terça-feira, 19 de novembro de 2013

[Castle Fic] The Right Path to Us - Cap.1


The Right Path To Us
Autora: Karen Jobim
Classificação: PG-13/ NC-17 quando aplicável
Gênero: AU / BTL S6
Advertências: Angst, drama, Romance – A fic da S6 between the lines. De  Valkyrie ate.... 
Capítulos: 1 de ?
Completa: [  ] Sim [ x ] Não

Resumo: Kate recebeu a proposta para trabalhar em Washington e precisa contar a sua decisão para a pessoa mais importante da sua vida mas tem medo que isso simplesmemte destrua algo que construíram por anos. Ao encontra-lo ela não podia imaginar o que a esperava.  A vida lhe dera opções e somente dependia dela fazer a melhor escolha.  

Nota da Autora: Essa fic é mais uma versão das outras que já fiz para acompanhar a S6. Farei um pequeno resumo do cliffhanger da temporada passada. Parece que temos tudo para ter uma temporada de ouro...e isso dificulta demais a minha participação porque o que se pode acrescentar realmente?Tough! But let’s take the ride! Enjoy!

Atenção....NC-17!


The Right Path to Us


Kate Beckett caminhava apreensiva para um encontro definitivo com Castle. Após receber o telefonema sobre a oferta de emprego e a conversa com seu pai, ela ia encontrar o namorado. Estava com medo. Temia a reação dele porque se a escolha pelo emprego fosse recebida de forma errada, isso significaria o fim do relacionamento. E ela o amava, demais. Não queria faze-lo sofrer e nem queria passar por isso. Para ela também seria algo muito difícil e mesmo crescendo profissionalmente, ela morreria um pouco por saber que não foi capaz de se dar o suficiente para o relacionamento mais sério que já tivera na vida.

Avistou-o sentado ao balanço, estava pensativo e extremamente sério. Ela respirou fundo e começou a conversa pedindo desculpas e assumindo o erro. Por conta disso, ouviu palavras duras sobre si mesma e que não podia negar, ele a lia muito bem. Sempre leu. Foi então a vez dele falar.  

- Tenho pensando muito sobre nós. Decidi que quero mais. Nós dois merecemos mais.

- Eu concordo – ela respondeu e engoliu em seco. Ele estava tão sério e seu coração apertou. Ele vai terminar pensou. Sentia pela dureza do olhar, pelas palavras. Ela não sabia se ia suportar. Os olhos começavam a trai-la enchendo-se de lágrimas e a razão parecia sumir com um estalar de dedos, dando lugar à emoção. Mas ela não imaginava quais seriam as palavras seguintes de Castle. 

- E qualquer que seja sua decisão...- ele ajoelhou-se na frente dela com um anel em mãos - Katherine Houghton Beckett...Quer se casar comigo?

O impacto das palavras a atingiu feito um raio. O coração disparou e seu estomago dava voltas. Maldita sensação de borboletas! Sua reação fora algo que certamente nem ela, nem Castle esperavam. 

- Meu Deus! Você está me pedindo em casamento!

- Certo. Está surpresa.

- É claro que estou surpresa. Achei que iria terminar comigo.

- Oferecendo a você um anel?

- Você parecia... tão sério – ela ainda estava atordoada com o que acabara de acontecer.

- Claro que estou sério. É a coisa mais séria que já fiz!

- Meu Deus! – ela estava tão extasiada, sim e feliz. De tudo o que passara na sua mente, isso certamente nem fora cogitado.

- Isso é um "sim"?

- Não, espere. – essa era uma resposta muito importante.

- "Não"?

-Não, não. Não é um "não".

-Então, "sim"?

-Eu...

-Não é um "sim"?

- Não. Não "não sim". Eu... Eu... - Deus! Concentre-se, você precisa responder isso certo. Não pode responder a essa pergunta sem ser totalmente sincera com ele, não podia insistir no mesmo erro novamente. 

- Sabe como isso funciona, não sabe? – ele já estava ficando apreensivo com a forma confusa que ela reagia ao pedido.

- Há algo que precisa saber. Aceitei o emprego.

- Em Washington?

- Castle, eu te amo. Mas esta é minha chance. Se eu não fizer isso, eu me arrependerei para sempre. Se isso mudar tudo para você, se isso mudar o que você sente...

- Kate, não estou te pedindo em casamento para te manter aqui...ou porque tenho medo de te perder.Estou fazendo isto porque não posso imaginar minha vida sem você. Se isso dificultar as coisas, teremos que superar. Estou disposto a superá-las, supondo... que você esteja disposta a superá-las comigo.

E as palavras dele, inundaram de alegria o seu coração, sentiu o amor explodir em seu peito e abriu um sorriso lindo.

- Bom, neste caso, Richard Edgar Alexander Rodgers Castle...Sim. Sim, eu aceito me casar com você.

- É grande – ela comentou ao ver Castle colocar o anel de noivado em sua mão.

- Não, você só tem dedos notavelmente pequenos – ela o beijou com vontade.

- Seremos capazes da fazer dar certo, não seremos?

- Seremos ótimos. Washington será ótimo. Prometo – e não resistiu a beija-lo novamente. De mãos dadas, eles deixaram o parque e seguiram para o distrito, agora Kate tinha duas novidades para contar aos rapazes. Ao entrar no distrito, a cara de Beckett não era nem de longe o mesmo semblante que tinha quando deixara o local a cerca de uma hora atrás. Ela nem se tocara que caminhava pelos corredores de mãos dadas com Castle e tinha um brilho nos olhos que expressava a beleza do momento. Apenas se tocou do gesto quando Esposito olhou para ela apontado para suas mãos com a cabeça. Rapidamente ela se afastou de Castle não sem antes sorrir para ele. Escondeu a mão no casaco, teria que ir devagar.

- Pelo jeito você resolveu seu problema.... o paraíso voltou a reinar? – debochou Esposito.

- Sim, nós conversamos e resolvemos o que precisávamos – disse Castle alfinetando - Como adultos.

- Então, está tudo bem agora? – Ryan perguntou já sorrindo e Beckett trocou olhares com Castle antes de responde-los.

- Na verdade, temos que contar algo para vocês, podemos ir para a sala de interrogatório? – os rapazes se entreolharam mas seguiram com os dois para conversarem. Já sentados, eles fitavam aos dois esperando – não tenho como adiar mais a noticia que tenho para dar a vocês – mas Ryan a interrompeu.

- Você está grávida? – Ryan perguntou ansioso e Espo revirou os olhos.

- Bro! Kate riu.

- Não, eu não estou grávida. Eu ... eu recebi uma proposta para trabalhar em DC. Na equipe do procurador geral de crimes especiais e... aceitei.

- Wow... parabéns Beckett! Você merece – disse Ryan sorrindo e apertando a mão dela – apesar que ia adorar um bebê. Mas e Castle? Você vai com ela?

- Não realmente , ainda precisamos pensar sobre isso mas será temporário e além disso posso trabalhar de DC também. O que nos leva a um outro assunto. Beckett você quer?

- Ryan, entendo a vontade de querer me ver grávida afinal você e Jenny estão no clima mas para pensarmos em crianças existe um outro passo – ela tirou a mão do bolso e exibiu o anel – nós estamos noivos! O sorriso dela não poderia ser mais lindo. Ryan levantou a mão para um hi-five com Castle. Esposito sorriu mas não parecia tão convincente.

- Isso sim são ótimas noticias! Vem cá quero te dar um abraço – e Ryan se levantou para abraçar o amigo e cumprimentar Beckett – cara! Nada mal casar com um escritor milionário. Olha o tamanho dessa pedra! Estou feliz por vocês de verdade.

- Bro, seja menos garotinha! Além do mais, ela está nos deixando.

- É então, isso é ruim. Vou sentir sua falta Beckett, você também Castle. E se tiver tudo bem com a Capitã quem sabe você não pode vir de vez em quando ajudar a resolver alguns casos?

- Ryan, puxa! Isso é muito bom. Obrigado pela consideração.

- É as coisas realmente estão mudando. Beckett vai se casar, virou federal. Desse jeito não me admiro que Gates deixe Castle ficar por aqui – ele ironizou de novo – mas parabéns. Acho que era isso que vocês queriam desde o inicio – ele cumprimentou Castle e deu um abraço em Beckett.

- Gente, eu realmente adoro isso aqui mas essa é uma oportunidade de ouro. Seria uma boba se não aceitasse.

- A gente entende, só não se torne um deles e quando estiver em New York venha nos visitar – disse Ryan.

- Preciso falar com Gates. Melhor você me esperar aqui Castle. Pro caso de, bem você sabe.

- Certo.

Ela comunicou a superiora que simplesmente vibrou com a notícia e tornou a falar que não esperava outro resultado. Esse era o lugar dela, merecidamente conquistado. Perguntou sobre a data que precisava estar em Washington e prometeu fazer tudo o mais rápido possível para que ela viajasse e começasse seu novo desafio. Antes de deixa-la ir, Gates agradeceu pelo trabalho e disse que fora um prazer trabalhar com uma detetive tão competente. Beckett cumprimentou a capitã e agradeceu. Ficou orgulhosa de saber que ganhara a admiração da Capitã. Depois de mais algum tempo com os rapazes, eles deixaram o distrito com Beckett já carregando suas coisas em uma caixa. Era a segunda vez que fazia isso e a sensação, apesar de boa dessa vez, ainda era meio-amarga. Adorava aquele lugar mas era tempo de alçar novos voos.

Os próximos dias foram bastante agitados para os dois. Entre resolver papeladas e documentação para o novo emprego, agendar a sua mudança e encaixotar tudo, ela ainda procurava apartamento em DC sozinha já que Castle também estava bem ocupado com a turnê de seu novo livro. No dia que viajou para DC a fim de se apresentar para o treinamento em Quantico, Castle a acompanhou até o aeroporto. Ele viajaria dali a dois dias pelo sul do pais e mais tarde iria para a costa oeste. A despedida no saguão do aeroporto foi cheia de beijinhos e recomendação para ela. Ele prometera ir visita-la assim que voltasse do sul. Infelizmente, os tropeços de agenda acabaram por atrapalhar os planos dele e Castle cancelou com ela devido a antecipação da sua viagem a costa oeste. Beckett ficou muito desapontada porque estava morrendo de saudades dele mas entendeu. Mesmo porque a sua nova rotina estava muito pesada. Ela tinha que se dividir entre casos e provas do treinamento além de estar se ambientando no novo lugar de trabalho e a sua nova parceira, Agent McCord.   
    

WASHINGTON
DOIS MESES DEPOIS

Kate Beckett corre com a arma em punho pelas ruas de Washington. Chega até um beco e cautelosamente vira-se para olhar o que estava acontecendo lá.

- Polícia Federal! Saia com as mãos na cabeça! – aparentemente o beco estava vazio. De repente, um cara falando com sotaque apertando uma arma na cabeça de um jovem como refém grita com ela.

- Coloque sua arma no chão. Agora!

-Tudo bem. Ninguém precisa se machucar – Beckett obedece ao pedido dele - Está certo? Vou colocá-la no chão e deslizá-la até você.Está bem? - Beckett colocou a arma no chão e empurrou até ele - Certo, aí vai – a arma chegou até ele mas continha um explosivo que estourava com o movimento divergindo a atenção do cara. Foi a chance de Beckett rende-lo com alguns socos e emprenssando-o contra a lixeira algemando-o.

- Você está bem, senhora? – Beckett estava preocupada com a refém e não percebeu o óbvio.

-Estou ótima – e a refém pegou a arma e atirou três vezes acertando o peito de Beckett que caira no chão com o impacto das balas. A camisa manchada, estava imóvel. A suposta refém saiu correndo. Sua parceira apareceu no beco chamando por ela.

-Beckett! Agente Beckett? Parabéns.Graças a você, os chechenos têm os códigos nucleares. Bom trabalho.

- Droga – ela abriu os olhos e aceitou a ajuda de McCord para se levantar.

- Não estranhou a refém não estar lutando? Ela tinha uma arma apontada à cabeça.E ela não gritou por ajuda. Por quê?

- Porque não queria denunciar o sotaque. Certo! Mas a Inteligência disse que o indivíduo trabalhava sozinho.

- Este era o objetivo do exercício. A Inteligência,às vezes, erra.Precisa usar seu julgamento,seu instinto,porque o analista que coleta a informação...Não é ele quem levará um tiro.Será você, ou pior, eu. Intensifique seu jogo.

- McCord!

-Refém no beco? – perguntou o outro agente.

-Sim.

- Não fique triste.Todos se dão mal nesse.

- Deveria ter percebido – disse Beckett inconformada com seu erro.

- É melhor morrer no treinamento do que no campo, certo? – o agente falou.

- É melhor não morrer.

- Sim.Alguns de nós vamos tomar cerveja hoje.Quer vir?

-Obrigada, Hendricks. Adoraria,mas, com a carga de trabalho e o treinamento,não tenho um fim de semana livre há tempos. Já tenho planos.

-Não tem mais – McCord voltou com uma missão - Recebemos uma prioridade 7 da Procuradoria.Houve um incidente...Uma potencial falha na segurança nacional.

Enquanto isso em NY, Castle acaba de voltar de viagem. Com malas, pacotes e uma versão de si mesmo em tamanho natural.

- O filho pródigo retorna.Como foi a turnê do livro na costa oeste?

- Foi exaustiva.12 cidades em 11 dias.Autografei até meus dedos doerem.

- Coitadinho.

- Vou me trocar.Deixarei este cara te contar os detalhes.Ele é ótimo com perguntas retóricas – ele percebeu outras malas no chão da sala - Alexis está de volta?

-Está. Chegou esta manhã.

- Achei que estaria na Costa Rica até...

- A próxima semana – Martha brincou - Surpresa!

- Pai? Oi! – Alexis acabava de descer as escadas.

- Venha aqui.Como foi sua viagem? – deu um abraço apertado na filha.

- Incrível. Espere até ver nossas fotos.

- "Nossas" fotos?

- Al, onde vocês guardam os fósforos? Quero acender estes incensos – era a voz de um rapaz e Castle se assustou.

- Surpresa de novo – disse Martha.

- Pai... Pi. Pi, pai – Castle ainda surpreso estendeu a mão e sentiu o rapaz o abraçando.

- Oi, sr. C. Muito bom te conhecer.

- "Pie"...Como a sobremesa?

- Sem o "e". Como a letra grega. Mas, pessoalmente, sinto que a coisa de ortografia sufoca a criatividade.

- A "coisa de ortografia"?

- Deixemos meu pai descomprimir – Alexis sugeriu vendo que o pai estava tentando entender tudo - Os fósforos estão na cozinha.

- Certo.

- Ele não está hospedado aqui.

- Está sim – confirmou Martha - Não no quarto dela.

- É hora de ter aquela conversa.Eu tenho aula.

- Alexis? Posso falar com você um segundo?

- Dê uma chance a ele, pai. Realmente gosto dele. E ele é brilhante.

- Falaremos disso mais tarde. Coloque alguns... cobertores no sofá para Pi, se ele ficar. Quero que ele fique confortável... e visível – o celular dele tocou, Beckett finalmente! - Por favor, diga-me que seu voo não está atrasado. Não acho que aguento mais um minuto sem te ver.

- Sinto muito. Não estou no aeroporto.

- Não está vindo, está?

- Acabei de ser colocada em um caso prioritário.

- Kate, não nos vemos há 6 semanas.

- Acredite em mim. Não foi minha decisão. Estou tão chateada quanto você.

- Não, eu sei. É que...Fui eu quem cancelei da última vez.

- Beckett, vamos – McCord gritou por ela.

- Tenho que ir. Compensarei para você, prometo.

- Certo. Vou te cobrar isso.

- Está bem. Eu te amo.

- Também te amo. Tchau.

- Tchau.

Tarde da noite, ela finalmente chega em casa, está cansada. Quer apenas um bom banho e descanso. Ela deu uma olhada na sala e reparou nas caixas amontoadas no canto. Ela deveria arrumar isso mas com que tempo? Chegou ao banheiro. Ao olhar seu reflexo no espelho, suspirou. Com calma, ela desabotoou a blusa. O colar pendia no pescoço deixando os anéis, o da mãe e do seu noivado, penderem em meio aos seios contrastando com o soutian preto. De repente, ela ouve um ruido. Instantaneamente, ela agarra a arma ainda presa a sua cintura, e virou-se com ela em punho, alerta. 

- Pode terminar de tirar isso antes de atirar em mim?

- Cas... Castle? O que está fazendo aqui?

- Sei que prometi respeitar seu trabalho, mas não passaria outra semana sem te ver.

- Você não deveria ter vindo aqui.

- Quer que eu vá embora? – ele se aproxima dela provocando.

- Imediatamente – e Kate o agarra envolvendo seus braços no pescoço dele e colando os lábios urgentemente aos dele. A vontade de sentir um ao outro era tão grande que as mãos de ambos perdiam-se em toques e os gemidos apenas aumentavam. Kate o puxava para si chegando a erguer uma das pernas para evitar qualquer distância existente entre os dois. Castle terminou de desfazer os botões da blusa e tirou-a. A boca beijou o meio dos seios e apertava os quadris dela. Kate o queria, o desejava. Com as mãos arrancou a camisa dele de dentro das calças e acabou rompendo os botões fazendo-os espalharem-se no chão do banheiro.

- Meu Deus...

- Você realmente sentiu minha falta...

- Cala a boca, Cas... eu preciso de você – mordiscou o ombro dele e voltou a se concentrar no pescoço saboreando cada pedacinho de pele que podia. Ele tirou a calça dela levando consigo a calcinha. Sem aviso, ele a suspendeu fazendo Kate gemer alto. Colocou-a sobre a pia do banheiro. Desfez as próprias calças e Kate ficou feliz ao ver a empolgação que o dominara. Ela já estava úmida e pronta para recebê-lo, escorou suas costas no espelho do banheiro mas antes livrou-se do soutian. Castle abocanhou um dos seios dela e brincou sugando-o e traçando seu contorno com a língua. Kate gemeu ao toque sensual numa área tão sensível e detentora de prazer. Ela ergueu as pernas e as enroscou na cintura dele puxando-o contra si para provoca-lo. Queria senti-lo dentro de si. Porém, Castle tinha uma necessidade de tortura-la um pouco mais.

Roçando os polegares em seus mamilos, ele beijava a linha que ia do lóbulo da orelha onde mordiscara levemente a pele para instiga-la, seguia pelo maxilar e finalizava no queixo para então seguir provando-lhe os lábios em um selinho para por fim perde-se na boca entreaberta buscando espaço para que sua língua encontrasse a dela e intensificasse o contato e o beijo. As mãos de Kate passeavam pelas costas largas de Castle e findaram perdendo-se nos cabelos dele indo repousar no rosto dele aprofundando ainda mais o beijo.

Então ele a penetrou surpreendendo-a e fazendo Kate gemer em seus lábios. Ele a inundava completando-a uma, duas, repetindo o movimento várias vezes. Ela se segurava nele e rebolava sentindo-o dominar a cada segundo. Havia tanta paixão e tanto desejo reprimido naquelas seis semanas que a combinação emanava de seus poros e a fazia começar a tremer, a pele arrepiar enquanto Castle continuava a possuindo. Kate começava a experimentar as sensações do orgasmo e apoiou-se contra o espelho, a cada nova estocada aquela sentiu as costas sendo espremidas sobre a superfície gelada. O tremor continuava fazendo maravilhas ao seu corpo e ela deixou acontecer. Ele também estava no limite e ao sentir Kate se entregar ele fez o mesmo. minutos depois eles estavam abraçados um ao outro com seus corpos ainda sobre a pia do banheiro.

Castle moveu-se e segurando-a com firmeza a carregou envolta em sua cintura para o quarto. assim que a deitou na cama, ele recomeçou a dança da sedução explorando cada centímetro da pele dela. agora, de maneira mais delicada e intimista, Castle viajava pelo corpo da mulher ali deitada enquanto sua mão penetrava o centro dela, os lábios saboreavam vagarosamente realmente aproveitando o sentimento que nutria por ela. quando a levou ao orgasmo mais uma vez, ele tornou a preenche-la fazendo de dois um só corpo. Novos orgasmos até que eles desabam na cama ofegando. Ao recuperar o seu fôlego e acomodar-se no peito dele, ela falou.

- Oh...como senti sua falta! Eu realmente precisava disso...

- Yeah... eu também – ela se inclinou e beijou-o novamente nos lábios sorrindo. Depois, repetiu o gesto de beijar o peito dele antes de levantar-se da cama – onde você vai,Kate?

- Quero água e estou com fome. Já volto. E ela voltou com uma vasilha cheia de uvas e morangos além de uma caneca cheia d’água. Ele beliscou um pouco das frutas e acomodou-se nos travesseiros, ao terminar de comer, ela se deitou abraçando-o e enfiando o rosto nas costas dele. Adormeceu.          

De manhã, ela já estava vestida para trabalhar e tomava uma caneca de café enquanto lia e revia detalhes do caso que estavam investigando. Castle acordou e a encontrou na sala.

- Há quanto tempo está acordada?

- Há algumas horas. Tinha dever de casa.

- Talvez devêssemos fazer alguns deveres de casa também – ele se aproximou dela e beijou-lhe o pescoço fazendo Kate sorrir.

- Eu adoraria, mas ainda estou me firmando. Devo saber estes relatórios melhor que quem os escreveu.

- É seu caso? – ele sentou-se ao lado dela curioso.

- É.

- Do que se trata?

- Castle. É confidencial – e lá vamos nós, ela pensou.

- Você percebe que só me deixa mais curioso. Então... é grande?

-Sabe que não posso falar – mas observava com um sorriso no rosto a forma como ele tentava cerca-la de perguntas querendo saber mais.

-Mas posso adivinhar. Deve ser grande, para cancelar o fim de semana. Deve ser local, porque ainda está aqui. Aposto que consigo descobrir.

- Não significa que deveria.

- Confesse. Não sente falta de trabalharmos juntos?

- Sim, sinto – ela confessou com um lindo sorriso. Ele aproveitou a deixa para oferecer ajuda e convence-la a deixa-lo ser parte daquilo.

- Então, se eu ajudar você, talvez possamos resolver o que quer que isto seja mais rápido. E teremos o fim de semana para nós. Não gostaria disso? – a mão pronta para abrir a pasta do caso.

- Gostaria...- ela bateu rapidamente na pasta afastando a mão dele e puxando a pasta - Até ser presa por discutir informação confidencial.

- E quem vai saber? – a campainha tocou e Castle pareceu surpreso - Eles são bons!

- Tenho que ir. É minha parceira – quando foi se levantar esbarrou nele e a pasta se abriu ao chão, Castle fez menção de apanha-la mas Kate o impediu - Desculpe. Não, eu pego, eu pego.

- Não estou olhando – ele vai até a cozinha - Que horas estará de volta?

- Não tenho certeza. Eu te ligo.Assim que eu descobrir – já cm a pasta em mãos, ela abriu a porta para McCord - Oi. Entre.

- Oi. Está pronta?

- Sim. Só vou pegar minha bolsa – e Kate seguiu para o quarto, claro que a parceira já notara a presença de Castle.

- Seu noivo está visitando.

- Sim, está.Mas ele sabe que estamos trabalhando. Castle, essa é Rachel McCord. Ela é minha nova parceira.

- Então, você é a nova parceira – disse Castle estendendo a mão para ela e aparentemente sem querer larga-la.

- Sou. O Chefe está esperando. Temos que ir.

- Certo – Kate rumou para a porta mas antes beijou-o no rosto e sorriu - Tchau.

-Tchau. Divirta-se salvando...- mas a porta já fechara e Beckett não estava mais ali - o mundo.- olhando ao redor ele viu uma foto no chão - Você esqueceu uma... – tarde demais e ao ver a foto ele teve uma ótima ideia.

Em New York, precisamente no 12th distrito, as coisas pareciam bem monótonas e diferentes. Ryan estava sentado em sua mesa treinando como enrolar um bebê no cobertor. Ao olhar aquilo, Esposito não acreditava no que via.

-Sério?

-Faltam apenas 4 meses. Quero estar pronto.

- Serão 4 longos meses – o telefone tocou - Esposito.

- Sito! Sou eu.

- Castle? Colocarei no viva voz. Onde esteve, cara? Perdeu umas 3 noites de Halo.

- Disse a vocês, turnê do livro.

- Já contou às fãs do noivado? – perguntou Ryan a Castle.

- Você está embrulhando aquela boneca, não é? – Castle implicou.

- Escute, acabamos de fechar um caso. Vamos tomar umas bebidas – sugeriu Espo.

- Adoraria, mas estou em um caso próprio agora. Para meu próximo livro.

- Então, você nos ligou por uma consultoria técnica especializada.

- Bom, já que ofereceu. Estou escrevendo uma cena sobre alguém tentando investigar um crime, usando apenas uma foto como evidência. Um crime envolvendo segurança nacional.

- Seu herói é um espião?

- Mais como... um bonitão qualquer. Enfim, a foto é de um transformador queimado. Puxei uma foto aleatória de um transformador na Internet e há um número de série. Quero determinar quanto meu personagem pode descobrir apenas com esse número. Quero saber se os amigos do personagem podem ter alguns... recursos.

- Se os amigos policiais do seu herói são como seus amigos policiais de verdade, eles teriam trabalho real.Então, tchau.

-E se... nosso herói estiver oferecendo assentos para o jogo dos Knicks?

-Qual o número de série? – perguntou Esposito.

-Aqui. A-P-5 7-3-9-2-1-5.

Eles correram para pesquisar junto a técnica de informática do distrito e ela já passava os resultados através do telefonema para Castle - Aqui está. O "A-P" significa Allegra Energias.Eles atuam no norte da Virginia.

- E seria possível rastrear a localização do transformador pelo número?

- Claro. O transformador com esse número de série controla uma área de 10 quadras na vizinhança de Ashton Heights, em Arlington.

- Obrigado, pessoal. Vocês salvaram a história.

- Pessoal, este exato transformador foi sabotado duas noites atrás. E os Federais estão investigando.

- Arlington? Não é o quintal da Beckett? – perguntou Ryan.

- Castle. É um caso real?

- Bom, na verdade, eu...O quê...Túnel... agora...Ligo... depois... quando eu...Sutil – ele já teclava algo - Muito bem. Por que alguém explodiria um transformador? Terrorismo. Não. Isso estaria nos noticiários.Para causar um apagão? Como um apagão afetaria a segurança nacional?

No bureau era exatamente isso que Beckett procurava entender e explicar junto com McCord.

- O apagão derrubou, momentaneamente, o sistema de segurança do prédio da Cybertech. Esta unidade, em particular, abriga empresas contratadas pelo governo. Uma delas é a multinacional Cybertech. Alguém teve acesso à sala de limpeza da Cybertech e roubou um módulo de segurança altamente confidencial. Este é o módulo. Ele contém um sistema de encriptação que serve de entrada à rede de satélites militares. Quem o levou é capaz de desligar essa rede de satélites completamente. Deixando às cegas grande parte das nossas defesas militares.

- O que sabemos sobre os ladrões?

- Não muito. Não há digitais ou traços de DNA. Foi uma operação altamente complexa. Acreditamos que quem fez isso deve ter treinamento militar ou experiência em furtos. Tiveram que explodir o transformador, desativar os geradores reservas, depois subir por este duto de ar. E teriam que fazer isso extremamente rápido, porque, apesar do apagão ter desativado as câmeras, elas reiniciaram, à bateria, 5 minutos depois.

- Não há como essa operação ter ocorrido neste tempo.Deveríamos ter imagens deles saindo – sugeriu o chefe.

- Não, senhor. Vimos o vídeo inteiro. Não há nada.

- Eles ainda poderiam estar no prédio? – sugeriu Beckett.

- Não. Não se estiverem vivos.Uma varredura térmica nas instalações deu negativa.

- Devem ter encontrado uma saída não monitorada pelas câmeras.

- Não há nenhuma, senhor. O exterior do prédio é 100% coberto.

-E por baixo do prédio? – Beckett sugeriu.

-Por baixo?

- Uma instalação de pesquisa que lida com materiais sensíveis precisaria ter algum controle de inundações – ela explicou - Você pode mostrar uma planta do sistema de drenagem? Túneis de drenagem passam embaixo do prédio.

- Pensamos nisso. Checamos todos os pontos de acesso, incluindo as grades de drenagem.Todas são soldadas.

- Cheque-as novamente.

Se, realmente, usaram os túneis,eles não pretendiam ir muito longe. Precisariam ter acesso à rede de uma área próxima inativa à noite.

- Como...Esse campo de golfe – concluiu Beckett.

- Obrigada. Era o Hendricks, a respeito do prédio. Parece que alguém removeu a grade de drenagem e as soldou de novo quando saiu.Você tem salvação, Beckett.

- Ao menos estamos no caminho certo. Com licença,Polícia Federal.

- É sobre o apagão na outra noite? – perguntou o policial.

- Sim, como sabe disso?

- Como disse ao outro cara,eu não estava aqui.Precisam falar com Watkins.

- Que outro cara? – ele apontou para um carrinho de golfe e nele estava nada menos que Castle.

- Que diabos ele faz aqui? – McCord perguntou a Beckett que estava extremamente surpresa - O que disse a ele?

- Nada.

- Beckett, sei que ele era seu parceiro...

- Não, não, eu juro.Não disse nada a ele.

- Então, por que ele está aqui?

- Agente Beckett. Agente McCord. O que fazem aqui?

- O que você faz aqui?

- Achei que, como Beckett está trabalhando, eu... Eu poderia jogar algumas rodadas.

- Onde estão seus tacos?

- Droga – que mancada! Sua desculpa fora por água abaixo.

-Você sabe o que acontece se eu contar que ele esteve aqui? Você seria expulsa da equipe, sem contar a acusação de obstrução contra você. Esse é meu único aviso. A próxima vez que eu te vir, que seja na capa de um livro – e se afastou.

- Wow! – Castle ficou meio surpreso com o jeito mandão de McCord - Certo, ela não está convidada para o casamento.

- "Jogar algumas rodadas"?

- O que queria que eu dissesse? Que você deixou cair uma foto de um transformador destruído?

- Castle, você mexeu nas minhas provas? O que diabos estava fazendo?

-Tentando ajudar. Não achei que seria pego.

-Pois você foi.

-Fui.

-Como você chegou aqui? Por que está aqui?

- O transformador me levou a um prédio de pesquisas onde os inquilinos têm contratos governamentais. Achei que o apagão foi usado para burlar o sistema de segurança.Mas eles não sairiam pela porta da frente.Então me lembrei do caso no Old Haunt, onde o assassino usou...

-Túneis abandonados debaixo de Nova Iorque. Sim.

- Você também pensou nisso.

- Só que... aqui não é Nova Iorque.Tem ideia de quantas leis foram quebradas por olhar aquela foto? Está tentando me fazer perder o emprego?

- Facilitaria te ver.

- Não se eu estivesse na cadeia.

- Certo.

- Eu quero te ver também, mas não desse jeito, certo? Tem que prometer que não interferirá nesta investigação.

- Certo. Prometo.Não quer, ao menos, ouvir o que descobri? Certo. Eles não viram nada na noite do apagão. Estava muito escuro. Mas aquele guarda ali lembra-se de ter visto um cara há dois dias em um Sedan dourado dos anos 90. Fazia o reconhecimento da área.

- Castle.

- Peça o vídeo da segurança...

- Castle. Castle! Por favor – ela o segurou como se aquilo fosse breca-lo.

- Certo. Desculpe. Estou indo. Eu não... Eu prometo. Deletado do meu cérebro. Como se eu não estivesse aqui.

- Tenho que ir.

-Claro – mesmo com a saída de Beckett, Castle não percebeu mas estava sendo fotografado.

Quando voltou ao bureau, viu McCord conversando com seu chefe e engoliu em seco, sentiu-se agoniada. Será que estavacom problemas? Ao passar por ela, porem, o chefe a elogiou. Beckett respirou aliviada e agradeceu a parceira por não revelar nada sobre Castle. Havia uma explicação para isso e McCord explicou.

- Veja...Uma ano depois da Quantico, eu estava trabalhando duro em um caso.Minha primeira grande chance e estávamos nele direto durante um mês, eu realmente precisava de um desabafo.Então fui a um bar, escolhi um cara e o levei para casa.Na manhã seguinte, ele pergunta: "Quem é Scofield?" Scofield era o objeto da nossa investigação altamente confidencial.

- Falou enquanto dormia?

- Esse trabalho é assim.Coisas acontecem. Garanta que seja só uma vez.

Elas foram avisadas que o vídeo de segurança do campo de golfe estava disponível. As primeiras impressões nada revelavam a não ser pelo carro parado por 15 minutos anteontem. Infelizmente, o ângulo não favorecia para visualizarem a placa mas o motorista podia ser capturado alguns traços vetoriais para executar no programa de reconhecimento facial e o banco de dados militar.E encontraram. O motorista era Jack Bronson,35 anos.Recém-aposentado da Força de Reconhecimento da Marinha.O último trabalho dele foi nas Operações Especiais, como especialista em infiltração de posição avançada. E havia um endereço.

Eles invadiram o apartamento mas nem sinal do cara. Encontraram uma mochila com todas as ferramentas possíveis. C4 para explodir o transformador.Cortadores de fio para desativar o gerador reserva, corda e polias para o duto de ventilação.

-É nosso cara.

- Revistem o lugar todo.

- Não encontraremos o sistema de encriptação aqui.É o vale-refeição dele.Aonde quer que tenha ido, está com ele.

- Ligue para o escritório – ordenou McCord satisfeita com a analise de Beckett - Consiga o registro de telefone e dos cartões. Quero saber com quem ele fala, onde come,qual academia frequenta.

- E peça que procurem por uma namorada – disse Beckett - Se está fugindo, talvez tenha ajuda – seu celular tocou - Oi, Castle. Está tudo bem?

- Tinto ou branco?

- O quê?

- Que tipo de vinho quer com seu salmão? Farei o jantar para me desculpar por te deixar com problemas.

- Isso é muito gentil.

- É, eu sei...Como está o caso?

- Castle.

- Não, só quero saber quando começar a cozinhar. Acredite em mim, entendi.Cone do silêncio. Igreja e estado. Sem mais interferência.

- Bom, nesse caso,tinto, e... pode pegar aquele que faz eu me sentir toda... – ela falou toda sorridente e já pensando no que poderiam fazer de noite.

- Comprarei uma caixa inteira.Vejo você à noite – mas ao desligar, ele foi surpreendido por um cara que o abordou.

- Caminharemos juntos até meu carro. Entre como se me conhecesse.

- É, mas não conheço. E tenho um salmão que precisa refrigerar. Certo. Tudo bem – ao ver o carro, reconheceu - Este é um Sedan dourado dos anos 90. Você é o cara... Olhe, está cometendo um engano. Não sei o que... Está vermelho. Vermelho! Não sei quem acha que eu sou – o cara dirigia feito louco apontando a arma para ele.

- Sei quem você é. Estava no campo de golfe com os federais.O que eles sabem?

- Não tenho certeza.

- Estão procurando por mim? Sabem sobre Valkyrie?

- Não sei. Não sei, está bem? Eu juro. Nem deveria estar lá.

- Disseram algo...- ele parecia estar com muita dor – sobre Valkyrie?

- Cara, você está bem?

- Não consigo aguentar.Indo...Terra dos sonhos – e o cara apagou sobre o volante perdendo o controle do carro. Castle assustado tentava se manter seguro alcançando o volante mas era tarde demais. com a velocidade que andavam, ele bateu numa parada de ônibus e o carro finalmente parou.

O FBI foi avisado e McCord foi ao local do acidente com Beckett. Informaram que Bronson não sobrevivera e não encontraram o módulo. Ao perguntar se havia alguém com ele, elas foram informadas que sim. ninguém menos que Castle. A reação de McCord não foi das melhores e mais uma vez, Beckett além de surpresa se viu encrencada pois a parceira a impediu de falar com ele e mandou prende-lo. Numa sala do bureau, de entrevista Castle esperava por alguma noticia.   

- Olá? Alguém está aí? – ele falava para a câmera - Onde está Beckett? Deixe-me falar com ela - o chefe de Beckett entrou

- Sinto informar que ela não pode te ajudar.

- Isso é um mal entendido.

- Estava no carro de um homem que acreditamos ser um combatente inimigo dos Estados Unidos. Não é um mal entendido, sr. Castle. É um crime federal.

- Fui sequestrado à mão armada.

- É mesmo? De todas as pessoas no mundo, por que nosso principal suspeito sequestraria você?

- Não sei. Ele disse que me viu no campo de golfe com Beckett e McCord.

- Por que você estava no campo de golfe? – ops! Acabara de comprometer Beckett e o cara não estava nem um pouco satisfeito - Por que está em Washington, sr. Castle?

- Estou aqui para ver minha noiva.

- Mas por que você escolheu vê-la neste fim de semana?

- Eu...Espere um pouco.Não acha que estou envolvido, acha? Olhe...Um homem veio até mim na rua, encostou uma arma em mim e me empurrou até um carro. E começou a me perguntar se vocês sabiam ou não sobre ele ou sobre Valkyrie.

-Valkyrie?

- Isso.

- O que é Valkyrie?

- Não sei! Eu disse a ele que não sabia, e então ele caiu morto no carro.

- Misteriosamente? Com você sentado perto dele? – e Castle não soube mais o que dizer. O chefe deixou a sala e foi conversar com seus agentes. Agora havia um novo elemento. Valkyrie. A primeira pesquisa não revelou nada em seu banco de dados. Especularam ser um contato ou um comprador mas não tinham nada para comprovar essas suspeitas. Beckett foi falar com seu superior, queria livrar Castle desse mal entendido.

- Senhor, sei o que parece, mas posso jurar que Castle não está envolvido nisso.

- Sabemos que ele não está. Temos uma gravação de quando foi sequestrado, como ele disse.

- Então, por que você...

- Queria que ele contasse tudo. E, pelo histórico do seu noivo, ele precisava aprender a se manter fora de assuntos federais. Alguma novidade em como Bronson morreu?

-Estão fazendo a autópsia.

- Senhor, encontramos algo – anunciou McCord.

- E Castle? – Beckett olhou preocupada.

- Deixe-o suar. Vendo todos se distanciarem, ela ficou insegura por deixa-lo ali sem qualquer notícia, como se tivesse alguma culpa sobre o ocorrido, vendo-o na tela de monitoramento, ela falou.

- Sinto muito.

O que o técnico descobriu a identidade da namorada de Bronson. Jeanette Miller provavelmente, sua cúmplice. Namoravam há 6 meses. Os registros mostram que Bronson ligou várias vezes antes de sequestrar o sr. Castle. Ela trabalhou como assessora do senador Shelton, um membro do comitê de relações exteriores. Beckett perguntou sobre a localização dela. Segundo o técnico,   o GPS do celular indicava uma rua de Rosemont. Mas, acharam o telefone e o carro abandonados. Tudo isso era sinal de que sabiam que a procuravam. O chefe exigiu que a achasse e passassem sua imagem pelo reconhecimento facial.

- Entendido, senhor. Eles começaram a se distanciar mas o superior não deixou Beckett segui-los.

- Você não, Beckett. Você e eu temos outra coisa para discutir.

Após uma conversa com seu superior, Beckett foi obrigada a dar uma noticia não muito boa para Castle. Ao entrar na sala, viu como eles estava com cara de preocupado e um certo ar de apreensão. Ela tinha um copo de café para entregar a ele.

- Diga-me que há algo mais forte que café aí.

- Sinto muito – estendeu o copo e abriu as algemas.

- E então? Estou muito encrencado?

- Não tanto quanto eu. Olhe, Castle... – ela se sentou na frente dele, ainda mexida pelo que precisava dizer.

- Não pode ser como antes,não é? – ele se antecipou vendo o jeito dela.

- Talvez seja melhor. Quando formos para casa, no fim de cada dia, teremos algo para conversar como casais normais.

- Só que seu dia será confidencial.

- Faremos com que funcione. Eu prometo. Terei alguns dias de folga depois desse caso e resolveremos isso. Mas, até lá...

- Não precisa dizer – ele via na face dela o quanto custava ter que dizer para deixar a cidade, para se afastar dela - Pegarei o primeiro voo de volta pela manhã. Ele saiu da sala e Beckett o acompanhou até a porta do prédio. Ela o abraçou apertado – vai ficar tudo bem. Você pode me ligar à noite e podemos ter a conversa que você quiser. Prometo, nada confidencial.

- Tudo bem. Eu te ligo – ele quebrou o abraço e tentou se afastar dela mas Kate não largava a mão dele – eu vou sentir saudades e realmente estava com vontade de comer o tal salmon. Você ainda cozinhará para mim?

- Termine o caso e venha para New York. Você terá o salmão e o vinho. Eu te amo, tchau.

- Eu também. E finalmente soltou a mão dele.  Ficou observando enquanto ele entrava no taxi. De volta a New York, Castle estava sem qualquer ânimo para escrever ou fazer outra coisa. Pior, chegar na sua própria casa e se deparar com Pi dominando sua cozinha não era a melhor coisa do mundo. Alexis estava fora e ele decidira fazer o jantar. Uma refeição nada tradicional já que Castle vira apenas frutas no balcão.

- Posso contar com você para um belo e suculento bife?

- Não são bifes.

- São bifes de mamão. O bife mais suculento que existe.

- Isso tudo são frutas.

- Eu sou frutariano.

- Claro que é.

- É tudo o que eu como. A dieta original do ser humano. A alimentação que Deus queria.

- Pi, não entenda errado, mas... Quanto tempo você ficará na casa de Castle?

- Na verdade, estou meio preso. Moro em Amsterdã, mas eu... meio que perdi meu passaporte. Mas você não quer ouvir meus problemas. Já tem os seus, certo?

- Agora, tenho. Você limpará isso tudo?

- Sr. C, parece que as coisas não foram bem em Washington com sua noiva, não é?

- Não, Pi. Não foram.

- Sabe, às vezes, a melhor coisa a fazer é conversar sobre isso.

- Quer saber? Você tem toda razão – e Castle seguiu para a porta.

- Aonde vai?

- Encontrar alguém com quem conversar. No fundo, estar no loft sem a presença de Kate e ter que ouvir os milhares de barulhos que Pi provocava al longo do dia na sua cozinha o tiravam do sério.

Em Washington, Beckett estava na frente do telão examinando imagens de câmera atrás da namorada de Bronson. Nada ainda. Tinha o semblante sério. Estava chateada com a situação, por mais que tivesse um caso e soubesse da sua responsabilidade, ela estava com saudades dele. Passaram muito tempo longe comparado ao que estavam acostumados e sua parceira agora não admitia nada relacionado a namoros, relacionamentos e afins. McCord era rígida e como várias pessoas que Beckett estava conhecendo no FBI, não tinha qualquer necessidade de falar das relações humanas no trabalho e nem em investigações. Estava aprendendo da maneira mais difícil. Sendo assim, ela optou por calar-se sobre o assunto e focar no trabalho, fazer aquilo que sabia de melhor para não ter que remoer as saudades que sentia dele. Percebeu quando McCord se aproximou e sentou ao lado dela.

- Castle chegou bem em casa?

- Chegou sim. Beckett foi curta e grossa na resposta.

- Quer conversar sobre isso?

- Não.

- Ótimo.

O técnico avisou que achou uma compatibilidade. Ao mostrar a imagem, Beckett teve certeza que era ela. numa tentativa de prende-la, eles a vigiaram via câmeras mas acabaram perdendo-a. ao analisar a trajetória dela, Beckett concluiu que estava indo para a Union Station. Ela iria fugir.

Em New York, Castle foi atrás dos rapazes no distrito. Estavam tomando café na copa e conversando.

- Acho que Jenny e eu nunca nos separamos mais de dois dias desde que nos conhecemos. Deve ser difícil.

- Estamos tão fora de sincronia que nem sei como voltar. Só queria que parecêssemos como nós novamente.

- É, fazendo Ryan e eu de idiotas. Deveria saber que descobriríamos que o caso era real.

- Ficarão felizes em saber que, pelos meus pecados, fui sequestrado a mira de bala por um maníaco. Quase fui morto. Ao menos, não fiz Beckett ser demitida.

- Sequestrado? Por quem?

- Gente, eu realmente não deveria estar falando sobre isso.

- Vamos, Castle. Somos nós.

-E, graças a você, já estamos envolvidos.

- Certo, mas isso não sai daqui,está bem? Estou andando pela rua e esse cara, por quem procuram,agarra-me, joga-me em um carro, começa a falar besteiras e a fazer várias perguntas.

- Que tipo de perguntas?

- Algo sobre Valkyrie. E, então, achei que ele fosse desmaiar, pois falava em ir à Terra dos Sonhos. Mas ele não desmaiou.Caiu morto.

- Esse cara...Ele era militar? – perguntou Esposito.

- Por quê? Valkyrie é um termo militar?

- Não sei quanto à Valkyrie,mas Terra dos Sonhos... é uma base confidencial de operações especiais que fica no Golfo. É uma base fantasma. O governo nunca confirmou sua existência, mas... conheci um cara que conhecia alguém que servia lá.

- Onde fica?

- É uma base fantasma, Castle. Acha que ele ia dizer onde fica?

- Não. Mas digo o seguinte. Se o caso da Beckett tem algo a ver com essa base, então ela está metida em algo muito maior do que imagina.

Na Union Station, os federais observavam o lugar a procura da suspeita. McCord a viu primeiro e deu a ordem para se aparoximarem mas Beckett pediu para esperarem.  Ela sentiu que algo estava acontecendo.

- Ela larga o carro em Rosemont e então vem até aqui? Então por que não pegou o trem em Alexandria? Você quem disse para seguir meus instintos e meus instintos dizem que devemos esperar.

- Darei dois minutos a seus instintos. Mantenham as posições.

- Onde ela está? Para onde ela foi? Parecia ter sumido mas Beckett a viu.

- Não, perto dos armários. Elas se aproximaram.

- Jeanette Mille – Beckett chamou - Agentes federais.Você está presa.

-O quê?

-Sem fazer cena. Afaste-se.

-O que eu fiz?

Na sala de interrogatório, Beckett e McCord tentavam descobrir como ela estava envolvida.

- Olhe, já falei. Nunca vi isso antes em minha vida.

- Então o que fazia naquele armário? Tráfico de propriedade do governo, colocar em risco a segurança nacional, traição...Todos são punidos com prisão perpétua. Ou coisa pior. Qual era o plano? Contrataram você e Bronson para roubá-lo?

- Não entendem. Isso não é o que parece.

- Sério? Pois você se livrou de seu celular, abandonou seu carro e pintou seu cabelo – McCord instigou.

- Queria desaparecer – insistiu Beckett.

- Porque Jack estava em apuros. Armaram para ele. Para nós.

- Jeanette...

- Ouçam-me. Ligaram para ele há algumas noites. Queriam encontrá-lo em um campo de golfe. O que quer que tenham dito, apavorou Jack. Ele foi ao encontro, mas o cara não apareceu.Quando soube da invasão, percebeu que o haviam incriminado.

- Quem?

- Ele não sabia.Mas Jack estava assustado e ele nunca tem medo.Disse que precisávamos sumir até que ele descobrisse o que estava acontecendo.Disse para eu ir até seu armário na estação, pois haveria dinheiro lá. E ele me encontraria quando pudesse.

- Se era inocente, por que aquilo estava no armário dele?

- Não sei. Pode ser parte da armação.

- O que é "Valkyrie"?

- Valkyrie?

-O que Jack disse a respeito? – insistiu McCord. Mas Beckett acreditava que ela não sabia realmente.

- Onde está Jack? Sabem onde ele está? – e o olhar de Beckett foi suficiente para que ela entendesse que o namorado estava morto.

- Não...

Olhando para todas as informações que tinham no quadro digital, elas tentavam encontrar um caminho.

- Ela tinha o sistema de encriptação,os contatos no exterior e, mesmo depois de tudo o que fez, ela espera que acreditemos que não está envolvida?

- As pessoas fazem coisas malucas quando estão apaixonadas – disse Beckett.

- Percebi – parecia uma espécie de deboche a forma como McCord disse isso - Não diga que acredita nela.

- Ela está certa. Bronson foi incriminado.

- Por que acha isso?

- As ferramentas no apartamento, as gravações do campo de golfe, o sistema de encriptação em seu armário... Alguém com o treinamento dele não seria tão descuidado.

- Sabe o que é mais difícil neste trabalho?

- O quê?

- Saber quando parar de fazê-lo – para McCord o caso já estava encerrado - Temos o sistema de encriptação. Pegamos o bandido.É uma vitória.

- Não estava errada na estação e não estou agora. Tem algo que não estamos vendo – Beckett teimou.

- Tudo bem.Digamos que alguém realmente armou para Bronson. Por que teriam o trabalho de causar um apagão e invadir uma instalação do governo só para roubar algo que sabiam que reaveríamos? Há formas mais fáceis de incriminar alguém.

- Espere aí. Tem razão. Por que teriam o trabalho de roubar algo apenas para que recuperássemos? – e Beckett teve um insight - A menos que tenha sido um chamariz. E se não era do sistema de encriptação que estavam atrás?

- Só queriam que pensássemos que era o que buscavam – McCord começou a seguir o raciocínio de Beckett.

- E o duto de ar usado para chegarem à Cybertech poderia ser usado para acessar qualquer andar do prédio. Cybertech está nos 3º e 4º andares.

- Isso, e...

- No 5º e 6º há um laboratório de genética – Beckett digitava rápido procurando formar sua teoria - No 7º tem uma firma de consultoria. E no 8º...CHECAGEM DE SEGURANÇA CONFIDENCIAL – ela esbarrou em uma senha - Não há informações sobre o inquilino do 8º. Diz que é confidencial. O que tem no 8º andar?

Castle estava em seu escritório em New York ainda intrigado pela historia que Esposito contara. Ele fazia pesquisas randômicas na internet. “BASE SECRETA TERRA DOS SONHOS 0 RESULTADOS - BASE FANTASMA MILITAR 178 RESULTADOS”. Nada que ajudasse. Alexis foi chama-lo para jantar.

- Virá, pai? O jantar está pronto.

- Vou. É melhor eu me apressar, não quero que meu bife de mamão esfrie.

- Você já os provou? São deliciosos.

- Podem começar sem mim. Estou no meio de algo aqui.

- Não está evitando o Pi, está?

- Não, querida. Só estou fazendo uma pesquisa para uma história.

- Certeza que não está mexendo no caso da Beckett? Mesmo tendo prometido não mexer? – a campainha tocou, Alexis conhecia o pai a ponto de saber que era exatamente o que ele estava fazendo. 

- Está tudo bem.Ninguém saberá.

- Richard, estes homens procuram por você. Disseram que são agentes federais.

- Castle, precisa vir conosco imediatamente – eles eram sisudos.

- Do que se trata?

- Por favor, senhor, venha.

- Por quê?

- Calma aí, não podem levá-lo – Martha dizia.

- Faça-me um favor, chame meu advogado – ele estava apavorado.

-Pai? Pai.

-Ligue para a Beckett.

- Certo. Meu Deus.

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Beckett estava em choque. A notícia que seu superior lhe dera quase a deixara sem chão. Fora difícil segurar as lágrimas na frente dele. Agora, ela estava a um bom tempo no banheiro. Os olhos vermelhos e a dor no peito eram sinais do quanto ela estava mexida com tudo isso. As lagrimas marcavam o rosto e naquele momento ela precisava extravasar tudo que podia porque não sabia qual seria a reação de Castle quando ela contasse o que descobriram. Não podia estar acontecendo algo assim com eles. Era tão.... Kate não sabia o que pensar. Ela aprendeu que na vida havia sempre momentos críticos e decisivos. Pessoas dispostas a desafia-la e tirar-lhe o chão e tudo o que ela amava. Esse era um daqueles momentos. Sabia que suas chances eram mínimas mas Kate Beckett era uma lutadora e nunca desistia. Ela precisava lutar e ser forte por ambos. Ainda assim, entrar naquela sala seria a coisa mais difícil que já fizera até hoje. Respirou fundo antes de abrir aquela porta para encara-lo. Precisava manter a sanidade. 

Continua....

2 comentários:

Unknown disse...

Aaaaaaah Estou Muuuuuito Feliz por isso,serio amei a 4a e 5a agora que venha a 6a.
Essa estrei foi MAGNIFICA,sua fic sempre dá aquilo que o tio Andrew nos nega kkkkkkkk o que dizer da cena do banheiro?????Esperei tanto por essa fic sabia que vc ñ deixaria passar,enfim Castelinho em apuros!?Huuuuummm!!!
Esperando pelo proximo =)

Maytê disse...

Karen vc vai continuar ne? Ela é muitoooo boa rsrs aliás, todas as suas fics são perfeitas. como essa ta marcada como não terminda, vou esperar ansiosamente *--*