quinta-feira, 29 de outubro de 2015

[Castle Fic] Stay With Me - Traduzida



Stay with me
Author: Karen Jobim
Classification: NC-17
Gender: AU
Awareness: Sex/Romance – Based on 8x05 The Nose – last scene
Chapters: One-shot
Complete: [x ] Yes [   ] No

Disclaimer: Depois de ver o episodio, eu precisava escrever um pouco mais daquela cena. Essa não é uma fanfic para escolher lados, eu somente queria estender a ultima cena. Colocar uma pouco de tempero nela. Se fosse escrita dessa forma, os demais episódios poderiam seguir como serão.

Nota da Autora: Desculpe, não é tão angst, Bem pequena e não estou fazendo Castle como um perdedor ou um cachorrinho, eu estou mantendo a ideia da série.

Stay with me 

Kate estava prestes a encarar um momento muito difícil. Depois do trabalho, ela disse a Castle que iria até o loft para pegar o resto das suas coisas. Era tão estranho apenas olhar para ele e dizer aquelas palavras. Parecia que eles eram pessoas diferentes exceto que não eram. De certa forma, eles continuavam os mesmos, o escritor e sua musa ou se você preferir a policial e o seu parceiro de crime.

O maior medo de Kate era ter a chance de esbarrar nele quando voltasse lá. Todas as coisas naquele lugar lembravam-na dos bons tempos que eles compartilharam juntos. Tinha tanta historia, tantos momentos intensos.

Ela não queria se arrepender de sua decisão se ela pudesse garantir que ele estaria a salvo. Por mais doloroso e difícil que fosse, ela aguentaria tudo desde que ele estivesse vivo e bem.

Ali estava ela parada em frente a porta. Suas mãos tocando a madeira enquanto ela tentava ganhar coragem para entrar no lugar que ela chama de lar. Mesmo estando separados, o loft será sempre o lar deles, o lugar favorito onde tudo começou no minuto quem que ela bateu naquela mesma porta anos atrás tão molhada pela chuva, ainda temendo por sua vida, mas com um único pensamento em sua mente: Castle. 

Kate inspirou profundamente antes de inserir a chave na fechadura. Ela fechou os olhos por três segundos e entrou na sala. Tudo parecia exatamente igual exceto pela bagunça de caixas de papelão no balcão da cozinha. Curiosa, ela abriu a geladeira apenas para descobrir o que ela já suspeitava. Caixas de comida chinesa, restos de pizza e algumas embalagens de entrega do Le Cirque. Ele não estava comendo adequadamente.

Seguindo para o quarto, ela tirou um momento para contemplar o local onde todo o amor acontecia. Ela viu algumas pecas de roupas sobre a cama e uma das cadeiras. Lutando contra a vontade de pega-las, Kate optou por focar no que precisava fazer. Ela viera até ali por um motivo. Ela foi até o closet e abriu suas gavetas. Com movimentos rápidos, ela esvaziou todo o espaço onde suas roupas costumavam ficar. Ela levou aproximadamente meia hora para coletar tudo. Não havia muito desde sua ultima visita.

Sentando-se na cama, ela cruzou os braços apertando o peito tentando lutar contra as lagrimas que pediam permissão para escapar de seus olhos. Ela estava sozinha ali, não havia necessidade em manter a perfeita mascara do “Eu estou bem”. Ela suspirou profundamente e chorou por vários minutos. Incapaz de resistir, ela deitou-se na cama. Ela não sabia quanto tempo ficou ali. Foi o medo de ser pega que a fez levantar.

Ela checou o lugar novamente para ver se ela não esquecera nada. Instintivamente, ela tocou o anel na sua mão esquerda. Ela limpou a ultima lagrima de seu rosto e então ela fez o que realmente queria desde que ela entrara no quarto. Ela pegou o casaco dele nas mãos e levou ate sua face cheirando o tecido. Cheirava como ele. O misto de uma cara loção pos-barba, perfume e suor. O cheiro de Castle. 

Ela engoliu com dificuldade, mas ela não pode parar as lagrimas que insistiam em cair.

Deus! Ela sentia tanta falta dele!

Ela o ama com todo o seu coração, alma e força. Todos os dias ela pensa sobre a decisão que tomou e continua dizendo a si mesma que foi a coisa certa a fazer. Mas, as vezes, tudo o que ela queria era desistir dessa busca e voltar direto para o calor do seu abraço. Não, ela não podia fazer isso. Em sua mente complicada, ela estava fazendo isso para salva-lo e também a si mesma.

Ela sabe que é doloroso para ambos, contudo, toda historia de amor precisa de sacrifício. Ela estava disposta a isso. Castle já fizera tanto por ela, com o assassinato de sua mãe, bombas e tantas situações de risco. Agora, era sua vez de protegê-lo.  

Ela dobrou as roupas deixando-as sobre a cama e olhou a sua volta para manter uma imagem nítida em sua cabeça. A mala pequena com suas coisas estava em sua mão. Ela virou-se e saiu.

Uma hora depois, Castle entra no loft com pressa. Ele espera que ela ainda esteja lá. Ele quer falar com ela desesperadamente.estando ali, em terreno conhecido podia ser mais fácil começar uma conversa e tentar convencê-la a ficar. 

Não havia ponto ou razão por mais difícil que parecesse para eles estarem separados. Não e como um casamento deveria funcionar. Independente de ser sua culpa ou não, eles precisavam ficar juntos. Era a única maneira porque eram ótimos.

Cada cinco minutos que ele conseguia trabalhar com ela, o fazia sentir-se vivo novamente. Ele se conectavam e toda a parte de resolver crimes parecia muito fácil para ambos.

Ele procura por ela na sala, na cozinha, no quarto. Ela não esta la. Castle vê uma camiseta jogada lá. Uma camiseta da NYPD. Dela. Por impulso, ele pega a peça e a cheira. Tem o perfume dela, cerejas e baunilha. Ele sabe que é uma camiseta velha devido a mancha de bourbon. Kate contou a ele sobre seu momento louco e desesperado quando ela teve um de suas crises de PTSD.    

Como eles acabaram ferindo um ao outro? Por que punir a si mesmos?

Castle percebeu que provavelmente não terá a chance que esperava. Ela se foi. Dessa vez, para sempre. Ele sentou-se na cama, a camiseta ainda em sua mão. Ele fecha os olhos por um momento. Ele quer toca-la, beija-la. Ele quer tantas coisas, mas a mais importante e tê-la de volta.

Um barulho chamou sua atenção. Ele deixa o quarto. O som veio do escritório. Talvez seja Alexis ou… seu coração pulou uma batida após ver quem estava sentada no chão. Nas mãos, uma foto do casamento deles. Quando seus olhos se encontraram, Castle podia ver a tristeza naqueles olhos amendoados.

“Eu sinto muito, não devia estar aqui. Eu fui pega pelo momento” – ela levantou-se. Ela não quer encara-lo, mas seus olhos azuis eram como magnéticos atraindo os dela – “Eu irei embora antes que perceba” – ela vira as costas para ele, mas Castle segura sua mão.

“Não tão rápido. Você não precisa apressar-se. Fique o tempo que precisar.”

“Eu já terminei, eu apenas… - ela morde seus lábios – “Eu não sei o que aconteceu, eu não podia ir embora ainda. Desculpe, não acontecera novamente.”

“Kate, tudo bem. É sua casa também.”

Por segundos que pareciam uma eternidade, ela ficou parada quase como se decidindo em memorizar o rosto dele e ir embora ou simplesmente permanecer ali. Seu coração batia forte no peito. Ela queria toca-lo, era uma necessidade urgente de senti-lo. Incapaz de se conter, ela inclina-se ate ele abraçando-o forte contra seu próprio corpo. Castle aceita o gesto abraçando-a em retorno. Ele não seria aquele negando a necessidade. Kate inala a blusa dele. Encarando-o novamente, ela toca o rosto dele com a ponta de seus dedos. E então, ela inclina-se para beija-lo nos lábios.

Foi um toque gentil no inicio, mas a ausência a fez querer mais. O beijo desenvolveu-se tornando-se apaixonado. Sua língua procurava a dele fazendo pequenos sons ate o momento que ela se afastou. Havia desejo no olhar dele o que fez Kate perceber que essa não era a forma correta de agir. Ela não podia fazer isso com eles. Não era justo.

“Desculpe, eu passei dos limites. Eu deveria ser rápida, pegar minhas coisas e sair, mas esse lugar tem um efeito em mim que não consegui prever.”

“Você não tem que ir, Kate. Você e muito bem-vinda in nossa casa. Na verdade, eu esperava que você ainda estivesse aqui. Nós precisamos conversar. Estamos vivendo uma situação insuportável. Punindo um ao outro sem razão. Eu amo você, eu acredito que você me ama também então vamos fazer isso juntos, vamos entender qualquer que seja o problema que a fez ir embora. Não vire as costas para mim.”

“Castle, não estou virando minhas costas para você. Estou te protegendo.”

“Escondendo o que esta acontecendo? E quanto a você? Você corre algum perigo? Foi ameaçada de morte, Kate? Por favor, me diga.”

“Eu não vou morrer. Não pretendo. Apenas acredite em mim, ok? Eu te disse que e complicado.”

“Não, Você quer complicar. É, na verdade, muito simples. Nós apenas precisamos conversar. Conte-me o que está te incomodando, eu posso ajudar. Eu sempre posso.” 

“Castle, por favor… a razão porque eu não queria vir aqui era exatamente essa. Eu sabia que você iria tentar me persuadir. Eu também sabia que isso podia acontecer, eu, você, perdendo o controle. Você tem ideia do quanto sinto a sua falta? Mas nos simplesmente não podemos estar juntos agora.”

“Me de uma razão. Eu não sei o que você está fazendo, procurando, ao menos tenha a cortesia de me dizer para que eu possa acreditar na sua promessa de que voltara quando puder. Eu sinto sua falta, ter você por perto, trabalhar com você. Eu sinto falta de lhe trazer café toda manha. Conte-me, por favor, amor.”

“Eu não posso. Desculpe. Oh, Cas…eu sinto tanto” – ele podia ver a dor em seus olhos. Por que eles querem aquela tensão entre eles? Ele a viu dar dois passos atrás afastando-se dele. Ela estava com medo, ela quer estar ali, provavelmente ela quer fazer amor com ele, mas ela estava lutando contra isso. Talvez se ele a forçasse um pouco...

“Não consegue ver o que está acontecendo? Já se olhou no espelho? Você está triste, Kate. Na verdade, você está miserável, extremamente infeliz. Nós dois estamos. Estar separados nos faz amargos, furiosos e devo acrescentar, com tesão. Por que você acha que se jogou em mim no ultimo momento? Não seja teimosa agora. Entregue-se aos seus sentimentos, escute seu coração.”

“Droga! Isso era algo que eu tinha medo. Eu sabia que você tentaria me convencer a esquecer tudo, mas não posso. Não direi a você o que esta acontecendo para seu próprio bem. Mas isso é tão você. Por que você tem que ser tão maravilhoso, com suas palavras perfeitas, seus olhos adoráveis, eu não consigo resistir a não querer você. Deus sabe que eu tentei, porém estar tão próxima a você é como uma droga. Um beijo e me rendo. Eu te quero tanto, muito… eu só quero você.”  

Ele não precisou ouvir nada mais. Ele a puxou para perto de seu corpo e beijou-lhe os lábios, calmo e gentil no inicio. Então, ele jogou o corpo pequeno dela na cama. Tudo aconteceu muito rápido. Em poucos minutes, eles estavam em sua roupa intima. Castle pressionou seu corpo contra Kate usando as mãos para acariciar cada pedaço de pele que pudesse tocar. Ele livrou-se do sutiã dela e passou provar seus seios. Com seus lábios, ele provou cada mamilo permanecendo ali tempo suficiente para fazê-la gemer pedindo por mais. Ele belisca-os apenas para provoca-la.

Kate ganhou a atenção dele arranhando-lhe as costas. Ela inclina sua boca na dele deixando sua língua fazer movimentos mágicos tornando o beijo ainda mais sexy. Ela podia sentir a ereção dele contra sua coxa. De repente, ela percebe que precisa dele dentro de si agora mesmo.

“Cas…por favor, me faça sentir amada novamente…preciso de você dentro de mim agora.”

“Não tão rápido, Katie”

Ele continua excitando cada pedacinho do corpo dela. Ele lambeu cada centímetro de pele viajando pelas suas curvas. Seios, estomago, umbigo. Cuidadosamente tocando, provocando. Ele tirou sua calcinha e levou o prazer a um novo nível usando sua língua na vagina dela. Kate sentiu seu corpo começar a tremer abaixo dele. O desejo estava consumindo-a completamente. Ela não pode lutar contra a onda de prazer que a envolvia. Em vez disso, ela entregou-se deixando o orgasmo dominar cada fibra de seu ser. 

Castle apenas sorriu após vê-la tão vulnerável, indefesa em seus braços. Sentindo-se poderoso ele decide dar a ela o que estava ansiando por receber. Ele se deixa invadi-la, com cada movimento ele percebeu o quanto ela precisava que isso acontecesse. Agora quando empurrava, ela gritava, era apenas prazer. Ela o levou consigo através de movimentos intensos ate a paz e quietude.

Ela deitara ali. Apenas descansando. Seu coração batendo em seu peito. Castle estava deitado ao seu lado, também incapaz de mover-se. Ele respirava pesado. Ele não quer que esse momento acabe, mas ele temia que era exatamente o que viria a seguir. Ele conhecia Kate Beckett o suficiente para prever isso. O silencio foi quebrado por fim.

“Por que você faz isso? Você quer necessitada e confusa para que se torne mais difícil que nos separemos. Eu senti falta de fazer amor, dos movimentos de caricias, eu senti sua falta, mas não podemos fazer isso novamente. Foi coisa de uma vez. Não ira se repetir.”

“Você esta ouvindo o que esta dizendo? Você quer fazer amor, você que estar próxima de mim, mas você diz que não pode.”

Kate já estava começando a se vestir de novo. Em dois minutos, ela estava completamente pronta para ir embora.  

“Castle, eu já extrapolei. Eu não devia ter ido para cama com você. Vale a pena, acredite. Mas, ha muito em jogo aqui, então não me pressione.

“Kate, eu te amo. E, no entanto, os vários erros que qualquer um de nos cometa, eu acredito que faremos o nosso melhor para conserta-los. Não importa o que aconteça.”

“Eu sei que sim. E eu acredito estar fazendo o melhor que posso para mante-lo longe. Estou gerenciando o risco porque não quero perder você. Eu tenho que ir.”

“Não. Pelo menos por essa noite, por favor, não.”

“Oh, Deus! Castle… não me faça me sentir culpada.”

“Apenas uma noite, eu prometo. Fique comigo.” – ela podia ver o olhar ansioso no rosto dele. Isso certamente tornou o momento ainda mais agridoce. Ela sabia que tinha toda a forca e razoes para dizer não, e podia ter feito. Mas após olhar em seus suplicantes olhos azuis, ela estava perdida. Ela foi derrotada e tudo que Kate podia pensar era ceder a voz vinda diretamente de seu coração.

“Apenas hoje. Amanhã eu irei embora. Nem pense no contrario. Essa batalha em que me encontro ainda não terminou.”

“Uma noite e uma nova esperança pela manhã.“

“Sem esperança ou eu vou embora agora.”

“Ok, uma caneca de café então?”

“Uma caneca será bem-vinda.”

Tomando as mãos dela nas suas, Castle a guia para a cama. Mais uma vez, eles fizeram amor com toda a paixão que sentiam pelo outro. Dessa vez, um pouco mais rude. Dentes, mordidas, mãos urgentes e um orgasmo impressionante fazendo seus corpos agitarem-se por uns instantes. Então, ela acomodou-se próximo a ele. Castle a envolveu abraçando a bela e confusa mulher que ele escolheu como esposa.  

Cedo pela manha, Castle foi o primeiro a acordar. Seguindo para a cozinha, ele preparou o café do jeito que ela gostava. Ele também sabia que Kate falava serio quando disse que iria embora hoje. Ele não queria pensar nisso agora. Ele voltou para o quarto. Coloca a bandeja sobre a cabeceira e sentou-se ao lado dela. Kate ainda dormia. Castle acariciou seus cabelos. Seu polegar nas bochechas dela. Ele pode ver o sorriso no rosto dela. Kate abre os olhos. 

“Bom dia, babe”

“Bom dia” – ele a entrega a caneca de café. O coração desenhado na superfície. Ela suspira e cheira a bebida. Não querendo esperar, ela bebe um longo gole. Perfeito. 

“Você sabe que faz o melhor vanilla latte, certo? Eu preciso ir. Tenho que estar no distrito as oito horas em ponto” – ela bebe mais da caneca e vai para o banheiro. Dez minutos depois, ela aparece totalmente vestida. Pronta para trabalhar. Castle estava aproveitando para olha-la. Para gravar aquela bela imagem de uma descansada Kate Beckett após uma agradável e satisfatória noite ao lado do seu marido.   
“Eu não tentarei nada. Fiz uma promessa. Apesar de ser um momento errado e agridoce, uma espécie de segundo adeus, eu escolho confiar em você novamente, Kate. Porque eu te amo. Always.”

“Eu também te amo. E também prometo que fazer tudo ao meu alcance para consertar isso o mais rápido possível para que possamos estar juntos novamente. Não suma, como PI ainda podemos trabalhar juntos.”

“Eu sei que você precisa da minha inteligência e expertise para solucionar casos. Sempre precisou.” – ela sorri – “Posso perguntar só uma coisa? Se você alguma vez sentir que sua vida esta em jogo, se receber qualquer ameaça, você me contaria?”

“Ok, eu contarei a você. Mas, eu não estou planejando morrer, Castle. Eu voltarei para você.”

Ele a observa caminhar ate a porta. Ela vira-se uma vez mais para encara-lo. Kate estava ciente do dano que ela estava causando no relacionamento deles, ela entendia o quanto estava em jogo, mas seu senso de justiça e sua obsessão dizia que ela devia concluir esse caso. Ela precisa que ele esteja seguro para que eles pudessem ser Mr. & Mrs.Castle outra vez.

Castle sorri de volta para ela. Ele podia ver as lagrimas escapando dos olhos dela. Não era fácil para nenhum deles. Aquela única noite deu a ele esperança. Ela não aguenta ficar longe dele por muito tempo. O amor esta ali, o desejo e a confiança também. Era uma questão de tempo.



THE END

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.56




Nota da Autora: Sera que a briga entre nosso casal vai acabar? O que nos espera depois? Difícil ficar com o angst levando em consideração o que temos na vida real... e claro, comecei a abordar as novidades da temporada. Espero que gostem! 


Atenção! NC17... 


Cap.56        


Nathan estava certo quando comentou com Alan que o evento em Houston seria bem difícil. Não dormira nada que preste, mas não podia desapontar seus fãs. A sua sessão era as duas da tarde. Pelo menos lhe dava um tempo para recuperar a energia. Um bom banho e um café da manhã reforçado iriam ajuda-lo.

Enquanto estava sentado a mesa comendo, ele não pode deixar de pensar em Stana. As coisas entre eles ficaram estremecidas nos últimos dias. Mesmo sabendo que tinha exagerado, precisava manter o seu ponto de vista, bater o pé no chão. Não tinha como não demonstrar seus sentimentos. Como sentia falta dela! Checou o relógio. Ainda teria três horas antes de deixar o quarto do hotel e seguir para o evento. Melhor esticar um pouco a coluna. Acabou adormecendo por duas horas. Acordou com o telefonema de Michelle perguntado se já podia mandar o carro para busca-lo. O pessoal do evento estava ligando para ele sem sucesso. Pediu meia hora.

Deixou o hotel sentindo-se um pouco mais relaxado. Tinha ainda quarenta minutos antes de entrar em cena. Vamos lá, Nathan. Você consegue. Ele dizia a si mesmo tentando encarar positivamento o que estava por vir mesmo chateado com a situação que criara em sua vida pessoal.  

Não tão longe dali, um avião pousava no aeroporto de Houston. Dentre seus passageiros, uma loira alta com grandes óculos escuros que lembrava Marilyn esperava impaciente seu momento de sair da aeronave. Torcia para que seu disfarce fosse convincente. Ao chegar ao saguão, ela procurou por um taxi.

- Boa tarde, hotel Marriot na avenida Lincoln.

- Tudo bem – assim que o carro parou em frente ao luxuoso hotel, Stana pagou a corrida e desceu. Um dos porteiros a cumprimentou perguntando se queria ajuda com a mala. Ela agradeceu negando, afinal era somente uma pequena valise. Aproximando-se da recepção, ela checou novamente o celular. Nathan deveria estar no evento. Usando seu charme, ela falou com o recepcionista.

- Por favor, pode me informar em que quarto o Sr. Reynolds está hospedado?

- Ah! Senhor Reynolds... você deve ser da equipe dele. Acho tão estranho esse lance de artistas usarem o nome de outra pessoa para manter a privacidade. Posso ver uma identificação?

- Na verdade eu só quero deixar um recado – ela puxou a credencial da ABC sem foto no nome de sua maquiadora. Sim, Stana aprendera alguns truques para se esconder ao longo dos anos trabalhando na televisão. O rapaz observou o documento sem foto, sem dar muita importância. Mal conseguia tirar os olhos da bela mulher a sua frente – tenho algumas coisas que precisam ser entregues a ele, seria muito bom que me deixasse entrar no quarto logo. Terei que voltar depois quando ele retornar do evento, isso é tão ruim! Queria me livrar logo disso, pois o Sr. Reynolds é bem exigente quanto a compromissos. Será que você não poderia me ajudar nessa – ela leu o nome na chapa presa a camisa – Bryan?

- Temos políticas de segurança. A senhora não é hospede do hotel. Não pode circular nos corredores.

- E quem disse que estaria sozinha? Você vai comigo. Olha é só essa bolsa – disse mostrando o item a ele – não vai levar nem dez minutos. Ou pode me dar uma chave...

- É melhor acompanha-la.

- Otimo! – tudo o que Stana queria era o numero do quarto. O resto ela daria um jeito. Quando menos Nathan esperasse, ela estaria na frente dele. Tomaram o elevador até o 16º andar. Dobrando para o lado direito, ela seguia Bryan vendo as portas dos apartamentos impares ao seu lado. Quando o recepcionista parou numa delas, Stana não pode deixar de sorrir.

- Quarto 1647. Parece brincadeira do destino – ela deixou escapar. A porta se abriu revelando o ambiente bem aconchegante, percebera que o lugar não tinha sido arrumado. Não vira o sinal de “não perturbe” na porta. Deve ter esquecido de colocar o aviso para limpeza. Pode ver a mala que ele trouxera, uma camisa sobre a cadeira da escrivaninha. Algumas anotações em um bloquinho de notas próximo ao telefone. Ela colocou a valise sobre a cama. Dando mais uma olhada no quarto, decidiu ir embora para não levantar suspeitas. Checou o relógio. Ainda daria tempo de atender ao evento.

- Senhora, podemos ir?

- Claro, Bryan – ele fechou a porta atrás deles – você foi muito eficiente e bacana comigo. Literalmente me salvou. Não vou esquecer- sorrindo, ela andou em direção a rua.

Pegou um novo taxi na frente do hotel indicando o local do evento. Ela não possuía credencial, mas tentaria entrar como uma pessoa comum. Não imaginara que ia ser tão fácil. Simplesmente comprou o ingresso. A próxima batalha seria entrar na sala onde o painel com Nathan estava acontecendo. Tornou a usar a credencial da ABC e entrou. Ele estava no palco acompanhado de três pessoas, uma delas Felicia Day. Eles estavam interagindo muito bem no palco. Muitas risadas e alguns toques que não agradaram Stana mesmo sabendo que eram somente amigos.

Ela optou por sentar-se em uma das cadeiras quase no fim do salão. Estava ali para observar, não para participar. Diante dela, ele parecia bem a vontade com o microfone respondendo as perguntas dos fãs e brincando com os companheiros que dividiam o palco. Qualquer pessoa que o visse, diria que nem de longe estaria com algum problema pessoal. Por esse motivo, Stana sentiu-se bastante incomodada.

Na sua opinião, ele deveria aparentar pelo menos um pouco de tristeza. Ou ele espera que somente ela se sinta péssima? Para piorar, Felicia disse algo sobre o traseiro dele fazendo um trocadilho levando a plateia as gargalhadas e acabando em um beijo estalado no rosto de Nathan. Stana sentiu o sangue ferver. Então ele pode ficar na boa com os amiguinhos dele. Respirou profundamente. Não poderia sucumbir a raiva. Não era por isso que se deslocara até ali para vê-lo. Tinham contas a acertar, queria fazer as pazes. Se isso interessasse a ele, claro.

Levantou-se do seu lugar e deu uma ultima olhada para o palco. Ele sorria nesse exato momento, o que fez o coração acelerar. Mais tarde, Nate. Mais tarde, ela sussurrou.

De volta ao hotel, Stana procurou avaliar suas chances para passar despercebida diante dos funcionários da recepção. Bryan não estava mais no balcão, o que era ótimo. Menos uma chance de ser reconhecida. Aguardou o momento exato em que as coisas estivessem conturbadas entre hospedes e funcionários para escapar dos mensageiros e ir direto para a área dos elevadores. Deu sorte por um casal estar subindo junto com ela, desviava a atenção. Quando a porta do elevador se abriu no décimo sexto andar, Stana respirou aliviada.

Puxou da bolsa o aviso que pegara mais cedo. Ainda havia uma grande chance do quarto já esta arrumado, mas ela usaria qualquer artifício que pudesse. Antes de prosseguir com o seu plano de invadir o quarto de Nathan, ela resolveu passar uma mensagem para saber onde andava. Estava admirada do silencio dele. Quer dizer, custava dizer que estava bem mesmo que estivessem brigados? Suspirando, ela escreveu.

“Nate, como você está? Já no hotel? Não tive noticias suas. Quero saber ao menos se está bem. Me avise quando estiver sozinho para que possa ligar. XS”

Ela teve que esperar longos quinze minutos pela resposta dele.

“Não estou no hotel. Talvez daqui a uma hora. Aviso. N”

Sim, ele fora bem direto. Nenhum beijo ou estou bem. Não importava. Ela tinha uma hora para conseguir entrar naquele quarto e pelo menos duas ideias de como faria isso. Felizmente, a sorte estava ao lado de Stana. Andando pelo corredor, ela avistou uma camareira. Hora de colocar a atriz para trabalhar.

- Ah! Nem acredito que encontrei você. Eu estava falando no celular e a recepção estava horrível. Então, sai do quarto e sequer me lembrei de pegar o cartão. Quando terminei a ligação, vi que minha porta fechou e agora estou do lado de fora. Você pode me ajudar abrindo a porta para mim? Meu quarto é o 1647.

- Puxa que coisa chata. É claro que a ajudo senhora. Quer um conselho? Da próxima vez que se hospedar aqui, escolha um quarto do décimo andar para baixo. O sinal é bem ruim nos andares mais altos. Pronto! – ela disse tirando o cartão após a luz verde se acender – está feito.

- Obrigada. Estou louca para tomar um banho. Trabalhei o dia inteiro, só tinha deixado minhas coisas em cima da cama. Aqui – ela tirou dez dólares da carteira – compre um café caprichado para você.

- Obrigada, senhora...

- Reynolds. Sophia.

- Tenha uma ótima estada – assim que a porta se fechou, ela respirou aliviada jogando-se na cama. Checou o relógio. Tinha pelo menos meia hora até Nathan aparecer. Tirou a peruca colocando-a sobre a cadeira, despiu-se e encaminhou-se para o banheiro. Após um banho refrescante, Stana ligou a televisão e deitou-se na cama. Percebeu que estava com fome. Com essa aventura atrás de Nathan, ela nem se lembrara de comer. Melhor pedir serviço de quarto, precisava de forças para enfrentar o encontro com o marido.

Quando ela ouviu um barulho na fechadura, deduziu ser ele chegando. Estava terminando de comer o pedaço do cheesecake que escolhera como sobremesa. Sentada de pernas cruzadas na cama, ela o fitou. Nathan estava visivelmente surpreso por encontra-la ali.

- Stana? O que faz aqui? Como entrou? Alguém te viu?

- Não, eles viram uma sósia da Marilyn – apontou para a peruca sobre a cadeira – não se preocupe, ninguém sabe que eu estou aqui. Respondendo a sua pergunta. O que você acha que estou fazendo aqui, Nathan? Você simplesmente briga comigo, me ignora, viaja sem maiores explicações. Tudo bem, eu sabia do evento, mas custava deixar um bilhete? Ei, babaca! Estou indo para o evento. Não me ligue? - ela passsou a mão pelos cabelos visivelmente nervosa - Droga! Eu fiquei preocupada. Nunca brigamos tão feio assim. Eu não sabia o que fazer. Então, eu vi a aliança e entrei em pânico. Não podia deixar essa historia assim. Se você não me atendia, eu resolvi vir pessoalmente.

- Certo. Você resolveu invadir meu quarto de hotel porque eu escolhi fazer meu trabalho, porque não atendi o celular e esqueci minha aliança em casa?

- Você esqueceu... – ele pode ver o alivio no rosto dela – eu pensei...

- Sim, esqueci. Ah, você pensou que eu tirei a aliança porque nosso casamento acabou? Quer saber? Eu tirei a minha aliança porque estava com muita raiva pelo que presenciei, Stana.

- Mas Nathan eu já disse não há nada entre mim e Alfonso. Foi um almoço casual. Não sei por que essa sua insistência, seu exagero. Não precisa dar ataques de ciúmes.

- Ah, não? Você pode? E não menospreze isso – ela pode ver a raiva em seus olhos, em sua voz – posso parecer chato, piegas, exagerado? Estou no meu direito de marido. O que você chama de exagero, eu chamo de insegurança.

- Insegurança?

- Sim, você tem alguma ideia do que é lutar a vida toda contra esse sentimento? Claro que não! Olhe para você! Nunca precisou. Os homens fazem fila somente para estar ao seu lado. Almejando um beijo, flertando, paquerando. Querem você. Agora eu? Passei minha infância e adolescência sendo o gordinho nerd. Sofria bulliyng. Sabe como consegui me enturmar? O nerd tímido e desengonçado virou o palhaço da turma. Sempre com boas piadas, fazendo todo mundo rir. Comecei a usar isso como mecanismo de defesa para a minha timidez. Foi assim que consegui ser conhecido na escola durante o ensino médio. Na faculdade não foi diferente. Foi então que percebi que criara tantas faces, era tantas pessoas diferentes que decidir investir na carreira de ator. Lutei todos os dias para construir uma imagem. Namoradas? Tive que batalhar e muito para tê-las.

Ele sentou-se na cadeira em frente a cama para recuperar o fôlego.

- Criei minha carreira. Hoje sou Nathan Fillion, um ator bem sucedido e popular. O palhaço da turma, infelizmente, ainda está aqui. Sabe quanto eu lutei para conquistar você? Mesmo hoje eu não acredito que você é minha mulher. Eu não tenho um corpo atlético, não sou bonito para os padrões atuais. Por isso, quando vejo um cara como aquele se aproximando da minha mulher, desejando-a, tenho todo o direito de sentir ciúmes, porque sei que qualquer um deles poderia tê-la. Você sempre foi a rainha do baile, não sabe o que é xingamentos ou agressões. Que dirá rejeição! Não tenho medo de admitir que sou inseguro. Especialmente quando vejo minha esposa rindo e provando comidas com um cara bem mais bonito que eu. Lide com isso. Aposto que não imaginou esse lado do seu marido.

- Eu não tinha ideia... – Stana estava abalada com o desabafo que ouvira.

- Esse sou eu, Stana. O homem que você se casou é um palhaço inseguro e ciumento.

- Não... – ela se levantou da cama indo ao encontro dele, ajoelhou-se na frente dele tomando sua mão na dela – o homem que eu me casei é incrível. Ele é gentil, carinhoso. Um romântico apaixonado. Uma pessoa capaz de me fazer derreter apenas com um olhar intenso de um azul profundo. Sabe o que dizer, me faz rir. Um homem maravilhoso e dono de um bumbum irresistível. Esse é o meu marido, por quem me apaixonei para sempre. Rainha do baile? Você está falando com alguém que usava aparelhos na adolescência, tocava na banda da escola e tem nariz falso devido uma plástica para corrigir um desvio de septo. Tudo desculpa para se livrar do nariz horroroso. Não precisa ter ciúmes, não seja inseguro. Eu amo você, só você. Always.

Ela pegou a aliança que trouxera em seu cordão. Entregou a ele da mesma forma que fizera no dia de seu casamento. Sorrindo, ele se inclinou para beija-la. Os lábios agradeciam pelo contato. A paixão e a saudade expressas em um simples ato de amor.

- Eu sinto muito. Errei em descontar minha raiva em você, em ignora-la.

- Não, eu também preciso pedir desculpas. Não queria lhe magoar – ela se levantou puxando-o pela mão. Ambos de pé bem próximos da cama – para sua informação, não gostei nada do jeito que você parecia se divertir com Felicia hoje. Muito menos daquele beijo.

- Espera, como você sabe disso? Você esteve no evento?

- Estive. E não gostei nada do que vi. Meu sangue ferveu, sendo assim, entendo o que você passou. Ela estava toda saidinha para o seu lado.

- Ela é minha amiga, Stana. Quer parar? – ao ver a careta que fizera – espera, não acabamos de discutir sobre ciúmes? Está  querendo começar mais uma?

- Tecnicamente, nós acabamos de nos reconciliar – ela brincava com a gola da camisa de Nathan – e pelo que me consta, depois de uma discussão pesada de ciúmes, sempre rola uma reconciliação bem quente. Daquelas loucas com direito a jogada na parede, sabe?

- É mesmo? Tem certeza que não quer discutir sobre Felicia? Ela me abraçou umas cinco vezes...

- Cala a boca, Nathan! – ela ordenou jogando-o contra a parede do quarto. Em questão de segundos, o clima esquentou. Um emaranhado de braços, pernas, lábios e línguas trabalhavam incansavelmente para dar prazer. Nathan devorava o pescoço dela rapidamente mudando a posição deles. Stana apertou seu corpo contra o dele atracando as pernas em sua cintura. Ele tirou a blusa que ela vestia, as mãos agarraram-lhe os seios fazendo-a gemer. Seus lábios os provavam levando Stana a beira da loucura. A umidade invadiu seu centro e ela se viu em um principio de orgasmo.

Ele percebeu e aproveitou a oportunidade. Criando uma pequena distancia entre eles, Nathan se livrou das calças deixando o membro de fora. Ergueu a saia que ela usava e a penetrou de uma vez. O contato foi sublime, capa de fazer seu corpo todo tremer. A explosão aconteceu com Stana cravando as unhas nas costas de seu parceiro. Quando estava prestes a gozar, ele a jogou de volta na cama recomeçando o processo de fazer amor mais uma vez.
Na primeira pausa, eles estavam estirados na cama recuperando o fôlego. Stana sorria espreguiçando-se na cama. Na verdade, ela queria mais e apostava que ele também. Para testar sua teoria, ela começou a acariciar o peito dele deslizando a mão até o membro dele apertando-o. Ele gemeu.

- O que você está fazendo?

- Vendo se alguém está disposto a uma nova rodada. Acredito que sim – tornou a massagea-lo – hum, parece que eu estava certa – ela se virou para beija-lo colocando seu corpo sobre o dele. Nathan correspondeu imediatamente agarrando sua cintura.

- Hum...acho que podemos fazer isso mais uma vez...

- Você não adora como o sexo de reconciliação é delicioso?

- Staninha, que tal você colocar aquela peruca de novo?

- Hum, quer uma Marilyn na sua vida? Você é muito besta, Nate... – ela se levantou, pegou a peruca arrumou-a na cabeça e desfilou pelo quarto nua, na maior sensualidade mexendo com o psicológico dele. Já estava excitado de novo, o que colocou um sorrriso no rosto dela. Mas queria provocar mais – você quer que eu cante “Parabens pra você”, senhor presidente?

- Oh, amor...por favor.

Stana atendeu o pedido dele subindo no colchão e recitando os versos da canção enquanto rebolava e fazia caras sensuais na frente dele. Se esquivava o quanto podia das mãos de Nathan. Ao terminar, ela sentou-se sobre as pernas dele. Dali, Nathan não perdeu tempo. Já posicionou-a para recebê-lo penetrando-a de uma vez. Novamente os lábios se encontraram em um beijo tórrido cheio de desejo. Os corpos em sincronia recebendo e doando prazer até o ultimo minuto do orgasmo.

Ainda deitada na cama, ela encontrou forças para gargalhar. Agora sentia-se muito melhor. Tirara um peso grande de suas costas. Quando ouviu a risada que adorava, ele virou-se para fita-la. Acariciava de leve o estomago dela. Beijou-lhe o ombro.

- Por que você está gargalhando? Foi alguma coisa que eu fiz?

- Não, quer dizer sim. Só estou feliz porque acabamos com essa briguinha sem fundamento. Eu não gosto quando isso acontece, mas se todas as vezes acabar nessa reconciliação não posso reclamar – ela jogou a peruca para o lado – bem melhor. Não gosto de ser loira.

- Confesso que também prefiro o seu visual. Mas mandou muito bem de Marilyn, Staninha. Ainda estou impressionado com a surpresa. Não imaginei você fazendo isso. Pegando um avião somente para vir tirar satisfações comigo por causa de uma aliança.

- Não foi somente pela aliança. Foi por todas as outras coisas. O que posso dizer? Eu realmente amo meu palhaço – ela puxou-o contra si beijando-o apaixonadamente.

- Você marcou sua passagem de volta? – ele perguntou – meu voo sai duas horas da tarde de amanhã.

- Eu consegui um voo mais cedo. As onze da manhã. Pelo menos tomaremos café juntos. Amanhã tenho uma nova reunião com Alexi e Terence. Receberemos o roteiro final do episodio duplo. Você já volta a filmar na semana que vem.

- Vou sentir falta de filmar ao seu lado nesses oito primeiros dias. Espero que possamos compensar depois.

- Se não fizermos isso no estúdio, faremos em casa – ela riu – vou tomar um banho. Está com fome?

- Sim, bastante. Acho que vou pedir um sanduiche do serviço de quarto. Já passam da meia-noite. Quer alguma coisa, Staninha? Uma taça de vinho talvez?

- Não. Estou amortecida o bastante para conseguir uma boa noite de sono, se você me entende. Mas não ficaria chateada se você me conseguisse outro pedaço daquela cheesecake – virou-se e entrou no banheiro. Ele admirava o caminhar dela sorrinfo.

- Bela visão essa sua.... ele pegou o telefone ouvindo a risada. Stana não tinha pressa ao entrar no banheiro. Com as mãos arrumava os cabelos prendendo-os em um coque. Checou seu reflexo no espelho. Havia marcas vermelhas no pescoço e entre os seios, obra das mordidas de Nathan. Sorrindo, entrou no chuveiro. A água quente parecia ser uma ótima pedida, mas assim que a sentiu sobre a pele, decidiu que gostaria mesmo era de um banho frio para acalmar o calor da paixão que ainda emanava de seu corpo.

Ao sair do banho, ela vestiu uma calcinha que havia trazido, cobriu a pele com hidratante e vestiu uma blusa grande que usava para dormir Ela encontrou-o deitado a vontade na cama brincando com o controle remoto da TV. Aparentemente não havia um programa satisfatório para assistir. Percebeu também que a mala dele já estava praticamente pronta com uma roupa separada sobre a cadeira. Deveria ser a que ele usaria para viajar.     

- Nada interessante?

- Sim, estou esperando o serviço de quarto somente então posso tomar banho. Você não ira abrir a porta de Marilyn vai?

- Nem pensar! – se jogou na cama – já está de malas prontas?

- Já. Se bem que não há muito o que arrumar. Iremos apenas tomar café juntos e depois você já vai embora... – ele fez cara de menino manhoso, ela revirou os olhos a exemplo de como fazia com a sua personagem.

- Sei, tadinho... são apenas algumas horas separados. Logo estaremos juntos novamente. Iremos dormir juntos na nossa cama – ela se virou para acariciar o peito dele,de mansinho foi se chegando, subindo nele - Chega de dormir no quarto de hospedes. Não vejo a hora de sentir seu calor do meu lado, seus braços. Então poderemos até, quem sabe, brincar mais um pouquinho.

- Hum, isso é um convite ou uma promessa? – ele perguntou e beijou-a. Já ia começar uma nova brincadeira por conta própria quando a campainha tocou – não sai daí – Nathan se levantou, vestiu o robe e abriu a porta. Stana ficou longe da visão do mensageiro. Agradecendo os serviços do rapaz, assinou a nota e o acompanhou até a saída. Nem bem a porta fechou-se atrás dele, Stana já estava na mesa mexendo na bandeja em busca do seu cheesecake – ei! Para de mexer ai, formiguinha. Quem está faminto aqui sou eu – ele a agarrou pela cintura atacando o pescoço dela com uma chuva de beijos. O toque dos lábios causava cócegas e ela quase derrubou o prato com o doce.

- Para, Nate! Faz cócegas! – ele continuava – por favor, vou derrubar tudo e se isso acontecer, juro que você vai buscar outra para mim onde for!

- Hum, a formiguinha ficou brava ao sonhar em perder o doce – mas ele se afastou dela pegando seu sanduiche. Abriu a garrafa de cerveja tomando um longo gole. Stana sentou-se no colchão de frente para ele. Dava a primeira garfada na sua torta observando-o comer. Quando acabaram a refeição, Nathan foi direto para o banheiro e ela dedicou-se a escovar os dentes. Em questão de minutos, estavam deitados na cama, agarradinhos, cedendo ao sono muito rápido.

Pela manhã, eles acordaram por volta das oito, arrumaram-se e seguiram para o restaurante tomar o café. Stana voltara a colocar a peruca loira. Nathan escolheu uma mesa escondida para que não chamassem muita atenção. Tudo naquele Buffet era maravilhoso, muitas opções para se deliciarem. Ela tinha medo do quanto ele poderia comer porque Nate era de se esbaldar. Logo que voltara para a mesa, ela percebeu o quanto ele estava a fim de comer. Panquecas, ovos, bacon, brioches.

- Tem certeza que não exagerou? Você vai pegar um voo mais tarde. Não tem nada saudável nesse prato, nem uma fruta! – ele riu e despejou a calda doce sobre as panquecas que já tinha sapecado de manteiga.

- Ah, Staninha! Viva um pouquinho. Fruta, iogurte, grãos, natureba cansa. Gordura faz bem. Prova! Delicioso você vai ver, vamos amor... – ele ofereceu o garfo para que ela provasse. Ele tinha razão, era uma mistura muito gostosa – então?

- Tem razão. Reconheço que é gostoso, mas preciso de algo mais leve – ela se levantou voltando minutos depois com um prato de frutas e cereal. Depois de tomar um copo de suco de amora, ela se deliciou do seu jeito. De volta ao quarto, ela apenas trocara de roupa para seguir para o aeroporto. Pronta e de mala em punho, Stana enroscou o braço livre no pescoço dele. Começou beijando a orelha, a bochecha, o queixo e finalmente os lábios.

- Vai sentir falta de mim?

- O que você acha? – ele retornou o beijo com muita paixão – demonstrei bem?

- Muito. Guarde um pouco disso para mais tarde. Na nossa casa.

- Até mais, Staninha.

A noite...

Ela estava na cozinha preparando uma refeição saborosa e saudável. Não via a hora dele chegar. Ouviu as chaves na porta. Ao entrar em casa e se deparar com o sorriso dela escorada contra o balcão, sorriu.

- Bem-vindo, meu marido.

- Olá, esposa. Acho que o avental caiu bem para você. O que está fazendo na cozinha?

- Um jantarzinho para você. Está com fome? Sugiro você subir, tomar um banho e me encontrar aqui, é o tempo que preciso para aprontar o filé – quando ele voltou, havia uma bela travessa de um risoto, algo muito saboroso e gratinado e o filé.

- Espero que goste. O vinho tinto está no ponto.

- Vai me apresentar o cardápio?

- Claro. Filé mal passado, risoto de limão siciliano e abobrinha gratinada. Bom apetite!  

- Parece delicioso. Deu água na boca. Aproveite também – eles comeram conversando sobre o voo, o evento, o que viram na cidade e logicamente trocaram vários beijinhos. Ao terminarem, ela não se incomodou com a presença das louças na pia. Entrelaçando os dedos dele aos seus, Stana o guiou até o quarto do casal. E como prometera, eles se despiram e perderam-se nas horas fazendo amor.

Já descansando nos braços dele, Nathan acariciava os cabelos dela.

- Está dormindo? – ele perguntou.

- Não ainda. Estava pensando por que não vem comigo amanhã para a reunião com Terence e Alexi. Você é produtor também e pode me dar um tempo e ver se estou satifeita com o andamento das coisas. Ou até me ajudar para convence-los de algo se for necessário. Você não recebeu o comunicado deles?

- Só um email com os scripts. Eu dei plenos poderes para discutirem sem mim. Confio neles para guiarem o show.

- Eu também confio, mas as vezes é preciso levar um pouco da visão de fãs. Eu me sentiria mais confortável em discutir com os dois se você estivesse ali para me apoiar também. Quer dizer, eu tenho direito de fazer sugestões, opiniões porque sou produtora, porém não gostaria de ser muito exigente ou taxada de chata por insistir em algunas coisas. Então, posso contar com sua ajuda? Não precisamos necessariamente ir juntos ao estúdio. Pode chegar meia hora depois, de surpresa mesmo, eles não sabem que estamos juntos. Seria uma coincidência.

- Tudo bem, eu vou até lá. Você vai ter meu apoio. Que horas vai encontra-los?

- Quero ir ao estúdio na hora do almoço o que significa dizer em torno de duas da tarde.

- Vou adiantar tudo que puder e encontro você no estúdio no máximo as três da tarde. Agora, que tal dormirmos?

- Tudo bem, boa noite amor – ela beijou-lhe rapidamente os lábios e voltou a aconchegar-se no corpo dele.

Raleigh Studios

Stana chegou aos estúdios depois das duas da tarde. Terence e Alexi estavam na sala dos escritores discutindo o cronograma de cenas do segundo episodio da temporada. Ela conseguira ler uma boa parte do roteiro. Estava bastante empolgada com as possibilidades a sua frente. Porém, não conseguira terminar a leitura. Pretendia faze-lo na companhia deles.

- Olá, rapazes!

- Stana! Seja bem-vinda! Sente-se. Quer um café?

- Vou aceitar – ela sentou-se ao lado de Alexi com uma pasta onde colocara os roteiros que deveriam discutir. Os dois primeiros episódios. Terence colocou a caneca de café na frente dela e um prato de biscoitos com gotas de chocolate. Os preferidos de Nathan, pensou – tratamento vip?

- Não, só um agradinho mesmo. Como quer começar a reunião? Quer repassar o roteiro, já tem observações?

- Na verdade eu li um pouco mais da metade do XX, estou adorando até agora. Muito dinâmico e intrigante. Acredito que quem assistir, vai perceber o mesmo. O que vocês estavam fazendo antes de eu aparecer? Podiam continuar, a ideia aqui não é atrapalhar.

- O que fazíamos não é uma tarefa que envolvesse você, discutíamos sequencia de gravações. Pode ser deixado de lado para tratarmos de outras coisas. Em relação ao XY, você tem algum comentário adicional ou uma possível mudança?

- Não, acho que XY está excelente. Especialmente após ler as primeiras cenas do ponto de vista de Kate no XX. So tenho uma preocupação, quanto a cena da tortura com aranhas. Eu lembro na segunda temporada quando descobrimos a fobia de Nathan por aranhas. Fiquei pensando se ele estaria realmente de acordo com tudo isso. Vocês já conversaram com ele a respeito disso? Consideraram a possibilidade de usar o dublê?

- Sim, eu lembro bem da fobia do Nathan. Escrevi a cena, confesso, um pouco inspirado nisso – disse Alexi – quando penso em tortura, usar gelo, arrancar unhas, cortar dedos, são bem repetitvos, inclusive já usamos alguns deles. Falei para Terence que precisávamos de algo simples de executar e ainda assim impactante e angustiante para quem estivesse assistindo. Mencionei que poderíamos usar algo relacionado a uma fobia. Dali foi fácil lembrar das aranhas e considerar a cena com elas.

- E ele está de acordo com isso?

- Nathan é profissional. Não questionou até agora o andamento da cena. Imagino que ele já esteja considerando o uso do dublê. Para nós isso não será problema, faremos takes extras e trabalharemos na edição.

- Certo, vocês me dão um tempo para terminar a leitura do roteiro? Falta apenas dez paginas.

- Fique a vontade, vou aproveitar para checar um novo pedaço do próximo roteiro – Terence e Alexi deixaram a sala rumo a outro lugar no estúdio. Stana se concentrou na leitura. Percebeu que as coisas entre Castle e Beckett oscilaram bastante nesse episodio. Estavam bem, depois ruim, e novamente bem. Onde isso ia parar? Então, ao ler o dialogo com a tal madrasta de Castle e o texto da cena final, ela chegou a prender a respiração. Que episodio tenso do inicio ao fim. Ela realmente adorara, porém essa ultima cena a deixou preocupada. Pode sentir o peso da emoção e da dor que ela representaria para os fãs. Droga! Ela sentira a dor.   

Alexi retornara com uma série de papéis nas mãos, Terence veio logo atrás. Ela checou o relógio. Três e quinze. Cadê o Nathan? Ele deveria estar aqui para iniciar a discussão com ela. Alexi notou uma certa apreensão em Stana assim que entraram na sala. Provavelmente sua reação diante do que lera.

- Está tudo bem, Stana? Você me parece um pouco angustiada. Espera, seus olhos estão vermelhos?  

- O que você queria? Como pode querer que eu me sinta depois de ler essa ultima cena? – Terence e Alexi se entreolharam, já esperavam por uma reação assim – é intensa, devastadora e muito triste. E já digo que pode nos trazer problemas.

- Bem, a sua reação inicial é um pouco do que esperamos ver dos nossos telespectadores. Sei que é uma virada difícil de se aceitar logo de cara, haverá o período de raiva, tristeza, vão nos xingar, mas com a cabeça mais calma nossos seguidores e fãs fieis irão entender o propósito de tudo isso.

- Boa sorte em lidar com eles pelo twitter – disse Stana passando as mãos sobre os cabelos – certo, passado o primeiro impacto, vamos discutir um pouco o propósito do que pretendem com essa nova dinâmica. Entendi que Bracken deu um recado a Castle sobre a essência da vida de Beckett. Sobre obsessão, justiça e dela ser uma daquelas pessoas incapazes de descansar e aceitar uma vida normal. Acredito nisso. A vida de Kate sempre foi, desde a morte da mãe, perseguindo assassinos. Mesmo após a prisão de seu arquiinimigo, ela buscava por mais, no FBI ela queria punir os culpados não importava o seu cargo. Ela é assim, preto no branco, como a falecida McCord disse uma vez. Adoro que vocês tenham criado esse novo mistério, algo que se destaque dos casos ordinários que eles trabalham, mas separa-los não foi um pouco extremo?

- Não quando você vê o real propósito dela ao fazer isso – a voz fez seu coração pular. Nathan – estamos discutindo episódios? Que surpresa encontrar vocês aqui.

- Nathan! Está perdido no tempo? Você só volta a filmar na semana que vem – disse Terence dando-lhe um abraço. Ele cumprimentou Alexi também.

- Sei que o trabalho somente começa na próxima semana, eu vm aqui atrás dos rapazes das câmeras e do Rob. Estou precisando de um suporte com um material de ConMan – ele se aproximou de Stana e ela prontamente se levantou para lhe dar um beijo no rosto – bom te ver, Stana. Você parece estar muito bem.

- Não tenho o que reclamar da minha vida.

- Otimo! Vocês se incomodam se eu me sentar aqui para comversar sobre os episódios?

- Claro que não, você também é produtor. Pode continuar o raciocínio – disse Terence.

- Como estava dizendo, a decisão de Kate, mesmo que dolorosa foi para protegê-lo, eu acredito nisso. Claro que Castle vai ficar magoado, ela estava fugindo em vez de enfrentar o problema como um casal. As circunstancias foram difíceis, péssimas, ele não sabe o real motivo dela ter abandonado a vida a dois deles. Por outro lado, ela também está sofrendo ao fazer isso, nem todos tem coragem de abdicar de sua felicidade. E concordo que essa é a essência de Beckett. Precisa da luta, da dificuldade, do mistério. Ela não sabe ser diferente disso.

- Eu entendo. Apenas por ser policial, sua vida não pode ser rotineira. E mudar após desseseis anos é muito difícil. Demanda tempo – disse Stana – conseguirá um dia, mas tudo ainda está recente. Essa não é a minha preocupação maior. Eu entendo, Nathan entende e vocês também, e quanto ao publico? Passamos sete anos trabalhando para juntar os dois, personalidades, relacionamentos, brigas, situações de perigo e agora que estão bem, casados, simplesmente os separamos? Dependendo de como você venda isso, não convencerá todo o fandom.

- Admito que a Stana tem uma certa razão. Os nossos fãs são muito passionais. A situação é basicamente uma faca de dois gumes. Podemos acertar em cheio e mesmo ouvindo criticas de que separar Castle e Beckett foi errado surpreende-los ou levar a historia para algo completamente fora dos padrões criados há sete anos. Não me entenda mal. Aposto que uma boa parte dos telespectadores irá curtir o momento. Muitos querem angst, sofrimento e tenho certeza que gerarão boas risadas. Só que não vamos agradar a todos e temos que estar preparados para isso.

- Nem pense em entrar no twitter para se justificar. Aposto que recebera varias respostas malcriadas – lembrou Stana.

- Vocês conhecem bem a reação do fandom, não? – eles se olharam e riram.

- Você não tem noção do quanto. Alexi, eu sei que você tem boas intenções e muitas ideias para fazer isso, somente considero importante discutirmos porque os questionamentos vão surgir, os xingamentos e você terá que estar preparado.   

- A preocupação é valida, acho que temos um caminho muito bom para seguir. Lembram da magia e das situações da segunda e terceira temporadas? Queremos trazer aquele flerte de volta, aquele momento tenso onde eles lutavam para se pegar? E agora sabendo que podem por ser marido e mulher? Vai ficar bem interessante. E pretendemos deixar claro que ela quer resolver o tal mistério rápido para voltar a estar do lado dele.

- Mas você acha que se deixar Castle no escuro, isso não vai parecer que ele está correndo atrás de Kate quando deveria ser o contrario? – questionou Nathan.

- Castle tem uma teoria. Ele sabe que Kate não consegue mais trabalhar sem a ajuda dele. Isso ficou claro quando estava trabalhando como PI. Então, ele vai se infiltrar nos casos da NYPD apenas para provar que ela precisa dele, que funcionam no seu melhor, juntos. A parceria deles é o segredo do sucesso de tantos casos.

- Olha, Alexi. Você nos convenceu por hora. Mas gostaríamos da sua palavra de que se as coisas desandarem, iremos interceder. Eu e Nathan. Mudaremos todo o plot da temporada por causa disso. Temos um acordo?

- Tudo bem, Stana. Faremos como você quer. Contudo, tenho certeza que assim que vocês virem o que estamos preparando para os próximos, irão ficar mais tranquilos. De fato, já temos o esboço dele. Vou envia-lo para darem uma olhada. Ah! Quase esqueci! Aproveitando que está aqui, Nathan, você tem alguma observação quanto a cena das aranhas? Vai fazer ou quer que Paul faça?

- Tenho que dizer, vocês devem gostar muito de mim. Escolher justamente aranhas para instrumento de tortura? Incrível! Apesar de todo o meu medo, vou fazê-la.

- Wow! E eu achando que você não ia gostar nada dessa historia! – disse Stana impressionada.

- Medos precisam ser enfrentados, não? Cedo ou tarde, é preciso encara-los, Stana.

- Bom saber – ela sorriu e virou-se para Terrence – tem algum outro ponto que devíamos discutir?

- A sua cena, aquela na qual se costura? Será você ou a dublê?

- Eu, claro.

- Otimo, então eu gostaria de mostrar aos dois algumas partes importantes dessas filmagens. Podem me acompanhar a sala ao lado para falarmos de locações? – Stana e Nathan levantaram-se seguindo o produtor. Na outra sala, eles conheceram a programação dos escritores, conversaram com Rob e acabaram saindo duas horas depois. Nathan ainda teve que manter seu disfarce procurando os meninos da técnica. Stana ainda voltara ao set de Sisters Cities para filmar mais duas sequencias, no estacionamento avisou a ele que deveria estar em casa por volta das oito da noite.

Quando ela chegou em casa, encontrou Nathan esperando-a para pedir uma pizza. Tinha passado na confeitaria e comprado uma bela torta de maça para eles comerem de sobremesa. Ela foi para o banho enquanto ele se encarregava de pedir a refeição. Ao descer para a sala, encontrou a mesa posta e um vinho já servido para degustar.

- A pizza deve chegar em, no máximo, vinte minutos mais. Gostou do vinho?

- É aquele do vinhedo, não?

- É sim. Belo paladar, Staninha. Agora que estamos finalmente sozinhos, o que você achou da reunião?

- Complicada. Quer dizer, não menti ao dizer que acredito na ideia deles. Porém, meu medo de que tudo vá por água abaixo está bem grande. Podemos estar dando um tiro no pé. Aprovo a separação momentânea, espero que eles descrevam essa trajetória de uma maneira coerente. Pelo menos teremos carta branca para consertar se der errado.

- Sim, concordo com você, mas eu sou otimista. E quer saber? Quem entende e aprecia o nosso trabalho irá aprovar a ideia. Nosso fandom é inteligente, assim espero. Torço para darmos boas risadas com Castle e Beckett.

- E eu torço para que você esteja certo. De qualquer forma, foi muito bom você estar ao meu lado, ajudando.

- Você me pediu, eu concordei e acredito ter gostado de opinar. Talvez me ausentar totalmente seja um erro. De agora em diante, vou querer participar das reuniões – a campainha tocou – opa! Chegou a nossa pizza. Está com fome?

- Bastante! – eles comeram muito bem. Conversando, trocando caricias, rindo. Terminada a pizza, Nathan serviu a torta para os dois. Estava deliciosa. Stana foi obrigada a repetir mais um pedaço. Finalmente satisfeita, ela levou os pratos para a pia, lavou-os rapidamente observando Nathan terminar o copo de vinho. Depois, ela sentou-se ao colo dele, envolvendo o pescoço com os braços.

- Sabe, eu fiquei impressionada com a sua atitude hoje. Com relação as aranhas. Vai mesmo fazer a cena?

- Vou sim, duvida de mim?

- Claro que não. Você está sendo muito corajoso. Admiro isso em um homem. Na verdade, isso o transforma em meu herói. E sabe o que os heróis merecem diante de atos nobres e corajosos? – ela perguntou já mordiscando o lóbulo da orelha dele. Nathan gemeu e seu menbro logo reagiu ao gesto. Se recompondo, ele perguntou.

- Diga, o que eu mereço?


- Prefiro demonstrar... – ela o beijou sensualmente enquanto deslizava uma das mãos até o membro dele apertando-o sobre o tecido e fazendo-o gemer em sua boca. Ela rebolava no colo dele intensificando os movimentos dos lábios, querendo mais. Sentiu as mãos dele apertarem-lhe os seios – hum, isso é muito bom... que tal irmos para o quarto? – ela se levantou puxando-o pela mão. Subiram as escadas rindo quase tropeçando enquanto mantinham os carinhos. Seria outra noite memorável.


Continua....