Nota da Autora: Esse capítulo contém fortes emoções, palavras em inglês, vocabulário de internet e diversão! Importante: estou criando uma linha do tempo própria não necessariamente a que aconteceu nos twets de S/N. Recomendável ler com um copo com água....#justsaying
Atenção! NC-17....watch out!
Cap.3
Marlowe acabara de finalizar o
script e o calendário de gravações do episódio escrito por Terri. Ao reparar em
algumas cenas externas e internas que exigiriam tomadas noturnas. Situações que
infelizmente não tinham outra forma de gravar senão entrando pela noite e de
madrugada. Lembrando do acordo que fizera com Nathan no inicio da temporada,
achou por bem chama-lo para conversar já que não teria como mudar a situação.
Quando Nathan chegou à sala dos escritores, apenas ele e Terri estavam ali.
Marlowe pediu para ele sentar-se e calmamente, ele explicou a dinâmica do
episódio e a necessidade das filmagens à noite e muito provavelmente entrando
pela madrugada. Ao perguntar a Nathan se estava de acordo, se surpreendeu com a
reação dele.
- Andrew, estou totalmente de
acordo. São muitas cenas pesadas e externas. Pode contar comigo sem problemas.
- Trabalhar na sexta até tarde
da noite está tudo bem pra você?
- Sem problemas. Ainda mais
sendo um episódio tão dinâmico. Apenas peço que poupem o domingo porque tenho
um evento o dia todo.
- Claro, não trabalharemos no
sábado nem no domingo. Começamos em uma semana as filmagens. De qualquer forma,
obrigado pela compreensão.
- Tudo bem – e saiu da sala.
Andrew olhou na direção de Terri e ergueu as sobrancelhas.
- O que deu nele? Jurava que
ele ia reclamar por ter que sair do acordo que fiz.
- Essa reação tem nome: mulher.
Ainda não descobri quem, mas Nathan está muito diferente. Está apaixonado.
Nos dias seguintes, eles
continuavam a gravar as cenas finais do episódio que antecedia o de Terri. Em
uma das paradas entre cenas, Stana checava o celular e ria. Apesar de não
responder aos fãs, ela lia cada mention que recebia. Ficava ainda impressionada
com o tanto de pessoas que diziam ama-la, adora-la. Aquelas que agradeciam por
Beckett, pelo seu talento. O que a surpreendia era que havia mentions de todo
lugar do mundo, nas mais diferentes línguas. Algumas vezes ao ler o conteúdo
dessas mensagens, ela se espantava, ficava com um certo receio diante de tudo
isso. Fãs eram fãs mas havia extremos definitivamente. Assustava a ela o fato
das pessoas se envolverem com ela e com sua personagem e a amplitude de Castle
no mundo inteiro.
Hoje as mentions estavam
particularmente engraçadas. Os fãs estavam comentando sobre algumas fotos de
bastidores que saíram e elogiavam Nathan por estar mais magro e cada vez mais
lindo. Apelidos para elogia-lo não faltavam. E aproveitando isso, alguns fãs
começaram a falar dos dois. os melhores eram o que falavam dos seus Stanathan’s
feelings. Stana ria e ficava impressionada com a criatividade deles em imaginar
que coisas aconteciam entre os dois, ou mesmo que eles competiam entre si.
- Hey, Nathan. Dá uma olhada
nisso aqui. Todos estão babando por você no twitter. E tem mais, muita
especulação sobre, você sabe o que – ele sentou ao lado dela e começou a ler as
mensagens na tela dela – será que demos bandeira? Quer dizer como essas pessoas
podem enxergar isso e acreditar que temos algo?
- Talvez elas percebam mesmo
nossos sentimentos apenas ao nos observar. Linguagem corporal é algo que não
controlamos, é inevitável. Pode ser apenas um misto de sentimentos, nossos fãs
querem ver a relação de Castle e Beckett fora das telas e isso os leva a
imaginar situações.
- O único problema é que eles
tem razão. É interessante como eles transformam um tweet em teoria.
- Você tem que concordar que
somos bem misteriosos em nossos tweets, isso mexe com eles.
Sorrindo, ela continuou a ler
junto com ele as mensagens. Os dois estavam lado a lado, de corpo colado e
quase com seus rostos se tocando, alheios ao que se passava ao seu redor. De
vez em quando, Stana deixava uma risada escapar, ou sem perceber esfregava os
cabelos em Nathan. Quem os visse de longe não ia acusa-los de algo mais porém o
clima entre os dois era tão natural que da mesma forma que os fãs pensavam,
algumas pessoas no set se perguntavam como eles não se envolveram em um relacionamento
ainda.
Então Stana teve uma ideia.
Poderia render bons momentos para eles nessas redes sociais. Ela ia propor a
Nathan.
- Acabei de ter uma ideia
interessante. O que você acha da gente começar uma série de tweets misteriosos
para mexer com os fãs? Podemos colocar pensamentos subjetivos para deixar-los
especular. É um meio de expressarmos o que queremos sem levantar suspeitas. O
que acha? Faz sentido pra você?
- Stana, você está falando
sério?
- Porque não? Vai ser
divertido, Nathan... – ele riu e balançou a cabeça.
- Você é encrenqueira hein,
Stana? Vai deixar todo mundo doido.
- Ah, vamos lá... vai ser
divertido! Proponho um teste agora. Vou twittar e você também. Olha só... – e
ela começou a escrever algo – pronto! Agora você, pode escrever. E exatamente
após Nathan ter postado algo, eles viram a TL ficar louca. Alguns falavam
deles, outros davam RT, isso sem falar nas mentions e replies. Incrível, e não
é que ela tinha razão? Ele mostra algumas respostas que recebeu para ela, rindo
muito.
- Caramba! Estou impressionado.
- Eu disse. Vamos combinar o
seguinte, sempre que um postar algo, o outro posta logo em seguida mas não
iremos conversar um com outro, deixaremos os fãs especularem. Quem sabe não
descobrimos coisas interessantes sobre nós? Eles tem mania de nos analisar.
- Você é má não? – ele ria ao
tocar a coxa dela acariciando-a de leve – gostei da brincadeira. Temos um
acordo então – ele se levantou pois já fizeram sinal aos dois para voltarem ao
estúdio de gravação – ah! Mais uma coisa, quero sair com você amanhã. Mais um
encontro, quero te levar em um restaurante que sei, você vai adorar.
- Amanhã, mas é apenas quarta.
Não é melhor deixarmos para ir no final de semana?
- É que depois começamos a
filmar o episodio de Terri e vem muito trabalho pela frente, além disso tenho
um evento no domingo. Isso não é problema para você certo? Meu agente já
confirmou a quase dois meses minha participação.
- Tudo bem. Eu aceito seu
convite.
Durante o caminho para casa
naquela noite, enquanto caminhava fazendo seu ATP, Stana escutava sua lista de
canções e aos primeiros acordes de “Is this Love”, ela se pegou cantando e um
pensamento lhe veio à mente. Uma frase de sua personagem. Todas as músicas
fazem sentido. Fora isso que ela sentiu assim que começou a ouvir a letra da
música. Sem pensar duas vezes, ela fez a busca na internet e encontrou um vídeo
da música. Postou no twitter. Dessa vez, não por gozação e sim por estar com
vontade. Assim que fez, ela voltou a escutar a mesma música novamente. Dessa
vez, ela não viu o que disseram dela nas redes sociais. Era óbvio para qualquer
shipper, Stana estava apaixonada.
Na quarta, eles começaram as
filmagens do episodio escrito por Terri. Filmaram as cenas em estúdios por
quase cinco horas. Depois, Nathan filmou com Susan e Molly por mais uma hora e
pouco enquanto ela discutia com Terri algumas de suas cenas para amanhã.
Terminado os trabalhos foram dispensados pelo dia. Nathan se aproxima dela logo
após vê-la pegar suas coisas e caminhar até a porta do estúdio. Sem querer
levantar qualquer suspeita, ele para e conversa com um dos rapazes da técnica,
no fundo já tinha mandado um sms para ela espera-lo no carro. Sorridente, ele
deixa o local rumo ao estacionamento. Quando chega perto do carro, ele nota que
ela está escorada em um poste a certa distância. Ele fez sinal para Stana se
aproximar. Cuidadosamente, ela vai até o carro. Abre a porta e entra.
- Acho que estamos nos
arriscando, Nathan.
- Sim é exatamente isso que
estamos fazendo, não? – ele acariciou o rosto dela – vamos. Temos reserva para
às 9 horas, não se preocupe, o local é descolado mas também reservado. Não
teremos problemas. Passo na minha casa e depois na sua, pode ser? Prometo que
não me demoro.
- Mas tenho que me arrumar. Porque
não faz assim, me deixa em casa e depois que você terminar vem me buscar e
seguimos para o restaurante?
- Não precisa se arrumar, você
já é linda de qualquer jeito... mas eu sei que não terei argumentos para
competir com você então vamos fazer do seu jeito.
Ele a deixou em casa e rumou
para a sua. Stana não sabia ao certo onde iria portanto escolheu uma calça
social e uma blusa de seda lilás. Maquiou-se e arrumou o cabelo. Deixou-os
soltos sobre os ombros. Assim que terminou de se arrumar, cinco minutos depois
ela recebeu um sms dele falando que estava a caminho. Uns minutos depois, ele
chegou e avisou através de um novo sms. Ela desceu em seguida. Nathan esperava
ansioso por ela e viu como não podia deixar de se surpreender com a beleza
dela.
- Nossa, você está muito bem.
Como não podia estar linda? – ela entrou no carro – boa noite pra você – ele
inclinou-se pra beija-la, um rápido toque nos lábios.
- Você ainda não me disse pra
onde vamos.
- Deixe de ser curiosa... já
chegaremos lá. O nome do local é bem sugestivo – ele piscou para ela.
Em cinco minutos, ele
estacionou e entregou seu carro para o manobrista. Stana desceu do carro e ele
lhe ofereceu o braço. Ela aceitou. Nathan se adiantou e falou a recepcionista
que tinha uma reserva. Ela checou e pediu que a seguissem. Ao entrar no salão
do restaurante Stana ficou maravilhada. Era uma ambiente estiloso e bem
diferente. A moça os conduziu para o andar de cima, ali havia pouco movimentos
e apenas três mesas estavam ocupadas naquela noite. Assim que apontou a mesa
deles, ela esperou sentarem e então fez sinal para um rapaz a poucos metros.
Ele veio e se apresentou.
- Bem-vindos ao Beso. Sou
Marco, seu garçom de hoje. Posso começar trazendo um dos drinques da casa ou
preferem a carta de vinhos?
- A carta de vinhos, por favor.
E uma daquele beso guacamole especial de entrada.
- Beso...um nome bem sugestivo
não?
- Com certeza, podemos
exercitar quando você quiser... – piscou para ela. Ele desistiu do vinho e
informou ao garçom que queria a Sangria. Logo chegou a entrada e eles começaram
a provar. Tudo delicioso. Escolheram os pratos principais e após a sobremesa,
Nathan pediu um “xoxo café” para ela e outro para ele. É claro que isso fechou
com chave de ouro o jantar. Stana gostara de tudo. Fora realmente acima das
suas expectativas. Após o café, ela sorriu para ele e acariciando sua mão,
falou.
- Estava tudo maravilhoso.
Excelente escolha, Nate. Uma noite especial.
- Fico feliz que você tenha
gostado. É muito importante.
- Adorei – e apertou a mão
dele. Nathan pagou a conta e de mãos dadas deixaram o restaurante. Ele não
perguntou a ela mas tomou o rumo do apartamento de Stana. Por mais que
desejasse e muito ficar e dormir com ela essa noite, sabia que teriam um dia
muito puxado amanhã e não seria justo com os dois. Tinham que estar no set às
seis da manhã e já passava da uma hora quando ele estacionou na frente do
prédio dela.
- Pronto. Está em casa, sã e
salva.
- Você não quer subir?
- Melhor não, temos poucas
horas de sono e amanhã o dia será puxado. Mas, tem uma coisa... – ele não
completou a frase, desceu do carro e foi abrir a porta para ela. stana
intrigada, ergueu uma das sobrancelhas com o gesto e aceitou a mão estendida
dele para ajuda-la a descer do carro. Sendo cavalheiro, ela pensou. Assim que
ele fechou a porta novamente, Nathan jogou-a contra o carro e puxando o rosto
de Stana em sua direção através da nuca, sorveu os lábios dela em um beijo
caliente.
Usando o corpo, ele imprensou
Stana contra o carro e deixou suas mãos vagarem no corpo dela sentindo as
reações que o beijo e o toque proporcionavam aos dois. Stana agarrou a gola da
camisa dele buscando intensificar a ligação entre eles. Os lábios ávidos
exploravam cada centímetro da boca, a língua dela enroscava-se a dele numa
dança sensual e envolvente. Nathan apertou os seios dela sobre a roupa e
gemendo Stana agarrou o rosto dele com ambas as mãos mordendo a boca e o queixo
dele. Quando os lábios de Nathan devoravam o pescoço dela, Stana sentiu o corpo
esmorecer, o coração descompassar e a umidade tomar conta do seu intimo. Vivia
uma sensação arrebatadora em um único beijo. Por fim, Nathan afastou-se do
corpo dela mesmo com os gemidos de protestos e fitou-a. Os olhos azuis estavam
encobertos com uma névoa de prazer deixando-os quase cinzas. Ambos estavam sem
fôlego. O coração de Stana parecia prestes a sair pela boca. Sentia o corpo
amolecido, quase sem forças. Ela pode ver o estado de Nathan, não estava tão
diferente do seu e sim, ele estava excitado. Ela sorriu. Nathan tornou a se
aproximar dela apenas para acariciar-lhe o rosto com as costas da mão, também
sorriu. Conseguiu dar a ela uma noite quase perfeita deixando-a pronta para não
esquece-lo por umas boas horas.
- Boa noite, Staninha... sonhe
comigo – ele levou a mão dela até os lábios e beijou-a levemente sem perder o
contato com os olhos dela.
- Nathan... eu... – mas
faltavam-lhe as palavras – a noite...
- Shhh, eu sei. Te vejo amanhã.
E ele seguiu para o carro enquanto Stana lentamente se afastava do carro. Observando
os movimentos dele. Apenas ao perceber que ele não arrancaria dali enquanto ela
não entrasse no prédio, ela virou-se de costas e rumou para casa.
Naquela noite, Stana ainda
demorou a dormir por estar sob o efeito da noite maravilhosa e do beijo
arrebatador que a encerrara. Um encontro fora de padrões, como ela a muito não
vivenciava. Ela precisaria retribuir.
Na manhã seguinte, Stana chegou
ao estúdio antes dele. Trouxera guloseimas para tomarem café da manhã juntos. É
claro que isso era apenas um plano em sua mente pois não poderia negar qualquer
coisa a um dos rapazes ou aos técnicos se a pedissem. Para todos os efeitos,
ela trouxera a comida já pensando no dia puxado que teriam. Terri foi a
primeira a se servir dos pãezinhos seguida de Jon. Nathan chegou uns quinze
minutos depois que a farra estava armada. Cumprimentou a todos e estava
bastante sorridente.
- Quanta energia para uma
manhã, Nathan... – observou Terri.
- Hoje temos que estar
dispostos, nada como uma boa noite de sono, Terri afinal o dia será puxado,
aliás, os dias.
- Está disposto demais hein
Nathan, por acaso essa disposição tem nome? – implicou Jon. Ele saiu pela
tangente.
- Ao contrário do que você quer
insinuar muchacho, algumas pessoas contentam-se com uma boa hora de academia,
um banho quente e uma boa refeição para buscar forças. Além do sono, claro –
Jon sorriu para ele e fez o gesto de atirar para ele – Mas confesso que estou
desejando um café expresso bem quente para começar o dia.
Stana já estava na máquina
providenciando e antes que ele falasse mais uma vez, ela entregou a caneca
fumegando para eles afinal essa fora sua intenção desde que ele chegara. Uma
forma de retribuir um pouco a ótima noite que tiveram ontem e pela qual ela
ainda não tivera oportunidade de agradecer. Ele pegou a caneca das mãos dela e
sorriu.
- Obrigado, Stana – sorveu um
pouco da bebida – hum, delicioso.
- Prove esse rolinho de canela,
você vai gostar – disse ela.
Nesse instante, Seamus entrara
na copa chamando por Jon, estava na hora deles gravarem. Aproveitando a deixa,
cumprimentou a todos, roubou um croissant e acabou por chamar a atenção de
Terri que também precisava fazer uma coisa antes de acompanhar as gravações.
Antes de sair para finalmente, Stana pensou, deixa-los sozinhos, Terri deixou
recomendações.
- Vocês dois não demorem nesse
café. Ainda tem maquiagem e cabelo para fazer. Filmaremos em vinte minutos a
primeira cena.
- Não se preocupe, Terri já fiz
o grosso do cabelo e vou apenas retocar a maquiagem. Estaremos lá – disse
Stana. Nathan permaneceu calado tomando o seu café a fim de não contrariar a
sua chefe e muito menos levantar qualquer suspeitas para os dois. Quando
ficaram a sós, ela mordiscava um muffin de blueberry esperando pela hora certa
de falar com ele. Nathan parecia saborear o café e o rolinho. Ao vê-lo olhar
para ela pela primeira vez sem qualquer reserva ou interrupção, Stana decidiu
que era a hora de falar.
- Hey, dormiu bem?
- Dormi, claro que podia ter
sido melhor, você sabe.
- Sim – ela esticou a mão para
tocar a dele – Nate, adorei a noite de ontem. Muito mesmo. Tudo foi perfeito,
como um encontro deve ser. Um beso nunca mais será um beso, se você me entende.
- Achei que você ia gostar.
- Eu amei e não vejo a hora de
repetirmos a dose mas dessa vez por completo – piscou para ele – agora preciso
ir trabalhar, antes que possamos ouvir outras insinuações sobre noites bem
dormidas – ela gargalhou e se levantou da mesa. Checando se não havia ninguém
por perto os vigiando, jogou um beijo no ar para ele. Seguiu para o camarim.
As cenas externas começaram por
volta das sete da manhã. Nathan e Stana receberam as instruções do diretor e da
própria Terri para que tudo seguisse exatamente como a escritora havia
imaginado. Filmaram três cenas ininterruptas até as dez quando fizeram a
primeira parada. Stana foi chamada para retocar maquiagem e Nathan ficou
conversando com Terri sobre a próxima cena. Era uma sequência de ação que
exigia muito dos dois porém bem mais dele pois teria que aguentar o peso de
Stana em suas costas. Claro que essa não era a primeira vez que faziam isso mas
dessa vez, Nathan quase não teria apoio e a pergunta de Terri é se ele
conseguiria fazer a cena ou precisaria de dublê. Ele afirmou que faria a cena.
Iria tentar. Quando Stana voltou, eles ensaiaram as falas e em seguida a cena
para saberem as sequências de movimentos. Declarando-se preparados, eles
fizeram sinal para o diretor.
A primeira tentativa teve o
diálogo perfeito e a sequencia de ação quase foi aproveitada mas quando Stana
jogou-se com um impulso para cima, ela se desequilibrou e ambos caíram. Sua
sorte foi que o colchão sobre seus pés deram apoio a Nathan que recebeu todo o
impacto de peso dela sobre seu corpo. Eles gargalhavam deitados no colchão.
Stana rolou para o lado e continuou a rir por um tempo. Virou-se para ele e
apoiando-se no colchão, deixou-se colocar uma mão sobre o peito dele ainda
rindo, os dedos acariciavam-no sobre o tecido da camisa quase imperceptíveis
mas Nathan entendeu o carinho.
- Você está bem Nate? – o
apelido saiu sem querer e aproveitou que ele não respondera para consertar –
Nathan? – ele ria e balançava a cabeça. Stana afastou-se dele para dar mais
espaço e erguendo-se do colchão estendeu as mãos para ele – vem, te ajudo a levantar
– ele segurou nas mãos dela e apoiando-se em suas pernas deu um impulso e
levantou-se. Esticou as costas e percebeu que ela ainda o olhava com um ar de
preocupação no rosto. Tratou de acalma-la e a todos os que estavam presentes na
área.
- Tudo bem pessoal, foi só um
deslize. Vamos fazer de novo.
- Tem certeza? – Terri
perguntou – não quer o seu dublê?
- Não, tenho certeza que posso
fazer isso sozinho. Foi a Stana que provocou tudo isso.
- É verdade, vamos fazer de
novo – Stana incentivou.
- Ok, todos em suas posições –
Terri orientou – vocês dois, concentrem-se. Atenção... luz, câmera... ação!
E a segunda tentativa saiu
ótima. As gravações continuaram pesadas. Cena após cena, eles foram ensaiando,
dizendo falas e correndo. A primeira parada foi às três da tarde, Stana já
estava morrendo de fome. A refeição foi rápida e logo retomaram o trabalho. O
esforço era mútuo do cast e dos demais técnicos presente nas tomadas externas
mas o espírito de alegria ainda reinava entre todos, seja com uma piada de
Nathan ou um erro de Stana ou ainda uma simulação de uma briga entre Castle e
Beckett improvisada por Stana, eles conseguiram por fim executar tudo o que
programaram para aquele primeiro dia de filmagens. Às nove da noite,
encerraram. Terri ainda pediu um minuto a mais de Stana que acabou se
estendendo mais do que pretendiam. Ela estava exausta e sequer preocupou-se em
levar sua bicicleta para casa. Ficaria no estacionamento do estúdio pois não
tinha condições de ir pedalando para casa. Tudo que queria era chegar em casa,
tomar um banho e se jogar na cama. Ia chamar um taxi mas Terri não deixou e
levou-a de carona. Quase não conversavam no caminho mas ela percebeu que Terri
buscava um meio de descobrir algo a mais sobre Nathan porém ela não deu nenhuma
abertura. Agradeceu a carona e foi fazer exatamente o que pretendia antes de
cair no sono.
Depois de uma boa ducha e um
copo de suco, Stana deitou-se na cama com seu celular. Viu a mensagem de
Nathan. Ele apenas avisava que estava de saída e desejava uma boa noite para
ela, ao final escreveu “miss u”, ela sorriu. Decidiu responder a mensagem dele.
Disse que estava em casa e exausta “sleep tight and see you... tomorrow? Miss
u2. xoxo” escreveu e adormeceu em seguida. Sonhou com ele. Sonhou que estavam sozinhos
curtindo um final de semana distante de tudo e de todos. Desejos do
subinconsciente sempre se transpõe em sonhos.
Na sexta, Nathan e Stana
chegaram muito cedo ao estúdio e esperavam o resto do pessoal da técnica
arrumarem os equipamentos enquanto tomavam café com o diretor e Terri. Somente
ao sinal deles é que deixariam o estúdio para gravar as tomadas externas de
hoje. Seria mais um dia pesado. Eles checavam as redes sociais pelo telefone e
Stana se deparou com alguns tweets que não gostou porém resolveu se manter
calada e observar antes de provocar algo que poderia ser totalmente sem
propósito.
As cenas começaram e quase não
houve espaço para eles conversarem. O ritmo de hoje era bem mais intenso que o
do dia anterior. Entre tomadas e retomadas, Stana se desdobrava nas cenas de
ação e nos diálogos pesados com Nathan. Ambos eram exigidos de uma maneira bem
pesada, não havia espaço para certas considerações ou erros. Eles viram as
horas passarem como um flash por seus olhos, cada uma delas os deixando mais
exaustos, exigindo foco e sacrifício pela arte. Alguns tropeções, arranhões
leves e risadas pelo meio do caminho adicionavam-se à dinâmica do todo. O calor
de agosto também não ajudava em nada. O sol os castigou à tarde e deixou a sensação
de abafado para a noite. Não corria vento. Duas cenas apenas e o trabalho do
dia seria encerrado. Stana parou para beber água, manter-se hidratada. Nathan
aproveitou para se refrescar no ar condicionado do trailer do diretor. Após
saciar sua sede, ela estendeu a caneca que bebera e a garrafa para ele. Percebendo
que nesse momento eram apenas eles no trailer, Nathan decidiu perguntar o que
queria desde de manhã.
- Eu sei que estamos
trabalhando feito loucos mas como eu viajo esse fim de semana, gostaria de
passar ao menos a sexta e parte do sábado com você, o que acha? E não use o
cansaço como desculpa, por favor.
- Adoraria mas o que você tem
em mente, Nate? Porque o cansaço não vai desaparecer. Foram e estão sendo dias
complicados para nós.
- Damos um jeito nisso. Como
sairemos tarde, a alternativa que vejo é irmos a minha casa e pedirmos algo
para comer. Lá podemos decidir o que faremos. Apenas quero passar um tempo com
você antes de viajar.
- Tudo bem – ela inclinou-se e
roubou um beijo dele – vamos logo voltar para acabar logo com isso.
- Só tem um detalhe, eu não vim
de carro hoje. Meu dia de rodízio.
- Nada que um taxi não resolva,
Nate... – e olhou para ele com um jeito de menina levada. Ele suspirou. Se
pudesse, agarraria Stana agora.
Retomaram as filmagens com o
mesmo ritmo anterior. Finalmente estavam na última cena porém isso não
significava que seria mais fácil ou rápida e nem que estavam livres logo que
alguém dissesse corta. Terri orientou aos dois sobre como agirem, o que levarem
para aqueles minutos de cena. Concentrados, eles passaram pela primeira tomada
mas acabaram errando algumas posições, na segunda Nathan trocou a frase e mais
uma vez pararam. Terceira tentativa e tudo caminhou bem por fim. Extremamente
cansados de estarem de pé, eles sentaram-se lado a lado na calçada esperando o
aval do diretor para essa última cena. No fundo torciam para que não tivesse
problemas e pudessem encerrar o dia. Stana tinha as mãos no rosto e
involuntariamente encostou-se no corpo de Nathan buscando apoio e conforto. Ele
deixou uma das mãos escorregarem para acariciarem as costas dela. Chris, uma
das assistentes do elenco trouxe duas canecas de café para eles. A bebida atuou
como um bálsamo. Terri se aproximou finalmente e fez o sinal de positivo com os
dois polegares. A sensação que Stana sentiu foi de alívio.
- Vão pra casa, vocês dois.
Estão com uma cara péssima de cansaço. Vão... e muito obrigada pelo esforço.
Vejo vocês segunda.
Stana se levantou e esticou o
corpo como se espreguiçasse. Nathan pos se de pé. Queria muito sair dali, ficar
sozinho com ela. Ela prendeu o cabelo em um coque. Chamou por Chris e pediu um
taxi. A turma começava a se dispersar, havia poucos ainda por ali.
- Já chamei o taxi. Você vem
comigo. Como está seu nível de cansaço?
- Alto, mas nada que não
podemos aliviar e curar em pouco tempo. Tenho algumas ideias.
- Ah, Nate... tome cuidado com
o que você deseja – ela provocou.
- Jura? Já gostei.
O taxi chegou e ela fez sinal
para ele acompanha-la. Nathan esperou alguns segundos e foi atrás dela. Stana
entrou no carro e deu lugar para ele no banco. Deixou ele dizer o destino, iria
para a casa dele. O transito parecia estar fluindo bem então teriam cerca de
quinze minutos até chegarem. Ela se aproximou dele. Num impulso, jogou-se sem
ressalvas nos braços dele colando seus lábios sedenta por sentir aquele beijo
maravilhoso de noites anteriores. Stana deixou sua mão deslizar até a calça
dele. Apertou o membro sobre o jeans e ouviu Nathan gemer entre seus lábios.
Quase sem fôlego, ele afastou-se do beijo e olhou assustado para ela. A voz
saiu como um sussurro.
- O que você... está
fazendo...Sta... – não terminou pois os movimentos da mão de Stana acabaram
deixando-o mais uma vez sem palavras – Oh, Deus... – ela aproximou os lábios do
ouvido dele e sussurrou.
- Apenas quero retribuir a
noite do Beso... – e devorou a boca de Nathan sem qualquer cerimônia. Os braços
e pernas se confundiam, ele finalmente rendeu-se ao momento e simplesmente
respondeu aos carinhos dela na mesma intensidade. Soltou o coque que prendia os
cabelos maravilhosos dela e deixou seu nariz se perder nos cabelos sedosos e
cheirosos, mordisca sua nuca e a empurra no banco de trás contra uma das
janelas apenas para intensificar o toque no corpo dela. Stana cravou suas unhas
nas costas dele e apertou por puro prazer. Após beija-lo novamente, ela mordia
o lábio dele quando percebeu que a velocidade do carro diminuíra. Empurrou-o
com dificuldades porque agora era Nathan quem não largava dela.
- Nate...pare...por
favor...Nate! – finalmente ele a escutou.
- O que foi?
- Acho que chegamos.
Eles procuraram se ajeitar no
banco de trás, Stana arrumou o cabelo e ainda ofegante pegou o celular e
escreveu um tweet. Nathan percebendo o que ela fazia perguntou.
- O que você está escrevendo
aí? Por favor não poste nada que você... – ele se calou quando ela estendeu o
celular para que pudesse ler. Ele riu ao ver o que ela escrevia – mas como você
espera... – e viu Stana virar a tela do telefone e tirar uma foto dela fazendo
biquinho.
- Chegamos. Quanto eu devo?
- Vinte dólares.
Nathan pagou e abriu a porta do
taxi. Stana desceu e juntos seguiram para a porta da frente da casa. Ela
arrumava os cabelos e ajeitava o casaco. Estava muito quente, pelo clima de Los
Angeles e também por toda a tensão que acabavam de vivenciar no banco de trás
daquele taxi. Fora mais forte que ela, não conseguira se segurar. Ao entrarem
na casa dele, Nathan ligou de imediato o ar condicionado. Ela sentou no sofá e
já viu as reações ao seu tweet na internet. Começou a rir. Ele sentou-se ao
lado dela já desabotoando a camisa. Stana sorrindo mostra a zona na TL do seu
twitter. Nathan pegou o seu celular e escreveu uma mensagem que certamente iria
causar mais alvoroço na TL. Mostrou a ela que não resistiu e gargalhou. Bastou
alguns segundos após ele apertar enviar e a loucura de fãs começou.
Especulação, teorias e o principal quem estava com ela no banco do taxi. Mas
ele não pode acompanhar o desenrolar das histórias porque Stana tirara o celular
da sua mão e deixou sobre a mesa.
Stana olhava para Nathan
intensamente. Olhos de lince cheios de tesão, desejo. E algo mais. Ela tentava
capturar cada pedaço do rosto dele na mente, o azul tão forte a hipnotizava
como nada mais podia. Ela se levantou do sofá e sentou-se no colo dele. Nathan
a envolveu com seus braços. Ela acariciava o rosto dele, beijava a ponta do
nariz, circundava os lábios com o polegar e tirava os fios parcos da pastinha
do caminho dos olhos.
- Eu me perco em seus olhos...
não consigo explicar. Eles são como uma força que me puxa para você. Hoje posso
dizer que tenho fixação por azul. Blue eyes...
- Hum, fico lisonjeado com
isso.
- Nathan...
- Não, gorgeous. Qualquer coisa
que você queira dizer pode esperar. Vamos aproveitar e descansar – ele colocou
uma mecha de cabelo para trás da orelha dela, beijou-a suavemente nos lábios,
no rosto – isso é o que faremos: vou subir preparar um banho especial para você
pediremos comida e depois, bem temos a noite toda para nós.
- Tudo bem... chinesa?
- Claro – ele viu que Stana ia
fazer uma recomendação – não se preocupe, não esquecerei dos seus rolinhos – o
olhar dela era de surpresa – eu te conheço mais do que imagina, gorgeous.
Ela sorriu e sentou-se no sofá
apenas para deixa-lo levantar. Nathan estendeu a mão para ela. Juntos, eles
subiram para o quarto dele e como prometera, ele se encarregou do banho. Ela
sentou na cama e ficou observando os detalhes do lugar, o edredon, os vários
travesseiros, os quadros, a iluminação bem intimista. Ao lado da cama, a
cabeceira continha três livros, um docking para seu celular que servia de
despertador, uma luz de leitura. Do outro lado um porta-retrato com ele e a
mãe, a segunda foto era dele com os amigos, Aidan, Trucco e Gina. Stana pegou o
porta retrato na mão e percebeu que havia uma outra foto por trás das dos
amigos. Deu uma espiada para ver se ainda podia bisbilhotar. Virou o objeto e o
abriu. A foto por trás era de um dos photoshoots que fizeram. Aquela em que ele
vestia um belo terno azul e ele a abraçava pela cintura, como um casal. Ela
sorriu. Porque aquela foto estava ali? Tinha muito tempo? Para não levantar
suspeitas, ela guardou tudo exatamente no mesmo lugar.
Nathan voltou do banheiro e
encontrou-a olhando sua escrivaninha onde havia um telefone de discagem
daqueles antigos. Uma área bem intrigante como a de um escritor dos anos 40.
Achou muito noir. Gostou. Ele a abraçou por trás e beijou os ombros.
- Já pedi comida e o seu banho
está pronto. É só você me dizer quando quer ir. Mas antes pensei em te fazer
relaxar um pouquinho, quer?
- Estou aberta a sugestões.
- Ótimo, então sua função é
apenas relaxar – Nathan devagar tirou o casaco dela, jogou-o em um canto do quarto.
Depois, tirou a blusa que usava e colocou-a na cadeira da escrivaninha. As mãos
dele começaram a massagear o pescoço dela, deslizando ao longo dos braços e
entrelaçando suas mãos às dela por uns instantes. Voltou a massagear os ombros
tensos e cansados pelo trabalho. Ele afastou o cabelo da nuca e beijou vagarosamente
a pele dela, sugando um pouco com os lábios e viu os pelos arrepiarem-se.
Sorriu. Puxando-a pela mão, ele levou-a até a cama. Fez ela deitar de bruços e
ajoelhado na cama, Nathan continuou a massagem que havia começado quando
estavam ainda de pé, os dedos gentis tocavam o corpo de Stana como se tocassem
um instrumento delicado, quase como as teclas de um piano. Ela suspirava ao
sentir o movimento dele em seu corpo. Suave e mesmo assim tentador, Nathan
estava despertando a força do desejo que vinda de dentro dela. Ele desabotoou o
soutian, inclinou-se até o corpo dela e beijou as costas de leve fazendo uma
carreira de beijinhos. Ela gemeu com as carícias. Tão bom, tão sedutor.
Nathan virou-a delicadamente
para ele, jogou o soutian ao chão. Não resistiu e acariciou o pescoço, descendo
as mãos pelo colo e tocando os seios. Emoldurando-os nas suas mãos, apertou os
mamilos e ouviu-a gemer. Mas não queria excita-la totalmente ainda a ponto de
leva-la ao orgasmo. Não, tinham muito tempo para isso.
Ele encontrou o botão da calça
dela e desfez para livrar-se da peça. Expos as pernas longas e tão lindas.
Pegou um dos pés e massageou-o calmamente. Percebeu que involuntariamente, ela
tocava os próprios seios e se contorcia na cama. Linda, simplesmente linda. Ele
deixou os pés de lado porque não aguentaria ficar longe daqueles lábios nem por
mais um minuto. tirou a camisa que vestia e inclinou-se no corpo dela colocando
todo o seu peso sobre ela, acariciou seu rosto mantendo os olhos fixos nos
dela. Encontrou tudo o que queria, tudo o que precisava naquele olhar. E a
beijou por fim.
O beijo perfeito. Um beijo doce
e carinhoso que aos poucos tomava ares de desejo, intensidade e urgência. Ao
sentir aquele beijo ela ainda pensava como poderia ter esperando tanto tempo
para apreciar a gostosura desses lábios. Sem querer mais pensar em nada, Stana
se entregou completamente a ele apenas fazendo amor por beijos. Sim, era essa a
sensação que tomava todo o seu corpo em apenas um beijo.
Sem fôlego, ele afastou-se dos
lábios dela. Viajou pelo pescoço, ombros e deslizou pelo corpo sentindo a pele
macia e cheirosa com os próprios lábios. Queria mais, muito mais. Ela o
incentivava com as mãos nos cabelos e ombros, acariciando e guiando-o para onde
queria que ele a tocasse. Nathan sugou um dos seios dela, brincando com a
língua ao redor do mamilo e ela gemeu alto.
Mas não deixou-o continuar. Ela
o empurrou contra a cama e sentou-se sobre as pernas dele. Colocou as duas mãos
no peito dele e moveu o corpo sobre ele provocando-o. Mordiscou o queixo dele e
saiu fazendo um passeio pelo corpo dele. Podia sentir o gosto masculino na pele
misturando-se com o perfume amadeirado que era tão característico dele. Sentia
o calor da pele e as batidas do coração dele. Ela arrastava os lábios e os
dentes roçando a pele dele devagar, instigando, provocando mas também se
deliciando em busca de seu próprio prazer. Os quadris dançavam em um ritmo
somente seu, porém capaz de provocar em Nathan as mais deliciosas sensações.
Ela percebeu o membro dele já excitado tocando suas coxas. Sugou o mamilo dele
e mordeu a pele bem ao lado. Deixara sua marca no corpo dele. Não resistindo
mais, voltou sua atenção a boca tão tentadora à sua frente. Dessa vez, o beijo
foi urgente, forte. Reflexo do desejo que emanava por cada um dos poros do seu
corpo.
Nathan a segurou pela cintura e
deitou-a novamente na cama. Levantou-se e tirou a calça que ainda vestia
ficando totalmente nu. Voltou a debruçar-se sobre ela e jogou seu peso sobre
ela tomando-lhe a boca com vontade. Stana sentiu o desejo no toque dos lábios.
Envolveu suas pernas na cintura dele, erguendo parte do corpo juntamente com os
movimentos dele. Ela o queria dentro de si, precisava disso urgentemente.
Não teve que pedir. Ele
posicionou-se puxando-a contra o seu corpo para penetra-la de uma só vez. Ela
gritou. Ainda com as pernas enroscadas ao redor da cintura dele, ela recebeu os
movimentos precisos e rápidos. Ela também remexia o corpo para senti-lo
completamente dentro dela, sincronizando movimentos. Nathan aprofundou o
movimento e buscou os lábios, o ritmo era tanto que as bocas quase não se
tocavam apenas executando uma dança de sedução. Então Nathan a ergueu da cama
consigo forçando-a a manter-se sentada sobre o colo dele.
Stana jogou a cabeça para trás
e gritou. Nathan aproveitou a forma como ela se expos diante dele o que tornou
o momento ainda mais prazeroso. Ele mordiscou a garganta dela ali à amostra e apertou
um dos seios dela apenas para depois suga-lo com os lábios. Então, sentiu o corpo dela tremer em seus
braços. Uma sensação que ela não conseguia controlar. De olhos vidrados, deixou
que o orgasmo a atingisse agarrando-se ao corpo dele. Nathan segurava-a ao
mesmo tempo que mantinha o movimento constante para que ela não perdesse o
efeito do prazer. Stana beijou o ombro dele para logo em seguida morder o mesmo
lugar devido ao choque de prazer que experimentava. Ofegante, ela balbuciava o
nome dele baixinho.
- Sim,
Nate...isso....Deus...Nathan... eu...
Mas não conseguiu formar
nenhuma frase coerente. Ele já não aguentava segurar o próprio momento, estava
no limite. Ao sentir as mãos de Stana deslizando pelas costas dele cravando as
unhas sem pena, ele apertou o bumbum dela e se rendeu ao clímax levando-a
novamente com ele caindo na cama sobre o corpo dela.
O efeito do momento demorou a
passar. Nathan estava totalmente largado sobre o corpo dela. Aquele peso embora
provocando nela dificuldades para respirar, era extremamente prazeroso. O calor
os envolveu. O suor escorria pela pele, resultado da expressão do desejo entre
eles. Nathan escorregou para o lado. Manteve os olhos fechados recuperando o
fôlego perdido. Ao sentir o toque dos dedos dela em seu peito deslizando
devagar, ele sorriu. Stana apoiou-se no próprio corpo e beijou a pele dele e
deitou parte do seu corpo nele apoiando o queixo sobre uma das mãos. Primeiro
sorriu e em seguida, Nathan começou a ouvir pequenos risinhos e abriu os olhos.
Num impulso, ao olhar para o brilho daqueles olhos azuis, ela deixou escapar.
- Ah... blue eyes, como eu amo
esses olhos azuis...
- O que você disse? – e ela
mordeu os lábios se entregando ao sentimento que pulsava no seu peito.
- I
Love you, blue eyes. I love you.
Perplexo por vê-la falar tão
abertamente sobre seus sentimentos, ele a puxou na sua direção e beijou-a
apaixonadamente. Sem reservas. Ao olhar novamente para Stana, ele sorria.
- Love you too.
Stana sentiu o coração
transbordar. Pousou a cabeça no peito dele e suspirou. Sentiu os dedos dele
acariciando os seus cabelos. Sentia-se leve. Um toque de celular se fez
presente, parecia distante mas estava sobre a cabeceira. Ele se esticou para
apanhar o aparelho. Era do restaurante. Droga! Esquecera da comida.
- Sim? – ele escutava o que era
dito do outro lado – certo, tocou a campainha? Ninguém atendeu... estranho –
novo falatório – não, é claro que quero a comida. Sim, pode trazer – ela
começou a dar vários beijinhos no peito dele, seus dedos brincando com as
costelas – vinte minutos? Certo – desligou – eles bateram na porta, por quinze
minutos – ele fazia cara de pânico.
Stana gargalhou.
- E esquecemos do banho
relaxante... – e gargalhou de novo – quem manda ser tarado? Era apenas uma
massagem, Nate...
Ela percebeu que ele ria mas
estava escrevendo alguma coisa. Curiosa, ela se debruçou ainda mais sobre ele
fazendo-o reclamar.
- Ouch! O que você está
fazendo? Cuidado...
- Quero saber o que você está
fazendo.
- Apenas dando aos nossos fãs
algo para teorizarem. Veja – virou a tela para eles – vão ou não vão combinar
os dois tweets? Logo vão achar que quem estava no taxi com você era eu.
- Tenho certeza que já achavam,
você apenas atiçou a imaginação deles um pouco mais falando do calor. Nathan...
acho que ouvi a campainha, deve ser a
comida novamente. Melhor você ir lá. Eu espero você aqui – ela saiu de cima
dele e espreguiçou-se na cama, o corpo ainda meio torpe de fazer amor com ele.
Minutos depois, Nathan aparece
na porta do quarto com um prato fundo em
mãos. O cheiro de harumaki quentinho tomou o ar fazendo a boca de Stana encher
de água.
- Está com fome?
- Agora sim... – ele se
aproximou dela entregou o prato e Stana tirou um rolinho – humm delicioso.
- Você quer comer agora ou
vamos ao banho? – ele olhava com cara de safado para ela. Stana sabia que esse
banho ia render mais uma aventura deliciosa para eles então quem precisa de
comida agora?
- Acho que a sua frase tem
duplo sentido, Nathan... – e gargalhou de novo – vamos a comida, ops! Ao banho. E saiu abraçada a ele para o banheiro.
Novamente, o que era para ser um simples banho, virou um novo jogo de sedução e
ambos perderam-se de prazer na banheira de Nathan. Depois, tomaram uma
chuveirada, após enxugar a pele e passar o perfume dele, Stana vestiu uma
camisa dele do time de hockey do Canadá.
Ela reclamou que estava com
fome e desceram para jantar finalmente. Mais tarde, ainda namoraram um pouco
antes de subir para dormir. Tinha sido uma noite especial, para guardar na
memória. Ao deitar-se na cama ao lado dele, Stana sorria. Olhou para Nathan que
deitara de lado para admira-la.
- Você percebeu o que aconteceu
aqui hoje? Nesse mesmo quarto?
- Você está falando do sexo
louco e maravilhoso que fizemos?
- Nathan... – o olhar
característico de Beckett surgiu no rosto dela e ele riu.
- Estou brincando, gorgeous. É
claro que sei, demos mais um passo no nosso relacionamento, você conheceu minha
casa, dormirá na minha cama e disse que me ama. Como poderia esquecer? – ele
acariciava o rosto dela, passou o polegar pelos lábios – não está arrependida,
está?
- Não, claro que não. Eu disse
e reafirmo. Disse o que sinto de verdade.
- Que bom, não gostaria de
pensar que isso foi um sonho - inclinou-se para beija-la. Aconchegaram-se para
dormir de conchinha.
Pela manhã, eles tomaram café
juntos, assistiram TV, curtiram a piscina e fizeram amor novamente. O avião de
Nathan saia por volta das quatro da tarde. Ela preparou um almoço light para
eles enquanto Nathan arrumava uma pequena mala para levar. Sentaram juntos à
mesa e Stana percebeu o quanto eles estavam sendo domésticos por seus gestos
nesse fim de semana. Gostava da ideia. Mais tarde, ele insistiu para leva-la em
casa mas Stana não aceitou para evitar possíveis problemas. Além disso, não
queria atrasa-lo, disse que ia de taxi e foi impossível para ele ganhar de sua
teimosia.
Ao se despedirem, ela fez o que
qualquer namorada faria. Ajeitou a camisa dele, verificou o casaco de couro que
ele vestia e beijou-o carinhosamente deixando suas mãos deslizarem no peito
dele. Nathan sorveu aqueles lábios enquanto a abraçava. Sorria para ele.
- Promete que vai se comportar?
Que não vai se engraçar com nenhuma nerd, geek ou afins? Não quero nem pensar
no que farei se sonhar que você deu mole para qualquer uma zinha dessas...
- Hey... – ele acariciou o
rosto dela de leve – pode parar de querer incorporar a Beckett? É só um evento,
e não preciso de mais ninguém além de você. Pode assistir a transmissão na
internet amanhã. Fica tranquila, Staninha, I Love you... – e beijou-a
novamente.
Depois de passar mais de 24
horas ininterruptas ao lado de Nathan, ela sentiu-se estranha. Porém, a
sensação de felicidade e plenitude ainda estava presente em todo o seu corpo. A
mente não conseguia esquecer os momentos que viveram naquela semana. Tudo
parecia tão bom que ela tinha medo de que algo atrapalhasse o momento que
estavam curtindo. Em casa, ela resolveu dar uma olhada na sua TL do twitter a
fim de ver o que rendera as postagens dela e de Nathan.
Exatamente como ela previra,
seus fãs estavam enlouquecidos. Vira algumas teorias e ria sozinha com a
criatividade dessas pessoas. Tudo isso era parte da magnitude de um show de TV,
as pessoas são mais que fãs, elas levam os elementos da série para a vida
delas. O que fascinava Stana era saber que o seu trabalho e o de Nathan além de
todo o resto da equipe atingia uma diversidade incrível de pessoas, jovens,
adultos, homens e mulheres. Tudo devido a uma história simples idealizada pelo
seu criador. Ela foi tirada de suas reflexões por um sinal de mensagem no
celular. Ao checar, viu que era dele. Dizia que chegara bem e já estava com
saudades.
Satisfeita, ela decidiu dormir
mas caiu na besteira de checar antes o twitter mais uma vez e viu um post que
não gostou. A ex de Nathan, a tal da Ochoa fazendo referências a ele e mais um
amigo sobre alguma vez que estavam juntos. Não gostou porém escolheu não se
preocupar ainda com isso. Dormiu.
No domingo, ela aproveitou para
arrumar a casa mas ia acompanhar a entrevista dele como prometera. Teimosa, ela
começou a vasculhar a TL dele em busca de outras postagens suspeitas e achou
algumas em espanhol. Tudo bem que não estava diretamente ligado a ele mas ela
se irritou mesmo assim. Duas horas depois, ela acompanhava pela internet a
participação dele. Como ficava lindo na câmera, ele estava ainda mais charmoso.
Quando fizeram a pergunta sobre
como era fazer as cenas de beijo com ela, Stana lembrou do que ele falara
anteriormente para ela, do receio. Percebeu o corpo dele se retesar. No mínimo,
ficara nervoso ao ter que responder algo assim. Estava estampado no rosto dele.
Mas como bom ator e com seu senso de humor, ele inventou uma história tirando
praticamente todo o clima de uma cena de beijo, transformando-a em algo sem
qualquer graça para os fãs, minando qualquer pensamento shipper. Mas ele não
contava com a declaração de um dos fãs ao dizer que ela, Stana Katic, declarara
que ele beijava bem. Novamente, ele saiu pela tangente. Esperto, ela pensou,
bem esperto poém não o suficiente para enganar os shippers mais ferrenhos e ela
sabia, falava com conhecimento de causa. Era capaz de apostar o seu salário do
mês e ganhar como os tais Stanathans não aceitaram tão fácil essa mentira
branca que ele contou.
Decidiu então inflamar o
twitter e pensando em alfinetar a ex dele, ela escreveu algo em espanhol que
era bem subjetivo e passível de ligação com o que acabara de acontecer. “No es
un beso. Es EL beso”. É claro que isso criaria uma certa polêmica já que Nathan
acabava de falar de beijos em Castle, o uso do espanhol e o real significado
que ninguém exceto ela e ele sabiam. Stana quis se referir ao encontro no
restaurante e ao beijo que a ergueu do chão, deixando-a sem qualquer fôlego
diante dele. Agora era pagar para ver.
Durante o dia, ela acompanhou
os tweets e foi ficando mais chateada com a situação. Parecia aos olhos de
outras pessoas algo banal porém, para ela qualquer movimentação das
ex-namoradas de Nathan não era um bom sinal. Ela não entendia porque ele tinha
essa mania de manter uma “relação de amizade” com as antigas. Passado é
passado. Ficou para trás. Estava decidida. Se iam levar a sério a relação, ela
daria a Nathan um ultimato.
Então uma sensação de namorada
se apoderou dela e Stana começou a vasculhar não apenas o twitter mas também a
internet. Foi aí que ela descobriu um vídeo da nerd machine que a fez morrer de
rir. O que era aquela dancinha? Sim, sexy e engraçada. Não conseguia parar de
rir e ia fazer pouco caso dele, só então ela percebeu que era a tal da Ochoa
perto dele. Aquilo a irritou. E algo passou pela sua cabeça, porque se
irritara? Eles não tinham nada quando tudo aconteceu, não estavam juntos, nem
eram um casal. Afinal, o que eles eram? Como definiria a relação deles? Não
sabia. Para Stana, dizia para si mesma. Não entre em paranóia por causa disso.
Mais tarde, quando já estava
prestes a dormir, recebeu uma mensagem dele.
“ Gorgeous, cheguei a pouco.
Muito cansado mas morrendo de saudades. Te vejo amanhã. Un beso.N”
Ele vira o twitter, pensou.
Respondeu rapidamente e procurou dormir.
Segunda-feira
Encontraram-se logo cedo e
apenas trocaram sorrisos. Apesar da vontade de beijar e abraçar, ali eram
profissionais. Tinham cenas juntos e separados, as gravações seguiram por todo
o dia. Stana teve algumas cenas externas com atores convidados enquanto Nathan filmava
com Molly e Susan. Ao fim do dia depois que Rob os liberou, ela seguiu para
casa de bicicleta mas enviou uma mensagem a ele para ligar mais tarde. Nathan
estava ocupado com algum texto e ela não quis incomodar.
Estava em casa quando recebeu
um sms dele. Dizia que estava a caminho da casa dela. De repente, ela sentiu o
coração bater mais forte. Saudades, não podia negar. Apesar de ter dúvidas
pairando em sua cabeça, o momento era de curtir a dois, não racionalizar. Isso
ficaria para depois. Ao ouvir o toque da campainha, ela correu para a porta e
bastou ele entrar para que Stana caísse em seus braços.
Surpreso com a reação bastante
espontânea, ele retribuiu o abraço envolvendo-a pela cintura e sorrindo
brincou.
- Tudo isso é saudade?
- Cala a boca e me beija,
Nathan!
- Nossa! Deixei a Stana e ao
voltar encontro a Beckett... – e com um puxão, ele colou seus lábios nos dela.
O beijo para matar a saudade durou longos minutos. Esqueceram-se de tudo. E um
amasso, acabou se transformando em muito mais. Quando deram por si, estavam na
cama fazendo amor. Depois do êxtase, eles estavam um nos braços do outro
aproveitando a quietude. Nathan resolveu matar sua curiosidade.
- Quer me explicar aquele tweet
do beso? Ainda não consegui entender se você foi irônica ou estava fazendo um
elogio.
- As pessoas interpretam como
quiserem, para você, estava me referindo ao nosso encontro perfeito no Beso e o
que se seguiu depois. Claro que aproveitei para atiçar a curiosidade dos nossos
fãs e ao julgar pela sua, acho que funcionou – ela sorriu e então lembrou-se da
reação dele ao ouvir a pergunta sobre os beijos – Nathan, como você pode agir
tão estranho ao ouvir meu nome? Você travou legal quando o cara falou de
beijos! Diz aí, o que passou pela sua cabeça? Você é péssimo em disfarçar – e
caiu na gargalhada sentando-se na cama para encara-lo.
- Ah, não exagera. Eu me saí
bem.
- Para alguém totalmente
culpado! Sério, chega a ser engraçado. E você não enganou os mais espertos.
- Você podia me dar um
crédito...
- No final, quando você agiu
como o rei da situação “na minha mente, é o que parece” – ela imitou a voz dele
vendo-o rir do jeito dela – Nate, eu tenho uma pergunta para você. Afinal, o
que nós somos?
Ele franziu a testa diante da
pergunta. De repente, saíam de um momento descontraído para algo mais sério.
Conhecia Stana o suficiente para saber que eram nesses instantes que ela exigia
respostas, não brincava com certos assuntos. Mesmo assim, ele tentou levar na
brincadeira.
- Definitivamente, é a Beckett
que está aqui hoje.
- Nathan... – e bastou o tom de
voz para ele saber que era hora de conversar. Iria direto ao ponto.
- Stana, o que está
acontecendo?
Continua....
7 comentários:
Uau! Adorei. é incrível como você consegue juntos todos os fatos, twitters e tal. Parabéns!
AAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!
COMO É QUE VOCÊ PARA AI KÁ?????
SERIO,QUE DO MAL...
Ok,Nat deixando tio Andrew e tia Ter de queixo caido foi show,Ele e Staninha atiçando os Stanatha's.merecem meu respeito apesar de que isso ñ se faz com o pobre coração de um fandom que clama por isso, que eles deixem de sacanagem e fiquem logo juntos(se.já ñ estão) U_U
E o jantar e o Beso pufavor...Nat e a pegada de matar,as gravações pesadas tadinhos.E a noite uuuuuiiiii
era apenas para banhar,mas esses dois tem um fogo que nossa senhora!
Quase tive de banhar com água fria as 03:15 da manhã O.o isso foi hooooot.
O que dizer do momento ciumes da Stanlinda???? A indireta em 3D
ainda estou C.H.O.C.A.D.A. com
“No es un beso. Es EL beso” tem meu respeito por toda eternidade...
Por essa pergunta o Nathan ñ esperava...Esperando a continuação!
Beso Ká =)
Garota tu escreve muito bem amei
é um capitulo melhor que o outro,
MORRENDOOOO APENAS
Stana falando que ele nao sabe disfarçar, e o que foi aquilo que ela fez no lançamento do cavaleiro solitario? kkkkkkkkk
e eles realmente enlouqueceram o fandom nesse hiatus.
essa sua fanfic deveria ser real :((((
AAAAAAH me fez recordar as teorias sobre esses tweets dos dois ''noes un beso es el beso'' e o nathaan todo nervoso para responder a pergunta do fã sobre ele beijar bem segundo a Stana huahuahuahuahua, tô amando essa fic *-*
amei essa fic e que beso em
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