quinta-feira, 15 de agosto de 2013

[Castle Fic] Searching for the Meaning of "Us" - Cap.10


Nota da Autora: Esse é o penúltimo capítulo da fic ou essa era a intenção porém, dependendo de como ficará o cap seguinte, posso precisar de mais um! Sim, o angst continua porque com ele é mais gostoso hahaha! Pfvr! Não me odeiem e nem às personagens, tudo tem um propósito! Enjoy....

Cap.10

Medo.

Incrível como o sentimento começara a domina-lo de corpo e alma. O coração disparado e a adrenalina pulsava junto as veias dele. Tudo parecia acontecer em câmera lenta. A distância entre o carro e a casa eram para ele milhares de quilômetros, precisava chegar até ela. Precisava vê-la. Ela não podia, ele não suportaria.

Não! Castle se recriminou. Não podia pensar o pior. Era Kate Beckett, a melhor detetive que conhecia. Ela não sucumbiria a dois amadores. Ouvira dois tiros mas podia ter havido mais. Ele bloqueara seus ouvidos aos barulhos ruins, decidira focar em apenas uma pessoa, Beckett.

O tempo sempre tão ligeiro, parara. Ou essa era a sensação que Castle vivia. Sinal de que a vida poderia mudar num piscar de olhos para o pior ou para o melhor.

Castle chegou à porta da frente da casa. Fechada. Droga! Ele socou a porta algumas vezes, empurrou o próprio corpo sobre ela mas não tivera sorte. A porta mal cedia. Era madeira de lei. Então, ele se lembrou da porta lateral e saiu em disparada. Cada segundo contava.


Minutos antes...


Ela engatinhou em direção a sua arma, Josh fez o mesmo. As mãos esticavam-se para agarrar a única arma a sua vista que seria capaz de deter aquela policial. Seus dedos tocaram o cano de metal junto com ela, ambos imprimiram força sobre o gatilho e BAM! – a arma disparou. Nesse instante, o seu comparsa entrava pela porta segurando o galão de gasolina. Ao ver a cena com Josh e uma mulher no chão do corredor, ele jogou o vasilhame no chão e tateou pela arma que usava pendurada na calça. Beckett percebeu que não podia perder mais tempo. Josh sentiu a porrada. Beckett acertara o nariz dele com o cotovelo, ele gritou. Ela não sabia se tinha quebrado ou não, tudo o que importava era ficar livre dele para alcançar sua arma a tempo de se defender do outro homem a alguns metros dela. Segurando a arma ainda rastejando pelo chão, ela o viu puxar a trava da arma e colocar o dedo no gatilho. Atirou.

Por um instante, ela sentiu um solavanco a acertar. Caiu novamente ao chão não sem antes atirar nele. O grito ensurdecedor fora suficiente para Beckett jogar o corpo por alguns segundos no chão. Ao cair bateu a cabeça em um armário do corredor. A testa latejava, sentiu o sangue escorrer pelo rosto. Tinha os olhos fechados. A dor no quadril era fina. Beckett levou a mão ao local e sentiu seu colete rasgado. A bala a acertara mas fora de raspão.

Sasha. Preciso salvar Sasha.

Ao abrir os olhos, Beckett se deparou com o homem choramingando caído no chão. Ela acertara-o bem no joelho, o que provavelmente não o deixaria caminhar mais nem um passo. Ela se ergueu e ainda cambaleando, tentando firmar as pernas, ela foi na direção dele. Tirou as algemas do bolso do colete. Mesmo com dificuldade, ela algemou-o. Por mais que estivesse com dor era melhor mante-lo preso, o cara imprimia alguma ameaça, diferente de Josh. Este estava desacordado no chão ou pelo menos era o que ela pensava. Beckett pegou a outra arma e tirou o pente de balas escondendo-o no bolso do colete. Antes de entrar no quarto onde Sasha estava, ela juntou o estilete que Josh usava para feri-la. Também era uma evidência. Escancarou a porta do quarto e encontrou Sasha encolhida em um canto do quarto. Os cabelos desarrumados e sujos, estava amarrada com cordas nas mãos e nos pés. Ao vê-la, o alívio e o cansaço da luta de minutos atrás a atingiram fazendo-a cambalear.

- Sasha... eu – buscou por ar – sou a agente Kate Beckett – ela passou a mão na testa para limpar o sangue que escorrera pelo rosto – vou tirar você daqui.

Beckett se abaixou e examinou as cordas. Ficara feliz por ter pego o estilete de Josh. De cócoras, ela começou a cortar a amarração nos pés de Sasha enquanto ouvia o choro dela. Apesar de mais calma, a ameaça ainda estava longe de terminar.  


XXXXXXX                         


Castle alcançou a lateral da casa. Deus! Permita que ela esteja bem.

A porta estava destrancada. Sem pensar duas vezes, entrou. Estava em um corredor lateral. Entrou pela primeira porta que encontrou. Estava na sala de estar. Não havia ninguém ali. Ficou em dúvida se deveria gritar por ela. Será que rendera os dois? Devagar, ele caminhava. A arma apontada para frente por proteção. Mais alguns passos e Castle viu sangue no chão e alguns metros a frente o carinha que o ajudara caído ao chão, algemado.

Sendo assim, Beckett podia estar bem. Mas onde ela se metera? E Josh? Nem sinal dos dois. Além disso, o sangue no chão provava que alguém ou ambos estavam feridos. Ele deu mais uns passos e então percebeu que pisara em algo liquido. Abaixou-se e checou o que era. Gasolina. Meu Deus! Precisavam sair dali urgentemente.

Beckett livrara Sasha das cordas nos pés, ela já ia começar a soltar as mãos dela quando viu a silhueta de Josh passar pela porta.

- Josh... não posso deixa-lo escapar. Sasha você me espera aqui apenas um minuto? Prometo que volto.

- Não por favor, não me deixe aqui. Vou com você.

No fim, nem precisaram. Josh estava próximo a porta com um isqueiro na mão. Rapidamente, Beckett entendeu tudo. Os olhos treinados vasculharam o quarto em busca de panos. Tinham dois cobertores do outro lado. Ela correu e os agarrou. Jogou um sobre Sasha.

- Josh, pare com isso. Acabou.

- Não para mim. Acabou pra você piranha, você e seu nariz intrometido. Somente pela audácia você vai morrer com essa vadia ingrata, tudo por conta de meu pai e do pai dela. Eles destruíram minha empresa. Odeio vocês! – ele gritava – odeio eles. Virarão carvão. Morram!

Então Josh acionou o isqueiro, jogou-o no chão. O objeto parara longe do combustível mas atingira a madeira. O fogo começou a trepidar na lateral da porta. Josh sorriu ao ver que a sorte não o abandonara. Elas ainda morreriam queimadas e ele estava rico, milionário. Quando as encontrassem, ele já estaria bem longe dali. Vira os olhos arregalados da detetive e sorriu. Doce vingança pensou. Ao virar-se de costas para ela, deixou o quarto andando rumo a sala. Deparou-se com um cara que nunca vira antes, ele tinha uma arma. Castle apontou o revólver para mirar na perna dele mas Josh correu em sua direção derrubando-o. O pé de Josh bateu em um móvel e um jarro caiu no chão as flores espalharam-se criando uma ligação entre a madeira incendiada e a gasolina espalhada no corredor. Uma labareda surgiu em questão de segundos no corredor quase em frente ao quarto onde Beckett e Sasha estavam. Castle o atingiu na perna e Josh caiu a alguns metros dele.

O ar estava repleto de fumaça. Em poucos minutos essa casa iria pelos ares. Castle precisava encontra-la.

- Beckett! – ele gritava – Beckett cadê você? – nenhuma resposta – Kate!

Beckett segurou Sasha pela cintura e fixou seu olhar no dela.

- Sasha precisamos sair daqui agora. Você consegue andar? – ela percebeu que a moça mancava – Você precisa confiar em mim, vamos sair dessa só que preciso da sua ajuda. Precisaremos correr. Está pronta? – a moça levantou o rosto e meneou a cabeça concordando – ótimo. Se proteja com o cobertor – quando Beckett ia se preparar para correr, ela ouviu a voz a chamando.

- Beckett! Responde!

- Castle... droga! – a teimosia dele era terrível – Castle, estou bem! – gritou – saia daqui agora!

- Beckett, onde você... mas não completou a frase. A labareda imensa o impedia de continuar e ele tinha certeza que ela estava do outro lado. O medo voltou a domina-lo. Ao olhar para o chão, viu que não havia opção se não retornasse por onde viera, morreria queimado. E com uma grande probabilidade, elas também. Pela primeira vez, ele não sabia o que fazer. Estava grudado ao chão sem qualquer reação, apenas olhando para o fogo.

Beckett notou que o fogo se alastrava rapidamente pela casa corroendo a madeira das portas e dos móveis ao redor de onde estavam. Para sair do quarto, elas precisavam enfrentar o fogo, pular as chamas no chão e passar pelas labaredas ao redor da porta. Sasha começara a tossir, Beckett sentia dificuldade para respirar. Não podia desistir agora. E Castle... ainda tinha Castle. Teriam que sair pelo mesmo lugar que ela entrou, pelos fundos. Onde ele estava? Será que deixara a casa? Ela não podia perde-lo, simplesmente não podia. Sentiu a dor de cabeça piorar. A dor no peito começava a incomodar. Não, chega. Esqueça tudo e foque no que precisa fazer, ela dizia a si mesma. E naquele instante, tudo o que ela pensou foi em reencontra-lo. Faria disso seu objetivo para sair dali e salvar a ela e a Sasha. Precisava dizer a ele que o amava. Sempre amara. Por mais de seis anos, todos os dias.

Ela puxou Sasha consigo e pulou a labareda. Sentiu o fogo crepitar sobre o tecido da sua roupa ao passar pela porta. Antes de correr com ela até a saída, Beckett olhou através do fogo. Viu Castle parado, atônito. Gritou.

- Castle sai daí...

A voz dela foi como um bálsamo. Ela estava ali.

- Kate... e você?

- Vou pelos fundos – gritou - Vai!

Ela saiu dando as costas para o fogo. Infelizmente, Sasha pisou em falso no vaso e cortou o pé. O fogo alastrou-se na direção delas. Beckett se jogou protegendo-a e correu pela casa até a porta dos fundos. Precisavam sair dali. Viu a porta a poucos metros a frente delas. Tossiam copiosamente. Beckett buscava por ar. Alcançaram a porta e Beckett empurrou Sasha para o gramado. Inalando um pouco de ar fresco, Beckett voltou a casa. Tinha que trazer o corpo do comparsa para fora. Evidências, sua vida e sua carreira dependiam disso.

Castle caminhava depressa para a porta lateral, tropeçou no corpo de Josh e tomou uma decisão. Suspendeu-o e antes que Josh tentasse qualquer movimento, Castle o esmurrou na cara. Com o peso do rapaz sobre seus ombros, ele se arrastou para a porta lateral. Nem acreditou que alcancara o espaço gramado da casa. Respirava um ar melhor, finalmente. Deixou o corpo tombar sobre a grama a fim de restabelecer sua respiração. Kate já devia ter saído, precisava ter saído.

Beckett entrou na casa novamente. A tosse estava cada vez pior. Os olhos lacrimejavam e o rosto vermelho queimava devido o calor do fogo existente na casa. Ela viu as labaredas se aproximarem da cozinha. Se atingissem a botija de gás, tudo iria pelos ares. Sem perder mais nenhum segundo, puxou o cara pela perna levando-o em direção a porta. Ele era pesado e Beckett estava sem forças por causa da respiração faltante. Havia inalado muita fumaça quando estava no quarto com Sasha.

Buscando forças onde não imaginara possível, Beckett conseguiu puxar o homem para fora, rolando seu corpo pelo gramado, ela se aproximou de Sasha novamente. Beckett a ergueu do chão e saiu correndo para se distanciar o máximo que podia da casa. Mas o cansaço a venceu, a adrenalina responsável pelo seu dinamismo acabara restando apenas a dor insuportável na cabeça que a fez desmaiar. Naquele momento, a explosão aconteceu e parte da casa foi pelos ares.

- Kate! Nãoooooooooooooooo... – Castle assistia a tudo perplexo. O incêndio tomara proporções enormes. Ele tateou pelos bolsos em busca do celular. Com as mãos tremulas, ele discou 911. Ao segundo toque atenderam.

- Emergência. Em que posso ajuda-lo?

- Incêndio... Williamsburg...preciso de... oh, Deus!

- Senhor onde em Williamsburg? Senhor?

- Preciso... ambulância agora...por favor... Kate...

Castle deixou o celular ligado, sabia que eles podiam rastrear a ligação. Olhava fixamente para o fogo. Se ela morresse, ele nunca se perdoaria por ter incentivado essa busca, por tê-la impedido de atender ao chamado do FBI. Ele fora responsável por isso. Somente ele.

Às lagrimas, ele ouviu as primeiras sirenes aproximarem. Aquilo lhe deu coragem para se levantar e procurar por ela. O primeiro carro de bombeiro parou em frente a casa. Os bombeiros desceram já trazendo as mangueiras em punho. Sem perder tempo, eles acionaram a água. Castle pediu para alguém prender Josh em algum lugar, ele era o responsável dizia.

- Senhor, está bem? Precisamos cuidar do senhor.

- Não! Elas ainda... elas estão na casa...preciso – Castle saiu correndo para a parte detrás da casa, não se importava com o fogo, labaredas, ele apenas queria encontra-la. Um dos bombeiros o seguiu, sabia que aquele senhor não parecia bem. Castle corria o quanto podia. Ofegante, ele parou ao se deparar com a cena.

Uma moça sentada aos prantos, um vulto onde se distinguia somente as pernas possivelmente o cúmplice de Josh e mais adiante, Kate...
Recobrando a coragem, Castle correu até ela. Ao ver a cena, o bombeiro chamou pelo rádio pedindo paramédicos e macas. Castle se ajoelhou ao lado de Beckett. Ela estava desmaiada. O sangue escorria pelo rosto, o colete rasgado de um dos lados. O furo na calça e a marca de sangue. Ele não estava preparado para essa cena. Castle virou para o lado e sentiu a biles subir pela garganta e vomitou.

- Meu amor, Deus! Porque você fez essa loucura. Oh, Kate... – ele pegou a mão dela na sua e beijou-a – Kate, fique comigo... você salvou Sasha mas se não viver, não irá salvar a mim, a nós dois... por favor...

O paramédico se aproximou, outro trazia uma maca. Primeiramente, atenderam Sasha. Apesar de desidratada e do corte no pé, ela parecia melhor que a detetive. Eles sabiam que ambas inalaram muita fumaça e precisavam ser colocadas no oxigênio o mais rápido possível. O outro paramédico, colocou a maca ao lado de Kate e checou a testa. Ela ardia em febre. Colocou um colar imunizador no pescoço dela.

- Senhor, precisamos move-la. Ela inalou muita fumaça e está ferida. Não sabemos a extensão dos danos. Afaste-se por favor para que façamos o nosso trabalho. Teremos que leva-la ao hospital com urgência. Pode nos acompanhar se quiser.

Vagarosamente, Castle largou a mão dela para que o rapaz pudesse trabalhar. Viu uma moça se aproximar e ajudar o paramédico. Percebeu um barulho estranho, não era ambulância ou polícia. O som era de motor. Ele ergueu os olhos para o céu e avistou o helicóptero do FBI. Como eles nos acharam? Será que Beckett ligou para eles? Não, ele vira o celular dela destruído no chão próximo a Josh. Aquilo não era importante agora, Beckett conseguira salvar a filha de Antonny como prometera, sua atenção era exclusiva a Kate.

Os paramédicos ergueram a maca com o corpo inerte de Kate sobre ela. Castle acompanhava ao lado do paramédico. Quando chegaram na frente da casa, viram bombeiros trabalhando para diminuir o fogo, carros de polícia local e o helicóptero que Castle ouvira parara no terreno vizinho. Homens de colete do FBI armados e protegidos se misturavam aos bombeiros tentando entender o que acontecera ali. Ele avistou Stack, sentiu a raiva invadir seu corpo. Sua vontade era enche-lo de porrada por tudo que fez a Beckett durante esse caso. Prioridades, pensou.

Mordeu os lábios e continuou andando na direção da ambulância. Viu que Josh estava em um dos carros da polícia local. Stack gritava com os bombeiros. Um de seus agentes estava do lado de Sasha. Nada disso importa agora, nada. A maca já estava na ambulância, Castle entrou a seu lado. A sirene disparou e o carro voava a 100 quilômetros por hora para o hospital mais próximo.


Mercy Hospital


Kate deu entrada na emergência. O ritmo frenético do pronto atendimento mexia com os nervos de Castle. Ela ainda não recobrara os sentidos. Possuía um balão de oxigênio conectado ao nariz e à boca para limpar a fumaça inalada dos pulmões. Na ambulância, os primeiros socorros foram administrados no ferimento da perna que já infeccionara. O tiro também deixara um hematoma na lateral do corpo dela. Porém, o que mais preocupava era o ferimento na cabeça. Não sabiam a extensão do caso. O fato dela continuar desacordada era preocupante. Ela devia ser atendida por um neurologista urgentemente. Pelo menos seus sinais vitais permaneciam estáveis. Castle gostaria de ter ficado na cena do crime para defende-la porque desconfiava que seria criticada ainda pelo FBI especialmente Stack. Ele não deixaria que ela fosse acusada de incompetente ou até inconsequente. Ele mesmo falaria com o pai de Sasha, teria uma conversa séria com ele. De uma vitima de sequestro para outra. Ele iria ouvi-lo, apenas teria que esperar Kate ficar bem.       

- Senhor, não pode passar adiante. Aqui é uma área restrita a profissionais médicos. Espere na sala ao lado da recepção.

- Eu preciso saber como ela está. O que ela tem? Kate ... ela não pode morrer, por favor.

- Acalme-se. Vamos cuidar bem dela. Assim que tivermos notícias,venho avisa-lo. Você pode tomar uma água, um café. Eu voltarei logo. Apenas me diga qual o nome dela e o que ela fazia naquela casa?

- Kate Beckett. Ela trabalha para o FBI, tudo o que ela queria era salvar a vida da garota. Isso ela conseguiu. Só espero que não tenha perdido a sua por causa disso.

- Não, farei tudo que estiver ao meu alcance. Você é o parceiro dela?

- Sim, mas não do FBI. Ela é minha noiva.

As horas passavam na velocidade de uma tartaruga. Aos olhos de Castle, os ponteiros do relógio pareciam andar dois segundos para frente, três para trás. A aflição o corroia. Ele não sabia quanto tempo se passara desde que o médico sumiu por aquela porta levando Kate consigo. Caminhou até a cantina do hospital e pediu um café. Estava cansado mas não podia se deixar abater.

Colocou a mão no rosto. Suspirou. Queria que isso tudo fosse um pesadelo e que estivesse prestes a acordar. Viria Kate na sua frente sorrindo, linda como sempre fora. Ao abrir os olhos novamente, a realidade o traiu. Ainda estava no hospital sem notícias. Tomou o resto do café e pediu outro. Quando voltou à sala de espera, viu um outro senhor abatido ao lado dele um agente do FBI. Castle reconheceu Jordan. Será que queria informações sobre Kate? Percebeu que ele o vira também.

- Castle – Jordan se aproximou e estendeu a mão – alguma notícia de Beckett?

- Nada ainda.

- A situação é grave?

- Ao que parece porém ainda não sei dizer, ela não acordou desde que a encontrei.

Jordan faz sinal para o outro senhor se aproximar. Ao olhar para o rosto de Castle, Antonny viu a preocupação presente no olhar dele. Instintivamente, ele o abraçou. Pelo gesto, apenas uma explicação poderia fazer sentido. Aquele era Antonny, o pai de Sasha. Retribuiu o abraço de pai para pai.

- Sr. Castle, obrigado. O agente Jordan me informou que o senhor estava junto a agente Beckett e provavelmente a ajudou nessa missão. Você não deve saber quem sou, eu sou...

- Antonny Wilson, o pai de Sasha. Está certo, eu ajudava Beckett na investigação. Fui testemunha de tudo o que ela fez para salvar sua filha. Não desistiu nem por um segundo e acreditou em seus instintos, coisa que o próprio FBI não soube fazer. Ela esteve sempre certa quanto a Josh e por muito pouco não perdeu a vida por causa disso – Castle se deixou cair na cadeira – ela pode morrer... meu Deus!

- Sei de tudo, Sr. Castle. Minha filha não estaria viva se não fosse por ela. Aqueles incompetentes do FBI sequer conseguiram entender o motivo do sequestro. Não esquecerei o que vocês fizeram e farei o que estiver ao meu alcance para ajudar no que precisar. Como ela está?

- Eu não sei... 

- Encontramos a arma e o estilete. A equipe de perícia também vasculhou o quarto que Sasha estava presa mas o incêndio levou a maioria das provas. Bem, elas são irrelevantes agora que prendemos Josh e seu cúmplice – Jordan falava como um robô programado -Também recuperamos o dinheiro, os dez milhões estavam no porta-malas do carro de Josh. Ele pretendia fugir. Sasha fez o exame de corpo delito aqui mesmo nesse hospital, não foi violentada sexualmente, porém há marcas de violência em seu corpo sobretudo pés e mãos por ser amarada em cativeiro. Tudo está contra ele, passará uns bons anos na cadeia.

- Vocês não prenderam ninguém, Kate prendeu todos – Castle se irritou - Ela desvendou esse caso, não o FBI.

- Sei disso, Sr. Castle e não deixarei ninguém dizer o contrário. Eu mesmo terei o prazer de contar ao presidente como tudo aconteceu – disse Antonny.

- Sr. Castle...

- Doutor, finalmente! – Castle se levantou da cadeira e ansioso perguntou – como ela está?

- Conseguimos deixa-la estável. A Srta. Beckett recebeu oxigênio suficiente para melhorar seu quadro respiratório. Limpamos o ferimento infeccionado e ministramos antibióticos. Tratamos do hematoma lateral que na verdade foi resquício da bala de raspão no colete. Ela machucou mesmo na queda. O mais difícil foi o ferimento na cabeça. Apesar de ser no lóbulo frontal, ao fazermos a tomografia, constatamos que houve uma formação de um pequeno coágulo na área posterior. O tumor não é prejudicial às faculdades mentais dela porém é melhor operar para não termos problemas futuros. No momento, está sob coma induzido porque é melhor para sua recuperação.

Castle sentiu as suas pernas falharem. Precisou sentar com a notícia. Jordan foi buscar água para ele. O médico sorriu compadecido. Sabia como uma cirurgia mexia com o psicológico das pessoas, mesmo sendo a cirurgia simples e rápida.

- Sr. Castle, não é tão ruim quanto parece. A cirurgia a que me refiro tem evasão mínima para o paciente. As tecnologias nos permitem realizar esse tipo de operação em menos de duas horas. Rasparemos uma pequena parte do couro cabeludo, faremos uma pequena abertura no crânio e com uma sonda equipada de micro câmera retiramos o tumor. Rápido e indolor ao paciente. Podemos fazer aqui neste hospital mesmo caso seja do seu agrado. Basta assinar o consentimento.

Ele não sabia o que dizer. Passou as mãos trêmulas no rosto, nervoso. Antonny percebeu a agonia do homem ao ter que decidir o futuro da mulher que amava. Resolveu interceder por ele em troca de tudo o que já fizeram por ele e sua família.

- Doutor, sei que é uma decisão difícil para o Sr. Castle fazer nesse momento. E não que eu esteja duvidando da sua competência ou das condições do hospital porém o senhor acredita ser possível transferir a agente Beckett para Washington? Em caso positivo, posso antecipar as tratativas para você, inclusive transporte.

- Não tem problema algum, se todos estiverem de acordo, posso dar início aos preparativos. Hoje mesmo será possível transferi-la deste hospital basta um transporte adequado como UTI. E Sr. Castle, você pode vê-la agora se desejar.

O rosto de Castle se iluminou. Poderia vê-la. Como esperara por esse momento.

- Claro que quero.

- Me acompanhe, por favor. Senhor, eu já retorno para tratar da transferência dela.

Na porta do quarto, ele respirou fundo. Ao vê-la pelo vidro, seu coração apertou. O médico fez o sinal para Castle entrar.

- Fique o tempo que quiser.

Castle entrou no quarto e vagarosamente seguiu na direção dela. Havia uma poltrona ao lado da cama. Castle sentou-se nela e tocou a mão que descansava na lateral do corpo. Ela ainda tinha a aparência de cansaço. Estava pálida.Tudo o que passara antes e depois do crime contribuíra para fazer com que Kate estivesse abatida. Tinha um curativo na testa. Ele não sabia quantos pontos levara. Amava demais essa mulher.

- Ah, Kate... quando você vai deixar de me dar esses sustos? Já aguentei muitos perigos na minha vida mas nada comparado aos momentos em que estive nos hospitais esperando que você lutasse contra sua vida. Estou orgulhoso de você. Demais. A forma como você salvou essa garota, me fez lembrar o quanto você se sentiu impotente no caso de Alexis. Porque tudo para nós tem sempre que ser da maneira mais complicada, difícil? Estamos marcados pelo perigo?

Ele beijou a mão dela. A emoção tomou conta de si e foi impossível conter as lagrimas. Depois de toda a adrenalina, Castle chorava feito criança apoiado no estomago dela sem largar a mão de Kate.

Passada a sensação do choro e sentindo-se aliviado, ele voltou a acariciar os cabelos de Kate e conversar com ela porque sabia que mesmo em coma, ela poderia ouvi-lo. acreditava nisso.

- O pai de Sasha está aqui no hospital. Está agradecido por ter salvo a vida da filha dele. Orgulhoso de você e com muita raiva do FBI. O Sr. Wilson se ofereceu inclusive para leva-la a Washington. Você será operada, Kate. Quero muito que você supere tudo isso muito rápido. Sinto que você receberá todas as honras que merece ao voltar ao bureau. Fará muita gente pedir desculpas por ter duvidado de você, desprezado e de certa forma a humilhado. Quero muito poder te abraçar, te dar carinho. Beijar você. Ah, Kate... quantas idas e vindas não? Foram três meses difíceis para ambos, eu sei.

Batidas na porta o fizeram desviar o olhar dela. Era o médico.

- Está tudo agendado. A UTI móvel chegará em vinte minutos. Tenho que prepara-la. O Sr. Wilson está a sua espera. Vocês viajarão juntos para Washington em um jato particular. Kate será transferida para o Washington Memorial – viu Castle beijar a mão da mulher e erguer-se da poltrona – não se preocupe, estarei ao lado dela no avião e acompanharei a cirurgia. Logo Kate estará bem e sorrindo então quem sabe vocês não marcam esse casamento de vez?

Castle sorriu.

- Obrigado, doutor.

Meia hora depois, Castle embarcava no jatinho com Antonny Wilson.


Washington Memorial


A chegada ao hospital fora tranquila. Assim que o avião pousou no teto da torre médica, a equipe já estava a postos para levar Kate ao centro cirúrgico. Ela foi preparada para a cirurgia e em uma hora o procedimento explicado pelo Dr. Thomas acontecia.

Na sala de espera do hospital, Castle estava sentado fitando o teto. Antonny ao seu lado fazia companhia a ele na medida do possível. O sempre tão falante Richard Castle estava sem palavras para manter qualquer conversa simples. A operação era simples, repetia por várias vezes a si mesmo como forma de convencimento. Ela sairia dessa e após acertar sua situação com o FBI, Castle já decidira. Deixaria seu orgulho de lado e faria o que devia ter feito no momento que ela aparecera novamente à sua frente antes de toda a confusão em que se meteram. Tudo bem, confusão fora um jeito ruim de se referir a um caso de sequestro e a quem Castle quer enganar? Kate fora até ele para ajuda-la em um caso, conversar sobre a vida dos dois não era o foco dela naquele instante.

Duas horas depois, Dr. Thomas saiu do centro cirúrgico. Sua primeira parada foi na sala de espera para falar com as pessoas que esperavam noticias da paciente. Castle tomava mais um copo de café para manter-se de pé e alerta. Ao avistar o médico, o coração de Castle disparou. Estava ansioso para saber dela.

- A cirurgia já terminou, doutor? Ela está bem?

- Sim, a operação foi um sucesso – Castle sentiu a mão de Antonny sobre seu ombro dando apoio – removemos completamente o tumor e Kate está bem. Não terá qualquer lesão ou problema futuro. Ela está sedada para recuperar-se mais rápido devido a anestesia. Deve acordar em no máximo duas horas.

- Excelente, doutor – disse o Sr.Wilson.

- Poderei vê-la? – perguntou Castle.

- Sugiro que você vá para casa, tome um banho, descanse umas duas horas e depois volte para então falar com ela. Nesse meio tempo, ela deve acordar e passar por uma última tomografia para fecharmos o caso com o neurologista. Você está cansado, Sr.Castle. Ela vai gostar de recebê-lo revigorado.

- Ele tem razão – concordou Antonny – faça o que ele diz, o Dr. Thomas vai cuidar bem da agente Beckett do mesmo jeito que fez até aqui. Eu também vou seguir esse conselho. Pretendo voltar com Sasha para agradecê-la pessoalmente antes de qualquer fechamento formal das investigações. Vamos, eu te dou uma carona.

Antonny deixou Castle em seu hotel. Ele tomou um banho e procurou descansar seguindo as recomendações do médico. Sentia os músculos ao redor da nuca e os ombros duros e tensos. Não poderia ser diferente após todo o stress que vivera nas últimas horas.

Castle deitou-se na cama para dar um cochilo colocando o celular para despertá-lo em uma hora. Não esperava dormir devido a quantidade excessiva de cafeína em seu organismo. Mesmo assim, fechou os olhos e obrigou-se a relaxar. Porém, ao fechar os olhos, a única imagem que via era de Kate estirada ao chão do gramado ferida e desmaiada. O rosto pálido e coberto de fuligem tal qual a roupa. Terminou, Castle dizia a si mesmo. O pesadelo já terminou.

Após o despertar do alarme, Castle se vestiu e saiu do hotel. Pretendia passar no apartamento dela para pegar roupas e alguns objetos de higiene. Imaginava que Kate ainda passaria pelo menos dois dias no hospital devido ao pós-operatório. Castle não possuía a chave do apartamento mas sabia que ela escondia uma cópia no vaso em frente à porta. Foi com ela que ele entrou. Separou as roupas necessárias e verificou como estava o apartamento. Provavelmente teria que fazer uma faxina antes dela voltar para casa.

No caminho para o hospital, ele parou em uma floricultura. Torcia para que ela ainda não tivesse acordado. Queria estar lá quando isso acontecesse. Assim que cruzou as portas do hospital foi direto à sala de espera. Perguntou a moça na recepção se podia ir ao quarto de Kate. A atendente chamou o médico.

- Já de volta, Sr. Castle. Ela deve acordar a qualquer minuto. Trouxe flores, que bom!

Eles caminhavam pelo corredor. Na frente do quarto de Kate, o médico espiou pelo vidro. Castle fez o mesmo. percebeu que ela não tinha mais nenhum tubo ao redor dela. Apenas o grampo no dedo para monitorar suas funções cardíacas.

- Vai lá e fique o tempo que quiser. Acredito que ela vai ficar feliz ao acordar com você do lado. Qualquer coisa é só chamar.

- Obrigado.

Castle entrou no quarto e aproximou-se da cama. Deixou as flores na mesa de cabeceira e sentou-se na poltrona ao lado da cama. Kate tinha o semblante mais sereno agora. Novamente, Castle tomou a mão dela na sua e ficou velando o resto do sono dela. Tinha decidido ficar em Washington o tempo que fosse necessário para vê-la totalmente recuperada se conseguisse gerenciar seus compromissos. Depois, eles decidiriam o que fariam. Não pretendia pressiona-la com qualquer assunto, especialmente o assunto sobre eles. Um passo de cada vez.

- É Kate, parece que a vida tenta a qualquer custo imitar a arte. Não satisfeita em servir de inspiração para Nikki, ainda quer supera-la de qualquer forma, não importa o preço. Sua última aventura a colocou à beira da morte parece que realmente você queria levar o termo heat ao seu extremo literalmente.

- Exceto pela parte do sexo...- a voz saíra suave e baixa mas fora suficiente para fazer Castle sorrir.

- Ah! Agora eu chamei sua atenção! – Kate abriu os olhos lentamente e virou a cabeça para fita-lo, sorriu – como você está?

- Dolorida... afinal o que aconteceu comigo depois que saí da casa?

- Você desmaiou por causa do baque na cabeça. Tive muito medo. Quando vi você desacordada e aquele sangue... trouxeram lembranças nada agradáveis. Nós te transferimos para Washington depois dos primeiros cuidados. Você foi operada para a retirada de um pequeno coágulo. Nada grave.

- Nossa – ela estava surpresa – e quanto a Sasha?

- Ela está bem. Foi o pai dela que arranjou tudo para transferi-la para DC. Está feliz por ter salvo a filha dele. Deve passar por aqui mais tarde. Quer te agradecer pessoalmente.

- Você está cansado. Se feriu? – o olhar de preocupação dela aqueceu seu coração.

- Não, está tudo bem comigo. Sabe, Kate ao ver a satisfação de Antonny eu imaginei o quanto deve ter sido difícil para você se ver de mãos atadas nessa situação mais uma vez. Sei o quanto você ficou frustrada no caso de Alexis. Ver sua dedicação me fez voltar a Paris e relembrar o que fiz.

- Como assim? – ela se sentou na cama – você não fez nada ilegal, fez?

- Não. Vou te contar o que aconteceu mas antes – ele pegou o buque de flores e entregou a ela – isso é para você. Bem-vinda de volta agente Kate Beckett ou deveria dizer Nikki Heat? Ela sorriu. Cheirou a mistura de flores do campo, lírios e margaridas.

- São lindas, obrigada. Então, o que você quer me contar?

Castle começou a abrir a boca quando bateram na porta. Era o Sr. Wilson com a filha. Castle fez sinal para que eles entrassem.

- Agente Beckett é um prazer revê-la e bem. Sasha, conheça a melhor detetive que o FBI tem. Nem sei por onde começar a te agradecer. Tive que brigar muito com o seu superior mas essa é outra história. Sente-se bem?

- Sim, Castle me contou que ajudou na minha transferência para Washington. Obrigada.

- Não precisa agradecer. Era o mínimo que podia fazer depois de tudo o que você fez pela minha filha.

- E você Sasha? Está melhor agora? – Kate perguntou – Deve ter sido um choque para você descobrir que seu ex-namorado estava por trás disso.

- Eu não esperava isso dele. Eu o amava. Mas acho que a falta de uma figura amorosa paterna foi o verdadeiro motivo de toda a história. Josh sempre foi um nada para o seu pai e a falta da mãe acabou tornando-o uma pessoa carente, dependente de carinho e afeto. Tenho pena dele.

- Ele está preso – disse o Sr. Wilson – ordenei que o FBI esperasse a sua volta para os interrogatórios e o fechamento do caso. Também falei com o presidente, ele quer oferecer um jantar em sua homenagem.

- Um jantar para mim? Mas porque? Só estava fazendo o meu trabalho.

- Não agente Beckett. Você foi além é por isso que Sasha está viva hoje. Porque você não desistiu.

- Wow! Você está mais famosa que eu. Presidente? E eu achando que ter o prefeito de New York como fã era um grande feito – virou-se para Antonny – será que o presidente gosta dos meus livros? Posso autografar alguns para ele...

- Castle, pare com isso! – Kate ralhou.

- Já está me dando ordem, sinal de que está curada – brincou Castle.

Eles riram. Antonny e a filha se despediram deixando os dois a sós.

- Vou pegar um café e quando eu voltar continuaremos a nossa conversa.

E exatamente assim, aconteceu. Castle bebericava seu café enquanto revelava a Kate toda a sua aventura em Paris e o real mistério por trás do sequestro de Alexis. Ao terminar a história, Castle tinha os olhos marejados. Kate sorria emocionada.

- Você guardou tudo isso, sem dividir comigo. Voltou a vê-lo? Tem se comunicado com ele?

- Não. É complicado. Ele nunca me abandonou de verdade, Kate. Esteve cuidando de mim à distância, até na CIA ele me ajudou. Cassino Royale, seu presente para mim, a razão pela qual me tornei escritor. Sente-se orgulhoso de mim.

Kate que estava sentada na cama, ouvira cada palavra. Esticou a mão para acariciar o rosto dele. Uma lágrima escapou e desceu pelo rosto dela. Sofrera calado. Escondera dela mas por que?

- Eu também. Estou orgulhosa de você. É como dizem os cientistas, DNA não mente. Você herdou a imaginação fértil da sua mãe e provavelmente o talento para o mistério e investigação do seu pai, isso sem esquecer a nerdice.

Então num impulso ela tomou o rosto dele entre as mãos e o beijou. Os lábios sorviam os dele vagarosamente. Ansiava por isso desde a livraria. Surpreso por um segundo, Castle se rendeu ao beijo. Sentir aqueles lábios tão doces junto aos seus era algo sublime. O toque mágico que gerava faíscas na pele dele, no corpo e deixava-o louco. Ele tocou o rosto dela, beijando e sentindo a língua roçar na sua. Três meses. Como ele suportara três meses sem esse toque? Precisava disso, porém ainda tinham algumas coisas pendentes para acertar. Kate se distanciou dele sorrindo.

- O que foi isso? – Castle perguntou.

- Isso era o que deveria ter feito assim que você surgiu na minha frente naquela livraria e passei o caso inteiro lutando contra essa vontade. Estou fazendo agora – ela ainda segurava o rosto dele, os dedos roçando levemente no queixo – Castle, eu queria te dizer, eu queria te pedir perdão. Eu não devia...

- Shhh, não Kate. Não é hora nem lugar para essa conversa – ele beijou o polegar que dançava perdido sobre os lábios dele – o que importa agora é a sua recuperação. Teremos tempo para conversar depois.

- Com licença – a enfermeira bate na porta, junto com ela veio o médico – vim trazer o jantar.

- E eu vim examina-la antes de deixar o meu plantão. Se você permanecer bem, talvez amanhã à tarde já possa deixar o hospital. Mas para isso sugiro que um certo alguém também deixe o hospital e descanse. Afinal, você não vai a lugar algum.

Ele a examinou e após constatar que estava tudo em ordem com ela, o médico insistiu que Castle saísse com ele para Kate descansar. Ele se despediu e avisou que voltaria no horário de visita amanhã para ver o resultado da tomografia que agendara pela manhã e quem sabe libera-la para Castle leva-la para casa. Castle deu um beijo na testa dela e desejou boa noite.

No dia seguinte, ele dedicou-se a arrumar o apartamento para recebê-la. Trocou as toalhas, os lençóis da cama e o edredom. Deixou algumas velas perfumadas na mesa de cabeceira para dar um cheiro agradável ao ambiente. Satisfeito, foi a vez da cozinha. Decidiu preparar um frango assado com legumes vaporizados e um arroz de ervas. Porém, faria o jantar apenas mais tarde. Tomou um banho e vestiu-se para ir ao hospital.

Chegando lá, ele foi direto ao quarto de Kate. Encontrou o Dr. Thomas ao lado da cama dela examinando-a.

- Boa tarde, Sr. Castle. Chegou bem na hora. Acabei de fazer um exame em Kate e irei assinar sua alta. Basta seguirem com os cuidados, tomando os remédios que tudo ficará bem. A tomografia dela estava limpa. Ótimas noticias, não?

- Sim, excelentes – disse Castle – já podemos nos arrumar para deixar o hospital? – percebeu que ela já vestia uma das roupas que ele trouxera.

- Claro, vou preparar a papelada.                 

Depois que o médico saiu, Castle foi até ela e beijou-lhe a testa.

- Pronta para deixar esse lugar? Arrumei tudo para você.

- Com certeza. Quero muito voltar para o meu apartamento.

Vinte minutos depois, eles saíram do hospital e foram para a casa de Kate. Ela viu como tudo estava arrumado com esmero. Como ele sempre fazia. A cama estava impecável. Ele disse para Kate ficar a vontade enquanto ele preparava o jantar. Começariam os mimos novamente ou ele estava fazendo isso porque ela estava se recuperando da cirurgia? Não, ele ainda gostava dela. Pode sentir no beijo que trocaram ontem. Mas o que ele esperava dela? O que quis dizer quando cortou o momento que pediria desculpas? Será que não havia mais uma chance para eles? Castle havia desistido de nós? Kate não sabia o que pensar, não sabia ao certo como agir. Ela o queria. Mais do que tudo na vida.

- Kate? O jantar está pronto.

Ela sentou ao lado dele. Viu a comida sobre a mesa, parecia saborosa. Cheirava muito bem.

- Hum, parece delicioso.

Ele a serviu de tudo o que havia na mesa. Em seguida, fez o seu. Ao provar, Kate fechou os olhos. Sentia falta de uma cozinha caseira. A mistura de sabores estava deliciosa. Ultimamente, ela só comia comida processada ou saladas.

- Está excelente, Castle. Faz tempo que não como uma comida tão gostosa.

- Até imagino como você estava se alimentando... agora chega de conversa e vê se recupera o tempo perdido.

Eles terminaram o jantar e Castle acabou de ajeitar as coisas na cozinha. Ela voltara para o quarto, ainda sentia o corpo dolorido especialmente na lateral do corpo na região do hematoma. Ele já encontrou Kate deitada e coberta com o edredom. Trouxera água para ela tomar o remédio.

- Está se sentindo bem, Kate?

- Sim, só estou um pouco cansada e dolorida. Também acho que esse remédio me deixa sonolenta. Porque você não se deita ao meu lado? Me faz companhia.

- Kate não tenho roupas aqui. Estão todas no hotel. Você está cansada. É melhor procurar dormir.

- Você não vai ficar aqui comigo? – ela se surpreendeu.

- Melhor não. Descanse. Eu preciso fazer algumas coisas ainda. Tenho meus compromissos.

- Não Castle, por favor. Precisamos conversar.

- Eu sei mas você está cansada. Amanhã. Prometo que conversamos amanhã.

- Castle, estou te pedindo. Fica aqui comigo. Não quero ficar sozinha nesse apartamento. Aposto que você vai encontrar uma camisa naquela segunda gaveta. Você esqueceu aqui. Tem dois boxers também. 

Ele não poderia resistir a isso. O olhar dela era sincero. Precisava dele e se tinha algo que Castle não torelava era ver o olhar triste no rosto de Beckett. Ele foi até a gaveta e achou uma camisa e a roupa íntima. Foi para o banheiro, tomou uma ducha e vestiu-se para dormir. Ergueu o edredom e enfiou-se embaixo dele. Kate já estava sonolenta devido o remédio, mas no instante em que ela sentiu a presença dele ao seu lado na cama, ela virou-se e aconchegou-se ao peito dele. Dormiu instantaneamente.


Dia seguinte


Ela acordou primeiro e foi fazer café para eles. Sorriu ao ver a geladeira abarrotada de comida e guloseimas típicas de Castle. Preparou ovos, bacon e torradas. O café bem quente expandia seu aroma por toda a sala. Despertado pelo cheiro, Castle apareceu na sala esfregando os olhos e sentando-se de frente para o balcão da cozinha americana. Ao vê-lo falou.  

- Bom dia.

- Bom dia, Kate. Vejo que você já deve estar se sentindo melhor. Bem disposta pelo menos.

- Sim, dormi muito bem. Relaxada mesmo como não fazia a um bom tempo.

- Deve ser porque você tirou o peso do caso das costas e da mente.

- Talvez... – mas ela sabia que não era apenas isso. Sentou-se na frente dele e saborearam o café que ela preparara. Depois do café, Castle levanta-se da mesa e já pretende voltar ao quarto. Ele diz a ela.

- Preciso voltar ao hotel, trocar de roupa, dar uns telefonemas e ajustar minha agenda. Tenho compromissos a atender.

- Porque você não fecha essa conta no hotel e fica aqui no apartamento? Pelo menos durante a minha recuperação. Não precisa ficar lá sozinho.

- Tudo bem, eu aceito sua proposta mas preciso resolver minhas coisas. Vou me vestir.

Em quinze minutos, Castle deixava o apartamento de Kate.  Na volta para o hotel, ele estava pensativo. Gostara da iniciativa de Kate pedindo para ele ficar, porém ele ainda não sabia ao certo o que ela quer dele. Apenas a companhia devido a uma certa carência ou Kate estava disposta a tentar reatar o relacionamento? A última coisa que gostaria de enfrentar era a repetição da cena de três meses atras quando a porta se fechara atrás dele separando seu mundo do dela.

Arruma suas coisas no hotel, faz teleconferências com a editora e infelizmente ficara sem argumento para um novo adiamento de suas atividades, precisava viajar ou teriam problemas de contrato em Memphis. Levou suas malas para o apartamento dela e separou o que levaria consigo. Ela fica feliz ao vê-lo entrar com as malas porém, logo se entristeceria.

- Kate eu preciso viajar hoje à noite para Memphis, não posso mais adiar. Se não aparecer é quebra de contrato – ele percebeu a tristeza no olhar dela – serão somente dois dias. Use esse tempo para fechar o caso no FBI – ele podia ver que Kate estava insatisfeita. Castle ficou esperando que ela o impedisse, que não o deixasse ir mas Kate não fez nada. Apenas manteve o silêncio e o olhar perdido. A caminho do aeroporto, seus pensamentos voltaram-se para o relacionamento dos dois. Para Castle, a situação apenas se agravava. Será que ele não estava sendo claro o bastante desde a primeira vez ao aceitar ajuda-la? Não se fizera entender? Será que Kate ainda não estava pronta ou tinha medo de arriscar e ser rejeitada por ele? Não... isso era loucura. Os dois se amavam então porque continuavam insistindo em uma disputa de egos? Especialmente ela, porque Kate não admitia que errara e queria consertar? Em meio a dúvidas, ele desembarcou em Memphis e decidiu deixar o problema de lado. Tomaria um banho, pediria algo para comer e dormiria. Teria a manhã para se concentrar em seus eventos. Um na parte da tarde na Borders e outra noite de autógrafos na Barnes & Noble.

Naquela noite, sozinha em seu quarto Kate fitava a tv. Ela se recriminava, devia ter insistido para Castle ficar, demonstrado que gostaria de tê-lo ao seu lado. Não lutara nem um segundo, agira exatamente como da última vez. Burra! Só podia ser muito burra. Ela estava chateada consigo mesmo por ainda se deixar travar por medo de arriscar. Ela seguiu para o quarto segurando as lágrimas, ao abrir a gaveta da cabeceira, Kate pegou um pequeno saco de veludo. Despejou o conteúdo na mão. Suspirou. Aquele era seu anel de noivado. Símbolo que Castle deixou para trás quando saiu pela porta do apartamento dela a cerca de três meses atrás. Qual o significado disso? O que representa esse anel e seu relacionamento com Castle? Era realmente tudo o que ele dizia ser? Kate segurou a joia com o indicador e o polegar.

É tudo o que importa. Estar com ele. Dividir a vida com ele. A única palavra que vinha na sua mente para descrever quando queria a presença de Castle em sua vida era aquela já repetida várias vezes pelos dois: always...

Kate mordeu os lábios tentando em vão segurar as lágrimas que caiam de seus olhos. Guardou o anel na mesma embalagem mas em vez de colocar na gaveta, ela manteve em suas mãos como se o simples contato fosse um substituto ao toque de Castle. O celular dela tocou. Era um número desconhecido. Atendeu.

-Olá, Kate. Aqui é o Dr.Thomas. Desculpe estar ligando tão tarde mas quero saber como você está. Sente alguma dor, dificuldade em respirar, sua visão está boa? Essas perguntas são importantes porque recebi um telefonema de seu superior no FBI querendo saber se você já estava apta para o trabalho.

- Sim, estou me sentindo bem mas tenho uma dúvida.

- Claro, pode perguntar.

- Na verdade, precisaria conversar com o senhor sobre algo importante. Seria melhor em seu consultório. Pode me receber amanhã logo cedo? Sete horas da manhã?

- Claro! Meu plantão começa nesse horário. Chegarei quinze minutos antes e te atendo sem problema. Espero você e dependendo da nossa conversa posso te declarar apta para voltar ao serviço.

- Obrigada.

Ao desligar o celular, Kate matutava um problema em sua mente. Se suas suposições tivessem corretas, o médico era o único que poderia tirar sua dúvida. Quanto ao FBI, ainda não estava preparada para voltar ao bureau. Tudo era uma questão de prioridade.

No dia seguinte, Kate comparecera cedo ao hospital. A consulta durou trinta minutos e ao se despedir do médico, ela estava aliviada.

- Obrigada por me receber tão prontamente Dr. Thomas.

- Não precisa agradecer, estou aqui para ajuda-la. Fico contente que tenha me procurado para tirar a dúvida e não precisa se preocupar, não há risco algum.

Ela saiu do hospital mais aliviada após a conversa com o médico. Sabia que era apenas uma questão de tempo se seguisse tudo como definido. 


Memphis – Barnes & Noble


Rick Castle sempre atraía muitos fãs para suas noites de autógrafos e aquela não seria exceção. A mega livraria estava repleta de pessoas folheando livros, tomando café ou champagne e conversando animadamente seja sobre as aventuras de Nikki, seja sobre o escritor charmoso e bonitão que encantava as mulheres. Castle dividia sua atenção entre a imprensa concedendo entrevistas aos jornalistas presentes e aos fãs que insistiam em aborda-lo sobre a sua personagem fictícia e especular sobre sua versão na vida real. Claro que ele procurava se esquivar de algumas perguntas capciosas que surgiam usando duas de suas melhores armas: a ironia e o bom humor. Infelizmente, toda sua atitude era só fachada. Por dentro Castle estava triste e decepcionado. Esperava que após o caso eles pudessem se acertar, esquecer as diferenças da última briga e recomeçar. Novamente, ele percebeu que Kate não tomara a iniciativa e isso fazia com que Castle se questionasse, até aquele momento.

Ao se ver naquele ambiente tão natural para ele, celebrando seu sucesso, Castle entendera que nada daquilo valia a pena se não tivesse alguém ao seu lado. Não qualquer pessoa, apenas uma. Kate Beckett.

A sua agente se aproximou dele. Viu que nos últimos quinze minutos ele ficara disperso do resto das pessoas. Tinha uma taça de champagne nas mãos. Logo começaria a sessão de autógrafos e depois a leitura do primeiro capítulo de Deadly Heat e Castle precisava se concentrar. Ela se aproximou dele tocando-lhe o braço.

- Oi, já está quase na hora. Tudo bem? Você parece estar meio aéreo.

- Sim, está tudo bem.

- Conforme combinamos você irá primeiro autografar os livros e depois teremos o momento da leitura. Preciso que melhore essa cara, Rick. Trabalho com você a muitos anos para saber quando você não está bem, mas se quer vender livros e fazer deste mais um best-seller terá que se esforçar e não decepcionar seus fãs.

- Sei disso. Vou me preparar – Castle virou a taça de champagne e seguiu para a mesa onde receberia os leitores.

A sessão de autógrafos correra muito bem. Castle sorria, tirava fotos, brincava com os fãs. Foram duas horas bastante agradáveis que afastaram a nuvem cinza que pairava em sua mente. Em seguida, ele preparou-se para subir no púlpito e ler para cerca de duzentos leitores o primeiro capítulo de seu mais novo candidato a best-seller. Deadly Heat lembrava a ele momentos muito especiais e dividir um pouco dessa sensação com os fãs era algo prazeroso para o escritor.

Durante a leitura, ele ouvia gritinhos, “uhus” e mesmo assobios. As pessoas interagiam durante a leitura fazendo-o sorrir. Sabia que seus leitores curtiam os crimes mas todos gostavam mesmo era do lado romântico e dos momentos calientes entre Nikki e Rook. Ele lia uma parte bem interessante, o momento que Nikki iria enfrentar um inimigo que prendera no tribunal. Castle se empolgava trazendo dramaticidade a cena.

- A Detetive Heat já estivera muitas vezes diante de um júri para defender vítimas de assassinatos. Em anos de carreira, ajudara centenas de famílias a ter um encerramento digno, ao promover a justiça. Naquela manhã, porém, Nikki tinha um motivo a mais para comparecer aquele tribunal. O acusado em questão era um matador de aluguel que abrira uma nova linha de investigação para o único caso não resolvido da vida de Nikki: o assassinato da sua mãe. Combinara de encontrar seu suposto parceiro e namorado no fórum – Castle tomou fôlego e continuou criando um clima a sua narração - Era uma manhã decisiva para a bela Nikki. Não hesitou ao vestir-se para aquele depoimento. Nikki escolhera um taier lilás, uma das cores preferidas dela assim como qualquer tonalidade de roxo, a saia justa um pouco acima dos joelhos realçava as pernas longas e bem torneadas resultado de horas de malhação e lutas, dentro e fora de um ringue. Os cabelos longos caíam soltos sobre os ombros. Caminhava de maneira sensual com o sobretudo nos braços e impondo respeito por onde passava. Firme e decidida, atraía olhares por onde passava do alto de seus 1,75 metros reforçados por um salto fino de 15 centímetros. Quando Jameson a viu entrar no tribunal, fora impossível segurar o queixo. Ficou boquiaberto diante de tanta.... – Castle parou de ler por uns instantes não acreditando no que via a sua frente, a palavra seguinte saiu como um sussurro – beleza...

A reação dele, despertou a curiosidade de seus leitores que olharam para trás. No meio do corredor entre as duas fileiras de cadeiras, estava ela. Detetive Nikki Heat em carne e osso, ou melhor dizendo Kate Beckett, sua musa. Trajava um vestido roxo curto expondo as pernas maravilhosas. Os cabelos curtos sobre os ombros ainda causavam impacto. E tal qual seu alter ego, caminhava com elegância até uma cadeira mais perto de onde ele estava. Estava maquiada com o batom vermelho realçando os lindos lábios e nem de longe lembrava a mulher que ele vira a dois dias numa cama de hospital.

Sexy, não havia melhor palavra para descrevê-la. Castle não pode deixar de notar a pulseira de ouro que dera a ela de presente do dia dos namorados. Ela nunca tirava aquela joia. Era um símbolo. A cada passo de Kate para se aproximar dele, Castle sentia a tensão no ar. Tinha que se controlar na frente daquele monte de gente mas ela o tirava do sério mesmo quando não tinha a intenção de fazer isso. Claro que esse não era o caso.

Castle ainda estava em choque com o acontecimento quando as pessoas começaram a aplaudir e sua agente tomou seu lugar ao palco. Ela sabia que ele não tinha a menor condição de continuar aquela leitura. Com cuidado, ela falou aos leitores.

- Intrigante não? Se querem saber mais da história dessa detetive sexy, comprem Deadly Heat. Rick Castle, senhoras e senhores – os fãs aplaudiram-no de pé. Curiosamente, ao se dispersarem eles procuraram por Kate querendo também um autógrafo. De longe, ele observava a situação. Não conseguia tirar os olhos dela. Passado o susto, procurava entender o que ela estava fazendo ali, afinal ainda estava se recuperando da cirurgia. Por que Kate Beckett deixaria Washington para vir a uma noite de autógrafos em Memphis? Completamente instigado pelo enigma da chegada de Kate à livraria, ele pegou uma taça de champagne e um suco de cramberries e foi ao seu encontro.

- Eu te ofereceria champagne mas você ainda está tomando antibióticos – estendeu o suco de cramberries para ela – o que faz aqui, Kate?

- Surpreso, Castle? – ela bebericou o suco.

- Muito. Se essa era a sua intenção ao fazer aquela entrada triunfal, conseguiu e muito mais do que possa imaginar. Você já pode voar? Não vai te prejudicar na recuperação? Você fez uma cirurgia e ...

- Detalhes, Castle – ela o interrompeu – nada disso interessa agora. Tenho outra prioridade. Seu evento já terminou?

- Teoricamente sim mas devo ficar até o final.

- Isso é o que veremos – ela disse se afastando dele para falar com a sua agente. Castle estava ainda mais surpreso. Com um simples diálogo de menos de cinco minutos, ele observou as duas mulheres trocarem sorrisos e viu Beckett voltar na direção dele.

- Tudo resolvido. Podemos ir?

- Mas Beckett eu tenho... espera estou liberado? E porque?

- Está. Você quer o motivo? Precisamos conversar e alguém precisava tomar a iniciativa – ela estendeu a mão para ele puxando-o para a saída – vamos para o seu hotel tenho certeza de que lá poderemos conversar melhor.


E mudo Rick Castle a obedeceu. 


Continua....

3 comentários:

Unknown disse...

OMGGGGGGGGGGGGGGGGGG... como odiar um capítulo dessessssssss??? Impossível!!! Adoreiiiiiiii a surpresa da Becks, ainda bem que ela caiu em si, tomando a frente da situação!!!
Capítulo mt tenso, me senti assistindo um filme de suspense com ação!!! Muito bom mesmo!! Pena que a fic já está na reta final!!! Tô adorando o rumo dela!!!
Ansiosa pelo último, ou penúltimo!!! :)

Unknown disse...

DESISTO DE VIVER!!!!!! POR QUE VOCÊ FEZ ISSOOOOOOOOOO???????
Este cap. foi incrivel Ká,muitas emoções assim eu não aguento.Pensei o pior com a parte do tiro,da Bex sendo hospitalizada o Cas ao lado dela #Always,o fim do caso foi tenso mas feliz.O que dizer da chegada ESPETACULAR. De Kate amei a iniciativa.
Aguardando o proximo cap e triste por esta chegando ao fim =(

Unknown disse...

OMMMGGGGGGGGGGGG vc supera todas as minhas expectativas.Fazem 4 dias que eu espero do 11°capítulo e rezando para que tenha o 12°.Karen,por favor,não demore a postar.E não teria como odiar um capítulo como esse.