domingo, 23 de junho de 2013

[Castle Fic] Searching for the Meaning of "Us" - Cap.3


Nota da Autora: Acho dessa vez, vocês vão adiar minha morte...kkkk... enjoy! 

Atenção: NC-17... 


Cap.3           


- Castle, o que faz aqui?

Ele abre os olhos e vê o rosto que tanto aparecera em seus sonhos. Estava mais magra, as olheiras negras abaixo dos olhos revelavam o quanto parecia cansada. Castle ergueu-se do chão com certa dificuldade, estava naquela posição a algumas horas. Kate o observava perplexa pelo que via a sua frente. Ela não se preparara para esse momento, esse reencontro.

De pé, ele a olhava intensamente, como sentira falta de olhar para aquele rosto!

Ele não falava nada. Um silêncio incômodo instalou-se diante deles. Nem um dos dois certos de quem deveria dar o próximo passo. Kate pegou a chave do apartamento e com as mãos tremulas, abriu a porta.

Ao entrarem Kate jogou suas coisas sobre o sofá e se colocou de frente para Castle. Ela sentiu as lágrimas subindo fazendo os seus olhos arderem. O autocontrole começava a traí-la talvez pela proximidade dele. Criando coragem, ela tornou a perguntar.

- Você não me respondeu. O que faz aqui,Castle?

Ele suspirou e passou a mão nos cabelos. Chegara ate ali por um único motivo: seu amor por Kate. Precisava falar.

- Eu ... Eu vim aqui porque não gosto da mentira que dissemos, não gosto dos pretextos, das ilusões criadas. Eu sou a favor da verdade, encara-la e mudar o que precisa ser mudado.

- Verdade? Do que está falando? Por acaso você bebeu antes de se postar em minha porta? – ao ver o olhar intenso e sincero dele, ela se arrependeu do tom que usara – fale, Castle... afinal você veio aqui por um motivo. Que verdade é essa?

- Da nossa verdade, Kate. Em meio às dificuldades, nos esquecemos do que é importante. A verdade é que nem você nem eu sabemos lidar com um relacionamento sério, teremos que aprender. Fomos injustos um com o outro e deixamos nossos medos, nossas frustrações e nossas prioridades falarem mais alto. Entramos numa briga de egos onde qualquer argumento era maior que o amor. E em nome dele que eu vim até aqui - ele se aproximou um pouco mais dela - você me disse "sim" mas veio a Washington, eu a chamei de egoísta. Retiro o que disse naquele momento. Fui vítima da raiva ao ouvir você falar que queria o emprego porque me lembrei da entrevista e a explosão aconteceu. Fiquei cego e esqueci o mais importante. Entender que estar com você, vê-la brilhar e ser extraordinária era tudo o que bastava.

Ele suspirou e tomou fôlego para continuar. Ainda não dissera tudo o queria quando decidiu pegar a estrada e vir procura-la. Percebeu que ela estava tensa, nervosa, mordia os lábios um sinal típico de insegurança e medo de Kate Beckett.

- Este sou eu, Rick Castle, dizendo "sim" a nós dois. Eu escolho "nós".  Porque eu te amo, porque eu quero estar ao seu lado, aprender ao seu lado. Porque estar longe de você e algo que não posso suportar. Cresceremos juntos, discutiremos e brigaremos algumas vezes mas tomaremos as decisões juntos - ele tirou o anel do bolso - preciso repetir o gesto e dessa vez aceito apenas uma resposta.

Ele tomou a mão dela na sua e fitou-a longamente antes de perguntar.

- Katherine Houghton Beckett, você quer se casar comigo?

- Sim,  oh Deus...sim!

Ela não conseguiu segurar as lágrimas. Castle colocava o anel no dedo dela e beijou-lhe a mão. Viu o sorriso estonteante que amava surgir no rosto cansado em meio à lágrimas. Castle a puxou para si e apreciou a forma como os lábios dela esmagaram os seus em um beijo apaixonado. As mãos dele deslizavam pelas costas e se infiltravam nos cabelos sem ceder ao enlace de línguas e lábios.

Kate quebrou o beijo e o abraçou fortemente. Beijou o pescoço dele e começou a falar sem interrupção com os braços envoltos nele.

- Eu tive tanto medo de nunca mais te ver, senti saudades, queria dizer o quanto eu sinto muito, errei, como te machuquei... essas duas semanas longe de você foram muito difíceis. Você não saiu do meu pensamento e isso apenas me consumiu. Eu te amo tanto...

- Tudo bem, estou aqui - ele enxugou as lágrimas que marcavam o rosto dela - iremos recomeçar.

Ela tomou o rosto dele nas mãos e beijou-o rapidamente. As mãos deslizaram para a camisa e desabotoaram deixando as mãos invadirem o peito dele. Castle pode ver o desejo formando-se no olhar dela apesar do cansaço.

- Você está pálida, abatida.

- Não tem sido fácil,muita pressão... você também parece mais magro. Vem, vamos para o quarto – ela o conduziu até o quarto – é um apartamento pequeno, menor que o de New York mas estou me acostumando.

A cama estava arrumada com o edredom e os travesseiros. Castle percebeu também a pequena prateleira na parede oposta do quarto, nela seus livros. Kate puxou-o em direção a cama e então pela primeira vez desde que o vira sentado à sua porta, ela sentiu o desejo aflorar pelos poros, sabia exatamente o que precisava e queria agora.

- Eu quero você, Castle. Quero tanto você... Faça amor comigo.

E ele surpreendeu-se ao vê-la se jogar sobre ele como um faminto a um prato de comida.

No fundo, a distância entre eles,mesmo que por pouco tempo, gerou em Kate uma necessidade quase básica. Um desejo incontrolável de recuperar algo que supunha ter perdido. Queria sentir tudo novamente, pele, gosto, cheiro como se fosse a primeira vez. Cada mínimo detalhe importava. A sensação de Kate era de alguém que estava no deserto há anos e finalmente encontrou uma nascente.

A camisa dele foi ao chão. Kate livrou-se da própria blusa e já ia tirar a calça quando Castle a impediu. Beijando-a mais uma vez, ele passou as mãos na cintura dela e desfez o fecho da calça. Calmamente, fez a peça deslizar pelas longas pernas dela aproveitando para toca-la. Depois retirou a sua ficando de boxer. Estando apenas de lingerie, ela observava o homem a sua frente, não pode deixar de sorrir entrelaçou os dedos aos dele e deitou-se na cama levando-o consigo.

O peso do corpo dele sobre o seu era algo tão simples porém tão especial nesse momento. Kate buscou os lábios dele ao sentir as mãos acariciarem sua lateral em busca dos seios. Perdendo-se no interior da boca já conhecida, Castle tirou um pouco do peso dela e encontrou o espaço para toca-la em um dos pontos que sabia ser o fraco de Kate. Apertou-lhe os seios sobre o tecido e desviou seus lábios para o pescoço e colo dela. Ele não tinha pressa, queria matar a saudade da pele e do cheiro dela.

Castle apoiou-se na cama e a puxou consigo colocando-a sentada na cama. Abriu o soutian e jogou-o longe.  Uma das mãos acariciava-lhe as costas buscando os cabelos dela. A outra mão acariciava-lhe o seio brincando com o mamilo entre seus dedos. Segurando em sua nuca, ele a puxou em um beijo mais urgente. Kate mordiscou os lábios dele, o queixo. Castle segurou-a novamente pela lateral do corpo e deitou-a na cama com um único alvo. Os lábios foram explorar a região dos seios. A língua provou o contorno de um dos seios para logo em seguida abocanha-lo. Kate arqueou as costas, gemendo em resposta. Com dedicação, Castle explorava o outro seio. Sugando, lambendo e mordiscando de leve a pele. Os lábios seguiram pelo abdômen provando cada centímetro da pele quente. Kate contorcia-se oferecendo cada pedaço de si a ele. Abriu as pernas dela e beijou seu centro sobre o tecido da calcinha. Lentamente, Castle a levava à loucura.

Após retirar a calcinha, ele não fez o que certamente Kate ansiava desde o momento que o puxara para cama. Castle beijava e cheirava a pele do interior das coxas enquanto deslizava dois dedos para dentro dela. Ouviu claramente quando chamou por ele.

- Oh Castle... assim...assim...

Kate se agarrava aos lençóis pois sabia do que Castle era capaz. Estava prestes a experimentar novamente um prazer maravilhoso. E não foi diferente do que ela imaginara. Castle a provocou com os dedos e com a língua que massageava o clitóris habilmente. Ele a provou com vontade vendo aos poucos Kate se entregar ao orgasmo que tomava seu corpo. Ele ergueu-se para observa-la nesse instante de prazer mantendo os dedos sob o clitóris massageando-o.

Segurando os lençóis, ela arqueava o corpo sentindo as ondas a tomarem. A pele vermelha e os poros expostos ao prazer, arrepiada ele pode notar. Ficava ainda mais linda após os efeitos de um orgasmo. Enquanto a observava, ele livrou-se do boxer deixando a ereção pronta despontar livre. Recuperando um pouco do fôlego, ela pediu.

- Castle, por favor...

Ele sorriu ao vê-la abrir os olhos e fita-lo. Desejo puro era o que dominava o olhar dela fazendo clarear a cor deles. Ele acariciava as pernas dela fazendo-a manter o olhar fixo ao dele e de surpresa, ele a penetrou.       

A sensação de tê-lo dentro de si foi como voltar pra casa. Plenitude, reencontro de almas, de amantes. Castle começou a mover-se com ritmo compassado. Kate mantinha o contato através do olhar com ele. As mãos acariciavam o estomago e subiam até os seios dela. Kate segurou o rosto dele trazendo para seus lábios selando um beijo que se confundia, se encaixava no ritmo dos movimentos. Desviando do beijo dela, ele perdeu-se sugando o seio a sua frente, proporcionando um estímulo de prazer que refletiu diretamente em seu centro incentivando os movimentos pressionando o membro dele. Isso deixou Castle ainda mais excitado e aumentou a força de seus movimentos, instigando. Ela fechou os olhos por fim ao sentir o desejo falar mais alto, começava a experimentar as sensações de tremor que antecediam o orgasmo. Castle não parou de investir dentro dela, mordiscou os lábios e o queixo dela. Com uma nova estocada, ela sentiu o prazer domina-la e gemeu esperando toda e qualquer sensação se espalhar pelo corpo inteiro.

Ele continuava provocando e se movendo dentro dela, queria vê-la gozar, gemer e se satisfazer. Nunca se cansaria de vê-la assim, linda e rosada com os efeitos do prazer. Kate arqueou o corpo e entre gemidos se entregou totalmente. Castle suspendeu-a e trocaram de posição. Kate ainda sob efeito do prazer deixou-se levar por Castle que se colocou escorado na costa da cama enquanto Kate estava se apoiando nos ombros dele. Puxou-a para si e mordiscou o pescoço fazendo-a jogar a cabeça para trás. Ele sabia que estava quase no limite mas ainda queria mais.

Segurando em seus ombros, Kate remexia-se sentindo-o dentro de si. Castle com as mãos na cintura dela aumentou o ritmo fazendo-a se segurar colocando os braços ao redor dele. Ela encontrou a orelha dele lambendo e mordendo mas quando sentiu a pressão e o principio de um novo orgasmo acontecer, ela cravou as unhas nas costas dele e deixou-o aperta-la contra o próprio corpo. Não conseguindo mais segurar, ele gozou junto com ela. O grito que escapou da boca de Kate foi mais alto do que ela pretendia, tudo culpa do prazer que recebera.

- Castle....Oh meu Deus....

Ainda movendo-se dentro dela, ele a segurava com carinho. Kate encostou a cabeça no ombro dele sentindo o corpo tremer e o coração palpitar junto ao dele. Devagar, Castle escorregou com ela de volta ao colchão. Enroscada em seus braços, a única coisa que ela pensava era saber que enfim poderia acalmar seu coração. Castle estava com ela e isso bastava.

Mais calma, Kate esfregava-se no corpo dele e beijava-lhe o peito. A mão posava sobre um dos ombros e ela podia ver o anel. Ele afagava os cabelos dela como sempre gostava de fazer após o ato. Kate esticou a cabeça buscando os lábios dele. Depois de um beijo preguiçoso, ela saiu de cima dele e vagarosamente deixou a cama.

- Onde você vai? – ele perguntou.  

- Tomar um banho. Você pode se juntar a mim se quiser. Pelo menos tenho uma banheira onde podemos relaxar. Acredito que ambos estamos precisando não?  

Kate foi na frente e colocou a banheira para encher, enquanto esperava prendia os cabelos. Em seguida, derramou a espuma na água e o viu entrando no banheiro. Satisfeita, fez sinal para ele acompanha-la. Kate suspirou ao sentir a água quente na pele. Porém, o contato com a pele dele foi o que a fez gemer. Castle a envolveu em seus braços e beijou-lhe o ombro. Ao deslizar as mãos nos ombros dela, sentiu apesar do sexo, ela ainda parecia um pouco tensa.

- Seus músculos estão duros, é muita tensão Kate – rapidamente ele começa a massagea-la. Kate se recostou no corpo dele e fechou os olhos. Queria apreciar o momento.

- Vai desaparecer agora, eu sei.

Castle beijou os ombros e carinhosamente começou uma massagem para aliviar o resto da tensão que teimava em ficar no corpo dela. Deixou as mãos descerem em busca dos seios e acariciou-os vagarosamente.

- E como você está, Castle? Sua aparência também não é das melhores.

- Verdade, não vou esconder de você o que senti. Fiquei um caco. Quando você me deixou naquele escritório, fiquei sem chão. Demorei demais para que entendesse aquele momento como nossa despedida. Não tinha ânimo para nada. Abandonei a escrita, senti que estava meio sem rumo. Não comia e apenas a bebida e o café me acompanhavam. Um dia os rapazes bateram a minha porta. Queriam saber como eu estava, acredito ter sido logo após a sua partida. Eles me obrigaram a acordar para a vida. Foram verdadeiros amigos, não eles foram irmãos. Ryan me disse algumas coisas importantes mas eu preferi ignora-las por estar muito magoado.

Ao ouvir a palavra magoado, ela se virou para ele com um olhar de sinceridade genuíno para dizer “sinto muito”. Deu um selinho nele e voltou a encostar o corpo nele.

- Eles me levaram para o distrito, disseram querer minha ajuda no caso que trabalhavam. No fim, tudo o que queriam era me agradar, ter certeza de que eu ficaria bem, tentavam me animar. Minha ida ao distrito apenas me fez recordar você em cada canto. Fui esmagado pelas lembranças dos nossos momentos juntos. As dificuldades e as alegrias. Aquilo me quebrou ainda mais. Então entendi que nunca mais poderia pisar naquele lugar. O 12th saíra da minha vida assim como você. A realidade dessa descoberta me fez querer sair correndo dali. E a pessoa da qual eu menos esperava qualquer apoio, me surpreendeu.

- Como assim?

Castle espremeu um pouco de sabonete liquido e começou a esfregar a pele dela aproveitando para distribuir caricias.

- Gates. Ela fez questão de falar comigo e disse que eu sempre seria bem-vindo no 12th. Claro, me surpreendi porém não foi apenas isso. Ela me falou de você. Disse como você estava. Talvez ela tenha sido a primeira pessoa a começar a curar minha cegueira. Me fez refletir sobre tudo novamente. Minha mãe também foi parte importante. Martha Rodgers, às vezes, sabe exatamente o que dizer.

- Ela é sua mãe, apesar de tudo ela te conhece. Toda a mãe sabe.

- Tem razão. Agora por conta de tudo o que te contei, estou encrencado. Literalmente em apuros com o meu livro. Sem ânimo e imaginação, acabei por não obedecer meu deadline. Como poderia escrever sobre Nikki Heat se aquela que era minha inspiração passara a ser o meu desafeto? Nem sei quantos telefonemas não atendi da editora.

- Castle você não pode abandonar o seu livro, não pode arriscar sua carreira, sua fama. Precisa informar a sua editora que teve problemas, não quero que você seja prejudicado. O que você vai fazer?     

 - Agora que recuperei a minha musa, eu vou poder escrever novamente. Vou me dedicar a dar um final digno dos livros de Nikki. Terei que ligar para eles, ouvir muitas reclamações e broncas mas negociarei um novo prazo.

- Quando pretende fazer isso? – ela virou-se para ele e beijando-lhe o pescoço deixou as mãos sobre o peito dele.

- A partir de amanhã.

- Estou começando a ficar com frio. E minha pele já está enrugada. Sinal de que é hora de sair dessa banheira. Vou tomar uma ducha – ela se levantou e sentiu o corpo arrepiar com o choque de temperatura, seguiu para o chuveiro e acabou lembrando-se de algo – você tem mais roupas ou veio somente com a do corpo?

- Não, vim prevenido. Tenho uma mala no carro. Terei que me vestir com a mesma roupa para descer, claro.

- Eu não vi nenhuma Ferrari estacionada aí na frente, Castle.

- Eu não vim de Ferrari. Aluguei um carro. Você sabe, para o caso de dar tudo errado ou mesmo você suspeitar de algo. Quis vir no anonimato.

- Entendi, você tinha medo da minha reação.

- Não, tinha medo da minha, caso você não aceitasse, não sabia seu nível de mágoa. Nunca duvidei do seu amor.     

Ela estendeu uma toalha para ele. Castle enxugou parcialmente a água do corpo e assim que Kate saiu do chuveiro. Foi a vez dele mas antes ela sorriu e beijou-o mais uma vez.

- Você estava certo. Eu não sabia qual seria minha reação ao te encontrar outra vez. Fico feliz que tenha insistido.

Castle se enfiou debaixo do chuveiro e sentiu a água quente deslizar pelos ombros e costas. A sensação era bem gostosa. Alívio. Depois de tudo o que passara, era alívio que sentia por estar novamente com ela. Ficou uns dez minutos sentindo a água escorrer pelo seu corpo. Desligou a torneira e voltou a enxugar o corpo para então envolvê-lo  com a toalha. Ao sair do banheiro, viu que Kate não estava no quarto. Pegou suas roupas e já vestido deixou o quarto. Encontrou-a na pequena cozinha americana checando a geladeira. Vestia a calça do pijama e um moleton.

- Está com fome? Você me fez estragar meu café e meu jantar está frio. Mas te perdoo porque foi por uma excelente causa. Só que preciso comer e acredito que você também está com fome. Não tenho nada para preparar.

- Vou buscar minhas roupas. Se quiser posso sair para comprar algo.

- Nesse frio? Não! Posso pedir para entregar, algum problema em comer um hambúrguer? Ainda não conheço bem as coisas por aqui e essa lanchonete foi a única que experimentei.

- Hambúrguer está ótimo. Volto já.

Ele retornou vinte minutos depois com uma mala grande, uma mochila. Entrou de costas no apartamento puxando as coisas e Kate se espantou com a demora.

- Porque demorou tanto, Castle? E nossa, você realmente veio preparado para ficar – ele virou-se para ela e estendeu dois copos de café da Starbucks. Ao ver o gesto, ela sorriu. Pegou o café e sorveu o primeiro gole. A bebida esquentou-lhe o corpo.

- Nosso lanche já deve estar chegando.

E ela não se enganara. Cinco minutos depois, a campainha tocava. Castle ajudara a colocar a mesa para sentarem e saborearem a refeição simples. Mesa era modo de dizer, eles comeriam no balcão da cozinha americana mesmo. Podiam até comer pão com ovo que ele estaria igualmente feliz apenas pela companhia dela. Apesar de já terem bebido café, Kate entregara a ele uma garrafa de cerveja do pacote de seis que pedira junto com o lanche. Sentaram-se nos bancos um ao lado do outro por fim e começaram a comer. Castle abriu a cerveja e ergueu a garrafa para ela a fim de brindarem, ela repetiu o gesto dele e beberam juntos. Ele queria saber sobre a vida dela, era sua vez de falar.

- E você, Kate? Como Washington vem te tratando nesses primeiros dias?

- Como pode ver, ainda não me sinto em casa – ela apontava a cabeça para as caixas fechadas no canto da sala – nem sei se algum dia me sentirei em casa aqui. Não tinha vontade de arrumar tudo, minha mente estava tão cheia de pensamentos e inquietudes que a última coisa que pensei foi em transformar esse apartamento em um lar. Washington é uma cidade estranha, fria. E não apenas literalmente pelo inverno. Falta o brilho e a alegria da agitação das ruas de New York. E tudo somente piorava por conta da solidão.

Ela suspirou e bebeu mais um pouco da cerveja. Levantou-se e foi até a geladeira pegar mais para eles. Estendeu a garrafa para Castle e voltou a falar.

- Acho que nunca havia me sentido tão sozinha. Me acostumei tanto a ter você ao meu lado que tudo era estranho. Eu enfrento ou enfrentava cada dia ocupando minha mente ao máximo para que não pensasse em você. Era quase uma missão impossível. Você parece me perseguir seja em ideias, em lembranças ou pelo simples fato de ter minha cama vazia. Doeu voltar ao 12th para me despedir de Kevin e Javi.   

- Consigo compreender tudo. Mas e o novo trabalho? Como está se sentindo a mais nova agente do FBI?

- Não sou agente ainda. Somente após concluir o treinamento em Quântico. Posso dizer que é bem puxado. Claro que minha experiência na NYPD ajuda em relação àqueles que estão passando por isso pela primeira vez. Tudo é muito diferente. O treinamento é intenso, física e psicologicamente falando. Provas práticas, casos teóricos, análises de cenas do crime. Às vezes passo doze, quatorze horas na Academia, pesquisando sobre casos antigos, leis. O clima entre os futuros agentes é extremamente competitivo. A impressão que tenho é que todos querem mostrar serviço, cumprir metas, fazer números. Não sinto um espírito de equipe ali. Isso me incomoda.

- Talvez seja exatamente como você disse, a maioria deles não tem a sua experiência, são aspirantes. Saíram da faculdade e quiseram ingressar no FBI. Querer mostrar que são capazes. Você não precisa disso, já mostrou quem é. Por isso recebeu um convite para assumir. Quando termina o treinamento?

- Daqui a três semanas. Então começo a investigar já como agente.

- Agente Kate Beckett. Gosto do som disso – ele se inclinou na direção dela e a beijou – vou trocar de roupa para deitarmos. Já percebi que você terá um dia bem agitado pela frente. E Kate, você sabe que é boa no que faz, excelente na verdade. Sua experiência e sua própria vivência a faz melhor. Sei que vai brilhar, Kate. Provará que não erraram ao te escolherem.

- Porque você sempre sabe o que dizer?

- Porque é isso que faço, sou escritor esqueceu? Palavras são minhas ferramentas – beijou-lhe a testa e levou a mala para o quarto.

Meia hora depois, eles estavam deitados na cama. Ela estava abraçada a ele. Kate tinha os olhos fechados. Um pequeno sorriso se formava no canto dos seus lábios. O peso dos ombros sumira, a dor que a visitava todas as noites apertando o coração e a fazendo chorar não adentrara seu quarto. Ela sentia-se leve e mais forte finalmente. Estava feliz.

Na manhã seguinte, ela acordou bem cedo e deixou a cama com cuidado para não acorda-lo. Claro que Castle percebeu o momento que ela levantara pelo vazio e o frio que tomavam conta da cama. Viu quando Kate seguiu parcialmente vestida para a sala. Decidiu que era a hora de levantar para tomar o café da manhã com ela. Afinal, estava ali para apoia-la também.

Foi ao banheiro, escovou os dentes e lavou o rosto. Ao chegar na cozinha viu que ela estava preparando o café. O cheiro era delicioso. As fatias de pão pularam da torradeira.

- Bom dia...

- Já de pé? Devia ficar dormindo Castle. Tive o cuidado de não te acordar.

- E você acha que eu ia deixar você tomar o seu café sozinha, no meu primeiro dia aqui? Como poderia te desejar um bom dia de trabalho? Que tal uma boa omelete?

- Adoraria mas não tenho ovos. Hoje será apenas café e pão torrado. Vou passar no supermercado depois do treinamento.

- Agora entendo porque você está tão magra. Não se preocupe, eu compro algumas coisas.

- Vem, sente-se – ela passava manteiga no pão torrado, colocou mais duas fatias para esquentar – aqui coma seus pães. E – colocou a frente dele uma caneca fumegando – seu café. Estou fazendo outra caneca pra mim.

Sentou-se ao lado dele com a caneca de café e mordiscou o pão. Ele a observava comer enquanto bebericava o seu café. Era bom ver Kate mais serena. Havia olheiras marcando seus olhos, o que era natural diante da maratona que ela vinha enfrentando porém ele pode perceber uma quietude no olhar dela. Suspirou em resposta. Terminada a refeição, ela se levantou e disse que ia terminar de se arrumar. Castle tratou de limpar a cozinha. Voltando para o quarto, ele a viu fazendo a maquiagem na frente do espelho. Percebeu que ela usava a pulseira que dera de presente do dia dos namorados para ela junto ao relógio do pai. Ela estava usando ontem? Não se lembrava.

- Não tem problema se eu me instalar por aqui, tem? Prometo não roubar seu espaço no armário. E quando for escrever posso fazer isso no balcão da cozinha ou no sofá.

- Mi casa es su casa. Pode colocar algumas roupas na gaveta da cômoda. Sua gaveta pode ser a primeira da esquerda.

- Ótimo.

Ela virou-se para ele. Maquiada e com os cabelos penteados, ela estava pronta para sair. Vestida ao melhor estilo Kate Beckett. Castle pode sentir o cheiro tão familiar de cerejas. Foi atrás dela, viu-a pegando o casaco e a bolsa que deixara sobre o sofá.

- Vem cá... – ele pediu – deixa eu te desejar um bom dia de trabalho.

Ela se aproximou dele. Castle a envolveu pela cintura e deixou o nariz roçar no pescoço dela para apreciar o cheiro delicioso e característico dela pela manhã. Acariciando o rosto dela, ele beijou-a suavemente nos lábios.

- Tenha um bom dia e não duvide de seu talento. Eu estarei aqui, te esperando para saber o que aconteceu.

- Obrigada, Castle. Se cuida – jogou um beijo para ele pelo ar.

- Love you...

- Love you too, Cas. E saiu sorrindo.

Ainda com um sorriso bobo no rosto, Castle voltou para o quarto. Ia descansar só mais um pouco antes de iniciar seu dia. Ele se designara uma missão para aquele dia e cumpriria tudo. Passou a manhã arrumando as suas roupas no armário, os objetos de higiene pessoal no banheiro, sapatos, gravata. Aos poucos, o apartamento tomava forma de um lar de um casal. Arrumou a cama, foi para sala e começou a mexer nas caixas fechadas.

Três horas depois, ele estava satisfeito com o que fizera. Resolveu ir ao supermercado como prometera a ela. Castle comeu pela rua mesmo e abasteceu a geladeira com guloseimas que tanto ela como ele gostava além de comidas e frutas. Comprara vinho e cerveja afinal é sempre bom estar preparado. Sabendo que Kate deveria chegar por volta das seis horas se não esticasse seu turno na biblioteca, ele decidiu tomar um banho para poder preparar o jantar e esperar por ela.

Já passava das seis e ele colocara uma garrafa de vinho tinto e outra de branco para gelar. Cortara temperos como alho, cebola, bacon e manjericão para preparar um molho gostoso à base de gorgonzola para o jantar. Escolhera fazer uma macarronada que além de rápida, era sua especialidade. Jogou os temperos na panela e refogou-os com bastante azeite antes de acrescentar o gorgonzola e um pouco de leite. Ao ferver, o cheiro invadiu a sala do apartamento. Ele tinha certeza que ela aprovaria. Deixou outra panela a postos para cozinhar a massa, porém faria isso apenas depois que ela chegasse. Tendo a situação sob controle, ele sentou-se no sofá para espera-la.                   

Hoje tratava de agrada-la, amanhã ele iria cuidar do seu problema. Seu livro.

Ouviu a chave girar na fechadura, checou o relógio. Sete horas. Kate entrou e viu Castle sentado no sofá. Ela sorriu.

- Oi... estou feliz de voltar para casa hoje.

Então, ela reparou nas mudanças. As caixas haviam sumido da sala, viu objetos de decoração dela espalhados pelo ambiente. Flores em um vaso sobre uma pequena mesa de centro. Sentiu o aroma de comida no ar. Estava tudo tão arrumado.

- Castle, o que você andou aprontando?

- Nada. Apenas arrumei a casa.

Ela seguiu para o quarto e novamente se viu surpresa. A cama arrumada, mais flores na cabeceira. A mala dele estava em um canto não atrapalhando a decoração. No banheiro pode ver algumas coisas dele. Curiosa, dirigiu-se até a cômoda e abriu a gaveta que liberara para ele. As roupas, meias e cuecas cuidadosamente arrumadas. Sorriu.

Agora tudo parecia real. Ela e Castle estavam noivos e morando juntos. Não podia ficar melhor do que isso, podia? Ao voltar para a sala a fim de agradecer e enche-lo de beijinhos, ela encontra Castle à beira do fogão mexendo em uma panela. O cheiro delicioso de queijo e bacon a faz salivar. Percebendo que ela voltara, ele vira-se reduzindo o fogo já caminhando em direção à geladeira.

- Você prefere vinho branco ou tinto, Kate? Estou terminando nosso jantar. Fettucine ao molho de gorgonzola. Uma das minhas especialidades.

- Castle, você não precisava fazer isso.

- Eu sei. Apenas achei que seria bom dar uma ajeitada na casa e preparar nosso primeiro jantar juntos oficialmente. Parece que estamos morando juntos, afinal. Acho que o branco cai melhor.

Ele serviu a ambos de vinho e Kate se aproximou dele para ver de perto o que ele estava fazendo. Tomou o primeiro gole da bebida e aprovou. Deliciosa. Ele estava concentrado tomando conta da panela, mexendo o molho. Com um garfo, puxou um fio de macarrão para prova-lo. Ficou satisfeito ao ver que já estava “al dente”. Escorreu a massa e colocou-a em um pirex. Salpicou bastante manteiga e azeite. Misturou. Depois, despejou o molho em outra vasilha. Kate pegou os pratos e colocou-os sobre o balcão. Viu o potinho com queijo ralado no canto da pia. Também colocou-o sobre o balcão.

- O jantar está servido madame – ele brincou e pegou a mão dela na sua e beijou-a. Kate segurou a gola da camisa que ele vestia e brincando com ela, aproximou-se e beijou-o carinhosamente nos lábios.

- Obrigada, Rick.

- Você não tem que me agradecer além disso, você nem sequer jantou para saber se deve me agradecer. Vamos comer.

Eles sentaram e enquanto Castle bebia sua taça de vinho, Kate servia a ambos. O molho fumegava e ela salivava. À primeira garfada, ela mastigava vagarosamente. Castle apenas observava a cena. Quando engoliu, ela olhou para ele inclinando-se em sua direção e deu um beijo nele.

- Maravilhoso... Castle sorriu e começou a comer. A refeição foi excelente. Eles conversavam um pouco sobre as descobertas dele ao se aventurar pela vizinhança de D.C. Kate também falou do seu dia na academia. Amanhã simulariam o interrogatório de um caso que estudavam. Novamente Castle relembrou a ela que ninguém ganhava dela nesse quesito. Era top. Terminado o jantar, Kate o impediu de fazer qualquer coisa. Serviu mais um pouco de vinho para os dois. Dedicou-se a cuidar das louças enquanto Castle bebia seu vinho. Ao terminar, ela juntou a ele com a taça na mão.

Enroscou-se no sofá com ele, posando a cabeça no ombro dele. Beijou-lhe o pescoço antes de tomar mais um gole do vinho. Castle acariciou a coxa dela.

- Desculpe por não ter uma sobremesa para fechar o jantar. Se quiser tem frutas e sorvete.

- Não, estou satisfeita. Estava delicioso e o apartamento, sei que já falei mas você caprichou.

- Que nada!

- Me promete que amanhã você não vai fazer jantar? Primeiro porque você não tem obrigação disso, não é pra dar uma de “dono de casa”. Segundo, porque precisa se dedicar ao seu livro. Falou com a editora? – só de olhar para ele sabia a resposta – oh, Castle! Você disse que ia resolver isso. Promete que amanhã irá pensar 100% no seu livro?

- Kate, não vejo problema em fazer outras coisas especialmente o jantar...

- Castle, promete.  

- Tudo bem, prometo. Hoje posso considerar tudo isso uma maneira de agradar você. Temos um acordo.

- Excelente, mesmo porque amanhã depois de voltar de Quântico, quero te levar para conhecer ou visitar alguns lugares e podemos comer por aí. Combinado?

- Combinado. Quer café?

- Quero sim, mas eu faço.

Ela se levantou e preparou o café. Ainda ficaram um tempinho na sala, namoraram um pouco até Kate dizer que precisava ler e estudar um pouco o caso de amanhã. Aproveitando que ela estaria estudando, ele abriu o notebook e revisou as últimas anotações que escrevera para o seu livro, sabia que teria muito a alterar. Quando Kate finalmente cansou, ela se encostou ao corpo dele. Começou a enche-lo de beijinhos e Castle foi “obrigado” a deixar o seu livro de lado. Puxou-a para si em um beijo envolvente, antes de adormecerem nos braços um do outro, fizeram amor.

Como prometera, no dia seguinte ligou para a editora e depois de ouvir um sermão bem dado, ele pode acordar uma nova data para finalizar o livro. Durante todo dia, Castle se pôs a desenvolver o final de sua história para ser contada em três capítulos. O dia passara voando por ter a mente atenta e focada. Quando fez uma pausa, percebeu já ser quase cinco horas da tarde. Ele foi tomar um banho para esperar Kate a fim de cumprirem o passeio combinado. Ela ligou para o celular dele assim que se aproximara de casa. Pediu para ele descer e trazer a chave do carro.

Juntos, eles passearam pelas ruas de Washington parando em alguns lugares tipicamente turísticos, símbolos da capital estadunidense. À frente do Memorial de Washington, de mãos dadas, eles comentavam sobre aqueles homenageados que sofreram e morreram pelo país. Alguns estavam listados apenas por levarem um tiro, outros por bravamente defenderem a pátria. De repente, Castle a empurrou sobre a parede e beijou-a intensamente. Ela enroscou-se ao corpo dele e respondeu com a mesma intensidade. Porém, seu lado de policial falou mais alto e ela o empurrou, alegando que seriam presos por atentado ao pudor. Rindo, os dois caminharam de volta ao carro. Kate sugeriu que no fim de semana visitassem juntos o Smithsonian pois ela mesma não tivera tempo nem vontade de ir até lá. Castle aprovou a ideia. Havia um clima delicioso de romance no ar.

A próxima parada do casal fora em um dos poucos lugares de Washington que Kate já estava familiarizada. Um shopping logo na saída de uma das linhas principais do metrô. Optaram por um bistrô francês super convidativo. Sentaram em uma mesa reservada e Castle já se antecipou pedindo um espumante para os dois. O jantar transcorreu no melhor clima de romance. Depois caminharam no shopping e acabaram parando em uma livraria onde terminaram a noite da melhor maneira possível, entre livros e café. Dois símbolos que os definiam muito bem.

No fundo era como se esses dois dias fossem uma espécie de compensação por todo o sofrimento que passaram nos últimos dias, por um momento de reafirmação do relacionamento deles. Um recomeço.

E a partir dali, havia uma nova rotina na vida deles. Alguns hábitos permaneciam, outros novos se iniciavam. Todos os dias, eles tomavam café da manhã juntos. Mesmo assim, Castle a acompanhava até a academia e mantinham o ritual de longos cinco anos. Ele a deixava na porta do prédio com um copo de seu café preferido e voltava para casa após ser brindado com o sorriso dela. Também tornava-se rotina jantarem juntos, seja em casa ou fora. Dividiam tarefas e os dias na cozinha. Para um milionário como Castle, tudo isso era extremamente novo e diferente. Ele podia contratar quantos empregados quisesse porém, o simples fato de interagir com Kate e ser uma pessoa comum dava a ele a chance de investir em seu relacionamento com ela.

Uma coisa era namorarem e dormir ocasionalmente na casa um do outro, dividir o mesmo espaço era bem diferente. As roupas espalhadas, as rotinas diárias no banheiro, uma bagunça aqui outra ali, ela impunha ordem e ele contestava algumas regras. Discutiam e acabavam se entendendo, ambos fazendo o possível para entender o outro e fazer o sentido de “nós” realmente funcionar.

Kate dedicava-se de corpo e alma ao seu treinamento em Quântico como não poderia deixar de acontecer. Castle enfiava a cara em anotações e escrevia o final do seu livro. Às vezes, quando um pensamento não parecia satisfatório e ele tinha dúvidas quanto a história, ele recorria a ela. Kate fazia o mesmo quando queria discutir uma ideia. Era um modo reinventado de manter a parceria que tinham no 12th distrito viva entre eles.

Ao final de duas semanas, Castle estava extremamente satisfeito com o resultado de seu livro. Ligou para a editora e comunicou que terminara, uma semana antes do prazo valia ressaltar. Então combinou uma reunião em New York para discutir detalhes do livro, publicação e eventos relacionados a isso. À noite ele deu a notícia a Kate quando estavam na cama e ela passou a falar sobre seu dia.

- Hoje algo diferente aconteceu. Recebi uma ligação de Stack. Apesar de não ter concluído o treinamento o Diretor Assistente mandou ele me chamar para trabalhar em um caso de homicídio. Será minha primeira investigação como federal.

- Isso é excelente! Seu primeiro caso. Ah, estou tão orgulhoso de você Agente Kate Beckett... – e beijou-a com vontade – também tenho novidades. Terminei Deadly Heat e já comuniquei à editora.

- Isso é ótimo!

- Sim, se quiser ler antecipadamente você sabe que tem preferência, basta me dizer.

- Acho que prefiro o suspense até o lançamento... ou pelo menos tentar, o problema é conseguir conter a ansiedade – ela riu.

- Então, terei uma reunião em New York na próxima semana para acertar detalhes do lançamento e outras coisas. Tudo bem para você?

- Vou ficar morrendo de saudades mas sei que precisa ir. Cada vez mais estou me acostumando a ter você por perto. E acho que não poderia ser diferente se vamos nos casar daqui a algum tempo.

- Sim, falando em casamento, o que você acha de casarmos após a turnê de lançamento de Deadly Heat? Claro que ainda não sei as datas mas já podíamos considerar. O que acha?

- Nossa! Tão cedo? Quer dizer mal nos estabelecemos em D.C. e ainda não sei se vamos ficar aqui, quer dizer, queremos mesmo ficar em Washington? E como farei para organizar tudo. Lanie mora em New York e ... – ela sacudiu a cabeça – espere, estou antecipando as coisas. Você sugeriu uma data e sim, podemos pensar sobre isso. E não se preocupe, Castle. Não quero um casamento cheio de pompas.

- Não seria você se quisesse.

Eles se aconchegaram e dormiram.

No dia seguinte, o ritual matutino se repetiu e à noite, ela cozinhou para ele como uma forma de deixa-lo com vontade de voltar mais rápido. Kate caprichara e em retribuição, Castle a levou para cama onde pode retribuir por duas vezes o prazer que ela o proporcionara. Se despediram em frente de casa, Kate envolveu o rosto dele com as mãos e beijou-o de uma forma absolutamente intensa fazendo Castle perder o fôlego.

- Algo para se lembrar de mim quando estiver longe... boa viagem, Castle.

- Obrigado. Love you, Kate.

Ela esperou Castle entrar no carro e jogou um beijo no ar.

- Always... – foi a última palavra que ela dissera.


Presente


Kate Beckett acordou cedo. O dia e principalmente a noite seria decisiva para esse caso. Quando começou a trabalhar nesse sequestro, sabia que a pressão cairia imensamente sobre si por se tratar da filha de um homem do alto escalão americano. Kate entendia o peso de cada ato que estava por vir. Porém, não era o fato de envolver alguém importante que a motivava. Ela se afeiçoara à vítima não somente da maneira usual praticada por ela desde a época do 12th distrito. Kate via em Sasha, uma igual. Alguém que sofrera por amor através de uma escolha. Suas histórias tinham semelhanças que a fizeram aproximar-se de Sasha querendo proporcionar a ela uma segunda chance, algo que não imaginara possível para si mesma.


Suspirando à frente do espelho, Kate ajeitou a pulseira de ouro, presente de Castle, junto ao relógio. Apesar de tudo, ela a tinha como um amuleto e nunca a tirava do braço. Saiu de casa rumo ao Headquarters. 


Continua....

5 comentários:

Debora leal disse...

eu sou meio suspeita para falar mais eu adorei perfeito

Unknown disse...

Por enquanto posso adiar sua morte,MAISSS por enquanto.Medo desta sua mente que as vezes é MÁ.
Amei o cap por ser tão Caskett,por ser hot,por momentos fofos,ah foi perfeito....
Esperando pelo proximo =)

Unknown disse...

Amei, amei, amei..o segundo me deixou tão tristinha q nem tive vontade de comentar, mas esse foi perfeitooo!! Aguardava ansiosamente por uma reconciliação e essa foi melhor do q imaginava!!!! Aguardando o próximo!! :)

Paula Teixeira disse...

Apenas amei! Só queroo saber agora o porquê do novo rompimento ...Amo suas fics. Viciada!

larynhapaulista disse...

Juro que não esperava um capítulo assim. Castle me surpreendeu aceitando morar com Kate em Washington.
Esses dois merecem estar juntos, mas pelos 2 primeiros capítulos sabemos que essa alegria não durará muito tempo.