terça-feira, 28 de junho de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.16

Cap.16

Dois dias depois....





Após um plantão de 24h, Brennan voltou para as 7 da noite para o seu apartamento. Já estava sem roupa. Ao chegar em casa, encontrou Angela fazendo comida.




- Amiga.....que bom te ver!



- Oi, Angie!



- Vem cá me dá um abraço. Como vai a minha pequena?



- Muito bem e você já pode chamá-la pelo nome. Katherine.



- Ah, adorei o nome! Você que escolheu?



- Sim, mas o Booth gostou também.



Angela se abaixou e acariciando a barriga de Brennan começou a conversar.



- Hey, Kat...é a sua dinda Angela. Estou tão feliz que você está chegando. Vou ensinar um monte de coisas para você que a sua mãe não sabe, a parte boa e legal, a chata eu deixo pra ela, aquelas da ciência sabe?



- Angie....



Angela riu.



- Quer jantar? Tem salada, uma sopa de lentilhas....que tal?



- Pode ser, você deixa eu tomar um banho antes? Acabei de sair do plantão.



- Ok, te espero.



Meia hora depois elas estavam sentadas a mesa uma de frente para a outra. Brennan comia com gosto a sopa e Angela resolveu saber das novidades na vida da amiga.



- Pensei que você nem voltaria aqui nesse apartamento agora que tem a chave de Booth. Quer dizer, você passa muito mais tempo lá.



- Nem tanto, Angie. Passo muitas noites no hospital e venho aqui também mas meus horários durante o dia não casam com os seus.



- E a minha pequena Kat? Tá de dando trabalho?



- Não, tirando as caimbras acho que a minha gravidez está indo muito bem.



- E o Booth? Muito babão?



- Como? Brennan franziu a testa sem entender direito o que a amiga queria dizer.



- Ele tem jeito de alguém que adora mimar as pessoas que gosta, é só ver o que ele faz por você. Isso pode ser um problema porque eu também vou mimar demais a minha afilhada. Sendo assim, seremos 2.



- Três, ou você acha que não terei vontade de mimá-la?



- Claro! Eita que Kat será uma verdadeira princesa.



- É, espero que ela tenha tudo que eu não tive. É meu compromisso com ela. Sei que Booth também fará o possível para que isso aconteça. Sabe Angie, eu fico admirando o jeito como ele cuida de mim, ou como ele conversa com ela, parece que ela está entendendo tudo. No início achei um pouco estranho, afinal era um feto ainda muito pequeno porém acabei me dobrando e hoje acho tão bonito o jeito dele com a nossa filha...



- Você tirou a sorte grande, amiga. Parece que tudo que você passou e lutou para conquistar no passado, as suas dúvidas, seus medos, tudo está sendo recompensado com essa fase mágica que você está vivendo. Booth foi sua recompensa.



- É, bem diferente do que eu imaginei que ia acontecer na minha vida. Quer dizer, grávida? E você sabe o que é o melhor disso? Aprendi em menos de dois anos mais do que aprendi durante a minha vida inteira sobre algo que não é ciência. Booth me ensinou. As vezes sinto que me tornei um pouco dependente dele nesse aspecto e isso me assusta.



- Não, Bren. Você não deve pensar assim. Booth faz bem para você e pronto! Não fique criando histórias ou suposições na sua cabeça que não existem. Apenas aceite o fato de que você está feliz e que essa é a sua nova vida agora.



Brennan sorriu.



- Vai dormir aqui hoje?



- Vou. Quero ficar com a minha melhor amiga.



- Ah isso é ótimo e sabe porque? Temos muita coisa para resolver sobre seu enxoval, as coisas de Kat, precisamos comprar roupas para você e para ela....



- Calma Angie, ainda temos tempo.



- Sweetie, o tempo voa. Quando você menos esperar vai estar segurando a pequena Katherine nos braços e nem quero ver você lembrar que não comprou isso ou aquilo e eu tendo que te dizer aquela famosa frase : Eu te disse!



E assim elas passaram boa parte da noite, fazendo planos e organizando a vida de Katherine. Angela fez uma lista enorme com coisas que nem Brennan lembrava ser importante e outras que ela sabia serem exageros da amiga. Mais tarde quando se recolheu para dormir, Brennan pegou o celular e ligou para Booth.



- Hey, Tempe!



- Oi,Booth...



- Onde você se meteu amor? Senti sua falta hoje.



- Tive que vir para casa. Estava sem roupas. Além disso, você precisa sentir um pouco de saudades de vez em quando caso contrário pode enjoar de mim.



- Tempe isso nunca vai acontecer. Não posso enjoar de você. E estou com saudades da minha Katherine...



- Ah, então não é bem de mim que você sente falta...



- Deixa de ser ciumenta. Poe o celular perto da barriga para eu falar com ela.



- De jeito nenhum Booth... vou colocar no viva-voz.



E ela o fez.



- Pronto. Fale com ela agora.



- OI, meu amor... papai está com saudades, sua mãe resolveu me deixar sozinho hoje. Faça ela conversar com você, logo hoje que ia cantar para você...



- Cantar?



- É, aliás você me disse que cantava. Porque não faz isso agora? Cante para Katherine, vai amor...



- E-eu não canto assim, preciso de preparação, inspiração.



- Mais inspiração do que eu e a sua filha?



Ela revirou os olhos. Sabia que ele não ia desistir fácil.



- Tem uma música meio antiga que gosto. Não sei se você conhece... eu não a canto a muito tempo porque eu me desiludi com ela.



- Tente.



Catch a falling star an' put it in your pocket,
Never let it fade away!
Catch a falling star an' put it in your pocket,
Save it for a rainy day!
For love may come an' tap you on the shoulder,
Some star-less night!
Just in case you feel you wanna' hold her,
You'll have a pocketful of starlight!
Catch a falling star an' ( Catch a falling . . . ) put it in your pocket,
Never let it fade away! ( Never let it fade away! )
Catch a falling star an' put it in your pocket,
Save it for a rainy day!
( Save it for rainy day! ) Save it for a rainy day!


- Que lindo....



Ela ri.



- Você devia cantar mais sabia?



- Vou levar isso em consideração.



- Você está de plantão amanhã?



- Vou mas prometo ir dormir com você tá?



- Que bom. Boa noite minhas princesas. Ops, minha princesa e minha rainha.



- Boa noite, amor.



Ela desligou o celular e preparou-se para dormir.



No dia seguinte após o plantão, Brennan foi direto para o apartamento de Booth. Encontrou-o deitado no sofá com uma bolsa de gelo sobre a testa.



- Booth? O que aconteceu?



- Estou com muita dor de cabeça.



Ela abaixou-se e beijou-o. Booth sentou-se no sofá e beijou a barriga dela.



- Você já tomou algum analgésico? Sente mais alguma coisa?



Ela tocou-lhe a testa e o pescoço. Ele estava com a pele morna. Brennan tirou da bolsa um termômetro e colocou na boca de Booth. Ele reclamou mas ela não deu ouvidos a ele. Foi até a cozinha e achou um remédio que era analgésico e anti-térmico. Voltou com um copo d’água. Checou a temperatura.



- Você está com 38 graus. Tome esse remédio.



Booth obedeceu. Estava sentindo-se cansado.



- Vou preparar uma sopa para você, vai ajudar a baixar a temperatura. Porque não vai deitar no quarto?



- Eu vou ficar bem, Tempe. Não precisa se preocupar.



- Claro que preciso. Não quero que piore e também não quero ficar doente. Larga de ser teimoso e ouça a sua médica. Vá se deitar um pouco.



Ele se levantou do sofá e abraçou por trás. Beijou-lhe o pescoço.



- Adoro quando você se preocupa comigo.



Ela riu e foi para a cozinha. Depois que acabou de preparar a sopa, ela serviu dois pratos e colocou sobre as bandejas que Booth possuia próprias para comer no quarto. Tirou umas torradas do forno e salpicou um pouco de azeite e orégano sobre as sopas. Com cuidado, ela levou primeiro uma bandeja até o quarto. Ele tinha os olhos fechados. A tv estava ligada.



- Booth?



Ele virou-se para ela. Ao ver que tinha a bandeja na mão, ele sentou-se e ela o entregou a bandeja.



- Está cheirando... você não vai comer?



- Vou.



- Vou esperar você.



Ela foi até a cozinha e buscou sua bandeja. Sentou-se ao lado dele na cama. Satisfeito, Booth finalmente começou a comer.



- Está gostoso... obrigado amor.



- Por nada, quero que se alimente e fique bem logo.



Comeram em silêncio. Quando terminaram, ela recolheu as bandejas e voltou ao quarto. Booth já começava a suar. Era o primeiro sinal de que a febre estava cedendo. Brennan foi até o armário do banheiro e voltou com uma toalha de rosto. Esfregou com cuidado no rosto dele tirando o excesso.



- Está se sentindo melhor?



- Um pouco.



- Deite-se no meu colo.



Brennan se encostou e acomodou o corpo contra a cabeceira da cama apoiada em travesseiros. Booth deitou sua cabeça no colo dela, bem próximo a filha. Brennan acariciava os cabelos deles. Aos poucos, Booth foi relaxando e fechou os olhos. Vinte minutos depois já ronronava e Brennan soube que ele adormecera realmente. Cuidadosamente, ela o arrumou na cama. Levantou-se com cuidado e foi ao banheiro. Quando voltou já de camisola, ela colocou a mão sobre a testa dele. Respirou aliviada. A febre cedera e ele já retornara a temperatura normal. Beijou-lhe a testa.



- Boa noite, Booth.



Na manhã seguinte, ela levantou muito cedo. Tinha que entrar no hospital as seis da manhã. Após o banho, ela checou como ele estava. Booth dormia pesado. Não tinha febre. Um bom sinal. Arrumou-se e beijando-lhe o ombro deixou o quarto. Escreveu um monte de recomendações em um bilhete e pregou-o na geladeira com um magnético dos Yankees.



As coisas no hospital estavam agitadas e Brennan não tivera tempo de ligar para o namorado até o meio-dia. Após checar sua agenda para a tarde, ela finalmente pode ligar para ele. Booth atendeu com uma voz cansada.



- Hey, Booth. Como você está?



- Dolorido, espirrando e a febre voltou.



- Você está trabalhando?



- Não, não consegui.



- Desculpe só ligar agora, meu dia está uma loucura.



- Tudo bem.



- Você já tomou remédio para a febre? Tem um descongestionante nasal no seu armário do banheiro.



- Eu estou bem, não se preocupe.



- Tem certeza?



- Tenho, Tempe. Vou ficar bem. Trabalhe tranquila.



- Eu ligo mais tarde para você, tá?



- Tá. Um beijo.



Virose. Tomara que Booth melhore logo. Ela se sentia um pouco culpada por não estar lá cuidando dele mas também tinha outras pessoas que dependiam dela.



Como se o dia de Brennan já não tivesse agitado o bastante e com preocupações demais, a consulta de sua paciente das 3 da tarde ainda trouxera algo delicado para Brennan cuidar. Martha estava com seis meses e meio de gravidez, fazia o pré-natal regularmente com ela e esperava um menino. Esta deveria ser mais uma consulta de rotina, infelizmente o ultrasom revelou outra coisa.



Brennan já havia feito a primeira parte da consulta e Martha agora estava deitada sobre a maca esperando Brennan ligar o aparelho de ultrasom. Os primeiros movimentos do sensor mostravam um bebê saudável.



- Eu já estou decorando o quarto dele, doutora. Todo em tons de azul. James implica comigo mas está enfeitado cheio de carrinhos. Eu acabei concordando em chamá-lo de Christopher como meu marido queria, homenageando o avô dele.



- Mas Christopher é um bonito nome, forte. E você pode chama-lo por Chris.



- Foi nisso que me peguei. E você, já decorou o quarto da sua filha?



- Ainda não, estou fazendo aos poucos.



Ao olhar para o monitor, Brennan franziu a testa. Ajeitou o sensor e olhou mais uma vez. Não convencida com o que via aumentou a escala e checou alguns parâmetros.



- Você está bem? Sentiu alguma coisa diferente nessas últimas semanas?



- Não, porque? Algo errado com o meu bebê?



- Não sei ainda. Pode ser apenas impressão mas acredito que o coração está mais lento. Vou fazer um eletro só para ter certeza.



Ela pegou o telefone na sala de exames e chamou o Dr.Bray. Ela precisava de uma segunda opinião, apenas para garantir que seus olhos não a enganavam. Nesse momento, sabia que o bebê de Martha apresentava um problema e a única solução que ela tinha no momento era fazer uma cesariana e tentar salvá-lo fora do ambiente protegido do útero da mãe.



Wendell entrou na sala.



- Chamou Dr.Brennan?



- Sim, Dr.Bray. essa é Martha. Ela está com seis meses e meio de gravidez e eu gostaria que você me acompanhasse nesse eletro. Me diga o que vê, ok?



Brennan começou o exame. Aos poucos, Wendell aproximou-se dela pra melhor avaliar e fazer o diagnóstico. Ele sabia que havia algo errado. Ele observava com cuidado cada detalhe e suspirou. Sim, tinha algo bem errado. Brennan desligou o aparelho e olhou para ele.



- Martha, nós voltamos num minuto.



- Doutora, eu...



Brennan segurou a mão da paciente a sua frente. Sabia que ela estava com medo.



- Acalme-se, eu já volto.



Brennan e Wendell estavam no consultório dela. Ele mordia os lábios.



- O que você viu?



- O bebê tem um problema de má formação do coração. Ele precisa ser operado.



- Precisamos fazer uma cesariana.



- Seis meses e meio....não conseguimos esperar até ela completar sete meses? São apenas duas semanas.



- É arriscado. Ele pode piorar e até morrer em duas semanas. Precisamos contar a ela. Ligue para o marido. Peça para vir ao hospital. Vou interná-la mas operarei apenas amanhã. Ela precisa digerir a notícia com o marido.



- Tudo bem, vou pedir a Patricia para localizar o marido.



- Ok, e volte lá na sala. Você vai me assistir nesse procedimento.



Brennan passou a mão no rosto e suspirou. As próximas horas não seriam nada fáceis para ela, Martha e o pequeno Christopher.



Ela explicou tudo o que vira no ultrasom para Martha. Falou sobre o problema do bebê e o que ela precisaria fazer para tentar salvá-lo. Não escondeu nada dela. Falou dos riscos de operar e dos de não operar. Martha estava aflita. Era seu primeiro filho. Ela chorava e Brennan tentava confortá-la. Quando o marido chegou, Brennan teve mais uma maratona para enfrentar, Wendell estava com ela durante as explicações e por fim, os pais se convenceram que precisavam confiar e entregar seu bebê nas mãos de Temperance Brennan.



Após sair da sala, Brennan pediu a Patricia para agendar a cirurgia para as 10 da manhã. Também pediu a Wendell para sair do hospital as 9 da noite mesmo que seu plantão fosse até a meia-noite. Ela precisaria dele pela manhã e não queria arriscar nada.
Eram seis da tarde quando Brennan conseguiu colocar os pés fora do hospital e seu primeiro ato foi ligar para Booth.



- Oi, Booth....você melhorou?



- Um pouco.



E ela pode ouvir o espirro forte do outro lado do telefone.



- Não adianta mentir para mim. Está com febre?



- Agora não.



- Booth...



- OK, estou.



- Você viu o meu bilhete? Tomou os remédios? Qual a temperatura?



- Hey,,,hey... calma. Tomei o remédio para febre que estava 38,5 graus.



- Já se alimentou?



- Tomei um café com pão.



- Você precisa comer!



- Tempe, não se preocupe. Vou ficar bem. Melhor você não vir aqui hoje tá? Você já passa o dia em contato com doentes, não quero que você pegue essa virose.



- Tem certeza? Melhor eu ir para...



- Não. Você saiu muito cedo. Teve um dia cheio, vá descansar. Eu me viro.



- Pelo menos tome um banho para ajudar a baixar a febre e prometa que se você piorar vai me ligar.



- Tá bom, prometo.



- Um beijo e se cuida Booth.



- Outro linda.



Brennan foi para o apartamento de Angela ainda preocupada. Agora duas coisas a deixavam alertas: Booth e a cirurgia de amanhã. Angela se surpreendeu que ela voltara para dormir no apartamento mas logo que Brennan explicou entendeu a amiga. Elas jantaram e Temperance recolheu-se cedo para seu quarto.



Porém, por mais que tentasse ela não conseguia relaxar. Estava preocupada com o procedimento que teria de realizar amanhã. Pensou em Martha, ela devia estar muito apreensiva. Agora, ela podia entender ainda melhor a aflição das mães ao se depararem com algo estranho ou que ameaçasse a vida de seus filhos. Ela acariciou a barriga e falava baixinho com a filha. Fechou os olhos. Ela fazia um esforço muito grande para tentar dormir sem sucesso. Checou o relógio. 11 da noite. Resolveu ligar para ver como Booth estava. Falaram-se por quase meia-hora. Booth sentia-se um pouco melhor e a febre sumira. Assim que desligou, virou-se na cama e fechou os olhos esperando que o sono a atingisse dessa vez.



Ela adormecera mas tivera um sono agitado. Sono com pesadelos. Brennan se via passando por algo parecido ao de Martha. Katherine corria perigo de vida e dessa vez ela não podia salvar a própria filha. Mexeu-se bastante na cama e acordou sobressaltada. Checou o relógio. 5 da manhã. Ela não conseguiria dormir mais. Levantou-se e decidiu arrumar-se e ir ao hospital. Renderia mais dedicando-se a prepraração da cirurgia.



E era assim que Temperance Brennan agia em momentos críticos. Concentrava-se e passava a esquecer qualquer emoção que pudesse interferir no processo. Era somente razão nesse momento. Precisava ser apenas racional e aliar-se a ciência para salvar essa vida.



As 10 em ponto começara a cirurgia. Foram cinco horas de procedimento. Ela fizera tudo o que estava ao seu alcance e agora só dependia da recuperação do pequeno Christopher. Ela o colocou na encubadeira. Ficou observando aquele ser tão indefeso, tão pequeno cercado de tubos por todos os lados. Precisava que ele lutasse, tinha que vencer essa guerra.



Ela conversou com os pais junto com Wendell e explicou que eles teriam que esperar pelas próximas 48h que seriam cruciais para a recuperação de Chris. Saindo da sala, Brennan se sentou em um dos bancos do corredor. Estava exausta. As pernas doíam. A noite mal dormida começava a incomodar. Ela precisava descansar, mais que isso, ela precisava de Booth, tinha ao menos que ouvir sua voz.



Ligou para ele.



- Oi, amor...



- Hey...é tão bom te ouvir. Como você está?



- Bem melhor, Tempe. Não tive mais febre e não estou mais fungando. Acho que estou curado.



- Não tão rápido. Continue tomando o remédio que deixei. Não pode interromper o tratamento.



- Certo doutora.



Ela riu.



- E você? Muito trabalho?



- Sim, tive um dia cheio e está longe de terminar.



- Você não vem para casa?



- Não hoje. Amanhã. Preciso ficar aqui.



- Hey, Tempe não abuse. Lembre da nossa pequena.



- Estou bem, Booth. Amanhã nos vemos tá?



- Se cuida minha médica preferida e converse com a Katherine.



- Pode deixar.



Ela sentia-se melhor apenas por ouvir a voz dele. levantou-se e seguiu para o conforto médico. Ela dormiu por quatro horas e acordou assustada. O cansaço era tanto que esquecera onde estava. Quando lembrou, levantou-se e foi depressa a UTI infantil. Chris estava ainda respirando com aparelhos. Estava estável o que era um bom sinal. Checou as anotações de Wendell. Satisfeita, decidiu ir a cantina comer algo.



Já se passaram 15 horas após a cirurgia e quando ela entrou na UTI as sete da manhã, Brennan sentou-se ao lado da encubadeira e conversou com o bebê. Falou da mãe dele, do pai e da sua Katherine. Ela tentava manter um contato com a criança para mostrar de alguma forma que ele não estava sozinho. A mãe entrou na sala pouco mais de 8 horas e ficou por um bom tempo velando o sono do seu filho. Então Chris provou que era um lutador. O ritmo cardíaco começou a ficar mais forte e isso animou-a. Ele lutaria e sobreviveria. Com um sorriso, ela deixou a mãe curtir seu momento com o bebê.



Brennan encontrou Wendell tomando café. Desde a noite passada quando sonhara que havia algo errado com Katherine, um pensamento incômodo pairava na sua mente. E ela era teimosa, como Booth mesmo gostava de dizer e por isso mesmo não sossegaria até ter certeza, até tirar essa dúvida da sua cabeça de vez.



- Dr.Bray?



- Olá Dr.Brennan.



- Preciso de um favor.



E Brennan explicou o que queria a Wendell. Claro que ele falou que ela apenas se envolvera demais com o caso porém, ele entendia sua preocupação e concordou em fazer os exames que ela queria. Quinze minutos depois, Wendell tirava seu sangue e fazia um eletrocardiograma seguido de ultrasom. Duas horas depois os resultados chegaram. Tudo normal. Brennan respirou aliviada após dois dias de agonia.



Antes de deixar o hospital naquela tarde, ela visitou mais uma vez seu paciente. Ele continuava reagindo. Feliz, ela deixou o hospital. Tudo o que queria era estar nos braços de Booth agora.
Ao chegar no apartamento, ela se jogou sobre ele e o abraçou bem forte. Beijou-o por uns bons minutos. Após sentir-se melhor, Booth sorriu e perguntou.



- Tudo isso era saudade?



- Sim, saudades de você e de certa forma de um pouco de companhia masculina. Eu tive dois dias bem difíceis. Tive medo mas agora está tudo bem. Estou aqui com você, pra você. Eu e Katherine.



- Quer conversar sobre isso?



- Não, apenas quero dormir ao seu lado.



Ele se ajoelhou e beijou a barriga dela.



- Hey, Katherine... como vai minha menina? Mamãe fez você trabalhar muito nesses dias não? Papai estava com saudades de você. E da mamãe também. Ela fica com ciúmes se eu dizer que foi só de você.



Brennan riu.



- Já vi que está melhor. Seu lado implicante está de volta.



- Sim, estou muito melhor. 110%.



- Booth, a porcentagem só é aceita até 100%....



- Tá, lá vem você...viu isso Kat? Espere ela te ensinar essas coisas....



- Vamos pro quarto, Booth. Você me deve uma boa noite de sono.















Continua....

3 comentários:

Julia Blaustein disse...

KKKKKKK ri muito com o Booth implicando com a Bren e ela por ser muito literal ficar com ciúmes KKKKK e o caso, pobre Chris, estava com saudades do lado médico de Temperance Brennan, enfim ótimo mais uma vez, Parabéns Amiga!
Julia Blaustein

Estefane disse...

As conversas da Angela e Brennan são ótimas. Angela ela tem que mais que aproveitar a "chave" do Booth. kkkkkkkkkk Sorte a dela.
Nome lindo da menina de B&B. Aconselho pra o HH.
Brennan fazendo drama pra o Booth sentir falta dela, que fofo.
Meus deus que pai mais amado falando e querendo canta pra filha, ah Booth vc é um querido.
Isso mesmo Brennan cuida bem do Booth, com um homem desses todo fofo precisa ser super bem cuidado, tem recuperar as forças do pobre Booth. kkkkkk
Tadinha da Brennan caso complicado esse, mexeu com ela mesmo.
Nada melhor que depois de trabalho pesado ir pra casa do Booth. Oh vida boa Brennan. kkkkk

Eliane Lucélia disse...

Oi querida, como sempre gostei muito desse capítulo, o Booth está sendo um pai maravilhoso (digo isso pq ele já se comporta como tal) e um companheiro explendido coisa de conto de fadas. Gosto muito da Brennan exercendo a profissão ela é de um proficionalismo incrível, muito dedicada, amei ela cantando para a filha, parece que eu estava ouvindo ela cantar, enfim, adorei tudo, mas acho que o lindo, gostoso do Wendell merece uma pessoa pra ele coitado, bem deiche eu ler os próximos capítulos, pq estou muito atrasada. bjosss linda!!!