terça-feira, 15 de março de 2011

[Bones Fic] Confessions in the Elevator

Título: Confessions in the Elevator
Autora: Karen Jobim
Classificação: NC-17
Gênero: Alternative Scene
Advertências: Angst,Drama,Romance
Capítulos: Oneshot
Completa: [ x] Sim [ ] Não


Nota da autora: Essa fic é a minha versão da cena do elevador. Bem diferente da provável que irá ao ar pois como sou spoilerfree, as únicas coisas que sei é que haverá uma DR e que o suposto elevador é um daqueles antigos. Aqui, meu elevador é no estilo moderno que nem o de Grey’s Anatomy ok? Espero que gostem. Ah, mais importante: essa fic é meu presente de aniversário para minha amiga e parceira de crime Esthefany aka @Estebones – Fany, você é uma super amiga! Desejo tudo de bom pra você! Love ya!


Resumo: Booth e Brennan estão no meio de caso em Washington quando um blackout ocorre na cidade sem previsão de volta. Eles estão em um lugar bem inusitado e na falta do que fazer bem... quatro paredes são bem sugestivas para a imaginação, não?

Atenção..... leve NC-17!



Confessions in the Elevator



Booth e Brennan acabaram de interrogar mais um suspeito apontado pelas evidências no corpo encontrado no parque de Washington em meio a uma pilha de neve. Os últimos dias em Washington estavam realmente frios, a temperatura nesse mês de março atingira níveis críticos. Hoje pela manhã já nevara e os termômetros marcavam -5º C. Eles andavam pelo corredor do prédio no décimo segundo andar rumo ao elevador.

- Mais um interrogatório que não deu em nada.

- Booth, não temos outra alternativa senão aceitar que ela não matou a nossa vítima. O álibe confere.

- É, eu sei mas esse caso está se tornando bem frustrante, cada lugar que olhamos parece um beco sem saída!

- Não é verdade, ainda temos dois suspeitos e podemos achar o assassino, só estamos trabalhando nesse caso a dois dias Booth.

- Tem razão.

Brennan apertou o botão para chamar o elevador. Ela vestia o sobretudo branco que tanto gostava, no bolso estavam as luvas e o gorro, uma pashimina vermelha contrastava com o casaco. A porta do elevador abriu-se e eles entraram. Booth apertou o botão do térreo. O elevador descia suave quando um solavanco o fez estancar e todas as luzes se apagaram.

- Mas o que foi isso?

- Acho que a energia se foi...

Brennan tentou usar o celular, o sinal estava bem fraco. A ligação não completava.

- Droga! Nada de sinal de celular também.

- Aposto que voltou a nevar e destruiu alguma linha de transmissão de energia.

- Mas elevadores devem estar ligados a geradores,Booth.

- Esse prédio não é tão novo assim,Bones. Acredito que não tenha gerador.

Ela suspirou. Olhou para o ambiente a sua volta. Tudo negro. Fechou os olhos e abriu-os novamente. Aos poucos foi se acostumando a escuridão. Podia distinguir onde Booth estava e um pouco das paredes do elevador. De alguma forma, percebeu que Booth parecia inquieto.

- Booth, você é claustrofóbico?

- Eu?! Não...

- E porque você está inquieto?

- Como você pode dizer que estou inquieto? Está escuro aqui.

- Eu sei mas posso ver um pouco suas feições e seu corpo está se mexendo muito. Logo, você está inquieto. O que te aflinge Booth?

Ela ouviu Booth suspirar profundamente.

- Nada Bones, só não estou gostando de ficar preso aqui. Mas não sou claustófago.

- Claustrofóbico, Booth. Interessante....

- O que?

- Você não costumava reclamar da minha companhia antes, agora não suporta ficar preso ao mesmo lugar que eu.

- Não foi isso que disse.

- Bem, não tem mais ninguém aqui e já que você está louco para sair daqui só posso deduzir que é por minha causa.

Ela mordeu o próprio lábio.

- Não é nada disso, Bones e para de usar a lógica em tudo!

De repente, ela se lembrou daquele dia onde Booth lhe disse que ela tinha que seguir adiante, lembrou-se da forma como ele fora duro e frio com ela, lembrou-se do quanto aquilo doeu nela. Então, ela se viu querendo replicar o que ele falara, se viu querendo discutir. Precisava dizer a ele que não gostava de como ele falara com ela.

- Ok, Booth. Chega!

Ele se assustou.

- Não gosto da forma como você responde a mim ultimamente. Ríspido. Criticando opiniões minhas, não me deixando completar o raciocínio. Eu não o trato mal, nunca tratei mesmo não tendo suas aptidões com pessoas. Agora você... parece que sofreu algum trauma cerebral, eu sou sua parceira quantas vezes vou ter que repetir isso?

- Eu...eu

- Não, Booth você vai me escutar. Você foi rejeitado pela Hannah. Ela te disse não e foi embora. Eu continuo aqui e você parece ter me escolhido para depositar toda a sua raiva e frustração. Eu não sou sua válvula de escape. Se quer liberar sua raiva, use um saco de boxe.

- Peraí, você já esqueceu o que fez comigo antes? Você também me rejeitou. Ou sua memória está fraca?

- Minha memória vai muito bem, obrigada. E vou te relembrar mais uma vez, eu não te rejeitei. Eu te expliquei que não era uma pessoa pronta para relacionamentos, que era uma cientista e que não podia mudar, não sabia mudar. Você não me ouviu dizer que não queria você.

- Você deixou aquilo meio óbvio não? Porque estamos falando disso agora, Bones?

- Eu resolvi falar porque você acabou de me tratar mal e cansei disso. Quero meu parceiro de volta e não essa montanha russa de emoções ambulante! Numa hora você está bem, conversando, tentando me proteger, na outra manda eu parar de falar ou me dá uma resposta ríspida. Eu não entendo! Eu não sei o que isso significa!

- Então você quer agora, no escuro, discutir nossa relação?

- Quero! Afinal não tem muita coisa para a gente fazer não acha?

Brennan lembrou-se do aplicativo que tinha no celular. Acionou e uma luz intensa clareou um pouco mais o ambiente.

- Pronto. Segure o meu celular se o problema de discutir é a escuridão.

Ela tirou a pashimina e jogou no chão. Desabotoou o casaco e dobrou-o calmamente colocando-o pelo avesso no chão. Booth a olhava intrigado, ela parecia estar se preparando para uma batalha. Passou a mão pelo rosto demonstrando nervosismo. Não acreditava que estava preso a um elevador com sua parceira e ela queria tocar no assunto mais difícil, parecia tão inapropriado. Porque ele ainda se espantava com isso? Afinal era ela, Temperance Brennan sua parceira e a mulher mais lógica e surpreendente que já conhecera na vida.

- Está esquentando aqui...

Ela se encostou em uma das paredes do elevador. Trajava um vestido e botas de cano longo para suportar o frio.

- Olha Bones, eu não tenho idéia do que você está pensando mas reconheço que ando meio nervoso desde que.... bem desde...

- Desde quando Hannah se foi. Tudo bem, você pode falar o nome dela Booth. Hannah não era má pessoa. Eu até gostava dela e de certa forma, ela me ajudou.

- Tá, desculpa Bones pelas minhas atitudes ruins. Você está certa. Não tenho que mudar minha parceria com você, trabalhamos bem juntos, pegamos bandidos não?

Ele se encostou nela e empurrou-a de leve com um meio sorriso.

- É verdade, e foi você que me disse uma vez que como parceiros devemos confiar um no outro e sempre conversar quando algo parece estar errado, disse também que somos o centro de tudo não?

- Sim, especialmente você.

Ela manteve-se calada por alguns segundos. Pensando em como colocar suas próximas palavras.

- Booth, não estamos bem. Eu não estou bem. Você me magoou. Eu não sei conviver com isso. Eu mudei,Booth. Não sou mais a mesma mulher que você conheceu a seis anos atrás. Nada desse sentimento deveria me abalar, não funciono assim porém, desde aquele caso da médica, de descobrir que a vida dela era toda voltada a ciência e que isso acabou tornando-a isolada de todos, cega para as outras pessoas, para a vida e principalmente para a pessoa que lhe estendeu a mão e ela foi incapaz de ver. Eu não quero morrer sozinha Booth. Não quero viver sozinha.

- Você não está sozinha, Bones. Você tem amigos que te adoram, seu pai, seu irmão...

- Só não tenho o que mais quero...

A frase saiu como um sussurro quase inaudível. Ela fechou os olhos. Booth encostou-se na parede oposta a dela, incerto de como agir. Aquilo parecia tão surreal. Sua parceira, sua amiga estava ali despejando um caminhão de sentimentos que ela nem sequer pensara em ter um dia e ele não sabia o que fazer.

- Talvez você esteja confusa, Bones. Esteja misturando sua vida com a da mulher do caso. Você pode não ter certeza do que quer e isso é normal de acontecer.

De repente, aquelas palavras de Booth soaram a ela como uma afronta. Ela não acreditava que ele estava disposto a agir novamente como um idiota. Ela não podia deixar isso acontecer novamente. Explanou e brigou do seu próprio jeito.

- Uma vez eu comentei com alguém que senti ciúmes das pessoas, algo que eu considero irracional e totalmente fora da lógica. Também disse que queria acreditar que o amor era algo transcendental e eterno e esse alguém me disse que um dia eu acreditaria... você se lembra?

Booth balançou a cabeça concordando.

- Eu tive ciúmes da Hannah, várias vezes. O que isso te diz, Booth?

- Ah, Bones. Sentir ciúmes de alguém não necessariamente significa que você o ama, pode ser ciúmes de amizade, de troca, ciúme não é uma coisa fácil de se diagnosticar e classificar.

- Você faz com que isso pareça uma doença, o que não é. Porque é tão difícil para você falar desses assuntos? Porque não diz como se sente? Não deveríamos esconder nada um do outro, eu confio em você, Booth. Porque você não confia em mim? Fale!

Ela sabia que poderia ficar com raiva dele e mesmo magoada como antes mas ela precisava ver algum sinal de que não perdera completamente sua chance.

- Você quer saber? Ok, você também me magoou. Você me rejeitou e eu tive que conviver com isso, você não é a única que sofreu. Os primeiros momentos no Afeganistão foram horríveis. Aquela cena repetia-se na minha cabeça um milhão de vezes! Mas eu segui em frente...

- Sim e se magoou de novo.

- É, me magoei talvez seja algo que eu faça errado, ou vocês são erradas só que isso não é o que me incomoda. A coisa que mais me incomoda nisso tudo é o fato de você não admitir que é igual a Hannah, que me rejeitou! Apenas admita, Bones!

- Você não vai parar de repetir isso não? Ok, então eu admito. Eu te rejeitei sim, Booth. Satisfeito? Era isso que você precisava ouvir para que seu raciocínio e sua linha de pensamento finalmente seja concluída para me dizer que não estamos bem? Pronto, eu admiti o que isso muda então Booth? Fez alguma diferença ? E não sou igual a Hannah! Podemos concordar em algumas coisas mas não diga que sou igual a ela, você sabe que isso não é verdade.

Booth permaneceu calado. Era óbvio que ele apenas tentava ganhar tempo. Ele sabia que a situação era delicada, estava evitando discutir mas de alguma maneira Bones não estava disposta a parar. E quando ela empacava com a ideia... era como uma mula de tão teimosa. Brennan afastou-se da parede e pos a mão na cintura, baixou a cabeça pensando nas proximas palavras que diria.

- Booth o que vou dizer agora é muito sério. Peço que você me escute e não interrompa ou tire conclusões precipitadas.

Ela suspirou.

- Desde que você me abordou na frente do prédio do FBI, algo mudou. Com a nossa separação, você indo ao Afeganistão e eu para a indonésia, algo se quebrou. Quando o reencontrei, eu estava feliz em te ver, muito mesmo. Senti sua falta. E você falou da Hannah. Conheci a Hannah e contra todos os prognósticos imagináveis, eu gostei dela até certo ponto. Até perceber que você mudara e a pergunta que eu me fazia era porque? Teria algo a ver com a nova namorada? Com a guerra? Eu não reconheço mais você Booth e isso me deixa confusa. Você é o expert em pessoas, você é quem conhece bem de relacionamento e de alguma forma parece que eu sou a pessoa mais madura nesse momento. Onde está o Booth que eu conheci? O Booth que eu aprendi a respeitar, ouvir e admirar? O herói de guerra, o cara que tem o coração no cérebro? Esse homem que está hoje aqui na minha frente não é o verdadeiro Booth. É apenas uma parte dele. E isso me deixa triste. E você sabe porque? Analisando friamente todos os fatos que estão diante de mim posso apenas concluir que você mudou por minha causa, eu sou a culpada de você estar assim. Não quero acreditar que o Booth que eu aprendi a amar, se foi. Ele tem que estar aí escondido. Se eu o transformei desse jeito, se eu sou a razão da sua tristeza, da sua revolta eu só posso concluir que é melhor eu sair da sua vida, não quero ser responsável por coisas ruins. Você não merece isso. Basta você me dizer e eu vou embora. Não seria a primeira vez que eu ficaria sozinha, que eu sofreria. Estar sozinha parece ser a constante da minha vida. Algo que acontece naturalmente.

Ela enxugou uma lágrima teimosa no rosto e continuou.

- Eu sou forte, aprendi a sobreviver a situações adversas. Faço o que for preciso para que você possa seguir seu caminho e ser feliz mesmo que seja contra a minha real vontade. Sweets disse que não estou sozinha, que tenho amigos que me admiram e gostam muito de mim. Também me disse que sou capaz de amar e ser amada. Engraçado, além dele eu pareço ser a única que acredita nisso. Nem você acredita, Booth e analisando friamente, pela lógica acho que você nunca me amou realmente o que não me admira, afinal Sweets nunca está certo.

Ela calou-se. As lágrimas caiam teimosas no rosto e ela as limpava. Booth estava boquiaberto com tudo o que ouvira. Mordeu os lábios e ficou de costas para ela. Ele amava a mulher a sua frente, não tinha dúvidas disso. Não houve Hannah que o fizesse esquece-la. A grande pergunta que martelava em sua mente era se realmente estava disposto a dar o próximo passo com ela. Seeley Booth, o coração de leão estava com medo. Se ele aceitasse ficar com ela, iniciar um relacionamento estaria arriscando a parceria e a amizade que construíram nesses anos. Se algo não desse certo, o que aconteceria com eles? Há males que vem para o bem, sua razão nunca conseguiu dominar seu coração, e o coração de Booth batia apressado ao ouvir as palavras dela. Virando-se após alguns minutos ele falou.

- Sweets não está errado, Bones. Você é capaz de amar, você ama seus amigos, seu trabalho, sua vida, sua inteligência. Concordo que eu mudei sim, a vida me mudou, não você. Talvez seja difícil para você entender o que as decisões fazem com o ser humano do ponto de vista emocional. As consequencias dos atos são algumas vezes irreversíveis. Não quero que vá embora, não será assim que resolveremos o problema. Eu gosto do que somos, do que fazemos. Fugir não é a resposta.

- Você gosta da nossa parceria...

- É claro que gosto. Nós nos completamos, você é o cérebro e eu sou o coração. Somos imbatíveis juntos.

- Eu sei muito bem o que eu quero, Booth. Ao contrário de você, pela primeira vez estou certa do que preciso. Eu não falei em fugir, eu estou aqui atestando o que quero. Porque fugir agora? Porque negar? Cansei de ver você se culpando, se amaldiçoando por não conseguir provar seu ponto de vista. Porque você não admite que você tem um problema? Que você tem medo de admitir que se apaixona por mulheres poderosas e independentes que não aceitam o que você quer ? Acredite Booth, nem sempre as coisas são em preto e branco. Eu aprendi isso da maneira mais difícil.

Ela tomou fôlego e continuou.

- Parece que não sou eu apenas que tenho problemas em me relacionar e mesmo assim, agora estou aqui, expondo toda a verdade a sua frente e você parece não querer ouvir. Se isso é uma forma que você encontrou de me punir, ótimo! Parabéns! Você consegui alcançar seu objetivo. Satisfeito?

- Bones, eu ....

- Droga, Booth...

Ela deu um soco no peito dele. Virou-se de costas. Ela chorava e sentia muita raiva por estar assim, mostrando-se totalmente fragilizada para ele. Exposta. Por alguns minutos, o silêncio apenas sofreu a interferência da respiração e dos soluços dela. Então, ela sentiu as mãos dele nos ombros dela, deslizando até os braços. Ele apoiou o queixo na cabeça dela e a puxou para si. Brennan sentiu o corpo colar no dele. Fechou os olhos.

- Desculpe, Bones. Por favor, me desculpe. Sou um idiota mesmo. Você está certa, eu também tenho problemas. E sinto muito te dizer mas você está errada na sua análise lógica sobre o meu amor.

Apesar de estar adorando a posição, ela se desvinculou dos braços dele e virou-se para encará-lo. Os olhos marcados pelas lágrimas. Um azul profundo que demonstrava a ansiedade, olhos que pediam sozinhos por uma confirmação de que nada que fora dito, fora em vão.

- Booth, eu não quero esconder o que sinto de você. Não quero fingir, colocar uma máscara e dizer que está tudo bem. Eu pensei que podia, eu até tentei por você porque queria te ver feliz, sei o quanto os sentimentos são importantes para você. Não quero voltar ao que érramos anos atrás, eu e você apenas parceiros. Não posso!

Como ele não poderia querer se jogar aos pés daquela mulher? Ela é simplesmente deslumbrante em todos os sentidos. Booth tinha os olhos vermelhos, estava a ponto de chorar. Nunca em sua vida ele pensara receber uma declaração de amor tão linda e controversa, cheia de frustação e puro sentimento.

- Temperance Brennan quem diria que um dia eu ia te ver falando de amor? A cientista finalmente passou a olhar com o coração. Você se lembra do que disse a você naquele dia na frente do prédio do FBI?

- É claro que sim, você queria que tentássemos ficar juntos.

- Sim ,isso também mas você se lembra das minhas exatas palavras? Eu disse que eu sabia! Que você era a pessoa que eu queria passar 30,40 ou 50 anos. Eu sabia. Eu ainda sou esse cara. Um pouco calejado pela vida mas ainda assim consciente do que eu sinto. Embora você diga que eu estou diferente posso afirmar que sou ainda o mesmo Booth porém dessa vez, você terá que me fazer mostrar esse Booth.

Ela tocou o rosto dele. Um pequeno sorriso se formou nos lábios dela.

- Como um caso, onde eu procuro a cada marca nos ossos pela verdade?

- Sim, só que dessa vez não será um corpo. Serei eu.

- Você será meu projeto particular... eu gosto disso.

Ele suspirou e falou.

- Olha Bones, nesses últimos tempos nós nos distanciamos e nos magoamos mesmo inconscientemente, nada é como antes. Estamos feridos, amadurecemos, você mudou.

Ele acariciou com a ponta dos dedos o rosto dela. Sorriu.

- Você sabe que o fato de estarmos mudados não resolve o problema tão facilmente. É complicado. Relacionamentos fragilizam as pessoas.

- Sim, Booth. Mudei. Mudamos. Sei que podemos fazer melhor. Não podemos tentar? Seguir em frente juntos? Eu preciso saber: realmente eu perdi a minha chance?

De repente ele tornou a ficar sério.

- Todos tem direito a uma segunda chance,Bones.

Booth se amaldiçoou. Como você pode falar assim com ela? Esqueceu que ela não lida bem com diálogos subjetivos? Ele precisava falar na linguagem dela. Clara e objetiva. Quando Booth tornou a abrir a boca porém, acabou não dizendo nada, queria formular as palavras. Então, ela que se calara por um instante, chamou por ele.

- Booth?

- Oi...

- Você ainda está com raiva de mim?

- Não, Bones. Passou.

- E você ainda gosta de mim?

Ela parecia ansiosa pela resposta.

- Não, Bones.

Os lábios entreabriram e o espanto tomou conta do olhar. Booth se aproximou dela, pegou uma mão na sua.

- Eu não gosto de você, eu te amo Bones.

Suspirou aliviada e Booth pode sentir que as mãos dela tremiam. Ela tocou o rosto dele com a mão livre.

- Não vou mentir para você. Sabe o que eu gostaria de fazer agora além de te beijar? Queria muito fazer amor com você.

- Bones, nós estamos num elevador no que aparenta ser um blackout e você resolveu simplesmente que quer fazer amor comigo?

- Bem, num elevador seria difícil, aqui só faríamos sexo mesmo.

Booth não aguentou e riu.

- Só você mesmo.

De repente ela tornou a ficar séria.

- Booth, apenas responda minha pergunta e eu entenderei. Você e eu, não temos direito a uma nova chance?

- Bones é claro que sim! Você não ouviu o que eu disse?

- O que disse Booth?

Ela sorria se fazendo de desentendida.

- Eu te amo, Temperance. Você tem que me prometer porém que iremos devagar, isso é algo novo pra você e de certa forma também para mim afinal antes de mais nada você é minha parceira e amiga, tudo bem?

- Ok, como você quiser.

Nem bem terminou de falar, Brennan o puxou pelo pescoço e beijou-o. Booth foi pego de surpresa pela iniciativa mas rapidamente se recompos e respondeu a ela sorvendo os doces lábios a sua frente. As mãos dela percorriam o corpo a sua frente e em poucos passos, Booth sentiu as costas contra a parede do elevador. Envolveu-a em seus braços e intensificou o beijo tão ansiado. Brennan sentia o coração bater descompassado e as pernas ficarem bambas. Ela tirou o sobretudo dele apenas porque queria sentir o corpo dele mais próximo ao seu. Colocou a mão sobre o tórax bem desenhado dele. Sussurrou ao ouvido dele.

- Sinto falta do seu cinto cocky... é tão sexy!

Booth sentiu uma pontada na virilha ao ouvir a voz aveludada dele ao seu ouvido. De repente, ele segurou-a pela cintura e virou-a deixando-a com as costas para a parede. Segurou os pulsos dela mantendo-os acima da cabeça. Brennan sentiu uma excitação tomar conta de si. Gemeu baixinho. Ele tornou a beijá-la sensualmente. Ela mordiscou o lábio inferior dele e entreabriu os próprios lábios para deixá-lo invadir sua boca. Booth provava a lingua dela na sua. O gosto de Temperance Brennan, sua Bones. Uma mão nada boba, acariciava um dos seios dela e Brennan gemia entre o beijo. Booth quebrou o beijo e passou a divagar com os lábios no pescoço dela e seguiu para o colo. Ele pressionava-a contra a parede com o corpo. Brennan pode sentir a excitação dele. Ofegante, ele parou e manteve o olhar fixo ao dela.

- Booth, não era você que queria ir devagar?

Ele sorriu safado.

- Bem era, mas com você na minha frente fica um pouco difícil de resistir.

- Você vai me soltar, Booth?

- Você quer?

- Claro!

Ele soltou as mãos dela sorrindo. Ela permaneceu encostada na parede.

- Sabe Booth, para quem se diz meio puritano, que não gosta de falar de sexo, esse começo foi até excitante.

- Temperance o fato de eu não falar não que dizer que não sei agir....

- Hum... gosto do som do meu nome na sua boca. Só tem um problema.

- Qual?

- Pra você sou Bones, sempre Bones.

- É mesmo? E se eu não quiser te chamar de Bones?

- No Bones, no Bones!

Ela mostrou o próprio corpo e depois apertou o membro dele sobre a calça e ele gemeu.

- Oh,Bones....

Ela o empurrou contra a parede e tornou-a beijá-lo. Dessa vez, era ela quem o deixava excitado e brincava com cada pedacinho do corpo dele, sua vontade era uma só.

- Booth...eu ....quero tirar....sua camisa.

- Não, Bones aqui não...

- Você não quer transar?

- Bones quantas vezes preciso dizer que faço amor?

- Num elevador?

Ela mordiscou o queixo dele. Ele riu.

- Sua louca... vamos devagar esqueceu?

- Ah Booth você é um estraga-prazer....

- Prazer...humm...

Então ele voltou a beijá-la. Dessa vez, o beijo era carinhoso e apaixonado. Ele acariciava o rosto dela com o polegar e Brennan sentiu a saia do vestido subir. Ela nem consegui assimilar o que acontecia, apenas se viu seminua e sorriu. Booth baixava as calças e ela mesma encarregara-se de puxar o boxer dele libertando o membro já em seu estado de excitação.

- Tudo isso é pra mim?

Ela riu e puxou-o para si. Colou seus lábios nos dele e sentiu o menbro dele a penetrar preenchendo-a. A sensação era incrível, fazia tempo que ela não sentia algo assim. Gemeu. Ele quebrou o beijo e a fitou, inseguro. Ela sorriu para ele e moveu-se contraindo-se sobre o membro dele. Booth suspendeu as pernas dela e envolveu-as na sua cintura, começou a movimentar-se dentro dela. Ela sentia o impacto nas costas contra a parede. Ele intensificava os movimentos e ela o incentivava movendo-se também pressionando seu corpo sobre o dele. O desejo e a excitação dela era tão grande que ela não podia resistir por muito tempo. Booth percebeu isso e estocava mais fortemente.

- Isso , Booth...isso....

Ele sorriu. beijou-a mais uma vez e acariciou o seio dela com a boca sob o vestido. Brennan sentiu o corpo tremer, a intensidade do desejo a dominar... não resistiu. Ela gozou entre gemidos. Booth a segurava para que ela não perdesse o equilíbrio. Ele também estava no limite. Brennan entre gemidos, mordiscou a orelha dele e pediu.

- Vem, Booth... se renda ao prazer...

As palavras foram mágicas e Booth tirou o membro de dentro dela apenas para penetrá-la novamente. O ritmo era acelerado, louco e em pouco tempo eles gozavam juntos. Minutos se passaram após o êxtase vivido entre eles. Com cuidado, Booth a colocou no chão e eles começaram a se recompor. Brennan não conseguia parar de olhar para ele. Sorrindo, Booth a tomou nos braços novamente e beijou-a apaixonadamente. Num segundo, ela sentiu o mundo se iluminar ao seu redor. Um som a trouxe de volta a realidade. A energia se restabelecera e o elevador voltou a funcionar. Brennan olhou para ele e sorriu.A sensação porém era de frustração pois eles teriam que deixar o lugar e retomar o trabalho. A porta finalmente se abriu e Booth a segurou enquanto ela abaixava-se para pegar o casaco no chão.

- Hum...

- Booth eu sei o que você está fazendo. Tire os olhos de você sabe onde.

Ele gargalhou.

Eles finalmente deixaram o elevador. Brennan olhou para ele e falou:

- De volta a realidade...

- Sim, mas uma realidade diferente agora.

- Booth?

- Fala, Bones...

- Você tem certeza que quer voltar a trabalhar agora?

- Bones o que aconteceu com o que falei sobre ir devagar?

Ela puxou ele pelo casaco a fim de ficar a altura do ouvido dele.

- Não consigo resistir a você depois de tanto tempo... queria poder fazer amor com você... vamos Booth, faça amor comigo...

- Mas você, eu , nós acabamos de....

- Isso foi sexo para aliviar a tensão,extravasar Booth. Eu quero fazer amor com você.

- Na minha casa ou na sua?

- Tanto faz! A que tiver mais perto, Booth.

Ele caiu na gargalhada.

- Essa resposta é digna de você, Bones.

- Booth... para de enrolar!

- Vamos, Bones... pra minha casa e algo me diz que esse caso será mais longo do que eu imaginava.

Sairam abraçados rumo ao carro.



THE END

2 comentários:

Eliane Lucélia disse...

Olá amiga, estou em dívida com vc, mas vou pagar um terço dela agora, vamos lá! Por que até nas fics eu estou achando o Booth um verdadeiro idiota, algo está muito errado talvez seja eu que esteja muito ranzinza, já a Brennan é maravilhosa em qualquer lugar, sempre diz as palavras certas, acho que Booth nunca pensou que Brennan dizer aquilo tudo a ele, jogar na cara tudo que estava engasgado, ele ouviu tudo o que nós os fãs gostaria de ter dito, ou o que ainda esperamos que ele ouça, mas eu gostaria, que eles tivessem ficado só nos beijinhos e uns amassos mesmo, Booth ainda não merecia o perigonnn todo não, mas isso não quer dizer que não tenha gostado da fic, pelo contrário gostei muito. deixa eu encerrar pq o cérebro fundiu kkkk, bjusss desta fã doida!!!

Tályta Pessoa disse...

Karen, você qer me matar?!?!?!?!
OH GOD OH GOD OH GOD
Foi tudo tão intenso, emotivo, sexy e triste. Foi... SURTANTE!
Caara, tenho qe parar de ler NC's, minha mãe qaaase qe me pegou aqui. Só tenho 14, se ela ler isso eu to morta antes de ter idade pra ler. Huhauahsa'.
Booth teve perigoon, hein. 66'
O epi de amanhã deveria ser pelo menos 10% disso, pode não ter bow chicka wow wow. Mais só uma quase revelação de amor já me alegraria.

AMEI a fic <3