Nota da Autora: Finalmente consegui fazer outro capitulo. Bienvenuto a Roma! Aproveitem a calmaria, estou em clima de romance. Tem palavras em italiano, musica e momentos fofos e quentes! Tudo que o casal merece nessas ferias ... divirtam-se! E perdoem pq meu teclado esta ruim ainda...
NC17... be aware!
Cap.31
Como eram mais
de oito horas da noite, Castle sugeriu que eles aproveitassem para jantar ali
mesmo no restaurante do hotel. A viagem atravessando o atlântico era cansativa
de qualquer maneira, ele tinha compromisso logo pela manhã. Uma entrevista com
a TV local deveria encontrar Ellen as nove no saguão do hotel. Com um rápido
banho, eles vestiram uma roupa elegante e seguiram para o restaurante de mãos
dadas.
O restaurante
Mirabelle tinha um ar de luxo que lembrava os antigos salões de cortes do
século XVIII em sua decoração. Luz suave, flores e cristais compunham a beleza
das mesas. Situado no sétimo andar com enormes janelas de vidro que se abrem
revelando uma vista de tirar o fôlego da cidade. Kate estava admirando a beleza
do local. Se já estava deslumbrada com o hotel, imaginava como se sentiria perambulando
pela cidade.
O maitre os
conduziu até uma mesa para dois próxima a uma das portas de vidro, o que
proporcionava uma ótima vista para abrilhantar ainda mais a noite. Castle
escolheu um vinho tinto merlot. Aceitando a sugestão do garçom optaram pelo
menu especial do Chef daquela noite constituído de entrada, prato principal e
sobremesa selecionada por ele mesmo para aquela noite. Ambos estavam curiosos
com o que iam provar. A entrada foi Stracciatella com queijo burrata flores de
abobrinha e trufas brancas. Ao colocar a primeira colher na boca, Kate parecia
ter provado um pedacinho do céu, a combinação perfeita. Durante o prato
principal, um risoto com cogumelos porcini, queijo castelmagno com molho de
vinho do porto, eles conversavam sobre a agenda do dia seguinte.
- Que horas
será sua entrevista amanhã?
- Ellen
passará no saguão do hotel por volta das nove. A entrevista será as dez. Você
já sabe o que vai fazer? Quero me encontrar logo após a entrevista com você. O
próximo evento será na livraria no centro as quatro, tarde de autógrafos até as
seis. Depois iremos jantar.
- Pretendo
andar pelo centro de Roma, visitar alguns pontos históricos. Quando você
estiver livre, me ligue então eu dou a minha localização e você vem me
encontrar. O evento principal será no sábado, certo?
- Sim, se quer
minha opinião, eu adoraria que você estivesse presente.
- Eu sei,
babe. Mas isso seria nos expor demais. Conversamos sobre o assunto, se o evento
for filmado há chances das imagens serem vinculadas nos Estados Unidos.
-
Sinceramente? Vou checar com a Ellen se existe essa possibilidade. Após o
evento acredito que teremos um jantar, por isso vou conversar com Ellen, quero
sua companhia. E domingo será todo nosso. Somente nós dois – Kate bebeu um
pouco mais de vinho.
- Como esse
risoto está maravilhoso. Mal posso esperar pelo domingo. Segunda será outro dia
cheio, não?
- Sim, tenho
reuniões com a editora, almoço com executivos. Toda aquela parte chata que
deveria ser feita por Gina. Devo ficar livre por volta das três. Terça, sou
todo seu. O bom que a nossa volta será na madrugada de quarta, o que nos
garante mais um dia completo em Roma – o garçom se aproximou trazendo a
sobremesa. Uma mousse de mascarpone com calda de expresso.
Colocando a
primeira colher na boca, Kate suspirou de satisfação.
- Meu Deus!
Que delicia!
- Melhor que
isso somente uma noite de amor com você, Kate.
-
Hum...tentador, Castle. Se quiser posso te dar uma demonstração daqui a pouco –
instigou com um sorriso genuíno apertando o joelho dele fazendo a mão deslizar
até a altura da virilha.
- Não faz
isso, Kate. Preciso descansar... – eles continuaram a saborear a sobremesa
seguida de café expresso e uma dose de licor de framboesa. Juntos subiram para
o quarto, despiram-se e contentaram-se em aconchegar-se nos braços um do outro
entregando-se ao sono e ao cansaço.
Na manhã
seguinte, Castle acordou por volta das sete ainda sob efeito do jetlag. Seguiu
para o banheiro, tomou uma ducha para despertar e apareceu no quarto quase
pronto. Kate já tinha acordado mesmo continuando deitada observando-o desfilar
enquanto terminava de se vestir. Criando coragem para acompanha-lo no café da
manhã, ela levantou-se e se arrumou em quinze minutos. Desejavam com todas as
forças um café bem forte.
O Buffett do
café era um verdadeiro banquete de massas, pães e guloseimas. Optou por provar
pequenos pedaços de pães italianos e comer frutas. Não podia abusar da comida
se pretendia passar o dia caminhando pela cidade. O café macchiatto caiu como
uma luva para despertar a ambos. Checando o relógio, Castle tinha dez minutos
até a chegada de Ellen. Kate decidiu fazer companhia a ele enquanto esperava.
Eles estavam
escorados em um pilar do hotel trocando beijinhos quando ela avistou a
jornalista. Com um breve aceno, Castle se fez notar. Virando-se novamente para
fita-la, segurou o rosto dela com ambas as mãos roçando o polegar nas
bochechas.
- Vai sentir
minha falta?
- Demais... –
ela ajeitava o colarinho da camisa – mas talvez eu encontre uns italianos interessados
em me fazer companhia – disse com um olhar tipicamente implicante – uma dama
como eu andando sozinha pelas ruas de Roma...
- Nem pense
nisso, comporte-se!
- O mesmo
serve para você. Vou esperar para almoçarmos juntos. Boa sorte, babe – sorveu
os lábios carinhosamente e ficou parada sorrindo vendo-o se afastar indo ao
encontro de Ellen. A jornalista a cumprimentou de longe. Assim que Castle
deixou o hotel, Kate subiu para pegar sua bolsa e informações. Hora de se
divertir em Roma.
Enquanto
Castle trabalhava, ela aproveitava para explorar a cidade. Com algumas dicas do
concierge, começara o dia percorrendo as ruas e as praças do centro da cidade.
Durante um dos passeios, conheceu outros turistas que a fizeram companhia e um
italiano muito engraçado chamado Giuseppe que prometeu leva-la ao Coliseu e ao
melhor gelatto de Roma. Não que isso importasse para Kate, mas em outra ocasião
ela certamente teria reparado no porte atlético, nos belos olhos verdes e a
barba em forma de cavanhaque ao redor dos lábios carnudos combinando com os
cabelos negros que o tornava extremamente atraente.
Era design e
naquela manhã acabara de visitar um cliente com o qual fechara negócio
dando-lhe a oportunidade de curtir o resto do dia. Era um conceito bem
diferente do vivido por americanos. No Coliseu, ela vivenciou parte da história
italiana através das palavras de Giuseppe. Cada canto de Roma tinha uma
curiosidade, uma história peculiar para ser dividida com aqueles que passavam e
se interessavam. Tirou fotos de vários lugares e chegando próximo a piazza
novata, encontrou um pequeno bar que se transformava em sorveteria durante o
dia.
Pedindo um
sorvete de chocolate e avelã, Kate se deliciou a cada colherada. O dono do
estabelecimento, um senhor muito simpático se esforçava muito para conversar
com a turista americana e insistiu que ela provasse quase todos os sabores de
sorvete disponíveis. Uma verdadeira festa de gelatto. Ela comeu até não
aguentar mais. Giuseppe perguntou se ela apreciava pizza, apesar de Roma não
ser Napoli, havia um lugar com a verdadeira pizza italiana, uma variação enorme
de tipos, calzones e vinhos deliciosos que ficava no centro.
Infelizmente
não ia poder acompanha-la, mas garantiu que seu namorado ia gostar bastante.
Comprometeu-se para encontra-la na segunda. Explorariam um museu maravilhoso da
cidade e um bairro tradicional com construções bem características dos
antepassados do grande império ao norte da Itália. Se topasse almoçar, havia um
restaurante de uma nona italiana que fazia um nhoque divino. Kate não ia deixar
de aceitar a ajuda do rapaz já que as dicas pareciam ser muito boas, podia
conhecer e levar Castle. De qualquer maneira, Giuseppe deixou o nome dos
lugares que mencionara para caso ela tivesse curiosidade de explorar, poderia
fazer do jeito certo. Quando estavam para se despedir, ela tirou uma foto
comendo um polpetone em uma barraquinha de rua.
Ela caminhava
pelas lojinhas de produtos culinários e temperos quando seu celular tocou.
- Oi, Castle!
- Oi, amor.
Divertindo-se?
- Muito. Já
está livre? Estou louca para ir a feirinha com você. Passear de mãos dadas e
receber seus beijos.
- Estou
terminando. Acredito que em quinze minutos estou livre. Onde nos encontramos?
- Piazza novatta,
de lá podemos sair a pé para o nosso passeio.
- Ótimo. Quero
te levar numa cafeteria deliciosa que tem a dois quarteirões de lá, um expresso
de morrer. Estou precisando de café, você não? E o melhor tiramisu de Roma. Vai
querer comer todos os dias.
- Tudo numa
cafeteria? Esse lugar será o meu paraíso.
- Não, o
tiramisu fica em outro lugar. Daqui a meia hora na praça. Um beijo.
Castle
desligou o telefone dirigindo-se a Ellen. O trabalho já havia terminado, porém
iriam acertar os detalhes para a tarde. Ele queria conversar com ela sobre a
possibilidade de Kate se juntar a eles na noite de sábado para o coquetel de
lançamento de seus livros. Explicou a situação e o que seria um problema.
- Rick, você e
Nikki. Não posso dizer que estou surpresa. Desconfiei assim que a conheci. Ela
estava morrendo de ciúmes de mim. Nunca me engano quando acontece. De cara
sabia que ela gostava de você. Será um prazer recebê-la no evento. Pode ser um
appeal adicional para a editora e para os presentes. Muitos fãs adorariam
conhecer sua inspiração.
- Esse é um
ponto importante. Kate não gosta dessa badalação, fotógrafos e ser incomodada
por muitas pessoas. Ela é reservada. Inclusive nosso relacionamento é um
segredo em Nova York, nem mesmo seu superior desconfia. Quero sua cooperação
quanto a isso.
- Pode vir a
livraria por volta das sete, talvez não tenha mais tanta gente. Ia sugerir
fazer uma entrevista com ela, mas já entendi que está fora de questão. Não se
preocupe, não haverá equipes de televisão e o evento será divulgado apenas na
Itália. Manteremos o segredo. Ah! Quase ia me esquecendo. Domingo já arranjei
transporte para leva-los a Florence. E tenho dois ingressos hoje a noite ou
domingo para a opera, sei que é um clássico e você já deve ter assistido várias
vezes, para um apreciador nunca é demais. Les Miserables.
- Vou falar
com Kate. Quatro horas estarei na livraria para a tarde de autógrafos. Vou
andando.
- O motorista
o espera na porta. Quando estiver pronto, ligue para esse numero – Ellen entregou-lhe
um cartão – ele ira pegá-lo onde estiver.
- Obrigado.
Ele a avistou
conversando com uma florista enquanto cheirava a diversidade de flores. Era uma
imagem digna de uma foto. Pedindo para o motorista parar o carro a uma certa
distância de onde ela se encontrava. Com o celular, ele capturou várias imagens
de Kate sorrindo e apreciando as flores. Todas muito espontâneas. Guardou o
dispositivo andando ao seu encontro. Castle a surpreendeu agarrando-a pela
cintura tascando um beijo na lateral do pescoço ao mesmo tempo que uma das mãos
estendia-se pegando um ramo de flores entregando a ela.
- Para mia
Regina... piu bella – a florista bateu palmas e gritou.
- Ecco! La
amore... – Kate virou-se para encara-lo não resistindo deixando-se envolver
naqueles lábios que ela desejara por toda a manha.
- Está com
fome?
- Eu comi umas
besteiras durante a gravação, mas eu adoraria um bom copo de vinho e uma massa.
Mas se formos almoçar realmente perderemos muito tempo e não saboreamos o café
que lhe falei.
- Podemos ir
de pizza, tem um lugar aqui perto segundo o Giuseppe, uma das melhores pizzas
de Roma. Se quisermos a melhor teremos que ir a Nápoles – ela enroscou os dedos
aos dele enquanto Castle pagava pelas flores já se afastando da barraca.
- Giuseppe?
Quem já é esse?
- Um italiano
que conheci andando pelo centro, ele estava ajudando um grupo de turistas que
iria ao Coliseu e acabou me acompanhando no passeio. Contou histórias incríveis
da Roma antiga e me apresentou uma casa de gelatto maravilhosa. Faço questão de
leva-lo até lá. Sei que vai delirar quando provar o sorvete de chocolate com
pedaços de chocolate amargo.
- Só falta
você me dizer que o tal italiano gentilmente a acompanhou porque ele trabalha
com isso. Do contrário aposto que ele não era capaz de um gesto tão altruísta
com uma turista.
- Ele não
trabalha com turismo. É design. Decora prédios e ambientes comerciais.
- Ah, então
ele fez questão de dizer o que fazia. Ele era bonito, Kate?
- Ele é um
jovem italiano, Castle. Obviamente que é bonito – ela viu o semblante dele se
fechar. Estava com ciúmes – foi ele quem indicou o lugar pensando que eu
poderia leva-lo para almoçar, eu disse que tinha namorado. Ele inclusive riu
quando disse que ia registrar o sorvete de chocolate porque era seu preferido –
ela mostrou a foto dela com a casquinha lambendo propositalmente para fazer
inveja a Castle. Ele continuava emburrado. Remexeu entre as fotos e mostrou
aquela que tirara com Giuseppe – pronto, aqui está o seu suposto inimigo. Cas,
pare de besteira... eu passei a manhã toda pensando em você em todo o lugar que
ia, agora que estamos juntos vai ficar tendo crise de ciúmes porque um italiano
me ajudou?
Ela se
aproximou colando seu corpo ao dele, mordiscando o lóbulo da sua orelha
provocando para fazê-lo ceder.
- Estou com
você, não? Escolhi o escritor ao médico então não seria um italiano lindo de
olhos verdes e sarado que faria eu descarta-lo – um sorriso malicioso formou-se
nos lábios dela – além do mais, ninguém sabe contar uma história como você,
eles não me conhecem e nem seriam capazes de detonar uma bomba para me
salvar...
- Isso é
chantagem, Kate... – ela roçava os dentes pela mandíbula dele em plena praça
deslizando a mão pelo peito dele.
- A
verdade....somente a verdade....
- Acho que me
convenceu, amor...
- Ótimo,
podemos almoçar? Estou faminta! E não me esqueci do café que me prometeu.
Eles
caminharam para o endereço que Giuseppe havia lhe informado. Era um lugar
pequeno, frequentado na sua maioria por jovens. Sentaram-se numa mesa no meio
do salão, uma garçonete veio lhes atender. Com uma rápida olhada no menu, eles
optaram por uma pizza meia muzzarela, meia romana. Pediram o vinho da casa.
Kate notou que a garota não tirava os olhos de Castle, nem parecia disfarçar. Ao
pedir a conta, Kate não resistiu e perguntou.
- Você tem
algum problema, moça? Eu reparei que não deixava de olhar para meu
acompanhante. Algum motivo especial? – a garçonete ficou nervosa literalmente
vermelha com o questionamento de Kate. Colocando as mãos no rosto, achou melhor
responder.
- Desculpe, eu
posso estar enganada, mas ele me lembra alguém.
- Um
conhecido? – mas com seu instinto investigativo, ela já imaginava que a garota
havia reconhecido Castle.
- Eu... de
certa forma, ele – virou-se para Castle – você é o escritor de mistérios, o
criador de Nikki Heat. Rick Castle, não? – viu um sorriso aparecer no rosto
dele enquanto olhava dando de ombros para Kate. Ela não podia fazer nada, então
sorriu também.
- Sou eu, sim.
Rick Castle, prazer – estendeu a mão para a garota, com as mãos tremulas ela
apertou-a fazendo o gesto de cumprimento.
- Sou sua fã.
Li todos os seus livros em inglês. Fiquei tão feliz quando soube que seriam
lançados em italiano. Eu vou ao evento mais tarde. Largo as quatro horas, passo
em casa para pegar meu livro em inglês de Heat Wave e vou para a livraria. Oh
Dio mio! Eu aqui tagarelando e... você pode me dar um autógrafo?
- Claro que
ele pode. Depois você pega a assinatura dele no seu livro. Use o guardanapo,
Castle – Kate sugeriu para atender esse desejo de fã – qual o seu nome?
- Nicole.
Alguma chance de Nikki vir do meu nome?
- Não, Nikki é
apenas Nikki. Sem derivados – disse Castle pegando um guardanapo rabiscando o
autografo para a garota – prontinho. Vejo você mais tarde, Nicole.
- Obrigada,
grazie! – então ela se afastou. Kate entortava a boca somente para implicar com
ele.
- Então é
assim que você espera passar a tarde e o dia inteiro amanhã, Castle? Com
mulheres babando em você?
- Amor, elas
são apenas fãs dos meus livros, das minhas histórias – ele disse já saindo da
lanchonete rumo ao café que ele mencionara anteriormente.
- Sei, eu era
uma fã. Olhe para mim agora.
- Ciúmes,
agora? – ele parecia surpreso olhando para ela.
- Não é
ciúmes. Eu conheço sua história, sua reputação e sou prova viva de que uma
leitora pode se tornar interessante e até namorada.
- Mas nem
todas são policiais e podem inspirar uma personagem, somente você – puxou Kate
pela cintura, beijou-a no meio da rua.
- Sério,
Castle. Eu pensei melhor e quero ir ao evento. Não poderia vir até Roma e não
prestigiar seu sucesso. Seria errado. Claro que eu posso estar correndo o risco
de brilhar mais do que você, chamar a atenção, sabe? – ela brincava com a gola
da camisa dele, mordiscou seu pescoço.
- Tenho
novidades para você. Mas primeiro vamos ao café, daí eu conto.
Eles sentaram
numa mesa na área externa da cafeteria. Castle pediu dois macchiatos com
essência de baunilha. Para acompanhar um bolo gelado de avelã e mascarpone. Ele
tinha razão, o café era delicioso, o doce também. Por alguns minutos, ela
esqueceu da conversa que estavam tendo antes de entrar na cafeteria. A bebida
tirou sua atenção completamente, ela e um outro pequeno detalhe, um par de mãos
que insistiam em vagar pelo seu corpo.
- Por favor,
Castle...vamos voltar para o hotel... ainda temos tempo antes de ir trabalhar.
- Tem certeza,
Kate? Estamos aproveitando uma tarde para passear em Roma e o tiramisu... – ele
perguntou mordiscando os lábios dela, a mão apertando a coxa.
- Dane-se
Roma! Quero você... – ela disse mordendo os lábios dele em retorno a provocação
feita por ele.
- Meu Deus! O
que tem nesse café? – disse Castle impressionado.
- Eu não sei,
mas por segurança, leve maus dois copos do café para nós. Essa bebida tem
poderes, como Roma – Castle pediu mais dois cafés para a viagem, pagou a conta
e gritou por um taxi desesperadamente nas ruas de Roma. De volta ao hotel, eles
correram para estar no quarto o quanto antes. Kate nem aguentou chegar próximo
a cama. Arrancou a camisa dele jogando-a pelo chão. Empurrou-o contra a parede
e devorou cada centímetro do corpo dele.
Língua,
lábios, dentes marcavam todo o corpo de Castle. As unhas apertaram seu bumbum
assim que livrou-se do boxer. Ele a trouxe novamente para encontrar seus
lábios, erguendo-a pela cintura, tirando cada peça de roupa que o atrapalhava e
atracando as pernas em seu corpo. Como dois loucos apaixonados eles se amaram.
De pé escorados na parede, no chão do quarto, na cadeira da antesala da suíte
luxuosa. Kate perdera a noção de quanto prazer sentira a cada momento, Castle
perdera a hora.
Deitado sobre
o cobertor no chão, ele consultou o celular ainda com Kate esparramada sobre
seu peito, os cabelos embaraçados sobre seus ombros, linda. Eram exatamente
quatro horas da tarde e o evento estava começando.
- Kate, amor,
levanta... estou atrasado! – ela se espreguiçava no corpo dele, gemendo
baixinho – Kate... são quatro da tarde.
- Oh, Deus! –
ela saiu de cima dele e Castle correu para tomar um banho rápido. Em dez
minutos, ele apareceu na sua frente pronto e charmoso como somente Rick Castle
podia ser – wow! Está muito bonitão, escritor. Pretende encontrar alguém nesse
seu evento?
- A única
pessoa que me interessa está bem aqui – ele se aproximou roçando o polegar nos
lábios dela – te vejo as sete e meia no saguão do hotel. Vista-se casualmente,
não vamos a um lugar chique – ele acariciou os cabelos dela. Com os lábios
posando sensualmente sobre o pescoço, ele sussurrou – ciao, Nikki... – rindo
ele fechou a porta atrás de si. Kate continuou parada no meio da sala, apenas
com a camisa dele sobre o corpo e um sorriso bobo nos lábios.
A bandeja com
os copos de café estava sobre a mesa de centro. Kate decidiu esquentar e beber
novamente aquela bebida deliciosa, agora extremamente relaxada. O liquido
quente desceu pela garganta proporcionando mais um momento de prazer depois de
tantos outros já realizados naquela tarde. Que loucura! Definitivamente, o ar
de Roma estava lhe fazendo muito bem.
Por volta de
sete e meia da noite, Kate deixou o elevador a procura de seu namorado. Ela
optara por um vestido preto de alcinhas na altura dos joelhos. Não abrira mão
do salto alto de um scarpan, segurava um casaco fino nos braços, os cabelos bem
escovados caídos sobre os ombros.
Aparentemente,
Castle ainda não chegara. Sentou-se numa cadeira confortável para espera-lo. O
celular estava na pequena bolsa. Sentiu o aparelho vibrar. Era ele.
- Hey...
- Estou
chegando, amor. Pode me esperar do lado de fora do hotel? Já estou indo com o
motorista e morrendo de fome.
- Claro! – em
menos de cinco minutos, um carro preto parou na frente do hotel. A porta se
abriu e Castle fez sinal para ela entrar. Trocaram um rápido beijo – sobreviveu
algumas horas sem mim?
- Não foi
fácil, Kate. Meu corpo ainda tem sinais claros da loucura da tarde – ele
acariciou seu cabelo – você está linda. Vamos a um lugar tipicamente italiano.
Uma cantina familiar com o melhor da cozinha italiana – o restaurante ficava ao
norte de Roma em uma vizinhança simples formada basicamente de casas antigas. A
cantina fora montada na própria casa da família Bonaccelli. Ao entrar no salão,
Kate se sentiu em um filme italiano.
As mesas com
toalhas quadriculadas em vermelho e branco, milhares de fotos e objetos
pendurados nas paredes. O cheiro delicioso de queijo, manjericão e vinho estava
no ar. E como não poderia faltar em um ambiente como esse, muita musica
proveniente de um quarteto que tocava e cantava alegremente para os clientes.
Castle a conduziu até sua mesa observando o jeito atento dela a cada detalhe do
local. Os garçons gritavam pelas massas e pedidos, outros cantavam com os
músicos. Uma verdadeira bagunça italiana.
Assim que
sentaram a mesa, o garçom muito alegre e solicito veio servi-los. Trouxe logo
uma jarra de água e um decantador com o vinho da casa. Um tinto de uva Shiraz.
Ao prova-lo, Castle sorriu dizendo para Kate fazer o mesmo. Realmente
delicioso. Como entrada, ele pediu uma porção de bruschetta e antepasto de
berinjela. Estavam saboreando a mistura de pão, orégano, queijo e tomates com
muita vontade quando Kate questionou como ele descobrira aquele lugar.
- Foi há
alguns anos atrás. Estava fazendo uma pesquisa para um livro de Derrick Storm
na Alemanha e aproveitei um final de semana para vir a Roma por conta de uma
dica que recebi sobre a operação da máfia. Tive algumas reuniões e o meu
consultor, um sociólogo italiano especializado no assunto, convidou-me para
almoçar. Disse que me levaria em um lugar especial. Um restaurante com as
melhores massas de Roma. Giovani era na verdade filho de Pepe, o dono do
Bonnacelli na sua terceira geração. Miguel que e irmão de Pepe é o próximo a
herdar o restaurante...
- Mas não diga
isso na frente de papa – Giovani falou cumprimentando Castle.
- Gigio! Não
sabia se te encontraria por aqui hoje – levantou-se e abraçou o amigo – essa é
Kate Beckett, minha namorada e musa.
- Espera! Você
e Clara Strike?
- Não! Ela é
minha nova personagem. Nikki Heat.
- Encantado...
– tomou a mão dela na sua e levou aos lábios – piu bella, Castle. Papa vai
ficar feliz em ver você. Livro novo? Quer dizer que está mais rico?
- Nem tanto.
Estava contando a história de como descobri o restaurante. Expliquei que você
me trouxe aqui – Castle tomou outro copo de vinho – foi amor a primeira
mordida. Tudo aqui é delicioso. Mal posso esperar para você provar o spaghetti
a carbonara. Quero sua opinião sobre
esse prato em especial.
- Ah, Rick
Castle! Você não muda. A história é verídica. Miguel é o próximo a assumir o
restaurante porque eu segui outra carreira e a mana trabalha na cozinha,
responsável pelas sobremesas. Quando trouxe Rick aqui, papa caiu de amores por
ele, um cara boa pinta, divertido, sorridente e admirador dos italianos, como
não poderia gostar? Isso sem falar nos livros de Storm. Papa fazia eu ler para
ele todas as noites depois que encerrava as atividades do restaurante.
- Um fã? Já
não basta o tanto que você encheu a bola dele ainda é fã.... haja paciência
para aguentar seu ego – disse Kate.
- Olha quem
fala, minha maior fã – Kate revirou os olhos – tem todos os meus livros, Gigio.
- Eu ainda não
terminei de falar tudo, signorina Kate. Papa gostou tanto dele que acabou
convencido a ensinar-lhe como preparar o nosso carbonara.
- Serio? Você
conseguiu convencer o dono do restaurante a lhe ensinar sua receita secreta? –
Kate estava impressionada com a cara de pau de Castle.
- Eu convenci
você para me deixar segui-la e namorar comigo...
- Droga! Não
tenho nada para argumentar nesse momento – Gigio caiu na gargalhada – agora
fiquei curiosa. Quero experimentar essa massa.
- Vou mandar
providenciar bem caprichada. E chamar o papa. O velho Pepe vai ficar feliz em
lhe ver.
Kate ria do
jeito que Castle se gabava. Tomou um pouco mais de vinho. Percebeu uma figura
tipicamente italiana, bonachão com bigode e uma enorme barriga. Um sorriso no
rosto.
- Rick! Que
prazer te-lo aqui. Por que demorou tanto? Estava escrevendo muitos livros? – de
repente, Castle levou um safanão – isso e por ter matado Derrick Storm!
Caspita! - ele olhou para Beckett – ah! Já vi que andou ocupado, seu safado! –
ele quase carregou Castle quando o abraçou, tacou um beijo no rosto dele – che
bella ragazza! Como se chiama, bella?
- Kate. E
obrigada pelos elogios.
- Você é muito
bonita para esse safado. Ah, como eu adoro questo ragazzo! Mesmo ele fazendo
besteiras.
- Pepe, essa é
Kate Beckett, minha namorada e a responsável pela minha nova série de livros –
Castle pegou uma sacola que trouxera consigo – aqui estão os dois livros já
escritos devidamente autografados. Tenho certeza que vai adorar. Nikki Heat é
incrível.
- Se foi
inspirada nessa linda moça...tenho certeza.
- Kate é
detetive da NYPD. Está acostumada a prender bandidos dos grandes e assassinos.
A melhor de seu distrito.
- E como você
foi conhecê-la? Matou alguém além dos livros, sim porque em se tratando de
Castle, somente se ela o prendesse que iria conseguir sua atenção.
- Há! E foi
assim mesmo que aconteceu. Tive que prendê-lo por roubar provas de uma
investigação.
- Está
esquecendo que antes disso, você me procurou para entender um crime e eu me
ofereci para ajuda-la na investigação.
- Mas prendi
você.
- Ta, tudo bem
apenas porque eu quis que você fizesse isso.
- Certo,
certo. Acertei na mosca. As histórias dela são verdadeiras, ela é da polizia,
suas histórias são fantasias para vender livros e te deixar rico – Kate gargalhou
com o jeito de Pepe.
- Posso te dar
um abraço e um beijo? – Kate levantou-se abraçando e tascando um beijo estalado
na bochecha de Pepe.
- Se cuida,
acho que sua garota gostou de mim – foi a vez de Castle revirar os olhos - Mas
por que não estão comendo nada? Miguel! Cadê a comida para Rick? Andiamo! – ele
batia palmas chamando a atenção do filho – carbonara, não? Ele insiste em
cozinhar minha receita, porém não chega nem perto. Miguel, mais vinho! Quero
que aproveitem a noite, depois do jantar vamos bailar e cantar! Vou lá na
cozinha para ver porque demora tanto, ninguém sabe fazer nada sem mim - o velho
Pepe se afastou deixando os dois rindo.
- Ele é uma
figura!
- Não conheço
uma pessoa que não goste do velho Pepe. Ele é cativante.
- E sim, tanto
quanto você – ela se aproximou e beijou-o apaixonadamente – será que o seu
carbonara é melhor que o dele? – a entonação a palavra carbonara deu um duplo
sentido a conversa.
- Tenho
certeza que sim... – ele falou malicioso.
- Estou falando
do macarrão, seu pervertido! – tornando a beija-lo. Minutos depois, o garçom
trouxe uma travessa fumegante e cheirosa de spaguetti a carbonara. Após
servi-los, o atendente se afastou deixando-os tranquilos para saborear a
refeição. Kate preparou a primeira garfada para leva-la a boca – vamos ver se
Pepe sabe preparar essa massa – ao colocar o garfo na boca, Kate suspirou e
fechou os olhos. Simplesmente dos deuses. Gemia baixinho – nossa! Isso está
perfeito. Delicioso é pouco para descrevê-lo.
- Gostou tanto
assim? Pensei que ia dizer que o meu é melhor...
- O seu é
incrível também, mas esse? Simplesmente divino.
- Ah, você só
está falando isso porque não quer admitir que sou o rei do carbonara – ela se
inclinou sobre a mesa tocando a mão de Castle como quem vai confessar algo
importante, o nome dele saiu com um sussurro.
- Castle...
cala a boca e me deixe degustar dessa maravilha – eles comeram em silêncio. Na
mesa, apenas se ouvia os pequenos gemidos de Kate a cada garfada dada. Castle
comia com um sorrisinho maroto no canto da boca, sabia que ela estava lhe
provocando. E ela tinha razão, o prato estava muito saboroso. Entre garfadas e
goles de vinho, eles jantavam sem grandes comentários. Ao terminar, Kate limpou
a boca – impressionante. O melhor que já comi.
- Tudo bem,
Kate, pode implicar bastante. Talvez na volta para o hotel não esteja tão
inspirado para atender seus desejos por carbonara já que não sou o favorito.
- Deixa de ser
bobo, Cas – a conversa deles foi abafada pelo barulho quase ensurdecedor da
melodia com o quarteto basicamente a seu lado. Pepe também se juntara a banda,
puxando uma salva de palmas enquanto os cantores entoavam “Funicoli, funicola”,
pessoas saiam da cozinha batendo colheres em panelas. Era um verdadeiro
alvoroço aquele momento no salão. As musicas italianas clássicas começavam a
serem cantadas com alegria e empolgação. Dentre tantas ouvidas estavam “io che
amo solo te, amoré scusami, Caruso, io che non vivo senza te e champagne”.
Castle a surpreendeu erguendo-se e tirando-a para jantar. Castle se empolgou
dançando com ela em seus braços e começou a cantar em alto e bom som.
Ti ricordi
quella será che per gioco ti baciai
Sembrava quasi
un'avventura
Un'avventura
in riva al mar
Dolcemente ti
baciavo e non potevo immaginar
Che stavo
invece a poco a poco
Innamorandomi
di te
Amore baciami
Arrivederci
amore baciami e se mi lascerai ricordati
Che amo te,
che amo te
Os presentes
deliravam com a festa que acontecia. Aplaudiam muito ao casal. Kate não se
deixou intimidar pelo pequeno show de Castle, ao ouvir uma das suas letras
preferidas e conhecidas, ela engajou no canto.
Se vuoi ti
acompagno, se vuoi la scusa più banale
Per rimanere
soliti, io e te
E poi gettare
via e perchè amarti come sei
La prima
volta, l'ùltima
Champagne per un dolce segreto per noi un amore proibito
Ormai resta
solo un bicchiere ed un ricordo da gettare via
Lo sò, mi
guardate lo sò mi sembra una pazzia brindare solo senza compagnia
Ma io, io devo
festeggiare la fine di un amore
Cameriere,
champagne!
Todos no
restaurante começaram a entoar o “ lalala”. Castle não aguentando mais puxou-a
para um beijo apaixonado aos gritos dos presentes e tudo virou festa novamente.
Os dois tornaram a sentar. Castle fez questão de diminuir a distância entre
eles.
- Onde aprendeu
a cantar assim, tão lindo em italiano? Você sempre me surpreendendo, Kate.
- Champagne
era uma das canções preferidas da minha mãe. Ela era fã de musica italiana.
Costumava tocar no piano aos sábados depois do almoço ou numa noite qualquer.
Sempre me chamava e aprendi a tocar também.
- Da próxima
vez que tivermos nos Hamptons vou me lembrar disso.
- Mas só
poderá pedir champagne porque é a única que sei tocar. E você não fez feio
cantando – nesse instante, Pepe veio ao seu encontro com dois pratos de
sobremesa.
- Ma che show!
Belíssimo! Trouxe a melhor sobremesa da casa, nosso tiramisu. Esse não ensinei
ao Rick, segredo de família. Ficam até quando em Roma? Deviam voltar aqui no
almoço. Posso preparar minha lasagna da mama que é esplendida. Que tal
domenica?
- Estaremos
aqui até terça-feira. Domingo não poderemos devido a um outro compromisso em
Florence, voltaremos aqui, prometo – lambendo os beiços depois de provar varias
colheres da sobremesa, exclamou – Dio mio! Isso está muito gostoso. Foi sua
filha que preparou?
- Ecco!
Aprendeu comigo.
- É verdade, muito bom. E o café, ah! Café – ela
suspirava comendo o doce.
- Kate é uma
viciada em café. Ama um bom latte com essência de baunilha ou mesmo um
expresso. Provavelmente vicio da profissão como eu.
- Então, vou
buscar agora o nosso café. Aspetta! – Pepe saiu rapidamente em direção ao
balcão do bar. Em menos de cinco minutos voltava com duas xícaras de café
expresso com leite vaporizado, pastilhas de menta e um cálice de licor de
baunilha. Serviu aos dois e mandou-os experimentar. Novamente outro carinho ao
paladar. A combinação do expresso com o licor era perfeita. Eles agradeceram a
mordomia e Castle pediu a conta. Porém, Pepe se recusou a receber o dinheiro dele,
disse que o jantar era por conta da casa, era o mínimo que poderia fazer pelo
seu amigo e escritor favorito. Pepe fez questão de tirar uma foto com os dois
para colocar na sua parede. Antes de sair, Castle mostrou uma foto sua com Pepe
e Gigio na parede próxima ao bar.
Kate adorou
ver seu namorado bem mais novo e lindo naquela foto, dando um último abraço em
Pepe saíram com a certeza da volta daqui a alguns dias desde que Castle pudesse
pagar dessa vez. De volta ao hotel, ela se livrou dos sapatos jogando-se na
cama, cansada. Ele também ficou descalço, retirou a camisa e a calça
deitando-se ao seu lado apenas de boxer. Kate deitou-se de lado para encara-lo.
- Nosso
primeiro dia oficial em Roma foi um sucesso, superou as expectativas. Estou
feliz de ter vindo com você nessa viagem.
- E as
novidades do dia ainda não acabaram, Kate. Eu conversei com Ellen, ela me
garantiu que não haverá divulgação do lançamento fora da Itália e sugeriu que
você se juntasse a mim no evento. Fica ao seu critério se irá cedo ou por volta
das sete da noite quando a sessão de autógrafos já terá terminado.
- Você tem
algum problema com a minha presença durante a sessão? Eu realmente gostaria de
acompanhar a leitura, apenas receio o assédio se descobrirem de Nikki. Não sei
se estou preparada para lidar com seus fãs.
- Se você for
discreta, talvez nem reparem, e o que há de mal se lhe descobrirem? Você é a
razão de Nikki existir, de eu estar aqui. Posso contar com sua presença, amor?
Significaria muito para mim.
- Tudo bem, eu
irei – ela aproximou o nariz do dele, roçando levemente provocando um rente
toque de lábios. Puxando-a pela nuca, Castle encaixou suas bocas em um beijo
intenso. Com ela por cima, tratou de se livrar do vestido deixando-a apenas de
calcinha. Depois a sucessão de carinhos levou-os a um novo momento de prazer.
Uma hora depois, Kate estava na varanda com uma tigela de morangos observando o
céu estrelado. De roupão, ela apenas cobrira o corpo nu. Castle veio ao seu encontro
com duas taças de prosecco.
Bebericando o
liquido, ela se deixou encostar no corpo dele sentindo os braços envolverem sua
cintura. Castle cheirou o seu cabelo, o delicioso aroma de baunilha. Na pele,
era cereja. Ele roubou uns morangos da tigela despejando-os nas taças dando um
novo gosto ao prosecco. Após saborea-lo, Kate deixou a taca numa mesa de apoio,
virou-se para fita-lo colocando suas mãos no peito dele através da abertura do
roupão entreaberto.
- Preciso de
um banho. Se continuarmos nesse ritmo, talvez não consiga voltar andando para
Nova York – ela sorriu beijando-lhe o peito exposto - Eu amei o nosso jantar de
hoje. Mal posso esperar por Florence – com um novo beijo, ela se afastou dele –
já volto.
Castle
sentou-se na cadeira da varanda para apreciar a vista. Estava feliz por ver
Kate tão relaxada. Iria dar um tempo para que ela curtisse o banho, mas não
tanto. Logo se juntaria para um banho no chuveiro. Uma hora depois, ambos
satisfeitos deitavam-se na cama aconchegados nos braços um do outro, prontos
para adormecer. Kate tinha quase os olhos fechados rendendo-se ao sono quando
deixou escapar as palavras tão espontâneas.
- Nuestra e
una bella storia, no dimenticare a me, Castle... sei uma storia che vale. Te
voglio tanto benne...
Castle
permaneceu calado, sabia que ela estava entrando em seu estagio leve de sono e
talvez não se lembre daquelas palavras, pouco importava, ele lembraria pelos
dois. Ficaria também a curiosidade de como ela sabia falar italiano.
Na manhã
seguinte após o desjejum, Kate se despediu de Castle por volta de dez horas. O
evento estava marcado para quatro da tarde. Ela tinha planejado dar uma nova
volta em outros pontos turísticos de Roma, almoçar em algum lugar rápido e
voltar para o hotel para se arrumar. Se ia participar do lançamento de Castle,
iria caprichar para fazer justiça ao papel de namorada e musa do escritor.
Durante seu
passeio pela cidade, Kate deparou-se com diversos tipos de pessoas. Estava em
um café muito bonitinho que encontrou as voltas do Patheon quando um italiano
apareceu ao seu lado. Ela fingiu não ter percebido que ele a encarava como se
quisesse devora-la com os olhos. Não pode deixar de notar que era lindo, tinha
os olhos azuis bem claros, a barba por fazer. Se fosse em outros tempos, talvez
ela desse uma chance a ele, agora somente pensava em Rick Castle, era outro par
de olhos azuis que a interessavam.
Sentia a mão
do roçar em sua cintura, quando virou-se percebeu que o rosto dele estava quase
perto da sua boca. Por instinto, ela o empurrou.
- Hey! O que
pensa que está fazendo?
- Sei
americana? – o rapaz se assustou.
- Sim, e da
polizia.
- Scusami,
eco, buona sera. Sei piu bella.
- Sono
innamorata. Ciao – e Kate saiu apressada. Conhecia muito bem a fama dos
italianos com as mulheres. Eles costumavam a agarrar belas mulheres na rua.
Decidiu que já era o momento de volta ao hotel para se arrumar. Já pensava na
reação de Castle ao vê-la. Levou duas horas para se arrumar. Com uma ultima
olhada no espelho, ficou satisfeita com o que viu. Hora de prestigiar seu
escritor favorito.
Livraria e
Editora Fazi
O lugar estava
bem movimentado. Havia fãs espelhadas por todos os cantos da livraria, além de
uma fila bem grande esperando pelo autografo do escritor. Como estava
programado, ele primeiramente faria a leitura de um capitulo para o público e
somente após essa pequena demonstração das aventuras da detetive era que
começaria a distribuir as assinaturas.
Kate entrou na
livraria com cautela, observando o espaço. A construção era um encontro de
modernidade com a história através da arquitetura predominante de Roma. Havia
banners dos livros de Castle espalhados pela livraria, pilhas de exemplares das
obras da serie Storm e o destaque especial para as pilhas com os dois títulos
da serie Heat. Avistou Ellen próximo ao púlpito onde provavelmente Castle faria
a leitura. Ela conversava com mais duas pessoas dando ordens, ainda acertava os
últimos detalhes do evento.
Ela pretendia
manter-se anônima. Não queria roubar o brilho dele naquela noite. Vestiu-se de
maneira discreta apesar de estar bela com um vestido vermelho, um belo decote
nas costas e uma saia longa. Prendera o cabelo para cima em forma de coque. Por
um longo tempo ficou de coadjuvante. Assim que o relógio marcou cinco horas,
Ellen anunciou a chegada do escritor para fazer a leitura de Heat Wave. O público
sentou-se silenciando para prestar atenção ao que o escritor iria dizer.
De forma
garbosa, Castle cumprimentou os fãs e começou a leitura. Kate adorava escuta-lo
contar suas próprias histórias. A entonação que ele empregava, os trejeitos e
as feições faziam parte da magia do contador que encantava a quem o ouvia, ao
menos era isso que acontecia com ela, desligava do mundo e concentrava-se no
poder da voz de Castle.
Diferentemente
do que ela pensara, Castle a percebeu no meio das pessoas que o escutavam. Como
magnetismo, seus olhos se encontraram e conectados permaneceram. As palavras
recitadas pelo escritor dirigiam-se somente a ela, no grande salão era como se
apenas os dois importassem. Não havia mais nada nem ninguém. O tom da leitura
era estimulante e sensual, Kate mordiscava o canto da boca absorta no movimento
dos lábios dele enquanto deixava aqueles profundos olhos azuis a invadirem
quase a devorando por dentro. O corpo reagiu automaticamente. Os pelos dos
braços estavam arrepiados e um calor súbito começava a tomar conta de seu
corpo. Engoliu em seco. Mesmo a uma certa distância, Castle podia ver o desejo
formando-se naquele olhar.
Por
experiência, sabia que se continuassem essa dança de sedução, provavelmente
correriam o risco de ultrapassar a linha tênue entre decoro e desejo.
Lembrando-se onde estava e o que prometera a ela, Castle suspirou meneando a
cabeça e desviando o olhar. Kate respirou um pouco mais aliviada embora a
sensação de desconexão com ele deixasse um vazio incomodo. Ela concentrou-se em
observar o publico, na verdade sua competição de alguma maneira.
As pessoas
sentadas ouvindo ao escritor não tinham um perfil único. Havia mocinhas bem
jovens, mulheres de quarenta, senhoras, homens na faixa dos trinta, alguns
claramente gays. A predominância era certamente de mulheres. Pode observar que
a maioria trazia livros do escritor em mãos, ansiosas pelo autógrafo. Também
aproveitou a oportunidade para checar a amiga de Castle. Ellen, muito bem
vestida, circulava pelo salão coordenando o evento. Kate podia ver que ela
tinha total domínio da situação. Percebendo que a leitura se aproximava do fim,
optou por distanciar-se das fãs para não ser questionada ou identificada como
alguém chave no universo de Rick Castle.
Estava quieta
folheando um exemplar de Heat Wave em italiano, quando alguém se aproximou da
pilha de livros para pegar um exemplar. A mulher era bonita e tinha um ar de
estrangeira. Vendo que Kate parecia interessada no livro, ela puxou conversa.
- Incrivel! Eu
estou de férias em Roma e me deparo com um evento de Rick Castle. Nunca
consegui encontra-lo nos Estados Unidos. Parla inglese?
- Sim, sou
americana.
- Ah! Que
ótimo, sou da California. Se está com duvidas quando ao livro, eu recomendo.
Castle sabe escrever mistérios como ninguém. Muito melhor que Patterson na
minha opinião. Pode comprar sem medo se gosta desse gênero. Essa nova
personagem criada por ele é ainda melhor que Storm. Nikki é envolvente,
inteligente, determinada. Uma mulher completa, ou quase. Falta apenas se render
de vez a Rook. Não vou dar spoilers, mas tem uma cena nesse livro que mama mia!
- Hum, você
está me deixando curiosa – Kate estava gostando de ouvi-la falar de sua
personagem e da influência que Castle causava em seus leitores.
- Estou
falando! Vai gostar, garanto. A tal detetive que o inspirou e linda e
competente. Se quer minha opinião, acho que Castle se apaixonou por ela e ela
seria muito burra se não ficasse com um homem lindo e charmoso como ele, fazem
um casal incrível. Se não fosse casada e não amasse meu marido, juro que
investia nesse escritor.
- Mas você não
acha que a tal policial estaria se aproveitando de uma situação? Quer dizer,
somente porque ele a escolheu como musa não significa que deva dormir com ele.
- Ah, não!
Kate Beckett é uma mulher que não precisa se envolver com um escritor para
aparecer. Ela já tem sucesso em sua vida e pode ter o homem que quiser. Acho
que ali e uma questão de sentimento mesmo, quando você ler o que ele escreveu
na pagina 105, ira concordar comigo.
- Não preciso
ler, sei de cor – a frase saiu espontaneamente. Kate nem se percebeu. De
repente, a mulher a fitou. Pela cara de espanto, sabia que tinha sido
reconhecida.
- Você... Nikki Heat! Quer dizer, Kate Beckett. Como?
Você está aqui na Itália com ele – o pânico tomou conta do semblante dela.
- Por favor,
acho que está me confundindo. Nunca vi essa pessoa antes, nem sei quem é o
escritor. Moro em Paris, estou de passagem em Roma a trabalho.
- Mas... você é
muito parecida com ela! Será que me enganei?
- Garanto que sim
– receosa que estivesse molestando Kate de certa forma, a moça decidiu
considerar que estava errada.
- Desculpe,
devo ter me enganado. Eu preciso ir para a fila. Quero meu autógrafo e uma
foto. Com licença – assim que a americana se afastou, Kate respirou aliviada
por ter conseguido enganar a mulher. Resolveu manter distância da concentração
de fãs que formava fila para falar com Castle. Era mais seguro permanecer longe
e anônima. Quando começou a dar passos na direção contraria da muvuca, Ellen a
encontrou.
- Ola, Kate.
Seja bem-vinda ao lançamento da série Heat. Você é parte disso. Quer um pouco
de vinho?
- Oi, Ellen.
Obrigada. Esse lance de fama não é muito a minha praia. Estou meio perdida
nessa festa toda. E receosa porque eu acabei de despistar uma americana que me
reconheceu.
- Então, você
realmente está precisando de um vinho. Venha comigo, tem um lugar excelente
para se esconder aqui na livraria. Ideal para manter o anonimato – Kate sorriu
e seguiu-a até um dos cantos do salão onde um pequeno bar havia sido montado.
Pegando duas taças de vinho tinto, ela indicou o caminho de uma área reservada
para leitura com poltronas confortáveis e mesinhas de apoio – sente-se e fique
a vontade.
- Obrigada,
Ellen. Você acha que esses autógrafos vão demorar muito?
- Na
programação do evento terá que assinar até as sete da noite. Depois, fechamos a
livraria para o público ficando apenas com os convidados especiais. Logo terá
um tempo com ele – Kate sorriu sem graça, podia jurar que sentiu o rosto
esquentar – sabe que quando a vi da primeira vez naquela delegacia, percebi de
cara que você gostava dele. Está apaixonada. Ele também. Aliás, ele fala todas
as horas de você. Um prazer poder proporcionar esse momento e a viagem para
vocês.
- Desse jeito
você me deixa constrangida, Ellen. Não sou acostumada a ser bajulada, a toda
essa ostentação da vida de Castle. Já que está tão inclinada a fazer dessa
viagem um sucesso, você podia diminuir o numero de compromissos dele para que
ficasse mais tempo comigo, não? – ele riu.
- Acredita que
talvez isso seja um dos motivos pelo qual ele se sentiu atraído por você? Sua
reserva, serenidade e a figura de autoridade que representa. E acabei de
descobrir que você também é determinada. Sem esquecer a beleza, Kate. Prometo
verificar o que posso fazer para libera-lo para você – elas bebericaram o
vinho, mudando de assunto. Kate perguntou sobre a vida profissional de Ellen e
acabaram se entretendo com a conversa.
Era próximo
das sete e quinze quando Castle tornou a procura-la. Kate estava escorada em
uma estante observando os últimos movimentos no caixa. Muitas pessoas compraram
os livros dele, motivo de orgulho para ela por ajuda-lo nessa empreitada ao
emprestar parte de suas características e sua história para Nikki. Sentiu uma presença
aproximar-se acariciando suas costas levemente por trás. Encostando a boca em
seu ouvido, ele falou.
- Senti sua
falta, Nikki – beijou-lhe o rosto.
- Você já
acabou de sorrir e fazer cara de bobo para aquele bando de mulheres?
- Hum...
detecto algum ciúme?
- Não, elas
não são páreo para mim. A propósito, pare de me chamar de Nikki em público.
Esqueceu que não quero ser reconhecida? Será que pode assinar o meu exemplar,
escritor?
- Com prazer,
detetive. E deixe de ser tão paranoica, ninguém te reconheceu.
- Você é que
pensa. Tive que desmentir a pessoa e inventar uma história.
- Vem comigo,
eu assino seu livro e te apresento a algumas pessoas importantes – voltando a
mesa na qual ele autografara seus livros, Castle pegou um pincel fazendo o mesmo
com o exemplar dela. Em seguida, ele a levou para conhecer o dono da editora e
alguns executivos. Claro que ele apresentou-a como Kate Beckett, a pessoa
responsável por seus momentos criativos, a detetive da NYPD e por último
acabava falando que eram namorados.
- Agora
entendo porque Nikki é um sucesso. Um prazer imenso conhecer a detetive que deu
vida a ela. Você soube escolher, Castle.
- Na verdade,
ela que me escolheu – disse Castle sorrindo para ela.
Eles beberam, comeram e tiveram ótimos momentos
de descontração ao lado de pessoas realmente interessantes. Ao final da noite,
após se despedirem de todos voltaram para o hotel com a recomendação de Ellen
sobre tudo estar acertado para amanhã, um carro os esperaria sete da manhã na
recepção. A viagem a Florence demorava três horas, portanto era bom sair cedo
para aproveitar ao máximo. Finalmente teriam um dia inteiro para desfrutarem
juntos.
Continua.....
4 comentários:
Ah q sonho mais bom, Caskett em Roma 😍
Já pode posta o cap 32 rsrs
Ah q sonho mais bom, Caskett em Roma 😍
Já pode posta o cap 32 rsrs
Está tão bom, que chega a assustar. Isso não é comum pra eles. Estou amando.
Amando esse clima de Roma ❤️
Postar um comentário