terça-feira, 30 de dezembro de 2014

[Stanathan] Kiss and Don´t Tell - Cap.34


Nota da Autora: Novo capítulo com uma amostra do que pode ser a vida de casado quando se esconde a mesma no ambiente de trabalho. Bem light, para pura diversão e uma espécie de presente de ano novo para vocês. Detalhe: ia dar uma parada na fic por conta de informações, portanto estou demorando a posta-la um pouco mais, não se preocupe porque a ideia do próximo capítulo já está encaminhada...minhas fontes estão em hiatus LOL! Enjoy! 

PS.: Algumas devem lembrar de uma foto em particular que inspirou uma cena desse capítulo... 

Atenção... NC-17


Cap.34    


O final de semana tornou-se um momento mágico para o casal. Cedo pela manha, Stana levou Anne de volta a sua casa voltando para curtir o marido. Ela abria um sorriso cada vez que falava essa palavra. Marido. Nathan Fillion era seu amante, seu amor, seu marido. Ela estava casada.

Na manhã de segunda, acordou primeiro preparando um café especial para os dois. Encontrou-o saindo do banheiro quando retornou ao quarto com a bandeja cheia de mimos para agrada-lo.

- Bom dia, minha linda esposa...

- Bom dia, meu marido gostoso – ela apoiou a bandeja ao final da cama e enroscou os braços no pescoço dele beijando-lhe os lábios – fiz café para nós. Claro que não sei fazer aqueles desenhos maravilhosos com a espuma, o que vale e a intenção. As torradas estão quentinhas, o bacon também – ele sentou-se na cama com Stana ao seu lado.

- Parece tudo gostoso – sorveu um pouco do café mordiscando um pedaço da torrada. Ela já comia um pouco de ovo e queijo. Os morangos estavam numa cubinha misturados com mirtilo. Colocou as frutas dentro do iogurte preparando-o enquanto saboreava o café. Comeram tranquilos aproveitando o momento ainda de recém-casados. Não teriam lua de mel nesse momento, estavam no meio do trabalho e escapar tornava-se difícil dada as condições que eles se encontravam. Talvez sumissem no dia de ação de graças.

- A que horas temos que estar no estúdio?

- Acho que oito horas, o pessoal não falou nada na sexta. Tenho que me arrumar – beijou-lhe rapidamente mas foi puxada de supetão por Nathan que a colocou sobre o colchão prendendo-a com seus braços. Roubando-lhe um beijo, ele passeou pelo seu colo, acariciou os seios brincando com os dedos pelas costelas dela fazendo cócegas.

- Nate... para – caia na gargalhada enquanto ele usava os dentes nas costelas dela – Nate... por favor!

- Somente porque precisamos trabalhar. Pode esperar que retornaremos isso mais tarde, Sra. Fillion.

- Hum... gosto do som, Sra. Fillion – ela beijou-o de novo e correu para o banheiro.

Na frente do estúdio, Nathan parou o carro para que Stana descesse a fim de não levantar suspeitas. Seguiu para o estacionamento. Caminhando para a entrada, viu que ela estava já na porta. Percebeu que ela se esquecera de tirar a aliança. Acenou para ela que não o viu, entrando no prédio. Ele correu para alcança-la. Por sorte, ela parara a dois metros conversando com uma das meninas da maquiagem mantendo as mãos no bolso.

- Bom dia! – disse tentando parecer casual embora morrendo de medo que alguém percebesse o bambolê no dedo de Stana.

- Bom dia! – respondeu a menina da maquiagem.

- Oi, Nathan – disse Stana sorrindo – como foi o fim de semana?

- Excelente – felizmente, Dara apareceu para arrasta-los pro set.

- Ora, ora... todos esperando por vocês e as estrelas aqui de papo furado, venham pegar seus scripts na sala, David quer trocar uma ideia com os dois sobre o episódio que iremos começar a filmar hoje – pegou Nathan pelo braço puxando-o, ele fez sinal para pegar Stana também mostrando a ausência de aliança em seu próprio dedo. Dara não entendeu o que ele queria dizer, balançou a cabeça achando que estava se referindo apenas ao fato de estarem casados. Ele insistiu sozinho.

- Stana, você vem? Não quero levar bronca sozinho se David reclamar de atraso – ela sorriu caminhando na direção deles.

- Nathan para de dar bandeira, daqui a pouco todos vão desconfiar de que existe algo errado conosco – retrucou baixinho.

- Se você ao menos me desse atenção, estou tentando avisar que esqueceu de tirar sua aliança... – apontou para o seu dedo – a sorte foi estar com as mãos nos bolsos senão já ia levantar um monte de perguntas. Quando viu os olhos de espanto, teve que rir – Esconda logo, quando for para o camarim poderá colocar de novo, pois sei que não resiste ao fato de exibir que estamos conectados para a vida inteira.

- Ah, olha pra vocês, dois bobos apaixonados. Vamos logo antes que David ache que sumi também. Eles entraram na sala cumprimentando a todos. Terri, David e Terence. Riley, o diretor ainda não aparecera, pois estava coordenando as coisas no set.

- Que bom! Resolveram vir trabalhar? Não pensem que porque Castle e Beckett casaram que não vão precisar trabalhar. Aposto que vão adorar a historia por trás desse episódio. O tema está aqui – ele apontou para o quadro com o planejamento das filmagens – uma viagem ao velho oeste.

- Hyrah! – exclamou Nathan – como? Vamos fazer um episódio das antigas como foi aquele noir?

- A ideia do velho oeste vem de um resort, alguém será assassinado e as pistas levarão para um lugar temático do oeste com direito a saloon, charretes, cavalos e porque não, duelos? O que você acha, Stana, uma lua de mel em clima de velho oeste para a nossa detetive?

- Lua de mel? Como assim? – David conseguira a atenção dela com a palavra mágica.

- Sentem-se, vou dar um pequeno resumo a vocês. Aqui estão os roteiros – eles sentaram-se ao redor da mesa ouvindo David contar os detalhes do que estava previsto para esse episódio. A medida que contava, eles faziam comentários engraçados contribuindo com ideias para as cenas. Não tinham dúvidas que adorariam filmar juntos essa suposta lua de mel que tinha tudo para render boas gargalhadas e diversão no set.

Outra informação importante revelada por Terence era sobre as gravações externas. Eles filmariam até quarta no estúdio. De quinta a sábado iriam ficar no resort. Podia parecer uma farra a princípio, no fundo não era nada fácil, seria uma maratona. De posse dos seus textos, eles rumaram para o camarim a fim de darem início aos trabalhos.

Dara observava-os de longe. Caminhavam pelo set orgulhosos exibindo as alianças da união secreta como se fossem de seus personagens da ficção. A primeira cena que filmariam tratava exatamente disso, a volta ao trabalho como um casal. Mr. e Mrs. Castle era a brincadeira no set, intimamente ela sabia que festejavam a união da vida real.

Eles estavam particulamente animados com toda a nova fase de seus personagens. O set estava cheio de risadas aleatórias. Mesmo sendo as primeiras cenas voltadas apenas para o caso, havia espaço para a diversão. A condição era natural já que ambos esbanjavam alegria. Em um dos intervalos, Stana correu para a minicopa desejando um café bem quentinho. Precisava revigorar as energias para ensaiar a próxima cena com Nathan sobre as teorias do caso. Durante todo o dia filmariam em um único cenário, o distrito.

Penny veio ao seu encontro também em busca de café. Ela já observara que havia algo diferente com a atriz.

-  Estava desejando um café. Como você está, Stana?

- Tudo ótimo, Penny.

- Sua aparência diz isso. Você parece estar diferente, iluminada. Algo no seu semblante, acredite sei que você é linda, mas hoje está especialmente, qual palavra posso usar... talvez deslumbrante. Algum motivo em particular?

- Não realmente. É um bom dia apenas.

- Tem algo mais. Como se você esbanjasse felicidade. Na verdade, até contagia quem está ao seu redor. Pode parecer bobagem, mas você acredita que isso possa ser reflexo dessa aliança que está usando?

- Como assim? É apenas uma aliança, Penny. Faz parte da cenografia – tentando parecer o mais imune possível ao fato, esforçava-se para não dar bandeira. Não sabia se estava sendo convincente o bastante.

- Existem certos símbolos que mexem com o nosso emocional, Stana. Só o fato de você dizer aliança em vez de anel prova que não é um objeto qualquer. Não precisa esconder sua alegria por ver seus personagens finalmente casados. Você queria isso a muito tempo. Talvez por isso sinta-se tão bem, ou há outro motivo especial para você estar distribuindo essa aura de beleza pelo estúdio?

- Nada demais. Estou feliz e de bem com a vida.

- Continue assim, isso é o primeiro passo para se estar apaixonada – Penny piscou para ela deixando o lugar. Bebendo o café, ela ficou pensativa. Estava tão evidente assim sua mudança de ânimo, sua felicidade? Melhor perguntar para Dara. Por mais que a alegria fosse algo constante na vida de Stana, ela tinha que garantir que não levantaria outras suspeitas. Quando estava saindo da minicopa, ela encontrou Terri.

- Stana estava mesmo a sua procura. Com esse episódio do velho oeste, estive conversando com um fotógrafo amigo meu e pensei em fazer um photoshoot. Teremos roupas especiais, um ambiente propício para ser fotografado, o que acha?

- Você está falando de um novo photoshoot de Castle e Beckett no velho oeste? – ela não sabia, mas seus olhinhos brilhavam.

- Não, somente você. Sei que gosta de fazer fotos e temáticas é sempre mais divertido – parte do ânimo se foi – pensei que ia curtir. Podemos intercalar durante as gravações no rancho ou mesmo deixar para o final.

- Seria melhor se fosse de Castle e Beckett, mas eu topo. O que preciso fazer? Provavelmente terei que assinar um contrato, pode ligar para a agencia e ver essas coisas burocráticas? Acha que teremos tempo suficiente para fazer o ensaio, quer dizer, você ouviu David comentar que teremos muito trabalho em pouco tempo.

- Não se preocupe com isso, se for assim, podemos esticar a estada no falso resort. Estou considerando isso porque temos muitas cenas e precisamos contar com o clima, os erros. Enfim, isso é minha responsabilidade, a sua é decorar suas falas e ficar linda para as fotos. Tarefa bem difícil para você, não? – ela riu sumindo das vistas de Stana. Ela ainda não sabia o que esperar desse tal resort, porém se o lugar lhe oferecesse um tempo para se divertir com Nathan mesmo que trabalhando, isso já estava valendo.

Durante o resto do dia, eles tiveram ocupados filmando as cenas de investigação. David os informou que iniciariam o dia de amanhã com a cena do script que Castle e Beckett contam para os amigos sobre terem se casado. Antes de encararem a última cena do dia, ela encontrou com Dara nos corredores e a puxou para uma sala vazia onde pudessem conversar.

- Preciso saber uma coisa. Tem algo diferente no meu jeito, na minha cara?

- Além da sua felicidade estampada? Por que pergunta?

- Penny veio com um papo sobre eu estar iluminada, feliz. Disse que isso estava visível na minha cara. Quer dizer, está mesmo óbvio? Ela até insinuou ser por causa do casamento de Beckett e que isso faz algumas maravilhas. Ai, Dara... não quero ter que me preocupar com que imagem estou passando para as pessoas que trabalho. Da mesma forma que não quero ficar me privando ou me policiando a cada gesto.

- E por acaso Penny falou algo errado? Relaxe, Stana. Você pode tirar essa situação de letra. Já vinham fazendo isso com o namoro, o fato de Castle e Beckett estarem casados apenas facilita o seu comportamento. Claro que as pessoas vão tirar brincadeiras ao verem você se aproveitar um pouco mais do momento porque não sabem que quem estará em cena naquele momento é a Stana. Não racionalize tanto. Daqui a pouco, o casamento dos personagens será rotina e ninguém irá perceber certos gestos entre você e Nathan. Aproveita o momento. Acho que esse episódio vai ajuda-los a se divertirem.

- Obrigada. Vou encarar como Kate. É o melhor a fazer. Tenho que gravar agora.
Após a última cena, eles se despediram de todos. No camarim, ela tomou cuidado para não cometer o erro da manhã. Retirou a aliança guardando em sua bolsa. Retornou a peça cenográfica que escondera na gaveta para o lugar das bijuterias no balcão. Esperava que se lembrasse de fazer isso todos os dias. Pegou seu casaco e sua bolsa rumando para a saída. Nathan já devia estar longe do estúdio.

A força do hábito, quase a fez seguir para seu apartamento. Quando estava no metrô, recebeu uma mensagem de Nathan informando que a esperaria para jantar. Seguiu sua para casa a fim de pegar uma muda de roupa. Ela ainda não poderia mudar-se completamente para a casa dele, mesmo sabendo que passaria a maior parte do tempo lá.

Por volta de oito da noite, ela tocou a campainha da casa. O próprio Nathan veio abri-la sorrindo ao ver que ela já usava a aliança novamente. Após fechar o portão, ele inclinou-se e beijou-a pressionando-a contra o portão. Ela cedeu ao beijo aprofundando-o. Nathan levantou os quadris dela fazendo-a enroscar suas pernas na cintura dele. Não tinham pressa para entrar em casa, mas Stana se surpreeendeu com a recepção que recebera. Quebrando o beijo, ela sorriu.

- Isso tudo era saudade? – ele sorriu de volta.

- Acho que me acostumei a beija-la toda hora e quando não faço isso, sinto muita falta. Ainda bem que nos próximos dias haverá beijos, abraços e muitos toques. Se depender de mim, mais do que David gostaria.

- Nathan Fillion, você está me dizendo que irá sabotar as gravações somente para ficar repetindo os carinhos na sua esposa?

- Eu? – fazendo cara de inocente enquanto caminhavam de mãos dadas até a casa – eu sou um ator profissional. Longe de mim, sabotar o trabalho de tantos colegas. Quase nunca erro minhas falas, sou quase perfeito. Os outros que me distraem, especialmente uma tal de Stana com seus olhos amendoados, seus olhares sensuais e suas risadas provocantes. O problema é a pressão para que tudo saia certo e dentro do esperado logo na primeira vez. Isso é estressante... somos humanos afinal.

Ela caiu na gargalhada ao ouvir todo o discurso ensaiado dele.

- Você é muito cara de pau! Tem certeza que essa pressão que você sente não é na área de baixo? – ela apertou a região das calças de propósito.

- Staninha, não seja tão pervertida... – ela já ia entrar em casa quando ele a puxou – espere! Precisamos fazer isso do jeito certo. Agora somos casados portanto hoje é seu primeiro dia oficialmente como Sra.Fillion nesse caso, entrará na nossa casa carregada por mim – ele a suspendeu fazendo Stana gritar com o susto para gargalhar em seguida.

Ele a colocou no chão no meio da sala.

- Você não deveria estar fazendo isso. Não é bom para suas costas, Nate.

- Que dor nas costas? Você a curou definitivamente – beijou-a - Estou cumprindo a tradição de recém-casados. Aliás, isso me lembra outra coisa. Espere aqui... – ele saiu correndo até o escritório, ela resolveu dar um presentinho de boas vindas à vida de casado para entrar no clima também já que ele se encarregou de deixa-la excitada logo no portão. Sentou-se no sofá usando apenas a calcinha, cruzou as pernas.

Quando ele retornou à sala, encontrou Stana sensualmente esperando por ele. Nathan trazia uma caixinha nas mãos envolta com um laço vermelho. Ao vê-la daquele jeito no sofá, engoliu em seco.

- Você não sabe brincar, Staninha. Tem logo que encarar tudo como uma competição... assim você me desmonta. E tira toda a importância do que pretendia.

- Só um presente de recém-casados. Você me levou a isso quando me agarrou no portão. O que é isso na sua mão? – ele sentou-se a seu lado, entregou a caixinha para ela. Desatando o laço, ela abriu deparando-se com as chaves de casa.

- Suas chaves, aqui é sua casa também. Acredite, você passará muito mais tempo aqui que em seu apartamento.

- Ah, Nate. Obrigada – inclinou-se para beija-lo. Colocando a caixa sobre a mesinha de centro, ela virou-se para ele com um olhar sacana – onde estávamos mesmo? Ah, lembrei! Na parte onde eu retribuo sua recepção – jogou-se contra o corpo dele derrubando-o no sofá. Cobrindo-o de beijos, deixava as mãos trabalharem na camisa para expor o peito nu a sua frente. Stana devorou os lábios dele com vontade, remexendo seu corpo sobre o dele causando a resposta desejada. Abriu o botão e o ziper da calça que ele vestia liberando o membro para que pudesse de fato senti-lo dentro de si. As mãos de Nathan estavam em seus seios acariciando, apertando fazendo-a jogar a cabeça para trás ao sentir os lábios dele sugando-os. Ali para frente, foram ladeira abaixo rumo ao prazer.

Energizada pelo pequeno momento de luxúria em plena sala de visitas, ela contemplava deitada no peito dele o emaranhado de roupas espalhados no chão. Ele brincava com os cabelos dela enrolando-os em seus dedos. Aquela brincadeira despertara a fome dela. Preguiçosamente, ela levantou apenas para ouvir a reclamação dele.

- Onde você vai? – perguntou segurando-a pela cintura, não querendo que ela saísse daquela posição.

- Procurar algo para comer, não está com fome?

- Agora que você falou... tem frango terihaki na panela, basta esquentar – ela se levantou. Ele fez menção de acompanha-la, mas Stana fez sinal para que ficasse.

- Eu pego. Fique aí, prometo que já volto.

- Tem vinho tinto na geladeira. Se preferir outra coisa, pode olhar o que te agrada na mini adega.

Quando ela retornou segurando a bandeja com duas cumbucas fundas de frango e as taças de vinho, ele sentou-se para jantar com ela. Fizeram um pequeno brinde no qual Nathan fez questão de dizer.

- Ao primeiro dia do resto de nossas vidas... – bebeu o vinho e beijou-a antes de voltarem suas atenções aos pratos de comida.

O dia seguinte no estúdio começou com a cena no loft. Riley, o diretor desse episódio ficou impressionado com a sincronia dos dois ao revelarem aos amigos que haviam casado. A cena aconteceu na sua primeira tentativa, o que ele não esperava porque sabia que os atores geralmente se atrapalhavam ao fazê-las. O que apenas provava a quimica e a interação perfeita entre Nathan e Stana. O mesmo valia para a continuação da cena.

O que todos naquele set não sabiam era que os dois estavam secretamente felizes por estarem contando mesmo que na ficção sobre a sua união. Quem os visse de longe chamaria aquela interpretação de perfeição, o brilho no olhar, os sorrisos, tudo era real. inclusive a lua de mel já que eles também não poderiam sumir por um tempo a fim de curtir essa parte dos rituais do casamento.

As demais cenas acompanharam o clima descontraído nos diversos cenários do estúdio. A otimização do tempo contribuiu muito para que conseguissem manter as filmagens dentro do esperado. Tanto que acabaram antecipando alguns takes do dia seguinte ficando apenas uma cena para rodar e as provas do figurino que usariam no resort. Na quarta, Stana adorou interpretar Beckett incomodada com a possibilidade de passar a sua lua de mel em um resort do velho oeste. Isso era algo completamente fora dos planos da personagem.

Claro que se perguntassem a Stana se ela gostaria de passar a sua lua de mel no meio do nada vestida à carater para uma aventura no velho oeste, sua resposta seria a mesma de Kate. Como era tudo por trabalho, o melhor mesmo era entrar no clima e se divertir. Encontrou com Luke logo após o almoço para experimentar as roupas. Segundo suas informações, ela usaria as mesmas roupas do episódio para fotografar. Luke organizara todas as roupas por ordem em que fossem ser vestidas a partir de amanhã.

Ao se ver no espelho vestindo calças completamante coladas realçando suas pernas longas, sorriu imaginando a cara de Nathan ao se deparar com ela a sua frente. Gostara do conjunto preto. Sendo uma pessoa que gostava de usar chapeus, ela agradeceu pela oportunidade, principalmente se tivesse que ficar exposta ao sol por muito tempo, mesmo com o protetor solar sua pele agradecia.

O figurino preferido dela porém foi o vestido branco tão característico das moças do velho oeste que ficavam em saloons antigos esperando por uma oportunidade com os mocinhos.

- Luke adorei esse vestido. Como será os cabelos?

- Iremos prende-los, querida. Queremos realçar o decote, seu colo e aproveitar para mostrar um outro lado da Beckett, o lado sedutor e divertido. Aquele que só Castle conhece de verdade – ele remexia nos cabelos dela simulando um penteado – linda! Existe alguma coisa que não fique bem em você, Stana? Acredito que até de burca você deve arrasar.

- Menos, Luke.

- Agora tire essa roupa porque nem ajustes eu preciso fazer. É a vez de acompanhar os figurinos de Nathan. Tenho certeza que ali terei que fazer ajustes, ele anda emagrecendo ultimamente. A única parte do corpo que aparentemente é imune à perda de  peso é o bumbum, nós agradecemos por isso – ela não aguentou o comentário e gargalhou.

Sozinha em seu camarim, ela decidiu sentar-se calmamente no silêncio e estudar seu texto. Havia cenas muito bacanas a serem filmadas. Ao ler uma em particular, ficou pensando se Nathan pediria, como era de costume, para seu dublê Paul fazê-la. Nem sabia quanto tempo se passara quando sentiu fome. Levantou-se pensando em pegar café e procurar algo para comer na minicopa. Ela bem que podia subornar Nathan para comprar doces. Mais do que antes, ela tinha direito a privilegios desse tipo.

Ao atravessar o corredor, não resistiu em parar em frente ao camarim dele. Com um certo receio de bater e descobrir que Luke ainda podia estar por ali, encostou o ouvido na porta esperando ouvir vozes para saber se poderia entrar numa boa. Foi exatamente nessa posição que Seamus a encontrou. Ao vê-lo, rapidamente recostou seu corpo todo na porta de madeira e fechou os olhos.

- Stana? O que faz aí na porta do camarim do Nathan? Estávamos a sua procura... – o olhar intrigado e julgador de Seamus a obrigaram a dizer uma mentira boba para evitar maiores comentários e deduções maldosas.

- Eu não... estava indo para a copa, me senti mal... encostei aqui.

- O que aconteceu? Está tonta?

- Sim, a vista escureceu e tive que me apoiar em algo. Acho que é falta de açucar.

- Deve ser mesmo. Está gelada – ele disse tocando-lhe a mão, claro que nem desconfiava ser devido ao seu camarim estar com o ar condicionado em dezoito graus e ter acabado de passar um pouco de alcool gel nas mãos. Era com cheirinho de vanilla que Nathan tanto gostava – vim lhe procurar justamente porque temos bolo e umas guloseimas para lanchar. Vem, vamos devagar. Depois que comer se sentirá melhor.

Quando ela apareceu na minicopa acompanhada de Seamus ainda teve que fingir a fraqueza para tornar sua mentira crível. E funcionou. Tanto que Nathan após ouvir o relato do ator, sentou-se ao lado dela preocupado.

- Você está bem mesmo? Não quer se deitar um pouco? Coma um pouco desse doce. Tem morango e chantilly, sei que gosta. Por que foi passar tanto tempo sem comer? Já não tinha almoçado quase nada – ela provara o doce com vontade passando a saborea-lo como deveria ser. Mesmo sem ter as perguntas respondidas, Nathan levantou-se para trazer uma caneca de café para ela. Após os primeiros goles, ela respondeu.

- Está tudo bem, Nate. Tire essa ruga da sua testa. Tive que inventar uma mentira para Seamus, eu estava prestes a invadir seu camarim, o que esperava que eu fizesse? Ia justamente suborna-lo porque queria comer algo doce.

- Você ia me subornar? Que tipo de suborno? – agora já sorria animado, imaginando o que ela tinha em mente.

- Acho que você nunca vai saber... – ela mordiscou os lábios a la Kate Beckett.

- Como nunca? – ela colocou mais uma garfada na boca no instante que Dara se aproximava.   

- Está melhor? – a amiga perguntou – você não está querendo me dizer que isso pode ser resultado de exageros e...

- Pare, Dara. Não é nada disso. É só um disfarce que tive que inventar.

- Aparentemente a sua amiga aqui estava com uma mente meio pervertida, infelizmente não pode executar o que pretendia porque Seamus apareceu, o que não ia adiantar muita coisa pois eu não estava lá dentro mesmo.

- Você está fingindo? – Dara perguntou entre os dentes – Stana não quero nem saber o que você estava a ponto de aprontar. Só digo uma palavra para você: limites. E você, mocinho, controle sua mulher. Estava preocupada. Pensei ser algo sério. Vou dizer pra Terri que era fome antes que ela pense que terá que postergar as filmagens de amanhã. Acho bom você ir para casa depois de comer. E cuide desse fogo.

- Ela ficou chateada, pior que nem fiz nada – disse Stana frustrada – você já terminou essa torta?

- Come formiguinha talvez seja a melhor forma de controlar essa sua libido.

- Você sabe que não.

Quando todos pareciam estar satisfeitos com o lanche, David chamou os quatro para refilmarem uma parte da cena que não ficara bem iluminada e não conseguiam corrigir na edição. Nathan estava usando a roupa correta da cena, assim como Jon e Seamus. Ela precisava trocar a blusa e pegar o blazer. Não demoraram muito. Estavam falando de um minuto e pouco de gravação, revisaram os textos e conseguiram terminar a correção em trinta minutos já aprovada pelo diretor.

David dispensou-os pedindo para estarem no estúdio às oito da manhã pois queria sair cedo para as locações externas. Eles estavam usando a fazenda onde geralmente filmavam as passagens dos Hamptons transformando-a em um verdadeiro rancho.

- Deu para entender porque tivemos que improvisar com a cena do casamento? Os rapazes da carpintaria estão trabalhando nos cenários a quase duas semanas. Outro ponto importante, vocês ficaram três dias direto no local, portanto levem roupas e seus objetos pessoais. Tem um hotel há cinco quilometros de lá. Mas, devo avisa-los que filmaremos durante a noite também.

- Não posso ir de carro? – perguntou Nathan.

- Claro que pode. Se preferir pode ir na van com os escritores, o diretor e eu. O mesmo vale para você, Stana.

- Prefiro ir no meu carro porque fico pensando na volta. Devemos estar exaustos e seria bem melhor vir direto para casa.

- Você que sabe – disse David – Stana, a Terri disse que seu ensaio fotográfico será feito um pouco a cada dia. Vamos acompanhando para ver se fechamos junto com as gravações. Vejo vocês amanhã.

Depois de trocar-se, Stana encontrou Nathan esperando na porta do estúdio.

- Pensei que já estava em casa. O que faz aqui?

- Não quer uma carona?

- Sabe, vou aceitar. Mas acho que vou começar a obriga-lo a praticar ATP. Por que quer ir de carro para as locações?

- Pela razão que já expliquei para David – eles entraram no carro – e que história é essa de ensaio? Por que não me falou disso? Não é com aquele Mark, é? – ciúmes detectados, ela sorriu balançando a cabeça.

- Espera, você ainda tem problemas com Mark? O ensaio anterior não acabou com essa bobagem? Mark é um amigo do passado, não há motivos para ter ciúmes. Estamos casados, Nathan. 

- E por isso não posso sentir ciúmes da minha mulher? – ele desviou o olhar da pista para fita-la – seria louco se não sentisse – ela deixou a mão deslizar pela coxa dele, plantou um beijo na bochecha.

- Terri me ofereceu para fazer um photoshoot com um fotógrafo amigo dela aproveitando o figurino do episódio. Serve de promoção para a série, apesar que preferia fazer nós dois. Gosto de fotografar, as roupas também são bem bacanas. Vai ficar um belo ensaio.       

- E vai conciliar tudo entre as nossas cenas... será que vai dar tempo?

- Não sei, mas Terri falou que poderiamos esticar um pouco mais no local para terminar.

- Hum... seria bem interessante. Um dia mais.
- Nada de planos bobos. Estarei trabalhando, fotografando.

- Não durante todas as noites – piscou para ela.


Rancho Diamondback – locação


Eles chegaram no local por volta das nove da manhã. Stana e Nathan ficaram impressionados com a transformação feita ali, nem parecia o cenário que imitava os Hamptons, tudo sumira. Um trabalho de primeira da equipe técnica. Tudo lembrava a atmosfera de um filme antigo, os clássicos faroestes estrelados por John Wayne nos anos 50 e 60.

- Vocês pensaram em tudo. O cheiro da madeira, lama, cavalos. É genial – disse Stana – não tem como não entrar no clima. Será um passeio para Castle isso aqui. Se bem que – ela sinalizou para mostrar o deslumbramento de Nathan com o que vira – o cowboy da vez deve ser ele mesmo.

- Incrivel! Terence essa ideia foi espetacular. Quando eu era pequeno, costumava assistir os filmes de John Wayne com meu avô. Ele adorava aquele “bang bang” depois foi o cavaleiro solitário “Hy Yo, Silver!”. Ele tinha todos os episódios do rádio e eu as histórias em quadrinhos que ele colecionava e me dera. O que? – ao perceber o jeito como Stana, Dara e David o olhavam - Vocês achavam que eu só gostava de coisas futuristas? Nossa! Voltei à infância.

- Ainda nem começou, cowboy. – disse David – vamos, irei fazer um rápido tour pelas locações, mostrar onde ficarão hospedados e depois poderão partir para cabelereiro e maquiagem. Quero que foquem hoje nas páginas sete a doze. Dessa forma também reduzimos a logistica por área. Vamos pegar a van.

Uma hora depois, eles estavam cada um em seus camarins fazendo a maquiagem e colocando o figurino para a primeira cena de chegada no rancho. Stana tinha que atuar mesmo em algumas partes da cena pois, ao contrário de sua personagem, estava adorando a brincadeira. Numa coisa ela e Beckett concordavam. Ali não era o lugar para uma lua de mel.

A primeira cena foi gravada dentro do esperado. Ambos estavam adorando atuar como marido e mulher especialmente pelas partes onde ouviam outros ou mesmo eles usavam essas palavras. Stana ainda se lembrava quando a personagem de Penny usou a palavra “marido”, teve que se segurar para não abrir o sorriso já que Kate na cena não estava nada contente. Foram para a segunda troca de roupa do dia. David se aproximou para conversar com Nathan.

- Nathan depois dessa cena, seria gravada a ida ao quarto onde Castle e Beckett ficariam. Como no script Castle deve carregar Kate para dentro do ambiente, podemos pula-la e deixar para fazer amanhã, já combinei com Paul que ele deve vir pela parte da tarde. Tudo bem para você, Stana?

- Claro, o que vocês decidirem – provavelmente ele não aceitaria carrega-la em cena, não por causa das costas e sim para não levantar nenhuma suspeita ou conversas. Descobriu em seguida que estava errada.

- Não, David. Você não precisa chamar Paul para fazer segundos de uma cena. Eu mesmo faço.

- Tem certeza? Não será problema para as suas costas? Temos muito o que gravar ainda.

- Não se preocupe, David. E Stana é magra, meus braços conseguem carrega-las por bem mais tempo do que precisamos no take – ele virou para ela disfarçando – com todo o respeito, parceira.

- Bem, se você garante. Vamos lá.  

Dessa vez, entraram no espírito do velho oeste de verdade. As roupas, chapéus e uma boa demonstração do ator convidado com armas. Nathan provou que realmente podia trabalhar sem dublê. Bastou um único take para ele carrega-la e adentrar o quarto. Sem qualquer complicação ali e nem na cena seguinte. Já o mesmo não se podia dizer da outra externa. Na sequencia do beijo, eles sentiram a primeira dificuldade.

Após decidirem como cobririam as buscas por pistas, eles deveriam se despedir com um beijo. Algo rápido e sem complicações, exceto por chapéus. No primeiro take, assim que Stana terminou de dizer sua fala, ela se aproximou esquecendo de tirar o chapéu para beija-lo. Claro que os acessórios colidiram mesmo que o beijo tenha acontecido normalmente.

- Corta! Pessoal, prestem atenção aos gestos de vocês. Kate tira o chapéu e beija Castle. Vamos fazer de novo, repitam os diálogos. Câmera, ação!

Eles repetiram a cena porém, ao invés de Stana tirar o chapéu foi Nathan quem o fez. Um novo corta.

- Eu disse que a Stana deveria tirar o chapéu, não você Nathan. O que é tão difícil de assimilar nessa cena?

- Talvez o fato de que quem geralmente tira o chapéu para cumprimentar e por respeito é o cavalheiro? – respondeu Nathan piscando para a companheira de cena que apesar de concordar com ele, tinha na verdade sabotado a cena apenas para que se beijassem novamente.

- Ele não deixa de ter razão, Riley – disse David que acompanhava a cena -  o que você talvez tenha esquecido, Nathan é que nesse casal, Beckett é o homem da relação em alguns aspectos. Confesse, ela manda em você. Tentem de novo e por favor, acertem logo. Stana conto com você. Atenção, silêncio e ação!

Dessa vez eles acertaram a cena perfeitamente. Ao terminarem, ela cochichou próximo ao ouvido dele.

- O beijo fica bem melhor se eu tirar o chapéu, é mais fácil para eu me inclinar. Sabia disso desde o inicio, mas três beijos são bem melhores que um.

- Esse é o espírito, garota – disse ele rindo.

- Ok, a próxima cena é a da ida a reserva, portanto vamos fazer uma pausa de trinta minutos antes de Nathan ir para sua charrete. Stana, Terri está lhe aguardando para o ensaio. Filmaremos apenas a primeira parte da reserva. Amanhã à noite gravaremos o resto. Essa será a última cena de hoje.

Stana seguiu para a casa principal ao encontro de Terri, foi apresentada para o fotógrafo começando a tirar as primeiras fotos logo em seguida. Enquanto as luzes das câmeras estavam sobre ela, Terri explicava a dinãmica dos episódios o que serviu de base para a própria atriz dizer quando deveriam parar pois faltava apenas dez minutos para retomarem as gravações. Constatando que os momentos com Tyler iam ser mais demorados do que previram, ela sugeriu que fizesse as fotos antes ou depois de filmarem a cena final do episódio. Mesmo porque a última peça de roupa do figurino era bem trabalhosa de vestir e movimentar-se. Tyler acatou na hora o pedido da modelo.

Retomaram as gravações para a alegria de Stana e Nathan com direito a muitos toques e abraços. Eles se divertiram com os cavalos que ficaram mesmo sendo chamados de Ryan e Esposito. Por volta das seis da tarde, eles encerraram o dia. Ela ainda quis dar uma volta pelo local a cavalo, o que David não se opos. Nathan preferiu não arriscar.

Reuniram-se para jantar no restaurante do hotel onde estavam hospedados. Fora Nathan e Stana, os únicos que ficaram para a pernoite foram os assistentes de câmera e iluminação principalmente pelo equipamento. Um momento bastante descontraido entre todos. Sabendo do recado deixado por David para estarem no set por volta das sete da manhã, eles não se demoraram no salão.

Os quartos de Nathan e Stana eram conjugados. Porém, essa não era a configuração original. A reserva de seus quartos foi uma tarefa dada por David a Dara. Ele especificamente distribuiu a equipe no hotel dando quartos do tipo standard para o corpo técnico e o tipo luxo para os atores. Nathan sorrateiramente fez a pergunta de como ia funcionar o pernoite a David, o que lhe rendeu a informação preciosa de quem era encarregado. Ele conversou com Dara que prontamente rearranjou-os para ficarem juntos.

Despediram-se cada um indo para seu andar específico. Os atores estavam no último andar e o resto da equipe no piso inferior. Stana não sabia da jogada de Nathan portanto ficou surpresa ao saber que seus quartos eram um ao lado do outro. Melhor ainda quando Nathan bateu na porta conjugada até aquele momento despercebida para Stana.

- Stana.... hey, abre a porta... – ela ficou por um tempo pensando de onde vinha a voz de Nathan – hey, gorgeous, aqui – bateu novamente.

- Eu nem percebi que havia porta de comunicação nos quartos – disse ao abrir a porta sorrindo.

- Nem todos tem. Pedi uma ajudinha para que estivéssemos lado a lado – ele a puxou pela cintura beijando-lhe os lábios.
- Nate, você não saiu subornando os atendentes da recepção, né? Isso é perigoso, as pessoas não são bobas.

- Claro que não. Para todos os efeitos, você tem seu quarto e eu tenho o meu. Foi Dara quem reservou, então ficou fácil. Seu quarto é somente pro-forma. Pegue o que precise e venha dormir comigo. Não é bem nossa lua de mel, mas podemos fazer um pequeno treino.

- Vou tomar um banho, deixe a porta aberta. Já volto – ela beijou-o aprofundando o contato e beslicou o bumbum dele antes de correr para o banheiro. Meia hora depois, os dois já estavam deitados na cama king size em meio a amassos que fazia a cama parecer enorme para eles que estavam tão grudados.

O celular de Stana despertou faltando quinze minutos para as seis da manhã. Ela se espreguiçou sonolenta na extensão do colchão. Nathan estava virado de costas para ela. Arrastando-se no colchão, ela esfregava-se nele acariciando seu peito com a mão. Os lábios beijaram primeiro as costas depois a nuca, deixou os dentes roçarem contra a pele dele e pode ouvi-lo gemer baixinho gostando do que estava acontecendo. Ela deixou a mão deslizar em direção ao meio do boxer que ele usava, o membro já estava animado. Será que tinham tempo para uma rapidinha?

- Hey, babe... você está animado... – ela colocou-se sobre o corpo dele usando os lábios para instiga-lo, as mãos para livrar-se do boxer fazendo Nathan despertar de uma vez para agarra-la e satisfazerem um ao outro nesse início da manhã. Depois do bom sexo matinal, eles se encontraram no restaurante do hotel em momentos diferentes para não levantarem suspeitas. Após o café, eles se apresentaram na hora marcada por David. A equipe técnica já deixara tudo esquematizado.

A primeira cena fimada da manhã era o momento em que Castle explorava o salão em busca de um funcionário casado, o suposto amante da vítima. Enquanto isso, Stana foi levada para praticar uma outra cena que deveria ser filmada no dia seguinte.

O diretor aproveitou o sol para gravar o máximo de takes que podia na luz do dia. Mesmo assim, também gravaram cenas internas incluindo aquela em que Stana veste-se completamente de preto. Ela estava no camarim improvisado treinando para a cena do outro dia, quando Dara bateu na porta.

- Wow! Garota você vai matar o Nathan! Sexy! Estão chamando você para uma série de internas e externas.

- Por isso vim trocar de roupa. Vamos surpreender meu marido – piscou para a amiga.

Não deu outra, a interpretação de Nathan pode ter sido divertida e digna de Castle, mas ele estava tão surpreso quanto seu personagem ao vê-la tão sexy a sua frente. Em seguida filmaram no bar do rancho e para a externa onde vão procurar o ouro. Terminada a sequencia da mina, o diretor determinou a parada para um almoço tardio pois passava de três da tarde. Eles estavam bem cansados pelo trabalho no sol e na mina. Stana desejava um copo de chá bem gelado.

Como a pausa era longa, pois voltaria a filmar apenas às sete da noite para complementar a cena deles na reserva, Stana acordou com David e o diretor para fazer parte das fotos nesse intervalo. Combinou com o fotógrafo que estava de prontidão esperando a oportunidade para fazer seu trabalho. Após um banho refrescante, ela se juntou a ele em meio a figurinos e maquiagem. Concluiu a segunda parte do ensaio por volta das seis. Agradeceu a Tyler e seguiu para o hotel, precisava se arrumar para as filmagens da noite e ainda queria comer algo.

Nathan já estava pronto para a rodada de filmagens noturna, também lembrou-se de pedir o serviço de quarto pois imaginava que ela iria querer beliscar alguma coisa e tomar um café. Stana retribuiu a gentileza dele com um beijo apaixonado. Vestiu o figurino que havia sido deixado pela equipe em seu apartamento tomando um pouco mais do café delicioso que ele providenciara para agrada-la. Ás sete em ponto, eles estavam na frente do rancho cinematográfico para os últimos retoques de maquiagem e poderiam dar início aos trabalhos.

O clima daquela noite estava bastante agradável. Filmaram a primeira sequencia na charrete de forma tranquila. A fogueira já estava acesa para a segunda fase da cena. Infelizmente, não foi tão simples assim para o diretor, o mesmo não podia se dizer dos atores que pareciam estar adorando tudo aquilo. Stana se surpreendeu com Nathan tocando a harmonica. Ao usar o revólver, Stana teve problemas. Na primeira tentativa, não fez qualquer barulho. Na segunda, logo após examinarem a arma que ela carregava, o disparo soltou muita fumaça fazendo-a tossir. Outra vez, eles tentaram e Nathan acabou pisando em falso em um pedaço de madeira se desequilibrando obrigando o diretor a parar a cena. O que acabou sendo bom.

Por desencargo, ele checou o ressultado da iluminação nas cenas filmadas e percebeu que estavam ficando escuras demais. Ordenou ajustes nas lâmpadas aumentando seu número e distribuição. Informou ao dois que começariam do início para que a luz fosse a ideal. Finalmente, eles conseguiram fazer com que todos os elementos de cena funcionassem. Encerraram os trabalhos passando das duas da manhã. Riley, o diretor, resolver dar-lhes uma folga devido ao trabalho pesado de hoje. O horário do último dia seria às nove da manhã.

Exaustos, Nathan e Stana sonhavam com a cama. Praticamente desabaram após um banho mal dando boa noite ao seu parceiro.

No seu último dia de filmagem, eles acordaram por volta das sete, tomaram café sossegados e se arrumaram para gravar o final do episódio. Stana ainda teria o ensaio fotográfico para terminar. Gostaria muito de poder passar o domingo naquele lugar sozinha com Nathan. Seria um espécie de fuga, mas para isso acontecer além de furar o cronograma de gravações teria que estar certa quanto a ficar sozinha. Nenhum membro da equipe podia estar por perto. Resolveu não comentar nada com ele, se conseguisse algo, seria surpresa.

Passando um pouco das nove, eles já discutiam com David e o diretor como fariam a sequencia da cena entre Castle e James, o qual seria invadido por Beckett para evitar que ele morresse em um princípio de duelo. Ela poderia usar essa cena para atrasar um pouco a dinâmica da coisa. Afinal, ainda não se sentia totalmente segura com o malabarismo da arma. Tudo bem que já fizera três vezes seguidas sem cometer um único erro, mas ele não precisava saber, certo?

- David, será que é possível quebrar a sequencia da cena? Tenho medo que não consiga fazer a brincadeira com o revólver.

- Entendo. Mostre como você está – Stana pegou o revólver da cartucheira e encenou as rodadas. Saiu quase perfeito da primeira vez, na segunda tentativa ela acertou – acho que teremos que contar com a sorte. Caso não consiga de primeira, não precisaremos iniciar a cena toda novamente. Faremos a partir do momento que Castle faz a menção de puxar a arma. A menos que prefira um dublê para fazer isso.

- De jeito nenhum!

- Eu já sabia que responderia isso. Vamos começar? Em seus lugares. Atenção... – David passou a palavra para o diretor e tão logo ele gritou ação, os trabalhos começaram a fluir. O plano dela pareceu funcionar muito bem, entre erros simulados e acertos, eles passaram para a segunda cena já eram quase meio-dia.

Fizeram a primeira parada às duas e Stana trocou de roupa. Quando Nathan a viu trajando aquele vestido branco, o corpo delineado no corpete e os seios realçados sentiu a pontada na virilha. Deus! Ela estava sexy demais. Foi um prazer filmar a última cena com ela. Por vários momentos, ele não continha a vontade de olhar para o decote do vestido, tendo que disfarçar muito mal por sinal, que não estava quase tirando o pedaço do colo de Stana. Percebeu a maquiagem simulando a cicatriz do tiro. Seu desejo era cair de boca entre os seios dela. Pediu licença para ir ao banheiro antes de filmarem porque caso percebessem o que acontecia, ele estaria em maus lençóis com a equipe.

Ela estava adorando tudo aquilo. Nathan estava realmente em apuros. Viu quando o membro despontou nas calças excitado e uma ideia maluca se formou na sua mente. Parece que o velho oeste tem seus pontos positivos, afinal.

Terminaram a filmagem e seus ajustes um pouco depois das quatro da tarde, enquanto os meninos da técnica desmontavam os equipamentos sendo observados por Nathan, ela retornou ao camarim improvisado para se recompor para as fotos. Terri supervisionava as fotos, Stana era uma modelo e tanto. Tyler também tinha uma visão bem diferente para a realização das fotografias. Ela havia retornado para a roupa preta para mais umas tomadas. Quando ia trocar para o vestido, Dara estava no camarim.

- Nossa, isso parece bem difícil de vestir não?

- É só impressão. Na verdade, ele possui uma abertura lateral. Ou você acha que eu conseguiria trocar de roupa com essa facilidade? Basta ajustar para apertar o corpete uma vez ao seu corpo. Reparou a cinta liga?

- Fácil para você com esse corpo maravilhoso. Não vi a cena sendo filmada, mas aposto que tinham um bando de marmanjo babando em você – Stana sorriu, não podia comentar nada a respeito de Nathan sem levantar suspeitas – homens são bobos nesse sentido.

- Tem razão – disse Terri – eu reparei a agonia de Nathan pedindo licença para ir ao banheiro. Qualquer dia a Stana provoca um ataque cardíaco no rapaz – ela virou de costas para evitar que Terri visse seu rosto vermelho devido ao comentário – as vezes eu me pergunto como ele resiste.

- Taí uma boa pergunta – respondeu Dara – quantas fotos mais você irá tirar?

- Faremos as internas agora. O pessoal já foi embora? – perguntou Stana.

- Uma parte sim, os demais equipamentos estão sendo carregados no caminhão. Devem partir em meia hora. Então, você e Tyler serão os últimos, mas não se preocupem, a van está a disposição de vocês – disse Dara.

- Nathan também? Pensei em pegar uma carona com ele. Não sabia da van.

- Acho que Nathan ainda está aí. Quer que veja para você?

- Se puder.

- E Dara? Pode dispensar a van, estou de carro – disse Tyler.

Dara avisou Nathan que Stana estava tirando fotos e queria sua carona para voltar a LA. A sessão durou mais um hora. Tyler agradeceu e se despediu dela. Stana combinara de levar o vestido para o estúdio na segunda a fim de liberar o pessoal para ir embora. Antes de começar as fotos, ela mandou uma mensagem para Nathan pedindo para espera-la no quarto. Sugeriu que adiantasse o check-out de ambos para disfarçar, pois na verdade passaria a noite ali. Ele já estava de volta ao seu quarto quando ele enviou a mensagem.

“Acabei de encerrar as contas. Ninguém vai desconfiar. Onde você está?”

“ Em um quarto. Encontre-me no cenário do Grande Hotel. Corredor térreo, segunda porta à direita. XS”

Ele imaginou que estava acabando a sessão de fotos. Seguiu para o local indicado. A porta estava fechada. Bateu.

- Stana, você está aí? – ouviu uma voz abafada que disse “entre, Nate”. Ao abrir a porta, ele não estava preparado para aquela visão. Deitada sobre uma mesa de madeira de lei, ela ainda vestia o vestido branco. Aquilo mexeu com todos os sentidos dele. A pontada na virilha voltara, suspirou fundo.

- Vem, se aproxime – ela disse – só estamos eu e você aqui – ela percebeu quando ele encostou na mesa admirando-a. Tinha as pernas apoiadas sobre a mesa esperando que ele ficasse de frente, mas Nathan primeiro inclinou-se para beija-la. Suas mãos deslizavam pelos braços dela até entrelaçar seus dedos. Os lábios pousaram um beijo bem em meio aos seios – fique de frente para mim, amor – ele obedeceu e novamente foi pego de surpresa. Não apenas ela estava de pernas abertas esperando por ele como não usava calcinha. Prendeu a respiração por uns segundos.

- Nossa! Você realmente não tem pena de mim...

- Gostou? Hora de curtir nossa lua de mel – ele não esperou por um pedido dela, as mãos de Nathan deslizaram pelas pernas expostas a sua frente, os lábios repetiam os movimentos logo em seguida. Beijava a parte interna das coxas até desaparecer completamente na saia do vestido quando encontrou o centro dela. Ele plantou um beijo primeiro para depois acaricia-la com a língua, provou-a vagarosamente estendendo o momento o quanto podia. As mãos apertavam o bumbum dela erguendo-a um pouco da mesa. O corpo de Stana reagia aos movimentos e ao toque dele. Enquanto ele provava a umidade entre as pernas, ela se segurava nas bordas da mesa. Sentiu o corpo tremer, um calor tomar-lhe a pele. Gemia baixinho sem saber exatamente o que ele estava fazendo pois saia do vestido a impedia. O coração acelerava fazendo a pele enrubescer.  Ele continuava a instiga-la com a boca sem piedade. Incapaz de lutar contra o desejo que a consumia, ela se deixou levar pela explosão do orgasmo arqueando o corpo e chamando por ele.

- Nathan....oh...Deus! Por favor... – finalmente ele ergueu a cabeça para olha-la. Stana tinha as pupilas dilatadas, podia ver o colo subindo e descendo pela respiração pesada e o palpitar do coração. Puxou-a pela cintura colocando-a sentada na mesa. Os lábios afundaram-se no decote do vestido devorando-lhe o colo, as mãos apertavam-lhe os seios. Stana ergueu a cabeça dele alinhando-a de frente para ela com um único intuito. Devorar-lhe os lábios. Beijou-o intensamente. Todo o desejo que sentira com o orgasmo estava agora colocado naquele beijo. Mordiscava-lhe o lábios, as linguas dançavam completando-se. Ela desfez o botão da calça dele, abaixando o boxer junto. Tomou o membro dele em suas mãos, acariciando enquanto ouvia os gemidos satisfeitos de Nathan entre o beijo. Ele se afastou para fita-la. A expressão de Stana era de pura luxúria.

Nathan concentrou-se uma vez mais em seu pescoço traçando um caminho de beijos, mordendo a orelha. Estava mais duro que nunca, talvez não conseguisse segurar-se por tanto tempo. Ela percebeu e levada por sua própria ansiedade, pediu.

- Nathan, quero você dentro de mim... preciso... agora.

Ele tornou a beija-la apenas para distrai-la quanto ao momento que se seguria. De uma vez, ele a preencheu. Ela gritou e agarrou-se na ponta da mesa. Sentia-se sendo devorada em todos os sentidos. Lábios, mãos, pele, a pressão dos movimentos a engolia de maneira prazerosa. Seu corpo tremia em antecipação ao orgasmo que aconteceria a qualquer minuto agora. Nathan movimentava-se rapidamente dentro dela, segurou-a pela cintura para aumentar a intensidade do momento. As bocas se encontraram provocando-se com mordisdas antes de arrancar outro beijo ardente. Stana agarrou-se ao pescoço dele quando a onda de prazer a atingiu. Continuava a possuí-la mesmo que estivesse prestes a atingir o orgasmo. Os gemidos dela eram música aos seus ouvidos.

- Nate... mais por favor... – ela puxou-o pelos cabelos até colar sua boca na dele, devorando. Entrelaçou as pernas na cintura dele, não deixando qualquer espaço sem contato – goze para mim... – aquilo fora o tiro de misericórdia. Ele a deitou novamente na superfície da mesa, prendeu os pulsos dela com suas mãos e mergulhou novamente dentro dela. Não podia mais segurar, após algumas rápidas estocadas, ele cedeu ao prazer puxando-a de volta, agarrando-se a ela.

Minutos se passaram até que ele se afastasse um pouco acariciando o rosto dela. A mão de Stana vagava pelo peito dele. Deu-lhe um beijinho rápido no rosto.

- Ah... Staninha... como você faz isso? Acaba com a minha sanidade. Você sabia que não resistiria a esse vestido – ela o beijou – quero tira-lo completamente.

- Calma, cowboy. Nada de atitudes loucas, tenho que devolve-lo inteiro. Mas... – ela disse desfazendo os primeiros botões da camisa dele – podemos continuar a brincadeira no quarto...

- Não diga mais nada. Ele a ajudou descer da mesa. Recompostos, deixaram o lugar rumo ao hotel. Nem bem fecharam a porta, Nathan já a encostou na parede mantendo-a pressa usando seu corpo. As mãos passeavam sobre o tecido do vestido – onde eu abro esse... – ela tomou a mão dele na sua indicando onde estava o fecho lateral, segundos depois de baixar o ziper, Nathan abaixava as alças do vestido deixando o colo de Stana à amostra, rapidamente a roupa foi ao chão revelando o corpo esbelto e nu.

Deslizando os lábios pelo pescoço dela, Nathan fazia uma viagem provando e beijando aquela pele macia em toda a sua extensão. Ela encostou sua cabeça para apreciar as carícias que recebia. Nathan voltou sua atenção aos seios dela. Circulando um dos mamilos com a lingua, ele provocava, instigava até abocanhar completamente o seio em seus lábios. Fechou os olhos sentindo o prazer percorrer sua veias, as mãos perdiam-se no cabelo dele pressionando-o contra seu próprio corpo, um sinal para que não ousasse parar. Beijou-lhe o abdomem somente então ergueu-se forçando Stana a abrir os olhos.

- Hey...

- Hey... – beijou-lhe suavemente os lábios – você tem muitas roupas... – ela disse apertando o bumbum sob a calça. Foi desfazendo os botôes restantes da camisa jogando-a longe, as mãos puderam sentir a pele quente e suada espalmando-as sobre o peito dele. Nathan a ergueu do chão fazendo-a gritar de surpresa. Levou-a até a cama colocando-a gentilmente sobre o colchão. Livrando-se das calças, ele deitou sobre ela, completamente nu.

Os corpos voltaram a alinhar-se em um perfeito balé. A dança em busca do prazer, dos suspiros, surrurros e juras de amor. Uma pequena amostra do paraíso na visão de amantes. Não importavam horas, pessoas, nada. O mundo resumia-se a um simples quarto de hotel.

Na manhã seguinte, voltavam para Los Angeles revigorados e felizes. Stana cochilava no banco do carona, de óculos escuros e chapéu. Nem reparou quando Nathan parou o carro em uma área de descanso. Retornou com dois copos de café. Retirando o chapéu da cabeça dela, ele a beijou com os lábios molhados de café.

- Hummm....

- Hora de acordar, Mrs.Fillion – ela abriu os olhos sorrindo – café, cowgirl? – ele entregou o copo para que tomasse o líquido viciante. Calada, ela sorveu a bebida quente do jeito que ela gostava, ele a acompanhava com os olhos também bebendo.

- Você tem espuma nos lábíos – inclinou-se e beijou-o tirando o excesso do café perdendo-se novamente naquela boca – melhor assim. Obrigada pelo café e pela prévia da lua de mel. Mal posso esperar pela oficial.

- Podemos sempre encontrar um rancho de verdade para repetir a dose.


- Não, mesmo. Melhor pensarmos em outra coisa.... uma praia não seria nada mal – beijou-o novamente e colocou o chapéu que usava nele – vamos para casa, seus dias de cowboy terminaram, babe...


Continua....