter o foco e não desmoronar.


Agradeço a todos e em especial as surtadas do twitter.... vocês são uns amores!


Como disse Francis Bacon : "A amizade duplica as alegrias e divide as tristezas. "


É exatamente isso que vocês fazem comigo, todos os dias!

Obrigada! :)

Um minuto para recordar....

Amanhã fazem exatamente 2 anos que minha avó paterna deixou nosso convívio. Ontem, foi a vez da minha avó materna partir desse mundo e por isso agora eu paro para pensar e colocar em palavras quem ela era.



Minha vó Dinah era diferente de todas as avós que conhecemos talvez alguns me digam "ah, qualquer neto diria isso de sua avó!" mas vou explicar porque.


Minha vó foi, é e sempre será um espírito jovem. no auge dos seus 84 anos ela acabara de voltar de uma viagem internacional e já fazia planos para a próxima. Ninguém dava a ela a idade que tinha porque simplesmente para nós ela era uma jovem de vinte e poucos anos. Sempre bem-humorada, ela gostava de festa e sua casa sempre foi palco de momentos descontraídos. Fazia questão de reunir a família e cozinhar para nós. Oh, e como ela cozinhava! Quituteira de mão cheia! Se você visse alguma receita diferente no programa da Ana Maria, provavelmente no sábado iria provar. Ela cozinhava e não comia, dizia que não gostava da comida que fazia. Vamos sentir muita falta daqueles pratos diferentes...desses momentos.



O que vó Dinah conseguiu, unir toda a família, é seu maior legado. Filhos, netos, bisnetos, genros, noras, sobrinhos faziam companhia a ela todo o fim de semana e nosso desafio e obrigação a partir de agora é não deixar que isso se desfaça.


Além de cozinheira de mão cheia, minha vó adorava viajar... ela aproveitou muito bem a vida. Seu espírito jovem, a fazia igual aos netos. Afinal, quantas pessoas de 80 anos você pode listar que navegavam na internet e assistiam séries de TV? Sim, minha vó era fã de LOST!



De muitas qualidades que ela tinha as que mais gostava eram o amor pela leitura e fato dela ser um dicionário ambulante! Não me lembro de uma vez sequer quando perguntava a ela sobre uma palavra que ela não dissesse exatamente seu significado. Amante da leitura desde nova, ela tentou passar esse vício aos filhos e netos. Com alguns conseguiu. Sempre antenada, tinha livros a indicar e a comentar o que rendiam ótimos papos.



Enfim... agora fogem-me as palavras.

Tudo que sei é : a dor vai embora, a saudade fica e o que nos resta é RECORDAR!


Que Maria esteja a seu lado, nessa nova caminhada Vó!

E como minha vida é movida a música, agora não seria diferente... Invece No.


Forse bastava respirare
Solo respirare un pò
Fino a riprendersi a ogni battito
E non cercare l'attimo
Per andar via
Non andare via

Perchè non può essere abitudine
Diciembre senza te
Chi resta qui
Spera l'impossibile

Invece no
Non c'è più tempo per spiegare
Per chiedere se ti avevo datto amore
Io sono qui
E avrei da dire ancora
Ancora

Perchè si spezzano tra i denti
Le cose più importanti
Quelle parole che non osiamo mai
E faccio un tuffo nel dolore
Per farle rissalire e riportarle qui
Una per una qui

Le senti tu?
Pesano e si posano
Per sempre su di noi
E se manchi tu
Io non so riperterle
E non riesco a dirle più

Invece no
Qui piovono i ricordi
Ed io farei di più
Di ammettere che è tardi
Come vorrei poter parlare
Ancora ancora

Invece no non ho
più tempo per spiegare
Ch avevo anch'io
Io qualcosa da sperare
Davanti a me
Qualcosa da finire insieme a te

Forse mi basta respirare
Solo respirare un pò
Forse è tardi
Forse invece no





segunda-feira, 18 de abril de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap 9

NC-17.........


Cap.9



Booth estava saindo do trabalho quando recebeu um telefonema da namorada.

- Oi, gorgeous....

- Você me ligou, estava em cirurgia não podia atender. O que foi?

- Liguei para convidá-la para um passeio amanhã. Você se lembra que dia é hoje?

- Claro, hoje são 24 de fevereiro.

- Sim, amanhã fazem seis meses que começamos a namorar. Por isso estou te convidando para um passeio.

- Oh!

- Vamos?

- Sim, vamos. Ah, Booth não estou acostumada com essas coisas. Não presto atenção a esses detalhes, você sabe que eu estou aprendendo, procurando me adaptar a essa nova realidade.

- Tudo bem, meu amor. Eu sei. Passo na sua casa as 10h?

- O que você tem em mente?

- Uma volta no Central Park e...

- Você não está pensando em fazer um piquenique lá não né? Frio demais...

- Não, pensei em darmos uma volta, caminhar...

- Ah,Booth... você vai me levar para patinar? É inverno!

- Só se você quiser mas na verdade pensei em outra coisa...

- E você não vai me dizer certo?

- Certo.

- Ok, te espero as 10h. Beijo.

- Beijo.

Ela desligou o celular e sorriu, seja o que fosse que Booth estivesse aprontando, ela gostaria.


No dia seguinte, ela já estava pronta meia hora antes do que Booth combinara. Ela verificara a geladeira e não encontrara nada interessante para comer no café da manhã e acabou servindo-se apenas de um copo de suco de laranja. As 10 e quinze, ouviu um toque do seu celular. Era ele. Assim que desceu as escadas da frente do seu prédio, pode ve-lo vestido de maneira casual. A calça jeans, um moleton dos knicks e o casacão preto esportivo. O gorro na cabeça e as mãos protegidas nos bolsos do casaco. Ela mesma pusera uma calça jeans, uma blusa de lã e o sobretudo. A pashmina enrolada no pescoço combinava com o gorro e as luvas.

- Você fica linda toda empacotada...

Ela deu um tapinha no peito dele e o beijou.

- Engraçadinho!

- Trouxe isso pra você.

Ele estendeu a sacolinha com um copo de mochaccino bem quente.

- Aposto que não tomou café.

Dizendo isso ele pegou outra sacolinha e entregou a ela.

- Pão de batata com recheio de ricota da Dean & Delucca?

O sorriso dela parecia ainda mais encantador. Ela abriu a embalagem apenas o suficiente para saborear o pão. Sorveu o café nos lábios, o líquido quente e saboroso fez seu corpo esquentar e afastar o frio da manhã. Ele a envolveu pela cintura e sairam caminhando até a estação do metrô. Brennan terminou seu café no meio do caminho e o resto da viagem aproveitou para aninhar seu corpo no de Booth já que ambos estavam sentados no metrô que estava relativamente vazio a essa hora da manhã. Saltaram na estação da 72th. Tomaram o rumo do Central Park e de mãos dadas caminhavam pelas trilhas.

- Booth, você só vai me fazer caminhar mesmo?

- Não, claro que teremos algo para fazer, só temos que caminhar mais um pouco.

- O que você está aprontando?

- Estou apenas levando a minha namorada ao que pode ser o melhor lugar de New York na opinião dela.

Dizendo isso, ele apontou para o museu de história natural. Brennan abriu o sorriso.

- Como você sabe que gosto de museus?

- Na verdade não sei se você gosta de museu, mas como você já me disse que é uma mulher da ciência, tenho certeza que desse você vai gostar.

Ela o abraçou e tascou um beijo carinhoso nele.

- É o meu museu preferido. Vamos?

Eles subiram as escadas do museu e após a comprarem as entradas, seguiram para o salão principal.

- Tem uma exibição de dinossauros que estou louco para ver e também aquele ali. Sei que você vai gostar.

Ele apontou para um banner com o evento: Brain the inside story.

- Hum, parece ser mesmo interessante...

Brennan pegou um mapa do lugar e abriu na frente deles.

- Ok, vamos deixar para ir no último horário da exibição do cérebro. Começamos pelo pavilhão 1 vida marinha, planeta terra, biologia e evolução podemos subir para ver os mamíferos, o big bang ai fazemos uma pausa para comer e seguimos para os dinossauros.

- OMG! Você é mandona demais!

- O que eu fiz?

- Só decidiu tudo no nosso passeio!

- Booth, temos que ter organização do tempo se quisermos aproveitar e ver todo o museu.

- E as lojinhas?

- Se conseguirmos ver o que programamos, podemos visitar a loja no térreo.

- Hey, Tempe. Relaxa! Isso é um passeio, vamos nos divertir...

Ela fechou o mapa e olhou para ele reconhecendo o que fizera.

- Exagerei,não?

- Um pouquinho mas é compreensível, sei o quanto você gosta disso. Está excitada para aproveitar então vamos.

Ela puxou o moleton dele e beijou-o. Ela se perdeu nos seus lábios por uns instantes. Quando quebrou o beijo, sorriu.

- Tks, Booth.

Ela entrelaçou a mão na dele e começaram o passeio. Booth ficou maravilhado de ver a maneira como ela explicava as coisas. Ele a olhava com fascínio nos olhos. Apesar dela ser médica, ela sabia sobre todas as áreas. Claramente ele entendeu o quanto a ciência era importante para ela.

Pararam para almoçar na praça de alimentação do museu depois das duas. Meia hora apenas e já estavam de volta a ronda no museu. Quando chegaram na entrada do salão do evento sobre cérebros, Booth puxou o dinheiro para pagar as admissões extras quando Brennan o deteve. Tirou da carteira o seu cartão de membro e mostrou para ele.

- Você é membro do museu?

- Sim, e por isso não preciso pagar.

Antes mesmo dela estender o cartão, o recepcionista a reconheceu.

- Olá, Dr.Brennan! Bom ve-la novamente por aqui. Tenho certeza que você vai gostar dessa exibição.

- Obrigada!

Ela olhou para Booth que sorriu. Essa era a sua namorada cientista. Nem poderia pensar que seria diferente. As cinco da tarde, eles saíram da última exibição e estavam de volta ao parque.

- Estou impressionado. Como você sabe aquilo tudo? Você é um gênio,Tempe.

- Sim, eu sou. Meu QI é 162.

- Não quis falar literalmente mas porque será que não me surpreendo com a sua resposta?

- Sério, eu fiz o teste na universidade.

- Eu não duvido mas o que estou comentando é que apesar de médica, você conhece muito de ciência como um todo.

- Sim, eu já disse a você que a ciência é minha companheira, minha paixão.

- E você é a minha.

Ele se aproxima dela e a toma nos braços. O beijo é envolvente, cheio de sentimento. Eles ficam um bom tempo curtindo aquele momento romântico, o calor de estar juntos é suficiente para mandar os zero grau de frio para bem longe. Finalmente, as bocas se separaram e eles tornaram a andar novamente.

- Estou com fome...

- Temos duas opções : podemos comer alguma coisa no whole foods saudavelmente. Ou...

- Não, hoje quero comer besteira. Pizza?

- Você que manda! Já sei onde vamos. Pegamos o metrô descemos na 50th e Mamma Sbarro nos espera.

Ela riu.

Eles entraram no restaurante e puderam sentir o calor do ambiente. Brennan agradeceu mentalmente por livrar-se do vento frio por algumas horas. Dirigiram-se a uma mesa de canto. Brennan aproveitou e tirou o casaco, o gorro e as luvas. Booth fez o mesmo.

- O que vai querer beber, Tempe?

- Preciso me esquentar. Estou com frio.

- Um bom vinho ajuda e já que vamos comer pizza melhor combinação não há. Você quer mesmo pizza? Aqui é estilo self-service e tem várias opções de massa e saladas também.

- Primeiro um pouco de vinho e depois a gente vai se servir.

Eles brindaram e resolveram se servir. Além da pizza, Brennan pegou uma boa massa para provar. Tudo estava delicioso. Eles conversaram bastante e riram. Comeram a sobremesa, um delicioso cheesecake. Satisfeitos, eles deixaram o restaurante. Já na esquina, Booth sabia bem o que queria fazer mas a escolha era dela.

- E então, são mais de nove horas.

- Quer ir para a cama,Booth?

A pergunta teve uma pitada maliciosa.

- Depende de você.

- Tenho certeza que você não pensou boa coisa com a minha pergunta mas a verdade é que podemos até ir para seu apartamento só que tudo que quero é ficar debaixo das cobertas com você. Deve estar fazendo uns 5 graus abaixo de zero.

Ele checou o celular.

- Você quase acertou. Está fazendo -8 graus mas a sensação com o vento é de -13. Vamos para casa, doutora.

Já passavam das dez quando eles chegaram em casa. Booth ligou o aquecedor e Brennan livrou-se dos acessórios de frio e do casaco.

- Posso tomar um banho?

- Claro! Venha aqui.

Ele mostrou onde estava tudo, pegou uma toalha para ela e também trouxe uma camiseta dele para ela.

- Avise se precisar de alguma coisa a mais.

Ele se virou para ir embora mas Brennan o puxou pelo moleton.

- Onde você pensa que vai?

Ela puxou o moleton dele pelo pescoço e jogou no chão. Ele vestia uma camiseta branca por baixo. Brennan colou o corpo no dele e enquanto o tomava num beijo, os dedos livravam-se dos botões da calça. Quebrou o beijo e tirou a própria blusa. Em segundos, todas as peças de roupa estavam no chão. O vento frio arrepiou a pele dela. Entraram juntos no chuveiro. O frio foi superado nãso só pelo chuveiro quente mas também pela proximidade das peles.

Booth a pressionou contra a parede do banheiro e começou a enche-la de beijos. Acariciou a pele dela, cada pedacinho do corpo molhado com os lábios sorvendo o perfume e as gotas d’água. Ela sentiu o membro dele pressionando a perna dela. Booth suspendeu as pernas dela e apenas fez um sinal com a cabeça. Penetrou-a. Brennan o agarrou contra o próprio corpo, sentiu as costas batendo contra a parede quando ele movimentavasse dentro dela. Gemia, mordiscou o pescoço dele e deixou-se levar pelo desejo. Entre gemidos e gritos, ela sentia a pressão de te-lo dentro dela. Cravou as unhas nas costas dele quando atingiu o orgasmo. Booth sentiu cada reação dela. Ele mesmo já não aguentava mais e com uma última estocada, ele também gozou.

Devagar, ela tentou apoiar-se e tocou os pés no chão. Estava ofegante. Booth apoiava as mãos na parede. Aos poucos, Brennan voltou a respirar normalmente e começou a tomar seu banho realmente. Entre ensaboadas e retirada de shampoo, rolavam alguns beijinhos. Terminaram o banho e vestiram-se para dormir.

Brennan aconchegou sua cabeça no peito dele e Booth a cobriu com o edredon. Ela adormeceu em seguida.

Pela manhã, sentiu o sol entrar pela janela bem na direção do seu rosto. Ao abrir os olhos, percebeu que Booth ainda dormia de costas para ela ao seu lado. Ela começou passando a mão nas costas dele. beijou-lhe o ombro. As mãos foram para o tórax e seus dedos encontraram um mamilo. Apertou-o ao mesmo tempo que mordiscava a orelha dele. Booth abriu os olhos e sorriu. A mão dele foi encontrar a dela. Brennan sussurrou no ouvido dele.

- Bom dia...

Ele virou-se para ela e acariciou o rosto dela.

- Você sabe que dia é hoje,Booth? Domingo...

- Hum…

- E domingo é dia de ....?

- Já sei, Tempe... mas pra isso devemos nos levantar e nos vestir esqueceu?

- Ah, Booth... podemos abrir uma exceção hoje?

- Você quer que eu vá comprar nosso café da manhã na Dean & Deluca?

- Por favor, Booth....

A cara manhosa era algo difícil para Booth resistir. Ele se levantou e vestiu-se rapidamente. Pegou a carteira e a chave de casa.

- Alguma recomendação especial?

- Confio no seu bom gosto.

Quando Booth saiu, Brennan deitou-se do lado dele da cama e agarrou-se ao travesseiro que tinha o cheiro dele. fechou os olhos. Vinte minutos depois, Booth estava de volta. Em minutos ele arrumou as guloseimas em uma bandeja de café da manhã e levou para o quarto. Ela já estava sentada na cama esperando por ele. Juntos, eles aproveitaram cada uma das coisas gostosas que Booth trouxera, saboreavam doces, pães e claro, beijos. Ao terminarem o café, Booth levou a bandeja para a cozinha. Quando voltou, teve que perguntar, ao sentar-se na cama ao lado dela.

- Satisfeita gorgeous?

Ela suspirou e olhou-o seriamente.

- Não sei bem como dizer isso... estou me sentindo estranhamente satisfeita. Diferente. Cada vez que durmo ao seu lado, que beijo você, fazemos amor, sinto uma explosão dentro de mim e não estou me referindo a orgasmo ou prazer,Booth. É algo mais... quando você me toma nos braços sinto minhas pernas bambear, um arrepio na espinha ao ter seus lábios na minha pele. Não sei o que isso significa, como classificar isso?

- Tempe, na minha linguagem e interpretação, o que você está sentindo é o puro sentimento. Amor. Em palavras, acredito que você quer dizer que está apaixonada por mim porque tudo o que você descreveu foram reações de uma pessoa apaixonada.

Ela acariciou o rosto dele e sorriu.

- Mesmo não entendendo a racionalidade nisso, você está certo Booth. Eu estou apaixonada por você.

Ele a beijou mais uma vez. Em seguida, ele a fitou sem larga-la de seus braços.

- Temperance, se você está apaixonada por mim isso me faz o homem mais feliz do mundo. Mais que isso, não posso negar nem esconder isso de você. A verdade é que eu te amo, Temperance Brennan. Não quero que você veja isso como um problema ou uma ameaça, aceite apenas o meu sentimento. Eu te amo.

Ela o olhava serena. Processava as palavras. Isso era grande. Novo.

- Você me ama?

Teve que perguntar de novo, para ter certeza que entendera corretamente.

- Muito, demais.

- Booth eu ainda não sei como retribuir isso, posso dizer por hora que estou feliz. Ontem quando você falou que o museu de história natural era o melhor lugar de New York para mim, você acertou em parte. Para a Temperance Brennan, a médica, a profissional, o melhor lugar de NY será sempre uma sala de cirurgia no Hospital Presbiteriano. Para a pessoa Temperance Brennan, o museu costumava ser o melhor lugar sim, isso até conhecer você. A cada dia que passa, ele vem perdendo o título de lugar preferido para todos os outros lugares que conheci junto com você. Na verdade, os melhores lugares de New York passaram a ser aqueles em que você está comigo em especial o seu apartamento, a sua cama.

- Nossa! Eu ouvi bem? Você acabou de declarar que gosta de qualquer lugar de New York desde que eu esteja ao seu lado?

- Não generalize tanto Booth mas sim, basta você estar comigo. Acredito que essa é uma declaração nada racional não?

- Nah, passou longe do racional, por isso gostei tanto. Ah, e quanto a sua última frase, você reparou o quão pervertido isso soou?

Ela riu.

- É verdade, soou porque de certa forma isso faz parte da nossa vida, da nossa verdade.

- Em outras palavras você quer dizer que somos dois tarados?

- Não, somos apaixonados que curtem bastante a idéia de fazer amor.

- Hum... gostei da definição.

- Booth?

- Diga Tempe...

- Está na hora do nosso outro café da manhã... e já que você falou que me ama, é um momento especial não?

- Sim, demais.

Ele a beijou empurrando-a de volta para cama. Livrou-se das roupas que vestia e fez o mesmo com a dela. Nus, ele deitou o corpo sobre o dela enquanto concentrava-se em beijá-la. Agora sim, um beijo apaixonado, intenso.

Carinhosamente, ele dedicou-se a provar cada centímetro do corpo dela. Hoje não tinha pressa, não buscava por nada diferente. Queria o simples ato de amar, na sua forma mais convencional. Enquanto vagava pelo corpo dela, ela o tocava também. Brennan entremeava os dedos nos cabelos dele, sentia os músculos das costas dele, o empurrava para perto do lugar onde mais ansiava sentir o toque dele.

Booth tomou o seio dela na boca. Provou-o. Com a lingua, estimulou o mamilo dela deixando-o rijo. Sugou-o entre seus lábios arrancando gemidos de Brennan. Sabia que ela se excitava com o gesto. Repetiu o ato no outro seio enquanto a mão apertava e puxava o mamilo do seio esquecido. Brennan arqueava o corpo e gemia. O prazer era delicioso. Ela se via rumo a uma explosão. Os pelos do corpo eriçados.

Ele voltou a pressionar o peito contra ela buscando os lábios sedentos. Beijou-a novamente enquanto a penetrava devagar. Apenas por senti-lo dentro de si já fora suficiente para contorcer-se sob ele. Devagar, Booth começou a movimentar-se dentro dela. Roubando mais beijos dos lábios dela, ou mesmo beijando o pescoço dela e mordicando-lhe a pele, ele seguia movendo-se com destreza. Uma das mãos acariciava os seios, a outra estimulava o clitóris.

Brennan não podia aguentar mais muito tempo. Booth imprimia mais força e rapidez. Ela sentiu o corpo tremer. Gritou e decidiu por receber a onda de prazer que vinha ao encontro dela. Booth não parara, pelo contrário, aumentava os movimentos para proporcionar a ela o melhor do prazer. Seu ato era uma demonstração de amor. Ele segurava agora a cintura dela e estocava mais fazendo-a gozar mais uma vez. Ele próprio já estava no limite.

Com mais um beijo, ela sussurou para ele.

- Vem... deixe vir...Boothiiiiieeee

Enfim, ele rendeu-se gozando dentro dela.

Quando a sensação de libido e volúpia diminuiu, ele escorregou para o lado. Brennan ainda tremia devido aos efeitos do desejo que a dominara segundos atrás.

Fazer amor com Booth era algo que ela própria não conseguia descrever. Queria encontrar uma palavra. Qual seria? Apaixonante... sim, segundo Booth ela estava apaixonada. Não discordava. Com Booth, ela estava conhecendo um novo mundo, um caminho diferente de tudo o que já vivera. Um relacionamento sério onde os sentimentos começavam a dominar sua razão. A idéia era apavorante e estimulante ao mesmo tempo.

Sentiu o nariz de Booth no seu ombro e pescoço cheirando-a. Depois o braço dele pesou sobre seu estômago. Ele levantou o rosto para olhá-la.

- Porque você está tão calada, amor?

- Nada, estava só pensando.

- Posso saber em que?

- Em nós....

- Pensamentos bons espero...

- Ah sim, estava pensando em como você me fez olhar a minha vida por outra ótica. De certa forma, você me desafia todos os dias. Gosto de desafios, por isso gosto de você.

- A lógica se faz presente... taí uma coisa que ainda não tinha ouvido de alguém, sou um desafio.

- Sim, um excelente desafio.

Ele a beijou.

- Tem alguma coisa em mente para o domingo, Temperance?

- Não... mas em algum momento teremos que sair dessa cama.

- Teremos mas não agora...

Foi a vez dela empurra-lo e ficar sobre ele. Beijou-o carinhosamente e ficou ali deitada sobre ele. Durante o dia, acabaram pedindo comida em casa. Do quarto mudaram-se para a sala apenas porque Booth queria ver o jogo dos Knicks em Chicago. Brennan o acompanhou, afinal Booth despertara nela uma torcedora fervorosa.

Mais tarde, ela decidiu ligar para Angela e avisar a amiga que não dormiria em casa mais uma noite. Iria direto para o hospital. Fizeram um pequeno lanche antes de dormir e mais uma vez perderam-se um no outro antes de caírem juntos nos braços de Morfeu.


Segunda-feira

Hospital Presbiteriano – 8am


Brennan chegou ao hospital de mãos dadas com Booth. Ele insistira em traze-la para o trabalho hoje, o que ela aceitou de bom grado. Estavam em frente a porta da emergência.

- Adorei o nosso fim de semana, Booth.

- Eu também, cada minuto.

- Posso dizer que vou ficar com saudades?

- Diga sempre Tempe...

- Vou ficar com saudades...

Ele a beijou.

Da entrada do hospital, Mark estava ao lado da enfermeira Patricia que sempre acompanhava Brennan nas cirurgias.

- Quem é aquele cara com a Dr. Brennan? Mais um para satisfazer seu desejo sexual?

Patricia olhou para ele com desdém.

- Dor de cotovelo, Doutor?

- Curiosidade apenas...

- Sei... pelo que vejo, esse não é um brinquedinho da Dr.Brennan. na verdade, a julgar pela intimidade dos dois, a coisa é séria.

Mark entortou a boca.

- Você não a conhece, isso é um passatempo para ela.

- Passatempo que dura meses? Melhor rever seus conceitos, doutor.

Patricia sorriu ao ver o jeito que a médica abraçava o namorado. Aliás, que namorado!

- Quer um conselho? É melhor você se contentar com as enfermeiras e residentes desse hospital doutor porque definitivamente a Dr. Brennan você já perdeu. Aliás, difícil competir não?

Mark trombou a cara e saiu emburrado. Patricia ria da reação dele. Lá fora, os enamorados despediam-se.

- Preciso trabalhar, Booth.

- Eu sei. Espero que seu dia seja calmo e que traga vidas ao mundo.

- É basicamente o que eu estarei fazendo Booth... nos falamos mais tarde tá? Meu plantão é de 24h.

- Eu te ligo,Tempe.

Com um último beijo, ele finalmente soltou a mão dela.

- I love you, Tempe.

Ela sorriu e jogou um beijo para ele no ar. Feliz, ela entrara no hospital.




Continua........

segunda-feira, 11 de abril de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.37

Cap.37


Dia seguinte...



Temperance Brennan estava sentada em seu escritório no Jeffersonian. Sobre a mesa, ela fitou o porta-retrato. Desde que a relação dela com Booth deixara de ser segredo, ela colocara uma foto dele na sua mesa. Na verdade, ela já tinha isso em mente e assim que Cam descobriu, a foto passou a integrar seu ambiente de trabalho. Ela abriu o arquivo de seu diário. Sorrindo, começou a escrever.


“Ontem Booth e eu comemoramos dois anos de namoro. O que posso dizer da noite e de tudo? Namoro... sequer considerava ter um relacionamento e se alguém a dois anos atrás me dissesse que eu viveria essa experiência, eu teria rido e dito que a probabilidade disso acontecer era zero. O fato de meu namorado ser o meu parceiro de trabalho tornava isso ainda mais ridículo, é acredito ser essa a palavra que eu usaria. Não que não achassemeu parceiro atraente, pelo contrário sempre disse que ele era um macho-alfa muito atrativo e fácil de apreciar, mas daí a levar o título de namorado? Bem fora da minha realidade. Olha onde estou agora. Booth me pegou despreparada e ambos nos surpreendemos. Simular uma volta ao passado, falar como seria o nosso verdadeiro encontro no Washington Mall era algo que sequer pensara em fazer um dia. Porém, essa não foi a maior surpresa.

Booth resgatou minha infância. Ao me dar aquela boneca Smurfette, ele sabia que me agradaria mas nem imagina o que esse gesto significou realmente para mim. É a retomada de um símbolo de juventude, a substituiçào de uma página em branco da minha vida.

Sei também que eu o surpreendi. Depois de muito refletir, finalmente criei coragem para dividir com ele o que tem estado em sua mente já por um longo tempo. Pedi a ele para termos um bebê.

A idéia é bem excitante para mim agora, Booth ficou muito feliz. E eu também. De fato estou ansiosa para saber se já concebemos na noite passada.

Depois de dois anos juntos, dessa primeira grande transformação, me vejo querendo mais. Será difícil a adaptação, vejo o quanto Angela aprendeu e mudou. Nesse caso, sei que vou precisar ainda mais do apoio de Booth para entender e julgar o que será melhor para o nosso bebê, ele já tem experiência. Tenho muito a aprender com ele. Dúvidas me afligem e continuarão a aparecer. Porém, o que Angela me disse sobre constituir minha família foi o mais importante ponto a considerar quando decidi ter um bebê.”


Instintivamente, ela passou a mão na barriga.


XXXXXXXXXX



Uma semana depois, Angela invade o escritório de Brennan e desaba na cadeira em frente a ela.

- Ah, estou exausta!

- Layla?

- Não, ela é maravilhosa. Acho que é a mistura de tudo. Trabalho, filha, marido.

- Ainda não posso opinar sobre filhos mas o resto entendo.

- Você pensou sobre aquele assunto? Do bebê? Conversou com Booth?

Brennan abriu um sorriso.

- Sim, eu disse ao Booth que queria um bebê nosso.

A face de Angela que demonstrava cansaço se iluminou com a notícia.

- Isso é fantástico amiga! E como ele reagiu?

- Como Booth. Ficou muito feliz e emocionado. Se tudo der certo, logo saberemos se eu estou grávida.

- Você não perde tempo,hein?!

Elas riram.

- Sou uma pessoa determinada e focada em meus objetivos. Mas chega de falar de mim, o que você precisa? De férias?

- Férias? Não! Já fiquei muito tempo afastada do trabalho e isso eu decido com Cam. Eu estou mesmo é sentindo falta da época em que te arrastava comigo para dançar... nem sei mais o que é pisar numa pista de boate e balançar o esqueleto, extravasar.

- Hum... talvez possa te ajudar. Vou dizer ao Hodgins que você precisa se divertir e mandar ele te levar a uma boate.

- Não, Bren.

- Porque não? É o mais lógico a fazer.

- Bren se você fizer dessa forma, ele vai ficar chateado comigo, vai perguntar se estou com algum problema e porque eu não fui conversar com ele...

- E você está com algum problema?

- Não, só não quero pedir mais nada dele. Jack tem sido um anjo para mim, me apoiando, ajudando. Eu só queria uma folga dessa vida de família, queria uma noite de adultos.

- Ah, entendi...Você não faz sexo a algum tempo e está precisando.

Angela sorriu sacudindo a cabeça mediante as palavras da amiga.

- Não só isso, preciso de um tempo a dois.

- Acho que tenho a solução. Vou falar com Booth. Tenho certeza que ele saberá o que fazer.

- Sim, ele saberá mesmo.

Angela deixou o escritório e Brennan prontamente ligou para Booth.

- Oi, amor.

- Booth, preciso da sua ajuda.

- Diga.

- Angela precisa sair para dançar e transar e não quer dizer ao Hodgins.

- Oh... posso imaginar que essas não foram bem as palavras de Angela. Devo supor que você quer que eu convença o Hodgins a sair com ela?

- Exatamente.

- Ok, vou pensar em algo.

- Sei que vai.

- Te pego no Jeffersonian lá pelas 7?

- Sim. Beijo.

- Beijo.

Por volta das 7 da noite, Booth chega ao laboratório e cumprimenta Angela. Pergunta por Hodgins e ela indica onde ele está. Brennan já estava com todas as coisas`arrumadas apenas esperando por Booth. Conversava com Angela quando Booth e Hodgins apareceram na plataforma.

- Hey, garotas! Eu e meu amigo Hodgins aqui estávamos pensando em nos divertir um pouco. Que tal um encontro de casais?

Angela olhou para a amiga e sorriu. Sabia que ela já tinha pedido ajuda de Booth.

- O que vocês tem em mente?

- Drinks, boate, dança... que tal?

- Parece bom, você topa Angie?

- Mas e a Layla?

- Ela pode ficar com Sarah. A babá de Parker, basta um telefonema. Sexta?

- Ok, sexta!

Brennan olhou para Booth e sorriu. Ele piscou para ela.

- Ótimo. Vamos Bones? Estou morrendo de fome.

- Então pare e compre algo, nem pense que vou fazer jantar.

- Ah,Bones deixa de ser...

Eles saíram dialogando. Angela cruzou os braços e encostou-se na mesa ao lado de Hodgins.

- Olha só esses dois...

- Um verdadeiro casal agora.

- Jack, eles sempre foram um casal. Só não falavam de coisas domésticas.

Eles riram.


Sexta 10 pm


Eles combinaram de se encontrarem no apartamento de Brennan e de lá seguiram juntos para a boate. O lugar é bastante badalado. A música agitada. Booth conversa com o cara a frente da entrada e em cinco minutos eles entram. Foram levados a uma mesa de canto. A batida da música já fazia Angela se balançar. Brennan ria da amiga. Sentaram-se um casal de frente para o outro. Booth chamou uma das atendentes que estava por perto.

- O que vão tomar? Whisky Hodgins?

- Whisky.

- Eu quero uma batida de kiwi com vodka.

- Quero o mesmo que Angela.

- Anotou tudo?

- Sim, senhor já volto.

Angela sacudia os ombros ao som da música. Brennan observava o carinho de Hodgins com ela. Aproveitou e sussurrou no ouvido de Booth.

- Vamos ter que dançar hoje, viu?

- Não mesmo!

- Ah, Booth... dançar faz bem. Relaxa, ativa a circulação e não deixa de ser uma preparação para uma boa noite de prazer.

- Só depois de umas três doses de whisky, Bones.

- Eu vou cobrar...

Ela deslizou a mão até a coxa dele e apertou. Ele riu e voltou a falar no ouvido dela.

- Você já reparou que usa o sexo como arma de chantagem?

- Tenho culpa se funciona com você toda a vez?

Ela gargalhou e ele a beijou.

Algumas conversas e bebidas depois, Angela conseguiu arrancar Hodgins da cadeira para a pista de dança. Assim, Booth e Brennan ficaram sozinhos o que para eles é sempre sugestivo. Brennan estava com um vestido estilo tubinho um pouco acima dos joelhos. Ela sem problemas coloca as pernas para cima do sofá sentando sobre elas e inclinando seu corpo na direção de Booth. Começa beijando o pescoço dele enquanto ele bebe mais uma dose de whisky. A mão dela desliza até a calça dele onde ela acaricia o membro sob o tecido. Ao sentir, quase engasga com a bebida. Ele olha para ela espantado.

- Bones!

- O que foi, Booth?

E sem dar muita trela, volta a beijar o rosto dele. as mãos sobem agora para o peito. E finalmente, ela se volta para os lábios dele. Booth não resiste e larga o copo concentrando-se em saborear a lingua dela que se move freneticamente dentro da boca dele. Agora que ele lhe deu espaço e atenção, ela sentou no colo dele e continuou a beijá-lo. Quando finalmente ficou sem fôlego, ela quebrou o beijo e permaneceu olhando para ele.

- Ainda vamos ser presos qualquer dia...

- Relaxa Booth, nessa escuridão quem se importa?

- Maluca!

- Vamos dançar?

Ela se levantou e puxou-o pelo braço. Booth não teve escolha. A caminho da pista, ela já balançava o corpo no ritmo da música. Achou um espaço na pista e se pos de frente para ele. A música era uma de tantas nas paradas de sucesso. Brennan dançava ao ritmo da música de Bruno Mars.

Yeah I know, I know When I compliment her She won't believe me And it's so, it's so Sad to think she don't see what I see But every time she asks me "Do I look okay?" I say Ela rebolava ao som da música, levantava os braços e Booth sorrindo acabava por entrar na dança incentivando-a com as mãos na cintura dela.


When I see your face There's not a thing that I would change Cause you're amazing Just the way you are And when you smile, The whole world stops and stares for a while Cause girl you're amazing Just the way you are

Ela virou-se de costas para ele e Booth a abraçou por trás beijando seu pescoço. Brennan virou o rosto e capturou os lábios dele nos seus.


Her lips, her lips I could kiss them all day if she'd let me Her laugh, her laugh She hates but I think it's so sexy She's so beautiful And I tell her every day Oh you know, you know, you know I'd never ask you to change If perfect is what you're searching for Then just stay the same

Ela dançando sensualmente, virou-se de frente para ele e Booth sorria. Começou a cantar para ela.


When I see your face There's not a thing that I would change Cause you're amazing Just the way you are And when you smile, The whole world stops and stares for a while Cause girl you're amazing Just the way you are

Ela sorrindo e dançando jogou a cabeça para trás. Booth beijou a extensão da garganta dela fazendo-a gargalhar. Quando voltou a fitá-lo, os olhos imprimiam desejo.

- Você realmente é impressionante...amazing...Deus como eu te amo, Bones!

Ela o abraçou e o envolveu novamente em um beijo sensual. Booth a colou no próprio corpo. Nenhum pensava em parar mas a excitação da pista de dança os forçara a isso. Ao distanciar-se dos lábios dele, ela gargalhou e finalmente respondeu ao comentário dele.

- Sou amazing, Booth.... sei disso.

- Modéstia não existe...

- E por eu ser amazing, você se torna extraordinário. Também te amo, além de estar louca para sair daqui.

Ele a puxou para fora da pista de dança e ao chegarem na mesa, viram Angela e Hodgins no maior amasso. Brennan o fez dar meia volta. Parou a atendente e pagaram a conta. Ela pegou o celular e mandou uma mensagem para Angela avisando que foram embora e porque. Ao estarem do lado de fora, Booth chamou um táxi e a caminho de casa, ela murmurou.

- Mais uma missão cumprida,Booth.

Naquela noite, eles também tiveram seus momentos de glória.


Três dias depois...


Quando chegou ao trabalho, Brennan dá de cara com Angela. O sorriso enorme no rosto.

- E então? Funcionou?

- Ah, e como. Obrigada amiga. Sou outra pessoa.

- Que bom,Angie.

- Como posso agradecer?

- Não precisa, fiz porque gosto de você e sou sua melhor amiga não?

- Sim, uma super amiga com super poderes.

Brennan riu.

- Bren, dá proxima vez que você for ver Layla, traga o Booth....

- Ok.

Naquela mesma semana, Brennan resolveu visitar a afilhada. Levou Booth a tira-colo. Nesses últimos dias, Brennan sentia-se empolgada com a maternidade mas não falara nada para Booth, se realmente ela estivesse grávida ele saberia no momento certo.

- OI, meu amor... sentiu falta da sua dinda?

Ela pegou a menina no colo e começou a sessão de movimentos circulares com a bebê.

- Bones, não faz isso com a Layla. Se ela acabou de comer isso vai fazer mal!

- Ih, Booth eu nem ligo mais. Você já viu a cara de felicidade da pequena?

A garota ria e soltava gritinhos. Brennan ria também e conversava com ela.

- Pra falar a verdade, não sei quem está mais satisfeita. Olha a cara da Bones...

- É meu amigo, está mais do que na hora dela ter o bebê de vocês.

- Ela realmente parece estar pronta não?

- 100% não posso afirmar. Ela vai ter que aprender muita coisa mas vontade, nào tenho dúvidas. É a vez dela.

- Hey, Bones. Posso segurar minha afilhada um pouquinho?

- Você quer ir com tio Booth bobo? Quer?

Ela estende a criança para ele. Booth a aconchega no seu colo. Brennan se afasta e vai ajudar Angela a preparar um pequeno lanche para eles. De soslaio, ela observa o comportamento dele. Sorri. Booth definitivamente sente falta de ter um bebê para mimar.

Hodgins chegou quando eles estavam comendo.

- Oh, a que devo a honra da visita?

Ele beijou Brennan e cumprimentou Booth.

- Nem adianta se empolgar, eles vieram ver Layla.

- Hum... pensando em encomendar uma pra vocês também?

- Sim, na verdade já concordamos e fizemos sexo com esse propósito, nas suas palavras, encomendamos. Só espero que o Booth tenha acertado.

- Sabia que a culpa ainda vai cair sobre mim.

- Isso é ótimo!

- Você sempre disse que seus meninos eram ótimos nadadores...

Todos riram.

- Gente, quando vier está ótimo.

- É Hodgins, isso mesmo.


Duas semanas depois...

Booth estava voltando para casa com duas sacolas de comida do Wong Foo. Antes de sair do FBI, ele ligou para Brennan perguntando o que ela queria comer. Assim, que entrou no apartamento, ele chamou por ela.


- Bones, cheguei... o Wong Foo estava lotado hoje. Esquecemos que era noite de rodízio lá.


Deixou a comida no balcão da cozinha e pegou os pratos, hashis e copos para colocar sobre a mesa.


- E hoje sem chance de comer bolinho de pato, então trouxe uma porção extra de tofu para você.


As coisas estavam quase todas arrumadas, ele abriu as embalagens e tirou duas cervejas da geladeira. Só faltava ela aparecer para comerem.


- Bones, oh Bones! Vai esfriar...


Ele seguiu no corredor e entrou no escritório.


- Bones?


Ela não estava lá. Rumou para o quarto. A cama ainda arrumada, viu a bolsa dela sobre a cadeira.


- Bones, você está ai?


Ele entrou no banheiro. Encontrou ela sentada na tampa do vaso sanitário abraçando as pernas. O queixo apoiado nos joelhos.


- Você não ouviu eu chamar, amor?


Ela nada respondeu. Apenas olhou para ele. Booth percebeu que algo acontecera. Ajoelhou-se ao lado dela. Colocou sua mão sobre a dela.


- O que aconteceu, Bones?


Ela nada disse. Booth então percebeu uma embalagem de tampax sobre a pia do banheiro. Entendeu tudo. Com carinho ele passou a mão pelos cabelos dela. Beijou-lhe o rosto.


- Eu não estou grávida Booth. Acabei de entrar no meu período.


- Hey... tudo bem. Ninguém disse que acertaríamos de primeira, isso não é uma competição.


- Mas eu já estava me sentindo grávida,Booth... não sei explicar.


- Eu sei, você está ansiosa. E quando fica assim, você pode atrapalhar o processo. Vai acontecer,Tempe. Naturalmente.


Ele se levantou e beijou o topo da cabeça dela.


- Vem, vamos jantar. Eu prometo para você que nós vamos engravidar ainda esse ano.


Ela se levantou e o abraçou. Booth pode sentir a lágrima quente na camisa.


- Eu te amo, Seeley Booth.


Ele a beijou entre os cabelos e a arrastou para a sala com ele. Jantaram quase em silêncio, trocaram poucas palavras. Depois Booth arrumou toda a cozinha e foi para o quarto com ela. Brennan estava assistindo o noticiário na tv. Tomou um banho rápido e apenas de boxer, sentou-se ao lado dela. Ajeitou os travesseiros e após encostar na cama, puxou-a para si aconchegando-a em seus braços. Brennan deixou a cabeça pender no peito dele.


- Não gosto de te ver assim. Cadê a cientista destemida que não se deixa abalar? A Dr.Brennan que eu conheço diria que eu falhei biologicamente e que seu organismo estava fechando mais um ciclo reprodutivo como manda a ciência. Não é verdade?


Ela o encarou.


- Viu o que dá você tentar mudar o meu modo de pensar?


- Ah, não com essa não concordo. Não mudei nada, apenas trouxe a tona o seu lado escondido. Agora teremos que esperar o ciclo se fechar para tentarmos novamente. A prática leva a perfeição, doutora.


Ela sorriu.


- De uma coisa não posso me queixar, você não nega fogo Bones.


- Só eu?


Ele riu. Beijou-a levemente nos lábios.


- Não, somos dois malucos e por isso conceber um bebê deve ser algo bem divertido para nós. Sei que você pensa assim também. Um dia de cada vez, Bones... e quando você menos esperar vai me dizer que está grávida.


- E qual será sua reação?


- Vou gritar de felicidade...


- Obrigada Booth, você é extraordinário...


- And you’re amazing, just the way you are…


Ela riu ao ouvi-lo cantarolar. Sabia que ele tinha razão, quando ela menos esperar, estaria grávida.



Continua......