domingo, 30 de setembro de 2018

[Castle Fic] A (Im)Perfect Love Story - Cap.44


Nota da Autora: Hey! Se contar para voces a minha maratona do fim de semana (inventei de fazer uma materia intensiva) hahaha... foi punk, mas vamos ao que interessa: tem coisa boa aconteceudo nesse capitulo. Imprensa, repercussao e festa... ouçam os sinos! Alguem vai casar... eu sou suspeita para falar porque são minhas criaçoes, mas eu amo esses 2... divirtam-se! E perdoem essa escritora que está "literalmente" com o cerebro frito hoje... espero poder postar mais capitulos em breve! Enjoy! 



Cap.44

Quando os primeiros raios de sol da manhã invadiram o quarto, Beckett mexeu-se na cama ainda de olhos fechados. Preguiçosamente, ela buscava o marido que certamente dormia ao seu lado. Tocou o corpo quente com uma das mãos e virou-se para se acomodar junto dele. Nenhum dos dois tinha uma peça de roupa sequer, graças as atividades da noite passada. Isso tornava as coisas extremamente fáceis para Beckett que finalmente abrira os olhos e decidira deitar-se sobre o corpo de Castle. 
Ao sentir o movimento e o peso do corpo, Castle mexeu-se na cama tentando entender o que acontecia. Os lábios de Kate já vagavam pelo peito dele na tentativa de desperta-lo da maneira que ela queria. Viu quando os olhos azuis fixaram-se nela para ver o que estava fazendo. Kate impulsionou o corpo para cima a fim de ficar cara a cara com o marido. Sorrindo, ela beijou o seu rosto. Uma, duas, três vezes antes de sorver os lábios. Castle se deixou levar pelo contato e o carinho da esposa até que ela tornasse a encara-lo. 
— Bom dia, amor. Acordou bem disposta, não? 
— Você não imagina o quanto… - ela beijou-o rapidamente. 
— Posso ter uma ideia. O que pretende fazer nos próximos minutos? - Kate deslizou uma das mãos em busca do membro que começava a despertar. Segurando-o, ela o apertou e riu. 
— Isso lhe diz alguma coisa? 
— Totalmente. Varias coisas diferentes - ele a jogou contra o colchão e deitou-se sobre ela sorvendo seus lábios com vontade. Começava a pequena diversão da manhã, nada melhor para um sábado. 
Uma hora depois, Beckett criou coragem e levantou-se da cama. Não encontrou sua camiseta por perto então seguiu para o banheiro nua como estava. Após sua higiene pessoal, ela reapareceu no quarto usando o roupão que mantinham no closet ou atrás da porta do banheiro. Ela deu mais uma olhada para a cama onde Castle continuava deitado recuperando-se da pequena atividade matinal que de pequena não tinha nada. A verdade era que a noite foi cheia de surpresas, amor e fogo. Batiam um novo recorde. Como era possível? Sempre insaciáveis, ela pensava enquanto sorria admirando o marido esparramado na cama. 
— Será que acabei com você, escritor? Está ficando fraco… 
— Eu estou muito bem, apenas relembrando a ótima visita que tive ontem à noite. Nikki estava com muito fogo. Fez jus ao seu nome. Aonde você vai? 
— Vou ver o que temos para o café, estou faminta. 
— Vai trazer na cama? Eu acredito que estou merecendo. 
— Você já foi recompensado pelo seu mérito alcançado ontem no evento. Trate de levantar esse traseiro lindo da cama, tome um banho e me encontre na cozinha. 
— Sim, capitã - ele respondeu batendo continência. Beckett riu e deixou o quarto. 
Chegando na sala, não havia sinal de Martha nem Lily. Estranhou o silencio. Checou a hora no relógio do microondas. Passava das dez da manhã. Assim que chegou na porta da geladeira viu o recado deixado por Martha. Saíram para ir ao parque, tomar o sol da manhã. Ótimo, pensou Beckett, ela e Castle podiam tomar o café da manhã sossegados. Não encontrou os jornais sobre o balcão da cozinha. Resolveu ir até a porta, a sogra podia ter esquecido. Beckett estava errada. Os jornais estavam sobre o sofá. Era incrível que alguém como Castle que adorava gadgets, tecnologia de ponta e todas as maravilhas online ainda tinha uma assinatura de jornal quando podia checar todas as noticias online. Alguns costumes nunca mudam, ela poderia dizer o mesmo quanto a livros. Lia em seu iPad, kindle, mas nada substituia a deliciosa sensação de ter um livro em mãos. Pegou as cópias do NYT e do Ledger e voltou para a cozinha. 
Tirou os ovos, bacon e a manteiga da geladeira. Tinha bagels e pão de forma. Colocou-os na torradeira enquanto esquentava a frigideira no fogo. Ligou a cafeteira e esperou a agua esquentar para fazer café. 
Em poucos segundos o cheiro de bacon e café invadia a casa. Kate sabia que o marido ia surgir a qualquer momento querendo comer. Castle não resistia ao cheiro de bacon. Não deu outra. Ele apareceu na cozinha vestindo uma calça de moletom e uma camiseta. Ela pode perceber os cabelos molhados e o cheiro da loção pós-barba quando ele se aproximou beijando seu pescoço. 
— O cheiro está maravilhoso… 
— Está mesmo - porém se referindo a ele - pode fazer o café? Eu já estou quase terminando. Aproveite que estamos sozinhos. Martha levou Lily para o parque, temos mais um tempinho para aproveitar - ele colocou o café para fazer e notou os jornais sobre o balcão. A curiosidade era grande. Sabia que o Ledger deveria ter algum comentário, pois estava presente no evento e também lembrou-se de checar a versão online da magazine que o entrevistara. Não lembrava onde deixara seu celular. 
— Você viu meu celular? 
— Estão na cabeceira da cama. Pode trazer o meu também? - em dois minutos ele estava de volta. Havia alguns tweets o elogiando pelo livro e vários comentários na pagina do Facebook e em seu website. Sorriu. Teria que ler com calma. 
— Parece que os meus leitores estavam com saudades de Nikki. Muitos já comentaram o livro no site e nas redes sociais - ele comentou vendo Beckett colocar os ovos sobre o balcão da cozinha. A cafeteira apitou indicando que o café estava pronto. Castle largou o celular e serviu duas canecas para eles. 
— Alguma nova review sobre o livro? 
— Não sei ainda. O Ledger já fez, mas acredito que devem ter ao menos uma nota sobre o evento de ontem. 
— Acho que vai ter mais que isso. Mas antes, vamos tomar nosso café sossegados? 
— Tudo bem - ele colocou o jornal de lado colocando a primeira garfada de ovos e bacon na boca - isso está muito bom. O que está fazendo? Colocando mais pimenta? 
— Eu gosto. Não quis fazer isso antes. Quer um bagel? - ela passou o pão para o marido - e quanto a entrevista com Johanna, qual era a revista? 
— Está online. Vou checar assim que terminar de comer - o telefone dele soou indicando uma mensagem - Gina. Ela está dizendo para eu checar o Ledger que terei uma ótima surpresa. Pediu para eu agradece-la. Do que ela está falando? 
— Provavelmente da entrevista que dei ontem. 
— Foi para o Ledger? - Kate anuiu com a cabeça - eu preciso ler isso - mas ela segurou no braço dele impedindo-o de pegar o jornal.
— Termine o café primeiro, você prometeu - ela bebeu mais um pouco do café e mordiscou um pedaço de bacon antes de beija-lo. 
— Hum, beijo com sabor de bacon é muito bom. 
— Mesmo? - ela repetiu a dose. Voltaram a atenção ao café. Estavam quase terminando a refeição quando Martha apareceu no loft. 
— Ah, bom dia dorminhocos. Olha só, Lily! Diz para esses preguiçosos o que já fizemos hoje. Passeamos pelo Soho, fomos ao parque, comemos frutas enquanto a vovó tomava café com um croissant delicioso de amêndoas, vimos outros bebês… - Kate não se aguentou e foi ao encontro da filha tirando-a do carrinho e beijando-a antes de arruma-la em seu colo. 
— Você se divertiu, meu amor? Vovó sabe curtir um passeio, não? Obrigada pela ajuda, Martha. 
— Que isso, Katherine. Você merece. E gosto de passar um tempo com Lily. Falando em merecer, parabéns! Você arrasou no Ledger. 
— Ah, chega. Eu preciso ler isso - Castle pegou o jornal e folheou ávido para achar a tal entrevista. 
— Está na parte de Variedades, kiddo. Achei que ele tivesse lido… 
— Não deixei. Nem eu li - Castle achou finalmente a pagina onde Amy Saunders falava de “Before Dawn” e também transcrevera a conversa que tivera com Kate. À medida que lia, os olhos de Castle começava a brilhar. Beckett podia vê-lo rindo e a carinha de satisfação durante a leitura indicava que estava gostando do que lia. 
— Wow! “Além disso, quantas mulheres você conhece que podem dizer-se afortunadas o bastante por receber uma declaração de amor a cada livro escrito? Ou melhor, a cada best-seller? “. Você disse mesmo isso? - ela sorriu - você tem muito ciúmes de mim, não? Além de me elogiar como escritor e marido devo acrescentar. 
— Está com problemas para interpretar textos agora? Antes dessa frase falei exatamente o oposto sobre ciúmes. 
— Eu continuo muito bom em interpretação tanto que sei exatamente o que passou por essa sua cabecinha quando dava essa entrevista. Você foi à forra com a reporter. Estava engasgada há anos com isso, não Kate? Ela é só uma reporter, amor. 
— E você acha que não sei? Não fui à forra. Apenas quis deixar claro a realidade dos fatos. É meu dever como esposa e como uma representante da justiça. Ciúmes de uma reporter? Ela é só mais uma fã que sonha em ter Rick Castle como uma de suas conquistas. Sinto muito, ele tem dona e isso - disse mostrando a aliança - prova o que quero dizer. Fim de caso. 
— Nossa! Seus comentários são vorazes. Pena que não pude presenciar isso, deve ter sido bem interessante. Você estava inspirada ou com muita raiva da Amy. 
— Inspirada. Vai realmente querer discutir mais sobre isso, Rick? - a menção ao seu primeiro nome era o sinal de perigo. Melhor não provocar. 
— Eu adorei sua devoção, Kate. À minha escrita, ao meu livro e a mim, ou melhor à nós. Gostaria de ter sido uma mosquinha durante a entrevista. 
— Talvez eu possa lhe proporcionar algo parecido com a sensação de estar lá. 
— Está propondo ler a entrevista para mim em voz alta e encenar o tom que usou em cada palavra? 
— Farei melhor - ela pegou o celular e acessou a gravação que fizera apertando play revelando as primeiras palavras trocadas - “Olá, Srta. Saunders. Queria falar comigo?“ 
— Espera, você gravou a entrevista? Ela sabe? Quer dizer, longe de mim sugerir ou insinuar esse tipo de comportamento, mas isso não seria ilegal? 
— Como eu disse, estava apenas garantindo que a verdade prevalecesse. Afinal não seria a primeira e nem a ultima vez que essa reporter distorceria as palavras de seus entrevistados. Ela tem um certo histórico. Pelo menos ela cumpriu o prometido. Essas são minhas palavras. 
— Um evento maravilhoso e ainda ganho uma demonstração de amor dessas? Sempre extraordinária, Kate - ele a puxou para um beijo. 
— E quanto a entrevista de Johanna? Foi publicada? Teve repercussão? Aposto que ela está louca para saber. 
— Podemos checar agora - ele pegou o celular e abriu o link que Gina o mandara, Enviou para o celular da esposa. Juntos, eles liam a reportagem. Também era muito boa. A amiga se saíra bem. 
— Joh vai adorar ler isso. Vou mandar o link para o celular dela - terminada sua pequena missão, Beckett bebeu o resto do café. Castle a olhava com admiração. Sim, ela conhecia bem o olhar do marido. 
— O que foi? 
— Será que podemos ouvir a gravação agora? 
— Rick Castle, a curiosidade matou o gato… - ela riu e entregou o celular para ele. Castle puxou-a pela mão e sentados lado a lado, ela com Lily no colo, ouviram o pequeno show de Kate Beckett. 
Por mais empolgada que Johanna estivesse com a entrevista, naquela manhã seus pensamentos foram direcionados a outro tipo de interesse. Um moreno sexy que a acordou com beijinhos. Depois de um excelente começo de dia, ela estava esparramada na cama com Paul deitado ao seu lado admirando-a e passando as pontas dos dedos de leve sobre as sardas no colo da noiva. 
— Pode acreditar, Joh? Em quatro dias seremos oficialmente marido e mulher. 
— É, moreno. Então poderei oficialmente mandar em você. 
— Como se já não fizesse isso… e vamos poder curtir pelo menos umas 24 horas sozinhos. O presente de Castle veio bem à calhar - ele tornou a beijar o colo da noiva enquanto as mãos acariciavam seu abdomen. 
— Hum… isso é tão bom…. uma pena que temos que sair dessa cama. 
— Por que? Nós temos tempo até você sair. Seu plantão é ao meio-dia, não? 
— É, mas eu estou com fome - ela puxou o rosto de Paul para beijar-lhe os lábios. Satisfeita, ela o empurrou delicadamente para o lado, sentou-se na cama enrolando-se com o lençol para levantar e seguir para o banheiro. Ao retornar para o quarto vinte minutos depois já de banho tomado e vestindo um short e camiseta, viu Paul de pé arrumando a cama. Sorriu. Algumas coisas nunca mudam. 
— Hey, seu celular vibrou. Acho que recebeu uma mensagem - Johanna pegou o celular checando a mensagem. 
— É de Kate. O link da entrevista. Você vai para a cozinha comigo? Eu quero muito ler isso, mas definitivamente preciso de café - Paul a acompanhou. Ao chegarem na cozinha, encontraram Charles e Audrey fazendo panquecas. 
— Bom dia, mama! Paul. Sentem-se. As panquecas estão quase prontas. Charlie acabou de fazer café fresco. Podem se servir. 
— Não somos sortudos, moreno? Ter uma aprendiz de chef em casa é bem prático. Eu estou morrendo de fome - Johanna se sentou à mesa. Paul fez o mesmo. Audrey colocou um prato com panquecas à frente deles, também manteiga, geleia e calda de maple. 
— Eu li o jornal essa manhã. Kate arrasou na entrevista para o Ledger. E você, mama? Quando poderemos ler sua entrevista? Estou curiosa? 
— Kate mandou o link. Eu não sabia que ela tinha falado com os repórteres também. 
— Se falou, ela deu um show. Algo me diz que ela não gosta muito de quem a entrevistava. 
— Por que diz isso, Audrey? - perguntou Paul curioso. 
— Pelo jeito que ela respondeu algumas perguntas. Era quase como um “cala boca”. Foi muito interessante de ler. Deixei o jornal na sala. Posso pegar para vocês. 
— Por favor, eu quero ler - a menina se levantou e em dois tempos entregou o caderno com a entrevista - mas antes, que tal você ler a sua entrevista, Joh? - ela sorriu para o noivo. Um frio de excitação percorreu sua espinha e pos-se a ler para a sua família. Quando terminou, Audrey estava sorrindo e Paul um pouco intrigado. 
— Nossa! Esse reporter gostou muito de você, dona Johanna. Ele a elogiou muito. 
— Esse tipo de gostar tem nome, Charlie. Chama-se flerte. Esse cara estava flertando descaradamente com a mamãe. 
— Que besteira, Audrey. Ele apenas estava fazendo o trabalho dele. Jornalistas são assim mesmo, tratam as palavras diferente de nós, não vê Castle? Uma cena simples ganha outra conotação com a forma que ele escreve. 
— É porque ele está literalmente falando da esposa dele. Esse cara estava te cantando, Joh. 
— Viu? Eu sabia. Paul também entendeu como eu. 
— Você não pode achar que o reporter estava… - mas ela se calou ao ver a expressão no rosto de Paul - oh! Você está com ciúmes, moreno? Porque eu não fiz nada, apenas respondi as perguntas e pode perguntar para Castle, eu não… - ele a impediu de continuar. 
— Eu não estou com ciúmes, mas ainda bem que esse lance de entrevista acabou. Não gostei nada da atitude desse cara. E aposto que Castle vai confirmar. 
— Esquece isso, Paul. Vamos tomar nosso café. Porque não lê o jornal? - eles continuaram comendo acabaram por ler juntos a entrevista - acho que Kate aproveitou. Aposto que essa é a mesma reporter que ela não gosta. 
— Como assim? 
— Kate detesta uma reporter do Ledger, provavelmente devido aos dias de playboy de Castle. Nisso ele deve ter razão, antes mesmo de estarem juntos, ela já morria de ciúmes dele e parece que a reporter leu o Heat Wave antes dela. Pode imaginar que ela não ficou nem um pouco satisfeita quando descobriu. 
— Acho que ela foi excelente nessa entrevista. Aliás, vamos ligar para eles. Quero tirar essa historia do reporter a limpo - ele pegou o celular de Johanna e apertou o nome de Kate na lista dos favoritos. 
— Hey, Joh! Você já leu sua primeira entrevista oficial? Eu achei ótima. 
— Oi, Kate. É o Paul. Estamos todos juntos aqui, lemos a entrevista mas devo confessar que fiquei mesmo impressionado com a sua. Você realmente soube como colocar aquela reporter no lugar dela. 
— Essa é a reporter que você odeia? A que ficava fazendo mil elogios a Castle? 
— Eu não a odeio! Eu apenas respondi as perguntas dela com a verdade. 
— Você se vingou… 
— Joh, quer parar? Já basta o Castle me provocando, você também não. 
— Castle, eu tenho uma pergunta - Paul parecia sério. 
— Manda, Paul. 
— Quando você estava sendo entrevistado com a Joh, aquele reporter estava se comportando? Porque ao ler a entrevista eu senti um lance estranho havia mais elogios a ela que a você. 
— Já disse que esse é o jeito como jornalistas escrevem, Paul. 
— Que nada! Ele estava flertando com ela descaradamente. Por alguns minutos até esqueceu que eu estava lá. 
— Castle! Não foi nada disso! 
— Johanna qualquer um que observasse ia dizer a mesma coisa. Não se preocupe, Paul. Ela estava tão empolgada que não percebeu nada. E olha que o carinha tentou, mas eu estava de olho, se ele avançasse o sinal drasticamente eu não deixaria nada acontecer. 
— Eu sabia! - disse Audrey. 
— Tudo bem, que tal esquecermos tudo isso e focar no que é importante para os próximos dias? - disse Kate - eu vou marcar suas sessões no cabeleireiro e na esteticista para terça e quarta logo cedo, certo? 
— Isso mesmo, Kate. Pode marcar. Eu também tenho que ir ao supermercado comprar o resto dos ingredientes para o jantar. Temos tao pouco tempo! 
— Paul, você já acabou de ler minha obra? 
— Ainda não, Castle. Prometo que assim que terminar vai saber. 
— Ótimo, se precisar de ajuda com seus votos, eu estou aqui. 
— Castle, Paul vai escrever seus votos sozinho. É um momento intimo, você saberá depois junto com todo mundo - Kate falou e revirou os olhos - Lily está chorando, vamos nos falando? 
— Claro. Até depois - desligaram. 
Mais tarde, Johanna saiu para o seu plantão de 24 horas. Audrey aproveitou a saída da mãe e arrastou Charlie com ela para o supermercado. Se vendo sozinho em casa e sabendo que só trabalharia às dez da noite, Paul decidiu que era a oportunidade perfeita para retornar a leitura de “Before Dawn”. 
Os dias passaram rápido. Às vésperas de seu casamento, Johanna tinha um plantão de 24h. Entrara às 6 da tarde da segunda e sairia às 6 da tarde da terça. Paul tinha a vantagem de apenas 16h entrando à meia-noite e saindo às seis da tarde junto com a noiva. Felizmente, o ambiente do hospital estava um tanto calmo. Ele operara na madrugada duas vezes e apenas tomava conta de seus pacientes do pós-operatório. Tinha uma cirurgia marcada para às onze da manhã de terça, contudo eram por volta das cinco da manhã e ele estava sozinho no conforto médico quando Johanna entrou. Ela acabara de sair de uma cirurgia e queria muito um café. Ao ver o noivo, a ideia de convida-lo para um café da manhã na cafeteria em frente ao hospital pareceu-lhe perfeita. O que Johanna não sabia era que Paul também tinha suas próprias ideias. Ele estava sentado em um dos beliches. O livro de Castle a seu lado. Johanna sorriu. 
— Olha para você, moreno. Estava adiantando a leitura? 
— É, estou quase acabando. Sabe, eu achei muito interessante o que li há alguns capítulos atrás. Será que podemos dizer que a vontade de transar em uma sala de investigação ou na sala da capitã é a fantasia de todo policial assim como o conforto é para os médicos? 
— Foi só esse questionamento que você tirou de toda aquela cena, Paul? 
— Me fez pensar, terei que perguntar de Kate porque Castle não é uma fonte muito confiável,  afinal ele escreveu a cena. Respondendo sua pergunta, claro que não foi a única coisa que me passou pela mente - ele se aproximou dela agarrando sua cintura, ele sussurrou no ouvido da noiva - fiquei com muita vontade de fazer o mesmo aqui nesse conforto - a mão de Paul enveredou-se por baixo do uniforme cirúrgico que ela usava tocando a pele fria. 
— Paul, acho que não é uma boa ideia… 
— Tem certeza? - ele mordiscava a nuca dela exposta pelo coque que usava. 
— Ai, moreno, não provoca… e se alguém nos surpreende? 
— São cinco da manhã. A chance é minima, mas é exatamente aí que está toda a excitação do momento - ele a levou consigo até a porta trancando-a - melhor agora? - baixou a calça que ela usava, fez o mesmo com a sua - prometo que serei rápido - ela virou-se para fita-lo. 
— Não, nada de ser rápido. Se é para arriscar, vamos fazer direito - ela beijou-o com vontade. A ideia do café foi completamente esquecida diante das caricias que recebia do noivo. Paul tirou a blusa que ela usava, desabotoou o sutiã e deitou-a no beliche. Após livrar-se das suas roupas, ele deitou-se sobre Johanna e a temperatura subiu. 
Quase uma hora depois, eles estavam deitados no mesmo beliche. Johanna sobre o corpo do noivo sentia os dedos dele acariciando seus cabelos. Suspirou e sorriu. Beijou o peito dele e tornou a fita-lo. 
— Já parou para pensar que amanhã estaremos casando, moreno? Como isso aconteceu? 
— Essa é uma pergunta fácil de responder. 
— É verdade, você ficou de quatro por mim. 
— Hey! Não era isso que ia dizer, afinal você era quem suspirava pelos corredores. Muitas pessoas me disseram isso antes de ficarmos juntos. 
— Até parece! Se isso é verdade, por que você precisou de um empurrão de Castle para me chamar para aquele café? - Paul riu ficando vermelho. 
— Você já parou para pensar que éramos dois tontos, atraídos um pelo outro e sem qualquer iniciativa? Sera que teríamos chegado até aqui se aqueles dois não tivessem surgido nas nossas vidas? 
— Provavelmente sim, não tão rápido, mas eventualmente eu ia tomar a iniciativa. Eles realmente tornaram nossa vida melhor, não? 
— Com certeza, são pessoas especiais. Exceto pela parte que me fizeram ter que escrever meus votos. 
— Hey! Você está fazendo isso por mim - Paul riu. 
— Ainda bem que estávamos os dois aqui para salva-los. 
— E não me arrependo de ter brigado com você para salvar Kate. 
— Eu também não - o bipe de Paul tocou - meu paciente chegou. Preciso recebe-lo e ver como está a programação do pre-operatório. O órgão do transplante deve chegar em meia hora - ela se levantou e deixou o noivo vestir-se para então dar mais um beijo nele e vê-lo sair pela porta. O resto do plantão correu naturalmente, tanto que Daniel chegou no hospital por volta das três para substituir Johanna. 
— Você merece. Precisa se cuidar para o casamento amanhã. Pode ir tranquila que eu e Paul damos conta do recado. Aposto que tem mil coisas para fazer no salão, não? - Johanna riu. 
— Sua noiva lhe alertou quanto a isso? 
— Foi. Pode ir, nos vemos amanhã. 
— Obrigada, Daniel. Diga para o Paul que devo chegar mais tarde em casa. 
Johanna deixou o hospital. Checou o relógio. Três e meia. Ligou para Kate porque sabia que estava cedo para irem ao salão. Havia marcado hora para às sete da noite. 
— Hey, Kate. Eu acabei de sair do plantão. Acha que conseguimos antecipar nossa hora no salão? 
— Hey, posso tentar. 
— Ótimo, tente. Eu estou indo para o distrito, mas vou fazer uma parada nessa cafeteria que tem na esquina. Preciso de um litro de café. Acho que só tomei um copo hoje, estou 24 horas no ar e o Paul ainda quis abusar de mim… - Kate riu.  
— Como se isso fosse um problema. Tudo bem, eu te ligo ou mando uma mensagem assim que falar com o salão - Beckett fez melhor. Assim que conseguiu resolver tudo, avisou Ryan que estava de saída e que não viria no dia seguinte. O distrito estava sob sua responsabilidade. Ao entrar no café, viu Johanna sentada em uma das mesas com o maior café disponível na cafeteria. Riu e acabou pedindo seu café favorito antes de se juntar à amiga - você não estava de brincadeira. Está cansada? 
— Nem tanto e o plantão não foi dos piores. É somente o tempo de dormir mesmo e como vou enfrentar a primeira parte da maratona da beleza, eu preciso recarregar as baterias especialmente depois do exercício que Paul me fez fazer. 
— Ah, coitadinha… realmente deve ter sido um sacrifício o pedido de seu futuro marido. Bem, eu consegui remarcar o salão para às cinco o que nos garante uma vantagem de duas horas e ainda temos tempo, portanto desembucha logo o que de tão abominável seu noivo a fez fazer - Kate a olhava com a cara safada. 
— A culpa é sua e do seu marido que ficam colocando ideias nas nossas mentes. 
— O que eu e Castle fizemos dessa vez? 
— Inspiraram meu noivo. Ele veio com um papo de fantasia. Disse que vai perguntar de você sobre a veracidade do fato. 
— Espera, você está falando de alguma cena de “Before Dawn”? Por que Paul iria querer perguntar esse tipo de coisa para mim? 
— Porque ele ficou curioso em relação à cena da delegacia. Ele quer saber se transar numa sala de interrogatório ou na sala da capitã é a fantasia de todo o policial assim como o conforto médico é para os profissionais médicos. É claro que ele usou isso de pretexto para a gente fazer sexo no conforto de madrugada… 
— Então você deveria me agradecer. E quanto à fantasia, sei lá, nunca pensei nisso como algo imprescindível até eu e Castle estarmos juntos e eventualmente realizar a fantasia dele. Sim, porque ele sonhava com isso desde a primeira vez que esteve numa sala de interrogatório comigo. Ele nunca me disse com todas as letras, mas não precisa ser nenhum gênio para saber disso. O cara me cantou enquanto o interrogava. 
— Típico, Castle. E tinha certeza que aquela cena era real. Enfim, foi um ótimo exercício. 
— Que bom que eu e meu marido podemos proporcionar momentos de diversão para vocês. Falando em marido, você já se deu conta de que faltam menos de 12 horas para você estar casada? Ser a senhora Gray? 
— E não é um sonho. Mal posso esperar. Uma coisa é certa, Paul mesmo comentou hoje, você e Castle são grandes responsáveis por temos chegado até aqui. Aquele empurrão foi providencial. 
— Só fizemos a nossa parte, inspirada em experiência própria. Acho que nos vimos um pouco em vocês. Pelo menos ninguém precisou estar à beira da morte para entenderem que precisavam estar juntos. 
— Graças a Deus! Vamos? 
— Vamos. Você está de carro? 
— Não, eu não uso carro quando vou para o plantão. Nunca sei como estará meu nível de sono e cansaço. 
— Sem problemas, vamos no meu carro. 
As duas saíram da cafeteria rumo ao local na frente do distrito onde o carro de Beckett estava estacionado. Seguiram para o salão onde foram atendidas logo que chegaram. Johanna foi primeiro fazer a depilação completa e uma limpeza de pele. Beckett também aproveitou para fazer uma mascara para seu rosto. Mais tarde, as duas amigas fizeram pedicure e manicure enquanto conversavam sobre milhares de coisas. Ao terminarem, Johanna se dirigiu ao caixa apenas para descobrir que tudo estava pago. Beckett a esperava na porta. 
— Kate! Por que você fez isso? Não devia ter fechado a conta. 
— É claro que sim, sou a madrinha. Deixar a noiva perfeita para o casamento é minha obrigação. Vamos, amanhã seu dia começa bem cedo e considerando que estava em um plantão de 24 horas, você precisa descansar. Nada de brincadeira hoje à noite - Kate dirigiu até o apartamento de Paul, que na realidade era dos dois agora - ok, Joh, está entregue. Descanse e não se preocupe com nada amanhã. Eu venho buscar você e Audrey cedo. Apenas lembre-se de trazer seu vestido e seus sapatos. Castle virá mais tarde pegar o noivo e Charlie. 
— Tudo bem, te vejo amanhã. 
Quando Johanna chegou em casa, encontrou Audrey na cozinha e varias vasilhas espalhadas sobre a mesa e o balcão. Paul e Charlie jogavam na sala. 
— Hey, mama. Nem pense em chegar perto da cozinha. 
— Audrey, eu vou acabar descobrindo o que está fazendo pelo cheiro. 
— Não interessa. Como foi no salão? Esperava que chegasse mais tarde. 
— Conseguimos antecipar. Adorei minha massagem após a depilação e que produtos incríveis para pele. Acho que rejuvenesci uns quinze anos. 
— Ouviu isso, Paul? - Audrey gritou. Paul pausou o jogo e levantou-se do sofá aproximando-se da noiva - dona Johanna disse que está mais nova uns quinze anos. 
— Como se ela precisasse disso. Ela é linda. Sempre foi, desde o dia que a vi pela primeira vez. 
— Guarde essas palavras para os seus votos, moreno - ela beijou-o rapidamente. Audrey se aproximou para ver as unhas da mãe. Estavam lindas - amanhã temos que acordar muito cedo. Kate vai passar aqui às seis para nos pegar. Não demore demais nessa cozinha, você também precisa descansar. Ainda tem varias horas amanhã depois do casamento. O jantar é apenas às sete. 
— E quanto ao Paul e Charlie? Como vão para o tribunal? 
— Castle me ligou. Ele vem nos pegar. 
— Mama, isso não a deixa preocupada? 
— Claro que não! Castle é uma das pessoas mais apropriadas para esse trabalho. Acho que ele está mais empolgado do que os noivos. Ele tem um fraco por historias de amor verdadeiro. 
— Nisso não posso discordar, apesar que nesse momento não estou tão feliz com ele. 
— Do que está falando? - Johanna arregalou os olhos e sorriu um pouco surpresa - você terminou o livro! - Paul anuiu - eu sabia que ele fisgaria você com a historia. Agora entende porque eu amo Nikki Heat? É viciante! 
— Tenho que concordar que ele tem uma imaginação impressionante a julgar pelos vários livros que já escreveu. 
— Não tente disfarçar, você adorou. Castle vai amar saber disso. Não que ele precise de mais alguém inflando o ego dele. Bem, mocinha, eu vou me deitar foi um dia muito longo. Não durma na cozinha. 
— Pode deixar dona Johanna, eu arrasto Audrey para o quarto. 
— Você vai é levantar esse traseiro do sofá e me ajudar, isso sim. 
— Não nega que é sua filha, Joh. Boa noite para vocês - disse Paul arrastando Johanna consigo. No quarto, ele tocava seu rosto com a ponta de seus dedos, em seguida o toque desceu para o seu colo e ombros - sua pele está mesmo macia… - os lábios brincavam na nuca de Johanna, ela podia sentir o corpo tremer levemente ficando fraco diante das caricias do noivo. 
— Eu preciso de um banho… e cama - ele sorriu safado - para dormir, Paul! Vou acordar quatro da manhã e estou a mais e 24 horas no ar. Você já teve sua cota por hoje, ou esqueceu? - ele riu. 
— Como poderia? Tudo bem, vá tomar seu banho, mas amanhã você não me escapa porque eu serei seu marido e terá que me obedecer e satisfazer minhas vontades… - ele fazia de propósito. 
— Se continuar pensando desse jeito, vai ficar sem sexo por um bom tempo. 
— Você acha mesmo que eu seria esse tipo de homem? 
— Jamais. Do contrario não estaria casando com você - ela beijou-o mais uma vez - mas estou louca para não escapar de você amanhã - piscou para ele e seguiu para o banheiro. 
Cedo pela manhã, Kate estacionou na frente do prédio e ligou para Johanna. Dez minutos depois, ela e Audrey surgiram com a sacola enorme contendo o vestido de Johanna e outra com acessórios e a roupa de Audrey. 
— Ansiosa, noiva? 
— Seria melhor se pudéssemos ir direto ao tribunal e acabar com isso. 
— Ela fala da boca para fora, Kate. Aposto que está doida para ver a cara de Paul quando ela estiver linda e deslumbrante com o vestido, cabelos, maquiagem… 
— Ela a conhece muito bem - disse Kate rindo. 
As atividades no salão tomaram bastante tempo e valeram a pena. Quando elas terminaram, faltavam 45 minutos para a cerimonia. Beckett sorria encantada. A imagem de Johanna à sua frente era incrível. Suspirou. Suas próprias memórias de seu casamento vieram à mente. 
— Joh, você está linda. 
— Mama… está perfeita. Paul vai babar ao lhe ver. O vestido funcionou com os sapatos e wow para esse cabelo - Beckett tinha que concordar. A forma como o penteado fora feito realçava o colo de Johanna e as sardas que Paul tanto amava. Alguns cachos longos caíram sobre seus ombros. A maquiagem leve fazia os olhos se destacarem. 
— Acho que precisamos ir, não? Paul deve estar ansioso. Se conheço meu marido e eu realmente sei como ele é, chegaram cedo no tribunal. Castle adora brincar com os nervos de uma pessoa. Ele sempre me irritava, me testava antes de estarmos juntos. Depois também, mas não tinham tanto efeito, quase nunca, às vezes…. não importa. Vamos? 
Elas entraram no carro e a viagem até a prefeitura onde o tribunal estava localizado levou vinte minutos. Antes de entrarem na sala onde o casamento ocorreria, Beckett pediu para Audrey esperar no carro com a mãe enquanto ela checava com Castle e o noivo se podiam começar a cerimonia. Ao ver o marido sentado no banco das testemunhas brincando com o celular, sabia que eles estavam apenas esperando por elas. Ao vê-la, Castle comentou. 
— Finalmente! Paul está quase morrendo de nervoso e eu descobri que ele terminou de ler meu livro, mas quem disse que quer discutir? Se esperarmos mais dez minutos tenho medo que ele tenha um ataque cardíaco, ai só Johanna entrando em cena para salva-lo. Olhe para ele! - Paul andava de um lado para o outro. Tentava manter o terno mais perfeito possível, mas era difícil com toda a emoção e o nervosismo que tomava conta dele. Deus! Ele não se sentia assim desde a primeira vez que pisara em uma sala de operação para fazer uma cirurgia sozinho. 
— Hey, Paul… - Beckett se aproximou dele, pegou sua mão - ela está pronta. Esperando por você - ela ajustou o terno e a gravata dele - não tem porque você está tão nervoso. Vocês amam um ao outro. Ela é o amor da sua vida. Nada de medo. Pule do penhasco, Paul - ela sorria - pronto? 
— Pronto. 
— Ótimo. Vou buscar a noiva. 
— Wow! A musa superou o escritor. Você disse tudo o que precisava - ele a beijou - vou esperar ansioso para comemorar o casamento. Celebrar o amor - ela sorriu e sussurrou ao ouvido dele. 
— Pervertido - e saiu rindo. Do lado de fora, Audrey esperava a volta de Beckett. 
— Você demorou! 
— Calma, Audrey. Está tudo correndo bem, nada de nervosismo. Olhe para sua mãe, está super tranquila. Agora entre. Temos que começar logo essa cerimonia - a menina obedeceu. Assim que se viu sozinha com Kate, Johanna perguntou. 
— Como ele está? Muito nervoso? - Kate sorriu pegando as mãos da amiga entre as suas.
— Estava quase furando o chão do tribunal. Não se preocupe, eu o acalmei. É a primeira vez dele. Eu o entendo. Está na hora. Vamos tornar isso oficial de vez. Temos muito o que comemorar mais tarde. Pronta? 
— Sim, como nunca estive em toda a minha vida - Beckett se aproximou da porta, deu mais uma olhada na direção da amiga e piscou. Voltando para o salão, ela fez sinal para Castle que avisou o juiz que a noiva estava pronta. Já do lado do marido, Beckett observava a amiga entrar no tribunal com um sorriso incrível nos lábios. Ela voltou sua atenção para Paul. Ele a olhava enfeitiçado. Kate podia ver o brilho apaixonado naqueles olhos verdes. Reconhecia um olhar de devoção e amor muito fácil depois de tantos anos com Castle. Pequenas coisas que aprendera com o marido. Sorriu e seu próprio olhar encontrou-se com os de Castle. Ele suspirou, beijou-lhe a testa e apertou sua mão deixando seus dedos enroscarem-se nos dele. 
Johanna estava finalmente na frente do noivo. Ele pegou sua mão, levou-a até os lábios beijando-a sem quebrar o olhar com a bela mulher que também o fitava. O juiz de paz iniciou a cerimonia. 
— Estamos aqui reunidos na presença de amigos, familia e testemunhas para realizar a união de Paul Andrew Gray e Johanna Marshall perante a lei dos homens. É de comum acordo que se encontram hoje aqui diante das leias e do juiz para consumar esse compromisso? 
— Sim - ambos responderam. 
— Sendo assim, Paul, você aceita Johanna como sua legitima esposa promete ama-la e honra-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, respeitando-a pelo resto de suas vidas? 
— Sim, aceito. 
— Johanna, você aceita Paul como seu legitimo esposo promete ama-lo e honra-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, respeitando-o pelo resto de suas vidas? 
— Sim, aceito. 
— Por favor, as alianças - Castle as entregou para Paul. 
— Johanna, recebe essa aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade.
— Paul, recebe essa aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. 
— Pelo poder investido a mim pelo estado de Nova York e diante das testemunhas aqui presentes, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva - Paul abraçou Johanna e seus lábios se encontraram em um beijo apaixonado. 
— Uhu! Finalmente! 
— Castle! - mas Beckett ria. 
— Por favor, as testemunhas queiram se aproximar para assinar a certidão de casamento - Castle e Beckett seguiram com os recém casados até a mesa para assinar os papeis. Assim que terminaram as obrigações, o casal recebeu os parabéns de Audrey, Charlie e de Daniel com sua noiva. Os últimos a cumprimenta-los foram os padrinhos. Castle abraçava Paul com força batendo em suas costas. Em seguida, ele beijou e abraçou Johanna. Kate abraçou e beijou Paul, mas quando chegou a vez de Johanna, ela não conseguia disfarçar as lágrimas nos olhos. 
— Estou tão feliz por vocês. Ah, Joh! Isso é tão lindo e especial. Você merece toda a felicidade do mundo. 
— Devo parte desse momento a você, não? Se não fosse Castle e você surgirem nas nossas vidas, não sei se estaríamos aqui hoje. 
— Eu vou um pouco além aqui, apesar de não ser tao voltada a esse lance de fé e espiritualidade, eu acredito que outra Johanna estava olhando por nós naqueles dias através de você. 
— Oh, Katie… eu te amo - e abraçou a amiga com força - é uma honra ser comparada a sua mãe e ser parte de sua vida. 
— É um prazer ter você como amiga - Johanna enxugou a lágrima teimosa que rolou pelo rosto de Kate e fez o mesmo com as suas. 
— Olha só para essas duas, morrendo de chorar - disse Audrey. 
— Deixa de ser exagerada, Audrey. 

— Nada de lágrimas! É hora de festejar! - disse Castle - todos me acompanhando até a cafeteria da esquina. Deixei um bolo e champagne esperando pelos noivos. A festa está apenas começando.  


Continua....

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.136


Nota da Autora: E segue mais um capitulo da nossa fic. Primeiro, quero agradecer os comentarios, por nao me abandonarem e pela maneira como voces ainda curtem minhas loucuras. Por falar nessa palavra, esse capitulo é uma especie de teste para cardiaco hahahaha! Enfim, sei que algumas de vocés irão se perguntar sobre alguma coisa que foi mencionada... vou repetir, um pouco de paciência. Soon! Por ultimo, quero dizer que continuo me rebolando entre escrever, estudar, trabalhar... os capitulos podem demorar mais que antes, mas serão postados. Enjoy! 
PS.: Eu adorei escrever esse capitulo...  


Cap.136  

Na quarta-feira, Gigi cuidou de todos os detalhes para o dia seguinte ser exatamente o que ela imaginara. Reservara o quarto, conversara com o consigliere e pedira tudo o que precisava para a quinta. O segundo passo era passar em uma loja especifica antes de ir para casa para pegar algo que encomendara. 
No dia seguinte, ela trabalhou a manhã focada na conta de Sandra. Preferiu almoçar no escritório enquanto trabalhava no pedido do modulado de um dos quartos da sua cliente pedindo um delivery de sanduíche. Quando checou o relógio ao terminar o pedido percebeu que já passava das três. Ela precisava ir para casa. Salvou suas planilhas e plantas. Pegou a bolsa e avisou ao seu time de arquitetos que tinha uma reunião com fornecedores às quatro da tarde e que amanhã ela trabalharia de casa. Qualquer problema, eles podiam mandar um email. Gigi também se certificou que os sócios soubessem que ela estaria em home office na sexta caso precisassem dela através de um simples email. Sorrindo, ela deixou o escritório. 
Fico feliz por chegar em casa antes de Jeff. Ela foi direto para o quarto e começou a arrumar uma pequena valise para levar. Colocou o essencial de roupas já que previa não usar muitas. Um biquíni, uma lingerie para trocar no dia seguinte, uma pijama para Jeff, outra camisa e cuecas, uma necessaire com os produtos essenciais para a higiene de ambos e suas peças especiais ficaram em uma sacola separada que ela colocara em sua bolsa. Como já tinha escolhido seu vestido, ela foi tomar um banho. Acabara de sair do banheiro quando Jeff chegou. 
— Oi, amor. Espero não estar atrasado. Você está cheirosa… o que é essa valise sobre a cama? 
— Nada de mexer ai. Está dentro do tempo. Por que não vai tomar um banho, amor? Quero estar lá às seis horas. 
— Posso saber onde é lá? 
— Daqui a pouco. Vá para o banheiro - Jeff sorriu passando por ela e puxando a toalha de propósito antes de ouvir um grito e roubar um beijo - bobo! Anda logo, não vejo a hora de começar nossa comemoração. 
Meia hora depois, eles deixavam a casa vestidos de maneira elegante. Gigi trajava um vestido azul colado ao corpo com alças bem finas. Por esse motivo, não usava sutiã. Os cabelos estavam presos em um coque e a gota presente entre os seios. Jeff vestia uma calça social e uma blusa de manga comprida enrolada até os cotovelos em outro tom de azul. Gigi fez questão de ir em seu carro e dirigir. Jeff estava adorando o suspense. Em sua mente, ela estava fazendo todo aquele teatro somente para ter uma noite diferente com ele. O motivo era apenas celebrar o amor independente do lance do fim do projeto. 
Quando Gigi parou o carro na frente do hotel em Santa Monica, Jeff a olhou curioso. Bastou o sorriso da esposa para que ele entendesse. 
— Nós vamos comemorar aqui? 
— Achei que precisávamos de um lugar especial. Vamos, gostoso. O valete cuidará do carro. Não vejo a hora de começar a brincadeira - ela desceu do carro. Jeff fez o mesmo e a seguiu levando a valise consigo. Gigi foi até a recepção e perguntou pela reserva em seu nome. Cinco minutos depois, eles estavam no elevador rumo a mesma suite que eles ficaram antes. 
— Eu realmente não esperava por isso. Foi uma surpresa mesmo. 
— E está só começando… - Gigi pegou o telefone e discou para o consigliere - olá! É Gigi. Já estamos bem instalados. Pode subir o jantar em meia hora? Isso, as bebidas. Eu agradeço - ela colocou o fone no gancho - vamos curtir nossa noite. Primeiro uma boa bebida, depois um jantar especial e depois será hora de comemorar… - ela se aproximou dele acariciando o rosto do marido e beijou-lhe os lábios. A campainha tocou. Um rapaz com uma bandeja sorria na porta. Um balde com uma garrafa de vinho e duas taças sobre ela - obrigada, pode colocar sobre aquela mesinha. 
Depois que o rapaz saiu foi que Jeff notou a mesa do jantar extremamente bem arrumada. Copos, talheres, guardanapos. Tudo de muito bom gosto. 
— Você realmente caprichou, não? 
— Você ainda não viu nada, gostoso - ele a puxou pela cintura e a beijou apaixonadamente. As mãos dele deslizavam no corpo dela acariciando, instigando. Gigi sabia o que o toque de Jeff causava em seu corpo, porém não podia ceder. Não ainda. A noite mal começará - hum, Jeff… precisamos parar… ainda não - ela gemeu - ainda não. 
— Por que, Gi? Haja… - ele beijou o pescoço dela, apertou um dos seios - espontaneamente. 
— Por mais que… eu queira… - ela fez o super esforço para empurra-lo - prometo que vai valer a pena. Nossa! Que calor! Vou até a varanda. Pode me servir um pouco desse vinho? 
— Claro - ele segurava o riso ao ver a agonia da esposa. Serviu as bebidas e seguiu-a até a varanda. Ainda não anoitecera na California. O sol ia se por em cerca de vinte minutos. Ele entregou a taça para Gigi e a abraçou. Ela brindou com ele - a nós! - beberam e apreciaram a vista. Quando a lua se tornou a protagonista da noite a frente deles, ela o beijou mais uma vez e anunciou que estava na hora de jantar. Retornaram para o quarto e Gigi ligou mais uma vez para avisar que podia enviar o jantar. 
Novamente a campainha tocou. Dessa vez o rapaz trazia um carrinho com pratos cobertos. Gigi sentou-se e Jeff fez o mesmo. O rapaz serviu a ambos daquela que seria a entrada. Polvo na grelha acompanhado de uma salada de agrião e molho cítrico apimentado. Delicioso. Também foi servido um vinho branco para acompanhar. 
O prato principal era um risotti al frutti del mari. O cheiro estava divino e para acompanhar um vermelho pinot noir também de um vinhedo da California. 
— Gi, isso está maravilhoso. 
— Eu queria retribuir todas as vezes que você cozinhou para mim. Escolhi um cardápio todo italiano. O Chef desse hotel é muito bem conceituado. 
— Estou adorando! É uma noite muito especial, Gi. 
— Com tudo que merecemos, meu Jeff. 
— Caramba! Esse risoto está fantástico. Um dos melhores que já comi. E o vinho… você caprichou, Gi. 
— Fico feliz que esteja gostando. Ainda tem a sobremesa e não estou falando no sentido figurado - mais tarde ao finalizarem o prato principal, o garçon trouxe uma torta tiramisu para encerrar com chave de ouro a refeição. Jeff comeu que se lambuzou. Antes de ser dispensado, o rapaz serviu um expresso fresquinho acompanhado de uma taça de licor. Gigi agradeceu o serviço e deu uma boa gorjeta para o rapaz. Fechando a porta atrás de si, ela seguiu ao encontro do marido que estava no pequeno sofá do quarto bebendo o licor. Sentou-se ao lado dele e sorriu ao ver Jeff deixar a pequena taça sobre a mesa e puxa-la em sua direção sorvendo-lhe a boca. O beijo foi demorado, havia demonstração de carinho e desejo no gesto e aos poucos a intensidade foi dominando. Ele a colocou sentada em seu colo o que Gigi aceitou de bom grado e ainda fez melhor. Ela abriu as pernas e sentou-se de frente para o marido. O vestido subiu revelando boa parte das coxas. 
Usando as mãos, Jeff a tocava. Explorava sua pele exposta e seguia por todo o corpo enquanto seus lábios brincavam com o pescoço da esposa. Quando as mãos tocaram a nuca de Gigi, ele tornou a beija-la. Seu objetivo era distrai-la para que aos poucos fosse tirando sua roupa. Começou baixando uma das alças do vestido até que um dos seus seios ficasse à amostra. Podia sentir a adrenalina e o calor que emanava de seus corpos. O desejo corria em suas veias. Jeff afastou-se quebrando o beijo apenas para iniciar uma outra espécie de brincadeira. Com a ponta da lingua, ele instigava o seio exposto fazendo o mamilo se enrijecer e Gigi gemer. Apos circular todo o contorno com a lingua, ele finalmente abocanhou o seio com vontade. Ela soltou um grito de prazer. A cada toque dele, Gigi sentia a umidade crescendo no meio das pernas, além é claro de outra presença também crescendo. Conhecia muito bem o marido, quando as coisas saiam dos trilhos, era o momento da loucura e ela ainda tinha mais uma surpresa para ele. 
Segurando os cabelos do marido, ela tentava ganhar sua atenção puxando seu rosto para fita-la enquanto chamava por ele. 
— Jeff, por favor… pare um pouco. Olhe para mim, Jeff… - finalmente, ela conseguiu erguer seu rosto. Viu o desejo expresso no par de olhos azuis. Intenso. 
— O que foi, Gi? 
— Precisamos parar um pouquinho, e-eu tenho mais uma surpresa. 
— Surpresa? - ele já roçava os lábios nos ombros dela. 
— Hum hum… - ela o empurrou devagar - vamos para o quarto - com muito custo e em situação extremamente desconfortável devido ao desejo que os tomava, ela e Jeff conseguiram voltar à cama - eu não demoro - ela disse desaparecendo no banheiro. Cinco minutos depois, Gigi reaparece usando uma cinta liga vermelha e um sutiã que despertava ainda mais a excitação de Jeff. 
— Oh, meu Deus! 
— Gostou? Então, pode usar e abusar, gostoso - ela se aproximou dele já esperando a reação do marido. Jeff deslizou as mãos pelo corpo dela apreciando a mulher a sua frente. Devagar, ele foi desfazendo os colchetes do corpete para joga-lo no chão deixando livre a pele alva do abdomen da esposa. Também se livrou do sutiã jogando a peça única longe. Gigi tinha apenas a calcinha e as ligas agora. Ele beijou o meio dos seios dela e roçou os lábios em um deles. Gigi sentiu um arrepio por toda a espinha. Então, ele a deitou calmamente na cama. Tirou a camisa, a calça e a cueca que usava revelando a ereção pronta para ela. Deitou-se sobre o corpo da esposa e tornou a beija-la.     
Os lábios de Jeff seguiam pelo corpo da esposa acariciando a pelo alva, provando o gosto, instigando. Gigi sentia pequenos arrepios de prazer tomar conta de seu corpo. Jeff roçava os dentes na calcinha para então seguir até o meio das pernas dela e fazer uma trilha de beijos no interior de suas coxas. Ela gemia com as caricias. Jeff brincava de massagear seu centro sobre o tecido da calcinha o que claramente estava levando Gigi a loucura e deixando-a ansiosa. Novamente, ele se debruçou para lamber e sorver seus seios a ponto de faze-la erguer seu corpo da cama, as sensações tomando conta de seu corpo. Ele usou do artificio para livrar-se da calcinha e quando menos esperava, Gigi foi surpreendida com o marido a penetrando de uma vez preenchendo o vazio e fazendo-a gritar. 
Os movimentos eram precisos e rápidos. Na verdade, ele sabia que ela estava a ponto de ter um orgasmo porque ele mal havia se afundado dentro dela e o seu corpo já começava a tremer em antecipação ao momento de prazer que se aproximava. Sabendo disso, ele estocava mais rapidamente dentro dela. Gigi agarrava-se aos ombros do marido fincando suas unhas sem piedade. Ele se pos de joelho na cama erguendo parcialmente os quadris da esposa, o que criou uma nova onda de prazer devido a posição. Foi a gota d’agua em um oceano de prazer invadindo Gigi que gritou ao sentir a intensidade do orgasmo que a tomou. Jeff ainda estocava com rapidez e precisão, mas estava em seu limite. Percebeu que a esposa estava tendo um segundo orgasmo logo na sequencia e por esse motivo não conseguiu mais segurar. Esvaziou-se dentro dela e juntos seus corpos se entrelaçavam perdidos em gemidos e sensações de prazer que os unira em um só corpo. 
Jeff enterrou a cabeça sobre o peito de Gigi. Arfava por ar sentindo as batidas rápidas do coração da esposa em sua bochecha. Precisaram de alguns minutos para se recuperarem e quando isso aconteceu, Gigi buscou os lábios do marido para um beijo. Sorrindo, ela respirou fundo. 
— Que noite… - foi tudo que Jeff conseguiu dizer. 
— E quem disse que terminou? - ela olha safada para o marido - Eu estava pensando em um segundo round. 
— Quanto tempo eu tenho antes de isso acontecer? 
— Vai negar fogo, gostoso? - ele riu - prometo não abusar muito de você. Eu apenas estava pensando em dar alguma utilidade para aquela jacuzzi enorme que está nos esperando lá no banheiro e para falar a verdade, um banho relaxante antes de dormir é sempre uma boa pedida, não? 
— Exceto que por banho relaxante eu entendo uma super rodada de sexo. A quem eu quero enganar? Impossível dizer não - Jeff sorriu e beijou-a rapidamente. 
— Ótimo! Vem comigo - seguiram de mãos dadas até o banheiro. Como já estavam nus, Gigi ligou a torneira para encher a banheira. Jeff beijava seu pescoço enquanto a agarrava por trás. Entre caricias e risos, eles esperavam a banheira estar pronta para recomeçar a brincadeira. Gigi segurava o membro dele nas mãos atiçando e provocando o que surtiu efeito. Jeff estava começando a se excitar outra vez. Em seguida, ela apenas jogou um pouco dos sais de banho e do sabonete liquido na jacuzzi e fez sinal para o marido entrar na agua. Esperou que ele se acomodasse para então entrar. 
Uma vez na banheira, ela deixou o corpo relaxar com a refrescância da agua por alguns segundos até que sentia uma das mãos de Jeff tocando sua pernas a caminho de seu centro. 
— Pronto para reiniciar a brincadeira, gostoso? 
— Você me diga… - ele a puxou contra si e Gigi pode sentir a ereção firme contra suas costas, ela virou-se para beija-lo e simplesmente deu inicio a outro momento intenso que culminou em outro orgasmo e mais alguns amassos até que se dessem por satisfeitos e levassem o banho à sério. Eram quase três da manhã quando eles finalmente desabaram na cama para dormir. 
Acordaram no dia seguinte por volta das dez da manhã. Gigi levantou-se exclusivamente para usar o banheiro, porém ao voltar para cama e checar o celular percebeu que pela hora eles corriam o risco de ficar sem café da manhã. Com todo o cuidado para não acordar o marido que estava esparramado na cama, ela ligou para o serviço de quarto e ordenou um café completo para ser entregue no apartamento às onze da manhã. Retornou o telefone ao gancho e voltou sua atenção ao marido. Devagar, ela deitou na cama e deixou seu corpo deslizar para junto do dele. Ainda sonolenta, voltou a cochilar. 
A próxima vez em que abriu os olhos, sabia que estava próximo das onze. Por esse motivo, resolveu acordar o marido aos poucos. Começou beijando-lhe o peito, acariciando os braços para então buscar sua boca pedindo por um beijo. Assim que ele sentiu o peso do corpo de Gigi sobre o seu e os lábios roçando sua pele, sorriu ainda de olhos fechados. Deixou os lábios entreabrirem-se para recebe-la animadamente. Bastou o primeiro contato das línguas para que o beijo evoluísse de um simples toque para um gesto apaixonado. 
— Bom dia, amor. 
— Bom dia, Gi. 
— Está com fome? Eu já pedi o café para nós, deve estar chegando em poucos minutos. 
— Então ainda temos tempo… - ele sorriu e puxou-a novamente de contra seus lábios. Cinco minutos depois, a campainha toca anunciando a chegada da refeição e interrompendo a brincadeira. 
— Alguém precisa atender a porta…- disse Gigi - que tal ir você? - sorrindo Jeff se levantou da cama pegando o boxer que estava no chão, mas a esposa foi mais enfática - não precisa se vestir, gostoso. Use apenas o roupão e aproveite para pegar um para mim. Lembre-se que gosto de praticidade e temos negócios inacabados.
— Tudo bem - Jeff vestiu o roupão e jogou o outro na direção dela enquanto foi abrir a porta. O funcionário do hotel entrou com um carrinho trazendo uma bandeja enorme com comida. Ele orientou o rapaz para deixar na mesa de centro. Apos recolher o carrinho, Jeff assinou a comanda e entregou cinco dólares para ele. Fechou a porta - Gi, você não vem comer? Nossa! Tem muita coisa. Parece até um almoço. 
— É um brunch, gostoso. Economizamos tempo e uma refeição para mais tarde - ela sentou-se ao seu lado roubando-lhe um beijo antes de pegar o talher e atacar um dos pratos. Jeff serviu café para ambos e iniciou uma conversa descontraída. Mal sabia que estava prestes a ser surpreendido com algo mais profundo. 
— Como foi sua noite? Descansou? E a pergunta principal: está satisfeita com a sua comemoração afinal? 
— Minha noite foi ótima. Dormi como um anjinho depois da nossa diversão, mas Jeff, não é minha comemoração. É nossa. Não se trata apenas da conclusão do projeto do Ryan, envolve seu apoio, as longas horas, as refeições tardias e nós. Celebramos nós dois. A relação e o companheirismo. Acho importante lembrar o quanto a confiança mutua, o cuidado. Isso faz com que eu me apaixone e encontre amor da minha vida, todos os dias na mesma pessoa. Cada vez mais. Eu me sinto afortunada. 
— Wow, Gi. Isso foi uma declaração de amor muito linda. 
— É a verdade. E talvez eu tenha mais algumas coisas a dizer. 
— Mesmo? Eu vou adorar ouvir. 
— Depois que terminarmos de comer e você cumprir suas obrigações. 
— Negócios inacabados. Entendi. Melhor não exagerarmos muito na comida então - eles acabaram a refeição e quase que imediatamente se perderam em um mar de caricias que culminou na dosagem de amor matinal que fora interrompida antes pela campainha. 
Deitados na cama, Gigi cheirava a pele do marido enquanto sua cabeça descansava no peito dele. Ela sabia que a hora de conversar sobre o outro motivo dessa comemoração estava próximo. Não havia porque adiar. Ela beijou o peito dele e se colocou sentada na cama. Jeff observava o jeito da esposa. 
— Acabei um projeto e em menos de duas semanas começo outro. E nem sei se comentei que potencialmente voltarei a trabalhar para a Blake? É, mas já avisei que terá que esperar eu acabar com Sandra. Planejamento é algo complicado. Antes de me tornar sócia eu não me preocupava muito com isso. Sabia a timeline da minha obra e pronto. Agora essa palavra me persegue, se não usa-la ou ao menos tentar controla-la as coisas desandam. 
— O seu lado administrativo está mesmo aflorando, não? 
— Parece que sim, mas sabe o que me deixa louca? A palavra planejamento significa organizar tarefas em uma determinada linha de tempo, porém pode se tornar tão imprevisível ou afetar o seu trabalho e sua vida. Eu me vi fazendo planejamento pessoal com a minha vida, a nossa vida. Acabei por descobrir que nem sempre as metas da vida pessoal saem tão fáceis ou tranquilas quanto as do profissional. Isso chegou a me incomodar um pouco, me irritei. Então percebi que não posso exigir que minha vida, sonhos e expectativas sejam colocadas numa planilha de excel e monitorada. Caso contrario, qual seria a alegria de viver? Criar momentos ou sentir emoções? E o tal do elemento surpresa onde fica? - Jeff se ergueu sentando-se ao lado dela. Tocou a coxa dela acariciando de leve. 
— Você pensou muito sobre esse assunto de planejamento. É uma reflexão e tanto. Vai me dizer porque isso a incomodou por tanto tempo e porque não dividiu o que sentia comigo? 
— Vou. A verdade é que não estava 100% pronta para conversar e revelar o que queria. Ainda não me considero 100% pronta, nem sei se estarei um dia. As vezes eu me pergunto se é real. Eu não consigo me ver longe de você, sempre volto para os seus braços, seu sorriso. Jeff, você é tão especial. A pessoa mais importante da minha vida. É parte de mim. Por isso, eu quis planejar, pensar, precisei de tempo para digerir. Eu prometi que contaria minha decisão logo que terminasse o projeto, mas veio a reforma de Sandra e meu planejamento foi para o espaço e e-eu não sabia como dizer, o que fazer porque não sabia sua reação, não queria frustra-lo e…. - Jeff colocou a mão no rosto dela. Percebeu que ela tinha lágrimas nos olhos.
— Gi, hey, o que foi? Você não pode imaginar uma reação minha se não me disser o que está acontecendo. O que você planejou e deu errado. Fale comigo, Gi. 
— Eu tinha planejado ter um bebê depois da reforma de Ryan, mas agora tem o projeto da Sandra e isso vai atrapalhar e adiar tudo e sei o quanto você quer isso, e-eu não quero decepciona-lo porque… - Jeff ria. 
— Um bebê? Você quer engravidar, Gi? Vamos ter nosso filho? 
— Hey! Eu não estou gravida! 
— Ah, Gi… como eu poderia ficar decepcionado? É incrível! - ele tascou um beijo nela, o sorriso de orelha a orelha. 
— Você não ouviu nada do que disse? Eu queria engravidar, mas teremos que adiar. Não posso tocar projetos gravida! 
— Claro que pode! Você é Gigi, pode fazer o que quiser. 
— Você realmente quer tentar? Quer um bebê? 
— Você já deveria saber a resposta para essa pergunta de cor, Gi - ela sorriu não conseguindo segurar a lágrima que escapou de seu rosto vendo a cara de felicidade do marido. 
— Eu sei, só estou confirmando se não mudou de ideia depois da experiência com Katherine. 
— Você já estava pensando ali? 
— Já, estava no fim da fase de irritação. A sis sugeriu que experimentasse, que ia ajudar na minha decisão. A primeira pessoa que soube foi sua mãe. Conversei com ela antes de ir. E ainda bem que não mudou de ideia porque eu estou sem tomar a pílula desde terça, o que significa que essas últimas loucuras podem ter criado nosso bebê - instintivamente, ela levou a mão ao ventre. Jeff cobriu-a com a sua, sorrindo. 
— Tomara que sim, mas se não tiver acontecido, vamos continuar tentando - ele a beijou, mas Gigi ainda não terminara de falar tudo o que queria. Ela agarrou a mão dele na sua. 
— Jeff, e-eu preciso que entenda. Eu não estou totalmente pronta, tenho medo de nunca estar, não sou a Stana. Se acontecer, essa experiência vai ser nova, difícil e emocional. O que quero dizer é que vou precisar muito de você para me manter sã, me ajudar e perdoar meus deslizes e desastres. 
— Gi, ninguém está 100% preparado para ser pai ou mãe. É um aprendizado diário e contínuo e eu estarei ao seu lado. Viveremos a experiência juntos. Pais de primeira viagem. Ah, minha Gi, como eu te amo. Adoro ver sua determinação e sua fragilidade aflorarem. Esse misto de qualidades a tornam essa mulher incrível. Eu não podia ter escolhido ninguém melhor para ser a mãe dos meus filhos. 
— Filhos? Nem comece a falar em mais de um. Por favor, não quer que eu desista antes de começar. 
— Você não vai desistir. Conheço você. Quando coloca algo na cabeça vai até o fim. 
— Vamos mesmo fazer isso? - ela o fitou sorrindo. Os olhos azuis brilhavam. 
— Vamos. Está na hora de aumentar nossa familia - Gigi beijou os lábios do marido com carinho. Ela o abraçou sentindo o calor do seu corpo. Jeff a deitou no colchão outra vez. Começou a explorar a pele, os contornos, os seios. Em pouco tempo, eles se perdiam um no outro. 
Mais tarde ao chegarem em casa quase na hora do jantar depois de uma longa caminhada na praia, ela precisava de um banho e de uma refeição quente. Jeff se ofereceu para preparar uma sopa. Claro que as coisas com Jeff nunca se resumiam a um prato só. Ao chegar na cozinha depois de tomar um banho, viu a panela de sopa no fogo, bruschettas no forno e o cheiro de café fresco no ar. Ele avisou que tinham quinze minutos e por isso subiria para tomar uma ducha. Quando voltou, tirou as coisas do forno e sentou-se à mesa com a esposa. Enquanto comiam, Gigi comentou. 
— Vou precisar dar a noticia para a sogrinha. Ela merece saber que estamos tentando. 
— Podemos ligar depois do jantar, a menos que você queira fazer isso outro dia.
— Não, eu já adiei muito isso. Só quero evitar de falar isso para a mamãe porque ela não tem limite e não quero alguém me azucrinando se o resultado der negativo algumas vezes e ficar me dizendo o que fazer - Jeff riu - o que? Você não conhece dona Rada, ela vai aparecer com ideias malucas, dietas, coisas dos antepassados dela. Eu não preciso de stress. 
— Tudo bem, será do seu jeito - terminaram de comer, Jeff ajeitou parcialmente a cozinha e pegaram o celular para falar com os sogros. Quem atendeu foi Bob. 
— Sogrinho! Que saudades!  
— Ah, minha nora maravilhosa. Também estou com saudades de você, querida. Oi, filho. 
— OI, pai. Cadê a mãe? Queremos falar com os dois. 
— Está arrumando a cozinha. Ela deixou para fazer isso depois que terminasse de assistir um daqueles programas de culinária na tv. Vou levar o celular para a cozinha. Está tudo bem com vocês? 
— Tudo ótimo. 
— Cookie, olha quem está ligando - assim que o rosto da sogra apareceu na tela, Gigi gritou. 
— Sogrinha! 
— Ah, minha filha! Que surpresa boa. Jeff! Como vocês estão? Eu morro de saudades de sua risada, das nossas conversas. 
— Sabe que pode voltar quando quiser, mãe. Estamos muito bem e temos novidades. 
— O que a designer das estrelas andou aprontando? - perguntou Bob. 
— A designer vai muito bem, terminou a reforma de Ryan e logo começa a de Sandra, além de ter outro projeto já encaminhado para depois. Porém não é profissionalmente que estamos falando. Eu e Jeff conversamos… - ela olhou para o marido e depois para a sogra - muito mesmo e tomamos uma decisão - Cookie sorria apenas de ver o olhar de Gigi, sabia onde essa conversa iria terminar - nós vamos tentar aumentar a familia. Queremos ficar grávidos, quer dizer eu… quem dera que ele pudesse fazer isso, seria bem mais pratico. 
— Ah, meus amores! Isso é maravilhoso. Estou tão feliz por vocês. Gigi, você será uma mãe incrível. 
— Menos, dona Cookie. Mãe incrível é a Stana, eu estou mais na classificação de mãe estabanada - Jeff riu e tascou um beijo na bochecha da esposa. Bob remendou. 
— Acho que você quis dizer mãe doidinha. 
— Por ai, sogrinho. 
— Mal posso esperar pela noticia oficial da gravidez - completou Bob - olha para o Jeff, Cookie. Acho que ele está mais bobo que o bolha. Nunca pensei que isso seria possível e ainda nem aconteceu. 
— Estou muito feliz, pai. 
— Ele sempre quis ser pai de verdade. Não pai do Nate, meu velho. Ah, filho essa foi a melhor noticia desde o nascimento de Katherine. 
— Acho que a senhora terá motivo para nos visitar muito em breve - disse Gigi - aliás tem mais uma coisinha. Vocês estão sabendo em primeira mão. Depois será a sis, mas quero pedir que não comentem com ninguém. Não preciso de pressão da mamãe antes mesmo de ficar gravida. 
— Pode ficar tranquila, não é como se falássemos com Rada.  
— É Nathan que me preocupa, ele e aquela boca. 
— Deixa Gi, a Stana saberá lidar com ele - disse Jeff. Eles ainda conversaram por mais vinte minutos antes de desligarem. Gigi e Jeff finalmente seguiram para o quarto. 
No dia seguinte, Gigi arrumou um tempo para ligar para a irmã contando a novidade. Não poupou um detalhe sequer especialmente a reação de Jeff o que não foi nada diferente do que Stana imaginara. Claro que Gigi fez milhares de recomendações com relação a dona Rada e quanto era importante manter isso em segredo para a mãe, a preocupação era Nathan. Stana entendera completamente o ponto de vista da irmã e a acalmara. 

Duas semanas depois - Inicio de junho

Nathan chegara em casa por volta das seis da manhã. Embora tivesse avisado a esposa que voltaria a Los Angeles na segunda à noite, ele não aguentara mais ficar longe das duas então quando o diretor o comunicou que finalizaram todas as cenas na sexta-feira por volta das oito da noite, ele não pensou duas vezes. Correu para o hotel, tomou um banho, pegou a mala e fez o check out indo direto para o aeroporto. No caminho ligou para Neil e agradeceu por tudo. Também comprou um bilhete online para o próximo voo para LA que saia quase às duas da manhã. 
Ao chegar no aeroporto, passava das onze da noite. Não se incomodou. Tomou um café e esperou pacientemente pelo seu voo. Agora, sorria subindo as escadas rumo ao seu quarto. Sim, estava cansado do longo dia de trabalho e toda as horas sem dormir até o momento, mas não o suficiente para apenas se jogar na cama. Ele queria muito beijar, abraçar e matar as saudades da esposa. Cuidadosamente, ele deixou a mala no canto do quarto e caminhou até a cama. Parou a fim de observar a esposa dormindo. Como sentira falta dela essas semanas. Tirou a camisa, a calça e sentou-se na cama ao seu lado. Devagar, ele se inclinou inalando o cheiro da pele dela esfregando seu nariz de leve nos braços de Stana. Uma das mãos deslizava carinhosamente pelos ombros dela afastando os cabelos para que pudesse tocar seu rosto. Ela se mexeu na cama ficando de barriga para cima. Os dedos de Nathan deslizavam pelo rosto até criar coragem para inclinar-se e beija-la. 
A primeira reação de Stana foi de susto, porém ao abrir os olhos e se deparar com o marido ao seu lado, o coração se acalmou. 
— Nate? O que faz aqui? E-eu… me assustei. 
— Estou em casa - ele sorriu. 
— Você voltou para casa. Eu pensei que era segunda… 
— Era, mas quando encerramos as gravações na sexta e o diretor me disse que não precisaríamos voltar na segunda eu não pensei duas vezes. Peguei minhas coisas e corri para o aeroporto. Estou morrendo de saudades, amor. 
— Eu também, babe - ela sorveu os lábios dele com paixão. Os carinhos se intensificaram e caminharam para o que ambos ansiavam por mais de vinte dias, fazer amor. A sensação era como se ele nunca estivesse ficado longe, ao mesmo tempo era como redescobrir o caminho de casa. Satisfazendo a pessoa amada, dando e recebendo. Tornar-se simplesmente um só. 
Stana deitara-se no peito dele. Precisava demais do calor do corpo do marido. Sentir seu cheiro. Sorria feito boba. 
— Você deve estar com fome. Quando foi a última vez que comeu? 
— É verdade. Minha refeição foi um sanduíche de atum por volta das cinco da tarde e um café que tomei no aeroporto. 
— Que tal eu preparar um café para você? Aposto que está cansado também. Vai tomar banho e fique deitado. Quando tudo estiver pronto venho chama-lo. Vamos aproveitar enquanto Katherine ainda dorme. 
— Tudo bem - ela beijou-o mais uma vez e seguiu para o banheiro, dez minutos depois ela descia as escadas com a babá eletrônica nas mãos enquanto era a vez de Nathan tomar uma ducha. Ela adiantou tudo que podia. Separou os ovos e o bacon, preparou os pães para torrar, colocou o café para processar e pegou o suco de laranja. Não precisou chama-lo porque Nathan veio ao seu encontro logo após terminar o banho. Ao vê-lo, ela tratou de fazer os ovos. O cheiro de café encheu a cozinha. Stana serviu os ovos para o marido que já enchia duas canecas com café. Sentados um ao lado do outro, eles saborearam a refeição trocando caricias de vez em quando. Nathan foi o primeiro que se manifestou. 
— Tenho novidades. Ah! Antes que me esqueça - ele pegou uma sacola que deixara próximo ao sofá - trouxe isso para você. Tem cookies de maple, taffys, garrafas de maple syrup e só não trouxe um café do Tim Hortons porque ficaria horrível, mas comprei umas cápsulas para você matar as saudades. 
— Ah… você não existe - ela beijou-o novamente. Nathan continuou com sua novidade. 
— Lembra quando Michelle negociou a troca da minha volta a Vancouver para o inicio de julho devido a sua viagem? Não precisarei voltar. Conseguimos fazer todo o trabalho e após a edição caso eles precisem que eu trabalhe o áudio em alguma cena farei nos estúdios aqui em Los Angeles. 
— Ah, babe… isso é ótimo! Detesto ficar longe de você muito tempo. 
— Você será a próxima a viajar. Também não gosto, mas precisamos fazer isso pela nossa carreira. 
— Eu sei. 
— Cadê a Katherine? Por que demora tanto para acordar? Estou louco para enche-la de beijos, aperta-la… ela está cada dia mais linda! 
— E mais danada. Tive que baixar o berço novamente porque sua filha estava escalando as laterais para fugir. Um perigo! Quando usamos o berço portátil temos que ficar de olho porque ela tenta escapar e morro de medo dela cair de cabeça no chão. Não sei a quem essa menina puxou… - ela olhava para o marido. 
— Que sapeca! Parece até filha da Gigi. 
— O que? Vai dizer que você nunca aprontou? Ela puxou ao pai. Eu nunca fui danada. 
— Você não vai me enganar, Staninha. E eu era comportado. Já falei que era tímido e usava o humor como mecanismo de defesa. 
— Sabe, mesmo que me diga isso, eu tenho dificuldade em imaginar a cena. Você é tão comunicativo, extrovertido. Se dá com todo mundo. 
— Não acredita? Pergunte ao Jeff, ele vai confirmar. 
— Falando em Jeff, tenho uma ótima novidade para você. Ele e Gigi decidiram tentar engravidar. Não é maravilhoso? Eu ainda não tive a oportunidade de falar com os dois pessoalmente, mas pelo que minha irmã contou, ele ficou nas nuvens! 
— Grande noticia mesmo! Já imaginou? Gigi quer ser mãe. O mano merece, mas vai ter que ser muito paciente. 
— O que você quer dizer com isso, Nate? 
— É de Gigi que estamos falando. Ela já é maluquinha e super emotiva, imagina com a briga de hormônios na gravidez. Vai ser engraçado implicar com ela. 
— Nem começa, Nate. Que mania essa de vocês. 
— O que, Staninha? Nós gostamos disso, é nosso jeito. Nada é por mal. 
— Veja lá o que vai aprontar. 
— Por que? Você acha que ela vai me bater? - ele riu, mas no instante seguinte ficou sério. O semblante preocupado - ela não faria isso, certo? - Stana viu o medo nos olhos do marido e gargalhou. 
— Deixa de ser bobo, babe. Sua cara é de alguém apavorado. Gigi vai adorar saber que tem medo dela. 
— Você não faria isso, por favor, Staninha - ainda rindo, ela o abraçou. 
— Não vou dizer nada, além do mais, tem algo muito importante nessa historia. Gigi já contou a novidade para dona Cookie e Bob, porém não disse nada à mamãe e nem pretendemos dizer. Ela me fez jurar que você não daria com a lingua nos dentes. É um momento novo para ela, um terreno que Gigi ainda tem medo de pisar, portanto a última coisa que ela precisa é de alguém cobrando-a, fazendo pressão. Consegue entender isso, Nate? 
— Claro que sim. Não se preocupe. Dona Rada não saberá de nada por mim. Temos que pensar nos dois. Essa mudança de Gigi tem alguma relação com o fato dela ter cuidado de Katherine? 
— Sim e não. Ela já estava pensando na ideia, apenas não se sentia preparada para expor os pensamentos para o Jeff. Não se sentia confiante, então eu sugeri o fim de semana com Katherine. Na verdade, Michelle foi quem me deu a ideia ao comentar que ambos estavam prontos e somente precisavam de um empurrãozinho. Ela estava certa. 
Nesse instante, a babá eletrônica anuncia um chorinho seguido de uma conversa quase ininteligível embora super interessante para os pais. 
— Katherine acordou. 

— Pode deixar que faço questão de ir cuidar dela - Stana sorriu ao ver a velocidade com que o marido subia as escadas. Sem pensar duas vezes, pegou uma das capsulas e se dirigiu a outra cafeteira para preparar mais uma caneca de café para si. Sabia que o marido ficaria entretido com a filha por um tempo. Enquanto esperava a bebida, ela preparava a mamadeira e a refeição matinal de Katherine. Stana não se importava nem um pouco em deixar a pequena com ele. Sua mente estava focada em algo mais importante, o que pretendia fazer à noite com seu marido. 

Continua...