segunda-feira, 31 de agosto de 2015

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.52


Nota da Autora: Desculpem a demora. mas tive uns probleminhas de saude. Estou de volta. E a nossa pequena adorada tambem! Espero que gostem do capitulo, as fics estao atrasadas, nao se preocupem, chegarei no ritmo de novo. Enjoy! 


NC17....be aware!


Cap.52  

          
Quando estacionou o carro na baía de San Diego, Stana não tinha ideia de como abordaria sobre a reserva no restaurante, por isso decidiu ligar para Nathan. No segundo toque, ele já atendeu.   

- Oi, amor. Estamos aqui na baía. Estacionei o carro na área privada. Como eu faço para chegar ao restaurante? Você já está por aqui, não?

- Estou sim. Vou buscar vocês na entrada do estacionamento. Apenas me de uma referência de onde estão.

- Ta, espere um pouquinho – ela saiu do carro de mãos dadas com a sobrinha, assim que passou pela entrava, viu um logo da coca-cola acima de uma placa que dizia La Taverna. Não havia melhor lugar para encontra-las – estamos debaixo da placa do La Taverna. Tem um logo da coca também.

- Sei onde fica. Estarei ai em cinco minutos. Podem me esperar – Stana desligou o celular e caminhou ate a placa.

- Seu tio já está vindo – Nathan não demorou nem cinco minutos. Logo puderam enxerga-lo acenando na direção delas. Beijando a menina e segurando em sua outra mão, ele as guiou até a entrada do box que reservara para o seu jantar. Tirando um cartão magnético do bolso, ele virou-se para as duas sorrindo.

- Bem, aqui estamos. Prontas para comemorar o aniversário da sua tia em grande estilo?

- Pronta! – a menina gritou sorrindo alegremente.

- Para que tanto mistério para um simples jantar? – Stana perguntou, porém ao invés de ter uma resposta, Nathan abriu a porta indicando o que a esperava. A cena que viu a surpreendera de maneira positiva porque não imaginava nada daquilo. Uma das paredes do local estava repleta de balões azuis e prata, uma faixa enorme de feliz aniversário nas mesmas cores, imagens de unicórnios e corações por todos os lados. Uma mesa com toalha branca continha um bolo de dois andares, docinhos comuns em festas infantis incluindo os brigadeiros, chapéus e copinhos coloridos. Do outro lado da sala, a mesa de jantar com quatro lugares devidamente arrumada como manda as regras da etiqueta e um balde de gelo com uma garrafa de champagne gelando.

- Nossa! Você fez tudo isso? – ela olhava admirada para ele.

- Bem, tive uma certa ajudinha com as cores e o tema – ele esbarrou o corpo em Anne piscando para ela, rapidamente trocaram um hi-five.

- Você sabia, Anne? – a menina balançou a cabeça afirmativamente e não aguentando mais correu para abraçar a tia.

- Feliz Aniversário, tia Stana! – encheu-a de beijos. Sorrindo, a tia retribuía o carinho da menina. Ainda balançada pelo trabalho que o marido tivera para arrumar tudo aquilo, ela aproximou-se dele envolvendo seu pescoço com os braços para beija-lo. Anne observava o jeito dos dois ansiosa. Lembrou-se de algo importante e começou a remexer na mochila. Isso deu uma certa privacidade para Stana se demorar nas caricias com Nathan.

- Não precisava fazer tudo isso, babe... – ela sussurrou ao ouvido dele – era para ser apenas um jantar.

- E será, mas não podia frustar uma garotinha. Anne queria uma festa, sendo assim você ganhou uma festa exatamente do jeito que ela imaginava.

- Você não existe, sabia? Vai ser muito bem recompensado por isso – de repente sentiu um puxão na jaqueta.

- Tia, tia! Está na hora do presente! – a garota carregava um pequeno embrulho com um laço de fita cor de rosa. Stana podia ver a excitação da sobrinha esperando para entregar a caixa. Nathan se distanciou um pouco dela para dar espaço e vez a Anne. Gostava de ver a interação entre tia e sobrinha porque isso despertava o lado maternal de Stana.

- Presente para mim, docinho? Não precisava! Apenas você estar aqui comigo já é um presente. Mas estou curiosa para saber o que vou ganhar – ela se aganhou próximo a menina para receber a caixa. Anne abraçou a tia de novo, beijou e por fim entregou o presente. Stana desfez cuidadosamente a fita rosa, abriu a caixa e não pode deixar de sorrir. Dentro, estavam quatro pulseiras coloridas, preta e prata, vermelha, branca com azul e dourada. Todas feitas com missangas e pérolas. Um trabalho delicado e bem ao gosto de Stana. Ela pegou as pulseiras colocando-as no braço. Ficaram perfeitas.

- Que lindas! Adorei as cores e como são delicadas.

- Fui eu quem fiz. Minha professora de artes ensinou na sala e pedi para a mamãe comprar o material para mim. Queria fazer uma surpresa bem bonita no seu aniversario, tia.

- Você fez? Nossa! Está muito bonito. Você leva jeito, Anne. Pode até vender. Adorei – ela abraçou a menina com força e beijou-a. carinhosamente, ajeitou os cabelos da sobrinha – amo tanto você...docinho, você é uma menina muito especial. Se algum dia tiver uma filha quero que ela seja igual a você – Nathan percebeu que a esposa estava emocionada. Ele também sentiu o coração bater mais forte com a revelação de Stana. Ambos foram surpreendidos pela colocação da menina feita a seguir.

- Tia, ela não pode ser igual a Anne, todos são diferentes e Anne é única. Mas prometo que se a tia tiver uma bebezinha, eu ajudo e ensino a menina a ser educada e amar muito a tia e o tio.

- Oh, Deus! Vocês são meus dois tesouros – Stana disse olhando para Nathan e para Anne – isso merece um abraço coletivo – e puxou-os para perto de si. Depois de desvencilhar-se dos braços calorosos da tia, a pequena pediu.

- Obrigada, tia. Mas será que podemos comer? Estou com muita fome e quero esses brigadeiros – rindo Nathan apontou a mesa para elas. Após sentarem, ele apertou um botão na lateral da mesa especifico para chamar o atendimento do garçom. Ele adentrou o local por uma porta aos fundos trazendo o menu. Aproveitou a pedido de Nathan serviu a champagne para ele e Stana. As variedades de comida eram muitas, o lugar era especializado em cozinha contemporânea, tinha um pouco de tudo. Stana escolheu uma massa simples para Anne com molho a bolognesa.

Para ela, escolheu um risoto de frutos do mar, uma sugestão do garçom por esse ser um dos pratos mais pedidos. Nathan optou por um peixe ao molho de camarões acompanhado de arroz piamontese e legumes salteados no alho. Também pediu um suco de morango para Anne e uma porção de batatas fritas com cheddar para satisfazer a vontade da menina.

Enquanto saboreavam as batatas, eles conversavam sobre a decoração do aniversario. Stana elogiava a forma como Nathan utilizara os elementos. Gostava das cores e tinha uma curiosidade sobre os desenhos de unicórnios.

- De quem foi a ideia de usar unicórnios?

- Adivinha? Da sua sobrinha, claro.

- Mesmo, Anne? E por que?

- Porque o unicórnio lembra muito a tia. Na verdade, ela é como ele. Um ser único, lindo e mágico. Não tem outro ser mais perfeito no mundo – ela olhou para a tia que já engolia em seco tão naturalmente mordidcando uma batata frita que encheu o coração de Nathan de orgulho – igual a tia Stana.

- Oh, Anne...eu realmente não sei o que dizer – ela segurava as lágrimas – obrigada, mas não sou perfeita. Eu erro também.

- Para mim você é tia. Eu amo muito muitão a tia.

Nathan esticou a mão para tocar a da mulher a sua frente. Sabia o quanto ela estava emocionada com a declaração da sobrinha. Ele se inclinou beijando o rosto da criança, feliz por ter proporcionado esse momento entre tia e sobrinha. Felizmente, foram interrompidos pelo garçom trazendo os pratos ou provavelmente Stana se debulharia em lágrimas.

Estavam degustando o jantar que por sinal estava excelente quando se envolveram em outro assunto. Stana e Nathan decidiram comentar sobre o hiatus. Ela contou que estaria viajando dali a alguns dias para o deserto ficando um mês por lá. Anne ouvia atentamente as informações da tia, depois foi a vez de Nathan comentar sobre seus projetos. Após ouvir bastante sobre as novidades, a garota comentou.

- Tia, por que você vai pro deserto? Por que não fica aqui? Anne vai entrar de férias e não vai poder aproveitar comigo. Acabou de trabalhar com a detetive, Anne não gosta quando a tia viaja.

- Amor, eu preciso trabalhar. Sempre que termina uma temporada de Castle, eu e seu tio tocamos outros projetos. As filmagens exigem que eu viaje. Estarei de volta em junho para fazer outro trabalho aqui mesmo e em julho já temos filmagens da série.

- Pois é! A tia vai estar trabalhando quando Anne estiver de férias. Não é justo. Quando a tia faz a policial fica trabalhando até tarde, fica cansada e não tem tempo para ficar com Anne. E o tio faz o mesmo.

- Não é verdade, Anne. Quantas vezes eu te levei para sair, para a nossa casa no fim de semana? Trabalhar em Castle nunca foi um problema para passar um tempo com você. Prometemos que assim que eu voltar para Los Angeles em junho iremos leva-la para passar o final de semana conosco, combinado?

- Ta bom – ela ficou calada por um tempo como se estivesse pensando em alguma questão importante. Stana ofereceu os brigadeiros para ela. Antes de se levantar para ir até a mesa, Anne soltou maus uma pérola – não consigo entender os adultos. Vocês já trabalharam como podem não aproveitar as férias? Parece burrice – voltou para a mesa com um pratinho de doces. Stana olhava para Nathan com curiosidade.

- Anne, na nossa profissão esse lance de férias é diferente. Você estuda um semestre e depois tem o descanso. Como atores, precisamos aproveitar cada momento para realizar projetos. Não podemos ter apenas um emprego. Faz parte de quem somos. Seu tio ira participar de eventos e filmar o projeto que ele batalhou para conseguir o dinheiro para investir e eu farei dois filmes. Só que eu tenho que viajar e ficaremos um tempo separados, nada demais.  

- Desse jeito vocês não vão ter um bebê nunca. Não fazem sexo! – Anne revirou os olhos como se tivesse cheia de razão. Stana cuspiu boa parte da bebida que tinha na boca. De olhos arregalados, ela fitou Nathan e em seguida, dirigiu-se a sobrinha.

- O que? Como assim?

- Se você estiver longe do tio Nathan ou ficarem trabalhando direto, não fazem sexo e portanto não tem bebê.

- Quem lhe disse isso?

- A mãe da Julie. Ela disse que a vizinha delas viaja muito, todo o mês e ficando separado do marido não tem filhos porque não fazem sexo. Estão a dez anos juntos e nada. Se vocês demorarem dez anos para ter um beê, Anne vai ficar grande e não poderá cuidar dele por causa da faculdade – Stana e Nathan se entreolharam, estavam um pouco tontos com os comentários de Anne, claro que a menina sempre saia com alguns deles e já deviam estar acostumados com essas situações, mas a pequena sempre arranjava uma forma de choca-los.

- Sua mãe não sabe dessas conversas com Julie, sabe? – a tia perguntou como quem queria dar uma bronca. Nathan a repreendeu com o olhar.

- Julie é minha amiga e todo mundo sabe disso.

- Tudo bem, Anne. Deixe-me dizer uma coisa: eu e seu tio não vamos deixar de ter um bebê porque trabalhamos na nossa folga. E nem iremos demorar dez anos para isso. Apenas precisamos de um tempo para nos organizarmos na nossa carreira, nas nossas vidas.  

- Espero que sim ou vou ficar muito velha para cuidar dela.

- Quem quer bolo? – Nathan mudou o tom da conversa antes que Stana pudesse insistir naquele assunto.

- Temos que cantar os parabéns! – disse a menina já se levantando animada para perto da mesa e puxou a tia consigo. Juntos, eles acenderam a vela, cantaram e encheram Stana de beijos. Ao apagar a vela, Anne gritou – não se esqueça do pedido, tia!

- Ah, não vou esquecer – assim que apagou as velas, Stana cortou o bolo servindo a primeira fatia para a sobrinha querida. Depois, entregou um pedaço a Nathan e tirou um para si. Trocou um beijo com o marido e provou a torta. Deliciosa – isso está uma delicia. Boa escolha, amor.

- Que bom que gostou. E o que você pediu?

- Tio! Você não pode perguntar isso para a tia. Se ela disser, o desejo não se realiza.

- Viu? Anne tem razão.

Eles continuaram a comer os doces, conversar e fazer planos para quando Stana voltasse a Los Angeles. Beberam o resto da champagne e Nathan pediu dois cafés expressos para eles. Ao fim da noite, ele pagou a conta e seguiram pela estrada de volta a cidade. Anne já chegara dormindo. Stana a carregou até a sala, mas foi Nathan quem subiu as escadas com a menina para coloca-la no quarto de hospedes que ocupava quando ia para lá.

Stana retirou seus sapatos, a saia e a cobriu. Ainda ficou um tempo velando o sono da sobrinha, admirando aquela pequena criatura capaz de fazer seu coração sorrir. Anne era a razão pela qual ela pensava em ter filhos agora. Claro que esses pensamentos somente foram possíveis porque Nathan lhe mostrou que ela podia se aventurar, que tinha tudo o que precisava para ser mãe. De certa forma, Anne tinha razão em se preocupar com o quando, porém ela não mentira para a menina ao dizer que não demoraria tanto. Se ao menos pudesse saber o seu destino na série e com a ABC, talvez essa decisão não fosse tão difícil.   

Nathan a observava. Chegando ao seu lado, ele a abraçou beijando-lhe a testa.

- Foi um dia e tanto, não? Gostou da sua comemoração a la Anne de aniversário?

- Muito. Você sabe como preparar uma festa. Obrigada novamente por esse momento em família. Espero que não demoremos tanto para que seja um aniversario com a nossa própria família.

- Eu também, apenas lembre-se que a decisão quanto ao momento é inteiramente sua. Claro que nada nos impede de praticarmos um pouquinho. Ainda estou esperando alguém me recompensar... pelo menos me prometeram – ela riu quase esquecendo de onde estavam. A menina se mexeu na cama, mas não acordou. Deixaram o quarto na ponta dos pés. No quarto do casal, Stana tirou as pulseiras que ganhara colocando-as na cabeceira. Aproximando-se de Nathan, desfez os botões da camisa deixando-o com o peito a amostra. Depois, foi a vez da calça. Somente de boxer, ela o jogou na cama.

- Anne tem razão. Vamos passar um mês longe um do outro. Quem sabe isso não afete nossa relação. Melhor sairmos no saldo. Que tal uma maratona de sexo?

- Temos uns quatro dias, Staninha. Acha que consegue aguentar a pressão? – ele provocou.

- Você duvida? Vou provar agora – ela respondeu.

A jaqueta, a camisa e a saia foram para o chão. De lingerie, ela subiu no corpo dele usando os lábios para provoca-lo, a língua brincava com os mamilos dele, os dentes deixavam pequenas mordidinhas na pele. Os dedos dela brincavam com as costelas até encontrar o elástico da cueca. Ela o queria completamente nu. Assim que isso aconteceu, ela pode ver a excitação de Nathan despontar com o membro. Sentada sobre o colo dele, inclinou-se para beija-lo quando foi surpreendida pela mão dele adentrando sua calcinha em busca do toque mais ansiado. Ela relaxou ao sentir os dedos penetrando-a e acabou jogando o corpo para trás. Essa foi a chance que ele encontrou de surpreende-la.

Com a boca, ele sugou os seios dela sobre o tecido do sutiã fazendo-a gemer. Roçando os dentes na pele, Nathan foi tirando a peça com a mão livre para tê-los a sua disposição adequadamente. O corpo de Stana respondia aos estímulos dos dedos em seu centro, uma onda de prazer começava a se formar fazendo sua pele arrepiar. De repente, um vazio se formou. Ele tinha deixado o lugar quente para reunir ambas as mãos nos seios dele. Isso, primeiramente, causou um gemido frustrado por parte dela que logo foi substituído por um grito delicioso ao senti-lo sugar o mamilo e as pequenas mordidinhas.

A brincadeira continuou até o momento que o prazer dominou a ambos trazendo gemidos e gritinhos quando sucumbiram a explosão do orgasmo. Depois daquele instante a dois, eles adormeceram prontamente.

Por volta das nove da manhã, Stana espreguiçou-se na cama. Ao abrir os olhos, deparou-se com um Nathan ainda desacordado. Aproximou-se dele usando o nariz para fazer caricias em seu rosto. Ele parecia não querer levantar. Ela havia ligado da estrada para evitar que o irmão e a cunhada ficassem preocupados. Prometera que a deixara em casa após o café. Decidiu se levantar para checar a menina, viu que Anne continuava dormindo. Com pena, desceu as escadas e foi providenciar o café.

Estava terminando de fazer as panquecas quando uma Anne sonolenta apareceu perto do balcão coçando os olhos.

- Bom dia, docinho. Com fome?

- Sim, tem chocolate gelado?

- Tenho certeza que o seu tio tem algum na geladeira. Vou já checar para você, me deixe tirar essa ultima panqueca da frigideira.

- Oba, panqueca! Tem calda de framboesa?

- Claro que sim. Sente-se e já levo para você – Stana foi até a geladeira, encontrou o chocolate e carregou consigo o prato de panqueca. Sentou-se na cadeira ao lado dela servindo a sobrinha com tudo que tinha direito para saborear aquele café da manhã. Anne provou o chocolate dizendo que estava delicioso – seu tio decidiu hibernar hoje. Tentei acorda-lo, mas ele sequer se mexeu. Tomara que não demore muito a acordar porque preciso leva-la para casa, assim vou ser obrigada a deixar um bilhete.

- Bilhete para quem? – Nathan apareceu na cozinha inclinando-se para beijar a menina no topo da cabeça e em seguida a esposa.

- Acordou, belo adormecido! Que bom. Café?

- Por favor... – ele sentou ao lado da menina com o garfo já espetando uma panqueca. A caneca de café já ficou na sua frente exalando o cheiro maravilhoso da bebida, mas Nathan estava saboreando uma panqueca com tudo que podia sobre ela. Stana sorveu um pouco do café e roubou um pedaço da mistura que ele preparava. Anne observava o jeito dos dois, eles eram as pessoas mais legais que conhecia depois de seus pais.

- Essa mistura ficou...interessante. Quer provar, Anne? Aposto que vai gostar tem todo o tipo de doce num mesmo lugar – encheu uma colher oferecendo a menina. Assim que sentiu a mistura das caldas, ela sorriu.

- Está bom mesmo, tio. Gostei. Faz uma para mim?

- Você vai comer outra panqueca? – admirou-se a tia.

- Vou, está muito gostosa. Faz, tio! – Nathan sorriu pegando o prato dela e com cuidado preparou a miscelânea de coisas. Entregou a menina que enfiou a colher com vontade na panqueca. Stana sorria ao observar o jeito dela devorar o prato. De repente, ele se espreguiçou ainda resultado da longa noite passada após um dia igualmente cheio. Observando o jeito do tio, Anne comentou – está cansado mesmo, tio. Você não conseguiu dormir? Será que foram aqueles gritos de noite?

- Gritos? – Nathan trocou um olhar rápido com Stana.

- Sim, vocês não ouviram? Foram muitos. Alguns baixinhos, outros mais fortes. Tipo assim – e Anne começou a imitar o que supostamente eram os próprios sons feitos pela tia na madrugada. Stana virou-se rapidamente para evitar que a sobrinha percebesse a vermelhidão que aparecera em seu rosto.

- Acho que era a televisão. Fiquei assistindo um filme de terror até tarde – disse ele disfarçando. A menina olhou séria para o rosto dele.

- Os gritos não eram de terror. Era outro tipo – agoniada com a conversa, Stana tratou de corta-la logo.

- Anne você já acabou? Vai querer mais fruta ou chocolate?

- Estou terminando a panqueca. Pode me dar um copo com água?

- Claro, depois do café precisa ir se arrumar para que eu possa leva-la para casa.

- Mas já? Não posso nem brincar um pouco de videogame com o tio? – a carinha da menina era daquelas que dobrava qualquer adulto bobo, especialmente a tia coruja.

- Tudo bem. Uma partida. Não quero confusão com a sua mãe. Temos que ser responsáveis. Deixem que eu limpo tudo aqui. Os dois para fora da cozinha – rindo, ele beijou-lhe os lábios e carregou a menina consigo nos braços acima da cabeça com os gritos de alegria da pequena.

- Pronta para perder, Anne? Vai ter sangue hoje – dando uma risada maléfica atacou a garota com cócegas. Stana se ateve aos afazeres domésticos. Duas horas depois, ela descia as escadas em uma roupa casual com a mochila da sobrinha em uma das mãos e a chave do carro em outra. Anne curtia os últimos minutos com o tio na frente da TV pulando com o controle do Playstation 4 nas mãos. Ela não pode evitar de sorrir ao lembrar-se do dia que dera aquele presente a Nathan. Parecia um menino com o melhor presente de aniversario exceto que era um quarentão.

- Vamos, docinho. É quase meio-dia e prometi que você almoçaria com seus pais. Despeça-se do seu tio – deixando o controle sobre a mesinha de centro, a garota suspirou. Naquele instante, acabara de lembrar que não veria os tios adorados por mais de um mês. Jogando-se no peito de Nathan com um super abraço, ela sentiiu o carinho devolvido em beijos e caricias ao ajeitar seus cabelos.

- Vou sentir muita saudade do tio... promete ligar ou mandar uma mensagem para Anne?

- Prometo, também vou sentir falta de você, princesa – deu um beijo na bochecha dela e Anne retribuiu o gesto.

- Tia, vou ficar sem ver vocês por um mês, não pode me deixar jogar so mais uma partida? Queria jogar com você, por favor... – Stana olhou para a menina pensando se deveria ceder. Nesse ponto, era mesmo coração mole. Não poderia deixar de atender aquele pedido. Sentando-se ao lado de Nathan no sofá, ela abraçou a sobrinha.

- Tudo bem, uma partida eu e você. Mas, eu escolho o jogo – vendo o sorriso da menina, ela entrou na brincadeira. Durante meia hora, eles torceram, gritaram e vibraram quando Stana ganhou de Anne. Satisfeita pela chance de jogar com a tia, ela comentou.

- A tia é rápida com o revolver. Joga melhor que você, tio.

- Não mesmo, ela teve sorte – balançava a cabeça rindo diante da atitude boba de Nathan em não aceitar que ela fosse melhor. Dando um beijo na bochecha da menina e repetindo o gesto com o marido, Stana se levantou para finalmente encerrar o momento de descontração entre os três.

- Vamos, docinho? - Dando a mão para a tia, ela seguiu para a garagem com Nathan atrás das duas. Stana a colocou no banco traseiro, mandou-a apertar o cinto e deixou a mochila a seu lado. Entrou no lugar do motorista, deu uma ultima olhada para o marido e ligou a ignição. Ao chegar na frente da casa do irmão, Stana desceu do carro e ajudou a sobrinha. Agachada a sua frente, Stana lhe deu um longo abraço.

- Vou sentir muita saudade, docinho. Mas prometo que sempre que tiver um tempo darei noticias a você. Quando voltar, marcaremos uma nova saída. Eu, você e o seu tio.

- Ta bom, tia. Vou esperar e também sentirei muitas saudades, assim – esticou os braços – bem grande – como quem pensa por um segundo, ela perguntou – tia, você estava fazendo bebê ontem com o tio Nathan? – a espontaneidade foi tamanha que Stana perdeu o equilíbrio e quase se estatalou no chão. Por sorte, segurou-se na calçada com uma das mãos a tempo de um desastre. Nem precisava de espelho para saber que estava vermelha.

- Anne! Não fale assim!

- Pela cara da tia, já sei a resposta. Você ta parecendo um pimentão, tia Stana.

- Anne, eu já disse que esse tipo de assunto não pode ser falado assim, abertamente. Tenha cuidado, já pensou se sua mãe escuta? O que vai pensar que eu ando dizendo a você? E não estávamos fazendo bebês.

- Ah, ta bom, então era só sexo mesmo. Entendi. O tio Nathan mentiu sobre o filme de terror, vai brigar com ele?  

- Vou porque não se deve mentir, mas se você insistir nesse assunto serei obrigada a brigar com você também. Não quero mais ouvir esse tipo de comentário com a palavra que começa com S, estamos entendidas?

- Sim, tia – Stana se levantou e abraçou a sobrinha mais uma vez. Apertou a campainha e logo foi recebida pelo irmão. Após uma conversa sobre as próximas viagens de Stana, ela se despediu com um beijo estalado da sobrinha entrando no carro para retornar a casa. O restante do dia fora tranquilo e como prometera a Nathan, a maratona continuou antes e depois do jantar.

No dia seguinte, ela começou a arrumar suas malas. Preciava ter ideia do que levaria para o deserto. Ficou entretida boa parte da manhã com a tarefa para terminar com uma pequena lista de coisas a comprar. Nathan estava fora em uma reunião com sua agencia e Michelle. Tinha alguns pontos a acertar sobre o projeto ConMan. Após meia hora de cozinha para preparar um almoço rápido para ambos, subiu para tomar um banho e esperar por ele.

Quando Nathan voltou, eles sentaram a mesa para comer enquanto ele comentava sobre os últimos detalhes que discutira na reunião. Ela comentou que sairia a tarde para comprar algumas coisas que faltava para sua viagem. Ele disse que ia dormir um pouco porque Stana já anunciara que a noite continuariam a maratona.

- Você está adorando essa história de maratona, não?

- Por que não estaria se fui eu que propus? Admita que está sendo muito bom.

Stana saiu de casa depois das três horas da tarde. Ela estava saindo de uma farmácia quando o celular tocou. Um numero desconhecido. Ela estranhou, mas atendeu o telefonema. Era sua agente, estava ligando do celular do marido.

- Oi, Stana. Desculpe estar ligando para você de outro telefone. Fiquei sem bateria e estou indo para casa.  Acabei de falar com os executivos da ABC. Tem um minuto para falar comigo?

- Claro, eu estou dirigindo. Pode me dar um segundo para encostar o carro? – ela manobrou ate uma vaga próxima a esquina. Ciente de que ali não teria problemas tornou a falar – pronto. Pode continuar. Tem novidades para mim? 

- Sim, algumas noticias imagino que a seu favor. Então, sobre seu contrato. Eles conseguiram conversar com Terence e Alexi sobre a sua proposta, Stana. Sendo assim, estão intimando para que você compareça na sede da emissora para uma conversa com eles. Querem entender o que você pretendia ao se oferecer para ser produtora. Sua chance de convencer quem realmente entende do show sobre suas intenções e ideias. Amanhã as oito. Tudo bem para você, Stana?

- Claro que sim! Estarei lá. Posso fazer uma pergunta a você? E espero a sua sinceridade.

- Diga.

- Com a sua experiência, você pode nomear as minhas chances de um a cem por cento? Estou realmente nervosa para encarar essa reunião.

- Acredito que suas chances são ótimas. Eles conhecem seu trabalho, convivem com você, diferente de qualquer um dos executivos daquela emissora. Eu daria mais de 95% porque quero evitar de dizer que o numero real é 100%.   

- Obrigada pela confiança. Espero que esteja certa.

- Stana, não é confiança. É resultado de trabalho duro, dedicação e amor pelo que faz. Boa sorte e aguardo as noticias – ao desligar o celular, sentiu que seu coração batia apressado. Será que esse era o sinal de que tudo ficaria bem? Era sua chance de corrigir a burrada que fizera? E se não os convencesse? As pessoas pensam sempre o melhor, mantém a mente positiva. Não que ela também fosse assim, mas deixava a realidade garantir sua saúde mental.

Ela desceu do carro, caminhou até a cafeteria da esquina. Um bom copo de café quentinho ia ser providencial para clarear as ideias. Após pedir a bebida, ela sentou-se numa das mesas de fora para apreciar o movimento. Sua cabeça fervilhava com os mais diversos sentimentos. Precisava ser positiva, otimista, porém não podia esquecer que não era uma reunião entre amigos ou colegas de trabalho. Era um encontro de negócios, sua carreira e seu futuro em Castle e na emissora dependia disso.

Bebericou um pouco mais da bebida. E se falasse besteira e Terence não gostasse da intervenção em seu trabalho? De repente, ela estava nervosa e ansiosa. Eles poderiam interpretar de forma diferente, errônea. E se achassem que ela estaria querendo ensina-los sobre o que fazer, como trabalhar? A mente começava a dar um nó. Não conseguiria fazer mais nada, precisava voltat para casa. Somente Nathan podia ajuda-la a acalmar-se e colocar a cabeça no lugar.      

Ao chegar em casa, ela o encontrou na cozinha preparando um sundae enorme.

- Hey, babe! Já de volta? Pensei que ia demorar um pouco mais. Estou aqui preparando um super sundae daqueles com tudo dentro que você geralmente detesta que eu coma, mas como estava fora eu pensei... por que não? – ele espirrou um pouco de calda de chocolate na mão que acabou sujando o pulso dele. Quando estava prestes a lamber o local, sentiu um puxão seguido do contato da língua de Stana na sua pele. Surpreso pelo gesto, a viu pegar o copo do doce e enfiar a colher cheia com vontade na boca.

- Oh, Deus! Isso era tudo que eu precisava. Obrigada, babe – ela saiu andando com a taça dele até o sofá. Nathan a seguiu intrigado, sentou-se ao lado dela e perguntou.

- O que aconteceu, Stana? – ela permaneceu comendo sem responder – vamos! Alguma coisa se passou a ponto de querer meu sundae, você está devorando um monte de calorias. Fale comigo – ela colocou a taça sobre a mesa limpando o canto da boca sujo de sorvete. Suspirou e encarou-o.

- Eu recebi uma ligação da minha agencia. Aparentemente, os executivos da ABC falaram com Terence e Alexi. Eles querem conversar comigo amanhã, saber minhas reais intenções – Nathan abriu o sorriso e pegou a mão dela na sua.

- Amor, isso é excelente! Não podíamos ter melhor oportunidade. Eles conhecem seu trabalho, o que pensa e sente pela série. Sua paixão pela personagem, tudo a seu favor.

- Eu pensei assim também, mas e se eu disser algo que não deva? E se eles interpretarem minhas ideias como uma forma de me meter no trabalho deles, querer ensinar como fazer seu trabalho? Eles podem ter a impressão errada, Nate.

- Não terão. Vamos lá, Stana. Eles conhecem você. Aposto que ficaram curiosos após saberem da sua oferta. Se tem alguém capaz de convencer os manda-chuvas da ABC de que você e a pessoa certa para ter o cargo de produtora, e Terence. Anime-se, amor. Isso e uma noticia boa. A que horas será a reunião?

- Cedo pela manhã. Oito horas na sede da emissora – ele se aproximou dela puxando-a para ficar de rosto colado. Beijou-lhe o rosto deslizando seus lábios até encontrar o lóbulo de sua orelha. Acariciando seu corpo com as mãos, ele continuou a cuidar dela sussurando.

- Você está a um passo do seu contrato ser assinado, Staninha. Eu sinto isso e acho que diante desse fato, devemos comemorar. Que tal um pouco mais de sorvete? – ele pegou a colher cheia molhando os lábios dela novamente para em seguida sorve-los com paixão. Ao se afastar com o gosto do chocolate na boca, ela acariciou o rosto dele.

- Como você pode ser tão positivo?

- Porque eu conheço bem você, suas intenções e seu coração. Terence e Alexi vão perceber o mesmo que eu ao conversar com você, Staninha. Você vai ver. Quero que esqueça esse encontro por algumas horas. Tenha uma boa noite, descanse e relaxe. Sei exatamente o que fazer para conseguir afastar sua mente disso por um tempo. Quero que você suba as escadas, tome um banho e me espere na nossa cama somente de lingerie. Vou fazer uma massagem especial e cuidar de cada pedacinho do seu corpo. Já subo.

Ela levantou do sofá, enfiou o indicador na taça sobre a mesa levando-o a boca. Repetiu o gesto agora oferecendo o dedo a Nathan. Ele chupou-o lentamente, provocando-a.

- Não me importo de ter um pouco desse sorvete para degustar também. Espero você lá em cima.

Quando Nathan chegou ao quarto, carregava uma bandeja com uma garrafa de vinho, as taças, uma travesa de frios e belo pote com sorvete, cobertura, morangos e chantilly. Stana já deitada para a sua massagem, sorriu ao vê-lo entrar com todo aquele material.

E conforme ele prometera, Stana experimentou todas as sensações possíveis para relaxar através do toque das mãos habilidosas que a massageavam. Além de descansar, logicamente ele atiçou um outro sentimento diretamente em seu corpo. O desejo de permanecer o máximo de tempo sob aquelas mãos a faziam gemer de satisfação. É claro que ele adiou a maior necessidade de sua esposa para curtirem a outra parte das preliminares. Beberam, saborearam queijos deliciosos e dividiram o sorvete preparado por Nathan.

Por fim, eles deitaram na cama e cumpriram a maratona de fazer amor naquela noite, ao terminar após um satisfatório orgasmo, Stana sentiu uma imensa vontade de tomar mais um pouco do sorvete que ele trouxera antes para degustarem. Manhosamente, ela o convenceu a descer para buscar o doce. Sentados na cama, lado a lado dividindo a colher, ela tornou a falar sobre o encontro do dia seguinte.

- Acho que você tem razão. Terence compreenderá muito bem o que eu gostaria de fazer como produtora. Analisando com mais calma, creio ser essa a forma como convencerei a ABC a assinar logo meu contrato.

- Não tenho duvida nenhuma quanto a isso. Você verá. Agora, esse sorvete está me dando uma outra ideia... sabe como poderíamos prova-lo?

- Posso imaginar, mas é melhor descansar por hoje. Quem sabe amanhã não colocamos sua ideia em prática?

- Já está arregando, Staninha? – ele a olhou provocando – sabia que não seria pareo para mim.

- Não cante vitoria antes do tempo, Nathan - dizendo isso, ela beijou-o mais uma vez levantando-se da cama para escovar os dentes. Minutos depois, ela se aconchegava no edredom para dormir. Nathan juntou-se a ela logo em seguida, adormecendo com as pernas dela enroscadas nas dele.

No dia seguinte, Nathan acordou cedo para preparar um café reforçado para Stana. Acompanhou-a durante a refeição e fez questão de ir até o carro dar-lhe um beijo de boa sorte para garantir que sua manhã começasse com o pé direito. Antes de entrar no carro, recebeu o carinho do marido.

- Brilhe, Staninha. Sei que você é capaz disso. Estarei aqui esperando para comemorarmos nossa vitoria. Temos mais dois dias, amor – rindo, ela entrou no carro e deu a partida.

Sede da ABC

Stana andava lentamente pelos corredores do sétimo andar. Ela estava quinze minutos adiantada do compromisso. O tempo extra serviria para acalmar os nervos e diminuir a ansiedade. De frente para a sala de reunião, ela optou por sentar numa das cadeiras disponíveis do lado de fora. As mãos ansiosas, não paravam de tamborilar em seus joelhos. Os lábios eram vagarosamente mordidos pelos dentes. Fechou os olhos e soltou um longo suspiro. A calma seria fundamental naquele momento.

Depois de diversas respirações profundas, ela se sentia bem melhor. Foi quando Terence e Alexi surgiram a sua frente com um largo sorriso nos lábios. Ela se levantou para cumprimenta-los estendendo a mão, porém foi surpreendida pelo abraço de Alexi.

- Bom te ver, Stana. Faz poucos dias que não nos vimos, acredita que já estou sentindo falta?

- O ritmo e as brincadeiras nos deixa meio viciados, não?

- Sim, deixa sim – Terence completou dando um beijo nela – vamos entrar para conversar? – diante do clima mais ameno, Stana relaxou um pouco mais. Talvez a reunião não fosse formal ou difícil como imaginara. Pelo menos, estava confiante.

Sentados de frente para Stana, eles engajaram-se numa conversa bastante informal. Queriam saber como ela estava curtindo o hiatus.

- Na verdade, descansei um pouco esses dias, coloquei o sono em ordem, resolvi algumas pendências. Mas daqui a dois dias estarei viajando para o deserto para filmar meu novo projeto. Então, como podem ver o hiatus será bem agitado.

- Você e Nathan não se importam de assumir projetos no seu descanso. Gosto disso. De qualquer forma, vamos ao que nos trouxe aqui – disse Terence – confesso que ficamos muito surpresos com o contato da ABC sobre você. Ao que nos consta, você e Nathan já deviam ter assinado seus contratos. Quando nos contaram que você fez uma proposta diferente para assumir além do seu papel, a produção da série, claro que ficamos curiosos. O que a levou a considerar essa possibilidade?

- Na verdade, são sete anos de trabalho intenso. Conheço a série e respeito a sua historia. O ultimo episódio escrito por Terri foi bastante emocional para mim não apenas pelo fato que ela estava indo embora, como pelo que representou a minha personagem. Eu vi no papel de produtora, uma oportunidade de fazer essa nova fase de Castle ser tão maravilhosa como as demais, a vontade de ajudar a contar esse caso de amor, a luta a favor da justiça, e uma maneira de retribuir todo o sucesso e o carinho que ganhei em todos esses anos. Gostaria de ajudar Beckett a enfrentar a nova etapa da vida sem perder a majestade que conquistou. Criar novas aventuras para ela e Castle. Eu tenho algumas ideias, esta encruzilhada me interessa porque precisamos dar algo crível ao publico, nossos fãs tão leais. Foi por isso que sugeri o cargo.

Terence e Alexi se entreolharam. Era fácil perceber o amor e a dedicação de Stana em tudo o que ela fazia. Se queria assumir o cargo de produtora, não agiria de maneira diferente. Apenas de ouvir as palavras dela, podiam perceber o quanto adorava a série. Estava preocupada com o rumo de sua personagem, o que era natural. Precisavam entender um pouco mais sobre o que ela imaginara, ouvir suas ideias.

- Tudo bem, Stana. Sabemos que você tem um interesse particular para compartilhar conosco. Estou falando de suas ideias para a história – disse Alexi – pode falar, fique a vontade.

E com o aval dos dois escritores, ela começou a contar aquelas situações que desenvolvera na companhia de Nathan. Foram muitas sugestões, justificativas para Castle e Beckett com algumas aventuras, o lado romântico da série e com certeza, o ponto mais importante na visão de Stana. Manter Kate Beckett na NYPD. Transforma-la em capitã e cuidando de seu próprio distrito onde poderia influenciar em assassinatos e na justiça.

- Claro que Beckett seria uma excelente senadora para o estado de Nova York, mas não agora. Ela desenvolveu uma vocação, caçar assassinos é seu maior trunfo. Fizera carreira na policia, lutou para virar capitã. Não seria justo com a ela abandonar seu progresso para seguir carreira política. Ela poderá ser representante do povo daqui a alguns anos. Ainda tem muito o que conquistar na NYPD.

- Tenho que dizer seu conhecimento e sua coerência quanto ao show é impressionante. As ideias são bem interessantes, podemos desenvolver várias delas. O cargo de produtora ira exigir horas extras além das que normalmente trabalha gravando, algumas reuniões pré-episódios, algum tempo na sala dos escritores. Se está disposta a isso, não vejo porque não aprovarmos o seu nome, Stana. Será muito bom ter você ao nosso lado nessa temporada. Não concorda, Terence?

- Absolutamente. Será uma ótima adição a equipe. E sobre o destino de Beckett, acredito que estamos todos na mesma pagina. Comunicaremos nossa decisão ao pessoal da ABC, claro que a palavra final será deles. Afinal, não sabemos ao certo o que eles ainda tem para discutir com você ou entre eles.

- Obrigada aos dois. Significa muito para mim. Eu gostaria de salientar um único ponto de preocupação. Caso a emissora de sinal verde para a minha proposta, eu queria sua compreensão para começar a filmar Castle com uma semana de atraso na data marcada. Estarei concluindo as filmagens do meu segundo filme desse hiatus na mesma semana de volta da serie. Sendo assim, qualquer discussão sobre roteiros ou episódios poderemos fazer no estúdio ou via conferencia, somente não poderei filmar.

- Isso pode ser arranjado. Não se preocupe.

- Muito obrigada novamente – Terence se levantou para cumprimenta-la. Alexi fez o mesmo, ambos sorrindo.

- Foi um prazer revê-la, Stana e seja bem-vinda ao nosso pequeno time – disse Terence – que a ABC nos permita! – abraçando-os ela se despediu seguindo pelos corredores da emissora com uma expressão bem mais relaxada do que aquela que a trouxera ali logo cedo naquela manhã. Não havia decisão final ainda, mas dessa vez, Stana saiu sorridente com a confiança restaurada. Dera um grande passo hoje. Restava esperar pela decisão dos executivos.


Dando partida no carro, ela decidiu cuidar dos últimos acertos para sua viagem. Não iria telefonar para Nathan, queria dar a noticia pessoalmente. Checando o relógio, percebeu que eram dez da manhã. Precisaria de apenas meia hora para comprar o que estava faltando e iria para casa.


Continua.... 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

[Castle Fic] One Night Only?! - Cap.32


Nota da Autora: Ainda estamos em Roma e esse capitulo esta recheado de momentos gostosinhos de casal e um pouquinho de comedia, pois nao faz mal a ninguem. Outra coisa, tem NC kkkk... o clima esta bom e o capitulo ficou grande. Quem sabe no proximo nao vem aquele angst...estou pensando...enfim, divirtam-se! 

PS.: Desculpem qualquer erro de acento ou ortografia, revisei como pude, mas o meu teclado esta limitado :(  


NC17...be aware! 


Cap.32


Cedo pegaram a estrada para Florence. Por volta das dez horas, eles chegaram a um local belíssimo. Um vinhedo famoso da região. Foram recebidos com degustação de vinhos e queijos antes de serem levados ao seu quarto para meia hora de descanso. Logo deveriam estar no saguão para fazer um passeio pelo lugar e ter um momento muito especial para qualquer pessoa que fosse leiga em matéria de vinhos. Kate teria a oportunidade de fazer vinho, participaria da dança das uvas.

Tudo era incrível naquele lugar. Os cheiros, os campos, as parreiras. Havia um clima de romance no ar. De mãos dadas, Castle e Beckett seguiram para o passeio pelos hectares cobertos de uvas. Quando chegaram ao local de decantação, encontraram um pátio com vários barris largos onde os funcionários depositavam caixas e caixas de uvas nos tonéis para um dos mais clássicos processos da fabricação do vinho.  

Com a orientação dos funcionários do local, eles tiraram os sapatos, lavaram os pés, prenderam a calça de Castle para cima como se fosse uma bermuda. No passado apenas as mulheres realizavam essa função, porém como ali era diversão, os homens também tinham seu espaço.

O ato de pisar nas uvas era sensacional. Ficava difícil descrever a sensação das uvas estourando através das pontas dos seus dedos. A gargalhada de Kate ecoava no ar. Castle ria e não resistia a companhia ao seu lado, abraçava-a pela cintura trazendo-a aos beijos para junto de seu corpo. As pernas lambuzadas de suco de uva e o pisar na massa gelatinosa que se formava diante de seus pés davam um novo apelo ao momento.

- Isso é fantástico! Castle, eu estou adorando...

- Vai amar ainda mais quando pudermos provar os vinhos e fazer amor – ele sussurrou em seu ouvido – sabia que pode levar o seu extrato? Fico pensando em mil coisas que posso fazer com ele.

- Oh, Deus.... isso é tortura, Castle...

- Eu também sei brincar – mas foi surpreendido por um aperto na calça que o fez arregalar os olhos – ok... você provou que pode ser boa de brincadeira.

- Eu sei que sim – ainda ficaram um bom tempo nos barris quando finalmente o guia os chamou para se limparem e o acompanharem para o almoço especial, antes porém receberam a garrafa com o extrato que eles haviam produzido. Depois de um cardápio bem especial italiano regado com vinho da melhor qualidade, foram convidados para tomar um café expresso na varanda da pousada anexa a vinícola. Ficaram conversando por uns quinze minutos até Kate sugerir que fossem dar um passeio pelas trilhas do lugar. Tudo obviamente era um pretexto para ficarem sozinhos e arrasta-lo para a pequena suíte que ocupavam ali.

- Pensei que quisesse aproveitar as trilhas... – ele disse enquanto Kate o puxava pela mão em direção a cama jogando-o contra o colchão – já vi que sua ideia de trilha é bem diferente – ela sentou-se sobre ele sorvendo seus lábios sensualmente. Castle agarrou-a pela cintura sentindo as curvas do corpo dela. Quebrando o beijo, despiu a camisa do homem para sua apreciação,  ela levava os lábios através do pescoço, ombros, peito, erguendo a cabeça para olha-lo, respondeu.

- Essa trilha me parece bem mais interessante...

- Pode ficar melhor ainda...- ele disse retirando a blusa e o sutiã de Kate, virando-se para tê-la em seus braços, presa a ele. Agora era a vez das calças. Em seguida, pegou a garrafa do vinho que fizeram juntos, abriu. Cuidadosamente, ele despejou o liquido sobre o colo e o meio dos seios de Kate derramando até a região do umbigo. Os lábios começaram a explorar a pele traçando o caminho do vinho usando a boca, a língua, todos os gestos levando a mulher abaixo de si ao êxtase. Kate arqueava o corpo, empurrava os ombros dele ansiando que chegasse logo ao destino desejado, sentindo o aroma das uvas misturar-se ao suor. Queria mais, muito mais...

- Castle... preciso de você... – ele mordiscou a pele próxima ao umbigo, as mãos acariciavam os seios arrancando gemidos dela – agora... por favor... – ele a puxou para sentar-se na cama tomando sua boca com paixão. Colocando-a em seu colo, ele a penetrou de surpresa, contudo não executou sequer um movimento. Ofereceu o gargalo da garrafa para que ela provasse o vinho. Tomou um longo gole, estava delicioso. Castle fez o mesmo. Em seguida, ele deixou a garrafa de lado ficou admirando-a quieta, os lábios ainda arroxeados pelo vinho, um pouco inchados devido aos beijos. Linda.

Quando ouviu um suspiro escapar de seus lábios, Kate não pensou duas vezes. Sorveu-lhe os lábios movimentando seu corpo contra o dele. As unhas agarraram seus ombros impulsionando o seu peso contra Castle. Aos poucos, sentia a pele arrepiar, o toque de Castle funcionava como faíscas elétricas. Começava a tremer recebendo as porções de ondas que dominavam sua mente e seu corpo. No limite do prazer, Kate mordeu o ombro dele e jogou a cabeça para trás querendo aproveitar ao máximo o instante em que estava prestes a tornarem-se um só.

Castle também estava no limiar, mas queria o completo prazer dela. Mordiscou a garganta, sugou-lhe os seios sem deixar de se movimentar dentro dela. Finalmente, após lutar contra todas as sensações que sentia, cedeu ao prazer afundando-se completamente nela.

Minutos depois, Castle a puxou consigo para o colchão. Ela permanecia imóvel somente respirando com dificuldade enquanto o coração tentava se recuperar do episódio. Ainda havia vinho na garrafa na cabeceira. Beijou o peito dele virando-se para o outro lado para levantar da cama. Ele reclamou ao pressentir o que ela fazia. Esticou o braço e tomou a bebida da garrafa. Sentou-se para espera-la voltar.

Kate saiu do banheiro ainda nua com uma blusa na mão. Espreguiçou-se na frente dele e começou a se vestir.

- Onde você pensa que vai?

- Quero comer e depois vou dar uma volta em Florence. Ou você acha que ia ficar somente na cama? Pode me acompanhar se quiser – ele se levantou da cama indo para o banheiro. A verdade era que também estava faminto e não reclamaria de um passeio com sua amada pelas ruas da cidade.

Após passar meia-hora tomando um café no pequeno restaurante da pousada, eles conseguiram um carro e seguiram para as ruas de Florence. Visitaram as igrejas, um museu, deliciaram-se com um vinho Chianti. Andaram por muitos quilômetros de mãos dadas sentindo o clima romântico da cidade. Sim, a atmosfera lembrava romance. Pararam em uma banquinha no meio de uma praça para saborear um belo sanduiche de prosciutto e salame. Na volta para o vinhedo, Castle comentou sobre a ópera sugerida por Ellen. Checando o relógio, Kate acabou escolhendo outro plano.

- São quatro da tarde, se sairmos daqui a meia hora, chegaremos em Roma na hora do jantar. Que tal comermos alguma massa naquele restaurante que o Giuseppe me indicou? Depois não me incomodaria de provar o melhor tiramisu de Roma, você me prometeu...

- Que restaurante é esse?

- Tenho no meu celular, ele ia me levar lá amanha.  

- Tudo bem, ligo para Ellen avisando que não iremos querer os ingressos assim ela passa para outra pessoa – ele pegou o celular e discou o numero da amiga. Enquanto conversavam, Kate se distraia admirando a paisagem. Assim que desligou, ele tocou sua coxa para fazê-la olhar em sua direção – excelentes noticias. Nenhum problema com os ingressos, mas Ellen acabou de me dizer que a programação da editora mudou. Os executivos optaram por uma reunião somente `as oito da manha e ficarei livre o resto do dia. Meu trabalho aqui está concluído, o que significa que teremos mais tempo para nos divertir. Depende de você, o que prefere fazer? A decisão é sua.

- Ok, se é para eu escolher quero curtir um pouco mais de Roma com você. Podemos ir a um museu, explorar o norte de Roma, caminhar sem lenço e sem documento e namorar muito. Ah! E preciso ir a Fontana de Trevi!  

- Sendo assim, vamos voltar para a pousada comprar mais umas garrafas daquele Chianti maravilhoso e pegamos a estrada para Roma.

- Por mim, tudo bem.

Depois que arrumaram tudo e pegaram as garrafas de vinho, eles contataram o motorista indicado pela empresa de Ellen. A viagem de volta foi bem tranquila, ficando isolados do motorista devido ao vidro protegido por película, Castle e Beckett puderam namorar a vontade. Na frente do hotel, por volta de sete e trinta, Kate se espreguiçou ao descer do carro. Já haviam discutido que iriam apenas trocar de roupa para saírem novamente para jantar. Optaram por ir jantar em um outro restaurante no centro de Roma mais próximo ao local do tiramisu. Deixariam o norte da cidade para a segunda-feira.

O lugar onde Castle a levara para provar o melhor tiramisu de Roma a surpreendeu. Era uma casinha modesta, numa pequena sala a dona colocara quatro mesinhas com toalhas vermelhas e um balcão para atender os clientes. Nas paredes, pinturas e tintas fortes enfeitavam o local. Sentaram-se numa mesa e Kate deixou Castle tomar a frente de tudo já que ele conhecia o melhor da casa.

Escolheu café e havia biscoitinhos caseiros em um potinho que acompanhavam a bebida. Dez minutos depois, a dona mesmo trouxe os pratinhos com a sobremesa mais amada dos italianos. A cara do tiramisu estava muito bonita. Ao provar a primeira colher, ela simplesmente fechou os olhos e suspirou.

- Meu Deus! Castle, isso está divino! A mistura do queijo e do café... wow!

- Eu disse a você. Não há outro melhor em Roma – ele também se deliciava com o doce. Kate comia gemendo a cada colher, uma hora aproximou-se dele tascando um beijo nos lábios dele. O beijo ficou ainda melhor. Ao terminar o momento bacana, Kate pediu outro cafezinho. Quando Castle pagou a conta, optaram por sair caminhando pelas ruas para pegar um taxi. Passava das dez da noite.

De volta ao hotel, Castle ligou para o serviço de quarto solicitando uma garrafa de vinho. Sentados no sofá, ele entregou a taça da bebida para ela. Depois de alguns goles em um Shiraz delicioso, ela preferiu os lábios do amado iniciando uma nova brincadeira que certamente terminaria na cama.

Na segunda-feira, ele acordou bem cedo para tomar café e seguir para a reunião. Antes de deixar o quarto, ele se inclinou para beija-la. Castle recebeu o carinho merecido das mãos e dos lábios de Kate. Ainda preguiçosa, ela se esticava para puxar a camisa dele querendo trazer seu corpo de volta para a cama.

- Amor, tenho que ir. Minha reunião... durma mais um pouco, minha bela adormecida. Encontro com você depois, imagino que a reunião não vai demorar tanto. Eu ligo para você.

- Tudo bem, vou esperar.

Quando finalmente criou coragem, levantou-se da cama indo para o banheiro. Vestiu-se e desceu para tomar café. Em seguida, decidiu ir para a rua. Eram quase dez horas da manhã, Castle deveria estar terminando a reunião. Nas imediações do hotel, Kate admirava as vitrines de marcas famosas com roupas belas a sua frente. Enquanto analisava uma bolsa, o celular tocou. Sorriu ao ver o nome no visor.

- Hey, Kate!

- Oi, onde você está?

- Terminei tudo por aqui. Estou voltando para o hotel. A menos que me diga onde está, posso ir encontrar com você.

- Estou próximo ao hotel. Venha para cá que espero você. Um beijo.

Quinze minutos depois, ele descia de um carro. Logo a avistou e a abraçou com carinho beijando seus lábios.

- Pronta para explorar o norte de Roma, Kate? Vamos de carro ate lá.

- Não vejo a hora de explorar um museu e passear pelas ruas. Não se esqueça que iremos almoçar no restaurante da nona.

- Claro que não esqueci. Vamos curtir o nosso dia – entraram no carro com Castle passando as instruções para o motorista. Segundo ele levariam apenas vinte minutos sem transito. Pararam bem a frente do museu. Durante três horas, eles caminharam pelos pavilhões das obras de mãos dadas admirando a beleza das obras consagradas. Ao saírem de lá, visitaram algumas igrejas pelo caminho e procuraram pelo endereço dado por Giuseppe. Estavam chegando ao restaurante quando Kate recebera uma mensagem dele perguntando por onde ela andava.

Kate mostrou a mensagem a Castle e respondeu que estava ao norte pronta para degustar o nhoque da nona. Giuseppe ficou feliz ao saber que ela aceitara suas sugestões. Ela também fez questão de dizer que estava com o seu namorado. Um novo alerta soou indicando novo texto, o italiano dizia que se desse encontraria com eles no restaurante. Castle deu de ombros, se esse cara quisesse passar dos limites com Kate, ele sabia o que fazer. A veia do ciúme pulsava forte quando o assunto era Kate Beckett. Ela não respondeu a mensagem de Giuseppe. Talvez ele estivesse apenas jogando ao dizer que iria encontra-los, tentando ser um bom anfitrião.

Continuando o passeio, escolheram uma mesa mais reservada para almoçarem com um pouco de tranquilidade. O restaurante da nona era bastante barulhento. Estava lotado. A tal nona foi logo identificada por Castle, ela estava no balcão gritando com os garçons alegremente cantarolando os pedidos que ficavam prontos, um lugar bem família e super aconchegante. Um dos garçons veio atende-los com um sorriso no rosto e uma cesta de pão italiano, azeite e pimenta do reino. Numa rápida conversa, ele explicou as especialidades da casa ficando simples para Kate escolher. Ia provar o famoso nhoque. Ela pediu a quatro queijos, ele pediu ao sugo. Para acompanhar, uma bela jarra da sangria feita com o vinho da casa. Sozinhos novamente após a bebida ser servida, eles engajaram uma conversa.

- Então, tudo resolvido na editora? Como foi sua reunião?

- Tudo ótimo. O evento foi um sucesso. As vendas excelentes deixando os executivos bem satisfeitos. Conversei sobre a possibilidade de fazer um novo evento quando Heat Rises for lançado e talvez trazer os quadrinhos de Derrick Storm para a editora italiana, claro que terei que convencer Gina quanto a isso.

- Isso será fácil. Ela visa sempre o bom lucro.

- Sim, não deixa de ser verdade. Posso concluir que a viagem foi um sucesso. Ellen agradeceu sua paciência e queria inclusive nos levar para jantar hoje a noite, porem imaginei que você não gostaria, para ser sincero, nem eu. Quero curtir esses dois dias com você. Amanhã voltaremos ao Bonacceli, lembra que prometemos certo?  

- Sim, não esqueci. Estou feliz por ter você um pouquinho mais para mim e curtir Roma – esticou a mão para toca-lo. Castle levou a mão dela aos lábios beijando os nós dos dedos sorrindo. O cheiro da massa invadiu suas narinas. Os pratos fumegantes acabavam de chegar. Com as bocas cheias d’agua, eles salivavam ao sentir o aroma do queijo derretido. Concentrados, eles se dedicaram a comer. Os sabores se misturavam proporcionando um momento único para os dois que trocaram garfadas, bebericaram vinho e alguns carinhos e beijinhos rolaram.

Quando o garçom retornou a mesa deles, Castle solicitou o menu de sobremesas. Ela ainda estava comendo os últimos nhoques do prato. Deixou a critério dele a escolha do doce porque mais tarde queria o tiramisu. Indicando o doce desejado, ele voltou sua atenção a namorada.

- Estou impressionada com a massa que comi. Acho que desse jeito vou voltar uns dez quilos mais gorda!

- Deixe de ser exagerada, amor. Você está ótima. Aliás, a escolha de hoje foi impecável. Tenho que reconhecer que seu amigo Giuseppe conhece de culinária – o garçom chegou com a sobremesa – pedi um zabaione para nós dois e por favor, poderia trazer mais dois expressos para a gente? Obrigado – voltando sua atenção para Kate, ele retomou a conversa – esse restaurante entrará para a minha lista de favoritos.

- Que bom que gostou. Ponto para o Giuseppe.

- Também não precisa tanto. Vou pedir a conta e podemos continuar o passeio por Roma. E hoje a noite, vamos a uma das melhores pizzerias de Napoli. Pegaremos o trem das cinco ou seis horas a viagem e de uma hora e pouco. Jantamos e voltamos para Roma, que tal?

- Não esperava ir a Napoli...

- Já que estamos aqui, porque não degustar da verdadeira pizza napolitana. O ultimo trem sai meia-noite. Temos bastante tempo. Agora que são três da tarde! Deixamos o tiramisu para amanhã – Castle pediu a conta para saírem. Caminhavam na rua observando as construções antigas da cidade. Kate registrava algumas paisagens com o celular. Depois de rodarem bastante, eles seguiram para o hotel. Trocaram de roupa muito rápido voltando para a estação de trem. 

A viagem foi uma maravilha e o jantar nem se fala. Kate e Castle divertiram-se, riram, namoraram e comeram muito bem. Encerraram a noite com um café expresso antes de pegar o trem de volta a Roma. De volta ao hotel, Kate o arrastou direto para o chuveiro. O dia havia sido cansativo e um banho seria providencial, só que não era a primeira ideia que passava na mente de Kate naquele instante ou pelo menos não um banho qualquer. Jogando-o no chuveiro de roupa e tudo, ela devorava os lábios de Castle. Entrando na brincadeira, ele despiu-a vagarosamente com a água quente massageando seus corpos. Porém, Kate estava louca para sentir cada uma das sensações que Castle a proporcionava. Devagar não iria funcionar para ela naquele momento. Arrancando as roupas dele, imprensou o corpo nu de Castle contra a parede.

Os lábios sugavam cada pedaço acessível de pele a sua frente. As mãos perdiam-se apertando, tocando, instigando. Ao tomar o membro dele em suas mãos, em movimentos rápidos ela foi dominando e controlando completamente aquele homem. Porém, Castle não estava totalmente entregue aos lances de sedução de Kate. O membro já ereto e pronto para possui-la precisava de espaço e oportunidade. Surpreendendo-a, pegou-a pela cintura, virou-a de costas para ele apertando os seios, beliscando e puxando os mamilos fazendo Kate gemer e perder um pouco da dominância.

Então, ele fez o que desejava. Apertando-a contra seu corpo pela cintura, ele a penetrou. As bocas tornaram a se encontrar em um beijo sedutor e erótico. As línguas dançavam no mesmo ritmo vagaroso e extremamente convidativo e sexy. Castle passou a movimentar-se dentro dela. Os movimentos aumentando a temperatura já elevada do chuveiro. Queria mais, precisava de mais. Kate agarrava os braços dele com força indicando que queria mais, depois subia pelo peito, pescoço puxando-o para um novo beijo. Suas unhas arranhando a pele dos ombros.

Sentindo as pernas amolecerem devido o principio de tremor anunciando o orgasmo próximo, Kate se apoiou na parede contraria simplesmente deixando Castle possui-la como desejasse. Com algumas estocadas, ela não aguentou mais e recebeu a onda de prazer como a sensação maravilhosa que tanto ansiava. A respiração pesada de Castle em seu pescoço, apenas denunciava o quanto ambos estavam envolvidos no momento de prazer e loucura. Pura libido. Virando o rosto em busca da boca de Castle, ela se deixou dominar pela explosão que se finalizou em um beijo igualmente louco.

Ele a puxou escorando-a no próprio corpo. Podia sentir o coração de Castle descompassado. Ela mesma descansou o rosto na curva do pescoço dele. Ficaram ali, sem se mexer, por vários minutos, apenas sentindo a água corrente do chuveiro pinicar-lhes a pele, o vapor subindo no box e as sensações ainda presentes na pele de ambos.

Quando finalmente se recuperaram, Kate afastou-se preguiçosamente deixando a água atingir seu corpo por completo. Os cabelos longos perdendo a forma a medida que a água os invadia. Escorado na parede, ele observava cada movimento de Kate debaixo do chuveiro, era um pequeno espetáculo. Ao vê-la esfregar o sabonete liquido no corpo, desejou ser ele quem espalhava a espuma sobre aquelas curvas. Automaticamente, o membro despontava de novo. O efeito não passou despercebido para ela que virou-se para encara-lo deslizando sensualmente as mãos aumentando a espuma. Foi do colo ate o meio de suas pernas.

De repente, ela sentiu a mão dele sobre a sua, exatamente no centro de suas pernas. Sorrindo, ele a encurralou no chuveiro e forçou a retirada da mão de Kate deixando o caminho livre para toca-la. Soltando uma pequena gargalhada, ela encostou a cabeça na parede de azulejos e fechou os olhos rendendo-se aos gestos de Castle. Usou os dedos provocando, preenchendo-a. O corpo de Kate reagia automaticamente ao toque fazendo-a gemer. Em questão de minutos, estava a beira de um novo orgasmo quando sentiu os lábios de Castle a provando. Dali em diante, tudo aconteceu rapidamente. E quando finalmente relaxou, tinha um sorriso genuíno nos lábios.

Suspirando, ela abriu os olhos por fim. Encontrou Castle ainda ofegante com a cabeça debaixo da água. Ela o puxou contra si e beijou-o intensamente. Em cinco minutos, ele estava novamente dentro dela, num ato rápido, eles se entregaram e se amaram. Duas horas depois, conseguiram sair do chuveiro. Ele se vestiu mais rápido que Kate seguindo para o quarto primeiro que ela. Após secar um pouco o cabelo, passar hidratante e vestir o pijama, Kate encontrou-o sentado na pequena sala com uma taça de vinho nas mãos. Havia outra na mesinha. Também reparou que tinha um prato de frios ao lado dela.

- Com fome? – perguntou sentando-se no braço do sofá ao lado dele e recebendo a bebida.

- Essa brincadeira toda despertou meu apetite. Quer salame, detetive?

- Haha, não o seu – ela beliscou a orelha dele de leve implicando – engraçadinho.

- Você e seus pensamentos maldosos. Estava apenas oferecendo um pouco do delicioso salame italiano. Tem mortadela também – ela decidiu sentar-se no colo dele para ter melhor acesso aos frios. Provando o salame, ela riu escorando-se no peito dele.

- Muito gostoso. Eu realmente me diverti muito hoje, Castle. Como não fazia a um bom tempo. A viagem a Napoli foi incrível além de totalmente fora do programado. E nem preciso falar de Florence. Amei aquele lugar! Que bom que não desisti de vir com você para Roma. Foi uma experiência incrível.  

- Foi não, está sendo. Amanhã tem mais, ainda devo a segunda dose do melhor tiramisu a você.

- E devemos outra visita ao Pepe. Se a lasanha dele for tão maravilhosa quanto o carbonara nem sei o que pensar. Almoçaremos no restaurante dele, certo?

- Como eu prometi – ele beijou-lhe rapidamente – que tal irmos para a cama? Já passa da uma da manhã.

- Você vai para cama, eu vou arrumar as malas. Esqueceu que voltamos para Nova York de noite? Se quiser aproveitar o dia, melhor deixar tudo pronto.

- Se você prefere, tudo bem. Não se preocupe com o horário. Paguei uma diária extra a fim de não esquentarmos a cabeça. Nosso voo saira as onze da noite. Podemos estar no aeroporto por volta das dez, somos clientes Vips.

- Sabe Castle, até que ser sua namorada tem suas vantagens. Melhores hotéis, viajar de primeira classe...

- Não se esqueça que parte disso e devido a você. Se a série Heat não fosse um sucesso nem estaríamos aqui.   

- Concordo – ela respondeu enquanto se levantava do colo dele não sem antes dar um beijo carinhoso nos lábios dele. Voltou do banheiro com parte de suas coisas e acabou se entretendo arrumando tudo enquanto Castle estava deitado na cama brincando com o controle remoto zapeando entre canais com sotaque italiano. Quando ela terminou, encontrou-o repetindo as palavras em italiano do repórter. Ela se aconchegou ao peito dele perguntando.

- O que você está fazendo ai, babe? Treinando seu italiano?

- O sotaque deles é bem engraçado.

- Não, é romântico. Melodioso, cativante...

- Menos, amor. Assim vou achar que me trocara por um italiano em um instante.

- Deixa de ser bobo! Desliga isso e vamos dormir. Tem muita Roma para amanha cedo e são quase três da madrugada – tirando o controle das mãos dele, ela apagou a televisão e aconchegou-se ao peito dele fechando os olhos. O cansaço bateu e adormeceram rapidamente.

A manhã de quinta-feira começou cedo. Antes das oito, ela já estava pronta e se dedicava a arrumar os últimos detalhes das malas. Castle estava resmungando no banheiro por ter sido acordado tão cedo. Nada que uns beijinhos não resolvessem pensou Kate. Desceram para o café, saborearam uma ótima refeição e as nove eles deixaram o hotel. Haviam deixado um passeio especifico para aquela manhã. A Fontanna de Trevi. Caminhando de mãos dadas, eles se deliciavam pelo caminho. Ao se depararem com um pequeno carrinho de raspadinha, não resistiram e Castle comprou a bebida para degustarem. Visitaram varias lojinhas ao redor da atração turística.

Após tirarem bastante fotos na área, Kate retirou da sua bolsa uma moeda de um euro. Virando-se para encara-lo, falou.

- Você não vai pegar a sua? É tradição para todos que venham até aqui jogar uma moeda e fazer um pedido. Superstição ou não, eu quero fazer. E você como meu companheiro de viagem deve fazer o mesmo.

- Só um desejo? Ou se jogar três moedas posso pedir três coisas?

- Menos, Castle. Não desenvolva teorias malucas. Apenas cumpra a tradição. É tão difícil assim? Pegue logo sua moeda, vamos! – obedecendo o pedido dela, Castle achou engraçado a tão metida a cética estar se rendendo a um gesto de puro engano próprio para iludir turistas. Não perderia a oportunidade de implicar com ela.

- Quem diria... a cética detetive que não acredita em sobrenatural, ETs, monstros, se rendendo a uma tradição de desejos. Tai algo que não imaginava ver de Kate Beckett.

- Haha! Por que não se conforma em apenas entrar no clima, no ambiente. Isso é uma parte da viagem, Castle. Pare de enrolar e venha até aqui logo – ela já se encontrava de costas para a fonte com a moeda na mão esperando por ele. Rendendo-se a ansiedade de Kate, ele ficou na mesma posição e esperou a contagem até três da namorada para juntos jogarem as moedas na fonte. Assim que ouviram o barulho na água, Castle a fitou morrendo de curiosidade.

- Então, o que você pediu?

- Outro fato interessante sobre essa tradição – ela disse remexendo na gola da camisa – você não pode revelar o que pediu, caso contrario seu desejo não se realiza. Portanto, quando acontecer prometo que te conto.

- Ah, Kate! Você só pode estar brincando! – ela ria do desespero dele em querer saber o que pediu. Continuaram caminhando pelas ruas de Roma ate o momento que o estomago dela começou a reclamar de fome. Entrando no metro, eles seguiram para o restaurante de Pepe. Assim que chegaram, Kate reparou que mesmo na hora do almoço, o lugar estava cheio de gente engajada em conversas e risadas.

Castle logo avistou o amigo no balcão da parte de trás do salão. Acenando para ele, Pepe bateu palmas feliz por vê-los outra vez. Após um forte abraço no escritor e um beijo em Kate, os guiou até uma mesa pessoalmente escolhida para que pudesse servi-los e conversar.

- Ainda bem que não me enganou, Rick! Vieram provar a minha lasagna?

- Claro, eu prometi. Tem vinho nesse restaurante?  

- Você está pensando que está na casa de algum italiano mão de vaca? Miguel! Trás vino e pane para Rick! E uma porção de fosca! – Kate sorria com o jeitão italiano dele. Logo havia bebida e aperitivos na mesa. E o serviço não parou por ai – bebe questo vino e aspetta perche la lasagna será magnífica. Volto já.

Pepe os deixou na mesa comendo o aperitivo para abrir o apetite. O vinho era forte e delicioso. A fosca saborosa e aproveitaram para namorar um pouquinho enquanto a lasagna não chegava. Queria estender sua estada em Roma, ia ficar com saudades da boa vida e do tempo tranquilo que desfrutara ao lado de Castle. Infelizmente, o dever precisava ser cumprido. Montgomery já fora generoso demais com ela concedendo esses dias de folga. Estava com o olhar perdido segurando o copo de vinho quando Castle a chamou.

- Hey, no que estava pensando? Está bem longe. Desligada.

- Ah, desculpe. De repente, me peguei pensando na vida em Nova York e que toda essa folga está prestes a acabar.

- Se pudesse, adoraria esticar nossa estadia aqui.

- Mas não podemos, portanto contente-se com as ultimas horas.

- Posso contar um segredo? Eu disse a Alexis que chegava somente na sexta, isso significa que teremos mais uma noite juntos. Dormirei no seu apartamento? Pés

- Mesmo? E você decidiu isso assim, sem ao menos consultar a dona do apartamento?

- É que a dona não resiste a mim, além de fã é apaixonada por esse bonitão – ele piscou para Kate.

- Você é um folgado mesmo! – Pepe chegou bem nessa hora com o prato fumegando de lasanha já se intrometendo na conversa.

- O Rick? É o cara mais folgado que eu conheço. Fique alerta porque ele te enrola – apoiou o prato sobre a mesa e começou a servi-los. O cheiro estava envolvente. Kate sentiu a boca salivar – pelo menos você é policial. Não vai se deixar levar por certas historias furadas dele.

- Acho que é tarde demais para isso. Ela já caiu nas minhas historias, todas elas – Pepe terminou de colocar o pedaço da lasanha no prato de Castle e em seguida tacou o pano de prato no ombro dele como se fosse um chicote.

- Pare de se gabar! Allora, manjare tutti! – Kate gargalhava ao ver o olhar espantado de Castle claramente pego de surpresa por Pepe – andiamo! Quero saber o que acharam – ela provou um pedacinho com cuidado, pois estava muito quente. Assim que colocou a massa na boca, ela sentiu a explosão de sabores. A massa leve, o queijo derretido de primeira, o suave molho de tomate. Simplesmente maravilhoso.

- Pepe, isso está delicioso! Muito suave, gostoso demais.

- Ela tem razão. Você se superou nessa lasagna. Quer me dar a receita?

- Ma che?! Para você não, para a signorina talvez – ele pensou por um instante – va benne! O segredo está nos ingredientes, especialmente o queijo e o molho e de tomate fresco, nada de enlatado. Você pode tentar fazer, mas não fica igual por causa da massa.

- Mesmo assim, já é uma excelente dica.

- Vou deixa-los comer em paz. Vou pedir para minha filha preparar uma sobremesa especial para depois – ele se afastou e os dois continuavam a saborear a bela massa sem querer saber de conversa. Apenas quando se sentiram satisfeitos, eles arriaram o talher no prato. Kate suspirava. A travessa de lasagna estava quase vazia. Ela bebericou um pouco do vinho e se encostou na cadeira para curtir o momento de total preguiça.

- Precisaremos andar bastante essa tarde para compensar o exagero desse almoço.

- Nem me fale e ainda tem a sobremesa. Nem pense em dizer não a Pepe, vai magoa-lo – nem bem terminou de falar, um garçom apareceu trazendo mais vinho e perguntando se eles já estavam prontos para a sobremesa. Foi o jeito concordar. Cinco minutos depois, Kate foi interrompida em sua conversa com Castle por uma mensagem de Giuseppe. Queria saber se ela ainda estava em Roma e se poderia encontra-lo. Para evitar conclusão errada por parte de Castle, decidiu mostrar a mensagem. Ele leu entortando a boca – você acaba de dizer que quer aproveitar as horas em Roma na minha companhia por que deveríamos encontrar com esse cara? Além do mais, me parece bem estranho o súbito interesse dele em querer encontra-la.

- Não acredito ser nada demais. Acho que poderíamos marcar com ele no lugar do tal tiramisu. Ele foi tão gentil comigo nos primeiros dias, nos deu dicas ótimas e estarei com você. Qualquer intenção diferente que ele tenha, será minada pela sua presença apesar que não imagino que ele tenha esse tipo de interesse em mim.

- Você esta falando isso somente para me acalmar. Uma mulher linda como você e do jeito que esses italianos são enxeridos, claro que tem segundas intenções.

- Não, os italianos tem esse perfil, mas nem todos.

- Você é uma detetive, Kate. Não seja tão ingênua.

- Não se trata de ingenuidade, ele não gosta da fruta. Portanto, quem deveria estar preocupada sou eu.

- Ele é gay? Você percebeu ou ele falou?

- Percebi. Afinal, observar pessoas e parte da minha ocupação como detetive. Posso responder para ele? Qual o endereço do tiramisu? – pegando o celular dela em suas mãos, ele escreveu o local e disse que se encontrariam por volta das quatro e meia da tarde. Gigio se aproximou da mesa onde eles estavam, Pepe veio logo atrás trazendo a sobremesa. Como bons italianos, puxaram a cadeira e sentaram-se sem cerimônia a mesa com os dois.

- Hoje a sobremesa é leve. Um gelatto de pistacchio e macadâmia. O outro sappore e chocolate com avelã porque o grande Rick aqui não dispensa o chocolate. Ecco!

- No domingo, aproveitei para ler o novo livro para o papai. E mama mia! Que historia! Aquela cena da tequila – Gigio se voltou para Kate – isso foi antes ou depois de você se tornar namorada dele porque vou dizer se tudo foi imaginação de Castle, o garoto estava inspirado e louco por você. Uma fantasia e tanto! – Kate ficou automaticamente vermelha. Castle sorriu e segurando a mão dela para passar um pouco de calma, replicou o comentário do amigo.

- Somente marmanjos como você não resolvidos e cheios de tesão pensam assim. Não se trata de fantasia. Minha imaginação é fértil e preciso dar um apelo a mais para a historia. Quanto a Kate, ela tem o papel de musa, isso explica muita coisa. E parem de implicar, ela fica logo envergonhada.

- Ok, scusami Kate. Mas é bom! Papa gostou bastante.

- Ecco! Pelo menos compensou por ter matado o Storm. Nikki é encantadora. É uma detetive muito sensual e inteligente. Como você, Kate.

- Obrigada, Pepe. E a sobremesa? Deliciosa! Sua filha está de parabéns.

- Grazie, grazie – eles ficaram conversando por um bom tempo e gargalhando com as besteiras que Castle e os italianos diziam. Finalmente, ele aceitou que Castle pagasse a conta. Despedindo-se dos amigos com a promessa de voltar a Roma daqui a algum tempo talvez para um novo lançamento da série Heat, eles deixaram o restaurante não sem antes Castle mostrar a Kate que a foto deles já estava pendurada na parede próximo ao balcão das bebidas.

Eles caminharam para fazer a digestão e se livrarem do peso do almoço. Pegando um novo metro, eles saltaram a um quarteirão da lanchonete onde vendia o tiramisu especial. Na outra esquina havia um café. Ela adulou o namorado para comprar café para ela, ainda nem dera quatro horas, portanto seu organismo era capaz de beber e depois comer o doce. Enquanto ele fazia sua vontade, ela se entretera com as vitrines. Encontrou algumas peças de roupas bem bonitas e interessantes além de uma jaqueta de couro marrom que a conquistou de cara. Ao entrar na loja com os copos de café, Castle assobiou ao vê-la com a jaqueta.

- Adorei. Combina perfeitamente com a detetive da NYPD que, por acaso, estou saindo. Ela vai gostar desse tom. Clássico. Alias, devo acrescentar que essa peça ficaria perfeita para um certo striptease que ela está me devendo – ele se aproximou abraçando-a pela cintura, beijando-lhe os lábios – pode levar o que quiser, amor. Tudo fica perfeito em você.

- Castle! Não quero que fique pagando por tudo que eu compro. Não é justo.

- Somente pensei em lhe dar um presente, algo para lembrar de Roma. Vamos, amor. Aceite! – ele via em seu rosto a luta travada pela detetive, não sabia se deveria aceitar o presente. O gesto de mordiscar o canto dos lábios a deixava ainda mais linda.

- Tudo bem. Mas nem pense que por isso vai ganhar seu strip. Não pode me comprar, escritor!

- Não preciso disso. Você perdeu uma aposta. Tem que pagar. Simples assim.

- Sei, sei – envolveu o pescoço dele com os braços e agradeceu o presente tomando os lábios nos seus. Castle pagou a conta e Kate saira da loja com duas sacolas cheias de roupas. Entraram na lanchonete procurando por um lugar bom para sentar. Tão logo encontraram uma mesa boa, Kate avistou Giuseppe chegando, fez sinal para ele. Percebeu que não estava sozinho. A desconfiança dela tinha fundamento. O italiano que o acompanhava não parecia nem de longe um amigo, apostava em namorado ou quem sabe marido.

Giuseppe se aproximou de onde estavam. Com um sorriso no rosto e um belo rapaz ao seu lado, ele avançou beijando-lhe o rosto. Ao olhar para o lado, ele se deparou com Castle.

- Você deve ser o namorado de Kate. O escritor. Prazer em conhecê-lo. Kate fala muito de você. Giuseppe.

- Mesmo? – ele olhou sorrindo faceiro para ela – Rick Castle. Prazer.

- Esse é meu namorado, Antonny. Kate e Castle, bem você sabe melhor do que eu quem ele é. Acredita que estava comentando sobre você e descobri que Tonny adora os livros de Castle? Já entendeu porque ele veio comigo.

- Claro! – Castle já se empolgou – sentem-se. Podemos pedir alguma coisa para beber e o tiramisu daqui que é divino – eles sentaram-se e ao contrario do que o escritor esperava, Antonny fez questão de sentar ao lado de Kate. Talvez fosse um pouco de nervosismo da parte dele, como era normal de fãs. Não era esse o caso. O italiano queria mesmo era o autografo de Kate Beckett, a musa que deu vida a Nikki Heat.

- Parece que eu me enganei com o interesse de Antonny – disse Giuseppe – sendo assim, concordo com você. Vamos pedir o tiramisu.

- Excelente – chamou o garçom e logo depois iniciaram uma conversa bem interessante sobre os locais de Roma, a arquitetura e obviamente, Giuseppe quis matar a curiosidade sobre a vida de escritor. Vendo que o assunto chegou a livros, isso atraiu a atenção dos dois. Antonny começou a perguntar para Castle sobre processos, como montava a cena e seus truques para prender o público. Empolgado, Castle começou a se falar de sua genialidade, mas bastou um olhar de Kate para ele acrescentar a experiência da NYPD e a inspiração tirada de casos que investigaram juntos.

Quando os doces chegaram, Kate comprovou novamente porque Castle entitulara-o como melhor tiramisu de Roma. Não somente terminou o seu como pediu mais um. Castle riu da maneira como ela reagira ao doce. O segundo ela comeu mais devagar. Saboreando realmente como deveria ser. Enquanto ela se perdia no doce, Antonny pediu para que ele autografasse seus livros de Nikki Heat.

- Quando vira o próximo? Já estou ansioso para saber o que acontecera com Rook e Nikki, obvio que ele gosta dela e a recíproca é verdadeira – disse Antonny.

- Claro que sim. Você não entendeu? Eles são espelho dos dois – disse Giuseppe. Castle e Kate trocaram um olhar e sorriram – viu?! Esta na cara deles!

- Wow! Eu nem me toquei disso. Você pode assinar também, Kate? Estou tão empolgado por ter conhecido a verdadeira Nikki – Kate riu achando engraçado o fato de pessoas a considerarem uma espécie de celebridade tanto quanto Castle. Pegou o livro e a caneta assinando com carinho para Antonny – muito obrigado! Nem sei como me sinto! Duas celebridades, famosos aqui na Itália.

- Não é para tanto. Não somos famosos – disse Kate.

- Fale por você, eu sou – todos riram do comentário de Castle. Após algumas conversas a mais, pediram a conta e deixaram a lanchonete. 

Do lado de fora, cumprimentaram-se novamente e Giuseppe comentou.

- Você é um homem de sorte. Uma mulher linda como Kate não é tão fácil de encontrar. Cuide bem dela. Se não fosse gay, certamente seria meu tipo de mulher.

- Obrigado, Giuseppe. E eu sei o quanto sou sortudo – de mãos dadas, eles seguiram em caminhos opostos. Castle e Kate voltaram para o hotel. Após um pequeno momento relax quando adormeceram por quase três horas, eles optaram por fazer uma refeição leve no quarto. Enquanto esperava, Kate arrumava os últimos detalhes da bagagem. Duas horas depois, estavam no aeroporto de Roma.

Ao embarcarem, Kate encostou a cabeça no ombro dele, após um longo suspiro, ela deixou sua mão deslizar pelo peito dele. Estava bastante relaxada. Queria muito pensar que tinha muito tempo para ficar exatamente assim, parada no abraço de Castle. Por mais que houvesse longas horas de viagens, não era suficiente para suprir o que estava precisando. Estava acostumada com a companhia dele. Esses dias em Roma serviram para isso.

- Uma pena que está acabando. Será que vou me acostumar a dormir sozinha?

- Se essa é uma preocupação, você tem ainda uma noite de saldo.

- De volta a realidade. Logo estaremos investigando assassinatos.

- Não se preocupe, Kate. Vou pensar em várias teorias mirabolantes para entretê-la se os casos forem tediosos.


- Aposto que sim, Castle – ela inclinou a cabeça para beija-lo. Satisfeita, dormiu em seus braços. Sim, estaria de volta a vida real. Talvez enfrentasse uma fase ótima ou talvez ela se deparasse com surpresas nada agradáveis a frente. Somente o tempo dirá.


Continua....