terça-feira, 17 de setembro de 2013

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.3


Nota da Autora: Esse capítulo contém fortes emoções, palavras em inglês, vocabulário de internet e diversão! Importante: estou criando uma linha do tempo própria não necessariamente a que aconteceu nos twets de S/N. Recomendável ler com um copo com água....#justsaying 


Atenção! NC-17....watch out!


Cap.3


Marlowe acabara de finalizar o script e o calendário de gravações do episódio escrito por Terri. Ao reparar em algumas cenas externas e internas que exigiriam tomadas noturnas. Situações que infelizmente não tinham outra forma de gravar senão entrando pela noite e de madrugada. Lembrando do acordo que fizera com Nathan no inicio da temporada, achou por bem chama-lo para conversar já que não teria como mudar a situação. Quando Nathan chegou à sala dos escritores, apenas ele e Terri estavam ali. Marlowe pediu para ele sentar-se e calmamente, ele explicou a dinâmica do episódio e a necessidade das filmagens à noite e muito provavelmente entrando pela madrugada. Ao perguntar a Nathan se estava de acordo, se surpreendeu com a reação dele.

- Andrew, estou totalmente de acordo. São muitas cenas pesadas e externas. Pode contar comigo sem problemas.

- Trabalhar na sexta até tarde da noite está tudo bem pra você?

- Sem problemas. Ainda mais sendo um episódio tão dinâmico. Apenas peço que poupem o domingo porque tenho um evento o dia todo.

- Claro, não trabalharemos no sábado nem no domingo. Começamos em uma semana as filmagens. De qualquer forma, obrigado pela compreensão.

- Tudo bem – e saiu da sala. Andrew olhou na direção de Terri e ergueu as sobrancelhas.

- O que deu nele? Jurava que ele ia reclamar por ter que sair do acordo que fiz.

- Essa reação tem nome: mulher. Ainda não descobri quem, mas Nathan está muito diferente. Está apaixonado.   

Nos dias seguintes, eles continuavam a gravar as cenas finais do episódio que antecedia o de Terri. Em uma das paradas entre cenas, Stana checava o celular e ria. Apesar de não responder aos fãs, ela lia cada mention que recebia. Ficava ainda impressionada com o tanto de pessoas que diziam ama-la, adora-la. Aquelas que agradeciam por Beckett, pelo seu talento. O que a surpreendia era que havia mentions de todo lugar do mundo, nas mais diferentes línguas. Algumas vezes ao ler o conteúdo dessas mensagens, ela se espantava, ficava com um certo receio diante de tudo isso. Fãs eram fãs mas havia extremos definitivamente. Assustava a ela o fato das pessoas se envolverem com ela e com sua personagem e a amplitude de Castle no mundo inteiro.

Hoje as mentions estavam particularmente engraçadas. Os fãs estavam comentando sobre algumas fotos de bastidores que saíram e elogiavam Nathan por estar mais magro e cada vez mais lindo. Apelidos para elogia-lo não faltavam. E aproveitando isso, alguns fãs começaram a falar dos dois. os melhores eram o que falavam dos seus Stanathan’s feelings. Stana ria e ficava impressionada com a criatividade deles em imaginar que coisas aconteciam entre os dois, ou mesmo que eles competiam entre si.
- Hey, Nathan. Dá uma olhada nisso aqui. Todos estão babando por você no twitter. E tem mais, muita especulação sobre, você sabe o que – ele sentou ao lado dela e começou a ler as mensagens na tela dela – será que demos bandeira? Quer dizer como essas pessoas podem enxergar isso e acreditar que temos algo?

- Talvez elas percebam mesmo nossos sentimentos apenas ao nos observar. Linguagem corporal é algo que não controlamos, é inevitável. Pode ser apenas um misto de sentimentos, nossos fãs querem ver a relação de Castle e Beckett fora das telas e isso os leva a imaginar situações.

- O único problema é que eles tem razão. É interessante como eles transformam um tweet em teoria.

- Você tem que concordar que somos bem misteriosos em nossos tweets, isso mexe com eles.

Sorrindo, ela continuou a ler junto com ele as mensagens. Os dois estavam lado a lado, de corpo colado e quase com seus rostos se tocando, alheios ao que se passava ao seu redor. De vez em quando, Stana deixava uma risada escapar, ou sem perceber esfregava os cabelos em Nathan. Quem os visse de longe não ia acusa-los de algo mais porém o clima entre os dois era tão natural que da mesma forma que os fãs pensavam, algumas pessoas no set se perguntavam como eles não se envolveram em um relacionamento ainda.

Então Stana teve uma ideia. Poderia render bons momentos para eles nessas redes sociais. Ela ia propor a Nathan.

- Acabei de ter uma ideia interessante. O que você acha da gente começar uma série de tweets misteriosos para mexer com os fãs? Podemos colocar pensamentos subjetivos para deixar-los especular. É um meio de expressarmos o que queremos sem levantar suspeitas. O que acha? Faz sentido pra você?

- Stana, você está falando sério?

- Porque não? Vai ser divertido, Nathan... – ele riu e balançou a cabeça.

- Você é encrenqueira hein, Stana? Vai deixar todo mundo doido.

- Ah, vamos lá... vai ser divertido! Proponho um teste agora. Vou twittar e você também. Olha só... – e ela começou a escrever algo – pronto! Agora você, pode escrever. E exatamente após Nathan ter postado algo, eles viram a TL ficar louca. Alguns falavam deles, outros davam RT, isso sem falar nas mentions e replies. Incrível, e não é que ela tinha razão? Ele mostra algumas respostas que recebeu para ela, rindo muito.

- Caramba! Estou impressionado.

- Eu disse. Vamos combinar o seguinte, sempre que um postar algo, o outro posta logo em seguida mas não iremos conversar um com outro, deixaremos os fãs especularem. Quem sabe não descobrimos coisas interessantes sobre nós? Eles tem mania de nos analisar.

- Você é má não? – ele ria ao tocar a coxa dela acariciando-a de leve – gostei da brincadeira. Temos um acordo então – ele se levantou pois já fizeram sinal aos dois para voltarem ao estúdio de gravação – ah! Mais uma coisa, quero sair com você amanhã. Mais um encontro, quero te levar em um restaurante que sei, você vai adorar.

- Amanhã, mas é apenas quarta. Não é melhor deixarmos para ir no final de semana?

- É que depois começamos a filmar o episodio de Terri e vem muito trabalho pela frente, além disso tenho um evento no domingo. Isso não é problema para você certo? Meu agente já confirmou a quase dois meses minha participação.

- Tudo bem. Eu aceito seu convite.

Durante o caminho para casa naquela noite, enquanto caminhava fazendo seu ATP, Stana escutava sua lista de canções e aos primeiros acordes de “Is this Love”, ela se pegou cantando e um pensamento lhe veio à mente. Uma frase de sua personagem. Todas as músicas fazem sentido. Fora isso que ela sentiu assim que começou a ouvir a letra da música. Sem pensar duas vezes, ela fez a busca na internet e encontrou um vídeo da música. Postou no twitter. Dessa vez, não por gozação e sim por estar com vontade. Assim que fez, ela voltou a escutar a mesma música novamente. Dessa vez, ela não viu o que disseram dela nas redes sociais. Era óbvio para qualquer shipper, Stana estava apaixonada.

Na quarta, eles começaram as filmagens do episodio escrito por Terri. Filmaram as cenas em estúdios por quase cinco horas. Depois, Nathan filmou com Susan e Molly por mais uma hora e pouco enquanto ela discutia com Terri algumas de suas cenas para amanhã. Terminado os trabalhos foram dispensados pelo dia. Nathan se aproxima dela logo após vê-la pegar suas coisas e caminhar até a porta do estúdio. Sem querer levantar qualquer suspeita, ele para e conversa com um dos rapazes da técnica, no fundo já tinha mandado um sms para ela espera-lo no carro. Sorridente, ele deixa o local rumo ao estacionamento. Quando chega perto do carro, ele nota que ela está escorada em um poste a certa distância. Ele fez sinal para Stana se aproximar. Cuidadosamente, ela vai até o carro. Abre a porta e entra.

- Acho que estamos nos arriscando, Nathan.

- Sim é exatamente isso que estamos fazendo, não? – ele acariciou o rosto dela – vamos. Temos reserva para às 9 horas, não se preocupe, o local é descolado mas também reservado. Não teremos problemas. Passo na minha casa e depois na sua, pode ser? Prometo que não me demoro.

- Mas tenho que me arrumar. Porque não faz assim, me deixa em casa e depois que você terminar vem me buscar e seguimos para o restaurante?

- Não precisa se arrumar, você já é linda de qualquer jeito... mas eu sei que não terei argumentos para competir com você então vamos fazer do seu jeito.

Ele a deixou em casa e rumou para a sua. Stana não sabia ao certo onde iria portanto escolheu uma calça social e uma blusa de seda lilás. Maquiou-se e arrumou o cabelo. Deixou-os soltos sobre os ombros. Assim que terminou de se arrumar, cinco minutos depois ela recebeu um sms dele falando que estava a caminho. Uns minutos depois, ele chegou e avisou através de um novo sms. Ela desceu em seguida. Nathan esperava ansioso por ela e viu como não podia deixar de se surpreender com a beleza dela.

- Nossa, você está muito bem. Como não podia estar linda? – ela entrou no carro – boa noite pra você – ele inclinou-se pra beija-la, um rápido toque nos lábios.

- Você ainda não me disse pra onde vamos.

- Deixe de ser curiosa... já chegaremos lá. O nome do local é bem sugestivo – ele piscou para ela.

Em cinco minutos, ele estacionou e entregou seu carro para o manobrista. Stana desceu do carro e ele lhe ofereceu o braço. Ela aceitou. Nathan se adiantou e falou a recepcionista que tinha uma reserva. Ela checou e pediu que a seguissem. Ao entrar no salão do restaurante Stana ficou maravilhada. Era uma ambiente estiloso e bem diferente. A moça os conduziu para o andar de cima, ali havia pouco movimentos e apenas três mesas estavam ocupadas naquela noite. Assim que apontou a mesa deles, ela esperou sentarem e então fez sinal para um rapaz a poucos metros. Ele veio e se apresentou.

- Bem-vindos ao Beso. Sou Marco, seu garçom de hoje. Posso começar trazendo um dos drinques da casa ou preferem a carta de vinhos?

- A carta de vinhos, por favor. E uma daquele beso guacamole especial de entrada.

- Beso...um nome bem sugestivo não?           

- Com certeza, podemos exercitar quando você quiser... – piscou para ela. Ele desistiu do vinho e informou ao garçom que queria a Sangria. Logo chegou a entrada e eles começaram a provar. Tudo delicioso. Escolheram os pratos principais e após a sobremesa, Nathan pediu um “xoxo café” para ela e outro para ele. É claro que isso fechou com chave de ouro o jantar. Stana gostara de tudo. Fora realmente acima das suas expectativas. Após o café, ela sorriu para ele e acariciando sua mão, falou.

- Estava tudo maravilhoso. Excelente escolha, Nate. Uma noite especial.

- Fico feliz que você tenha gostado. É muito importante.

- Adorei – e apertou a mão dele. Nathan pagou a conta e de mãos dadas deixaram o restaurante. Ele não perguntou a ela mas tomou o rumo do apartamento de Stana. Por mais que desejasse e muito ficar e dormir com ela essa noite, sabia que teriam um dia muito puxado amanhã e não seria justo com os dois. Tinham que estar no set às seis da manhã e já passava da uma hora quando ele estacionou na frente do prédio dela.

- Pronto. Está em casa, sã e salva.

- Você não quer subir?

- Melhor não, temos poucas horas de sono e amanhã o dia será puxado. Mas, tem uma coisa... – ele não completou a frase, desceu do carro e foi abrir a porta para ela. stana intrigada, ergueu uma das sobrancelhas com o gesto e aceitou a mão estendida dele para ajuda-la a descer do carro. Sendo cavalheiro, ela pensou. Assim que ele fechou a porta novamente, Nathan jogou-a contra o carro e puxando o rosto de Stana em sua direção através da nuca, sorveu os lábios dela em um beijo caliente.

Usando o corpo, ele imprensou Stana contra o carro e deixou suas mãos vagarem no corpo dela sentindo as reações que o beijo e o toque proporcionavam aos dois. Stana agarrou a gola da camisa dele buscando intensificar a ligação entre eles. Os lábios ávidos exploravam cada centímetro da boca, a língua dela enroscava-se a dele numa dança sensual e envolvente. Nathan apertou os seios dela sobre a roupa e gemendo Stana agarrou o rosto dele com ambas as mãos mordendo a boca e o queixo dele. Quando os lábios de Nathan devoravam o pescoço dela, Stana sentiu o corpo esmorecer, o coração descompassar e a umidade tomar conta do seu intimo. Vivia uma sensação arrebatadora em um único beijo. Por fim, Nathan afastou-se do corpo dela mesmo com os gemidos de protestos e fitou-a. Os olhos azuis estavam encobertos com uma névoa de prazer deixando-os quase cinzas. Ambos estavam sem fôlego. O coração de Stana parecia prestes a sair pela boca. Sentia o corpo amolecido, quase sem forças. Ela pode ver o estado de Nathan, não estava tão diferente do seu e sim, ele estava excitado. Ela sorriu. Nathan tornou a se aproximar dela apenas para acariciar-lhe o rosto com as costas da mão, também sorriu. Conseguiu dar a ela uma noite quase perfeita deixando-a pronta para não esquece-lo por umas boas horas.

- Boa noite, Staninha... sonhe comigo – ele levou a mão dela até os lábios e beijou-a levemente sem perder o contato com os olhos dela.

- Nathan... eu... – mas faltavam-lhe as palavras – a noite...

- Shhh, eu sei. Te vejo amanhã. E ele seguiu para o carro enquanto Stana lentamente se afastava do carro. Observando os movimentos dele. Apenas ao perceber que ele não arrancaria dali enquanto ela não entrasse no prédio, ela virou-se de costas e rumou para casa.

Naquela noite, Stana ainda demorou a dormir por estar sob o efeito da noite maravilhosa e do beijo arrebatador que a encerrara. Um encontro fora de padrões, como ela a muito não vivenciava. Ela precisaria retribuir.

Na manhã seguinte, Stana chegou ao estúdio antes dele. Trouxera guloseimas para tomarem café da manhã juntos. É claro que isso era apenas um plano em sua mente pois não poderia negar qualquer coisa a um dos rapazes ou aos técnicos se a pedissem. Para todos os efeitos, ela trouxera a comida já pensando no dia puxado que teriam. Terri foi a primeira a se servir dos pãezinhos seguida de Jon. Nathan chegou uns quinze minutos depois que a farra estava armada. Cumprimentou a todos e estava bastante sorridente.

- Quanta energia para uma manhã, Nathan... – observou Terri.

- Hoje temos que estar dispostos, nada como uma boa noite de sono, Terri afinal o dia será puxado, aliás, os dias.

- Está disposto demais hein Nathan, por acaso essa disposição tem nome? – implicou Jon. Ele saiu pela tangente.

- Ao contrário do que você quer insinuar muchacho, algumas pessoas contentam-se com uma boa hora de academia, um banho quente e uma boa refeição para buscar forças. Além do sono, claro – Jon sorriu para ele e fez o gesto de atirar para ele – Mas confesso que estou desejando um café expresso bem quente para começar o dia.

Stana já estava na máquina providenciando e antes que ele falasse mais uma vez, ela entregou a caneca fumegando para eles afinal essa fora sua intenção desde que ele chegara. Uma forma de retribuir um pouco a ótima noite que tiveram ontem e pela qual ela ainda não tivera oportunidade de agradecer. Ele pegou a caneca das mãos dela e sorriu.

- Obrigado, Stana – sorveu um pouco da bebida – hum, delicioso.

- Prove esse rolinho de canela, você vai gostar – disse ela.

Nesse instante, Seamus entrara na copa chamando por Jon, estava na hora deles gravarem. Aproveitando a deixa, cumprimentou a todos, roubou um croissant e acabou por chamar a atenção de Terri que também precisava fazer uma coisa antes de acompanhar as gravações. Antes de sair para finalmente, Stana pensou, deixa-los sozinhos, Terri deixou recomendações.

- Vocês dois não demorem nesse café. Ainda tem maquiagem e cabelo para fazer. Filmaremos em vinte minutos a primeira cena.

- Não se preocupe, Terri já fiz o grosso do cabelo e vou apenas retocar a maquiagem. Estaremos lá – disse Stana. Nathan permaneceu calado tomando o seu café a fim de não contrariar a sua chefe e muito menos levantar qualquer suspeitas para os dois. Quando ficaram a sós, ela mordiscava um muffin de blueberry esperando pela hora certa de falar com ele. Nathan parecia saborear o café e o rolinho. Ao vê-lo olhar para ela pela primeira vez sem qualquer reserva ou interrupção, Stana decidiu que era a hora de falar.

- Hey, dormiu bem?

- Dormi, claro que podia ter sido melhor, você sabe.

- Sim – ela esticou a mão para tocar a dele – Nate, adorei a noite de ontem. Muito mesmo. Tudo foi perfeito, como um encontro deve ser. Um beso nunca mais será um beso, se você me entende.

- Achei que você ia gostar.

- Eu amei e não vejo a hora de repetirmos a dose mas dessa vez por completo – piscou para ele – agora preciso ir trabalhar, antes que possamos ouvir outras insinuações sobre noites bem dormidas – ela gargalhou e se levantou da mesa. Checando se não havia ninguém por perto os vigiando, jogou um beijo no ar para ele. Seguiu para o camarim.

As cenas externas começaram por volta das sete da manhã. Nathan e Stana receberam as instruções do diretor e da própria Terri para que tudo seguisse exatamente como a escritora havia imaginado. Filmaram três cenas ininterruptas até as dez quando fizeram a primeira parada. Stana foi chamada para retocar maquiagem e Nathan ficou conversando com Terri sobre a próxima cena. Era uma sequência de ação que exigia muito dos dois porém bem mais dele pois teria que aguentar o peso de Stana em suas costas. Claro que essa não era a primeira vez que faziam isso mas dessa vez, Nathan quase não teria apoio e a pergunta de Terri é se ele conseguiria fazer a cena ou precisaria de dublê. Ele afirmou que faria a cena. Iria tentar. Quando Stana voltou, eles ensaiaram as falas e em seguida a cena para saberem as sequências de movimentos. Declarando-se preparados, eles fizeram sinal para o diretor.

A primeira tentativa teve o diálogo perfeito e a sequencia de ação quase foi aproveitada mas quando Stana jogou-se com um impulso para cima, ela se desequilibrou e ambos caíram. Sua sorte foi que o colchão sobre seus pés deram apoio a Nathan que recebeu todo o impacto de peso dela sobre seu corpo. Eles gargalhavam deitados no colchão. Stana rolou para o lado e continuou a rir por um tempo. Virou-se para ele e apoiando-se no colchão, deixou-se colocar uma mão sobre o peito dele ainda rindo, os dedos acariciavam-no sobre o tecido da camisa quase imperceptíveis mas Nathan entendeu o carinho.

- Você está bem Nate? – o apelido saiu sem querer e aproveitou que ele não respondera para consertar – Nathan? – ele ria e balançava a cabeça. Stana afastou-se dele para dar mais espaço e erguendo-se do colchão estendeu as mãos para ele – vem, te ajudo a levantar – ele segurou nas mãos dela e apoiando-se em suas pernas deu um impulso e levantou-se. Esticou as costas e percebeu que ela ainda o olhava com um ar de preocupação no rosto. Tratou de acalma-la e a todos os que estavam presentes na área.

- Tudo bem pessoal, foi só um deslize. Vamos fazer de novo.

- Tem certeza? – Terri perguntou – não quer o seu dublê?

- Não, tenho certeza que posso fazer isso sozinho. Foi a Stana que provocou tudo isso.

- É verdade, vamos fazer de novo – Stana incentivou.

- Ok, todos em suas posições – Terri orientou – vocês dois, concentrem-se. Atenção... luz, câmera... ação!

E a segunda tentativa saiu ótima. As gravações continuaram pesadas. Cena após cena, eles foram ensaiando, dizendo falas e correndo. A primeira parada foi às três da tarde, Stana já estava morrendo de fome. A refeição foi rápida e logo retomaram o trabalho. O esforço era mútuo do cast e dos demais técnicos presente nas tomadas externas mas o espírito de alegria ainda reinava entre todos, seja com uma piada de Nathan ou um erro de Stana ou ainda uma simulação de uma briga entre Castle e Beckett improvisada por Stana, eles conseguiram por fim executar tudo o que programaram para aquele primeiro dia de filmagens. Às nove da noite, encerraram. Terri ainda pediu um minuto a mais de Stana que acabou se estendendo mais do que pretendiam. Ela estava exausta e sequer preocupou-se em levar sua bicicleta para casa. Ficaria no estacionamento do estúdio pois não tinha condições de ir pedalando para casa. Tudo que queria era chegar em casa, tomar um banho e se jogar na cama. Ia chamar um taxi mas Terri não deixou e levou-a de carona. Quase não conversavam no caminho mas ela percebeu que Terri buscava um meio de descobrir algo a mais sobre Nathan porém ela não deu nenhuma abertura. Agradeceu a carona e foi fazer exatamente o que pretendia antes de cair no sono.

Depois de uma boa ducha e um copo de suco, Stana deitou-se na cama com seu celular. Viu a mensagem de Nathan. Ele apenas avisava que estava de saída e desejava uma boa noite para ela, ao final escreveu “miss u”, ela sorriu. Decidiu responder a mensagem dele. Disse que estava em casa e exausta “sleep tight and see you... tomorrow? Miss u2. xoxo” escreveu e adormeceu em seguida. Sonhou com ele. Sonhou que estavam sozinhos curtindo um final de semana distante de tudo e de todos. Desejos do subinconsciente sempre se transpõe em sonhos.

Na sexta, Nathan e Stana chegaram muito cedo ao estúdio e esperavam o resto do pessoal da técnica arrumarem os equipamentos enquanto tomavam café com o diretor e Terri. Somente ao sinal deles é que deixariam o estúdio para gravar as tomadas externas de hoje. Seria mais um dia pesado. Eles checavam as redes sociais pelo telefone e Stana se deparou com alguns tweets que não gostou porém resolveu se manter calada e observar antes de provocar algo que poderia ser totalmente sem propósito.

As cenas começaram e quase não houve espaço para eles conversarem. O ritmo de hoje era bem mais intenso que o do dia anterior. Entre tomadas e retomadas, Stana se desdobrava nas cenas de ação e nos diálogos pesados com Nathan. Ambos eram exigidos de uma maneira bem pesada, não havia espaço para certas considerações ou erros. Eles viram as horas passarem como um flash por seus olhos, cada uma delas os deixando mais exaustos, exigindo foco e sacrifício pela arte. Alguns tropeções, arranhões leves e risadas pelo meio do caminho adicionavam-se à dinâmica do todo. O calor de agosto também não ajudava em nada. O sol os castigou à tarde e deixou a sensação de abafado para a noite. Não corria vento. Duas cenas apenas e o trabalho do dia seria encerrado. Stana parou para beber água, manter-se hidratada. Nathan aproveitou para se refrescar no ar condicionado do trailer do diretor. Após saciar sua sede, ela estendeu a caneca que bebera e a garrafa para ele. Percebendo que nesse momento eram apenas eles no trailer, Nathan decidiu perguntar o que queria desde de manhã.

- Eu sei que estamos trabalhando feito loucos mas como eu viajo esse fim de semana, gostaria de passar ao menos a sexta e parte do sábado com você, o que acha? E não use o cansaço como desculpa, por favor.

- Adoraria mas o que você tem em mente, Nate? Porque o cansaço não vai desaparecer. Foram e estão sendo dias complicados para nós.

- Damos um jeito nisso. Como sairemos tarde, a alternativa que vejo é irmos a minha casa e pedirmos algo para comer. Lá podemos decidir o que faremos. Apenas quero passar um tempo com você antes de viajar.

- Tudo bem – ela inclinou-se e roubou um beijo dele – vamos logo voltar para acabar logo com isso.

- Só tem um detalhe, eu não vim de carro hoje. Meu dia de rodízio.

- Nada que um taxi não resolva, Nate... – e olhou para ele com um jeito de menina levada. Ele suspirou. Se pudesse, agarraria Stana agora.

Retomaram as filmagens com o mesmo ritmo anterior. Finalmente estavam na última cena porém isso não significava que seria mais fácil ou rápida e nem que estavam livres logo que alguém dissesse corta. Terri orientou aos dois sobre como agirem, o que levarem para aqueles minutos de cena. Concentrados, eles passaram pela primeira tomada mas acabaram errando algumas posições, na segunda Nathan trocou a frase e mais uma vez pararam. Terceira tentativa e tudo caminhou bem por fim. Extremamente cansados de estarem de pé, eles sentaram-se lado a lado na calçada esperando o aval do diretor para essa última cena. No fundo torciam para que não tivesse problemas e pudessem encerrar o dia. Stana tinha as mãos no rosto e involuntariamente encostou-se no corpo de Nathan buscando apoio e conforto. Ele deixou uma das mãos escorregarem para acariciarem as costas dela. Chris, uma das assistentes do elenco trouxe duas canecas de café para eles. A bebida atuou como um bálsamo. Terri se aproximou finalmente e fez o sinal de positivo com os dois polegares. A sensação que Stana sentiu foi de alívio.

- Vão pra casa, vocês dois. Estão com uma cara péssima de cansaço. Vão... e muito obrigada pelo esforço. Vejo vocês segunda.

Stana se levantou e esticou o corpo como se espreguiçasse. Nathan pos se de pé. Queria muito sair dali, ficar sozinho com ela. Ela prendeu o cabelo em um coque. Chamou por Chris e pediu um taxi. A turma começava a se dispersar, havia poucos ainda por ali.

- Já chamei o taxi. Você vem comigo. Como está seu nível de cansaço?

- Alto, mas nada que não podemos aliviar e curar em pouco tempo. Tenho algumas ideias.

- Ah, Nate... tome cuidado com o que você deseja – ela provocou.

- Jura? Já gostei.

O taxi chegou e ela fez sinal para ele acompanha-la. Nathan esperou alguns segundos e foi atrás dela. Stana entrou no carro e deu lugar para ele no banco. Deixou ele dizer o destino, iria para a casa dele. O transito parecia estar fluindo bem então teriam cerca de quinze minutos até chegarem. Ela se aproximou dele. Num impulso, jogou-se sem ressalvas nos braços dele colando seus lábios sedenta por sentir aquele beijo maravilhoso de noites anteriores. Stana deixou sua mão deslizar até a calça dele. Apertou o membro sobre o jeans e ouviu Nathan gemer entre seus lábios. Quase sem fôlego, ele afastou-se do beijo e olhou assustado para ela. A voz saiu como um sussurro.

- O que você... está fazendo...Sta... – não terminou pois os movimentos da mão de Stana acabaram deixando-o mais uma vez sem palavras – Oh, Deus... – ela aproximou os lábios do ouvido dele e sussurrou.

- Apenas quero retribuir a noite do Beso... – e devorou a boca de Nathan sem qualquer cerimônia. Os braços e pernas se confundiam, ele finalmente rendeu-se ao momento e simplesmente respondeu aos carinhos dela na mesma intensidade. Soltou o coque que prendia os cabelos maravilhosos dela e deixou seu nariz se perder nos cabelos sedosos e cheirosos, mordisca sua nuca e a empurra no banco de trás contra uma das janelas apenas para intensificar o toque no corpo dela. Stana cravou suas unhas nas costas dele e apertou por puro prazer. Após beija-lo novamente, ela mordia o lábio dele quando percebeu que a velocidade do carro diminuíra. Empurrou-o com dificuldades porque agora era Nathan quem não largava dela.

- Nate...pare...por favor...Nate! – finalmente ele a escutou.

- O que foi?

- Acho que chegamos.

Eles procuraram se ajeitar no banco de trás, Stana arrumou o cabelo e ainda ofegante pegou o celular e escreveu um tweet. Nathan percebendo o que ela fazia perguntou.

- O que você está escrevendo aí? Por favor não poste nada que você... – ele se calou quando ela estendeu o celular para que pudesse ler. Ele riu ao ver o que ela escrevia – mas como você espera... – e viu Stana virar a tela do telefone e tirar uma foto dela fazendo biquinho.
- Chegamos. Quanto eu devo?

- Vinte dólares.

Nathan pagou e abriu a porta do taxi. Stana desceu e juntos seguiram para a porta da frente da casa. Ela arrumava os cabelos e ajeitava o casaco. Estava muito quente, pelo clima de Los Angeles e também por toda a tensão que acabavam de vivenciar no banco de trás daquele taxi. Fora mais forte que ela, não conseguira se segurar. Ao entrarem na casa dele, Nathan ligou de imediato o ar condicionado. Ela sentou no sofá e já viu as reações ao seu tweet na internet. Começou a rir. Ele sentou-se ao lado dela já desabotoando a camisa. Stana sorrindo mostra a zona na TL do seu twitter. Nathan pegou o seu celular e escreveu uma mensagem que certamente iria causar mais alvoroço na TL. Mostrou a ela que não resistiu e gargalhou. Bastou alguns segundos após ele apertar enviar e a loucura de fãs começou. Especulação, teorias e o principal quem estava com ela no banco do taxi. Mas ele não pode acompanhar o desenrolar das histórias porque Stana tirara o celular da sua mão e deixou sobre a mesa.

Stana olhava para Nathan intensamente. Olhos de lince cheios de tesão, desejo. E algo mais. Ela tentava capturar cada pedaço do rosto dele na mente, o azul tão forte a hipnotizava como nada mais podia. Ela se levantou do sofá e sentou-se no colo dele. Nathan a envolveu com seus braços. Ela acariciava o rosto dele, beijava a ponta do nariz, circundava os lábios com o polegar e tirava os fios parcos da pastinha do caminho dos olhos.

- Eu me perco em seus olhos... não consigo explicar. Eles são como uma força que me puxa para você. Hoje posso dizer que tenho fixação por azul. Blue eyes...

- Hum, fico lisonjeado com isso.

- Nathan...

- Não, gorgeous. Qualquer coisa que você queira dizer pode esperar. Vamos aproveitar e descansar – ele colocou uma mecha de cabelo para trás da orelha dela, beijou-a suavemente nos lábios, no rosto – isso é o que faremos: vou subir preparar um banho especial para você pediremos comida e depois, bem temos a noite toda para nós.

- Tudo bem... chinesa?

- Claro – ele viu que Stana ia fazer uma recomendação – não se preocupe, não esquecerei dos seus rolinhos – o olhar dela era de surpresa – eu te conheço mais do que imagina, gorgeous.

Ela sorriu e sentou-se no sofá apenas para deixa-lo levantar. Nathan estendeu a mão para ela. Juntos, eles subiram para o quarto dele e como prometera, ele se encarregou do banho. Ela sentou na cama e ficou observando os detalhes do lugar, o edredon, os vários travesseiros, os quadros, a iluminação bem intimista. Ao lado da cama, a cabeceira continha três livros, um docking para seu celular que servia de despertador, uma luz de leitura. Do outro lado um porta-retrato com ele e a mãe, a segunda foto era dele com os amigos, Aidan, Trucco e Gina. Stana pegou o porta retrato na mão e percebeu que havia uma outra foto por trás das dos amigos. Deu uma espiada para ver se ainda podia bisbilhotar. Virou o objeto e o abriu. A foto por trás era de um dos photoshoots que fizeram. Aquela em que ele vestia um belo terno azul e ele a abraçava pela cintura, como um casal. Ela sorriu. Porque aquela foto estava ali? Tinha muito tempo? Para não levantar suspeitas, ela guardou tudo exatamente no mesmo lugar.
Nathan voltou do banheiro e encontrou-a olhando sua escrivaninha onde havia um telefone de discagem daqueles antigos. Uma área bem intrigante como a de um escritor dos anos 40. Achou muito noir. Gostou. Ele a abraçou por trás e beijou os ombros.

- Já pedi comida e o seu banho está pronto. É só você me dizer quando quer ir. Mas antes pensei em te fazer relaxar um pouquinho, quer?

- Estou aberta a sugestões.

- Ótimo, então sua função é apenas relaxar – Nathan devagar tirou o casaco dela, jogou-o em um canto do quarto. Depois, tirou a blusa que usava e colocou-a na cadeira da escrivaninha. As mãos dele começaram a massagear o pescoço dela, deslizando ao longo dos braços e entrelaçando suas mãos às dela por uns instantes. Voltou a massagear os ombros tensos e cansados pelo trabalho. Ele afastou o cabelo da nuca e beijou vagarosamente a pele dela, sugando um pouco com os lábios e viu os pelos arrepiarem-se. Sorriu. Puxando-a pela mão, ele levou-a até a cama. Fez ela deitar de bruços e ajoelhado na cama, Nathan continuou a massagem que havia começado quando estavam ainda de pé, os dedos gentis tocavam o corpo de Stana como se tocassem um instrumento delicado, quase como as teclas de um piano. Ela suspirava ao sentir o movimento dele em seu corpo. Suave e mesmo assim tentador, Nathan estava despertando a força do desejo que vinda de dentro dela. Ele desabotoou o soutian, inclinou-se até o corpo dela e beijou as costas de leve fazendo uma carreira de beijinhos. Ela gemeu com as carícias. Tão bom, tão sedutor.

Nathan virou-a delicadamente para ele, jogou o soutian ao chão. Não resistiu e acariciou o pescoço, descendo as mãos pelo colo e tocando os seios. Emoldurando-os nas suas mãos, apertou os mamilos e ouviu-a gemer. Mas não queria excita-la totalmente ainda a ponto de leva-la ao orgasmo. Não, tinham muito tempo para isso.

Ele encontrou o botão da calça dela e desfez para livrar-se da peça. Expos as pernas longas e tão lindas. Pegou um dos pés e massageou-o calmamente. Percebeu que involuntariamente, ela tocava os próprios seios e se contorcia na cama. Linda, simplesmente linda. Ele deixou os pés de lado porque não aguentaria ficar longe daqueles lábios nem por mais um minuto. tirou a camisa que vestia e inclinou-se no corpo dela colocando todo o seu peso sobre ela, acariciou seu rosto mantendo os olhos fixos nos dela. Encontrou tudo o que queria, tudo o que precisava naquele olhar. E a beijou por fim.

O beijo perfeito. Um beijo doce e carinhoso que aos poucos tomava ares de desejo, intensidade e urgência. Ao sentir aquele beijo ela ainda pensava como poderia ter esperando tanto tempo para apreciar a gostosura desses lábios. Sem querer mais pensar em nada, Stana se entregou completamente a ele apenas fazendo amor por beijos. Sim, era essa a sensação que tomava todo o seu corpo em apenas um beijo.

Sem fôlego, ele afastou-se dos lábios dela. Viajou pelo pescoço, ombros e deslizou pelo corpo sentindo a pele macia e cheirosa com os próprios lábios. Queria mais, muito mais. Ela o incentivava com as mãos nos cabelos e ombros, acariciando e guiando-o para onde queria que ele a tocasse. Nathan sugou um dos seios dela, brincando com a língua ao redor do mamilo e ela gemeu alto.

Mas não deixou-o continuar. Ela o empurrou contra a cama e sentou-se sobre as pernas dele. Colocou as duas mãos no peito dele e moveu o corpo sobre ele provocando-o. Mordiscou o queixo dele e saiu fazendo um passeio pelo corpo dele. Podia sentir o gosto masculino na pele misturando-se com o perfume amadeirado que era tão característico dele. Sentia o calor da pele e as batidas do coração dele. Ela arrastava os lábios e os dentes roçando a pele dele devagar, instigando, provocando mas também se deliciando em busca de seu próprio prazer. Os quadris dançavam em um ritmo somente seu, porém capaz de provocar em Nathan as mais deliciosas sensações. Ela percebeu o membro dele já excitado tocando suas coxas. Sugou o mamilo dele e mordeu a pele bem ao lado. Deixara sua marca no corpo dele. Não resistindo mais, voltou sua atenção a boca tão tentadora à sua frente. Dessa vez, o beijo foi urgente, forte. Reflexo do desejo que emanava por cada um dos poros do seu corpo.

Nathan a segurou pela cintura e deitou-a novamente na cama. Levantou-se e tirou a calça que ainda vestia ficando totalmente nu. Voltou a debruçar-se sobre ela e jogou seu peso sobre ela tomando-lhe a boca com vontade. Stana sentiu o desejo no toque dos lábios. Envolveu suas pernas na cintura dele, erguendo parte do corpo juntamente com os movimentos dele. Ela o queria dentro de si, precisava disso urgentemente.

Não teve que pedir. Ele posicionou-se puxando-a contra o seu corpo para penetra-la de uma só vez. Ela gritou. Ainda com as pernas enroscadas ao redor da cintura dele, ela recebeu os movimentos precisos e rápidos. Ela também remexia o corpo para senti-lo completamente dentro dela, sincronizando movimentos. Nathan aprofundou o movimento e buscou os lábios, o ritmo era tanto que as bocas quase não se tocavam apenas executando uma dança de sedução. Então Nathan a ergueu da cama consigo forçando-a a manter-se sentada sobre o colo dele.

Stana jogou a cabeça para trás e gritou. Nathan aproveitou a forma como ela se expos diante dele o que tornou o momento ainda mais prazeroso. Ele mordiscou a garganta dela ali à amostra e apertou um dos seios dela apenas para depois suga-lo com os lábios.  Então, sentiu o corpo dela tremer em seus braços. Uma sensação que ela não conseguia controlar. De olhos vidrados, deixou que o orgasmo a atingisse agarrando-se ao corpo dele. Nathan segurava-a ao mesmo tempo que mantinha o movimento constante para que ela não perdesse o efeito do prazer. Stana beijou o ombro dele para logo em seguida morder o mesmo lugar devido ao choque de prazer que experimentava. Ofegante, ela balbuciava o nome dele baixinho.

- Sim, Nate...isso....Deus...Nathan... eu...

Mas não conseguiu formar nenhuma frase coerente. Ele já não aguentava segurar o próprio momento, estava no limite. Ao sentir as mãos de Stana deslizando pelas costas dele cravando as unhas sem pena, ele apertou o bumbum dela e se rendeu ao clímax levando-a novamente com ele caindo na cama sobre o corpo dela.

O efeito do momento demorou a passar. Nathan estava totalmente largado sobre o corpo dela. Aquele peso embora provocando nela dificuldades para respirar, era extremamente prazeroso. O calor os envolveu. O suor escorria pela pele, resultado da expressão do desejo entre eles. Nathan escorregou para o lado. Manteve os olhos fechados recuperando o fôlego perdido. Ao sentir o toque dos dedos dela em seu peito deslizando devagar, ele sorriu. Stana apoiou-se no próprio corpo e beijou a pele dele e deitou parte do seu corpo nele apoiando o queixo sobre uma das mãos. Primeiro sorriu e em seguida, Nathan começou a ouvir pequenos risinhos e abriu os olhos. Num impulso, ao olhar para o brilho daqueles olhos azuis, ela deixou escapar.

- Ah... blue eyes, como eu amo esses olhos azuis...

- O que você disse? – e ela mordeu os lábios se entregando ao sentimento que pulsava no seu peito.

- I Love you, blue eyes. I love you.

Perplexo por vê-la falar tão abertamente sobre seus sentimentos, ele a puxou na sua direção e beijou-a apaixonadamente. Sem reservas. Ao olhar novamente para Stana, ele sorria.

- Love you too.

Stana sentiu o coração transbordar. Pousou a cabeça no peito dele e suspirou. Sentiu os dedos dele acariciando os seus cabelos. Sentia-se leve. Um toque de celular se fez presente, parecia distante mas estava sobre a cabeceira. Ele se esticou para apanhar o aparelho. Era do restaurante. Droga! Esquecera da comida.

- Sim? – ele escutava o que era dito do outro lado – certo, tocou a campainha? Ninguém atendeu... estranho – novo falatório – não, é claro que quero a comida. Sim, pode trazer – ela começou a dar vários beijinhos no peito dele, seus dedos brincando com as costelas – vinte minutos? Certo – desligou – eles bateram na porta, por quinze minutos – ele fazia cara de pânico.

Stana gargalhou.   

- E esquecemos do banho relaxante... – e gargalhou de novo – quem manda ser tarado? Era apenas uma massagem, Nate...

Ela percebeu que ele ria mas estava escrevendo alguma coisa. Curiosa, ela se debruçou ainda mais sobre ele fazendo-o reclamar.

- Ouch! O que você está fazendo? Cuidado...

- Quero saber o que você está fazendo.

- Apenas dando aos nossos fãs algo para teorizarem. Veja – virou a tela para eles – vão ou não vão combinar os dois tweets? Logo vão achar que quem estava no taxi com você era eu.

- Tenho certeza que já achavam, você apenas atiçou a imaginação deles um pouco mais falando do calor. Nathan... acho  que ouvi a campainha, deve ser a comida novamente. Melhor você ir lá. Eu espero você aqui – ela saiu de cima dele e espreguiçou-se na cama, o corpo ainda meio torpe de fazer amor com ele.

Minutos depois, Nathan aparece na porta do quarto  com um prato fundo em mãos. O cheiro de harumaki quentinho tomou o ar fazendo a boca de Stana encher de água.

- Está com fome?

- Agora sim... – ele se aproximou dela entregou o prato e Stana tirou um rolinho – humm delicioso.

- Você quer comer agora ou vamos ao banho? – ele olhava com cara de safado para ela. Stana sabia que esse banho ia render mais uma aventura deliciosa para eles então quem precisa de comida agora?
- Acho que a sua frase tem duplo sentido, Nathan... – e gargalhou de novo – vamos a comida, ops! Ao  banho. E saiu abraçada a ele para o banheiro. Novamente, o que era para ser um simples banho, virou um novo jogo de sedução e ambos perderam-se de prazer na banheira de Nathan. Depois, tomaram uma chuveirada, após enxugar a pele e passar o perfume dele, Stana vestiu uma camisa dele do time de hockey do Canadá.

Ela reclamou que estava com fome e desceram para jantar finalmente. Mais tarde, ainda namoraram um pouco antes de subir para dormir. Tinha sido uma noite especial, para guardar na memória. Ao deitar-se na cama ao lado dele, Stana sorria. Olhou para Nathan que deitara de lado para admira-la.

- Você percebeu o que aconteceu aqui hoje? Nesse mesmo quarto?

- Você está falando do sexo louco e maravilhoso que fizemos?

- Nathan... – o olhar característico de Beckett surgiu no rosto dela e ele riu.

- Estou brincando, gorgeous. É claro que sei, demos mais um passo no nosso relacionamento, você conheceu minha casa, dormirá na minha cama e disse que me ama. Como poderia esquecer? – ele acariciava o rosto dela, passou o polegar pelos lábios – não está arrependida, está?

- Não, claro que não. Eu disse e reafirmo. Disse o que sinto de verdade.

- Que bom, não gostaria de pensar que isso foi um sonho - inclinou-se para beija-la. Aconchegaram-se para dormir de conchinha.

Pela manhã, eles tomaram café juntos, assistiram TV, curtiram a piscina e fizeram amor novamente. O avião de Nathan saia por volta das quatro da tarde. Ela preparou um almoço light para eles enquanto Nathan arrumava uma pequena mala para levar. Sentaram juntos à mesa e Stana percebeu o quanto eles estavam sendo domésticos por seus gestos nesse fim de semana. Gostava da ideia. Mais tarde, ele insistiu para leva-la em casa mas Stana não aceitou para evitar possíveis problemas. Além disso, não queria atrasa-lo, disse que ia de taxi e foi impossível para ele ganhar de sua teimosia.

Ao se despedirem, ela fez o que qualquer namorada faria. Ajeitou a camisa dele, verificou o casaco de couro que ele vestia e beijou-o carinhosamente deixando suas mãos deslizarem no peito dele. Nathan sorveu aqueles lábios enquanto a abraçava. Sorria para ele.

- Promete que vai se comportar? Que não vai se engraçar com nenhuma nerd, geek ou afins? Não quero nem pensar no que farei se sonhar que você deu mole para qualquer uma zinha dessas...

- Hey... – ele acariciou o rosto dela de leve – pode parar de querer incorporar a Beckett? É só um evento, e não preciso de mais ninguém além de você. Pode assistir a transmissão na internet amanhã. Fica tranquila, Staninha, I Love you... – e beijou-a novamente.

Depois de passar mais de 24 horas ininterruptas ao lado de Nathan, ela sentiu-se estranha. Porém, a sensação de felicidade e plenitude ainda estava presente em todo o seu corpo. A mente não conseguia esquecer os momentos que viveram naquela semana. Tudo parecia tão bom que ela tinha medo de que algo atrapalhasse o momento que estavam curtindo. Em casa, ela resolveu dar uma olhada na sua TL do twitter a fim de ver o que rendera as postagens dela e de Nathan.
Exatamente como ela previra, seus fãs estavam enlouquecidos. Vira algumas teorias e ria sozinha com a criatividade dessas pessoas. Tudo isso era parte da magnitude de um show de TV, as pessoas são mais que fãs, elas levam os elementos da série para a vida delas. O que fascinava Stana era saber que o seu trabalho e o de Nathan além de todo o resto da equipe atingia uma diversidade incrível de pessoas, jovens, adultos, homens e mulheres. Tudo devido a uma história simples idealizada pelo seu criador. Ela foi tirada de suas reflexões por um sinal de mensagem no celular. Ao checar, viu que era dele. Dizia que chegara bem e já estava com saudades.

Satisfeita, ela decidiu dormir mas caiu na besteira de checar antes o twitter mais uma vez e viu um post que não gostou. A ex de Nathan, a tal da Ochoa fazendo referências a ele e mais um amigo sobre alguma vez que estavam juntos. Não gostou porém escolheu não se preocupar ainda com isso. Dormiu.

No domingo, ela aproveitou para arrumar a casa mas ia acompanhar a entrevista dele como prometera. Teimosa, ela começou a vasculhar a TL dele em busca de outras postagens suspeitas e achou algumas em espanhol. Tudo bem que não estava diretamente ligado a ele mas ela se irritou mesmo assim. Duas horas depois, ela acompanhava pela internet a participação dele. Como ficava lindo na câmera, ele estava ainda mais charmoso.

Quando fizeram a pergunta sobre como era fazer as cenas de beijo com ela, Stana lembrou do que ele falara anteriormente para ela, do receio. Percebeu o corpo dele se retesar. No mínimo, ficara nervoso ao ter que responder algo assim. Estava estampado no rosto dele. Mas como bom ator e com seu senso de humor, ele inventou uma história tirando praticamente todo o clima de uma cena de beijo, transformando-a em algo sem qualquer graça para os fãs, minando qualquer pensamento shipper. Mas ele não contava com a declaração de um dos fãs ao dizer que ela, Stana Katic, declarara que ele beijava bem. Novamente, ele saiu pela tangente. Esperto, ela pensou, bem esperto poém não o suficiente para enganar os shippers mais ferrenhos e ela sabia, falava com conhecimento de causa. Era capaz de apostar o seu salário do mês e ganhar como os tais Stanathans não aceitaram tão fácil essa mentira branca que ele contou.

Decidiu então inflamar o twitter e pensando em alfinetar a ex dele, ela escreveu algo em espanhol que era bem subjetivo e passível de ligação com o que acabara de acontecer. “No es un beso. Es EL beso”. É claro que isso criaria uma certa polêmica já que Nathan acabava de falar de beijos em Castle, o uso do espanhol e o real significado que ninguém exceto ela e ele sabiam. Stana quis se referir ao encontro no restaurante e ao beijo que a ergueu do chão, deixando-a sem qualquer fôlego diante dele. Agora era pagar para ver.        

Durante o dia, ela acompanhou os tweets e foi ficando mais chateada com a situação. Parecia aos olhos de outras pessoas algo banal porém, para ela qualquer movimentação das ex-namoradas de Nathan não era um bom sinal. Ela não entendia porque ele tinha essa mania de manter uma “relação de amizade” com as antigas. Passado é passado. Ficou para trás. Estava decidida. Se iam levar a sério a relação, ela daria a Nathan um ultimato.

Então uma sensação de namorada se apoderou dela e Stana começou a vasculhar não apenas o twitter mas também a internet. Foi aí que ela descobriu um vídeo da nerd machine que a fez morrer de rir. O que era aquela dancinha? Sim, sexy e engraçada. Não conseguia parar de rir e ia fazer pouco caso dele, só então ela percebeu que era a tal da Ochoa perto dele. Aquilo a irritou. E algo passou pela sua cabeça, porque se irritara? Eles não tinham nada quando tudo aconteceu, não estavam juntos, nem eram um casal. Afinal, o que eles eram? Como definiria a relação deles? Não sabia. Para Stana, dizia para si mesma. Não entre em paranóia por causa disso.

Mais tarde, quando já estava prestes a dormir, recebeu uma mensagem dele.

“ Gorgeous, cheguei a pouco. Muito cansado mas morrendo de saudades. Te vejo amanhã. Un beso.N”

Ele vira o twitter, pensou. Respondeu rapidamente e procurou dormir.

Segunda-feira

Encontraram-se logo cedo e apenas trocaram sorrisos. Apesar da vontade de beijar e abraçar, ali eram profissionais. Tinham cenas juntos e separados, as gravações seguiram por todo o dia. Stana teve algumas cenas externas com atores convidados enquanto Nathan filmava com Molly e Susan. Ao fim do dia depois que Rob os liberou, ela seguiu para casa de bicicleta mas enviou uma mensagem a ele para ligar mais tarde. Nathan estava ocupado com algum texto e ela não quis incomodar.

Estava em casa quando recebeu um sms dele. Dizia que estava a caminho da casa dela. De repente, ela sentiu o coração bater mais forte. Saudades, não podia negar. Apesar de ter dúvidas pairando em sua cabeça, o momento era de curtir a dois, não racionalizar. Isso ficaria para depois. Ao ouvir o toque da campainha, ela correu para a porta e bastou ele entrar para que Stana caísse em seus braços.

Surpreso com a reação bastante espontânea, ele retribuiu o abraço envolvendo-a pela cintura e sorrindo brincou.

- Tudo isso é saudade?

- Cala a boca e me beija, Nathan!

- Nossa! Deixei a Stana e ao voltar encontro a Beckett... – e com um puxão, ele colou seus lábios nos dela. O beijo para matar a saudade durou longos minutos. Esqueceram-se de tudo. E um amasso, acabou se transformando em muito mais. Quando deram por si, estavam na cama fazendo amor. Depois do êxtase, eles estavam um nos braços do outro aproveitando a quietude. Nathan resolveu matar sua curiosidade.

- Quer me explicar aquele tweet do beso? Ainda não consegui entender se você foi irônica ou estava fazendo um elogio.

- As pessoas interpretam como quiserem, para você, estava me referindo ao nosso encontro perfeito no Beso e o que se seguiu depois. Claro que aproveitei para atiçar a curiosidade dos nossos fãs e ao julgar pela sua, acho que funcionou – ela sorriu e então lembrou-se da reação dele ao ouvir a pergunta sobre os beijos – Nathan, como você pode agir tão estranho ao ouvir meu nome? Você travou legal quando o cara falou de beijos! Diz aí, o que passou pela sua cabeça? Você é péssimo em disfarçar – e caiu na gargalhada sentando-se na cama para encara-lo.

- Ah, não exagera. Eu me saí bem.

- Para alguém totalmente culpado! Sério, chega a ser engraçado. E você não enganou os mais espertos.

- Você podia me dar um crédito...

- No final, quando você agiu como o rei da situação “na minha mente, é o que parece” – ela imitou a voz dele vendo-o rir do jeito dela – Nate, eu tenho uma pergunta para você. Afinal, o que nós somos?

Ele franziu a testa diante da pergunta. De repente, saíam de um momento descontraído para algo mais sério. Conhecia Stana o suficiente para saber que eram nesses instantes que ela exigia respostas, não brincava com certos assuntos. Mesmo assim, ele tentou levar na brincadeira.

- Definitivamente, é a Beckett que está aqui hoje.

- Nathan... – e bastou o tom de voz para ele saber que era hora de conversar. Iria direto ao ponto.


- Stana, o que está acontecendo? 


Continua....

7 comentários:

cleotavares disse...

Uau! Adorei. é incrível como você consegue juntos todos os fatos, twitters e tal. Parabéns!

Unknown disse...

AAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!
COMO É QUE VOCÊ PARA AI KÁ?????
SERIO,QUE DO MAL...
Ok,Nat deixando tio Andrew e tia Ter de queixo caido foi show,Ele e Staninha atiçando os Stanatha's.merecem meu respeito apesar de que isso ñ se faz com o pobre coração de um fandom que clama por isso, que eles deixem de sacanagem e fiquem logo juntos(se.já ñ estão) U_U
E o jantar e o Beso pufavor...Nat e a pegada de matar,as gravações pesadas tadinhos.E a noite uuuuuiiiii
era apenas para banhar,mas esses dois tem um fogo que nossa senhora!
Quase tive de banhar com água fria as 03:15 da manhã O.o isso foi hooooot.
O que dizer do momento ciumes da Stanlinda???? A indireta em 3D
ainda estou C.H.O.C.A.D.A. com
“No es un beso. Es EL beso” tem meu respeito por toda eternidade...
Por essa pergunta o Nathan ñ esperava...Esperando a continuação!
Beso Ká =)

Unknown disse...

Garota tu escreve muito bem amei

Aline disse...

é um capitulo melhor que o outro,
MORRENDOOOO APENAS
Stana falando que ele nao sabe disfarçar, e o que foi aquilo que ela fez no lançamento do cavaleiro solitario? kkkkkkkkk
e eles realmente enlouqueceram o fandom nesse hiatus.
essa sua fanfic deveria ser real :((((

Unknown disse...

AAAAAAH me fez recordar as teorias sobre esses tweets dos dois ''noes un beso es el beso'' e o nathaan todo nervoso para responder a pergunta do fã sobre ele beijar bem segundo a Stana huahuahuahuahua, tô amando essa fic *-*

Luanasoutranslatw disse...

amei essa fic e que beso em

Luanasoutranslatw disse...
Este comentário foi removido pelo autor.