sábado, 30 de junho de 2018

[Stanathan] Kiss an Don't Tell - Cap.132


Nota da Autora: E estamos de volta! Agora com mais frequencia (assim espero!). Nesse capitulo temos algumas referencias classicas ao Twitter e Instagram, tambem a comemoracao do niver da Stana apesar de singela, Gigi sendo Gigi e claro, algo muito interessante para nossa Katherine se aproxima... enjoy! 


Cap.132 

O tempo passava depressa. 
Stana cumpriu a promessa que fez para Anne deixando-a dormir em sua casa de sexta para sábado. Quando a sobrinha chegou, havia um belo bolo de morango que ela mesma preparara e dois sabores diferentes de sorvete, obviamente um era chocolate. Para o jantar, Nathan preparou hambúrgueres, batatas fritas e milk-shakes. Era definitivamente o paraíso para uma criança. Depois de se esbaldar com todas as guloseimas, eles foram para a sala de video e passaram quase quatro horas jogando. Anne curtiu cada minuto, principalmente quando a tia se juntou a ela para derrotar o marido. 
Antes de dormir, a menina abraçou a madrinha com força e agradeceu pela comemoração de seu aniversario. Stana riu da maneira como a sobrinha descreveu a empreitada. Com os braços enroscados no pescoço da tia, Anne cochichou ao seu ouvido. 
— Tia Stana promete não dizer isso a mamãe, mas eu gostei muito do bolo de morango. Foi melhor que o do meu aniversario. Eu amo a tia de montão e obrigada por me ajudar a derrotar o tio. Ah! Promete que vai deixar o tio Nathan preparar aquele milk-shake mais vezes? - Stana não podia reclamar, se orgulhava da sobrinha linda que tinha e não conseguia dizer não aquela menina.  
— Tudo bem, encontraremos outras ocasiões para o milk-shake. 
Nas vésperas do aniversario de Stana, Nathan recebeu uma ligação de Michelle avisando que tinham uma reunião no dia seguinte com o pessoal da produção de Desventuras para acertar os últimos detalhes antes da viagem para Vancouver no dia 8 de maio. Não havia como remarcar porque um dos diretores embarcava no dia seguinte para o Canadá. Isso não foi problema para Nathan. Na manhã do aniversario da esposa, ele fez questão de acorda-la com milhares de beijos e carinhos que culminaram em uma manhã extremamente prazerosa. Após fazer amor com Stana, ele preparou um café da manhã especial e tomou-o em sua companhia. Mais tarde, teve que deixa-la. 
O dia de Stana transcorreu super bem. Enquanto tomava conta da filha, ela recebeu vários telefonemas parabenizando-a pela data. Os irmãos ligaram, os amigos, dona Rada e o capitão apesar da mãe estar mais interessada em falar com a neta. Não faltaram risadas. Anne fez um escândalo assim que a tia atendeu a ligação cantando parabéns e declarando todo o seu amor para a dinda. A menina somente perdeu para Gigi que ligou para o celular da irmã aos berros  mal deixando o cunhado parabeniza-la porque estava querendo saber o que ela ia aprontar de safadeza. Não satisfeita, no meio da tarde alguém toca a campainha na casa trazendo uma encomenda. Era uma garrafa de champagne e uma pequena sacola com um presente e um cartão. A principio, Stana pensou se tratar de uma surpresa do marido, porém ao ler o que estava escrito no papel sabia que era obra da irmã. 
“Para apimentar sua noite…Feliz Aniversario! XG.” Stana tirou o embrulho de dentro da sacola e o abriu. Sua reação foi gargalhar. Gigi havia comprado calcinhas comestíveis de presente para ela. Uma com sabor de vinho e duas de chocolate. Ela não aguentou e retornou a ligação para a irmã. Nem bem Gigi atendeu o celular, ouviu a única palavra que esperava da irmã. 
— Louca! 
— Eu posso entender que pela sua reação, você recebeu meu presente. Gostou? Porque tenho certeza que o cunhadinho vai amar. 
— Você fez isso de propósito. 
— Claro que sim, é seu aniversario quer melhor presente que uma noite apimentada? Não estou dizendo que você tem que usar as três hoje, pode guardar para outro momento. Vamos, Stana, eu sei que gostou. Ative sua imaginação e divirta-se. 
— Vou pensar no seu caso. 
— Hey! Eu sei que ainda vai ligar para me agradecer pelo presente. Eu estou pensando em comprar umas para meu próprio uso. Meu Jeff vai amar. E se eu usar, ele vai comentar com o irmão então melhor não esconder essa maravilha do Nathan. 
— Tudo bem, sua maluca. 
— Amo você também, sis. 
Mais tarde quando Stana fez Katherine dormir após seu pequeno jantar. Ela estava sentada no sofá lendo um livro distraída a ponto de não perceber a chegada do marido. Nathan trazia nas mãos um buque de flores do campo e lírios. Chegou por trás e beijou o topo da cabeça dela mostrando o ramo a sua frente. 
— Para a aniversariante. Desculpe a demora, Staninha. 
— São lindas, babe. Obrigada. 
— E trouxe o jantar. Claro que gostaria de leva-la em um lugar especial, mas não tive tempo para preparar nada e essa reunião apenas complicou meu dia. Desculpe, amor, você merecia muito mais. Diante da nossa situação, porém, dessa vez estava de mãos atadas. 
— Hey, está tudo bem. Eu adorei as flores e não tem nada melhor que passar o meu aniversario com a melhor companhia de todas, o homem que eu amo. O que temos para jantar? 
— Paella. 
— Hum, bem diferente. 
— Vem, vamos para a mesa porque não quero desperdiçar esse prato tão sublime, seria um pecado come-lo frio - ele puxou a cadeira para a esposa como um verdadeiro cavalheiro, servia-a sangria e sentou-se finalmente ao seu lado. Stana colocou paella em seu prato e provou a primeira garfada com camarão e mexilhão. 
— Nossa! Está divina. Pode me explicar por que sangria? 
— É algo mais refrescante e se quiser exagerar na pimenta, a bebida faz um bom complemento. 
— Você pensou em tudo mesmo. 
— Eu tentei improvisar. Queria mesmo era leva-la para um lugar distante, de frente para o mar a fim de aproveitarmos o inicio da primavera sozinhos. Sei que não é fácil principalmente agora sem nossas ajudantes para cuidar de Katherine. 
— Eu não me importaria de passar um fim de semana na casa de praia do Trucco. Acho que podemos fazer algo sobre isso. Por que não deixamos Kate com Jeff e Gigi? A Michelle tem razão, esses dois estão precisando de um “test-drive” - Nathan arregalou os olhos. 
— Você teria coragem de deixar nossa filha aos cuidados de Gigi? 
— Teria sim, afinal ela não estará sozinha. Jeff sabe o que fazer em momentos de pânico. Confio nos dois. Eles darão conta. 
— Eu não sei… - Stana acariciou a mão do marido sorrindo, inclinou-se beijando seu rosto. 
— Não seja pessimista, Nate. Você quer ou não passar um fim de semana à sós comigo antes de ficar um mês em Vancouver? 
— É tudo que mais quero. 
— Então sua missão é conseguir a casa de Trucco. Deixe Gigi comigo. Você viaja dia 8 de maio, não? Avise ao Mike que precisamos do fim de semana - Nathan sorriu e sorveu-lhe os lábios. Continuaram aproveitando o jantar enquanto ele a informava das atividades em Vancouver e das promessas feitas pela produção de tentar reduzir o tempo de estadia dele na cidade. Ele recolheu os pratos até a pia, mas impediu-a de querer lava-los. Puxou-a até o sofá da sala e pediu para que esperasse. Voltou com uma sacola pequena da Tiffany’s. 
— Ah, Nate! O que foi que falamos sobre presentes? 
— Hey, não comece a reclamar ainda. E voce também não cumpriu o prometido. 
— Mas não gastei milhares de dólares numa joia. 
— Quer me escutar? Primeiro, vamos ao importante - ele tirou um pequeno envelope da sacola  entregando em suas mãos - essa é a doação que fiz ao Children’s Hospital em seu nome - ela arregalou os olhos diante da quantia - e aqui, tem uma segunda doação que fiz para um projeto na indonésia usando materiais recicláveis para construção de casas. Permaneci anônimo porque não sabia se você aprovaria o projeto, porém podemos reverter e faze-la em seu nome. 
— Oh, Nate… isso foi um gesto maravilhoso. 
— E por fim, eu estava passando em frente a Tiffany’s após aquela reunião com o Alex e vi algo que merecia ser seu, compra-los me ajudou, fiquei mais calmo - ele entregou a caixinha azul turquesa nas mãos de Stana. Ao abrir, ela se deparou com um par de brincos em formato de elefantinhos - são de ouro branco com uma pedrinha de esmeralda. Sei da sua fascinação pela espécie principalmente aqueles em perigo de extinção. 
— São lindos. 
— Não mais que você, Staninha. Feliz aniversario, amor - ele acariciou o rosto dela e sorveu os lábios da esposa apaixonadamente. Ela deixou as mãos deslizarem pelo peito dele, subia sentindo os ombros fortes enquanto as mãos de Nathan desciam até sua cintura. De repente, ela quebrou o beijo empurrando-o - o que foi? 
— Esse é o meu aniversario então quem manda sou eu. Levante-se, Nathan - ele não podia deixar de obedecer. Stana ficou de joelhos no sofá e com o marido de costas para ela, tirou a camisa que ele usava. Os lábios viajavam sobre os ombros dele, beijando, sentindo, mordiscando a pele. Repetiu o gesto ao longo das costas largas, as mãos mantinham-se ocupadas navegando pelo peito, estômago até alcançar o botão da calça. Mordiscou o lóbulo da orelha do marido e perguntou rindo - está respirando, Nate? Será que o gato comeu sua lingua? - ela virou o rosto dele para beija-lo outra vez - hum, a lingua está viva. Isso é bom - o coração dele já acelerava com a provocação que ela fazia. Sentiu o botão da calça ceder e um gemido escapou de seus lábios quando Stana tocou de leve o tecido da cueca que usava. As calças estavam no meio das pernas. Ela se levantou do sofá ficando de frente para ele antes de empurra-lo obrigando-o a sentar-se. 
— O que…vai fazer? 
— Vou levantar as coisas, dar uma animada nessa festa. Você gostaria muito não, Nate? - a cara de safada não negava. Uma das mãos já acariciava o membro dele sobre o tecido - estou agradecendo pelo meu aniversario - ajoelhada, ela inclinou-se entre as pernas dele usando a boca para instiga-lo ainda com a ultima peça no caminho. Nathan começava a sentir os efeitos da brincadeira, o sangue corria mais rápido em suas veias. Stana enroscou os dedos no elástico da cueca e com a ajuda do marido tirou o obstáculo entre ela e o caminho do prazer. O membro de Nathan já demonstrava sinais de reação. Ela tomou-o nas mãos segurando e massageando. 
— Meu Deus! - ele soltou as palavras seguidas de um gemido. 
— Você pode fazer melhor que isso, babe. Up, Nate… - ela ria mordiscando o lábio inferior. A intensidade nos olhos azuis apenas demonstrava o quanto ele a desejava. Decidiu não perder mais tempo e inclinou-se jogando-se de boca para transformar o momento em prazer e loucura. Nathan segurava-se nas almofadas do sofá, as vezes apertava o ombro dela controlando-se para não machuca-la. De vez em quando, ela erguia a cabeça para fita-lo. Os cabelos emaranhados, os olhos amendoados intensos. Ele estava rijo, cada fibra de seu corpo ansiava por ela. Não aguentando mais, ele a segurou pelos ombros. O jeito que a fitara fora suficiente para Stana entender que o limite estava proximo. Ela levantou-se do chão, livrou-se da calça e da lingerie que usava em um único movimento. Não se importou com a camiseta. Sentou-se sobre o membro dele acomodando-se enquanto Nathan devorava seu pescoço. A realização de estar dentro dela o fez gemer. Rapidamente, ele tirou a camiseta que ela usava expondo os seios. Apertou-os e sugou-os antes de começar a se mover dentro dela. No instante que isso aconteceu, fora um caminho sem volta. O desejo o dominou e tudo o que queria era possui-la. Rápido, forte, loucamente eles se tocavam, beijavam, moviam como se o mundo fosse acabar em poucos segundos. De fato, o mundo parou quando o poderoso orgasmo tomou conta de seus corpos deixando-os alheios e inertes embriagados no desejo. Os sons resumiam-se a pequenos gemidos, respirações rápidas e corações descompassados. 
Demorou uns bons cinco minutos para que ela tivesse a primeira reação. Abraçou-o e carinhosamente depositava beijinhos no pescoço e no rosto dele. Sentiu os braços fortes de Nathan em sua cintura mantendo-a perto de si. 
— Obrigada, babe. 
— Acho que essa fala é minha. Feliz aniversario, Staninha. Eu te amo. 
— Também te amo. Mais do que palavras possam expressar - eles trocaram um novo beijo. Stana aconchegou-se no peito dele deixando a cabeça descansar em seu ombro. 
— Temos que ir para o quarto a qualquer momento. 
— Não ainda, eu não consigo me mexer direito… - ela riu - minhas pernas estão bambas, Nate. 
— Estão,é? Foi você que começou com esse lance de Up, Nate… acho que não consegue aguentar, olha para você, cabelos emaranhados, pele vermelha e pernas bambas. Afinal, quem precisa de forças para encarar a festa? Isso merece uma foto - ele se esticou para pegar o celular na mesinha de centro - olhe para mim, amor - Nathan tirou a foto. Assim que deixou o telefone de lado, ela segurou o membro dele apertando para faze-lo gemer. 
— Está me desafiando, Nate? Insinuando que não tenho energia para arrasa-lo? 
— Staninha, não é uma guerra… 
— Quem disse? - ela apertou o membro dele outra vez e com uma das mãos em seu pescoço puxou-o para o chão da sala. Seu corpo sobre o dela em uma posição bem estratégica. 
— Acho que você está em desvantagem, amor - ele segurou os pulsos dela contra o chão e sorveu os lábios bruscamente. Em seguida, a boca se fechou em volta de um dos seios sugando-o e fazendo Stana arquear o corpo. A resposta imediata fez Nathan rir ainda com a boca ocupada. Ele tornou a encara-la. Os olhos amendoados tinha faíscas de desejo e as pupilas começavam a dilatar - pronta para a guerra, Stana? - não esperou resposta, apenas sorveu os lábios enquanto a penetrava de uma vez. A guerra de prazer estava apenas começando.     

XXXXXXX

No dia seguinte, assim que Stana preparou o café da manhã de Katherine, sentou a filha na cadeirinha e começou a alimenta-la. Pegou o celular e ligou para a irmã. Ao terceiro toque, Gigi atendeu. 
— Oi, sis! Não, não! Do outro lado! 
— Gigi, acho que vou ligar depois. Você está ocupada. 
— Não, sis. Eu posso falar, me dá só um minuto. Tom coloque a madeira primeiro e as lâmpadas das cabeceiras em seguida. Não esqueça a moldura e o interruptor do painel da cama. Eu volto já - Gigi saiu do quarto de casal e desceu as escadas pretendendo ir a sala de jogos para uma certa privacidade com a irmã - pronto, sis. Agora podemos conversar. 
— Está na casa de Ryan? 
— Sim, estamos instalando luminárias e parte dos modulados no quarto. Não enrole. Então, está me ligando para contar as maravilhas que meu presente fez por você ontem? Não me esconda nada. 
— Eu sequer usei seu presente, não precisei. 
— Como assim? Não acredito que o bolha do meu cunhado não fez nada para comemorar seu aniversario! Eu vou bater nele! 
— Hey! Pare de ameaçar meu marido. Quer se acalmar e me escutar? Eu não usei o seu presente porque nós fizemos outro tipo de comemoração ontem. E também porque eu tenho uma programação especial para aprecia-las. É por isso que estou ligando. Aquela nossa conversa do último almoço está de pé? Você não amarelou, certo? Ainda está com vontade de engravidar? 
— Sim, sis. Eu já falei que o problema não é a vontade, são as outras coisas. Mas o que isso tem a ver com as suas calcinhas? Você não está pensando em me dar uma para seduzir meu Jeff, está? Porque vou logo dizer que não aceito. Elas são suas. 
— Não é nada disso, Gigi. Eu vou usa-las, mas preciso de sua ajuda. Nate irá para Vancouver no dia 8, então eu estou programando um fim de semana com ele antes da viagem e preciso que você e meu cunhado cuidem de Katherine. É a sua chance de cuidar da sua afilhada e testar o quanto vocês dois estão prontos para a próxima fase, que tal? 
— Espera, você quer que eu cuide da sua filha para que possa passar um fim de semana inteiro fazendo sexo com o seu marido? Isso não me parece nem um pouco justo. 
— Gigi, essa é a oportunidade que você estava esperando. Que melhor momento para ver como Jeff recebe essa tarefa, suas reações e você vai testar seus medos. 
— Nossa! Você parece uma daquelas vendedoras insistentes de telemarketing… - Stana gargalhou - você quer muito esse momento com o Nathan, não? 
— Demais. 
— Talvez eu possa ajuda-la. Terá uma divida enorme comigo, sis. Não estou confirmando nada ainda, preciso falar com meu Jeff. 
— Tudo bem, eu sei que ele vai topar. 
— É, tem razão. Ele vai amar. Não dá para negar, chegou a hora do test-drive. 
— Gigi, eu já disse para não usar essa palavra. 
— Desencana, sis. Você quer minha ajuda ou não? Eu aviso hoje à noite quando falar com meu gostoso. Agora deixa eu voltar para a minha reforma. Se tudo correr bem hoje, devo terminar o projeto na próxima semana. 
— Isso é ótimo, Gigi. Não vou mais atrapalhar. Um beijo, sis. 
— Outro para você, insaciável. 
À noite, depois de jantar o filé delicioso que Jeff preparara para os dois, Gigi resolveu abrir o jogo com o marido. 
— Jeff, eu tenho uma proposta para fazer - ela dizia enquanto brincava com a gola da camisa que ele vestia.  
— Hum, o que está se passando nessa sua cabecinha maravilhosamente pervertida? - perguntou beijando o pescoço dela. 
— Isso é bom, mas não podemos… o assunto é outro. A proposta não é minha, na verdade, veio da sis. Você sabe que seu irmão vai passar um mês em Vancouver filmando outra vez. Viaja dia 8 e Stana quer ter um fim de semana para eles antes de viajar. Ela me pediu para cuidar de Katherine. E-eu disse que não sabia se poderia porque são os nossos dias e você poderia não estar disponível e… 
— Gi, nem precisava dizer isso. É claro que podemos cuidar da nossa sobrinha. Eu vou adorar e confesso que me sinto honrado por Stana confiar em nós e achar que damos conta. 
— Jeff, ela confia em você. Já em mim, eu diria que é extremamente arriscado me deixar com uma criança, mas a sis parece estar determinada a ter esse tempo com o meu cunhado. 
— Então pode contar conosco. Eu vou adorar cuidar de Katherine - ela viu o brilho nos olhos azuis - vamos nos divertir muito. 
— A quem quero enganar? Eu sabia a sua resposta. Tudo bem, vou comunicar a novidade para aqueles dois - ela pegou o celular e em uma ligação de dez minutos informou que aceitava o desafio. Assim que desligou, Stana sorria feito boba. Estava feliz não somente por ter a oportunidade de passar dois dias inteiros com o marido, mas também porque sabia que esse tempo com Katherine transformaria Gigi. Ela entrou toda serelepe na sala de video onde Nathan assistia um video para ajuda-lo a compor seu personagem. 
— Hey… adivinha? - ele podia ver a alegria no semblante da esposa. 
— Pela sua cara trata-se de algo muito bom. 
— Era a Gigi. Ela e Jeff toparam cuidar de Katherine para nós nos divertimos. 
— Você quer dizer que meu irmão a convenceu? Nossa! Ele é bom! - Stana não ia revelar ao marido tudo o que estava por trás desse gesto, melhor deixa-lo acreditar que foi obra do irmão. 
— Sim, ele é muito bom quando o assunto é dobrar Gigi, deve ser o charme - Nathan olhou intrigado para a esposa, ela sentou-se no colo dele - mas não é melhor que você - beijou-o - agora só falta o Trucco confirmar. Tenho uma ótima surpresa para esse fim de semana. 
— Ele vai - ela já começava a se sentir bem à vontade trocando caricias com o marido quando a babá eletrônica ecoou o choro de Katherine - o que é essa surpresa? - a curiosidade era marca registrada de Nathan. 
— Terá que esperar. Sua filha precisa de mim, volte ao trabalho. 
— Wow! Você sabe acabar com o clima, não? - ela deixou a sala rindo. 
Dois dias depois, Stana recebe a confirmação de sua agencia sobre um teste para um novo filme. Ela deveria comparecer nos estúdios da Paramount no dia seguinte às dez da manhã para ler o papel. Feliz, comunicou a novidade ao marido que começava a arrumar as malas. 
— Isso é ótimo. Qual dos scripts? 
— O das espiãs da segunda guerra. Um dos que mais me interessei. Tem problema para você cuidar de Katherine amanhã? 
— Ainda pergunta? Claro que não, amor. Você precisa trabalhar também. Já vou deixa-la um mês sozinha com ela. 
— Talvez eu ganhe uma babá depois de sábado. 
— Acho que suas expectativas estão altas demais. É de Gigi que estamos falando. Sei que ela adora Kate, brinca, mima, porém o que acontece quando ela precisa de banho, fralda e comida? Alguém vai surtar. 
— Se isso acontecer, conto com Jeff. Contudo, algo me diz que seremos surpreendidos. E em último caso tenho Anne. 
— Olhe para você, dependendo de uma menina de dez anos. 
— Pare de tirar sarro da minha cara, Nate! E trate de ligar para o Trucco. Nem sei o que farei com você se não conseguir a casa de praia. 
— Hey, Staninha! Não precisa ameaçar, relaxe que teremos nosso fim de semana. 
— Acho bom mesmo. 
Conforme combinado, Nathan ficou com a filha para que Stana pudesse ir ao teste. Ela estava realmente empolgada com a possibilidade de conseguir esse papel especifico. Sua meta não era conseguir o papel principal de Vera Atkins, tinha pensado em atuar como a secundaria, a coadjuvante. 
Chegou no estúdio e foi orientada para ir ao Lot 16. Havia um pequeno cenário montado que lembrava um casarão antigo da época da segunda guerra. A diretora e três outras pessoas estavam sentadas em uma mesa com vários papeis que ela identificou como os scripts e alguns blocos de anotações além de café. Também notou a presença de dois cameras, iluminação e quatro outras atrizes sentadas esperando sua chance de mostrar do que eram capazes, uma delas Sarah que escreveu o script. À principio, isso a preocupou. Fazia algum tempo que ela não fazia um teste para um papel abertamente competindo direto com outras atrizes. Será que estava enferrujada? Não podia deixar o nervosismo tomar conta de si. Uma das pessoas sentada à mesa, se dirigiu a ela. 
— Olá, Stana. Sou Martha Clark, diretora de elenco - ele se levantara para cumprimentar a atriz - é um prazer conhece-la. Gostaria de pedir sua atenção e paciência por pelo menos meia hora. Fique à vontade para sentar-se e apreciar os primeiros testes do elenco. Temos que observar quatro pessoas antes de fazermos a sua leitura do papel. Com sorte, não demorará muito. Por favor, Ashley e Radhika, sua vez. 
Stana sentou-se e observou a cena entre suas possíveis concorrentes ou colegas de trabalho. Percebeu que os supostos juízes prestavam bastante atenção e faziam várias anotações. Ela notou também que as duas estavam interpretando o papel de Noor, a espia muçulmana. Ao terminar, Martha ordenou as duas para esperarem até a conclusão dos testes. Chamou outras duas mulheres, Anna e Sarah. Quando elas começaram a leitura, a atenção de Stana foi redobrada. O teste era da personagem que ela esperava fazer Virginia Hall. Essa era a sua competição. Ao fim, Martha levantou-se com a diretora ao seu lado.     
— Certo. Obrigada pela sua ajuda no teste, Sarah. Radhika, você segue em frente. Obrigada pelo tempo de vocês, não foi dessa vez - assim que as atrizes deixaram o set, Lydia se dirigiu a Stana. 
— Sua vez, pode fazer a leitura com Sarah para nós? Queremos aproveitar o momento para ajustar o que precisarmos - Stana se preparou e com o script na mão, respirou fundo e começou a leitura para ser interrompida no proximo segundo - Stana, o que você está fazendo? 
— Você disse para começar a leitura. 
— Sim, mas quem deve começar sou eu - disse Sarah - eu sou Virginia, você é Vera. 
— Eu sou? - ela estava surpresa. 
— Por que pensou diferente? Você tem a vibe de mistério, espionagem e pode se passar por romena e britânica em um estalar de dedos. Não somente isso, sabemos que você fala russo. Isso pode ajudar em algumas cenas do filme. Sarah é Virginia porque também vai trabalhar comigo em todo o processo criativo do longa. Você tem o papel principal. É perfeita para ser a Vera - o sorriso de Stana foi de orelha a orelha. Sinceramente não estava esperando. 
— Tudo bem, eu posso ler como Vera - elas se organizaram e passaram a cena que ocorreu  tranquilamente sem qualquer conselho ou comentário adicional da diretora. Após isso, elas sentaram-se para conversar sobre a evolução do papel e como Stana deveria pensar em Vera Atkins para compor a personagem. Duas boas horas de conversa serviram para fazer algumas anotações e criar um relacionamento entre as envolvidas. Sarah entregou uma nova parte do script para Stana trabalhar e mencionou que as filmagens não começariam de imediato. Tinha o roteiro final para terminar. A conclusão da historia embora conhecida ainda não fora escrita. Em adição a isso, ela estava fechando alguns contratos para o set e figurino. O melhor cenário seria iniciar os trabalhos em agosto o que dava a Stana bastante tempo para desenvolver sua Vera. Martha assegurou que ela receberia o contrato formal em uma semana e por enquanto tudo o que tinham a fazer era agradecer e dizer o quanto estavam feliz por tê-la a bordo do projeto. 
Ela voltava para casa extremamente feliz e absorvendo o que acontecera nas ultimas horas. Se perguntava porque a agencia não a informara que ia fazer o teste para o papel principal. Nathan estava na sala sentado ao chão brincando com Katherine enquanto tentava alimenta-la. 
— Hey, olha quem chegou Kate. É a mamãe. 
— Mama… kiss, kiss - Stana se abaixou e beijou a testa da menina e a bochecha. 
— Daddy está dando comidinha para você, meu amor? Mamãe está com fome também. 
— Dada, dei tata mama! - Stana riu.
— Se mama quer comer podemos ir para a mesa, que tal? - ele entregou o prato de comida à esposa e pegou a menina no colo. Após senta-la na cadeira, ele foi para a cozinha esquentar o almoço deixando Stana encarregada da tarefa que começara - como foi o teste? Acha que pode se tornar algo certo? 
— Foi ótimo. De fato, já se tornou. Ao que tudo indica, eu fui até lá apenas para cumprir tabela. E não foi para o papel secundário. Queriam que eu lesse como Vera. Resumindo, eu tenho um novo filme. 
— Incrível! Parabéns, amor. Quando começam as filmagens? 
— Agosto, potencialmente. O que é ótimo porque tenho tempo de promover Absentia em Monte Carlo, trabalhar na construção da personagem e filmar sem interferir com nada na série. 
— Provavelmente ambos estaremos ocupados no verão. Eu mandei um email para Alex sobre  algumas possíveis alterações no script e estou esperando para ver se ele irá aceitar algumas condições que impus para filmar o piloto. Ainda não respondeu, porém imagino que é apenas o tempo dele conversar com alguém na ABC. Acho que julho é uma época possível para a filmagem. 
— Então voce decidiu ir adiante, dar uma chance. Isso é bom. 
— Você soube me convencer. Que seja, trata-se apenas de um piloto. Não há nada confirmado ou fechado. Falando nisso, Mike me ligou e confirmou a casa para o fim de semana. 
— Ah, finalmente. Sinto que as coisas estão caminhando para um ótimo momento de diversão  - ela terminou de alimentar Kate no mesmo instante que Nathan colocava o almoço a sua frente. 
— Alguém está empolgada com a ideia. Tem certeza que não quer revelar o que está pensando, Staninha? 
— Se revelar não será surpresa - ela comia enquanto Nathan sentado ao seu lado mexia no celular - você não vai almoçar? 
— Eu belisquei um pouco quando servi Katherine. Está bom? - ela encheu o garfo e ofereceu a ele - eu me supero sempre. 
— Deixa de ser convencido - então ela reparou na cara estranha do marido ao olhar para o celular - o que foi? 
— Stana, você postou aquela foto no seu instagram… e a legenda. Não acha que está brincando com fogo? UpNate? 
— É UpNatem, joguei com as palavras e estou falando de musica. Que mal existe nisso? 
— Sei lá, conhecendo os nossos fãs você não acha que vão pensar besteira?  
— A possibilidade é bem remota. Para todos os efeitos, nós dois não mantivemos qualquer contato após o fim de Castle. É uma simples postagem. 
— Com uma mensagem pervertida escondida. 
— Somente uma pessoa irá enxergar assim, você. Hum, talvez duas… 
— Gigi - eles disseram juntos e riram.
— Dois dias, Nate. Nosso desejado fim de semana nos espera - trocaram um beijo e Stana voltou a comer.  
XXXXXXXX
No sábado por volta das oito da manhã, Jeff e Gigi aparecem na casa dos irmãos para pegar a sobrinha. Stana já havia separado todas as roupas, fraldas, utensílios importantes, brinquedos. Pensara em tudo para tornar essa transição pacifica e agradável para sua filha. Entregando as bolsas com o conteúdo e a sacola adicional com mamadeira, formula e potinhos, ela transcorreu varias dicas e recomendações para o casal lembrando o que poderiam vivenciar, como acalmar Katherine, o que fazer caso ela sentisse dor. 
— Sis, nós entendemos. Você não vai conseguir cobrir todas as variáveis ou os problemas que eventualmente venham a ocorrer e não estou dizendo que vão. Quer parar de se preocupar por alguns segundos? Eu e meu Jeff cuidaremos muito bem da nossa sobrinha e você concentre-se no que planejou para o fim de semana. Katherine vai tomar banho, comer, brincar, criar alguns machucados - os olhos de Stana se arregalaram e Gigi riu - essa parte é mentira. Queria ver se continuava prestando atenção. 
— Não me assuste, Gigi. 
— Stana, pode ficar sossegada. Kate está em boas mãos. Prometo que ela não vai estranhar e vamos nos divertir. 
— Obrigada, Jeff. Sei que posso contar com vocês. 
— Por que quando ele fala você fica aliviada e comigo tem sempre uma recomendação a mais? Ninguém confia que eu posso cuidar da minha sobrinha? Que absurdo. 
— Não é isso, sis. É apenas, coisa de mãe. Ela tem que comer por volta das dez da manhã. Pode dar um potinho ou duas bananas amassadas com geleia e mel orgânico. Está tudo na bolsa dela e…
— Hey! Eu tenho banana em casa, não precisa mandar a cesta do supermercado junto com a menina. Onde já se viu? 
— Desculpa, sis. É o instinto materno falando. 
— Sei, sei… 
— E o fato de que você nunca trocou uma fralda ou deu banho em Katherine - implicou Nathan fazendo Gigi revirar os olhos. 
— Nem vou dar ouvidos a você, Nathan. Devia me agradecer duplamente por estar cuidando da sua filha enquanto faz sexo. 
— Gigi! - Stana e Jeff retrucaram ao mesmo tempo. 
— Chega de discutir o assunto. Não vamos mudar nada mesmo. Temos que pegar a estrada. Mano, espero que não nos odeie depois dessa experiência. 
— Impossível. Olha só para essa carinha linda. Tem como não amar? - ele mexia com a sobrinha no colo da cunhada. Stana deu vários beijos na filha para se despedir. 
— Mamãe vai ficar com saudades. Se divirta com sua dinda Gigi, meu amor. 
— Dindi… kiss, kiss. 

— Vem cá, minha fofinha. Eu e tio Jeff vamos mostrar para seus pais como se cuida de um bebê - Jeff colocara todas as coisas da menina no banco traseiro. Gigi viu o jeito nostálgico que a irmã olhava para a filha - Nathan, quer tomar uma atitude e fazer o favor de enfiar sua esposa no carro. Estão perdendo tempo - Nathan acariciou as costas da esposa guiando-a para o carro. Se despediram dos irmãos e entraram no carro. Nathan e Stana fizeram o mesmo. Dando um ultimo adeus para a menina, Nathan virou o carro para a direita enquanto o irmão manobrou para a esquerda. Estava na hora de pensar no fim de semana.     


Continua....

domingo, 10 de junho de 2018

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.131


Nota da Autora: Primeiramentte, desculpe pela demora. Ainda estou enrolada, mas precisava dar alguma alegria para vocês. Nesse capitulo teremos Gigi brilhando no trabalho, cenas hots hahaha e por que nao dizer Gigi chocando Stana, pegando-a de surpresa? E SN lidando com os novos desafios que aparecem. Para aquelas que levantaram a hipotese de gravidez, sugiro esperarem o desenrolar da historia... divirtam-se!  


Cap.131

Gigi chegou no escritório cedo naquela manhã de terça-feira. Ela debatera muito quanto a esperar pela reunião de orçamento com os sócios para comentar sobre a nova cliente. Sabendo que haveria vários assuntos a serem discutidos, ela decidiu por não esperar mais. Afinal, ela queria que a noticia fosse celebrada pelos sócios e o clima quando se fala de orçamento não é tão festivo. 
Primeiro se dirigiu a sua mesa para ter certeza que tinha toda a papelada finalizada. Depois, fez uma ligação para a secretaria de Gary a fim de verificar sua agenda e marcar uma hora com os dois sócios. Satisfeita por achar um tempo antes do almoço, ela mesma agendou a reunião para às onze da manhã. Em seguida, concentrou-se em começar os trabalhos para sua nova cliente, abrir uma pasta, elencar as plantas e desenhos aprovados, listar potenciais fornecedores. Levou toda a manhã nessas atividades. O telefone tocou com a secretaria do outro lado da linha avisando que seus sócios estavam a sua espera na sala de reunião. Gigi agradeceu, pegou o que precisava para mostrar aos sócios e dirigiu-se ao encontro deles. 
— Olá, Gigi. Por que não foi direto a minha sala para conversarmos? Você não precisa de formalidades. 
— Eu sei, Gary. Eu queria o local apropriado para mostrar umas plantas de um novo cliente que prospectei. 
— Adoramos novos clientes, não? - Gary sorriu para ela e voltou seu olhar para Phillip. 
— Com certeza. O show é seu - Gigi conectou o notebook a tela de 50” da sala de reunião e abriu sua apresentação. Propositalmente, ela não mencionara em nenhum lugar da apresentação o nome do cliente. Deixara representado por um numero. Ela comentava cada detalhe da abordagem nos ambientes da casa, mostrava a planta baixa e seus antes e depois. Seus sócios estavam muito impressionados com as ideias propostas por Gigi. 
— É um projeto ambicioso, não em sua execução sei que você é totalmente capaz de tocar e fazer um excelente trabalho. Estou falando em termos de custo. Já tem uma prévia de orçamento? - perguntou Gary. 
— Tenho, está no proximo slide - Gigi mostrou a planilha resumida de custos, o valor total do projeto, o serviço da firma e a margem de lucro que receberiam ao final do projeto.
— Esse número está certo? - Phillip olhava para a planilha. 
— Não necessariamente. Nessa estimativa eu considerei os preços de fornecedores de alta qualidade sem uma nova negociação e existe uma linha de custos não considerados em torno de 5%, em outras palavras, o nosso lucro pode ser maior. 
— Nós estamos falando de USD 200 mil liquido, o dobro do projeto de Ryan. 
— Phillip, temos que considerar que a proposta é bem diferente, refinada. 
— Tudo bem. Eu entendo, mas me diga Gigi, como vai convencer o cliente que ele está recebendo um preço justo pelo serviço? Qual a sua ideia? 
— Falar a verdade, ou melhor, já fiz isso - ela pegou uma pasta e tirou o contrato assinado colocando-o na frente de Phillip. Ele inclinou-se para examinar melhor a papelada em suas mãos - o contrato está assinado. A obra começa em junho depois que eu finalizar a de Ryan. 
— Gigi, aqui diz que a cliente é Sandra Bullock. Você por acaso está me dizendo que fechou contrato com a atriz? A própria atriz de Hollywood? 
— Ela mesma. Ficou muito interessada depois que viu as mudanças na casa de Ryan e pediu para falar com a designer. Blake deu meu contato, conversamos, fui visita-la e acabei por receber uma ideia do que ela gostaria de fazer na casa. Então me ofereci para preparar uma proposta. Assim que apresentei, ela simplesmente disse que precisava da reforma porque não ia se acostumar a olhar para os ambientes e não ver o que estava nos desenhos que lhe mostrei. Recebi o contrato assinado na sexta, mas queria que o legal avaliasse primeiro antes de comunicar a vocês. 
— Então, você realmente se tornou a designer das estrelas. Gigi, você conseguiu mais uma vez. Parabéns! Excelente tacada, sócia - disse Gary. 
— Obrigada! 
— Isso é incrível mesmo. Você está com a corda toda. Terminará a reforma de Ryan e já começará outra. 
— Nem tanto. Eu pretendo terminar um pouco antes a de Ryan. No máximo até o fim do mês, no pior dos casos na primeira semana de junho. Começo o da Sandra em julho, mas já estou antecipando o que é possível. 
— Depois de uma noticia dessas, acho que nada mais justo que lhe dar o resto do dia de folga. Você merece. 
— Vocês são uns amores. Não vou desperdiçar e aviso que amanhã eu venho apenas pela manhã. Depois do almoço, vou para a casa de Ryan supervisionar a montagem dos módulos do quarto do casal e os toques finais da area externa. 
— Faça o que precisar - ela desligou o notebook desconectando da tela - pode ficar com o contrato se quiser avaliar e por favor, depois que assinarem devolvam para o legal. 
— Pode deixar. Agora saia daqui - rindo, ela jogou um beijo para eles e saiu toda serelepe da sala. Gigi pegou suas coisas e não desperdiçou um só minuto mais no escritório. Ela queria comemorar com o seu marido. No caminho para casa, parou em um dos restaurantes tailandês preferidos de Jeff e encomendou o jantar para ser entregue às oito da noite. Checou o relógio. Ainda eram quatro e meia. Teria tempo suficiente para tomar um banho demorado e arrumar a casa para sua pequena festinha particular. Antes, ela parou em uma confeitaria e comprou uma cheesecake.    
Ao chegar em casa, ela teve tempo suficiente para tomar um banho demorado e relaxar. Não se preocupou em correr. Lavou os cabelos, secou, passou hidratante em todo o corpo e perfume em lugares estratégicos. Escolheu uma roupa simples. Saia preta apenas com zíper e um top de alças com decote que evidenciavam os seios e a gota. Deixou os cabelos soltos e calcou uma sandália rasteira. Como maquiagem, apenas o batom e o lapis. Seguiu para o andar de baixo e arrumou a mesa. Checou se havia vinho na geladeira e satisfeita pegou o celular para enviar uma mensagem para o marido. Sentada no sofá, ela ria enquanto escrevia “Oi, gostoso… vai demorar para vir para casa? Eu estou te esperando… de repente senti um calor por aqui…” ela esperou a resposta que não demorou nem um minuto. “Hey, Gi… estou saindo daqui a pouco. Uns trinta minutos considerando o transito. Por favor, não chame os bombeiros. Eu posso cuidar disso…” - ela respondeu - “É o que eu espero. XO”. 
Jeff calculara bem o tempo. Tudo parecia conspirar a favor deles. Gigi tinha acabado de atender o interfone autorizando o rapaz da entrega para subir quando o marido abriu a porta. 
— Gi? Cheguei! - ele deixou a pasta com o notebook no sofá, tirou o paletó e desfez a gravata - Gi? 
— Na cozinha! - mas ela correu ao seu encontro. Ao olhar para a esposa, Jeff sorriu. 
— O que você estava aprontando na cozinha? Não me diga que era esse tipo de fogo que estava falando porque vou ficar decepcionado - ela ria se aproximando dele - hum, você está cheirosa. 
— Eu me arrumei para você. E não tem fogo na cozinha. Estava atendendo o interfone - ela acariciou o rosto dele passando os dedos na barba e sorveu seus lábios. O beijo foi carinhoso, lento. Jeff quebrou o contato dos lábios usando os seus no pescoço da esposa que gemeu - não faz isso, gostoso… essa barba… - nesse instante, a campainha toca - Jeff, a porta… - ele não parecia muito preocupado. 
— Estamos esperando mais alguém? - ele perguntou sem perder o contato com a pele de Gigi. 
— Nosso… - ela gemeu - jantar… - empurrou-o de leve suspirando para recuperar a compostura. Ia se dirigir para a porta quando beliscou o traseiro dele fazendo uma cara safada. Abriu a porta - olá! Está tudo aqui? 
— Está sim. Bem quente, como pediu. 
— Ótimo! Isso é para você - Gigi entregou um nota de dez dólares para o rapaz. 
— Obrigado! Tenha um ótimo jantar, dona! Boa noite - Gigi sorriu e fechou a porta segurando a sacola. 
— Você planejou tudo isso? Tem algum motivo especial? Eu não esqueci nenhuma data, certo? 
— Claro que não. E sim, hoje vamos celebrar a vida, o amor, o sucesso… - ela colocou a sacola no balcão da cozinha e começou a abrir os pacotes e coloca-los na mesa. Jeff veio ajuda-la, mas Gigi deu outra tarefa a ele - pode deixar que faço isso. Que tal servir um vinho gelado para nós? Está na geladeira - Jeff pegou duas taças, abriu a garrafa e encheu os copos. 
— O que vamos comer? 
— Comida Thai. Pedi seu preferido, pad thai com carne e um com camarão para mim. Também tem uma porção de porco agridoce. Sente-se. 
— Não ainda - ele acariciou os braços de Gigi e beijou-a nos lábios - você precisa me contar a razão para tudo isso. 
— Eu fechei o contrato com Sandra, começo em junho. E deve ser o dobro ou mais do que o do Ryan. 
— Ah, Gi! Isso é maravilhoso. Estou orgulhoso de você. 
— O único problema é que eu não vou parar de trabalhar. Engatei um projeto no outro. 
— Ah, isso não é nada. Nós damos um jeito. Eu vou adorar ter que cozinhar para você quando chegar tarde da casa das suas celebridades. Tem toda razão, isso é um ótimo motivo para comemorar - beijou-a novamente, mas Gigi cortou o clima. 
— Vamos comemorar depois. Agora é hora de comer, se ficar frio é horrível - eles sentaram lado a lado à mesa. Saborearam a refeição, beberam bastante vinho e namoraram um pouco entre as conversas e risos. Gigi contou sobre a reunião e a reação dos sócios. Ao terminarem, ela pegou a cheesecake na geladeira e serviu aos dois. 
Jeff guardou o resto da comida e ela colocou a torta na geladeira. Finalmente, de mãos dadas, seguiram para o quarto. Ele deixou que Gigi desabotoasse sua camisa, baixasse suas calças enquanto ela se perdia cheirando, provando e beijando a pele dele. Ajudou-a a se livrar de todas as peças de roupa ficando nus um na frente do outro. Ela fez menção de deitar-se na cama, porém Jeff pediu que continuasse de pé. Então, ele começou a beija-la. Dos lábios, seguiu pelo pescoço demorando o quanto podia ali roçando a barba na pele macia ouvindo os gemidos de Gigi. Depois seguiu para o meio dos seios provando-os enquanto a barba continuava pinicando a pele. Se demorou bastante na area do estômago e voltando para os seios apenas para deixa-la desejando-o ainda mais. Na verdade, Gigi estava muito excitada e não via a hora dele chegar no local mais ansiado. 
Jeff afastou as pernas dela, tocou-lhe o centro com os dedos percebendo a umidade intensa. Ela estava pronta para recebe-lo, contudo não era bem o plano que ele tinha em mente agora. Beijou o meio das pernas de Gigi, a lingua sentiu o sabor pela primeira vez. O gemido dela aumentou. Ele tornou a se afastar. De repente, ele a ergueu jogando-a na cama. Ajoelhado no chão, ele afastou bem as pernas dela e começou uma espécie de jogo de sedução ou porque não dizer tortura? 
Ele esfregava a barba na parte interna das coxas dela, uma de cada vez, devagar, provocando. Podia sentir os movimentos da esposa se contorcendo sendo dominada pelo prazer. Beijando a pele macia, seguia a pequena tortura deixando a pele alva de Gigi um pouco avermelhada. Finalmente, ela sentiu os lábios dele provando seu centro. Agarrou os lençóis e gritou ao primeiro contato. A lingua penetrava e instigava, os pelos curtos da barba causavam outras sensações. Não ia aguentar muito. Ele era muito bom, a deixava louca com os toques. Sentiu Jeff apertar seu seio e puxar seu mamilo. O corpo tremeu e com um único grito, ela ficou zonza ao ser dominada pela explosão de prazer. 
Gigi mal tinha se recuperado do orgasmo quando sentiu o corpo do marido sobre o seu. Jeff  beijava-lhe a pele, sorvia seus lábios. Tudo para distrai-la. No instante seguinte, ele a penetrou de uma vez. Os gemidos foram sufocados pelo beijo provocante. Ele movia-se dentro dela firme e rápido. Propositalmente deixava a barba esbarrar na pele de Gigi. Ela mordia a pele dele, os ombros onde pudesse alcançar, ela beijava, sugava o gosto e o cheiro do corpo dele até que nenhum dos dois conseguisse segurar a onda de prazer que crescia os derrubando em um vácuo onde somente sentiam o desejo e as batidas de seus corações. Jeff desabou sobre o corpo dela ainda ouvindo os gemidos que escapavam involuntariamente dos lábios da esposa. 
Foi preciso um longo momento de silêncio para que eles se recuperassem do ato que acabaram de experimentar. 
— Meu Deus… - Jeff deixou o corpo escorregar para o lado dando espaço para Gigi respirar. Ela espreguiçou-se vagarosamente, as mãos deslizaram pelo peito dele, mas foi Jeff que se colocou de lado para observa-la - hey, minha linda… acredito que deixei umas marcas na sua pele - ele usava o indicador e o polegar para acariciar os locais avermelhados. 
— Você me marcou, gostoso? Essa sua barba me faz ficar perdida… faminta, meu corpo… you do things to my body… - ela cantarolou rindo. Sentou-se na cama e observou o que ele dissera. Havia partes avermelhadas em seu corpo, Gigi não se importava. Empurrou o corpo de Jeff outra vez contra o colchão. 
— O que foi? 
— Acho que temos que aproveitar o outro lado da cama - ela se debruçou nele beijando-lhe os lábios. Sentou-se nas pernas dele, as mãos percorriam o peito de Jeff. Abaixou-se para beijar o local e mordiscar a pele dele - by the way, right away, you do things to my body. I didn’t know that i was starving till I tasted you. 
Jeff se ergueu da cama pegando-a de jeito pela nuca e devorando-lhe os labios. A noite ia ser longa. 
No dia seguinte, após tomarem um café da manhã reforçado, Gigi se despediu do marido e avisou que viria para casa cedo. Seguiu para o escritório, o sorriso nos lábios era impossível de controlar depois de uma noite maravilhosa. Ela procurou se concentrar para adiantar o que podia do processo de Sandra até o meio-dia. Antes de finalizar seu dia no escritório, ela ligou para o supervisor da obra na casa de Ryan avisando que passaria por lá mais tarde. Depois foi a vez de ligar para sua irmã informando que estava a caminho. 
Ela sequer saltou do carro, apenas buzinou para a irmã vir ao seu encontro. Stana não deixou de perceber a cara de felicidade de Gigi. Alguém estava de muito bom humor hoje, pensou e decidiu não comentar nada ainda. Trocaram palavras sobre coisas triviais, enquanto Gigi dirigia Stana se dedicava em contar o que acontecia em sua casa. A mãe já estava de malas prontas e ficava todo o minuto que pudesse com Kate. Chegaram no restaurante e após estacionar, Gigi informou a hostess seu nome para que ela olhasse a reserva. Devidamente sentadas e com as bebidas pedidas, Stana sorriu mais ao ver o jeito sonhador que Gigi olhava para lugar nenhum. 
— Você está com uma carinha muito animada. O que aconteceu? Espera, na verdade, não sei se quero saber. Aposto que é inapropriado. 
— Ah, tadinha da Stana…tão inocente. Sim, tem a ver com o meu Jeff gostoso. Meu Deus! Ontem à noite foi incrível. 
— Então você teve uma pequena noitada agora que dona Cookie não está por perto. 
— Isso não tem nada relacionado com a sogrinha. Apenas queria comemorar, meus sócios amaram a noticia do contrato da Sandra, ficaram tão felizes que me mandaram para casa para celebrar. Sério, sis, será o dobro do projeto de Ryan de lucro limpo para nós. Com potencial para mais. 
— Wow! Estou feliz por você,sis. Está se tornando uma super mulher de negócios. Viemos aqui para comemorar. 
— Não exatamente - Gigi suspirou - eu preciso conversar sobre um assunto delicado. Com tudo que está acontecendo na minha profissional, eu tive que mudar meus planos do lado pessoal. 
— Que tipo de planos? Estava pensando em viajar? 
— Eu não dividi isso com ninguém, mas após terminar o projeto do Ryan, eu estava pensando em tentar engravidar - a noticia pegou Stana desprevenida - não vai falar nada, sis? É tão improvável assim? 
— N-não, desculpa. E-eu fui pega de surpresa. Jeff, o que ele acha? 
— Ele não sabe. A ideia era propor para ele ao final do projeto, você sabe, não queria repetir o mesmo erro daquela ultima vez e pega-lo desprevenido. Porém, agora… 
— Por que esse “porém”? Gigi, ele vai amar ouvir essa noticia. 
— Porque tenho o novo projeto! Começa em junho e vai se estender por três meses. Como posso dar uma noticia dessas? Hey, Jeff eu queria engravidar depois do projeto do Ryan, mas adivinha? Peguei outro projeto importante então nem vamos pensar nisso… será um balde de agua fria! Vou deixa-lo arrasado. 
— Ok, devagar. Você está simplesmente assumindo o pior caso. Primeiro, por que o projeto seria um problema? 
— Tempo, dedicação, stress. 
— E você vai trabalhar de madrugada também? Não pode ir para cama com o seu marido? 
— Nao é somente isso… - mas Stana a interrompeu. 
— Ainda não acabei. Você tem ao menos que conversar com Jeff. Outro ponto é que você não vai engravidar na primeira vez que for para cama. Será que essa mudança de planos por sua parte não tem a ver com o medo que está sentindo? Por acaso você não está procurando uma justificativa para convencer a si mesma que não pode engravidar agora ao invés de assumir que ainda não está pronta? 
— Nossa! Você parece uma psicóloga me analisando. Foi além da sogrinha. É, eu contei para ela antes de ir. Precisava desabafar. 
— Sei, você está me enrolando. Responda a pergunta, Gigi. 
— Eu não estou com dúvidas. Medo? Claro que sim, eu vou ser mãe. Responsável por outro ser humano que crescerá dentro de mim por nove meses. Mas sinto que está na hora. Eu vejo você com Kate e principalmente meu Jeff com ela, fica fascinado. Ele precisa experimentar isso, eu também. 
— Se você acha tudo isso, então precisa conversar com Jeff. Acredite, ele vai amar saber que você está pensando nisso. E os projetos? Gigi, eles não são obstáculos. Acho que deveria dividir a ideia com seu marido. 
— É, eu estava precisando ouvir de mais alguém que estou fazendo tempestade em copo d’água. 
— Confesso que queria ser uma mosquinha para ver a cara do Jeff quando você contar seus planos. Quer saber? Eu posso ajuda-la. Que tal passar uma tarde com Kate? Um sábado somente vocês dois? 
— Você deixaria eu cuidar da sua filha? - Gigi parecia espantada com o comentário da irmã. 
— Claro! Ela é sua sobrinha e afilhada. É uma boa forma de praticar. 
— Tem certeza? E-eu nunca fiquei sozinha com ela. 
— Vai ser divertido para você e para o Jeff. Pode ser um sábado. Se vocês se saírem bem,  podem ser nosso backup como babysitters quando precisarmos. 
— Você está certa. Jeff vai adorar. Mesmo assim, eu só vou contar sobre o lance da gravidez depois que terminar o projeto de Ryan. E nem pense em falar sobre essa conversa com Nathan e principalmente com a mamãe. 
— Não se preocupe, sis. Vou esperar mamãe ir embora para sugerir o sábado com a Kate também. Oh, meu Deus! Minha irmã caçula quer ser mãe - ela tascou um beijo na bochecha de Gigi. 
— Para, sua louca! - já rindo do jeito da irmã - não fique tão empolgada. Se eu não gostar do test-drive, aborto a ideia.
— Test-drive? Um dia com a minha filha é um test-drive? Ela não é um carro ou um objeto, Gigi.            
— Ah, sis. Você entendeu o que eu quis dizer. 
— Sei, sei. E pare de amarelar antes do tempo. Sabe, tenho que confessar uma coisa. A Michelle me disse que vocês estavam prontos, eu duvidei. 
— Quando isso?
— No aniversario de Katherine e no dia seguinte. Ela observou o comportamento de vocês com a minha filha. Ela tinha razão. 
— Espera. Ela estava falando de mim ou especificamente do meu Jeff? 
— Sis, vai começar? Ciúmes de novo? 
— Só estou investigando, tomando conta do que é meu. 
— Meu… ai,ai você não tem jeito, sis! 
— Olha quem fala, até parece que não tem crises de ciúmes por um certo, como você chama mesmo… “Blue Eyes”? Pensa que eu esqueci a canção que você fez para ele anos atrás? 
— Como você sabe disso? Eu não contei sobre a musica a ninguém! - Stana estava perplexa. Ficara até um pouco pálida. 
— E-eu li o que você escreveu. A principio achei que era poesia, um poema obviamente de alguém apaixonado. Foi fácil saber de quem você estava falando. Era o auge de Castle. Segunda para terceira temporada? Ele era o único “Blue Eyes” que te fazia sorrir feito boba. Ai, voce cantou no festival de Zurich. Eu lembro que estava um pouco chateada porque ele estava namorando. Sempre achei que aquilo fora uma maneira de dizer “Hey! Eu estou aqui”. Então o “tal” que não merece ser nomeado apareceu para atrapalhar. 
— Certo, não vamos lembrar dessa fase dark da minha vida. O mais importante aqui é você mexeu nas minhas coisas! Isso é invasão de privacidade! 
— Eu não fiz isso! Você deixou o caderno aberto sobre a cama na casa da mamãe naquele natal! Eu sempre quis implicar com Nathan sobre isso, mas não queria me delatar. Acho que agora posso. 
— Não! De jeito nenhum. Essa música é muito especial para nós. Não é para suas briguinhas e implicâncias. 
— Tudo bem. É uma linda canção. 
— Vamos andando? Voce não tem que voltar para o escritório? 
— Não, porém vou passar na casa de Ryan. Quero dar um cheiro na minha fofinha antes. E dizer tchau para o meu capitão. 
— Ou seja, você não vai mesmo me fazer companhia amanhã no aeroporto. 
— Já expliquei. Reunião de orçamento. 
— No momento perfeito, certo? Tudo bem, sis. Não posso culpa-la. 
Chegando em Studio City, Gigi estacionou o carro na garagem. Foi entrando na casa chamando pela afilhada. 
— Katie, cadê minha minha fofinha? Katieee… dinda chegou! 
— Gigi! Ela pode estar dormindo! - mas não estava. Logo a menina surgiu andando feito uma patinha na direção da tia. 
— Dindi… - parou na frente da tia e batia palmas feliz por vê-la. 
— Oi, meu amor! Quero dar um cheiro e muitos beijos - ela agarrou a menina enchendo-a de carinhos. A risada de Katherine era deliciosa. 
— Assim vou ficar com ciúmes. Só a Kate ganha esse tratamento especial - disse o capitão. Gigi riu. 
— Olha só, Katie. Vovó está enciumado, quer carinho também - ela se aproximou do pai com a menina no colo e tascou um beijo no rosto dele. Katherine imitou a tia - ah, capitão… vou sentir saudades. 
— Devia vir nos visitar. 
— Posso pensar no assunto. 
— Deixa de ser mentirosa, Gigi. Você não pretende fazer essa viagem. Vai ao menos nos deixar no aeroporto? 
— Não posso, pai. Eu tenho um dia cheio amanhã, reuniões importantes. Se eu te encher de beijos compenso um pouco? - ela não esperou a resposta do pai, começou a beija-lo nas bochechas, testa, pescoço. Katherine estava achando tudo o máximo. Empolgada pela loucura da tia, ela gritava. 
— Kiss, kiss dindi… kiss! - e a menina beijava a tia também. 
— E a festa nem começou ainda… - Nathan comentou - oi, Gigi! Katie, o que sua dinda está aprontando? 
— Segundo ela, compensando por não ir levar papai e mamãe ao aeroporto - disse Stana. 
— Não sei se posso perdoa-la ainda, acho que preciso de um pouco mais - disse o capitão. 
— Sis, segure sua filha porque eu topo o desafio - Stana pegou Katherine rindo do jeito da irmã. Dona Rada descia as escadas observando a bagunça. 
— O que está acontecendo aqui? Ah! Stana voltou, o que significa Gigi chegou. Veio se despedir, filha? 
— Como você sabe que ela não vai para o aeroporto, Rada? Ela falou algo para você porque eu acabei de descobrir - Gigi estava agarrada ao pai enchendo-o de carinho. 
— Ora, ela está ocupada com os clientes dela. E tem o trabalho como sócia. Sua agenda é complicada. Não é fácil cuidar de estrelas de Hollywood - Stana trocou um olhar com Gigi que parecia surpresa com o comentário da mãe - está tudo bem. 
— Engraçado, ela tem tempo para almoçar com a minha esposa. 
— Hey! Eu preciso comer! Mamãe tem razão, eu vim deixar a sis, dar uns amassos na minha fofinha, me despedir dos meus pais e vou já para a casa de Ryan supervisionar o meu time montar os modulados da área externa que chegaram ontem. Se tudo estiver certo, ficará faltando apenas o quarto do casal para finalizar. 
— Isso mesmo, sis. Temos que nos virar, executar várias atividades ao mesmo tempo. 
— E ainda tem o marido… - disse dona Rada. Gigi revirou os olhos porque sabia que se desse corda, a mãe levaria a conversa para outro nível, um que ela particularmente não queria. Por esse motivo, ela mudou o foco. 
— Será que rola um cafezinho antes de eu ir? 
— Claro, filha - dona Rada se dirigiu para a cozinha a fim de satisfazer a vontade de Gigi. Eles tomaram café conversando alegremente até o momento que deu a louca outra vez e Gigi saiu distribuindo beijos e falando que estava atrasada. Assim que saiu pela porta, dona Rada balançou a cabeça rindo - meu Deus! Será que ela não consegue ser menos barulhenta?
— Deixa ela, mãe. Duvido que mude, tarde demais. 
No dia seguinte, Stana levou os pais ao aeroporto. Depois de uma longa conversa, recomendações e vários abraços e beijos, ela finalmente disse adeus aos dois com a promessa de manter constante contato e vê-los em breve. Rada pediu para que a filha conversasse com Gigi sobre o assunto que ela evitava. Stana teve que ralhar com a mãe e disse que ela precisava dar a Gigi a confiança e o tempo que precisava. 
Ao voltar para casa, Stana encontrou o marido brincando com Katherine no quintal. Mesmo vendo-o sorrindo e falando com a menina, percebeu uma ruga de preocupação na testa do marido. 
— Oi, meu amor. Daddy está brincando com você? - ela beijou os lábios do marido enquanto pegava a filha no colo - tudo bem? 
— Sim, está - o jeito como Stana o olhava mostrava claramente que ela não acreditara em suas palavras. 
— Mama, kiss, kiss! - Stana obedeceu a menina enchendo-a de beijos. Resolveu sentar-se no chão com a filha ao lado do marido. Nathan acariciou sua perna. 
— Você vai me dizer porque está preocupado? 
— Quem disse? 
— Nate, eu o conheço. Tem algo te incomodando - ele suspirou. 
— Será que podemos aproveitar esse momento com a nossa filha, depois jantarmos… temos a casa toda para nós em algumas semanas. Por favor? - Stana decidiu dar a chance a ele. Sorriu e tornou a beija-lo. Continuaram a brincadeira com Katherine. 
Mais tarde, após jantarem e colocarem a filha para dormir juntos. Nathan foi para o quarto tomar um banho enquanto Stana arrumava o quarto de Katherine juntando as roupas sujas, tirando o lixo das fraldas. Ao voltar para o seu quarto, viu que o marido estava sentado na cama com o iPad nas mãos. Avisou que ia tomar um banho rápido. Voltando para a cama e aconchegou-se debaixo das cobertas olhando para o marido. Passou a mão no peito dele.
— Será que agora você pode me dizer o que está se passando nessa cabecinha? Sei que tem algo o preocupando e dessa vez você não vai me enrolar. O que houve, Nate? 
— Não é como se eu conseguisse esconder qualquer coisa de você mesmo. Quando você estava fora, eu recebi uma ligação de Alex. Ele quer conversar. Disse ter um scrip e algo para me explicar. Sugeriu nos encontrarmos amanhã. Eu não confirmei. Não sei se quero ficar frente a frente com ele outra vez. 
— Não. Essa não é a atitude que espero de você. Sei que está querendo evitar isso por mim, babe. Está errado. Alex nunca teve problemas com você, ele não gosta de mim ou pelo menos achou que era melhor seguir ordens porque não queria perder o emprego. Qualquer que seja a sua razão, não importa. Você precisa entender que não é sobre mim, isso é sobre você. 
— Stana, eu… 
— Shhh. Não comece a inventar desculpas. Não existe um “mas”. Vá para a reunião, ouça o que ele tem a dizer. 
— Tem certeza que é uma boa ideia? Ambos sabemos que ele vai me oferecer algo que vem trabalhando antes mesmo de Castle acabar. 
— Eu tenho certeza. Não decida nada sem ver o que ele tem. E Nate, se for outro policial? Se a historia for boa, por que não? Estamos falando de um potencial piloto. Nem sabemos se a ABC vai querer seguir adiante. 
— Então voce não está preocupada ou chateada por isso? Estamos falando do cara que ajudou na sua demissão e no fim do show de sucesso que fazíamos. 
— Estou bem, babe. Eu segui em frente, você precisa fazer isso também - Nathan sorriu inclinando-se para beija-la. 
— Você é incrível, sabia? Quero que você tenha certeza que tudo que faço é por você. 
— Isso é bom. Estou curiosa para saber da reunião. 
— Tudo bem, vamos dormir então. 
— Dormir? Pensei que a casa vazia fosse um incentivo para fazermos outra coisa… - ela deslizava a mão do peito dele até o meio das calças. 
— Oh, Staninha… alguém está com vontade, hum? - ele a puxou para cima de seu corpo sorvendo os lábios pronto para perderem-se um no outro. 
No dia seguinte, Nathan telefonou para Alex depois do café da manhã acertando um encontro para duas da tarde. Stana ficaria em casa trabalhando com alguns roteiros que sua agencia a enviara para leitura e analise e cuidando de Katherine.
Ao chegar no local indicado, Nathan percebeu que era um lugar neutro. Não era um estúdio ou algo ligado a emissora. Uma sala de reunião comum. Alex chegava antes dele. Levantou-se para cumprimenta-lo.
— Olá, Nathan. Obrigado por ter retornado a ligação e aceito a minha reunião. 
— Não foi uma decisão fácil, mas eu estou disposto a ouvir. Dar uma chance. 
— Claro, sente-se. Aceita um café? 
— Sim, somente creme - Alex o serviu e colocou um pouco mais de café na sua caneca também - então Alex, o que tem para me apresentar? 
— Antes de mais nada, eu tenho um script. Não quero que decida nada sem ler e também eu preciso que não tenha nenhum preconceito com relação a ideia e…
— Alex, pare de tentar justificar o que o programa é. Eu sei que trata-se de uma serie policial e tenho certeza que você vem trabalhando nela antes mesmo de Castle acabar. Era uma das diretrizes da presidente da ABC. 
— Não, Nathan e-eu… escute, não vou mentir que a serie vem sendo desenvolvida antes, mas não era a nossa primeira opção e se a demissão de Stana não tivesse se virado contra nós, era para ser uma mudança tranquila, estávamos montando uma historia, nova parceria e… ela acabou… 
— Pare! Se você falar mais uma palavra, qualquer coisa que sugira que Stana é responsável e culpada pelo seu fracasso e o daquela emissora, eu vou embora no mesmo instante. 
— N-Nathan, não é bem assim. Castle naufragou porque… 
— Porque vocês foram idiotas o bastante para mudar a historia de Marlowe. O público não é como vocês. Isso foi um erro - ele estava prestes a sair quando lembrou do que a esposa dissera. 
— Desculpe, Nathan. Eu não falo mais nisso. Apenas trabalho, ok? - ele suspirou, sentando-se outra vez. 
— O que você tem? 
— Eu tive que mudar o conceito que estava trabalhando porque não tinha mais os mesmos elementos de antes então a nova ideia é… - eles continuaram conversando por mais uma hora.  Ao final da reunião, Nathan o cumprimentou com o script nas mãos e Alex agradeceu dizendo que espera uma resposta dele o quanto antes. 
No caminho de volta para casa, Nathan parou na confeitaria preferida de Stana e comprou várias guloseimas. Estacionou o carro e chegou chamando pela esposa. 
— Stana! Hey, amor… cadê você? Stana… - ele arrumou os doces numa bandeja, foi na direção da cafeteira e começou a fazer um café - onde ela se meteu? - o cheiro da bebida começava a tomar conta do ar, nada é tão delicioso como o aroma de um café fresco. Ele estava prestes a gritar por ela novamente quando lembrou que a filha podia estar dormindo. Certificando-se que o café estava pronto, Nathan subiu as escadas à procura da esposa. Notou que a porta do quarto da filha estava fechada deixando uma fresta de três centímetros, prova de que Katherine estava dormindo. Foi direto para o quarto do casal, porém não havia sinal de Stana em lugar algum. Retornou ao quarto da menina abrindo vagarosamente a porta. 
— Hey… - Stana estava sentada com Katherine cochilando em seus braços - você não me ouviu chamar? 
— Não, estou há quase uma hora tentado faze-la dormir. 
— Parece que teve sucesso. Acabei de fazer um café e trouxe guloseimas da Pie Hole, sei o quanto adora aquele lugar. 
— Hum, você sabe como transformar o dia de uma garota. Vou coloca-la no berço - Nathan se aproximou e cheirou a cabeça da filha, beijando em seguida. 
— Amo esse cheirinho de bebê. Vejo você na cozinha - cinco minutos depois, Stana se juntava a ele. Nathan colocou uma caneca na frente dela. Ao ver a variedade de doces, ela sorriu. 
— Oh… isso parece incrível. Um pedaço do paraíso. Está tentando me comprar, Nate? Como adivinhou? 
— Bem, é fácil quando se é casado com uma formiguinha - ela o beijou e pegou o primeiro doce - prometo, sem truques - Nathan bebeu um pouco do café. 
— Como foi a reunião com Alex? - Nathan suspirou - tão ruim assim? 
— Se você levar em consideração que quis socar a cara dele e praticamente sai da reunião por causa dos comentários dele, até que foi boa. 
— Nate! Por que? 
— Por que? Porque eu não admito que ninguém fale mal de você ou diga que é culpada por qualquer coisa. Isso me irrita! 
— Por favor, diga que você não perdeu o controle e deixou algo sobre nós escapar. 
— Não! Eu não faria isso! Não posso concordar ou agir como se tivesse tudo bem quando alguém insinua que Castle acabou por sua causa sendo eles os culpados - ele estava vermelho. Stana tocou a mão dele tentando faze-lo se acalmar. 
— Hey… você não devia ter deixado isso te afetar assim. 
— É mais forte que eu, porque… - ele esmurrou o balcão - porque eu lembro do quanto isso a fez sofrer e… 
— Nathan, pare! - ela segurou o rosto dele olhando fixamente nos olhos azuis - eu não quero que pense assim, não quero brigar. Eu preciso que se acalme e pense que estou bem. Eu segui em frente e agora é a sua vez. Sente-se e me conte o que rolou na reunião - ele obedeceu. Nathan começou a contar a ideia de Alex explicando como deveria ser a personagem, seus medos, a dinâmica com o resto do elenco. Ouvindo o marido falar, Stana podia entender a frustração dele. Havia muita semelhança com o show anterior, obviamente estava bem longe de ser uma historia tão envolvente como Castle, mas era compreensível a reação dele. 
— Não é de todo mal, preciso ler o script para saber se o que ele me vendeu está lá. Ele me comentou que sou a primeira opção para o papel principal e que não tem um plano B. Também não começou a selecionar o resto do elenco, mas fez questão de me dizer que terei um interesse romântico. Babaca! 
— Tudo bem. Não tire conclusões precipitadas. Leia o script, se gostar, faça o piloto. É a primeira etapa, você sequer sabe se haverão outras. A ABC pode não gostar, quem garante? 
— Stana, tudo o que aquela presidente idiota quer é me ver atuando em uma serie para a emissora, de preferência policial. 
— Ela pode querer, mas quem disse que querer é poder? De repente, depois de vê-lo incorporar esse novo personagem eles percebam que não era o lance de detetive e policia que garantia o sucesso, alias seriam os últimos a descobrir algo óbvio para milhares de fãs. Um passo de cada vez. 
— Quando você ficou tão decidida e mandona? Eu adoro essa mulher forte, que bate o pé e continua provando o quanto ela é especial. Pode mandar em mim o quanto quiser, Staninha. 
— Você não sabia? É uma das regras principais do nosso casamento. Eu mando e você obedece.  
— Não lembro de ter assinado nada disso. 
— Ah, você concordou. Assim como concordou com a parte de satisfazer sua esposa sempre que ela quisesse. 
— Dessa parte eu me lembro - ele riu safado. 
— Pervertido! Mas falando sério, babe, promete que vai analisar com cuidado a proposta. Você precisa seguir em frente como eu fiz, Nate. 
— Prometo, por você. Agora será que podemos voltar para o outro assunto sério e mais interessante?  
— Que assunto? - ela se fez de boba mordiscando um pedaço da bomba de chocolate. 

— Aquele de satisfazer a esposa… - ele mordiscou o lóbulo da orelha da esposa fazendo-a gemer - está pronta para ver a terra tremer, Staninha? - ele apertou o seio dela e deslizou a mão até o meio das coxas. Ela levantou-se arrastando-o para o quarto.    


Continua...