sábado, 2 de fevereiro de 2013

[Castle Fic] Don't Give up on Chasing Rainbows - Cap.12


Nota da Autora: Bem, esse episódio me ajudou a montar a ligação entre o capítulo anterior e as dúvidas de Karte com o angst que vem por aí. Exatamente por esse motivo, resolvi dar a vocês um momento de distração porque vem chumbo grosso no proximo episódio e consequentemente na fic. Alguém a fim de uma NC? 


Atenção...NC-17!!! Be aware!



Cap.12


Beau Randolph atendia a mais uma das suas famosas festas mas algo o incomodava. Pela primeira vez em anos, nada naquele lugar fazia sentido. Ele tinha outras preocupações em mente.


Apartamento de Castle


- Não! – ele gritava de frente para o computador. Martha entrou no escritório reclamando.

- Richard, você arruinou minha última savasana. Se estiver escrevendo e interpretando sua vítima de assassinato, poderia fazer isso um pouco mais quieto? Obrigada.

-Não, mãe, eu não... Eu só estava... Estava pesquisando... eu mesmo e encontrei isto – ele mostrou a tela do computador para a mãe.

- Não sabia que Alexis tinha um site.

- Eu também não. É um vlog. Um blog de vídeo.

-É encantador.

-Não, não é encantador – Castle apertou o play - Hoje à noite, Max e eu fomos patinar no Rockefeller Centre de novo. E, sim, fingi estar instável em meu patins novamente e, sim, Max me segurou enquanto eu "caía" de novo.

- Isso é totalmente adorável e a câmera a ama – Martha parecia empolgada - Claro que ela puxou isso de mim.

- Mãe, Alexis está compartilhando, com o mundo inteiro, pensamentos pessoais, detalhes íntimos da vida dela, aonde ela vai, com quem ela vai... Não é seguro.

- Querido, quando você se tornou um pai tão excêntrico? Acredite, você era bem pior na sua época.

- Não estamos em minha época. Aquela época não é hoje. Hoje, temos perseguidores na internet. Hoje em dia, temos...- ele estava tão preocupado com o que via que não reparou o telefone tocando insistentemente.

- Querido, por que não atende seu telefone? – Martha estendeu o celular para ele - É a Beckett. Talvez ela tenha um assassinato para te distrair de sua paranoia paterna. Namastê.

A caminho da cena do crime, Castle compartilhava sua angustia com Beckett que parecia achar a reação dele um completo exagero.

- Então ela compartilha vídeos, Castle. E daí? Muitas pessoas também fazem isso. Por quê? Ela postou algo inapropriado?

- Não, mas não é isso.

- O que é então?

- Ela está compartilhando demais. O que ela posta fica na internet para sempre.

- Fique feliz por ela não ter postado algo deste tipo. E apontou para a placa na frente da boate.

-Universitárias enlouquecidas?

- Sim, pelo mestre do compartilhamento, sr. Beau Randolph.

- Ela... ao entrarem no recinto, Beckett logo liberou Castle antes que começasse a ouvir comentários inapropriados.

- Pode olhar, Castle.

- Olhar o quê? Parece que o mundo de Beau Randolph não mudou desde o caso da cabeça congelada.

- Exceto pelo fato dele não estar mais nele.

- Beau Randolph é nossa vítima? Disse Castle surpreso - Foi assassinado em um banheiro feminino? Dando significado a Universitárias Enlouquecidas.

- É o que parece, o corpo foi encontrado em uma das cabines. Causa da morte foi estrangulamento.

- Manual ou instrumental?

- Instrumental. Olhe estes hematomas no pescoço. É de um fecho de sutiã.

- A arma do crime foi encontrada ao lado do corpo – disse Esposito - Imagino que uma garota o trouxe aqui para um encontro e depois o sufocou.

- Hora da morte?

- Ele estava falando com o bartender às 23h50, o corpo foi encontrado às 23h58.

- Lanie, acha que podemos recolher DNA da arma do crime? Já recolhi amostras, mas veja isto: é um 36 Sultura.

- Isso não é barato – Beckett falou.

- Com certeza. Um desses custa US$ 200, US$ 250...

- US$ 250 por um sutiã? Espantou-se Esposito. Lanie retrucou.  

- Mas tudo bem se fosse em um par de tênis, certo?

- Um par de tênis é útil, certo? Eles dão suporte a...

- Desista. Foi o conselho de Castle a ele face ao olhar de Lanie.

- Certo.

- Não devem ser muitas lojas que o vendem, então tente descobrir quem o comprou.

- Parece que houve lista de convidados na boate hoje, mas caras que apareceram na porta com US$ 20 e garotas bonitas também entraram. Ryan informava aos demais.

- E testemunhas? Alguém viu com quem ele estava?

- Os policiais estão interrogando gente aqui e na delegacia.

- Estavam filmando para o site hoje, mesmo que ninguém o tenha visto, podem tê-lo filmado – deduziu Castle.

- Quem estava no comando?

- O produtor visual, Troy Strickland. A questão é como alguém chegou ao Beau em primeiro lugar.

- A segurança disse que ele veio com um guarda-costas.

- Isso funcionou, não é? Falou Esposito.

- Vocês ficam com o guarda-costas. Castle e eu, com o produtor.

- Onde está o pior guarda-costas do mundo? Espo debochava.

- Mandei nos encontrar na entrada. O nome dele é Jones.

- Esse cara? Você é o Jones?

- Eu sou Jones. Scarlet Jones. E Espo certamente gostou do que viu.

- Detetives Ryan e Esposito. Polícia de Nova Iorque.

- Deveria estar vigiando-o. O que aconteceu?

- Ele me disse para esperar no carro. Quando o chefe te dá uma ordem, você a segue. Mas foi estranho, como se não me quisesse aqui.

- Então não o viu depois que ele entrou na boate?

- Receio que não.

- Viu alguém que parecesse suspeito esta noite?

- Eu vistoriei o local. A única...Tiffany. Tiffany Shaw.

- Aquela atriz, não é? – disse Esposito - Faz pornô leve, na TV a cabo... Foi o que ouvi.

- É também a ex-namorada de Beau. Ele tentou largá-la há 2 meses, mas ela não aceita um não. Há uma ordem de restrição, mas isso não a manteve afastada.

-Ela estava aqui esta noite?

-Tentou entrar na boate, mas eu a parei na entrada. Disse que chamaria a polícia se ela não fosse embora,então ela foi.

- Alguma chance de ela ter voltado?

- Não passando por mim. Mas não pude vigiar cada porta.

Enquanto isso, Castle e Beckett entrevistavam o produtor já com a atualização que Ryan os deu.

- Conheço Tiffany faz tempo. Ela é doida e bem obcecada pelo Beau. Mas não a vi na boate hoje.

- O que viu, se viu algo?

- Vi garotas bonitas e diversão boa, limpa e americana. Cara, isso é um saco. Estou com Beau desde o começo. Fui o primeiro cinegrafista, o primeiro produtor. Mal sabíamos o que estávamos fazendo.

- Ele tem família?

- Não, a mãe dele foi embora quando ele era pequeno. Ele nunca conheceu o pai. Acho que foi isso que o moveu. Esta companhia era a família que ele nunca teve. As pessoas achavam que ele era imoral, rodeando-se de mulheres, mas é porque procurava por algo que não encontrava.

Naquele momento, ao ouvir as palavras do produtor, Beckett não pode deixar de pensar em Castle mas decidiu espantar esse pensamento para seguir com a investigação.  

- Precisamos ver a filmagem. Talvez haja evidências nela.

Gary Moore, diretor de operações foi apresentado por Troy para Castle e Beckett. Informalmente, eles perguntaram se havia alguém mais além de Tiffany que poderia querer matar Beau. Então, ele deu vários exemplos de moralistas, namorados irados, pais irritados, mulheres arrependidas por terem aparecido nos vídeos. E ainda tinha alguns registros das ameaças. Beckett pediu para ver os dados.
No distrito avaliando a filmagem, Ryan conseguiu ver a exata hora que Beau percebeu alguém e seguiu essa pessoa. Esposito reparou numa moça vestida de pink e lembrou que ela estava no distrito. Ao interroga-la, ela não revelou muito dizendo inclusive que nunca tinha o visto antes.     

Nesse meio tempo, Castle e Beckett acompanhavam Gary até a sede da companhia. Logando no computador, Gary tentava acessar os dados das ameaças quando Beckett notou que o cartão de Beau tinha sido usado à meia-noite e nove, hora que Beau já estava morto. Checando as câmeras de segurança, eles viram alguém mexendo no cofre do escritório de Beau e segundo Gary ele não sabia o que ele guardava ali, apenas que era bastante paranoico sobre isso. Castle pode notar que esra um cartão de memória. Ansiosos, eles esperavam para ver o rosto da pessoa. Era ninguém menos que a guarda-costas de Beau Randolph. Ela fora intimada a comparecer no distrito.

12th Distrito


Scarlet Jones não gostara nada de estar detida e quando Beckett e Castle entraram na sala de interrogatório, ela reclamou dizendo que já havia cooperado porém Beckett não concordou e foi direto ao ponto porque Scarlet mentira e em vez de estar na limusine, ela invadira o escritório do patrão para roubar um cartão de memória logo após a morte dele. Em sua defesa, ela disse que não matara Beau e que ele esquecera o cartão de acesso no carro. Alegou que tinha uma fita de sexo de uma amiga que estava arrependida por ter dormido com ele então ela invadiu o escritório, roubou o cartão e o destruiu mas não matara Beau. O nome da amiga Mindy Norton. Ela acusara Tiffany novamente porém quando Castle disse que não havia sinal de Tiffany nas filmagens, Scarlet lembrou de um outro cara que ameaçara Beau dizendo que ia pagar pelo que fizera, que o traíra. Não sabia seu nome mas quebrara o nariz dele e algumas costelas também disse que se o visse reconheceria.

Esposito que assistia o interrogatório pelo vidro com Ryan estava realmente interessado na guarda-costas. Ela era intrigante e excitante. Se não fosse suspeita, ele a chamaria para um encontro. Afinal, ele precisava experimentar outros peixes do oceano não?

Beckett estava no computador revendo a filmagem em busca de pistas quando Esposito se aproximou.

- Então, a amiga de Scarlet, Mindy, confirmou a história da fita de sexo e dois dos manobristas a viram saindo da boate às 23h45. O álibi dela confere.

- Parece estranhamente feliz com isso.

- Não, eu só, você sabe... Estou trabalhando no caso. Aliás, procuramos por Tiffany, mas, até agora, nada.

- Scarlet está com um desenhista fazendo o retrato do agressor. Quando estiver pronto, mande para os hospitais. Se fez tantos estragos como diz, ele teria procurado um médico.

- Eu deveria ir ver como está o retrato. Disse Espo procurando uma desculpa.

- É, faça isso.

Ryan se aproximou.
- Analisei o banco de dados de ameaças do escritório.

-Encontrou algo?

-Sim. Um cara, Ronald Armstrong. Fundador do "Vozes pela Decência".

- O cara que está na TV o tempo todo, proferindo um discurso conservador em grupos de mídia e comunidades empresariais?

- Esse mesmo. Ele que organizou o protesto fora da boate.

- Sério? Indícios de que seja violento?

- Aqui está uma citação de Armstrong em seu site para seus seguidores. "Nosso trabalho é livrar a nação da sujeira. Se Beau Randolph não nos escutar, deve sofrer nossa ira."

- Mas isso faz dele um suspeito?

- Talvez não exatamente ele, mas, há duas semanas, Armstrong armou outro protesto em frente ao prédio de Beau. Janelas quebradas, a foto de Beau queimada. Foi feio. O mesmo grupo estava fora da boate ontem à noite. Beckett pediu para intima-lo. quando se reuniu com ele, Beckett teve que ouvir uma lição de moral.

- A morte do Sr. Randolph foi como sua vida.Vulgar. Ofensiva. Olhe o que nossa nação se tornou. A verdade é que os Beau Randolphs do mundo lucram ao degradar nossa cultura e todos nela. Não me desculpo por defender valores morais.

- A questão é quão longe iria para defendê-los? Recentemente, liderou um protesto violento contra ele.

- Alguns dos meus irmãos exageraram um pouco, só isso.

- Talvez suas palavras os encorajaram.

- Não se confunda. Estamos em uma guerra. Mas eu só peço para boas pessoas defenderem seus princípios e usarem todos os meios legais para causarem uma mudança.

- Preciso do nome de todos os protestantes que estavam na boate ontem à noite.

- Respeitosamente, nego seu pedido.

-Podemos conseguir um mandado.

-Duvido. Mas boa sorte. Obrigado pelo café.

Beckett ficara pensativa. Espósito checava os últimos detalhes do retrato-falado.

- Esse é o cara que foi atrás do Beau?

- É. Se soubesse que ele voltaria, teria quebrado mais do que o nariz dele.

- Olhe... Sobre ontem à noite na boate... Eu sinto muito. Eu... Eu passei muito dos limites.

- É. Eu também. Deveria ter dito a verdade a vocês sobre tudo. Até mais.

- Até mais tarde – então ele decidiu - Scarlet. Acha que poderíamos sair para beber mais tarde? Quero dizer, você não é mais uma suspeita...

Castle estava observando a filmagem da boate quando Alexis chegou por trás dele e falou.

- Então é isso que você faz o dia inteiro.

- Pois é – se assustou ao vê-la - Não, isso é trabalho. É um... É um caso.

- Eu sei. Só estava brincando com você. Você queria me ver?

-Queria. Alexis, eu... Eu achei seu vlog e, mesmo sendo muito fofo... – ele tentava escolher as palavras.

- É, vovó me contou. Acha que sou um alvo para predadores on-line.

- É só que as pessoas, principalmente as mulheres, têm que ter cuidado com o que expõem para o mundo. Não quero que seja assombrada por anos por algo que postou por um capricho.

- Pai, está agindo como se eu fosse dessas garotas que se exibem só para ganhar tequila de graça. É só um vlog bobo.

- Com informações pessoais. E se a pessoa errada ver isso? Então Alexis se irritou.

- Sempre me diz para sair, experimentar, divertir-me, mas se recusa a confiar em mim.

- Está bem, Alexis...

- Pai, não vou conversar sobre isso com você. Tenho que ir, tenho aula – ela esbarrou com Beckett na porta - Pode ficar. Já estou indo.
Assim que a filha saiu ele ligou a filmagem novamente chateado. Beckett notou isso e ofereceu ajuda.

-Quer conversar sobre algo?

-Não, não.

-Castle, estou aqui – ela insistiu mais um pouco mas Castle parecia ter encontrado algo relevante para o caso. Ela fez uma nota mental para voltar ao assunto depois. 

-Não, olhe. É o cara do retrato falado – ele pausou o vídeo - O homem que atacou Beau. Olhe o nariz dele. Foi porque a Scarlet bateu nele. Ele estava na boate ontem, provavelmente, para terminar o serviço.

Ryan que apareceu e seguida falou: - E sei o nome dele, Seth Parrino. Falei com uma enfermeira do Bronx General. Parrino já foi tratado e liberado por fratura nasal e costelas machucadas.

- E o que sabemos sobre ele?

- Não era um estranho para a violência. Foi condenado por extorsão há 3 anos.

- Sabe onde ele está?

De posse do endereço, Beckett e Castle foram as ruas.

- Condenado por extorsão e ele ainda tem um negócio importante? Duas palavras para você, Beckett. Vito Corleone.

- Tecnicamente, é um nome, não palavras.

- Se Beau Randolph traiu um membro da máfia... dá para ver por que foi apagado.

- Isso é pura especulação.

- Especulação pura é minha especialidade. E se Randolph fez um vídeo filmando a filha do chefe da máfia e o sutiã se tornou o estrangulador da máfia?

- Pode parar de falar agora. Ela calmamente se aproximou da porta com a arma em punho. Percebeu que estava aberta. Cuidadosamente, ela entrou seguida de Castle. Viu o cara sentado numa cadeira de diretor. Ela chamou por ele.

- Seth Parrino.

- Que diabos estão fazendo? – disse assustado - Não podem ficar aqui.

- Polícia. Temos algumas perguntas.

Nesse momento, as luzes do palco se acenderam e vários homens trajando tanguinhas dançavam no palco a la Tarzan. Foi impossível não olhar a cena.

- Talvez mais do que algumas perguntas.

- "Universitários Pirados", sério? Castle falou com sarcasmo que não foi percebido por Seth.

- Sério, e é patenteado, então não pegue a ideia.

-Droga. Disse Castle fingindo estar chateado. Kate que no inicio estava chocada, não pode deixar de reparar nas formas e na beleza dos rapazes, era quase involuntário.

- Todos aqui são maiores de idade e eu tenho autorização.

- Não estamos aqui pelos seus dançarinos – mas Castle pegou Beckett no flagra avaliando os rapazes  Não é mesmo?

- Certo. Não. Ela disfarçou mesmo sem jeito - Estamos aqui sobre Beau Randolph.

- Está bem, sim, brigamos. Mas não matei ninguém.

E então Seth contou que brigara com Beau quando ele desistiu da parceria para investir no seu negócio, Universitários pirados. Ele já podia ver muitas cifras, mercadorias a botão. Ele mudara de ideia de repente. Optara por investir em um programa de adolescentes ou algo assim. Reconhecia que Beau era um visionário e não satisfeito em quebrar negocio, ele enviara a guarda-costas atrás dele.  Ao ser questionado em ter ido a boate na noite da morte de Beau, ele dissera que ia dar sua cartada final porém nunca conseguiu perguntar, encontrou-o nos fundos brigando feio com uma garota por volta de 23:30, foi embora. Ele disse que poderia descrevê-la e assim o fez. E com isso, eles chegaram a Tiffany Shaw.

- Ela deve ter se disfarçado e entrado na boate depois que Scarlet saiu. Consiga um mandado.

-Ryan pode fazer isso? Disse Esposito - Tenho alguns planos.

- É mesmo? Esses planos têm um nome? Beckett falou já desconfiando de Scarlet - Para, você não...

-Ela quebrou o nariz do cara. Você sabe que ela deve ser louca. Vamos lá.

E Beckett cedeu. Ryan se aproximou com mais novidades, seis mulheres compraram o soutian do modelo achado na boate e uma delas era Tiffany. Ela ligou para a loja pela manhã e estava indo buscar agora. Beckett ordenou a Ryan para trazê-la ao distrito.
Beckett entrou na sala de interrogatório com o soutian no saco de evidências e entregou a Tiffany.  

- Meu Deus, meu sutiã! Muito obrigada. Onde encontraram isto?

- Enrolado no pescoço de Beau, estrangulando-o até a morte.

- Eca – e jogou o mesmo sobre a mesa - Não acham que tive algo a ver com isso, certo?

- A arma do crime pertence a você.

- Nossa vítima tinha uma ordem de restrição contra você. E estava tão determinada a vê-lo naquela noite que mudou a aparência para passar pela segurança.

- Não é o que você pensa. Eu só queria falar com ele. Nós dois éramos almas gêmeas. E, há dois meses, ele mudou. Ele se tornou tão sério, tão misterioso... E, do nada, ele me dispensou, sem nenhuma razão. Eu só queria saber o porquê. Mereço saber o porquê.

- Então você foi à boate para confrontá-lo.

- Sabe o que ele disse? Disse que eu não era mais o tipo de pessoa com que ele poderia estar. Como se ele fosse santo. E disse que, se eu aparecesse novamente, mandaria me prender.

- Isso foi rude, deve ter ficado com raiva – instigou Beckett.

- Claro que fiquei com raiva. Eu queria tanto machucá-lo.

- Então você foi ao banheiro... e o matou – disse Beckett.

-O quê?

- Você o matou – reafirmou Beckett.

- Certo, não! Eu não o matei.

- Acabou de dizer que queria tanto machucá-lo – lembrou Castle.

- Sim, peguei o cara mais próximo e o levei ao banheiro para um sexo de vingança.

- Então como seu sutiã acabou no pescoço dele? Insistiu Beckett mas Castle já estava meio perdido na própria imaginação mediante as palavras de Tiffany. A revelação seguinte certamente piorou no bom sentido.

- Devo tê-lo deixado no banheiro. Já fez em uma boate, detetive? Sensual, suado e rápido? As coisas somem.

Castle tentava segurar sua ansiedade e seus pensamentos, Beckett não respondeu a ela mas sua cara revelava que sabia exatamente do que Tiffany estava falando, disfarçou mas não a tempo suficiente de passar despercebida aos olhos de Castle.

- Esse cara pode confirmar sua história?

- Confirmar? Conheço os homens, já deve ter contado à toda costa leste.

- Então, qual é o nome dele?

- Você não sabe.

- Foi sexo de boate. Sei que foi estupidez. Tanto que me senti mal e fui embora.

-E que horas foi isso?

-Por volta das 23h45. Pode ligar para meu motorista. E, quando saí da boate, Beau ainda estava vivo. Eu conhecia o Beau melhor do que ninguém e algo estava errado. Eu podia ver nos olhos dele. Primeiro, pensei que fosse outra mulher, então o segui para ver quem era. Mas quando vi o que aquela guarda-costas era capaz, soube que era algo maior.

-Do que ela era capaz?

-Nada bom. Há algumas semanas, eu a segui. Ela estava atravessando o parque e, de repente, enfiou a mão em uma cesta de lixo e tirou isto... – ela mostrou uma foto no celular - Uma bolsa de dinheiro.
Saindo da sala de interrogatório, Castle começou a teorizar - O mistério de Scarlet evolui. Um corpo, envolvendo uma bolsa de dinheiro em uma cesta de lixo, seguida de falsas pistas. É um clássico ofício de espionagem. Mas de quem era o dinheiro e para quem estava trabalhando?

- Seus últimos trabalhos foram em consultoria de alto nível para empresas bem sucedidas. Bem distante de babá de Beau Randolph – disse Beckett.

- Talvez ainda trabalhe para eles. Talvez seu trabalho com Beau seria se aproximar e cumprir sua real missão.

- Sim, o que quer que fosse.

- Acabo de falar com a amiga de Scarlet, Mindy – Ryan continuou - Depois de explicá-la sobre obstrução de justiça, ela admitiu que Scarlet lhe pagou US$ 1.000 para confirmar a história sobre o cartão de memória. Seja o que for, não é uma fita de sexo entre ela e Beau.

- Então o que é e por que ela queria tanto?

- Acho que sei como podemos descobrir – disse Beckett lembrando do encontro do Esposito. 

Esposito era só sorrisos para Scarlet quando o celular tocou e ele viu que era Ryan.

- Está tudo bem?

- É... só o meu trabalho. Parece que eles não conseguem ficar sem mim às vezes. Você sabe como é. Você quer outra bebida ou talvez pegar uma mesa para jantarmos?

- Que tal continuarmos esta conversa onde eu quero?

- Certo – Espo ficou todo empolgado e eles já saíram pegando casacos quando foram surpreendidos por Beckett.

- Ou... Melhor ainda... por que não continuamos esta conversa onde eu quero?

De volta ao distrito, Esposito e Ryan observavam Scarlet pelo vidro e Espo falava sobre ela fascinado.

- Ela é gostosa. Ela é fantástica. Espiã corporativa. Cara, ela é perfeita. Por que ela tem que ser a vilã?

- Desculpe por estragarmos tudo, mano.

- Você sabe que isso é ridículo. Eu não tenho nada a ver com a morte de Beau Randolph.

- Eu também sei que você mentiu para nós.

- Eu tenho um álibi.

- O que há no cartão e para quem você trabalha?

- Eu já te disse.

- Você não está nesse trabalho para pegar uma fita de sexo. E sua amiga, Mindy, já retratou sua história. E eu duvido que Beau te pague deixando dinheiro em um lixo. Então abra o jogo e diga o que está havendo e o que há naquele cartão de memória?

- Eu não sei.

- Scarlet.

- Eu não sei.

- Você realmente espera que eu acredite que não sabia o que havia naquilo que você roubou?

- Tudo o que sei é que Beau estava obcecado com isso, paranoico. Então percebi que era isso o que meu patrão procurava.

- O que eles te mandaram encontrar?

- Seus podres. Provas incriminatórias que pudessem usar contra Beau.

- Quem? Quem é o seu empregador? Scarlet, eu vou descobrir, você dizendo ou não. E se estão envolvidos na morte de Beau, isso faz de você cúmplice, a menos que nos ajude.

- Empresa Sapinho. Fui contratada pelas empresas Sapinho.

De volta ao quadro de evidências, Beckett atualizava Castle.

- Sapinhos? A empresa para crianças? Isso não faz sentido.

- Beau disse a Seth Parrino que estava investindo em programas infantis. Talvez esta seja a relação. Beckett lembrou.

- Então, o quê? As pessoas por trás dos brinquedos "Mexe-Remexe" e "Polly Bonecas Felizes" são as pessoas que ordenaram a morte de Beau?

- Sabemos que tentavam desenterrar algum podre de Beau.

- A sua vida era podre. Lucrava com seus encontros sexuais – disse Castle - O que esperam encontrar?

- E o que eles pretendiam fazer com isso? Lembrou Beckett. Ela se ergueu e moveu o pescoço. Encerraria por hoje – vamos parar por aqui. Pensei no seguinte, vamos para sua casa, pedimos comida e você me mostra o vlog da Alexis assim posso te dizer se ela corre perigo ou não com isso.

- Aceito sua proposta.

Já no apartamento dele, Castle mostrou o endereço do vlog da filha no seu notebook. Enquanto ela navegava e examinava, ele se encarregava da comida. Kate prestava atenção no site procurando entender os dois lados. Quando Castle a chamou para jantar, ela encontrou Martha na sala. Era a primeira vez que a encarava após o flagra da ultima vez e Kate procurou parecer indiferente.

- Oi, Martha.

- Olá, kiddo. Quer uma taça de vinho?

- Aceito sim – Martha a serviu e já ia retornar ao sofá – você não vai jantar conosco? Tem comida suficiente, Martha. Sente-se aqui.
Castle já sentara a mesa e estava ansioso para saber a opinião de Kate sobre o vlog. Esperou ela se servir e perguntou.

- Então, o que você achou?

Kate fez cara de desentendida. Ela sabia que isso ia deixa-lo nervoso.

- O que?

- Como o que? O vlog!

- Richard, ainda essa paranoia? Deixe a Alexis caminhar com os próprios pés.

- Ok, você não vai gostar do que vou dizer. Eu...

Mas Castle a cortou na mesma hora – É perigoso não? Ela corre perigo. Alguém suspeito acessou o site? – ele estava quase em pânico. Beckett queria muito rir mas se conteve.

- Você vai deixar eu terminar de dar meu parecer? – ele suspirou e concordou com a cabeça – então, achei a ideia de Alexis ótima. Ela está vivendo uma das melhores fases da vida, faculdade, morando sozinha, está sendo forçada a tomar suas próprias decisões. Não que ela já não fizesse isso quando estava aqui porém, é diferente. Não vejo nada demais, Alexis é uma menina ajuizada. Ela não vai sair postando fotos intimas ou qualquer loucura que você deve estar imaginando agora nessa sua mente poluída. Deixe ela experimentar. Dito isso, ela tem meu apoio.

- Viu, Richard? Isso é uma avaliação sensata da situação. Você tem uma garota de ouro. Só mesmo uma mulher inteligente e de classe para mostrar o lado positivo a você. Bem colocado, Kate. Em vez de estar brigando com a sua filha, você deveria é estar apoiando.

- Ok, ok já entendi. Todas estão contra mim. Sou voto vencido.

- Castle, por favor, não é pra drama. Sei que você se sente inseguro, quer proteger a Alexis mas ela não é mais uma menininha, ela é uma mulher. Eu entendo sua posição de pai mas brigar e discutir apenas tornará a situação pior.

- Eu não teria dito melhor. Espero que ouça a sua namorada, Richard. Eu concordo totalmente com ela. 

Ele suspirou e apertou a mão dela carinhosamente.

- Obrigado.

Ela sorriu e piscou para ele.  

- Alguém tem que ter sanidade nessa relação – disse Martha e Kate não resistiu rindo do comentário.

Na manhã seguinte, Beckett e Castle foram até a Sapinhos. O chefe executivo da empresa se sentiu insultado quando Beckett sugeriu que ele era um suspeito. Ele frisou que trabalhava com entretenimento familiar e não com obscenidades. Então ela insistiu perguntando porque contrataram Scarlet Jones para investiga-lo. Ele explicou que tinha uma reputação a zelar, construira a companhia para seus filhos e netos e estava precisando de dinheiro. Beau Randolph o contatou dizendo que tinha dinheiro e queria investir. Disse que não queria que Universitárias enlouquecidas fosse o seu legado. Queria usar minha empresa para se autopromover, conseguir algo que não conquistaria sozinho.. Respeito. Mas o conselho gostou da proposta e ele era praticamente voto vencido, por isso a busca por algo do passado. Afirmou que não matara Beau mas que sabia quem fora, a pessoa no cartão de memória que por fim entregou a Beckett.

De volta ao distrito, eles analisavam juntos as filmagens.

- É um vídeo de sexo, e daí? Um cara assim deve ter vários desses – disse Ryan.

- Não é o vídeo, é a garota. Preciso de uma imagem do rosto dela.

Esposito e Ryan reconheceram a garota. Era a garota de rosa da boate que eles entrevistaram e ela disse que não o conhecia. Chamava-se Candice Mayfield, 25 anos. Ela foi uma das últimas pessoas a ver Beau Randolph vivo. É professora do jardim da infância e sem ficha. Porém, esse não era o nome verdadeiro dela e sim Candice Amstrong. Filha de Ronald Armstrong.O fundador do Vozes pela Decência. Usa o nome da mãe para escapar da notoriedade.

- Então Beau a atrai a um encontro, filma-o, e usa o vídeo como chantagem – sugere Castle.

- E, se ela não concordasse em tirar o pai do rastro dele, Beau mostraria o vídeo – completa Beckett.

- Candice sabe que, se o vídeo viesse à tona, arruinaria sua vida. Envergonharia toda sua família. Beau a encurrala com o vídeo e sua única escolha é revidar. Ela é nossa assassina.

E Beckett ordenou trazê-la de volta ao distrito pela manhã. Despediu-se de Castle e dos rapazes e foi para casa. Castle também seguiu para o seu apartamento e encontrou Alexis preparando uma taça generosa de sorvete.  

-Oi.

-Oi. O que te traz ao lar? Além de criar uma sobremesa estupidamente grande. Parabéns por isso.

- Odeio quando nós brigamos – disse ela.

- Eu também.

- É que... Tenho 18 anos. Não preciso mais pedir permissão.

- Sei disso. Quero que você experimente as coisas como eu fiz, mas as coisas são diferentes agora – ele pegou o chantilly e despejou na taça dela enquanto falava - Se esse caso me ensinou algo é que, quando você expõe algo, qualquer um pode ver. Desde um chefe em potencial a um louco da internet – e espirou o próprio chantilly na boca saboreando como sempre gostava de fazer.

- Acha que não sei disso? Minha geração cresceu em um aquário digital.

- Não importa o quanto sejamos cuidadosos, as coisas aparecem. Amigos me marcam em fotos, em alguma farei algo tolo. Por que isso deveria me definir? Por que não posso definir a mim mesma?

- Entendo, Alexis. É que...

- Pai, eu sei. Sei que você quer me manter em segurança. Mas o único modo de fazer isso é me enrolar em plástico bolha e me esconder em uma caverna.

- Vá por mim, já pensei nisso. A questão é que há pessoas más por aí, que fazem coisas ruins. Quanto mais se expõe...

- Pai, você me conhece. Sou cuidadosa. E esperta. Mas preciso viver minha vida do meu jeito.

- Certo. Mas não significa que pararei de me preocupar, que pararei de me importar ou de te lembrar, às vezes, que você está errada.

- Eu não quero que pare.


12th Distrito


Candice esperava na sala de interrogatórios. Quando Beckett entrou ela foi logo falando.

- Não entendo por que precisei voltar.

- Porque você não nos contou a história toda, Candice. 12 segundos após Beau sair, você foi na mesma direção.

- Não o segui, se é o que está sugerindo.

- Aonde você foi?

- Não lembro. Voltei para a pista de dança.

- Candice, você está mentindo. Sei sobre seu vídeo com o Beau.

- Por favor, não conte para meu pai.

- Farei o máximo para não contar. Mas preciso que você coopere. Beau estava chantageando-a, não estava? Por isso estava na boate ontem e por isso o matou.

-Você não entende.

-Acho que entendo. Você ensina ao jardim de infância. Você sabia que o vídeo custaria seu emprego e reputação, sem falar na reputação de seu pai, e você perdeu o controle. Qualquer júri simpatizará com você e posso falar com a Promotoria. Só preciso que me conte exatamente o que aconteceu.

- Quero falar com meu advogado.

Beckett estava na sua mesa quando Castle chegou já com café para ela.

- O juiz nos deu o mandado. Estão indo à casa dela atrás de provas de que Beau a chantageava.

- É difícil, não é? Quando o assassino é uma pessoa melhor que a vítima? Perguntou Castle.

Nesse momento, o Sr. Amstrong surge nos corredores do distrito perguntando por Candice.

- Cadê minha filha? Meu advogado disse que ela está detida. Quero falar com minha filha.

-Sr. Armstrong, saiba que Candice é suspeita no caso Beau Randolph.

- O quê? Deixem de ser ridículos.

- Vamos conversar sobre isso em particular. Vamos. Já na sala o Sr. Amstrong continuou.

- Isso é algum engano terrível. Candice não machucaria ninguém.

- Você estava ciente de alguma... ligação entre ela e Beau?

- Ligação com Beau Randolph? Está brincando? Aliás, minha Candice não iria àquela boate nem morta.

- Na verdade, Beau é que foi morto. E Candice estava na boate. Disse Castle e Beckett mostrou a foto.

- O que diabos ela fazia naquele lugar?

- Talvez ela estava tentando proteger-se de Beau. Ou proteger você.

- Eu deixei muito claro o que achava dele. Minha meta era apenas interromper suas atividades, nunca quis que ele se machucasse. Acham que minhas... palavras, minha missão... poderiam levar Candice a fazer algo horrível? É possível? – agora ele estava bem preocupado.
Ryan e Esposito ainda estavam verificando as coisas de Candice apreendidas em seu apartamento.

- Se eu estivesse no lugar da Candice, faria o mesmo. Bom, entendo o lado dela- disse Ryan.

- Mas ela sabia no que iria se meter.

- Ela sabia que seria chantageada? Isso é culpa dela?

- Com o que o pai fazia, saberia quem Beau era e como agia. Não é como com a Scarlet.

- Claro, estamos falando de você. Tudo bem.

- Aquela garota passou uma imagem enganosa. Mas ela era gostosa.

- Eis o lado triste, para você, o fato dela agir assim, deixa-a mais gostosa – disse Ryan.

- Não. Ela não pode ficar mais gostosa do que já é.

E então Ryan encontrou um email de Beau para Candice. Um seguro no valor de USD 5 milhões no nome de JD Mayfield. Alem disso, Espo achou uma foto de um ultrasom na agenda de Candice o que os levou a apenas uma conclusão: Candice estava grávida e o filho era de Beau. E foram contar as novidades para Castle e Beckett. Os dois voltaram a conversar com ela, mostrando a foto do ultrasom. 

- Conheci Beau em um bar. Eu o achei engraçado, bonitinho. Não sabia quem ele era. E creio que ele não sabia quem eu era.

- Um amor proibido, como Romeu e Julieta – disse Castle.

- Só se Romeu e Julieta ficaram bêbados e tiveram um caso de uma noite.

- Bom ponto.

- Quando descobri da gravidez, sabia que contar a ele era a coisa certa. Achei que ele não daria a mínima, que diria que era problema meu. E, por mim, tudo bem. Mas, quando mostrei a ele o primeiro ultrassom, ele ficou tão emocionado.

- Quando foi isso?

- Há cerca de 2 meses.

- Foi quando ele terminou com Tiffany e se interessou na Corporação Sapinho. Ele queria se corrigir, se legitimar.

- Basicamente. Achei que estivesse fingindo, mas ele ligava o tempo todo. Falou que queria mesmo fazer parte da vida da criança.

- Mas você sabia que seu pai desaprovaria.

- Meu pai desaprova a maioria das coisas – ela suspirou - Não, fui eu. Fui eu quem não quis Beau por perto. Não com a reputação dele. Não queria aquilo para meu bebê. Mas Beau não desistia. Ele me disse que, a vida toda, esteve procurando, buscando um sentido para a vida dele, e, finalmente, havia achado. Era ser pai. Ele ficava dizendo que me convenceria de que poderia mudar.

- Por que foi à boate naquela noite?

- Beau me pediu para encontrá-lo lá. Ele queria contar que encerraria seu negócio.

- Ele ia vender?

- Não, encerrar tudo mesmo. Falou que era o único jeito de me convencer. Os DVDs, o site, tudo acabaria.

- Ele disse a mais alguém que planejava isso? Beckett perguntou.

- Disse, sim. Naquela noite mesmo.

E eles voltaram a boate.

- Certo, tudo bem, garotas. Prontas? Gravaremos ali, enquanto a equipe arruma tudo. Vamos lá. Levantem, levantem.

- O show deve continuar, não é, Troy? Uma coisinha, como a morte do chefe, não pode parar a festa.
Sinto falta de Beau, ele era um bom amigo, mas isto é um negócio. Há vídeos para fazer, acordos de distribuição. Não dá para parar. Eu honro a memória dele fazendo a festa continuar.

- Que legal. Só que, se quisesse mesmo honrar a memória dele, encerraria todas as atividades.

-Encerrar?

-Sabemos que Beau te disse que fecharia a companhia definitivamente.

- Isso é loucura.

- Você deve ter achado isso mesmo. Por isso decidiu impedir que acontecesse.

- Do que estão falando?

- Ao notarmos que você tinha motivo, analisamos suas gravações.

- E viram que filmei a noite toda, incluindo enquanto Beau era morto.

- Na verdade, sua câmera estava filmando, você, não.

- Geralmente, as gravações de uma câmera de mão seriam em movimento – disse Beckett. 

- As suas eram, exceto entre 23h50 e 23h58. A hora em que Beau foi para o banheiro – disse Castle.

- Nesses 8 minutos, a gravação estava fixa.

- Colocou sua câmera no tripé e saiu dali.

- Deixou-a ligada, sabia que te serviria de álibi.

- Sim, usei um tripé, mas isso não prova que o matei.

- Mas o DNA na arma do crime provará – disse Beckett.

- DNA?

- Temos um mandado para compará-lo com o seu – Beckett continuou.

- A festa acabou, Troy – Castle finalizou.

- Ele me prometeu que eu assumiria o negócio algum dia. Prometeu que me deixaria rico. E então decide encerrar tudo, ferrar comigo, por causa de um bebê? Fala sério! Como se pode abrir mão disto tudo?

- Está prestes a descobrir.

- Algemem-no.

De volta ao distrito, Beckett e Castle contaram o que acontecera para Candice.

- Por isso Beau foi morto? Por dinheiro?

- Infelizmente. Precisa saber que o que ele disse era verdade.

- Ele tentou mesmo ser um homem melhor.

- Estou triste que nossa bebê nunca o conheça. Um dia, contarei a ela a história dele. Como Beau deu a vida para ser pai dela.

- Terá uma menina então? – Beckett perguntou

- Sim.

- Que maravilha – Beckett disse.

- Parabéns – disse Castle.

- Obrigada.

- Acho que seu pai veio te ver. O Sr. Amstrong saia do elevador.

- Acho que devo contar a ele o que está havendo. Obrigada por descobrirem a verdade.

Enquanto ela caminhava até o pai, Beckett observava ainda com certa dúvida.

- Acha que ele conseguirá aceitar a neta?

- Sem dúvida.

- Como pode ter tanta certeza? Ela perguntou intrigada.

- Porque um pai faria de tudo pela filha.

E com essa afirmação de Castle, Kate imediatamente lembrou do pai, sim ele tinha razão e o sorriso despontou ao se dar conta de que Castle também era um excelente pai, certamente alguém que ela elegeria para ser o pai de seus filhos. Kate suspirou e de repente teve vontade de festejar a vida e a dedicação de seu namorado.

- Quer saber? Estou desejando um café bem caprichado.

- Eu faço pra você – ele já ia se dirigir a cozinha quando Kate segurou sua mão e o impediu.

- Não quero um café daqui do distrito, quero algo especial. Sei que tenho uma tonelada de papelada para fazer mas esse caso merece uma comemoração. Que tal me pagar um café e uma dose de conhaque para espantar o frio Castle?

- Se você insiste, será um prazer. Tem algum lugar em mente?

- Na verdade, tenho sim. Pegue suas coisas e vamos comemorar.

Eles já estavam no carro quando Castle insistiu. – Afinal, onde vamos?

- Conhece um local na 61st E, chamado Serendipity3?

- Claro! Excelente local, aconchegante. Alexis gosta muito de lá.

- Eu também.

- Bom saber.

Eles entraram no local e sentaram-se numa das mesas próximas ao balcão. Castle esperou que ela visse o menu e escolhesse o que tomaria para fazer o pedido. Isso feito, ele olhou para ela e percebeu um sorriso lindo no rosto. Intrigado perguntou.

- Ok, Kate. O que aconteceu? Você está maquinando alguma coisa, foi o caso? Porque essa vontade repentina de sair para tomar esse café e conhaque com toda a papelada do caso para fechar?

- Celebrar. Esse caso me fez perceber algumas coisas bem interessantes sobre você, sobre nós. Eu já disse a você que admiro sua relação com Alexis, que apesar de seu jeito descolado e suas loucuras, o papel de pai lhe cai muito bem. Quando você me respondeu que um pai faria tudo pela sua filha, me fez pensar no meu próprio pai, em quantos sacrifícios ele fez por mim antes e especialmente depois que minha mãe morreu. Ele nunca quis que eu virasse policial sabe? Mas aceito e me apoiou porque sabia que eu precisava curar a ausência da minha mãe e essa tinha sido a forma que escolhi. Durante meu período negro, ele sempre esteve lá. Reconheço que sou responsável por aqueles cabelos brancos desde minha adolescência. Não fui uma filha exemplar como Alexis, Castle. Mas admiro demais a forma como a criou.

- Eu não criei Alexis sozinho, minha mãe também ajudou. É claro que a parte mais pesada sempre foi minha mas... sabe que ao ouvir você falar de seu pai me fez perceber que você ainda tem muitos segredos escondidos Kate, quando penso que já a conheço, você me mostra um outro lado seu que surpreende.

Aquela afirmação de Castle a fez sorrir novamente porque tinha um outro significado para ela. Castle revelar que ainda não conhece tudo a respeito dela contradizia a informação de Meredith. Eles ainda não estavam naquele estágio e isso trazia um conforto a mente e ao coração de Kate.

- Castle você sendo modesto? Pensei que ia se vangloriar pela criação da sua filha, quem está surpresa agora? Só espero poder ter esse tipo de relacionamento um dia com a minha própria filha. Ensina-la o certo e o errado, a respeitar as pessoas, prepara-la para o primeiro baile, trocar confidencias sobre garotos... – de repente, Kate sentiu um aperto no coração e a garganta fechar. As lágrimas ardiam no canto dos olhos quando ela lembrou de sua própria mãe. Castle percebeu e esticou a mão para toca-la.

- Hey...

Kate procurou disfarçar e bebeu um pouco mais do café sem largar da mão dele. Queria evitar o choro.

- Hey, tudo bem Kate, pode chorar se quiser. Sente falta dela não?

- Muita... ainda dói. Mas... – ele limpou o canto dos olhos – estamos aqui para celebrar, que tal aquele conhaque agora para espantar o frio?

- É pra já!

Assim que o conhaque foi servido, ela tomou um gole e suspirou sentindo o liquido queimar sua garganta aquecendo o corpo.

- Olhe, um dia você vai fazer e viver tudo que viveu com sua mãe e mais. Um dia você, Kate será uma mãe maravilhosa para sua garotinha e você vai deixar Johanna orgulhosa ainda mais do que tenho certeza de que ela é hoje – ele levou a mão dela aos lábios e beijou-a.

- Castle... porque você faz isso? Tem sempre as palavras certas? – o pai realmente não fez falta para formar o caráter dele, pensou - Me faz pensar que talvez o fato de ser escritor não é a melhor justificativa. É você.

Ela se aproximou dele e beijou-lhe os lábios. Castle a prendeu próximo ao corpo dele para prolongar o beijo. Quando se distanciou, ela manteve a testa colada na dele.

- Thank you.

- Always.

Ela distanciou-se dele e tomou mais um pouco do conhaque. Castle sorria feliz, ele gostava quando ela se abria sobre algo para ele, especialmente algo tão marcante e importante para ela. Então, ele se lembrou de uma coisa que queria perguntar a ela que acontecera durante o caso.

- Mudando de assunto, você poderia me explicar o que foi aquela sua reação durante o interrogatório da Tiffany? E nem tente disfarçar seu rosto revelou tudo. Se tem algo que sou realmente bom detetive é em ler pessoas, sua linguagem corporal falou sozinha, então nada de me enrolar. Você já fez certo? Sexo numa boate?

- Castle eu... eu não vou responder isso!

- Não precisa! Você já respondeu e está vermelha. Kate Beckett, diga que você não está com vergonha disso e que você até poderia pensar em fazer isso comigo um dia, por favor?

Ela mordeu os lábios e mexeu nos cabelos.

- Oh, Castle... estou vermelha não de vergonha mas pelo simples fato de que acabei de visualizar a cena... com você.

Ele deixou cair a colher que segurava, desconcertado.

- Você, comigo ....você faria isso Kate?

- Talvez não numa boate mas quem sabe em outro lugar público. Sabe Castle, o frisson do momento não é o sexo em si, ou a boate, é justamente a sensação de perigo que corremos. Sexo em um lugar público é excitante pelo fato de que corremos o risco de ser pegos a qualquer momento. Especialmente se é um ambiente onde as pessoas nos conhecem.

- Kate pare de me torturar... eu gostaria muito de poder experimentar essa sensação um dia com você.

- Hum... – ela passou a mão na perna dele e apertou a coxa – esse dia pode ser hoje porque eu acabei de ter uma ideia para essa demonstração... vai encarar?

- Vou pedir a conta.

Eles deixaram o local e Kate dirigia sem revelar onde ia. Parou o carro na 3ª avenida próximo a 59th St. Castle ainda não sabia o que ela planejava quando saiu do carro e caminhou seguindo-a pela 59th. Kate parou na frente da Bloomingdale’s e ajeitou os cabelos. Ofereceu a mão para ele e entraram na loja.

- O que estamos fazendo aqui na Bloomingdale’s ? – ela apenas olhou para ele – oh, não, Detetive você está pensando em quebrar a lei? Em cometer essa loucura?

Ela se aproximou dele e sussurrou ao ouvido com uma voz sensual.

- Tudo que precisamos é encontrar um provador e entrarmos despercebidos.

- Oh, Deus! Ele exclamou.

Ela procurou e finalmente achou o que procurava, virou-se para ele – ok, Castle. Isso é o que vai acontecer, eu vou entrar com um vestido naquele provador e você vai dar um jeito de entrar depois de mim. Estarei te esperando.

- Mas é um provador feminino! Não vou conseguir entrar.

- Use seu poder de persuasão, Castle. Você é um escritor, improvise um pouco. Você não achou que ia ser fácil não?

Ela pegou um vestido que escolhera numa das araras e se dirigiu ao provador. Virou para ele e piscou antes de sumir porta adentro. Castle tentou disfarçar olhando algumas roupas femininas. Uma vendedora se aproximou e como o movimento na loja não estava tão intenso, ele percebeu que era a mesma moça que estava na frente do provador e que deixara Kate entrar. Ela ofereceu ajuda e Castle viu ali sua oportunidade. Escolheu uma peça de roupa e disse que queria em outra cor. A vendedora se ofereceu para verificar no estoque e avisou a outra colega que estava no caixa a uns dez metros do provador para observar caso alguém precisasse de ajuda. A outra mal deu atenção a ela, estava muito concentrada em teclar com alguém do seu celular. Castle viu sua chance ali mesmo. Sorrateiramente, se aproximou do provador e com uma ultima espiada para a moça do caixa, ele entrou no provador.

- Kate... cadê você? Kate... – ele sussurrava – Kate...

- Aqui, Castle. E indicou a porta com o sapato. Abriu a porta e Castle encontrou-a com o vestido preto e os cabelos jogados no ombro,as pernas expostas, linda – pronto para diversão?

Ele entrou no cubículo e Kate fechou a porta para logo em seguida já tirar o paletó dele e começar a desabotoar a camisa. Castle a empurrou contra o espelho e devorou o pescoço dela com beijos, procurava os lábios, beijava-os e mordiscava o lóbulo da orelha dele. Kate abriu as calças dele e sentiu as mãos dele erguerem o vestido e puxarem a sua calcinha. Castle erguera as pernas dela na altura da cintura e Kate as envolveu na cintura dele. O membro estava excitado como era de se esperar e Kate sentiu a pontada de desejo tomar seu próprio centro. Estava úmida e pronta para recebe-lo.

Imprensando-a ainda mais contra o espelho do pequeno provador, ele deixou as mãos percorrerem o corpo dela para aperta-lhe os seios e arrancar gemidos dela. os lábios ainda a satisfaziam com beijos intensos.

- Castle...por favor... não temos muito tempo...

Ela ouvira uma conversa de duas mulheres bem próximas, deviam estar em uma das cabines experimentando roupas. Ele também sabia disso mas o momento sendo algo proibido era ainda mais excitante. Lutando contra a sua própria vontade de estar dentro dela, ele prolongou um pouco mais a hora mordiscando o tecido sobre o seio dela o que arrancou mais gemidos dela. Por fim, ele a penetrou.

Em movimentos rápidos, eles equilibravam-se numa dança nada coordenada devido ao espaço mínimo. Mãos, braços por vezes confundiam-se com pernas. O despertar do desejo intenso que ambos sentiam devido a situação, aflorou num misto de sons ininteligíveis, Kate sentia o corpo batendo contra o espelho, o suor de ambos misturando-se às primeiras sensações do orgasmo que ela sentia tomar seu corpo. Vermelhos e quase sem fôlego, eles se seguraram um no outro para sentir a força do orgasmo que os dominou. Castle ainda conseguiu colocar uma das mãos sobre a boca de Kate para reprimir os gritos mas um gemido alto conseguira escapar. Sob o efeito do orgasmo, eles se moviam. Exaustos, eles procuravam se apoiar para retomar o controle. As respirações ofegantes permaneciam. Kate tentou ficar em pé e envolveu seus braços no pescoço dele para recuperar a força nas pernas. Esfregando seu rosto no dele, ela sussurrou.

- Você gostou da amostra?

- Ainda pergunta? Ambos com um sorriso maroto nos lábios.

Fora tudo que ele esperava. Louco, rápido, intenso.     

Ainda apertados, eles tentavam se vestir. Kate tirou o vestido e procurou sua calça e blusa. Não via a calcinha em lugar nenhum.

- Castle – ela sussurrou – cadê minha calcinha?

- Esqueça...está inutilizada. Ela olhou para ele intrigada, ele já estava todo vestido do jeito que conseguira. A camisa estava para fora e os cabelos desalinhados. Ela se aproximou e ajeitou-os com os dedos.

- Melhor assim. Ela vestiu a calça comprida e abotoou a blusa. Prendeu o cabelo num coque e passou a mão no rosto. O colo ainda estava vermelho, reparou assim como as maças do rosto.

- Como saímos daqui?

- Eu vou primeiro, quando a barra estiver limpa eu aviso você com uma palavra.

- Apples? - Ela revirou os olhos -  O que? É a minha palavra de segurança!

- Ok, ok. Me dá o vestido.  

- Você vai levar ele?

- Porque não? Você não gostou?

- Claro! Eu acho que ele sujou... e apontou para onde via uma pequena mancha, quase imperceptível.

- Eu me viro.

Ela saiu do provador com cuidado, viu a calcinha que usava no canto do corredor. Sorriu e balançou a cabeça diante da loucura. A barra parecia limpa mas quando ela ia dizer a vendedora que levaria a roupa, outra mulher saiu do provador e perguntou diretamente para ela.

- Onde você encontrou esse vestido? Eu preciso de um urgente! Eu quero aquilo! Kate arregalou os olhos ainda sem saber o que dizer surpresa com a reação da mulher mas então achou a desculpa perfeita.

- Fica ali naquelas araras mas acho melhor você ter ajuda da vendedora. Você poderia ajuda-la a encontrar?  Claro que a vendedora não diria que não. Assim que as mulheres se afastaram, ela bateu na porta e falou em voz alta.

- Apples....apples.

E Castle saiu correndo do provador. Eles andavam desconfiados pela loja, Kate ia pagar o vestido mas Castle insistiu.

- Vale cada centavo... e piscou para ela.

Ao  saírem da loja, a cara de alivio de Castle fora tão genuína por sair ileso dessa loucura que Kate caiu na gargalhada, não conseguia parar de rir.

- Você precisa ver sua cara, Castle... de desesperado mesmo. Achava que Rick Castle não tinha medo de aprontar essas coisas afinal pra quem já foi preso andando nu em um cavalo em pleno Central Park.

- Eu era jovem, inconsequente e isso de certa forma é crime! E você é uma detetive da NYPD, devia estar mais preocupada que eu.

- Onde está seu lado aventureiro? Seu lado pervertido? Vamos para casa, kitten.

- Por favor, eu te imploro não me chame de kitten, por favor!

Ela o beijou e sorriu.

- Prometo que não farei mais.


Na madrugada...


Kate dormia ao lado dele, suas pernas sobre as dele mantendo o corpo de lado encarando as costas dele. Tinha um sorriso no rosto. Ela sonhava.


Correndo em sua direção vinha uma pequena garotinha de aproximadamente três anos. Os cabelos castanhos e ondulados contrastavam com os olhos azuis intensos. Tinha um sorriso igual o dela. Agarrava-se na perna de Kate e sorria falando algo que não conseguia entender. De repente, ela ouviu sua mãe. Johanna gritava.

Cuidado, filha. Proteja-a com a sua vida.

Num piscar de olhos, a menina viu alguém e desprendeu-se das pernas de Kate correndo na direção da pessoa. Kate viu uma arma apontada na direção de Castle, exatamente para onde a garotinha corria gargalhando. E então o tiro atingiu a menina e a Castle no exato momento que ele a colocara em seus braços.

Kate...cuidado! Minha neta! E a voz de Johanna angustiada e chorosa ecoava nos ouvidos de Kate... De novo, não! Você deveria te-la protegido, Kate...

O desespero toou conta de Kate frente a todo o sangue que se misturava com a grama.

Não, isso não... Castle....

Kate não é sua culpa. Não é culpa de ninguém. Devia acontecer, assim como foi comigo filha.

Não! Nãoooooo......


Kate sentou-se na cama abruptamente ainda desorientada com o pesadelo. Castle acordou assustado. Viu que havia algo errado.                         

- O que houve, Kate? Você está pálida.

- Você... você morria...eu perdia você e a garotinha e minha mãe estava lá... ela pediu para proteger a menina...eu, eu não consegui...

- Shhh.... – ele a abraçou – tudo bem, foi somente um pesadelo. Todo aquele papo de pais e filhas deve ter feito você sonhar com ela. não aconteceu nada e nem acontecerá. Estou aqui. Respire fundo.

- Eu perdia você e ela, Castle. Minha mãe a chamava de neta...

Ele sorriu ao pensar que Kate sonhara com uma garotinha, estaria ela pensando em bebes? Não era o momento de viajar sobre esse assunto, ela precisava de apoio.  

- Castle, eu não posso morrer e nem posso lidar com outro assassinato na minha vida. Não quero ter outra pessoa ligada a mim, que me importo vitima de assassinato.

- E você não terá. Foi um pesadelo, descanse. Nada mais acontecerá essa noite – ele a beijou carinhosamente nos lábios e deitou-se com ela aconchegada ao seu peito – apenas feche os olhos e pense em coisas boas, eu estarei aqui, segurando sua mão.

Relutante, ela suspirou e fechou os olhos. O que Kate não sabia era que seu pesadelo era um prelúdio para a tempestade que se aproximava, ela seria submetida a maior decisão de sua vida, ela seria testada como pessoa e profissional.

Uma escolha que poderia mudar tudo. 


Continua....

4 comentários:

MarluLeles disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MarluLeles disse...

Uau!!!! A Kate ta mto levada kkkkkkk

Adoreia cena do provador de roupas. To aqui imaginando a cara do Castle, ele tem que deixar de ser tão medroso, tá pamonha, ele que deveria ter essas atitudes.

Tipo pegar a Kate de jeito jogar na parede e Uiiiiiii deixa eu para por aquiii....

Amei Karen

Me avise qdo sair o próximo Capítulo

Bjos Querida

Marlene Brandão disse...

não pera!!!!!!!!!!!!
AMEI O CAP. AMEI A IDEIA DO VESTIARIO!!!!!!!!!!
não dá ideia karen Jobim,bem semana passada fui a uma loja com minha mãe ela entrou em um provador eu entrei com ela e fiquei calculando o tamanho e comecei a rir, minha mãe pensou que era dela,mandou eu sair de lá se não apanhava.
Enfim...
...Castle preocupado com a filha é muito cool,a Martha é uma mamis e tanto,tivemos momentos de Espo e Lanie que eu amo demais. E as ideias da Kate,ai até eu pegava esta muié(momento lesbico).
To amando a fic...

larynhapaulista disse...

Uau que cena foi aquela do provador da Bloomingdale’s? Amei
Castle todo paranoico com o vlog da Alexis e Kate e Martha tentando acalmar as coisas para o lado da menina. Castle nem teve chance de 'lutar' contra as três mulheres da vida dele.
Esposito não toma jeito. Quer ficar com essas mulheres por serem badgirls mas não percebeu ainda que ele gosta realmente da Lanie. O que o está esperando Espo para chamar Lanie para sair novamente?
Sutiã de 200 dólares, Espo nesse ponto tem razão eu não pagaria tudo isso em um sutiã. Bem e também não pago em um tênis.
Kate safadinha ficou de olho nos rapazes e a cara de Castle com ciúmes foi ótima. Mas o que ela pode fazer se os caras estavam ali praticamente sem roupas e apesar dela estar namorando ela não está morta e nem cega. Afinal Castle disse que estava vendo o vídeo da festa procurando por um dos suspeitos, mas também aproveitou para dar uma olhada nas garotas.

Abraços