terça-feira, 28 de junho de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.16

Cap.16

Dois dias depois....





Após um plantão de 24h, Brennan voltou para as 7 da noite para o seu apartamento. Já estava sem roupa. Ao chegar em casa, encontrou Angela fazendo comida.




- Amiga.....que bom te ver!



- Oi, Angie!



- Vem cá me dá um abraço. Como vai a minha pequena?



- Muito bem e você já pode chamá-la pelo nome. Katherine.



- Ah, adorei o nome! Você que escolheu?



- Sim, mas o Booth gostou também.



Angela se abaixou e acariciando a barriga de Brennan começou a conversar.



- Hey, Kat...é a sua dinda Angela. Estou tão feliz que você está chegando. Vou ensinar um monte de coisas para você que a sua mãe não sabe, a parte boa e legal, a chata eu deixo pra ela, aquelas da ciência sabe?



- Angie....



Angela riu.



- Quer jantar? Tem salada, uma sopa de lentilhas....que tal?



- Pode ser, você deixa eu tomar um banho antes? Acabei de sair do plantão.



- Ok, te espero.



Meia hora depois elas estavam sentadas a mesa uma de frente para a outra. Brennan comia com gosto a sopa e Angela resolveu saber das novidades na vida da amiga.



- Pensei que você nem voltaria aqui nesse apartamento agora que tem a chave de Booth. Quer dizer, você passa muito mais tempo lá.



- Nem tanto, Angie. Passo muitas noites no hospital e venho aqui também mas meus horários durante o dia não casam com os seus.



- E a minha pequena Kat? Tá de dando trabalho?



- Não, tirando as caimbras acho que a minha gravidez está indo muito bem.



- E o Booth? Muito babão?



- Como? Brennan franziu a testa sem entender direito o que a amiga queria dizer.



- Ele tem jeito de alguém que adora mimar as pessoas que gosta, é só ver o que ele faz por você. Isso pode ser um problema porque eu também vou mimar demais a minha afilhada. Sendo assim, seremos 2.



- Três, ou você acha que não terei vontade de mimá-la?



- Claro! Eita que Kat será uma verdadeira princesa.



- É, espero que ela tenha tudo que eu não tive. É meu compromisso com ela. Sei que Booth também fará o possível para que isso aconteça. Sabe Angie, eu fico admirando o jeito como ele cuida de mim, ou como ele conversa com ela, parece que ela está entendendo tudo. No início achei um pouco estranho, afinal era um feto ainda muito pequeno porém acabei me dobrando e hoje acho tão bonito o jeito dele com a nossa filha...



- Você tirou a sorte grande, amiga. Parece que tudo que você passou e lutou para conquistar no passado, as suas dúvidas, seus medos, tudo está sendo recompensado com essa fase mágica que você está vivendo. Booth foi sua recompensa.



- É, bem diferente do que eu imaginei que ia acontecer na minha vida. Quer dizer, grávida? E você sabe o que é o melhor disso? Aprendi em menos de dois anos mais do que aprendi durante a minha vida inteira sobre algo que não é ciência. Booth me ensinou. As vezes sinto que me tornei um pouco dependente dele nesse aspecto e isso me assusta.



- Não, Bren. Você não deve pensar assim. Booth faz bem para você e pronto! Não fique criando histórias ou suposições na sua cabeça que não existem. Apenas aceite o fato de que você está feliz e que essa é a sua nova vida agora.



Brennan sorriu.



- Vai dormir aqui hoje?



- Vou. Quero ficar com a minha melhor amiga.



- Ah isso é ótimo e sabe porque? Temos muita coisa para resolver sobre seu enxoval, as coisas de Kat, precisamos comprar roupas para você e para ela....



- Calma Angie, ainda temos tempo.



- Sweetie, o tempo voa. Quando você menos esperar vai estar segurando a pequena Katherine nos braços e nem quero ver você lembrar que não comprou isso ou aquilo e eu tendo que te dizer aquela famosa frase : Eu te disse!



E assim elas passaram boa parte da noite, fazendo planos e organizando a vida de Katherine. Angela fez uma lista enorme com coisas que nem Brennan lembrava ser importante e outras que ela sabia serem exageros da amiga. Mais tarde quando se recolheu para dormir, Brennan pegou o celular e ligou para Booth.



- Hey, Tempe!



- Oi,Booth...



- Onde você se meteu amor? Senti sua falta hoje.



- Tive que vir para casa. Estava sem roupas. Além disso, você precisa sentir um pouco de saudades de vez em quando caso contrário pode enjoar de mim.



- Tempe isso nunca vai acontecer. Não posso enjoar de você. E estou com saudades da minha Katherine...



- Ah, então não é bem de mim que você sente falta...



- Deixa de ser ciumenta. Poe o celular perto da barriga para eu falar com ela.



- De jeito nenhum Booth... vou colocar no viva-voz.



E ela o fez.



- Pronto. Fale com ela agora.



- OI, meu amor... papai está com saudades, sua mãe resolveu me deixar sozinho hoje. Faça ela conversar com você, logo hoje que ia cantar para você...



- Cantar?



- É, aliás você me disse que cantava. Porque não faz isso agora? Cante para Katherine, vai amor...



- E-eu não canto assim, preciso de preparação, inspiração.



- Mais inspiração do que eu e a sua filha?



Ela revirou os olhos. Sabia que ele não ia desistir fácil.



- Tem uma música meio antiga que gosto. Não sei se você conhece... eu não a canto a muito tempo porque eu me desiludi com ela.



- Tente.



Catch a falling star an' put it in your pocket,
Never let it fade away!
Catch a falling star an' put it in your pocket,
Save it for a rainy day!
For love may come an' tap you on the shoulder,
Some star-less night!
Just in case you feel you wanna' hold her,
You'll have a pocketful of starlight!
Catch a falling star an' ( Catch a falling . . . ) put it in your pocket,
Never let it fade away! ( Never let it fade away! )
Catch a falling star an' put it in your pocket,
Save it for a rainy day!
( Save it for rainy day! ) Save it for a rainy day!


- Que lindo....



Ela ri.



- Você devia cantar mais sabia?



- Vou levar isso em consideração.



- Você está de plantão amanhã?



- Vou mas prometo ir dormir com você tá?



- Que bom. Boa noite minhas princesas. Ops, minha princesa e minha rainha.



- Boa noite, amor.



Ela desligou o celular e preparou-se para dormir.



No dia seguinte após o plantão, Brennan foi direto para o apartamento de Booth. Encontrou-o deitado no sofá com uma bolsa de gelo sobre a testa.



- Booth? O que aconteceu?



- Estou com muita dor de cabeça.



Ela abaixou-se e beijou-o. Booth sentou-se no sofá e beijou a barriga dela.



- Você já tomou algum analgésico? Sente mais alguma coisa?



Ela tocou-lhe a testa e o pescoço. Ele estava com a pele morna. Brennan tirou da bolsa um termômetro e colocou na boca de Booth. Ele reclamou mas ela não deu ouvidos a ele. Foi até a cozinha e achou um remédio que era analgésico e anti-térmico. Voltou com um copo d’água. Checou a temperatura.



- Você está com 38 graus. Tome esse remédio.



Booth obedeceu. Estava sentindo-se cansado.



- Vou preparar uma sopa para você, vai ajudar a baixar a temperatura. Porque não vai deitar no quarto?



- Eu vou ficar bem, Tempe. Não precisa se preocupar.



- Claro que preciso. Não quero que piore e também não quero ficar doente. Larga de ser teimoso e ouça a sua médica. Vá se deitar um pouco.



Ele se levantou do sofá e abraçou por trás. Beijou-lhe o pescoço.



- Adoro quando você se preocupa comigo.



Ela riu e foi para a cozinha. Depois que acabou de preparar a sopa, ela serviu dois pratos e colocou sobre as bandejas que Booth possuia próprias para comer no quarto. Tirou umas torradas do forno e salpicou um pouco de azeite e orégano sobre as sopas. Com cuidado, ela levou primeiro uma bandeja até o quarto. Ele tinha os olhos fechados. A tv estava ligada.



- Booth?



Ele virou-se para ela. Ao ver que tinha a bandeja na mão, ele sentou-se e ela o entregou a bandeja.



- Está cheirando... você não vai comer?



- Vou.



- Vou esperar você.



Ela foi até a cozinha e buscou sua bandeja. Sentou-se ao lado dele na cama. Satisfeito, Booth finalmente começou a comer.



- Está gostoso... obrigado amor.



- Por nada, quero que se alimente e fique bem logo.



Comeram em silêncio. Quando terminaram, ela recolheu as bandejas e voltou ao quarto. Booth já começava a suar. Era o primeiro sinal de que a febre estava cedendo. Brennan foi até o armário do banheiro e voltou com uma toalha de rosto. Esfregou com cuidado no rosto dele tirando o excesso.



- Está se sentindo melhor?



- Um pouco.



- Deite-se no meu colo.



Brennan se encostou e acomodou o corpo contra a cabeceira da cama apoiada em travesseiros. Booth deitou sua cabeça no colo dela, bem próximo a filha. Brennan acariciava os cabelos deles. Aos poucos, Booth foi relaxando e fechou os olhos. Vinte minutos depois já ronronava e Brennan soube que ele adormecera realmente. Cuidadosamente, ela o arrumou na cama. Levantou-se com cuidado e foi ao banheiro. Quando voltou já de camisola, ela colocou a mão sobre a testa dele. Respirou aliviada. A febre cedera e ele já retornara a temperatura normal. Beijou-lhe a testa.



- Boa noite, Booth.



Na manhã seguinte, ela levantou muito cedo. Tinha que entrar no hospital as seis da manhã. Após o banho, ela checou como ele estava. Booth dormia pesado. Não tinha febre. Um bom sinal. Arrumou-se e beijando-lhe o ombro deixou o quarto. Escreveu um monte de recomendações em um bilhete e pregou-o na geladeira com um magnético dos Yankees.



As coisas no hospital estavam agitadas e Brennan não tivera tempo de ligar para o namorado até o meio-dia. Após checar sua agenda para a tarde, ela finalmente pode ligar para ele. Booth atendeu com uma voz cansada.



- Hey, Booth. Como você está?



- Dolorido, espirrando e a febre voltou.



- Você está trabalhando?



- Não, não consegui.



- Desculpe só ligar agora, meu dia está uma loucura.



- Tudo bem.



- Você já tomou remédio para a febre? Tem um descongestionante nasal no seu armário do banheiro.



- Eu estou bem, não se preocupe.



- Tem certeza?



- Tenho, Tempe. Vou ficar bem. Trabalhe tranquila.



- Eu ligo mais tarde para você, tá?



- Tá. Um beijo.



Virose. Tomara que Booth melhore logo. Ela se sentia um pouco culpada por não estar lá cuidando dele mas também tinha outras pessoas que dependiam dela.



Como se o dia de Brennan já não tivesse agitado o bastante e com preocupações demais, a consulta de sua paciente das 3 da tarde ainda trouxera algo delicado para Brennan cuidar. Martha estava com seis meses e meio de gravidez, fazia o pré-natal regularmente com ela e esperava um menino. Esta deveria ser mais uma consulta de rotina, infelizmente o ultrasom revelou outra coisa.



Brennan já havia feito a primeira parte da consulta e Martha agora estava deitada sobre a maca esperando Brennan ligar o aparelho de ultrasom. Os primeiros movimentos do sensor mostravam um bebê saudável.



- Eu já estou decorando o quarto dele, doutora. Todo em tons de azul. James implica comigo mas está enfeitado cheio de carrinhos. Eu acabei concordando em chamá-lo de Christopher como meu marido queria, homenageando o avô dele.



- Mas Christopher é um bonito nome, forte. E você pode chama-lo por Chris.



- Foi nisso que me peguei. E você, já decorou o quarto da sua filha?



- Ainda não, estou fazendo aos poucos.



Ao olhar para o monitor, Brennan franziu a testa. Ajeitou o sensor e olhou mais uma vez. Não convencida com o que via aumentou a escala e checou alguns parâmetros.



- Você está bem? Sentiu alguma coisa diferente nessas últimas semanas?



- Não, porque? Algo errado com o meu bebê?



- Não sei ainda. Pode ser apenas impressão mas acredito que o coração está mais lento. Vou fazer um eletro só para ter certeza.



Ela pegou o telefone na sala de exames e chamou o Dr.Bray. Ela precisava de uma segunda opinião, apenas para garantir que seus olhos não a enganavam. Nesse momento, sabia que o bebê de Martha apresentava um problema e a única solução que ela tinha no momento era fazer uma cesariana e tentar salvá-lo fora do ambiente protegido do útero da mãe.



Wendell entrou na sala.



- Chamou Dr.Brennan?



- Sim, Dr.Bray. essa é Martha. Ela está com seis meses e meio de gravidez e eu gostaria que você me acompanhasse nesse eletro. Me diga o que vê, ok?



Brennan começou o exame. Aos poucos, Wendell aproximou-se dela pra melhor avaliar e fazer o diagnóstico. Ele sabia que havia algo errado. Ele observava com cuidado cada detalhe e suspirou. Sim, tinha algo bem errado. Brennan desligou o aparelho e olhou para ele.



- Martha, nós voltamos num minuto.



- Doutora, eu...



Brennan segurou a mão da paciente a sua frente. Sabia que ela estava com medo.



- Acalme-se, eu já volto.



Brennan e Wendell estavam no consultório dela. Ele mordia os lábios.



- O que você viu?



- O bebê tem um problema de má formação do coração. Ele precisa ser operado.



- Precisamos fazer uma cesariana.



- Seis meses e meio....não conseguimos esperar até ela completar sete meses? São apenas duas semanas.



- É arriscado. Ele pode piorar e até morrer em duas semanas. Precisamos contar a ela. Ligue para o marido. Peça para vir ao hospital. Vou interná-la mas operarei apenas amanhã. Ela precisa digerir a notícia com o marido.



- Tudo bem, vou pedir a Patricia para localizar o marido.



- Ok, e volte lá na sala. Você vai me assistir nesse procedimento.



Brennan passou a mão no rosto e suspirou. As próximas horas não seriam nada fáceis para ela, Martha e o pequeno Christopher.



Ela explicou tudo o que vira no ultrasom para Martha. Falou sobre o problema do bebê e o que ela precisaria fazer para tentar salvá-lo. Não escondeu nada dela. Falou dos riscos de operar e dos de não operar. Martha estava aflita. Era seu primeiro filho. Ela chorava e Brennan tentava confortá-la. Quando o marido chegou, Brennan teve mais uma maratona para enfrentar, Wendell estava com ela durante as explicações e por fim, os pais se convenceram que precisavam confiar e entregar seu bebê nas mãos de Temperance Brennan.



Após sair da sala, Brennan pediu a Patricia para agendar a cirurgia para as 10 da manhã. Também pediu a Wendell para sair do hospital as 9 da noite mesmo que seu plantão fosse até a meia-noite. Ela precisaria dele pela manhã e não queria arriscar nada.
Eram seis da tarde quando Brennan conseguiu colocar os pés fora do hospital e seu primeiro ato foi ligar para Booth.



- Oi, Booth....você melhorou?



- Um pouco.



E ela pode ouvir o espirro forte do outro lado do telefone.



- Não adianta mentir para mim. Está com febre?



- Agora não.



- Booth...



- OK, estou.



- Você viu o meu bilhete? Tomou os remédios? Qual a temperatura?



- Hey,,,hey... calma. Tomei o remédio para febre que estava 38,5 graus.



- Já se alimentou?



- Tomei um café com pão.



- Você precisa comer!



- Tempe, não se preocupe. Vou ficar bem. Melhor você não vir aqui hoje tá? Você já passa o dia em contato com doentes, não quero que você pegue essa virose.



- Tem certeza? Melhor eu ir para...



- Não. Você saiu muito cedo. Teve um dia cheio, vá descansar. Eu me viro.



- Pelo menos tome um banho para ajudar a baixar a febre e prometa que se você piorar vai me ligar.



- Tá bom, prometo.



- Um beijo e se cuida Booth.



- Outro linda.



Brennan foi para o apartamento de Angela ainda preocupada. Agora duas coisas a deixavam alertas: Booth e a cirurgia de amanhã. Angela se surpreendeu que ela voltara para dormir no apartamento mas logo que Brennan explicou entendeu a amiga. Elas jantaram e Temperance recolheu-se cedo para seu quarto.



Porém, por mais que tentasse ela não conseguia relaxar. Estava preocupada com o procedimento que teria de realizar amanhã. Pensou em Martha, ela devia estar muito apreensiva. Agora, ela podia entender ainda melhor a aflição das mães ao se depararem com algo estranho ou que ameaçasse a vida de seus filhos. Ela acariciou a barriga e falava baixinho com a filha. Fechou os olhos. Ela fazia um esforço muito grande para tentar dormir sem sucesso. Checou o relógio. 11 da noite. Resolveu ligar para ver como Booth estava. Falaram-se por quase meia-hora. Booth sentia-se um pouco melhor e a febre sumira. Assim que desligou, virou-se na cama e fechou os olhos esperando que o sono a atingisse dessa vez.



Ela adormecera mas tivera um sono agitado. Sono com pesadelos. Brennan se via passando por algo parecido ao de Martha. Katherine corria perigo de vida e dessa vez ela não podia salvar a própria filha. Mexeu-se bastante na cama e acordou sobressaltada. Checou o relógio. 5 da manhã. Ela não conseguiria dormir mais. Levantou-se e decidiu arrumar-se e ir ao hospital. Renderia mais dedicando-se a prepraração da cirurgia.



E era assim que Temperance Brennan agia em momentos críticos. Concentrava-se e passava a esquecer qualquer emoção que pudesse interferir no processo. Era somente razão nesse momento. Precisava ser apenas racional e aliar-se a ciência para salvar essa vida.



As 10 em ponto começara a cirurgia. Foram cinco horas de procedimento. Ela fizera tudo o que estava ao seu alcance e agora só dependia da recuperação do pequeno Christopher. Ela o colocou na encubadeira. Ficou observando aquele ser tão indefeso, tão pequeno cercado de tubos por todos os lados. Precisava que ele lutasse, tinha que vencer essa guerra.



Ela conversou com os pais junto com Wendell e explicou que eles teriam que esperar pelas próximas 48h que seriam cruciais para a recuperação de Chris. Saindo da sala, Brennan se sentou em um dos bancos do corredor. Estava exausta. As pernas doíam. A noite mal dormida começava a incomodar. Ela precisava descansar, mais que isso, ela precisava de Booth, tinha ao menos que ouvir sua voz.



Ligou para ele.



- Oi, amor...



- Hey...é tão bom te ouvir. Como você está?



- Bem melhor, Tempe. Não tive mais febre e não estou mais fungando. Acho que estou curado.



- Não tão rápido. Continue tomando o remédio que deixei. Não pode interromper o tratamento.



- Certo doutora.



Ela riu.



- E você? Muito trabalho?



- Sim, tive um dia cheio e está longe de terminar.



- Você não vem para casa?



- Não hoje. Amanhã. Preciso ficar aqui.



- Hey, Tempe não abuse. Lembre da nossa pequena.



- Estou bem, Booth. Amanhã nos vemos tá?



- Se cuida minha médica preferida e converse com a Katherine.



- Pode deixar.



Ela sentia-se melhor apenas por ouvir a voz dele. levantou-se e seguiu para o conforto médico. Ela dormiu por quatro horas e acordou assustada. O cansaço era tanto que esquecera onde estava. Quando lembrou, levantou-se e foi depressa a UTI infantil. Chris estava ainda respirando com aparelhos. Estava estável o que era um bom sinal. Checou as anotações de Wendell. Satisfeita, decidiu ir a cantina comer algo.



Já se passaram 15 horas após a cirurgia e quando ela entrou na UTI as sete da manhã, Brennan sentou-se ao lado da encubadeira e conversou com o bebê. Falou da mãe dele, do pai e da sua Katherine. Ela tentava manter um contato com a criança para mostrar de alguma forma que ele não estava sozinho. A mãe entrou na sala pouco mais de 8 horas e ficou por um bom tempo velando o sono do seu filho. Então Chris provou que era um lutador. O ritmo cardíaco começou a ficar mais forte e isso animou-a. Ele lutaria e sobreviveria. Com um sorriso, ela deixou a mãe curtir seu momento com o bebê.



Brennan encontrou Wendell tomando café. Desde a noite passada quando sonhara que havia algo errado com Katherine, um pensamento incômodo pairava na sua mente. E ela era teimosa, como Booth mesmo gostava de dizer e por isso mesmo não sossegaria até ter certeza, até tirar essa dúvida da sua cabeça de vez.



- Dr.Bray?



- Olá Dr.Brennan.



- Preciso de um favor.



E Brennan explicou o que queria a Wendell. Claro que ele falou que ela apenas se envolvera demais com o caso porém, ele entendia sua preocupação e concordou em fazer os exames que ela queria. Quinze minutos depois, Wendell tirava seu sangue e fazia um eletrocardiograma seguido de ultrasom. Duas horas depois os resultados chegaram. Tudo normal. Brennan respirou aliviada após dois dias de agonia.



Antes de deixar o hospital naquela tarde, ela visitou mais uma vez seu paciente. Ele continuava reagindo. Feliz, ela deixou o hospital. Tudo o que queria era estar nos braços de Booth agora.
Ao chegar no apartamento, ela se jogou sobre ele e o abraçou bem forte. Beijou-o por uns bons minutos. Após sentir-se melhor, Booth sorriu e perguntou.



- Tudo isso era saudade?



- Sim, saudades de você e de certa forma de um pouco de companhia masculina. Eu tive dois dias bem difíceis. Tive medo mas agora está tudo bem. Estou aqui com você, pra você. Eu e Katherine.



- Quer conversar sobre isso?



- Não, apenas quero dormir ao seu lado.



Ele se ajoelhou e beijou a barriga dela.



- Hey, Katherine... como vai minha menina? Mamãe fez você trabalhar muito nesses dias não? Papai estava com saudades de você. E da mamãe também. Ela fica com ciúmes se eu dizer que foi só de você.



Brennan riu.



- Já vi que está melhor. Seu lado implicante está de volta.



- Sim, estou muito melhor. 110%.



- Booth, a porcentagem só é aceita até 100%....



- Tá, lá vem você...viu isso Kat? Espere ela te ensinar essas coisas....



- Vamos pro quarto, Booth. Você me deve uma boa noite de sono.















Continua....

sexta-feira, 24 de junho de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.42

Cap.42






Eles entraram no consultório e sentaram-se de frente para a mesa da médica. Ainda estavam apreensivos.



- Como vocês estão?


- Estamos bem.


- Sabe Temperance, você está cada dia mais bonita. Sua pele, o rosto, só não entendo essa ruga de preocupação. Porque?


- É que estamos de certa forma, ansiosos por saber o sexo do bebê.


- Ah, entendo. Mas, uma coisa de cada vez. Como você se sente? Alguma reclamação, dores...


- Na verdade não, tenho me sentido muito bem, tenho me alimentado bem, bastante frutas,verduras.



- Eu tenho uma preocupação. A Bones come muito essa coisa natureba, granola,soja, frutas mas as vezes acho que ela deveria tomar mais leite, comer mais proteína.



- Mas eu tomo leite de soja, como lentinhas,feijão...é proteína!



- Não se preocupe, Booth. A alimentação vegetariana não tem nenhum problema para a grávida especialmente quando bem balanceada.



- É mas outro dia ela estava comendo melão com sal. Isso faz mal.



- Eu não estava exagerando com o sal, apenas me deu vontade.



- Um vez ou outra, tudo bem. Porém, você tem que ficar de olho. Você já entrou no segundo trimestre de gravidez e isso faz com que o seu organismo possa começar a sentir caimbras, os pés começam a inchar portanto muita cautela com o sal.



- Por enquanto não estou sentindo nada disso.



- Ótimo! Que tal se trocar para nós começarmos o exame?



Brennan se levantou e dirigiu-se a salinha de exame. Cinco minutos depois, ela já estava de bata. Subiu na balança e a médica anotou o peso. Depois, mediu a circunferência da barriga. Tudo bem. Brennan sobe na maca e posiciona-se para o exame. A médica passa um tempo fazendo o exame silencioso.



- Tudo muito bem. Vamos ao ultrasom?



Booth se aproximou dela. A médica passa o gel sobre o ventre dela. Liga o aparelho e as primeiras imagens começam a aparecer no vídeo. Ambos tem os olhos vidrados no monitor. Booth entrelaçou a mão na dela. A médica confere os dados do bebê.



- Tudo muito bem por aqui mas vamos ao que interessa, o sexo do bebê. Não vou me demorar em revelar o que vocês tanto querem saber. Estam vendo as pernas do bebê aqui ?



Eles acenam positivamente com a cabeça.



- Se vocês repararem, o bebê está com os joelhos bem juntinhos e quase na altura do peito, a posição fetal característica. Quando olhamos um bebê dessa forma é quase impossível deduzir erroneamente o sexo. Opa, agora ele está se movendo de frente. Viram? Nenhum saco escrotal, nenhum pênis.



Brennan segurou a respiração, apertou a mão de Booth.



- Parabéns, vocês terão uma linda menina!



O coração de Brennan batia acelerado. Mordia os lábios tentando conter a emoção mas as lágrimas já se formavam nos olhos. Ela olhou para Booth que tinha um sorriso aberto de orelha a orelha. Ele beijou a testa dela. E ambos riam com as testas coladas.



- Uma menininha.....ah. Bones! Estou tão feliz!



- Sim, uma menina....


A médica sorriu e desligou o aparelho de ultrasom. Eles já se beijavam. Faziam uma comemoração própria. Ela deixou-os sozinhos por um tempo. Na verdade, nem sequer notaram a ausência da médica. Estavam tão absortos no momento e na revelação que tiveram que somente pensavam em se abraçarem e curtir a notícia.



- Booth....eu nem sei o que dizer...eu nunca pensei que essa notícia fosse mexer tanto comigo. Uma garotinha.



- Nossa garotinha.



- A Angela acertou. Ela disse que seria menina porque era importante para mim e para a Anne.



- Bones eu fico ainda mais feliz e satisfeito de ver o quanto você está feliz. Eu estou explodindo de felicidade. Isso só me faz querer ficar cada dia mais a seu lado. Te amar mais. Obrigada por me dar essa chance de te fazer feliz, obrigado por me dar uma filha. I love you.



- Love you more...



Ele a beijou apaixonadamente. Ajudou-a a se levantar da maca e eles se abraçaram novamente. Ao encostar a cabeça no peito dele, Brennan sentiu o coração acelerado dele. O rosto de Booth estava iluminado de felicidade e marcas de lágrimas na bochecha. Ela suavemente passou a mão enxugando-as.



Finalmente, eles apareceram de volta ao consultório. Brennan já se trocara. A médica estendeu uma nova receita de vitaminas para Brennan e a foto do ultrasom juntamente com o DVD. Ela sabia que esse casal estava muito emocionado e que eles seriam pais exemplares. Tinham um jeito diferente mas todo especial de lidar com a situação. Havia muito amor no ar. Ela já atendera muitos casais e trouxera várias crianças ao mundo porém, aqueles dois tinham algo diferente que ela vira pouquissimas vezes nesses quinze anos de carreira.



- Bem, depois dessa notícia vocês ainda tem alguma pergunta? Dúvida?



Booth mexeu-se desconfortável na cadeira. Ela percebeu que tinha alguma coisa o intrigando. Ele ainda não sabia como abordar o assunto, diferente de Brennan, ele não sabia ser tão direto quanto a certos assuntos.



- Booth? Você quer me perguntar algo?



- Bem, é... na verdade tenho uma dúvida. Você lembra quando falou para nós sobre...se-, relações...



- Ah, sobre manter relações, claro. Está tudo bem nessa área imagino?



- Ah sim, tudo ótimo! Brennan antecipou-se na resposta conhecendo a timidez de Booth em falar sobre o assunto.



- Certo. E isso deve continuar afinal, a Temperance está entrando no período onde os hormônios estão a mil.



- E-eu notei que ela vem querendo fazer amor com uma frequencia mais curta, querendo mais...


- Na verdade, eu e Booth sempre fomos muito ativos mas acredito que o que ele quer dizer é que eu sinto muito mais desejo de manter relações e isso independe da hora.


- Booth, relaxe. É completamente normal nesse período da gravidez. Apenas aproveite e supra o desejo dela. Não precisa ficar preocupado ou encanado com a frequencia ou o ato em si. Vivam os bons momentos da gravidez.



Ele suspirou aliviado e sentiu a mão de Brennan na perna dele como se tentasse acalmá-lo.



- Ok, doutora. Já entendi. Você acaba de dar munição a Bones...



Ela riu.



- Não reclame, muitos gostariam de estar no seu lugar.



- Eu sei.



- Sua próxima consulta é daqui a 4 semanas mas se tiver qualquer dúvida, basta me telefonar ok?



- Obrigada, doutora.



Brennan se levantou e Booth apertou a mão da médica agradecendo. Com a mão nas costas dela, ele a guiou para a saída.




No caminho de volta ao Jeffersonian, ele parou na frente de uma loja de artigos para aniversários.



- Fique aqui. Eu já volto.



- Booth, o que você vai...



Mas ele já sumira da vista dela apenas para aparecer uns 10 minutos depois com três balões envoltos numa mão e uma sacola na outra. Entrou no carro e acomodou os balões na parte de trás. Cor de rosa metalizados e com a frase clássica “It’s a Girl!” em destaque neles. Entregou a sacola para Brennan. Sorria como uma criança.



- Booth...esses balões....



- Vamos comemorar, Bones.



Ele abriu a sacola e tirou uma tiara de princesa colocando na cabeça dela. Brennan riu. Gostava de ver o jeito espontâneo e de moleque que Booth mostrava em certa situações. Essa era uma delas. Ele pegou uma cartela de adesivos e abriu distribuindo nela e nele. Os dizeres eram sempre os mesmos. Tirou um enfeite de carro que dizia “Dad’s little princess” e pendurou no carro.



- Que tal?



- Você é doido. Booth.



- Sou mesmo! Doido por você e por essa pequena.



Ele acariciou a barriga dela e falou.



- Papai te ama muito. Você e a mamãe.



Ela abriu um sorriso para ele e Booth tornou a dirigir. Quando chegaram no Jeffersonian com todos os adesivos e os balões, Angela deu um grito.



- É menina!!!



Ela correu até a amiga para abraça-la. Beijou-lhe a bochecha e sussurrou.



- Não te disse?



Depois foi a vez dela gritar e abraçar Booth que também falava alto e festejava. Cam não sabia o que estava acontecendo na plataforma, porque tanto barulho e ao encontrar os três e reparar os balões, entendeu tudo. Foi até eles e também os cumprimentou. O mesmo fizeram Hodgins e Mr. Nigel-Murray que não perdeu a oportunidade de soltar uma de suas pérolas.


- Vocês sabiam que a proporção de gravidez que geram crianças do sexo feminino é o triplo da masculina? Elas também resistem 33% mais que os meninos em partos de risco.



- Muito obrigada pela informação Sr. Nigel-Murray. Aposto que a Dr. Brennan está bem mais aliviada por saber disso.



- Sempre disposto a ajudar.



Ele disse mediante um sorriso.



- E porque vocês estão aqui? Vão para casa!



- É, concordo com a Cam. Bren, vai para casa. Espera! Seu pai já sabe?



- Oh, não... vou ligar para ele.



Brennan pegou o celular e discou. Ao segundo toque, ele atendeu.



- Oi, filha.



- Pai, você vai ser avô de uma garotinha.



- Sério? Isso é tão bom....ah filha! Parabéns! Mais uma menininha na minha vida. Vou preparar algo para quando vocês chegarem. Um lanche especial.



- Pai não precisa....



- Que isso! É o mínimo que posso fazer...


- Não, vamos todos jantar e você vai junto. Quero todos os meus amigos comemorando. Eu passo para pegar o senhor.



- Tá. Um beijo.



Ela desligou e olhou para Booth que ainda estava contando radiante para Cam a sensação que experimentava.



- Booth, ligue para o Parker. Vamos ao Founding Fathers. Você também, Angie. Vá pegar a Anne em casa.



- Sim senhora. Posso levar um balão desses?



- Claro!



- Encontro vocês em uma hora.




Founding Fathers




Estavam todos reunidos numa grande mesa, Brennan, Angela, Hodgins, Max, Cam, Vincent Nigel-Murray. Booth acabara de chegar com Parker que foi correndo em direção a ela.


- Bones! Meu pai me contou, vou ter uma irmãzinha.



- Você gostou?



- Claro! E não se preocupe vou cuidar dela, proteger sabe? Assim como o papai protege a você?



Ela beijou o menino e agradeceu. Booth deu um beijo nela e sentou-se ao seu lado. As conversar na mesa eram diversas porém todas relacionadas a notícia ou a maternidade. Quando todos já estavam devidamente com suas bebidas, Max bateu a faca em sua taça pedindo atenção de todos. Assim que conseguiu, iniciou o discurso.



- Quero aproveitar a oportunidade de ter vocês todos reunidos pra dizer algumas coisas. Esses momentos para mim são raros mas sei que eles fazem parte do dia-a-dia de vocês. Quero agradecer por de forma meio torta, terem se tornado a família da minha Temperance. Os meus erros influenciaram a maneira fria e racional de Temperance ver o mundo porém, aos poucos, por causa de pessoas como Angela e Booth, ela conseguiu perceber como as emoções são importante na vida de uma pessoa. E vocês a acolheram. E isso me deixa muito feliz. Estou tão emocionado nesse momento... não esperava ganhar uma netinha. Obrigado a todos, Booth você em especial por amar tanto a minha filha. E Temperance, você será uma mãe maravilhosa. Saúde!



Todos levantaram os copos e repetiram as palavras. O tintilhar dos copos e as risadas ecoavam pelo restaurante. Conversavam alegremente. De vez em quando, Booth roubava um beijo de Brennan. Eles comiam e bebiam.


Hodgins tirou uma brincadeira com Booth.


- É, Booth... você tem jeito de quem arrasou muitos corações quando jovem, deve ter sido um garanhão, popular... aterrorisou muitos pais que ficavam imaginando o que você poderia fazer a filhas deles. Como são as coisas não? Agora, chegou a hora da vingança. Quando você menos perceber sua filha cresceu e você vai passar pelo que eles passaram. Bem-vindo a vida de fornecedor! Fico feliz de não ser o único.



Booth deu uma gargalhada por causa do desabafo de Hodgins e brindou com ele a isso.



Angela se ateve a falar sobre várias coisas interessantes que ela usou ou fez com Anne e que Brennan podia aprender com ela. Ela via como a amiga estava animada.



- O melhor de tudo isso é que elas podem ser BFF como nós. Você já sabe que eu serei a madrinha certo? Nada mais justo.



- Eu não poderia pensar em outra pessoa para o papel.



- Que bom!



Angela bebeu mais um pouco do vinho e ia falar alguma outra coisa para Brennan quando se lembrou de algo muito importante. Ela tinha que saber.



- Hey, Booth! Qual vai ser o nome da pequena?



A pergunta chamou a atenção de todos que voltaram-se para Booth.



- Angela! Nós mal recebemos a notícia de que é uma menina, fazem menos de cinco horas que isso acomteceu e ....



Porém, Booth olhou para Brennan. O modo como se fitavam dizia tudo. Ele sabia que ela já tinha pensado nisso e inclusive escolhido o nome. Ele sorriu, balançou a cabeça para ela e piscou. Ele confiava nela e sabia que ela merecia esse direito.



- Bones?


- Ela já tem nome.



Max olhava atentamente para a filha.


- Ela se chamará Sophia.


- Sophia Brennan Booth.



Booth olhou para ela mais uma vez e abriu o sorriso. Ficou lindo.



- Adorei...



- É lindo,Bren...



- Com ph.



- Ainda tinha uma esperança que você desse a ela o nome da sua mãe.



- Você pode dizer para nós o porque da escolha? Cam estava intrigada com o nome. Conhecendo a Dr. Brennan, ela sabia que existia uma explicação lógica para isso.



- É Bren, conta.



Brennan pegou a mão de Booth entrelaçou a sua e começou a explicar.



- Bem, todos vocês sabem que a palavra Sofia é grega e significa sabedoria. Também sabem que após meus pais sumirem, eu dediquei minha vida a ciência, eu queria descobrir mistérios do universo, minha adolescência e vida adulta foram voltadas a busca de sabedoria, como os sofistas. Buscar a lógica e agir com a razão sempre foram meu lema. Depois que conheci Booth e suas supertições, seu modo de agir com emoção e através de instintos, eu passei a querer entender como isso funcionava, continuei minha busca por conhecimento e o que eu encontrei vocês todos já conheciam, já viviam. Eu encontrei o amor e agora encontrei minha filha. Posso dizer que a busca terminou.



A mesa ficou em silêncio por um breve momento,Angela tinha lágrimas nos olhos.Booth foi o primeiro a falar.



- WOW! Pela primeira vez, eu posso dizer que nunca amei tanto a sua lógica. Sua vida foi a busca pela sabedoria e agora você encontrou....Sophia.



Ela o puxou num beijo apaixonado. Todos bateram palmas.



- Temperance Brennan você me fez chorar!



Angela enxugava as lágrimas e ergueu o copo.



- Seja bem-vinda a família Jeffersonian Sophia!



A noite estava só começando.




Uma semana depois...






Angela entra sorrindo na sala de Brennan.



- Amiga, olha o meu primeiro presente para a pequena Sophia.


Ela entrega uma caixa pequena e outra de tamanho médio. Brennan sorri e abre a caixa média. Era uma macaquinha rosa para recém-nascido e um par de sapatinhos também cor de rosa além de uma tiara de pano combinando com a macaquinha.


- Angie, é linda.



- É a roupa para ela deixar o hospital. Abra o outro.



Brennan pegou a caixa menor. Um par de brincos de ouro com uma pedrinha mínima de brilhante.



- Assim que nascer temos que furar as orelhinhas dela.



- Oh, Angela...



Brennan se levantou e abraçou a amiga.



- Obrigada!



- Que isso, sou a madrinha esqueceu? - ela se inclinou para falar com a barriga de Brennan – Sua mãe ainda não viu nada do que espero dar e ensinar a você Sophia. Pode esperar sua dinda vai revolucionar.



Brennan ria do jeito da amiga.



- E decida logo quando você vai sair comigo para começarmos o enxoval. Tem algumas coisas de Anne que ela pode aproveitar mas quero mesmo é sair com você para as compras.



- Acho que podemos ir no próximo sábado.



- Vou cobrar hein?!



E ela cobrou mesmo. No sábado, Brennan saiu com Angela e rodou boa parte das lojas e shoppings da cidade. Angela conhecia muitos lugares e como ela já sabia, a amiga tinha dicas e muito bom gosto para escolher as peças do enxoval da sua filha. Na rua desde 9 da manhã, Brennan ainda voltou a casa de Angela para ver algumas coisas que Anne não usava mais e Angela queria dar a ela. Quando voltou ao apartamento, eram mais de seis da tarde e com várias sacolas nas mãos. Ao ve-la, derrubar as sacolas no chão da sala e desmoronar no sofá, Booth foi falar com ela.



- Amor, porque demorou tanto. Quanta sacola!



- Foi uma verdadeira maratona. Angela é muito consumista! Estou exausta! Meus pés doem....



Ele olhou para os pés que ela já tirara dos sapatos e percebeu que estavam um pouco inchados.



- Eles estão inchados, Bones.



- É? Me dá aquela sacola azul, quero te mostrar o que comprei.



Ele obedeceu e ela começou a falar sem parar de tudo o que viram, do que compraram. Booth sorria ao ver a empolgação dela mas ele estava mesmo preocupado com a situação dos pés dela. Quando ela finalmente deu uma pausa na conversa, ele pediu um minuto. Voltou com uma bacia de água morna e um tubo de sabonete líquido. Levantou a barra das calças dela e colocou os pés de Brennan na bacia.



- Fique quietinha com seus pés descansando por uns minutos. Vou pegar uma toalha.



A água quente realmente deu uma outra vida aos pés cansados. Agradeceu mentalmente pelo pensamento de Booth. Fechou os olhos. Quando tornou a abri-los, viu que ele estava sentado no tapete em frente a bacia. Pegou com cuidado um dos pés dela e começou a massagea-lo. Não tinha pressa. Pegou o sabonete líquido e colocando um pouco na sua mão, esfregou a superfície do pé. Devagar, ele ensaboava e massageava. Fez a mesma coisa com o outro pé voltando os dois para a bacia. Pegou a toalha e enxugou primeiro um, depois o outro. Quando terminou, beijou cada um deles.



- Melhor?



- Muito melhor...obrigada.



- Acho que vou tomar um banho. Papai está em casa?



- Não, foi jogar boliche.



Brennan se levantou do sofá e foi para o banheiro.



Uma hora depois, eles jantavam. Booth pedira uma sopa de um restaurante próximo que ela costumava frequentar. Após a refeição, eles recolheram-se ao quarto. Brennan se aconchegou no peito de Booth enquanto ele via o noticiário. Era bom ficar deitada sem fazer nada com ele, apenas sentindo o calor do corpo dele, a pele dele. ela beijou o tórax e fitou-o.



- Obrigada pela massagem, fez toda diferença. Estou me sentindo bem melhor.



Ele beijou a testa dela. Brennan voltou a se aconchegar nele. Adormeceu. Passadas umas três horas, ela sentiu uma pontada e acordou assustada. Percebeu que dormia de barriga para cima, Booth dormia sereno a seu lado, de costas para ela. Brennan não sentiu mais nada e resolveu voltar a dormir. Virou-se de lado e então sentiu mais uma pontada na barriga. Sem querer alarmar Booth, ela colocou a mão sobre a barriga e acariciou-a. Falava baixinho.



- O que foi Sophia? Será que você está bem?



E sentiu novamente e então compreendeu. Era Sophia chutando-a. Era a primeira vez que isso acontecia. Brennan abriu o sorriso e chamou por Booth.



- Booth...acorda...hey, Booth.


Ela tocou os ombros dele e chamou-o mais uma vez. Booth acordou desorientado.



- O que foi? O que aconteceu? Você está bem? Está passando mal?



- Hey... calma. Está tudo bem comigo mas a Sophia não está a fim de dormir.



- Ahn?



- Ela chutou Booth, ela se mexeu pela primeira vez. Sente...



Ela colocou a mão dele sobre o lugar que sentira a pontada.



- Hey, Sophia... mexe pro papai, ele quer sentir você....



E Booth sentiu a pele da barriga de Brennan se elevar. Ele colocou a outra mão sobre a barriga dela e Brennan fez o mesmo. Ambos sentiram a filha mexer bastante.



- Você devia estar dormindo Sophia...isso não é hora de brincar, filha.



Booth levantou a cabeça e os olhos dele se encontraram. Brennan sorria. Ele a beijou. Puxou-a para junto dele e deitou-se de lado ainda mantendo a mão sobre a barriga dela, se acomodaram novamente para dormir. Ele caiu logo no sono mas Brennan ainda demorou e sentiu algumas vezes mais a filha mexendo dentro de si. Ela simplesmente não tinha palavras para descrever a sensação. Ainda sorrindo, ela finalmente cedeu ao cansaço e dormiu.











Continua........

quinta-feira, 23 de junho de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.15

Atenção! NC-17!!!


Cap.15


Hospital Prebisteriano de NY
8 pm




Brennan estava no corredor conversando com Patrícia e Wendell sobre a sua paciente que acabara de operar. Ela estava em estado crítico e precisava ser mantida sobre constante observação. Como ela estava deixando o plantão, queria passar toda a orientação possível.

- Acho que já mencionei tudo. A paciente precisa ser checada a cada uma hora, ok Dr.Bray?

- Tudo bem, Dr.Brennan. Vou fazer exatamente o que você me pediu.

- Não se esqueça do cuidado com o feto. Ele tem 22 semanas e precisa resistir a tudo pelo menos para chegar ao sétimo mês. Se ele não sobreviver, não esqueça o que eu disse, ele vai sobreviver.

- Fique despreocupada, Dr.Brennan. Eu e o Dr.Bray cuidaremos com toda atenção da sua paciente.

- Por favor, qualquer problema vocês podem me ligar. Não pensem duas vezes.

- Pode deixar.

- Ah, ia me esquecendo! No prontuário dela solicitei...

Brennan continuava dando instruções a eles. Mark acabara de sair do elevador e a viu conversando no corredor. Sempre que a encontrava ainda não acreditava em toda a mudança que acontecera na vida dela. Como uma médica bem sucedida, sexy e fogosa abre mão de sua boa vida para se amarrar a um homem e ainda por cima engravidar? Isso realmente não combinava com ela.


Mark foi se aproximando dela. Agora, Brennan estava apoiando o prontuário no balcão enquanto escrevia. Patrícia estava por perto. E o residente já estava um pouco afastado conversando com outra enfermeira. Ele ficou ao lado dela.

- Olá, Dr.Brennan...

- Mark.

- Como você está?

- Estou bem.

Brennan tentava ser o mais educada possível porém fria. Não queria mesmo se irritar com ele. Ela percebeu que Mark a olhava de modo estranho, parecia estar secando-a. Patricia observava de longe, se a coisa esquentasse, estaria lá para ajudar a médica.

- Sabe, doutora. Estou impressionado com a comissão de frente. Quem diria que pudesse ficar ainda mais desejável.... como eu queria sentir esses seios nas minhas mãos... ui!

Brennan fechou a cara e inspirou profundamente. O sorriso malicioso de Mark mostrava o quanto ele era pervertido. Ele só sentiu a bofetada no rosto. O barulho da palma da mão de Brennan no rosto dele foi percebido por várias pessoas que ali estavam, a marca dos dedos ficou na pele dele. Ela estava vermelha de raiva.

- Nunca mais me falte com respeito porque se você ousar fazer qualquer insinuação sobre a minha pessoa ou meu namorado, eu o denuncio para o diretor do hospital e o acuso de assédio sexual e moral, entendeu Mark? Fui clara o bastante para você ou quer que eu desenhe?

Ele olhava para ela espantado. Ela bateu com força. Patrícia aproximou-se deles.

- É melhor você ir embora doutor. De preferência, evite o quinto andar.

Mark olhou mais uma vez para ela e balançou a cabeça em concordância. Saiu caminhando devagar pelo corredor mas não omisso aos olhares curiosos que o acompanhavam. Patricia foi até ela, Brennan tentava se recompor respirando pausadamente. A enfermeira acariciava as costas dela suavemente encorajando-a a ficar mais calma.

- Vá para casa descansar, doutora. Esse cara não merece sua atenção. Não se preocupe, eu cuidarei pessoalmente para que ele não a aborreça.

- Obrigada,Patrícia.

- Boa noite, Dr.Brennan.

- Boa noite.

E foi para o apartamento de Booth, lugar onde ela sabia que se sentiria bem melhor.


Dois dias depois....


Hospital Presbiteriano NY
3 pm


Booth entrou no hospital rumo ao elevador. Ele já sabia onde deveria ir desde a última vez. Estava ansioso para rever o ultrasom mas principalmente para saber sobre o sexo do bebê. Tudo era novo para ele e com certeza para ela também. Ele estava curioso para ver a cara de Temperance ao saber do sexo do bebê.

Assim que saiu do elevador, Booth deu de cara com Wendell.

- Hey, Capitão! Tudo bem?

- Sim, tudo. Cadê ela?

- Está terminando uma visita a uma paciente nossa de 4 meses de idade. Logo virá para uma das salas de exame, venha comigo.

- Temperance e seus bebês...

Booth seguiu Wendell até uma sala onde se podia fazer o exame. Aproveitando que estava sozinho com o amigo, Booth começou a perguntar algumas coisas sobre a gravidez de Brennan.

- Wendell, é normal a mulher sentir tanto desejo na gravidez?

- Isso é muito variável. Tem mulheres que se quer tem um desejo durante os 9 meses de gestação mas tem outras que tem um período bastante movimentado.

- Acho que esse é o caso de Temperance. Ela me botou doido para achar pastrami acredita?
Wendell riu. Imaginava a cena da médica mandona exigindo o pastrami.

- Relaxa, Capitão. Aposto que você gostou de fazer isso. Você é um eterno apaixonado, deve mimá-la até demais. Ai, ela aproveita.

- Então você está dizendo que tenho culpa nisso?

- Não, os desejos são involuntários e você tem sorte que ela não quis algo bem louco, aparece cada coisa....mas diz aí? Como está a expectativa para ser pai?

- Ah, não vejo a hora. Estou aproveitando cada momento que posso ao lado dela. É tudo novo para nós dois mas um filho é algo que já estava nos meus planos então quero mais é curtir. E pensar que eu tinha sido indicado pelo nosso Comandante para chefiar a unidade de Washington... ainda bem que ele não conseguiu o apoio do conselho e acabou por me mandar para cá. Destino, Wendell... eu tinha que estar em NY para conhecer a mulher da minha vida.

- Tirou a sorte grande hein, Capitão?!

Ele sorriu. esfregou as mãos nas coxas. Mordeu o lábio inferior.

- Cadê ela? Essa consulta de hoje está me tirando do sério! Quero muito saber o sexo do bebê.
Nesse momento Brennan entra na sala.

- Oi, Booth! Pensei que ainda não tivesse chegado.

Ela inclinou-se e beijou-o.

- Podemos começar o exame?

- Claro, Dr. Brennan pode se trocar enquanto preparo tudo aqui.

Em cinco minutos, ela já estava vestida com a bata mas antes de deitar na maca de exame, Wendell concentrou-se primeiro em fazer um exame geral da gestante. Brennan subiu a balança, depois ele pegou a fita métrica e mediu a circunferência da barriga. Anotou tudo. Só depois ela deitou-se a maca e antes ele examinou as partes intimas para depois partir para o ultrasom. Ligou o equipamento e passou gel na barriga dela que agora era bastante proeminente.

- Vamos ver como está esse bebê...

Wendell movimentava o sensor sobre a barriga dela capitando a posição do bebê. Ele espichara bastante e também engordara.

- Hum, ganhamos algumas gramas nesse mês, o bebê de vocês é bem grande. Está bem, o coração bate ritmado. Gostei de ver.

- E qual o sexo?

- Vocês estão ansiosos para saber não? Sei que a doutora irá identificar facilmente. Deixa eu ver... ah! aqui está. Olhem!

- Oh, Booth...

- O que eu estou olhando?

O sorriso de Brennan ia de orelha a orelha.

- Ah, estou tão feliz....é uma menininha Booth.

- Como vocês sabem?

- Ali, olhe!

- Aqui Capitão.

Wendell apontou para o monitor.

- Está vendo essa região aqui. Se fosse menino veríamos o saquinho pendurado e você tembém não vê indício de um pênis, aqui...

Booth esticava-se e enrugava a testa para o monitor. Ao olhar de volta para Brennan, viu uma lágrima caindo pelo rosto dela. Ele apertou a mão dela. Que tornou a olhar para ele.

- Parabéns, papai e mamãe, vai ser uma linda garotinha!

Ele beijou a mãe de sua filha. Sua filha. Não pode conter o sorriso ao imaginar essas palavras.

- Uma princesinha....

- Ih, doutora... sinto que você perdeu seu posto de preferida. Agora ele vai mimar outra menina.

- Não importa, eu também vou mimá-la.

- Eu vou aguardá-los lá fora no consultório.

- Ah, Booth... como você pode fazer isso tudo comigo? Minha vida deu uma guinada de 180 graus depois que o conheci.

- Você também mudou a minha, Tempe. E me deu o melhor presente que poderia receber.

- Sei que soa bastante irracional mas agradeço mentalmente todos os dias por ter levado aquela bolada e me sujado no Central Park.

Ele riu.

Brennan sentou-se devagar na maca e mantinha o sorriso nos lábios. Booth, todo cuidadoso ajudou-a a descer. Ela estava de frente para ele e não resistiu em abraça-lo. Booth retribuiu o gesto e acariciava as costas dela. Beijou o topo da cabeça e sentiu os lábios dela beijando o peito dele. Brennan inclinou a cabeça e uniu seus lábios aos dele. o beijo era carinhoso, repleto de sentimento. Quando se distanciaram, ela sorriu e sussurrou.

- I love you....

De mãos dadas, eles passaram para a outra sala onde Wendell os esperava. Sentaram a frente dele, aguardando enquanto ele atualizava a ficha dela.

- Ok, agora que vocês já sabem o sexo do bebê, vamos aos dados básicos. Você engordou 3,5 kg, o que você bem sabe ainda está dentro do normal. Gostaria que você se atentasse para a alimentação, nada de exageros certo? Tem sentido algo estranho? Quer comentar alguma situação?

- Não, a gravidez está acontecendo dentro do esperado. Estou passando por alguns percausos normais da gravidez. Se tivesse que ressaltar algo, diria que as caimbras estão de certa forma me incomodando porém sei que isso se deve ao fato das minhas longas horas de pé no trabalho.

- É isso mesmo. E agora você tambem poderá apresentar inchaços nas pernas e pés.

- Wendell, não tem como ela ficar mais tempo sentada? Sabe, pra evitar essas coisas aí que você mencionou.

- Com a Dr.Brennan?! Ha! Impossível....

- Ele tem razão,Booth.

- Já imaginava que essa seria a sua resposta, também com a teimosia dela....

- Acho que não poderia privar a doutora do que ela adora fazer, não se a gravidez dela estiver se desenvolvendo muito bem. O que está acontecendo...

Porém, Brennan nem deixou ele terminar.

- Ótimo! Acho que não precisamos perder tempo nesse ponto. Mais alguma coisa a acrescentar, Dr. Bray?

Wendell riu e Booth entortou a boca.

- Não, isso é tudo. Aqui está a foto da ultrasom e o DVD. Imagino que vai tirar a tarde de folga não ?

- Eu não sei se deveria... a minha paciente está....

- A sua paciente está indo muito bem. Ela está estável e Patrícia e eu damos conta dela. Vá, pra casa Dr.Brennan, curta o momento. Ordens do seu médico.

Ela sorriu. levantou-se e estendeu a mão para Booth.

- Obrigado, Wendell.

- Por nada e parabéns mais uma vez pela pequena.

Eles deixaram o hospital.

Já na rua, Booth explodiu de felicidade.

- Uma menina! Nossa filha,Tempe.... AAAAA isso é maravilhoso!

Ele correu até ela e a beijou apaixonadamente.

- Sim, nossa filhinha.

- Já pensou uma mini Tempe? Ela tem que possuir seus olhos e sua inteligência.

- E o seu coração, Booth...

Ela começou a rir, feliz. O riso se transformava aos poucos em gargalhadas. Ele entrelaçou as mãos nas delas e saíram andando felizes pela rua. De repente, Brennan para.

- Oh, eu esqueci!

- O que?

- Tenho que ligar para a Angie.....ela me pediu.

Brennan pressiona o nome da amiga. Ao terceiro sinal, ela atendeu.

- Hey, sweetie....

- Angie, você pediu para ligar....

- Sim e aí?

- É uma menina, Angie...

- Awww sou a madrinha!!! Estou tão animada....cadê o Booth?

- Você está em viva-voz.

- AH...uma menina!!!! Parabéns Booth.......estou tão feliz por vocês! Precisamos comemorar!

E Angela gritou no celular fazendo Brennan rir, realmente era um dia muito diferente na vida de Temperance Brennan e ela podia afirmar um dos mais felizes da sua vida.

À noite no apartamento de Booth, Brennan acabara de sair do banho já de camisola. Booth estava deitado na cama e Brennan achou estranho ele ter uma agenda e uma caneta na mão. O que será que ele está fazendo?

- Hey...

- Senta aqui do meu lado.

Ele bate no colchão e ela se aconchega ao lado dele.

- O que você está fazendo?

Ela percebe que no pedaço de papel está escrito Names e possui uma numeração de 1 a 5.

- Pensando em nomes para nossa filha. Alguma sugestão?

- Mas já?

- Claro! O que você sugere?

- Diz primeiro você Booth, a idéia foi sua então comece.

Ele começou a escrever os nomes. Assim que terminou, leu os nomes para ela.

- Tá, eu gosto de Louise, Sarah, Julia, Anna...

- Gosto de Anna.

- Mesmo?

- Sim, mas queria algo mais forte, que imprimisse personalidade. Como o meu nome.

- Hum, estilo Temperance...

- É, não o mesmo porém poderoso, ah você entendeu!

- Que tal Miranda? É um nome forte. Passa segurança.

- Gostei de Miranda ou Helena.

Ele escrevia os nomes sugeridos por ela. No fundo, ele podia opinar o quanto quisesse mas sabia que a última palavra seria dela. Temperance escolheria o nome da filha deles.

- Mais alguma sugestão, amor?

- Não agora, vou pensar.

Ela acariciava o peito dele e propositalmente deixava a mão deslizar para o abdomên já procurando o que realmente queria. Booth colocou o papel e a caneta sobre a cabeceira. Percebera o que ela estava querendo fazer.

- Vamos dormir?

- Você já está com sono,Booth?

- Acho que foi um dia cheio de emoções hoje não? Precisamos descansar, você precisa descansar.

- O problema é que justamente por conta da adrenalina ou emoção como você diz, não conseguirei dormir, estou meio elétrica.

Ele riu. Já sabia que seu argumento fora derrubado. Tentaria outra coisa, queria ver até onde ela iria.

- Ok, uma das formas de se acalmar, é tomando um leite quente, posso esquentar para você.

- Não quero.

- Ou você pode se aconchegar aqui no meu peito. Acalmar essa energia toda e poderá dormir.

- Até onde eu sei Booth, você precisa gastar energia para então sentir-se cansada e finalmente estar pronta para descansar.

- Você sempre tem um argumento para mim? Você vai fazer ginástica a essa hora da noite?

Ela torceu a boca e deu um murro de leve no braço dele. Booth adorava provocá-la até ela ficar chateada com ele para somente então ceder. Era um jogo entre os dois, Booth considerava isso uma arma de sedução, uma espécie de preliminares entre os dois.

- É claro que não vou fazer ginástica, pelo menos não o tipo que você pensou...

Ela mudou de posição. Sentou-se no colo dele. os lábios sorveram os dele. Provocando, ansiando, ela fazia todos os movimentos capazes de deixá-lo sem resistência a nada. Sem poder negar nada a ela. Com uma das mãos, ela apertou um mamilo dele enquanto a outra acariciava a nuca durante o beijo. Booth já sentia os efeitos da provocação dela. Seu corpo reagia quase automaticamente às carícias dela. Não tinha jeito, ela exercia um domínio sobre ele.

Booth quebrou o beijo.

- Hum....

- Então?

- Excelente carinho de boa-noite.....agora já podemos dormir.

- O quê? Dormir?

- É, dormir. Acho que você já gastou um pouco dessa energia não?

- Seeley Booth você não é tapado! Talvez inferior intelectualmente a mim mas não é burro. Será que vou ter que falar com todas as letras o que quero ou terei que desenhar?

Ele tentou segurar ao máximo o riso.

- Já que sou meio burro, melhor falar.

- Eu quero fazer AMOR, A-M-O-R entendeu? Melhor que isso só arrancando suas calças fora!

Ele não aguentou e caiu na gargalhada.

- Para de rir, Booth!

Ele ria mais ainda. Brennan saiu do colo dele e sentou-se ao lado dele de braços cruzados.

- Toda vez você cai na provocação....

- Não tem graça. Tenho necessidades, estou grávida.

- Hum, chantagem é?

Ele se aproximou dela e beijou-a. Brennan não movia os lábios querendo demonstrar que era forte. Booth porém, forçou a lingua dentro da boca enquanto apertava o seio dela. E foi o suficiente para ela retribuir o carinho. Ela também acabava por ceder aos encantos do seu namorado.

Booth intensificou o beijo e Brennan envolveu seus braços ao redor dele. A barriga dela já deixava um certo espaço entre eles. Booth buscou a barra da camisola e ergueu-a. Logo estava no chão. Ele deitou-a no colchão e começou as carícias por todo o corpo dela. De beijinho em beijinho, ele ia sentindo o gosto daquela pele tão suave e cheirosa. Quando alcançou a barriguinha dela, ele acariciou com as duas mãos depositando beijinhos em toda a sua extensão. Brennan abrira mais as pernas para dar acesso a ele. Porém, antes de chegar onde ela desejava, ele tornou a beijá-la nos lábios. Com um sussurro, perguntou.

- O que você quer de mim, Tempe?

- Que você faça amor comigo, quero você dentro de mim...

Ele ficou de pé para se livrar da calça de moleton que vestia. Em seguida, voltou para a cama e deitou-se puxando-a para cima dele. Brennan pode ver a ereção pronta para recebe-la. Apoiando-se nele, ela sentou-se sobre o corpo dele sentindo o membro preenche-la devagar. Quando finalmente encontrou a pele dele, sentiu-se plena. Gemeu.

- Tudo bem?

- Ótimo...

E ela começou a se mover. Com a ajuda deles, Brennan acabou fechando os olhos entregando-se ao momento de carícias entre eles. Era algo bem sensorial, ela podia decifrar os toques de Booth em seu corpo e isso a deixava mais excitada, aumentando o nível de prazer e dependência entre eles. Os gemidos começavam a ser mais constantes. A respiração mais pesada. Quando ela sentiu a lingua dele tocar um de seus mamilos, ela pressionou o corpo com força sobre ele reagindo ao prazer. Ela mordia os próprios lábios e sabia que não adianta segurar mais.

Booth presentindo que ela estava próximo de gozar, ergueu seu próprio corpo da cama e segurou as costas dela para dar-lhe apoio. Ele fez mais um movimento e Brennan gemeu alto. O orgasmo tomou conta do organismo dela, distribuindo todo o prazer contido naquele momento. Ele continuava movendo-se, mantendo o ritmo, ela jogou a cabeça para trás e Booth beijou-lhe os seios fazendo-a gemer novamente. Ela segurava-se nos ombros dele quando a onda de prazer atingiu-a. Era a vez dele gozar.

Finalmente, Brennan abriu os olhos apenas para ser surpreendida pelos lábios dele que se chocavam com os dela num beijo intenso. Devagar, ele a guiou para deitarem-se na cama e por vários minutos ficaram quietos. Apenas as respirações de ambos se adequando ao ritmo natural.
Brennan rolou para o lado e contemplou o teto. Um sorriso nos lábios. Ele pos-se de lado apenas para admirá-la. Com a cabeça apoiada na mão, ele sorria de volta para ela e voltava a colocar a mão sobre o ventre dela. Só então, Brennan voltou a fitá-lo e falou.

- Booth, me promete uma coisa?

- O que?

- Que não importa o quão grande eu fique com a gravidez, ou relapsa em alguns quesitos de beleza, promete que sempre fará amor comigo quando eu quiser com a mesma intensidade, o mesmo desejo, do mesmo jeito?


- É claro que prometo! Com o mesmo sentimento, com todo amor.

Ele beijou-lhe a testa e os lábios. Viu que ela gemera e entortara a boca.

- Ahnnn

- Que foi? Está sentindo alguma coisa?

- Não, tudo bem... só estou com preguiça de vestir a camisola de novo...

- Cansei você então?

Ela riu.

- Um pouquinho...

- Tudo bem, vou pegar uma manta para mim, fique com o edredon pra você.

- Tem certeza?

- Claro!

Ele se levantou da cama e foi já estava na porta quando ela falou.

- Minha filha é uma garota de sorte, tem um pai maravilhoso...

Booth suspirou ao elogio e jogou um beijo para ela. Quando voltou ao quarto, ela já estava dormindo. Ele ajeitou o edredon sobre ela e deitou-se de lado. Feliz, deixou escapar um agradecimento.

- Obrigado meu Deus....por tudo.


4:47 am


Ela estava num corredor que lembrava sua antiga escola. Discutia com alguém. Sim, era sua antiga escola reconheceu pelos cartazes e pelos armários azuis. 547. O número de seu armário. Ela abriu a porta e deixava alguns livros enquanto pegava outros. Vestia camiseta, calça jeans e tinha um batom escuro nos lábios além dos três brincos na orelha.

- Se você quer passar como burro na aula de laboratório de química, azar o seu. Não compartilho burrice portanto farei meu trabalho sozinha. Não quero um parceiro.

- Ah, deixe de ser implicante... eu não sei mesmo mas não quero reprovar, porque não me ajuda?

- Porque? Somos uma dupla, você poderia ao menos ler o assunto e digitar o trabalho já que a experiência é toda por minha conta. Somos parceiros de laboratório! Aprendi com meus pais que numa parceria devemos ajudar um ao outro. Completar as deficiências um do outro.

- Do jeito que você fala parece até um relacionamento.

- Não deixa de ser só que profissional...

- Você é bem esquisita! Não é à toa que te chamam de nerd mesmo.

- Melhor ser nerd e entrar para uma faculdade do que me tornar atendente de fastfood.

- Ouch!

- Passar bem.......boa sorte com o trabalho, você vai precisar!

Ela saiu apressada pelo corredor.

- Hey, espera ....por favor, espera....


Brennan se remexeu na cama. Vagarosamente abriu os olhos e espreguiçou-se. Com um suspiro, esticou os braços e abriu um sorriso. Já sabia qual seria o nome da sua filha. Booth estava deitado de costas para ela. Sobre o ombro dele, ela viu a hora. Eram 5:57. Logo o despertador tocaria. Ela beijou o ombro dele e depois a bochecha. Booth se mexeu um pouco. Ela sussurrou no ouvido dele.

- Acorda.....dorminhoco.

Ele mexeu-se e ao abrir os olhos virou-se para fitá-lo.

- Ainda vão dar seis horas, amor...

Mal ele terminou de falar, o despertador tocou. Ele desligou.

- O que foi? Porque esse sorriso de felicidade?

- Katherine...

Booth ainda estava sonolento.

- O que?

- Ela vai se chamar Katherine. Katherine Brennan Booth.

Ele suspirou e sentou-se na cama. Esfregou os olhos processando o que ela dissera.

- Katherine...

- Sim, nossa filha. Katherine.

- Katherine Brennan Booth. É lindo.

Ele baixou os olhos para a barriga dela e tocou-a fazendo um carinho. Brennan colocou sua mão sobre a dele e sorriu ao ouvi-lo dizer.

- Bem-vinda a familia Booth, Katherine.




Continua........

sexta-feira, 17 de junho de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.41

ATENÇÃO........NC-17!


Cap. 41





Brennan estava sentada no dinner esperando Booth para um lanche rápido. Eram por volta de 3 da tarde e desde que ela engravidara precisava fazer lanches durante a tarde. Ele finalmente aparecera.


- Porque demorou tanto Booth? Estou com muita fome!


- Oh, Bones. Porque você não pediu logo? Lembre-se que agora se alimenta por dois. Não precisava me esperar.


- Mas quero comer com você, quero sua companhia.


Booth deu um beijo rápido no rosto dela. Fez sinal para a garçonete.


- Estava compilando algumas informações sobre os possíveis suspeitos do caso. Discuti com o Sweets e vou chamar dois deles para interrogar.

- Pois não?

- Vê um café para mim e um pedaço de torta de maçã. E você, Bones?


- Vou querer um prato de frutas da estação e uma tigela de cereais. Ah, um suco de laranja.


- Volto já.


- Você não enjoa de comer essas coisas naturebas? Frutas e cereais.


- É o que quero comer agora...


A garçonete voltou e trouxe o pedido deles. Brennan começou a comer as frutas, sentindo falta de algo ela pegou o sal e despejou um pouco sobre o melão. Booth segurou a mão dela.


- Hey, hey, hey... o que você pensa que está fazendo? Sal, Bones? E a sua pressão?


- Booth as pessoas comem melão com sal, é gostoso.


- Tá mas você está carregando meu filho e não faz bem comer muito sal, portanto enquanto eu puder te ajudar a ter uma gravidez saudável, eu vou fazer isso.


Ela mostrou a língua para ele e continuou comendo as frutas. Parecia estar faltando algo. Chamou a garçonete e pediu uma porção de batata frita.






- Bones, batata frita?






- Ah, Booth estou com vontade.






- Tá bom, eu vou deixar passar dessa vez mas estou de olho.



Ele comeu um pedaço da torta dele. Ao levantar os olhos da torta, viu um rosto familiar entrar no café e sorriu.

- Olha quem chegou.
Bones vira-se e vê o pai sorrindo.

- Olá, Temperance. Booth.

- Oi, Max. Bom te ver.

- Pai, tudo bem? Como foi de viagem?

Max sentou-se ao lado de Booth.

- Foi tudo bem. E com vocês? Devem estar sem muito o que fazer para estarem no café a essa hora da tarde. As pessoas não cometem mais assassinatos?

- Max... estamos trabalhando só fizemos uma pausa porque a Bones estava com fome.

- Estou vendo batata frita e frutas... uma combinação meio estranha não filha?

- Melhor você ficar calado porque eu fui fazer um comentário e ela não gostou.

- Na verdade pai, eu gostaria de contar uma novidade para você.


- Ah, não Tempe! Não me diga que você vai inventar outra viagem maluca daquelas que você passa meses cavando em busca de ossos velhos! Você não devia deixar isso acontecer, Booth. Esperava que você cuidasse mais ainda dela agora que estão juntos.... peraí... você não acabou com ele, certo filha? Ainda estão juntos?

- Sim, pai. Booth e eu continuamos juntos. Não é nada disso.


- Chega de suspense, Tempe....conta logo.








- Bem, Booth e eu nós estamos formando uma família. Eu estou grávida, pai. Você vai ser avô.



Max arregalou os olhos. A notícia certamente o pegara de surpresa. Ele olhava para Booth e em seguida para Brennan. Sorriu. que notícia maravilhosa!


- Filha! Você vai ser mãe? Que coisa boa.... inesperada com certeza ,mas oh, Tempe! Estou muito feliz por você. Realmente é uma surpresa e tanto!


- Porque pai?


- Ah, sei lá....acho que já tinha desistido de ganhar um netinho seu...

- Oh, Max...também não é assim. A Bones pode até ser toda racional e voltada para a ciência mas já tem um tempo que ela pensava em ser mãe.

- Mesmo? Sempre pensou em você como pai ou esperava que o divino espírito santo fizesse a sua parte?

- Até parece que não conhece a filha que tem, é uma mulher da ciência então pode imaginar o que ela tinha em mente.


- Pelo menos a ciência tem resultados comprovados já esse tal de espírito santo, não conheço suas credenciais ou mesmo métodos.


- Vocês vão me contar ou não?

- É uma longa história que não quero contar...

Max ficou calado por um tempo.

- Wow...um neto...

- Ou neta....

- E de quantos meses você está?

- 4 e meio.

- Já? Mas eu nem consigo ver sua barriga...

- Também com esses casacos todos....mostra pra ele Bones.

Brennan se levantou e tirou o casaco. Mesmo com a calça de tecido a barriguinha era evidente. Ela passou a mão como sempre fazia. Sorriu. Max se aproximou e tocou a barriga da filha. Sorriu para ela. Inclinou-se e beijou a barriga da filha.

- Oi, bebê! Aqui é o vovô Max. Vamos nos divertir muito juntos. Você vai aprender todas as brincadeiras preferidas da sua mãe quando ela era pequena como você.

Ele voltou a ficar ereto e pegou as mãos de Brennan nas suas.

- Filha, estou muito feliz por você. Sua mãe teria gostado de te ver assim, tão bonita, tão radiante.
Ele se virou para Booth.

- Parabéns, Booth. Sei que você também está feliz e sei que você vai ajudar a Temperance a criar essa criança. Você já tem experiência. Só espero que ela puxe para a minha Temperance, inteligente e linda. Não pode puxar para você.


- Como não pai? O Booth tem traços muito bonitos, mandíbula quadrada, rosto simetrico. Uma criança com a minha beleza e a dele certamente seria um padrão de beleza muito prazeroso de se ver. Quase imbatível.

Max começou a rir. Beijou-a no rosto.

- Ela realmente gosta de você,Booth. Disso não duvido.


- Ok, tenho que voltar para o FBI.

- Certo, eu também vou indo. Filha, te vejo em casa? Preciso descansar um pouco.

- Tudo bem, pai. Nos vemos mais tarde. Vamos, Booth?

- Tchau Max.

Max acenou para eles.

Quando Brennan chegou em casa naquela noite, sentiu o cheiro de temperos no ar. Ela se deparou com o pai na cozinha vestindo um avental e mexendo uma panela. Sorriu ao reparar que a mesa de jantar estava arrumada para três pessoas.

- Tempe?

- OI, pai.
- Você demorou.

Ele veio ao encontro dela e deu-lhe um beijo.

- Cadê o Booth?

- Deve aparecer mais tarde.


- Não, estou fazendo o jantar para gente. Ligue para ele. Precisamos comemorar essa notícia maravilhosa que recebi hoje.

- Está bem, ligo pra ele e vou tomar um banho.

- Certo,o jantar fica pronto em meia hora.


Quarenta minutos depois, Booth já estava sentado no sofá esperando o jantar. Tinha um cerveja na mão. Max colocava os pratos à mesa. Nesse momento, Brennan saiu do quarto de cabelo molhado e pijamas.

- Até que enfim, filha. Vamos, está na hora de jantar. Você também Booth.

Eles sentaram à mesa. O cheiro estava bem convidativo.

- O que você cozinhou?


- Uma massa especial que a Temperance gosta lasanha de berinjela e também fiz um pernil para nós Booth. Salada e arroz com brócolis.

- Nossa Max não sabia que você gostava de cozinha.


- De vez em quando eu gosto de cozinhar sim. Principalmente porque temos um motivo muito justo para comemorar. Sirvam-se!


Todos comiam em silêncio porém Max não continha a alegria e a cada colherada, ele se pegava sorrindo até que não aguentou ficar calado.


- E pensar que eu duvidei de você, Booth... uma criança!


- Porque duvidou de Booth, pai?


- Ah, Bones não pergunta por favor...


- Porque quero saber! Pai, você duvidava mesmo que a gente pudesse ter um filho?

- É, bem, de certa forma. Sabe vocês já se conhecem a bastante tempo e nada acontecia e você não parecia que queria isso, quer dizer, depois que eu e sua mãe abandonamos você isso é natural. Estou surpreso e feliz, Temperance!

- Ok, pai eu e Booth já estamos num relacionamento a mais de dois anos e a decisão de ter um bebê veio a pouco tempo.
- Na verdade, Max. Mesmo antes de estarmos juntos, a Bones já queria ter um bebê. Só que ela não tinha, digamos, os meios para tanto.

- Não foi assim Booth! Eu pedi seu esperma, você que não quis me dar.

- Você o quê, Temperance?


- Eu pedi para o Booth me doar o esperma dele um pouco antes de ser operado e ele me disse não.







Booth estava vermelho.








- Sempre achei que tinha algo estranho com você, rapaz. Como você negou a oportunidade de ser mãe a minha filha?








- Eu não ...er...não....








E ficava mais vermelho.








- Ele concordou em me dar quando foi operado... mas eu fiquei tão preocupada com ele que decidi deixar meus planos de lado por um tempo.



- Que tipo de homem resolve dar o esperma a uma mulher? Ainda mais a minha Temperance, Booth! Porque você não a levou para casa e fez a coisa do modo certo e melhor? Não me admira que tivesse algumas dúvidas sobre você....

- Pai, não fizemos nada porque não estávamos juntos. Eu decidi por esperar.

Booth mal conseguia participar da conversa, tudo que queria era um buraco para se enterrar. Ele rezava silenciosamente para mudarem de assunto, na verdade, tentava desesperadamente achar um outro assunto que prendesse a atenção deles. Mas, ainda não tinha acabado.

- Que dúvidas pai?

- Não é nada, Bones!

- Como não?! Fala pai.

- É bem, teve uma época que eu duvidava de Booth... quer dizer, ele se dizia seu amigo, se preocupava com você, eu via que você tinha atração por ele mas ele não fazia nada. Teve uma vez que suspeitei que vocês estivessem juntos e perguntei se ele estava dormindo com você. Booth negou e eu perguntei se ele era gay porque só sendo gay para resistir a uma mulher tão linda como você.

A cor no rosto de Booth era quase roxa. Ele não ia aguentar por muito tempo. Resolveu beber um pouco de água para se acalmar.


- Booth não é gay pai. Aliás, ele deixou isso claro na primeira vez que nos conhecemos. Foi quando nos beijamos.


- Você beijou Booth no pirmeiro caso de vocês?

Max estava espantado e surpreso.

- Beijei e por muito pouco não fomos para cama. Culpe a tequila.

- OMG!

- Mas continuando meu raciocínio, Booth não é gay. Pelo contrário, ele é o melhor parceiro que tive, faz amor como ninguém e me deixa completamente satisfeita. Ele sabe como tratar uma mulher. E acertou quase de primeira a gravidez, os meninos dele são muito bons.

Booth engasgou-se com a água. Max olhou para ele intrigado.

- Hey! Eu estou bem aqui!


Brennan levantou-se e foi acudir o namorado.


- Você está bem Booth?

Ela pegou o guardanapo e calmamente enxugava o rosto suado dele. a forma como ela fazia isso fez com que a raiva e a vergonha dele fossem diminuindo. Respirou fundo.

- Melhor?


- Sim.

Ela beijou-lhe a testa e sorriu. Max não pode deixar de notar o jeito da filha com ele, realmente formavam um casal muito bonito e o melhor, havia muito amor e confiança entre eles. Como pai, ele sentia-se orgulhoso da filha por ter conquistado tudo aquilo mesmo depois das adversidades que teve que enfrentar, como “sogro”, ele estava feliz com o genro. Não havia homem melhor para sua filha, esse relacionamento era para sempre.

Temperance voltou ao seu lugar e eles terminaram a refeição. Conversaram por mais um tempo até que finalmente se recolheram ao quarto.

No meio da noite, Brennan acorda com muito calor. Tira as cobertas de cima de si e percebe Booth dormindo tranquilo a seu lado. Não entendia de onde vinha tanto calor... ela sentou-se na cama. Respirou fundo. Um tremor percorreu o seu corpo e ao olhar novamente para o homem deitado a seu lado, sem camisa, ela sentiu uma pontada aflorar em seu centro. Seria isso mesmo?
Brennan tornou a olhar para o homem a seu lado e percebeu-se excitada. O calor emanava de seus poros e a vontade de beijá-lo e agarra-lo era imensa. Um arrepio percorreu sua espinha e ela sentiu os mamilos eretos e rijos. Mordeu os lábios.

Devagar, ela se encostou no corpo dele colocando-se de lado. As mãos tocavam-lhe as costas nuas pressionando a pele dele em pequenos toques. Encostou os lábios no ombro e o nariz inalou o cheiro dele, da pele máscula e da fragância cítrica deixada por uma lavanda. Outra pontada no seu centro e ela começou a beijar a extensão dos ombros dele, braços e voltando ao pescoço. Booth suspirou em resposta. Ela deixou uma das mãos escorregar pela lateral do corpo dele chegando ao bumbum. Apertou-o. Booth gemeu baixinho. Antes que ele pudesse virar para ela, sentiu a mão dela apalpando-lhe o membro. Sussurrou seu nome.

- Bones....


Ele virou o rosto para ela e encontrou o olhar fixo e cheio de desejo. Um olhar de um azul forte, fascinante. Ele nem sequer começou a abrir os lábios quando foi sugado pelos lábios dela. Brennan cobriu a boca de Booth com um beijo tentador, cheio de vontade e paixão. Booth virou-se melhor na cama a fim de permitir mais espaço aos dois. Ela se debruçava sobre o peito nu e continuava saboreando os lábios. Sentindo a lingua devorar cada pedacinho daquela boca. A mão ainda acariciava o membro dele sobre o boxer e ela pode perceber que ele já demonstrava uma certa excitação.







Booth quebrou o beijo e finalmente perguntou curioso.







- Hey, o que deu em você?








- Quero você...








- Isso já meio que percebi com esse ataque mas porque? E agora?








- Estou com vontade... não posso? Na verdade, estou morrendo de tanto tesão, Booth. Estou sentindo um calor louco e um desejo desesperado de fazer amor com você...








- Nossa...








- Estou muito excitada, Booth.... faz amor comigo agora....








Ela apertou o membro dele e isso o deixou mais a fim. Booth a fez deitar na cama e tornou a beijá-la. Mantinha uma certa distância do corpo dela. Brennan sentiu a falta da pele contra a sua e gemeu reclamando durante o beijo. Booth se segurava com os joelhos e deixava uma das mãos deslizarem pelo corpo dela, acariciando a pele já suada. Ela também deixava uma mão vagar pelo peito dele enquanto a outra puxava-o pelo pescoço intensificando o beijo.



Ela queria sentir a pele dele contra a sua. Precisava disso...

- Booth... fique sobre mim...

- Mas o bebê....


Brennan o empurrou para o lado e sentou na cama, puxou o corpo dele contra si colando seus seios no tórax dele. Tornou a beijá-lo. Satisfeita com a fricção da pele dele sobre a sua, ela o empurrou de volta a cama e puxou o boxer dele, deixando a amostra o membro totalmente excitado.

Ela livrou-se da camisola e da calcinha e primeiro sentou-se nas pernas dele aproveitando para desfrutar do tórax musculoso a sua frente. A boca percorria cada pedaço do peito, com a lingua ela atiçava lambendo os mamilos dele e mordiscando de leve. Booth gemia. Quando se sentiu realmente satisfeita, ela segurou o membro dele por uns instantes acariciando-o e por fim posicionou-se para então senti-lo adentrar o seu centro.

A sensação era prazerosa e ela começava a mover-se sobre ele. Era tudo o que ela precisava. Brennan jogava a cabeça para trás absorvendo as sensações ocasionadas em resposta pelo seu corpo. A cada nova estocada, um gemido de prazer, um sorriso de satisfação. Booth a observava e segurava-a pela cintura ajudando nos movimentos. Ele estava impressionado com a vontade e a maneira com que ela parecia estar vivenciando aquele momento.

Ele queria muito dar prazer a ela. Satisfaze-la plenamente. Acariciava seus seios e seu ventre. Oras inclinava-se e roubava-lhe um beijo. Ao ver a pele do colo vermelha e Brennan aumentar o ritmo consideravelmente, sabia que o clímax estava próximo. Ela teria um orgasmo a qualquer momento. Então, ele se concentrou nos movimentos, ela rebolava mais rápido sobre o membro dele apoiando-se no peito dele, agora marcado pelos dedos e unhas dela.

Não aguentando mais, Brennan jogou a cabeça para trás num sinal de rendição. O orgasmo tomou conta dela fazendo-a tremer incontrolavelmente sobre o corpo de Booth. Os gemidos eram altos e ela não conseguia para de movimentar-se sobre ele. Booth também mantinha o ritmo, buscando o auge do prazer. Brennan inclinou o corpo e beijou os lábios de Booth mais uma vez antes de deitar-se completamente sobre o corpo suado. Booth já gozava com ela.


Brennan beijava por várias vezes o ombro, o braço, o peito dele. Sentia o coração em taquicardia, ainda demoraria um tempinho para se acalmar. Mas ela sorria, agora sim sentia-se melhor, plena e satisfeita.


Sentiu a mão de Booth acariciando seus braços. Com cuidado, ele a colocava de lado sobre o seu corpo que era para proteger o bebê. Vagarosamente, deixou a mão deslizar para o ventre dela e acariciava com zelo enquanto beijava a testa dela.

- Melhor agora, Bones?


- Sim, muito melhor....

Ela abraçou-o com carinho.

- Você vai me explicar o que foi tudo isso?

- Acho que foi desejo...

- Que eu saiba, desejo é de comida....

- E isso não é uma forma de alimentação?


Ele riu.

- Só você mesmo...

- Você não gostou de ser acordado no meio da noite para fazer amor?

- É claro que sim, só não entendi a urgência.


- Tesão era a urgência....


- Você definitivamente é um vulcão....


Ele fechou os olhos. Brennan tornou a beijar-lhe o peito e acabou por adormecer naquela posição mesmo.

Pela manhã, ela abriu os olhos ainda preguiçosa. Percebeu que dormira nua e havia apenas uma coberta sobre ela. Brennan estava com calor. Ouviu o barulho do chuveiro e deduziu que Booth estava no banho. Na mesma hora, todos os seus sensores ficaram alertas. Sentiu novamente o calafrio pelo corpo e sorriu ao levantar-se da cama rumo ao banheiro.

Booth estava de costas lavando o cabelo. O shampoo escorria pelas costas delineando os músculos flexionados pelos movimentos que ele fazia. Brennan lambeu os beiços instintivamente. Abriu a porta do blindex e entrou abraçando-o por trás.

- Bom dia....
- Hey...

Ela beijou-lhe as costas e apertou os mamilos dele com as mãos.

- Bones.... o que você está fazendo?

- Te desejando um bom dia....


Ela foi para a frente dele e pode ver o membro semi ereto. Ao ve-la nua na sua frente, ele sorriu.

- Quer tomar banho?

- Ah, quero....

Mas ela se inclinou e colando o corpo no dele, o puxou para um beijo apaixonado. Booth envolveu-a em seus braços e não se deixou intimidar. Ele sugava os lábios dela e sentiam as gotas de água molhá-los completamente. Ele foi descendo os lábios pelo corpo dela até estar de frente com a parte mais ansiada. Brennan apoiou o corpo na parede de azulejos, sabia o que ele ia fazer e gemeu em antecipação. Quando sentiu a lingua dele, ela deixou escapar.

- Oh....Boothieee....

Segurando-se na parede e com uma das mãos nos cabelos dele, ela se entregou ao prazer.

Meia hora depois, eles deixavam o chuveiro abraçados e sorrindo.

Ao sentarem à mesa, Max olhou-os de maneira divertida. Perguntou insinuando.

- Dormiram bem?

- Maravilhosamente bem, pai....

Ela era só sorrisos.

- Vou ter que procurar meu cabo do ipod. Ele descarregou e tenho certeza que vou precisar muito dele por aqui.

Booth tornou a ficar vermelho com a insinuação de Max. Brennan riu e serviu-se de suco de laranja e granola. Booth bebeu um pouco de café. Ao perceber que Max estava distraído na cozinha, ele sussurrou pra ela.

- Já sei de quem você herdou esse seu jeito nonsense, Bones.

Ela olhou para ele e franziu a testa.
- Você é igual seu pai, mania de falar as coisas em momentos inapropriados...

- Quer parar, Booth? Eu apenas sou sincera, digo a verdade...


- Tá certo super sincera....

Ele beijou-a no rosto e Brennan sorriu.

Uma semana se passou e Brennan começava a ficar ansiosa. Ela estava no seu escritório pensativa quando Angela entrou.

- Em que está pensando, Bren? Está quieta hoje...

- Está tudo bem, é só que vou fazer mais uma ultrasom amanhã e bem, sei lá.... estou ansiosa. Já tenho cinco meses.

- Está na hora de saber o sexo do bebê, certo?

Ela balançou a cabeça afirmando.

- Isso é ótimo!

- Sim mas estou nervosa...você não ficou?

- De certa forma mas eu era diferente. Você está querendo muito esse bebê e é natural ficar ansiosa. Tem um palpite?

- Não... mas tem uma preferência?

Brennan mordeu os lábios. Ela preferiria não opinar.
- Seja menino ou menina, será muito bem-vindo. Isso é tudo que sei. Angie.


- Amiga, eu sei qual a sua preferência, o seu desejo íntimo. Você quer uma menina. Você quer mimá-la como faz com a Anne, quer ensinar sua ciência a ela e principalmente quer criar o laço que foi negado a você, a ligação entre mãe e filha que você não pode experimentar completamente.

Brennan suspirou. Como Angela a conhecia desse jeito?

- E tenho um palpite! Vai ser menina. Afinal, Anne precisa de uma BFF que nem você...

Brennan sorri aliviada com o jeito da amiga.

- Obrigada, Angie.

- Por nada! É pra isso que servem as BFF’s.

Angela deixou a sala.


No dia seguinte....


Booth chegou voando ao Jeffersonian.

- Bones, oh Bones! Estamos atrasados...


- Calma, Booth. Ainda temos uma hora antes da consulta e provavelmente devem ter pessoas na nossa frente e...


Brennan não terminou de falar. Sentiu a mão de Booth a puxando rumo a saída do Jeffersonian. Nem adiantava discutir com ele. Sabia que ele também estava agitado e ansioso com a consulta de hoje. Eles chegaram no consultório da médica em 15 minutos. Como Brennan imaginara, haviam pelo menos três pessoas na sala de espera. Eles estavam sentados contando os minutos. Booth por horas segurava a mão dela para dar-lhe forças também. A ansiedade era de ambos mas ele conhecia bem a mulher que tinha. Brennan faria o possível para não transparecer o que sentia.


De repente, a porta do consultório se abriu e a médica apareceu. Após conversar algo com a sua secretária, ela olhou as pessoas na sala. Avistou Temperance e o namorado, sorriu. Fez sinal para eles.

- Vamos? Chegou sua vez, Temperance.

Booth e ela se levantaram e ele pode perceber o suspiro que se perdera dos lábios dela. Por fim, entraram no consultório de mãos dadas.











Continua......