quarta-feira, 12 de outubro de 2011

[Bones Fic] Between Love & War - Cap.32

E esse é o último cap de BLW adorei escrever essa história. Espero que gostem!

NC-17......


Cap.32


Três anos depois...
Hospital Presbiteriano



Brennan estava fazendo uma cirurgia junto com Wendell. Era uma das suas cirurgias do clinical trial que eles estavam desenvolvendo para uma doença congênita. As crianças que participavam do tratamento, tinha casos bem difíceis e certamente pouco tempo de vida até que os médicos ajudassem com algum novo insight.

Wendell fechou a paciente e pediu para a enfermeira leva-la para o quarto. Agora apenas restava esperar a reação dela.

- Bom trabalho, Wendell.

- Obrigado, Dr.Brennan. Quando faremos o próximo?

- Acredito que amanhã, assim que tivermos cinco pacientes que passem das 48 horas críticas iremos verificar como o organismo reagiu. Temos 4, amanhã é a vez do Matheus. Você pode preencher as notas dessa cirurgia? Preciso pegar a Kat na escola hoje. Booth está enrolado no FBI...

- Não se preocupe. Cuido de tudo. Te vejo amanhã.

Brennan ia saindo quando lembrou do que precisava falar para ele.

- Ah,Wendell se o Dr. Newman ligar perguntando por mim, atenda o telefone. Na verdade, ele estava querendo falar com você.

- Falar comigo? Porque?

- Você vai descobrir...

- Dr. Brennan quer dizer o que está acontecendo?

- Algo bom, espero. Acabei descobrindo esses anos trabalhando com você que você tem outros talentos além da medicina...

- Vai me deixar na curiosidade mesmo?

- Acredito que um pouco de suspense não faz mal a ninguém.

Ela saiu rindo da OR. Foi até o seu armario e trocou de roupa. Deixou o hospital.

No dia seguinte, Brennan chegou cedo ao hospital mas não tao cedo como Wendell. Ele já aguardava por ela no consultório do quinto andar. Estava ansioso por falar com ela.

- Bom dia!

- Dr. Brennan, finalmente!

- Ansioso para me ver, Dr.Bray?

- O que você fez?

- O que eu fiz foi recomendar um talento importante para inspirar outros jovens a quererem ser médicos.

- Mas isso poderia ser feito por você! Dr.Brennan, você é uma inspiracao não eu!

- Acredito que você está equivocado. Posso até ser a inspiração mas já que você foi inspirado por mim, tenho certeza que terá sucesso nessa tarefa. A vaga é sua se quiser. Quero que você entenda que lecionar não é minha praia. Não me sinto confortável com tanta gente me olhando por horas tentando aprender algo comigo, ao contrário de você. Aceite Wendell. Vai ser um prazer ve-lo no corpo docente da Universidade de New York.

- Eu, eu não sei o que dizer... tão inesperado!

- Apenas diga sim, se eu não soubesse que você leva jeito, não tinha recomendado você. E eles não me convidaram para lecionar, convidaram para apontar um candidato. Apenas me pareceu logico recomenda-lo.

- Você não existe.

- Deixe disso Wendell, sou de carne e osso e fiz o que acho justo.

- Obrigado.


Central Park – domingo


Brennan estava sentada sobre uma toalha quadriculada. Ela arrumava algumas guloseimas compradas por ela antes de virem ao parque nesse domingo. O dia estava lindo. O outono em New York era a sua estação preferida. Tudo ficava mais bonito.

Ela observava Booth brincar com a filha. Definitivamente sua filha tem aptidão para os esportes. Eles jogavam basquete na pequena tabela que Booth improvisara. Ela encostou-se na árvore e ficou observado os dois enquanto beliscava umas nozes.

Assim que eles terminaram o que parecia ser uma partida improvisada de cestas, Katherine veio correndo ate a mãe. Os cabelos escuros grudados no rosto.

- Estou com fome, mãe!

- Menina, olha como você está! Sente-se para descansar um pouco ai você pode comer.

- Quero patinar!

- Já disse que somente iremos depois de comer e descansar um pouco, certo Tempe?

- É isso mesmo.

- Não disse? Obedeça a sua mãe.

Booth sentou-se ao lado dela. Beijou-a no rosto e pegou um sanduíche do prato à sua frente. A menina sabendo que não ia ganhar um argumento com a mãe decidiu comer também. Booth terminou o sanduíche e bebeu um pouco do suco de Brennan. Ao terminar, roubou uma das nozes que ela comia e tascou um beijo nos lábios dela. Brennan o puxou de volta para perto dela e aprofundou o beijo.

Katherine terminara seu lanche e queria arrancar o pai dali a qualquer custo. Para isso, ela só poderia usar de um único meio. A menina jogou-se no meio dos dois abraçando-os, só assim para quebrarem o beijo e darem atenção a pequena.

- Podemos ir patinar agora?

- Podemos sim.

Eles se levantaram e seguiram com a filha até o ringue de patinação. Brennan aprontou a filha enquanto Booth pagava sua entrada. Em questão de minutos, a menina já estava no gelo. Booth enconstou-se na grade e Brennan o abraçou por trás roçando o rosto nas costas dele.

- Olha como ela não tem medo de nada...

- Kathy é uma garota valente, independente.

- Puxou a mãe mesmo. Sério, Tempe. Nossa filha é você todinha.

- Exceto pela gana por esportes e pelo sorriso, esses são seus.

Ela acenava para a filha sorrindo.

- Ah, ela também é carinhosa ao extremo que nem você.

- Não, ela é manhosa e esperta , isso sim! Usa o jeito dengoso para conseguir o que quer. Parece alguém que eu conheço...

- Eu não sou assim, Booth!

- Não, imagina...

- Não sou...eu uso minha arma poderosa, o sexo.

Booth revirou os olhos.

- Não sei porque ainda teimo em discutir certas coisas com você, é inútil!

- Apenas aceite quando perder um argumento.

Ele riu e virou-se para beijá-la. Quando Katherine terminou de patinar, eles voltaram a sentar próximo a árvore. A pequena pegou a bola de basquete e avistou um grupinho de quatro crianças brincando. No mesmo momento, pediu para brincar com eles e Brennan consentiu. Enquanto observavam a filha, eles aproveitavam para namorar um pouquinho. Brennan adorava esses momentos só deles no parque.

Booth mordiscava a orelha dela enquanto as mãos passeavam pelo corpo dela. Ao ver a forma que a filha brincava com as outras crianças, Booth não pode deixar de comentar.

- Deus, essa menina não nega que é sua filha.

- Porque diz isso?

- Olha o jeito como ela comanda todas as outras crianças. Ela é mandona que nem você.

- Acho isso muito bom. Significa que ela sabe muito bem o que quer e aparentemente não aceita qualquer coisa.

- E você está sempre pronta para defende-la não? Adoro esse seu jeito de mãe coruja.

- Devo ajuda-la e prepara-la para a vida não?

- Tá certa.

Depois de mais meia hora, eles deixaram o parque com a filha sorridente.



Hospital Presbiteriano



Brennan estava de plantão até as 8 horas da noite. Eram apenas 4 da tarde quando seu celular tocou. Ângela.

- Oi,Angie.

- Atrapalho?

- Não, acabei de sair de uma consulta.

- Ótimo porque não ia esperar mesmo. Está sentada?

- Não mas...Angela o que está acontecendo? Alguma coisa com a Kat? Cadê minha filha?

- Sua filha está estudando. Não é sobre ela, é sobre mim.

- Então pare de enrolar e conte logo!

- Amigaaa...! Eu e Wendell decidimos nos casar.

- Casar? Mesmo?

- Sim, acredito que já estava mais que na hora.

- Fico feliz por você.

- Decidimos que será uma cerimônia pequena, apenas para as pessoas mais chegadas. Mas darei os detalhes depois, eu só precisava te contar...

Brennan riu.

- Tudo bem, Angie. Gostei muito de saber.



Dias depois...
Apartamento do SoHo


Brennan acabara de acordar e ainda se espreguiçava na cama. Ela tinha um dia pesado pela frente. Kathy estava em semana de provas e ela fazia questão de ajudar a menina nos estudos.
Dava gosto de ver o jeito da menina com os livros. Ela adorava ler e a mãe já sabia que tinha uma filha bastante esperta e que certamente se destacaria dos demais. Isso somente deixava Brennan mais orgulhosa.

Quando ela pensava em se levantar, sentiu aquela bomba sobre si. Kathy se jogava sobre ela enchendo-a de beijos e abraços. Ela retribuía o carinho da filha e a mantinha agarrada ao seu corpo.

- Bom dia, princess...

- Ah, mammy gosto tanto quando você está em casa...

- A mammy também gosta, amor.

- Você pode fazer uma vitaminada caprichada pra mim e depois me ajuda na matéria da prova de ciências?


- É claro que sim!

Brennan se levantou da cama e foi ao banheiro. Enquanto lavava o rosto e escovava os dentes, a menina estava sentada no vaso admirando a mãe sorrindo, nem piscava. Brennan percebeu o jeito dela pelo espelho.

- O que foi,Kat?

- Você é tão linda, mammy... quando crescer quero ser igual a você.

- Mas Kathy, você já é...vem aqui, vou te mostrar.

A menina se aproximou dela e Brennan a suspendeu colocando-a sentada na pia.

- Se olhe no espelho.

A menina obedeceu.

- Está vendo o seu rosto? É igual ao meu, seus olhos, seu nariz, exceto a boca. Seus lábios e seu sorriso é igual ao do seu pai que também é lindo mas você não precisa dizer isso a ele. Não podemos deixá-lo muito convencido.

Kathy riu.

- A cor da sua pele também é igual a minha, portanto não se preocupe, você será igual a mim.

Brennan desceu a filha da pia e prendeu os cabelos.

- Porém, Kathy, tem uma coisa que é mais importante que a beleza, a inteligência. Não adianta ser bonita e não saber conversar. Odeio gente burra. Por isso a senhorita deve estudar muito para ter uma profissão boa e ter independência.

- Que nem você?

- Sim...

- Então me ensina ciências?

- Claro amor, vamos.

Brennan passou a tarde estudando com a filha. Satisfeita pela esperteza da menina, ela fez um jantar especial para eles.


Uma semana depois...


Brennan estava de plantão no hospital e sairia ao meio-dia. Ainda eram 11h quando viu um furacãozinho entrar na sua sala correndo e a abraçando. Ela deu um beijo na filha e perguntou.

- O que você faz aqui Kathy?

- Papai me buscou na escola e eu quis vir aqui com você. Queria te mostrar meu boletim.

- Mesmo? Já saiu?

- Já sim! E quero que você veja minha nota de ciências.

A menina tinha um brilho nos olhos. Brennan pegou o boletim da mão da filha e viu qual fora o resultado. Dez. Suspirou orgulhosa. Abraçou a menina com força e tascou um beijo estalado na bochecha dela.

- Ah Kathy! Parabéns! Viu só Booth?

- Sim, meu orgulho estar cercado de mulheres inteligentes.

- Mammy eu posso ver os bebês?

- Ok, vou leva-la até o berçário. Depois vamos almoçar juntos, acho que você merece um sorvete hoje.

Brennan levou a filha ao berçário. Enquanto a menina admirava os bebês fazia perguntas e a mãe respondia a todas com toda a informação científica que podia. Ela via o interesse da Katherine pela sua profissão e isso só a estimulava ainda mais a dar todas as informações necessárias para a menina.

Um mês se passou e finalmente Angela e Wendell resolveram se casar. A cerimônia restrita e simples aconteceu numa capela pequena do Bronx em New York. De convidados, alguns amigos de Wendell de faculdade, outros amigos da Angela da galeria e alguns do hospital além da família Booth que era na verdade a família deles também.

A celebração foi rápida e logo seguiram para um coquetel na galeria de Angela. Katherine ficara linda de dama de honra. Todos comeram, beberam, dançaram. Brennan estava muito feliz em ver a alegria da amiga.

Mais tarde em casa, Booth já colocara Katherine para dormir e quando chegou ao quarto encontrou Brennan deitada na cama esperando por ele vestindo um babydoll branco que cobria apenas os seios fechado na frente apenas com um lacinho e uma calcinha minúscula.

- Hum, o que é isso?

- Pensei que como hoje era dia de festa, um casamento, podíamos relembrar a nossa lua de mel. O que acha?

- Acho que temos muito o que celebrar...

Ele sentou-se na cama e Brennan fez o mesmo. Booth aproximou-se dela e após acaricia-lhe os cabelos e coloca-los para trás da orelha, ele a puxou para si e beijou-a. Com uma das mãos, ele acariciava o abdômen dela tocando os seios até encontrar o lacinho da camisola. Desfez com facilidade. Em seguida, ele jogou a peça no chão, expondo a pele alva.

Brennan se ajoelhou na cama e sugou os lábios dele. O beijo era intenso. As línguas se tocavam numa dança que apenas excitava mais aos dois. Booth envolveu-a pela cintura e perdeu-se nos seios a sua frente. Ao sentir a língua dele sobre os mamilos dela, Brennan soltou um gemido gostoso. Jogou a cabeça para trás. Ele a provocava sugando um dos seios e colocando a mão sobre a calcinha dela apertando os dedos sobre o tecido.

Ela jogou o corpo todo para trás ficando arqueada na cama. Booth livrou-se do boxer que já o incomodava. O membro despontava ereto. Ele a trouxe novamente para seus braços e beijou-a mais uma vez.

Brennan sentou-se no membro a sua frente e segurando nos ombros dele, ela começou a se mover com ele. Primeiro lentamente. As mãos dele deslizando no corpo apertando, beliscando a pele e instigando ainda mais o desejo nela. O ritmo aumentou gradativamente e juntos eles desfrutaram de todo o prazer que os consumia.

O orgasmo a fez gritar e Booth tratou de calar-lhe com um beijo antes que ela pudesse acordar a filha. Exausta se deixou cair ao lado dele na cama. Esperou a respiração voltar ao normal para então voltar a falar.

- Você continua gostoso sabia?

- E quem disse que eu ia deixar de ser?

- Não sei, depois de anos de casada talvez perdesse a graça. Eu podia enjoar de você.

- Enjoar de mim? Impossível você é viciada nesse corpinho.

- Não mais que você é no meu.

- Porque você tem sempre que ser a certa e a melhor em tudo?

- Simplesmente porque eu sou! E foi por isso que você se apaixonou.

- Nem é verdade...

- E também porque sou eu que te excito...

- Não mesmo!

- Quer ver eu provar meu ponto?

Ela passou a mão pelo peito dele e apertou um mamilo. Em seguida, sugou-o com os lábios e mordiscou a pele. No mesmo instante, Booth gemeu e o membro já começara a dar sinais de excitação. Ela tornoua olhar para ele com um sorriso maroto.

- Viu como eu tenho razão?

- Golpe baixo , Temperance...

- Quer mais uma rodada?

- Safada! Você não presta! Fez isso só pra transar de novo!

- Transar não, fazer amor...e o que posso fazer se funciona toda vez?

Ele riu e deitou-se por cima dela. Começava mais uma brincadeira.


Três meses depois...


Brennan acabara de sair da Universidade de New York. Wendell tinha convidado a ela para dar uma palestra sobre o clinical Trial que realizavam juntos no hospital presbiteriano. Terminado o compromisso, ela tratou de correr para casa. Booth ia deixar a filha com ela enquanto cuidava de um caso pesado no FBI.

Ao chegar em casa, encontrou a menina já almoçando.

- Kathy, você nem me esperou!

- Estava com muita fome mammy... atchim!

- Oh, parece que alguém está querendo pegar um resfriado... vamos já dar um jeito nisso.

Brennan dirigiu-se a cozinha e preparou um suco de limão para elas. Além disso, fez uma mistura caseira que aprendera no hospital com Patricia, mel de abelha e gotinhas de limão, era ótimo para cortar resfriados. Sentando ao lado da filha, ela serviu o suco e colocou um pouco de salada em seu prato. A menina apresentava uma leve corisa.

- Ah, filha que hora pra ficar doente... o inverno ainda está intenso. Beba tudo.

A menina obedeceu e Brennan seguindo seus instintos de médica, sentiu a temperatura na testa da pequena. Sorriu, pelo menos ela não estava com febre. Assim que terminou de almoçar, Brennan disse a filha que fosse deitar um pouquinho enquanto ela arrumava a cozinha. Quando terminasse elas fariam o dever juntas.

Meia hora depois, Brennan entrou no quarto da filha e a encontrou cochilando com a TV ligada. Com pena, deixou-a dormir um pouco.

Por volta das cinco, elas já estavam sentadas na mesa e Katherine de banho tomado e após tomar o mel, preparava-se para fazer os deveres de casa. Booth chegou naquele momento e cumprimentou as duas com um beijo.

- Cedo em casa?

- Não tenho muito mais a fazer no caso agora, preciso dos resultados do laboratório. E vocês? Ainda fazendo tarefas? Sua professora resolveu implicar com você e mandar muitas coisas hoje?

- Eu dormi a tarde quase toda.

- Ela está no início de um resfriado, achei melhor deixá-la descansar. Está com fome? Tem um pouco de macarrão e salada na geladeira.

- Não, estou querendo mesmo um café...

- Mammy isso está certo?

- Deixa eu ver...Booth, você pode fazer o café pra gente?

- Estou aqui para servi-la, milady Temperance.

A filha achou graça no jeito do pai.

- Milady? O que é isso?

- É um cumprimento respeitoso que os cavaleiros usavam para dama a muitos séculos atrás, especialmente na Grã-Bretania.

- Mammy, tem algum assunto que você não conheça?

- A resposta é não! Sua mãe é uma espécie de enciclopédia ambulante... chega a ser irritante!

- Seu pai só fala isso porque é inferior intelectualmente em relação a mim...

- Temperance!

- E ele geralmente fica irritado quando digo isso mas seu pai tem muitas outras qualidades como ser carinhoso, forte, excelente atirador...

Booth revirava os olhos. Já terminara com o café e veio na direção das duas com as canecas para Brennan e ele. A menina sorria e voltou a atenção para o caderno pensativa. Depois de alguns minutos, ela decidiu tomar coragem e perguntar o que queria a mãe.

- Mammy, você e o papai fazem sexo?

Booth cuspiu o café longe. Brennan começou a rir.

- Filha onde você ouviu isso?

- Relaxa Booth... sim, nós fazemos sexo Katherine. Porque quer saber?

- Porque fazem? É bom?

- Tempe essa conversa não é apropriada e...

- Booth, quer deixar eu responder? Kathy fazemos sexo porque nos amamos, na verdade gostamos de dizer que fazemos amor, e sim, é muito bom. Sexo é uma das necessidades básicas do ser humano assim como comer só que isso só acontece mais tarde lá pelos 18 anos mais ou menos.

- 22, Tempe!

Ela repreendeu-o com o olhar.

- Não a nada de errado entre adultos praticarem sexo, principalmente quando são casados. Mas você não me disse porque está perguntando sobre isso...

- A Ashley comentou que os pais dela estão se separando e um dos motivos que o pai disse foi que ele não consegue nem mais fazer sexo com ela. Prefere a secretária.

Brennan riu e Booth continuava de olhos arregalados e totalmente sem graça.

- Bem, vai ver que no caso deles, não existe mais amor ou de repente a mãe de Ashley está feia ou gorda e isso não desperta mais a libido o que não faz ele ter vontade de transar com ela.

- Temperance! Olha as palavras que você está usando!

- O que é transar?

- Booth prefiro que ela aprenda comigo que na rua.

- É o ato de fazer sexo.

- Porque o papai está vermelho?

- Porque ele foi pego de surpresa pela sua pergunta e se sente um pouco envergonhado com essa conversa.

- Vocês fazem muito sexo?

- É natural que façamos porque nos amamos e somos casados. É uma forma de demonstrar o quanto nós gostamos um do outro. Quando você estiver mais velha, vai passar com isso e quando tiver dúvidas, eu estarei aqui para ajudá-la. Tudo bem?

- Sim, obrigada mammy.

- Por nada. Agora vamos nos concentrar na tarefa.

Booth estava surpreso. A forma como Brennan lidara com as perguntas difíceis de Katherine o fez amá-la ainda mais. O jeito direto e ao mesmo tempo meigo com a filha fez tudo parecer tão fácil. Ele jamais conseguiria fazer isso.

Mais tarde da noite, logo após Brennan colocar Katherine para dormir e medicá-la por causa da corisa, ela voltou ao quarto e se aconchegou ao peito dele. Começou a beijar cada pedacinho de pele ao seu alcance. Ela queria fazer amor. Buscou a boca dele e beijou-o sensualmente. Deitou-se sobre ele. Mordiscou a mandíbula e o pescoço mas Booth parecia estar em outro planeta.

- O que foi? Está preocupado com alguma coisa?

- Não...

- Então porque você não quer...

- Tempe, eu acabei de ver minha filha perguntar sobre sexo para você, acho que tenho o direito de não querer pensar a respeito disso agora não?

- Não vejo lógica nesse seu pensamento.

- Tempe, ao contrário de você, não sou uma pessoa tão evoluída e aberta quando o assunto é sexo. Acredite, invejo a maneira como você lidou com a situação. Você foi maravilhosa mas não estou a fim, ok? Você entende?

Ela suspirou. Deitou-se novamente no peito dele.

- Ok, vou respeitar isso.

Ela fechou os olhos e acariciou a pele do abdômen dele bem devagar com as pontas dos dedos e as unhas. Estava quase cochilando quando ouviu o gemido vindo do outro quarto. Levantou-se e encontrou a filha gemendo baixinho.

- Hey, o que foi princess?

- Minha cabeça dói muito e estou com frio mammy...

Brennan colocou a palma da mão na testa dela. Ardia em febre. Rapidamente, ela pegou o termômetro na gaveta e checou a temperatura. 39 graus. Levou-a para o chuveiro. Meia hora depois, ela estava deitada ao lado da filha com um edredon sobre elas e com Katherine devidamente medicada. A febre começava a ceder e a menina dormia mais tranqüila. Booth estava de pé ao lado da cama. Ele nem sequer percebera quando Brennan levantou para ver a filha. Achou que tinha se chateado com ele. Agora, ele a observava cuidar com zelo da filha.

- Hey, é melhor você vir pra cama... também precisa descansar,Tempe... ela já está melhor.

Brennan beijou a testa da filha e saiu devagarinho da cama. Ajeitou a coberta e o puxou pelo braço para deixarem o quarto. Quando deitou na cama, foi tomada por um beijo apaixonado de Booth. Inesperado e muito bom. Ao quebrar o beijo, sorriu.

- O que deu em você, amor?

- Amo esse seu jeito de cuidar da Kathy, amo sua preocupação...eu te amo demais sabia, Tempe?

- Eu sei...

- E você fica ainda mais sensual com o ar de preocupação...

Ele mordiscou o lóbulo da orelha dela e apertou um dos mamilos dela. Brennan gemeu.

- O que aconteceu com o “não estou a fim”, Booth?

- Você tem razão, sempre me convence a querer explorar esse seu corpinho...

Ela gargalhou e sorveu os lábios dele nos dela.


XXXXX



Era maio. Faziam exatos dez anos que eles se conheceram. Hoje era o primeiro jogo de Katherine na liga de basquete infantil feminina. No ginásio da escola, Temperance Brennan fazia o papel de mãe orgulhosa e Booth de treinador do time da filha. O jogo estava na metade e o time de Kathy vencia com vantagem. Ela não era a cestinha, sua filha era a armadora do time, mesma posição do pai quando jogava. Porém, nesse momento tudo o que Brennan queria era ver esse jogo acabar logo. Tinha combinado de deixar Katherine com Angela e Wendell que agora estavam esperando seu primeiro bebê, um menino. Ângela adorava ficar com Kathy especialmente quando era para dar um pouco de privacidade a sua amiga.

O jogo terminou com a vitória do time de Kathy o que fez Brennan vibrar e abraçar a filha com vontade. Beijou Booth e o cumprimentou como treinador. Em seguida, levaram a filha até a casa de Angela e seguiram para o apartamento deles no Soho. Apesar de terem condições de se mudarem para o Upper West Side, região privilegiada de NY, eles preferiam seu canto próximo a botiques badaladas e a tão adorada e frenquentada Dean & Deluca. Chegando em casa, Brennan foi logo se livrando das roupas ficando à vontade apenas de calcinha e soutian. Ela foi a geladeira e voltou com um espumante e duas taças.

- O que deu em você, mulher?

- Quero ficar a vontade para curtir nossa tarde à dois. Você deveria fazer o mesmo.

E rapidamente se livrou da camisa dele. Booth se encarregou da calça jeans ficando apenas de boxer.

- Agora está bem melhor.

Sorrindo, ela entregou a taça a ele. Sentou-se no colo dele e bateu a sua própria taça na dele brindando. Depois, beijou-o apaixonadamente. Adorava sugar aqueles lábios. Não se cansava de beijá-los mesmo após dez anos.

- I Love you...já disse isso hoje?

- Não Tempe, é sempre bom ouvir.

- Dez anos, Booth! Já passou tanto tempo assim? Parece que foi ontem que nos encontramos, que Kathy nasceu... é tudo tão louco!

- E bom não?

- Sim, muito bom...especialmente a parte em que eu posso abusar de você hoje o dia todo...

Ela voltou a beijá-lo após virar o resto da bebida na boca. Ele apertou a cintura dela e encaixou-a perfeitamente em seu corpo de forma a ter acesso para lhe dar prazer. E assim, ele o fez. Começou provando-a na sua área proibida e preferida para depois devorar boca, língua, pele, tudo que possui a sua disposição ali mesmo no sofá da sala. Viu-a sucumbir ao prazer e gozar em suas mãos.

Mas com Temperance Brennan, sempre havia espaço para mais. Fora a vez dela lhe dar prazer e assim que tomou-o na boca Booth quase explodiu. Ela abusava dele como ninguém e ele amava aquilo. Deixou o seu lado macho-alfa aflorar e tomou-a sem qualquer pudor penetrando-a com força. Fizeram sexo selvagem em plena sala e gozaram juntos pela segunda vez. Assim que recuperaram a respiração, ela o obrigou a irem para o quarto e fizeram amor pela terceira vez naquele dia. Dessa vez, algo mais sereno, mais delicado, algo bastante íntimo, só deles.

Booth murmurou um ILY depois do ato e acabou adormecendo. Brennan ficou deitada acariciando os cabelos dele. Estava muito feliz. Tinha tudo o que queria, um marido apaixonado, uma profissão que amava, uma filha linda. Temperance viu sua vida mudar em questão de segundos, hoje ela tinha tudo que lhe fora tirado a muito tempo atrás. Uma família.

Olhando mais uma vez para o homem ao seu lado, beijou-lhe o ombro e levantou-se rumo a cozinha. Quando voltou, escorou-se na porta do quarto e chamou por ele. Booth já estava desperto e bem aceso o que a agradava bastante. Essa era uma das partes que mais adorava em seu relacionamento. Sexo. O ato de fazer amor sempre que tinha vontade, onde e quando lhe desse na telha. Ele sorria para ela.

- Pensei que tinha fugido e me deixado sozinho...

- Não, apenas quis deixar você se recuperar um pouco, não é fácil agüentar esse vulcão que dorme a seu lado.

- Você é pouco modesta não?

Ela sorriu.

- O que você tem aí nas mãos?

Brennan fez uma carinha de safada e sentou-se na cama deixando à vista o pote de sorvete.

- De repente me deu uma vontade de comer sorvete de creme... quer um pouco, Booth?

- Oh, não! Temperance você sabe muito bem qual foi o resultado dessa brincadeira da última vez...

- E qual o problema? Pelo que me recordo você adorou...

Ela se chegou mais próxima a ele e deixou a colher sujar seus lábios. Com a língua, lambeu e provocou com o sorvete sorvendo os lábios de Booth num beijo intenso. Ele a puxou para senta-la em sua cintura e suspirou.

- Deus, como eu te amo sua maluca!

- Eu sei...

E derramando uma colher do sorvete no peito dele, Brennan passou a saborea-lo mais uma vez. A noite estava apenas começando para aquele eterno casal de namorados em New York City.



THE END


Deixo por conta da imaginação de vocês, ok? Kkkk - amei demais escrever essa história! Esse final dedico a minhas maluquinhas preferidas que fizeram do sorvete de creme um perigo e uma marca minha :)


Pra vcs : Lu, Carol, Nina e Fany! Amo vcs! E juízo.....hahahaha

9 comentários:

Marlene Brandão disse...

amei ficou linda flor!!!!!!!!!!!!
e deixando claro que minha imaginação é muuito fertil kkkkk
esperando por outras sei que valera muuuuuuuuuuito apena ler...
bjones bye bye s2

Ana Luiza disse...

ADOREI !!
não vou ter problemas com minha imaginação ....
vc esta de parabéns por sua linda história :)

Adriana disse...

eu ADOREI essa sua fic,
aliás, adoro todas!! ^^

Parabéns, ficou muito boa!

Adriana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
mika disse...

Simplesmente perfeita, muito linda amei de verdade, esperando anciosa pela proxima!!bjones

Unknown disse...

Ficou linda *---* Com relação a minha imaginação ela é muito fértil rsrsrsrsrs...
Depois dessa fic nunca mais comi sorvete de creme de forma "inocente" sempre lembro da Bren e suas loucuras kkkk
Até a próxima fic ^^

Eliane Lucélia disse...

Olá, demorei mas apareci por aqui, vamos lá, chega ao fim uma excelente fic, uma história envolvente, com personagens incríveis, o que falar do personagem Booth? uma pessoa destemida, acostumado a ambientes de guerra, mas com um coração do tamanho do mundo, um homem másculo e, sensível ao mesmo tempo, gentil que esteve disposto do começo ao fim, a ensinar a mulher brilhante, que tomou conta do seu coração, as coisas simples da vida, Brennan, virou outra Brennan, não que ela tenha mudado, muitas vezes eu disse aqui que ela mudou, acho que eu estava errada, ela não mudou, ela apenas acrescentou algumas coisas à sua vida, não tirou nada, com Booth Brennan aprendeu o que é ser e ter família,com Booth ela aprendeu que um relacionamento vai muito além de sexo e, por falar em sexo,forão tantas cenas picantes, fomos do sorvete de creme ao chantilly,ingredientes que entraram para história, principalmente o sorvete, nunca mais olharemos para um pote de sorvete de creme com os mesmos olhos. Angela, o que falar dela? uma personagem fundamental para Brennan, é a melhor amiga, a irmã, a única família que Brenn tinha antes de conhecer Booth, uma mulher decidida que, as vezes quando foi preciso mais teimosa que a amiga e a mulher que conquistou o coração do gentil, brilhante e, não menos teimoso e gostoso, Wendell.
Essa fic, trouxe a nós leitoras uma mistura de sentimento incríveis, lágrimas em alguns capítulos e vontade de enforcar a escritora em outros ou vontade de entrar no meio da estória e dar uns socos em um personagem, mas tbm houve momentos de total surpresa, em que todos esperavam uma cena e veio outra e, isso é muito bom, a escritora marcou um golaço de placa, todos os leitoras gosta de prever o capítulo seguinte, ele já lê uma cena mentalizando o que vem a seguir, é muito bom quando o autor nos surpreende com uma cena melhor do que a que nós imaginávamos,sei que vc sabe do que estou falando, vc é além de uma excelente escritora uma grande leitora, enfim, a fic não poderia ter um fim melhor, sorvete de creme fica bom em qualquer momento. um grande bjo desta tua fã, que tem muito orgulho de vc e, tenho certeza que virão fics ainda melhores.

Julia Blaustein disse...

Meus parabéns! Todos esses meses acompanhando essa fic realmente valeram a pena, tudo o que passaram, como ele mudou a vida da Bren, Kathy, tudo perfeitamente lindo, às vezes quando lia ria a toa, chorava, ficava ansiosa, porque a história que você criou foi realmente perfeita, o que eu espero ver acontecendo na série com ED e DB atuando hahahahaha a minha parte favorita desse cap foi quando a Kat perguntou sobre sexo, já imaginava que ela fosse fazer algo relacionado a isso, mas como disse a naturalidade da Bren foi cômica, imagino como seria se as pessoas fossem assim, eu provavelmente serei assim, com os mitos e estudos, e talvez até sexo KKKKKKKKKKKK Uma futura Bren, até porque não acredito em várias coisas como ela... Mas enfim, PARABÉNS pela conclusão de mais uma Fic, excelente como todas as suas histórias.
Julia Blaustein

Bya disse...

"Oi Karen...Nossa que lindo, linda história, lindo tudo. Nunca tinha lido coisas tão belas, faz algum tempo que tive o prilégio de me deliciar com suas fic's que descobrir por um acaso ou obra do destino... simplesmente me apoixonei, amei tudo o que li até agora, mas essa estória pra mim é a melhor de todas, carregada de emoção e cheias de surpresas e eu amo essa Musica do Stevie Wonder, não podia ser melhor. E eu amo, adoro de paixão B&B-D&E... Obrigada por me proporcionar mais esse tempinho com eles!! E parabéns vc é ótima..."