segunda-feira, 31 de maio de 2010

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.2

Cap.2



Dia 1

Finalmente esse é o meu primeiro dia na Indonésia. Ainda estou cansada. Trinta horas de viagem e várias trocas de fuso mexem com o organismo de qualquer pessoa. Ainda me sinto meio aérea, perdida. Meu organismo ainda está se adaptando a montanha-russa de sensações mas sei que isso irá se resolver com um bom banho e cama. Por mais exausta que esteja, ainda não consigo dormir. Minha mente continua trabalhando a 1000 por hora relembrando a minha despedida no aeroporto. Não devia ter olhado para trás mais uma vez, só que sabendo do tempo que vou passar sem ve-lo era meio involuntário e óbvio. Trocar olhares com ele por uma última vez me fez perceber que se eu fecho os olhos ainda sinto o calor do olhar de Booth em mim. Devo estar muito cansada para imaginar essas coisas.

O trabalho não começa antes de dois dias, o que considero tempo suficiente para estar totalmente adaptada a Indonésia. Partiremos então para a ilha Maluku e então poderei entender o que realmente precisam de mim.

Preciso dormir...


Dia 3

Hoje fez um dia maravilhoso! O sol de Jacarta brilha sobre a superfície do mar contrastando com o gelo nos picos das montanhas mais altas. Uma paisagem que merece ser vista e fotografada, o que claro eu fiz.

Sinto-me bem disposta, é incrível como me adapto fácil aos lugares e aos fusos, isso me proporciona maior enegia para trabalhar. Fomos de barco para a ilha e supervisionei a chegada dos aparelhos para pesquisa, nosso mini-laboratório deve estar pronto amanhã pela manhã. Estou em um pequeno chalé no centro da ilha, Daisy é minha vizinha. Visitarei finalmente a área a ser explorada amanhà e só assim saberei o que realmente preciso fazer e de quanto tempo necessitarei para planejar e executar todo o estudo.

Dia 7

Consegui enumerar quase todas as atividades com o grupo de cientistas hoje. Na primeira parte do projeto, teremos muita coleta de amostras e avaliações temporais e em laboratório. A demarcação de toda a área tomará pelo menos um mês. Realmente há muito trabalho a se fazer.

É incrível como eu tenho a sensação de que o tempo parece se arrastar num lugar como esse. Sei que o tempo ainda continua obedecendo sua própria grandeza, nem mais nem menos, porém talvez o fato de não poder fazer muito no momento me deixe de certa forma ansiosa e apreensiva.


Não acredito que já estou aqui a uma semana. A essa hora Booth deve estar a caminho da zona de guerra. Sei que não deveria pensar nisso, ele irá para a base de treinamento mais ainda assim estará numa zona de guerra e portanto a perigo. Não sei ainda como será a disponibilidade de comunicação dele, geralmente no exército mesmo com toda a tecnologia, o modo preferido de comunicação com o mundo exterior ainda é por meio de cartas. Pra piorar, estou tendo problemas com o meu celular, o técnico prometeu que consertava amanhã. Não posso ficar sem ele caso alguém queira falar comigo, somente no caso de Booth querer ligar.


Quanto tempo será que demora uma carta daqui para o Afeganistão? Preciso descobrir. Sinceramente espero que esteja tudo bem com ele.


Brennan sorriu ao ler suas próprias palavras. Lembrou como no início achou estranho escrever sobre os acontecimentos do dia. De certa forma, era um modo de documentar o que estava acontecendo com ela e percebeu que nem sempre tinha algo interessante para contar. Aos poucos, ela percebera como o diário a ajudava a passar o tempo e a digerir o que se passava com sua mente e seus sentidos. Ao fim, ela não se arrependera de escreve-lo, ao contrário, chegou a pensar em publicar o mesmo até o faria se o conteúdo não tivesse se tornado tão pessoal.


Continua....

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