Nota da Autora: Finalmente consegui escrever esse capítulo. Ele se resume a reflexos do Paley, premieres e outras coisitas más... porém está ficando bem difícil escrever sem material. Tenho algumas idéias mas a fonte tá secando! Preciso dos insights da S e do N. De qualquer forma, divirtam-se! Afinal ando muito boazinha e esse cap em especial tá bem fluffy....
Cap.8
Quando chegaram em casa, mal
fecharam a porta e as mãos entraram em ação. Foram se tocando como alguém
sedento em busca de água no deserto, as bocas se fecharam num beijo ardente.
Stana livrou-se da calça dele em questão de segundos. Jaquetas e blusas no
chão. A única peça que restou ainda foi o vestido dela colado ao corpo. Ele a
arrastou para o sofá da sala e a jogou ali mesmo. Puxou o vestido para cima e a
invadiu colocando todo seu peso sobre ela. Stana apertou as pernas na cintura
dele e apertava suas mãos nas costas e ombros dele tentando se segurar diante
do movimento. Ele a tomava rapidamente, a cada estocada ela gemia e uma onda
avassaladora a atingiu em poucos minutos. Ela gritou mas Nathan calou sua boca
com um beijo apaixonado, ela tornou a inclinar o corpo sob efeito do orgasmo e
sentiu ele abocanhar o seio por cima do tecido. Nathan a ergueu do sofá junto
com ele colocando-a sentada ainda sobre o seu membro e finalmente tirou o
vestido pela cabeça.
Stana afagava os cabelos dele
enquanto brincava sedutoramente com os lábios incitando-o a querer beija-la,
como numa brincadeira de gato e rato. Tudo isso sem parar de movimentar-se
sobre ele o que já despertou novamente seu corpo para receber mais um orgasmo.
Jogou seu corpo para trás e foi amparada por Nathan que a segurava com cuidado.
A exposição dos seios à sua frente, apenas aumentou a vontade de prova-los e
foi o que fez. Mordiscou o mamilo,sugou o seio e repetiu o mesmo processo com o
outro par. Nào aguentando mais de tesão, ele gozou com ela.
Minutos se passaram até que
ambos conseguissem se mexer. O rosto de Stana estava enterrado no pescoço de
Nathan, enquanto os braços a envolviam mantendo o contato da pele quente e
suada entre eles. Ela moveu-se devagar roçando o nariz pelo rosto dele. Com a
ponta da lingua, brincou com os lábios dele até força-lo a abrir os mesmos para
recebe-la em um beijo preguiçoso e sedutor. Eles ficaram alguns minutos perdidos
entre beijos e sintomas do êxtase que haviam presenciado. Em seguida, Nathan a
fez levantar-se e seguiram abraçados para o quarto. Ainda fizeram amor
novamente naquela noite.
Acordaram cedo e como era
esperado, passaram bons minutos na cama satisfazendo um ao outro. Ainda eram
seis da manhã e eles não precisavam chegar tão cedo no estúdio. Stana
deitava-se sobre o estomago de Nathan enquanto ele fazia cafuné em seus
cabelos. Ela estava enrolada em um lençol esperando a preguiça sumir do seu
corpo para então se levantar para tomar um banho e se arrumar para o trabalho.
Vendo-a relaxada, Nathan assumiu que era um boa hora para conversarem sobre
alguns assuntos do Paley.
- Staninha tem umas coisas que
gostaria de te perguntar. Sobre as suas declarações ontem no Paley.
- Como o que? Achei que estava
tudo muito claro. Eu me comportei e não disse nada comprometedor para nós.
- Talvez não mas deixou algumas
dúvidas nas entrelinhas como por exemplo quando você falou sobre a resposta ao
pedido de casamento. Falou de relacionamentos, de como crescemos com eles e
tive a impressão que você não se referia apenas a Beckett com aquela resposta.
Estava falando de nós não?
- Se a carapuça serviu...
- Não mente para mim. Você
estava pensando na gente quando falou aquilo não? – ela apenas sorriu para ele
– ou quando você falou sobre como queria que fosse o casamento caskett. Era
você ou a Beckett falando? Porque no meu modo de pensar era a Stana falando.
- Talvez um pouco das duas.
Admita que Castle e Beckett fugindo para casar seria bem bacana. Um tanto
inesperado para os outros mas acredito que combine com eles já a sua ideia de
espaço... o que foi aquilo? Porque não disse a sua opinião ao invés de repetir
o que estava no script? Era melhor inventar algo se você não sabe como pretende
casar do que soltar um spoiler sem que o público soubesse mas que vão entender
assim que virem no episódio.
- Foi o que me veio na cabeça
diante da pressão em responder ou você esqueceu do estado em que me encontrava?
– ele ouviu a risada gostosa dela – e você não respondeu minha pergunta. É
assim que imagina casar? Sempre achei que você era do tipo casamento dos
sonhos, estilo princesa. Você não sonhava com isso desde pequena?
- Com alguma coisa tradicional
da cerimônia sim mas não sonho com um casamento gigante, cheio de convidados e
um monte de dinheiro esbanjado. Fugir para um lugar diferente, mantendo algumas
coisas que eu gosto seria suficiente. Gosto de casamentos ao ar livre.
- Ah, isso temos em comum. Não
gosto muito de igrejas, deixam a cerimônia muito séria, pesada. Gosto de pensar
que o dia do casamento é pura festa, temos que nos divertir. Muitas
formalidades atrapalham as recordações. É um dia para se fazer memórias – ela
virou-se de lado ainda com a cabeça apoiada no estomago dele e beijou-lhe a
pele, uma das mãos passeava no peito dele, mas uma luzinha acendeu na cabeça
dela afinal porque estavam falando em casamento? Era um assunto precipitado e
estranho entre eles não? Ela estava intrigada com as perguntas de Nathan e
parece que ele nãp pararia por ali.
- Por que você escolheu aquela
música para representar o casamento de Castle e Beckett? Pensei que ia dizer
qualquer música que Duncan pudesse compor ou mesmo a música de Always, sei que
você gosta daquela música e como não poderia se esse é um dos seus preferidos
ou você acha que não percebi seu disfarce dizendo “o último da season 4”, é tão
você Stana.
- No momento foi a primeira
canção que veio à mente – ela precisava para esse assunto porque se a intenção
dele era deixa-la cheia de caraminholas na cabeça, já conseguira - Preciso me
levantar... temos que trabalhar, Nate.
- Mas eu ainda não terminei de
conversar com você. Primeira que veio à mente...sei. Você não me engana ou acha
que não sei que tweetou essa canção logo após a gente ficar junto?
- Tudo bem, foi de propósito.
- Eu sabia e até gostei ao
contrário da sua pequena demonstração sobre conhecimentos de luz e filmagem em
HD. Com quem aprendeu tudo aquilo, não foi no set da série. Foi com aquele cara
sem graça que você trabalhou? Aquele sujeito obcecado por você?
- Hey! Não fale assim de
Michael e Mark! – ela dá um tapinha no peito dele.
- Stana não minto quando digo
que aquilo é obcessão. Chega a ser ridículo, o cara é casado! Não gosto disso.
Abusado e inconveniente é o que ele é!
E então Stana percebeu. Ele
estava morrendo de ciúmes. Sorrindo, ela se virou de bruços e se arrastou feito
uma gata pela cama até ficar na altura do rosto dele. Viu que ele estava sério.
Ela apoiou o queixo no peito dele e fez uma carinha de safada. Adorava implicar
com ele mas vê-lo com ciúmes era muito bom.
- Você está com ciúmes!
- Nãoooo.... – mas a cara o
denunciava.
- Está sim e acho tão fofo...
como você pode ser bobo assim, babe? Ciúmes do Mark? Ele é só um amigo querido
já você é tão mais que isso – ele ficou envergonhado ao ouvi-la falar e o rosto
enrubesceu – e ainda fica vermelhinho. Nathan Fillion com vergonha! Ah... como
pode ficar ainda mais charmoso? - Ela acariciou o rosto dele com a mão e
esfregou o nariz no peito dele. Levantou-se
um pouco do colchão e inclinou-se para beija-lo. Nathan a abraçou forte
retribuindo o toque carinhoso nos lábios. Ao quebrar o beijo, ela mordiscou o
queixo dele e tornou a falar – não quero te ver mais emburrado por causa do
Mark, ok? Mas se quiser demonstrar ciuminho e fizer essa cara de raiva eu
aceito. Você fica ainda mais lindo com ciúmes, Nate. Beijou a bochecha dele e
levantou-se da cama rumo ao chuveiro.
Nathan ainda tinha um assunto
para conversar com ela mas diante da dimensão e da forma como estavam bem, ele
decidiu deixar o lance dos fãs para outra hora ou mesmo esquecer o discurso que
Stana deu no final do Paley.
Nathan chegou ao estúdio
primeiro que ela. Esse fora o combinado. Antes de se separarem, Stana o lembrou
sobre o lance da dor nas costas, ele precisava fingir que ainda estava
incomodado com a dor. Andando pelos corredores, ele avistou Seamus vindo da
copa. Rapidamente, começou a diminuir o passo e levar as mãos aos quartos.
Seamus o alcançou muito rápido.
- Oi, Nathan! Como você está?
Fiquei preocupado quando Stana revelou que vocês precisariam ir ao hospital,
ela deu a entender que era grave.
- Eu estava com muita dor e
somente uma injeção daria jeito. Ela me levou ao hospital e fui melhorar depois
de duas horas. Obrigado pela preocupação, já estou bem melhor. Tenho dores mas
é algo suportável, nada que me impeça de trabalhar. O que aliás já deveriamos
estar fazendo não? A primeira cena de hoje é no distrito certo? Viu a Stana por
aí?
- Não. Deve estar chegando pelo
menos no seu lugar preferido ela não está.
- A copa – disseram
juntos.
- Vou aproveitar e trocar umas
ideias com Chad. Te vejo depois – e Nathan se afastou devagar mantendo a cena
do fingimento.
Meia hora depois, Stana andava
sorridente pelos corredores com uma caneca de café na mão. Ia rumo ao set do
distrito onde gravaria uma cena com os rapazes e depois uma com Nathan apesar
de ser um telefonema apenas para o sétimo episódio. Como ela estava durante
essa e principalmente a próxima semana fazendo a divulgação de seu novo filme, o
diretor concordou a pedido dela e de Terri para filmar suas cenas adiantadas
focando nas cenas de Castle/Alexis na semana em que Stana ficaria ausente.
Encontrou com Terri e Nathan no
corredor e claro que a produtora não perdeu tempo em elogia-la sobre o que
havia dito na noite anterior, no Paley além de querer ver a reação de Nathan
sobre isso.
- Stana! Nem tive tempo de
conversar com você ontem menina! Estava um arraso com aquelas pernas de fora. É
impressionante por onde eu passava era somente elogios a sua pessoa. E Tony é
seu fã, hein?! Ah, quase esqueci o que queria te falar. Linda mensagem ontem
para os fãs no fim do Paley. Acredito que você foi iluminada ao fazer aquele
comentário sobre a importância deles para nosso trabalho. Se você já era
considerada uma pessoa especial não apenas pelo seu talento, por Beckett e pelo
seu lado shipper, depois dessa ”ode aos fãs” você está sendo ainda mais
elogiada e idolatrada. Perdi a conta de quantos posts eu vi ontem mencionando
suas palavras e como você era fantástica. Faltaram adjetivos para você ontem.
Não achou Nathan?
- É, ela certamente sabe como
agradar os fãs, foi no ponto fraco.
- Não é apenas uma questão de
agradar. É retribuir todo o carinho e respeito que eles tem por nós e agradecer
o fato de que se não fossem eles não estaríamos aqui. Não teríamos um emprego.
Você fala que ama seu emprego, estar empregado, então essa é uma forma de
mostrar que você se importa. Assim como gosta de relembrar a época de Firefly,
Nathan, falar de Castle deveria ser um motivo de orgulho para você. Ou acha que
foram somente seus belos olhos azuis que fizeram a série chegar em seu sexto
ano?
- Ouch! – Terri soltou.
- Claro que não foi apenas eu,
fomos todos nós do elenco e da produção fazendo o melhor para que o público
gostasse do que via e pedisse mais. Não seja tão radical Stana. Aliás não
concordo com o que você falou sobre respeito, isso é algo mútuo. Muitos fãs
faltam com respeito conosco. Talvez mais comigo.
- Se a falta de respeito que
você está se referindo é quando eles reclamam de você porque não para de falar
de Firefly, acho que você é o único culpado. E se você está incomodado por receber
fotos minhas e suas ou desenhos nossos, novamente é um problema seu. Eles são
fãs, Nathan querem dividir ideias e desejos conosco. Caso não queira responder,
faça como eu veja e não faça nada mas contestar ou ficar se trocando com eles
só faz piorar tudo.
- E falou a fangirl shipper,
acho que ela te deu uma aula não Nathan? – implicou Terri.
- É, melhor não discutir com a
Stana... – ele concluiu porém ficou meio chateado com as palavras dela.
- Ótimo! Preciso filmar – disse
Stana.
- Te vejo mais tarde na minha
sala, ok? Quero trocar umas ideias com você para esse período da sua ausência –
falou Terri.
As gravações aconteceram sem
maiores problemas. Conforme combinado, eles filmaram três cenas no set do
distrito com os rapazes e mais outra com Nathan referente a um telefonema.
Assim que terminou, ela conversou com o diretor para rever a programação de
amanhã. Era o grande dia da premiere e pretendia sair cedo. Amanhã ela filmaria
com Tamala. Satisfeita com o cronograma que montaram, ela foi até a sala dos
escritores ver o que Terri queria. Percebeu que a produtora não estava sozinha
e já ia fugir quando Terri a chamou para entrar.
- Venha logo, Stana. É a Dara
não temos segredos.
- Nossa! Por acaso essa
conversa é sigilosa de alguma forma? – Stana perguntou desconfiada se bem
conhecia Terri ela tinha algo além de trabalho em mente.
- Nada que você já não tenha me
revelado em algum momento. Sente-se – Stana obedeceu – está tudo certo para
você sair mais cedo amanhã?
- Sim, acabei de passar a
programação de amanhã com o diretor. Devo sair do estúdio umas quatro horas. A
premiere começa às sete então terei tempo para me arrumar.
- Como se você precisasse de
muita coisa, às vezes tenho uma raiva de você. Linda desse jeito não precisa se
preocupar com cortes, maquiagens pesadas, corretivos. Os cabelos perfeitos. Ai
de mim se não vou ao salão fazer uma escova para ver se a juba ajuda.
- Até parece.
- Aliás, o seu cabelo deu o que
falar não? E Susan não escondeu a decepção. Ela é muito espontânea – disse
Terri – agora você estava bem à vontade ontem à noite conversando no painel se
bem que você estava diferente já pela manhã nem parecia a mesma pessoa que
deixou essa sala na sexta. O que aconteceu afinal?
- Terri você está querendo que
eu fale sobre o meu comportamento? Temos bons dias e dias ruins. Sexta foi um
dia ruim, ontem não.
- Ah, corta essa! Nada de
mensagens evasivas ou cheias de códigos, isso você guarda pros seus fãs no
twitter ou pro Nathan. Você estava irritada, com muita raiva mesmo na sexta e
ontem caminhava por esses corredores como se tivesse visto passarinho verde.
Quero saber o porque, Stana.
- Pensei que tinha me chamado
aqui para conversar sobre o trabalho da próxima semana. Já entendi tudo, Terri.
Você está familiarizada com a frase “Kiss and Don’t Tell”? Então, me dou o
direito ao silêncio – disse sorrindo.
- Você não presta! Sei que
aprontou algo nesse final de semana e o que fez mexeu com um certo alguém.
Fiquei intrigada com o comportamento do Nathan ontem no paley, você não achou
estranho? Ele é sempre tão falante, ontem estava incomodado com algo.
- Terri você analisa demais.
Olha se não tem outro assunto pra discutir comigo, eu já vou indo. Tenho
algumas coisas para resolver ainda – mas o olhar de Stana denunciava que Terri
estava certa. Tanto que ela desatou a rir.
- Veja o jeito como fala
comigo, mocinha – e riu da gargalhada dela, Terri se levantou e abraçou-a –
você é tão adorável, só gosto de vê-la feliz, sorrindo. Eu não tinha nada para
falar com você estava curiosa com os últimos acontecimentos. Amanhã você vem
trabalhar e me conta como pretende arrasar nessa premiere.
- Tá bom, te vejo amanhã. Tchau
Dara. Assim que Stana saiu, Dara virou-se para Terri boquiaberta e de olhos
arregalados.
- Eles realmente estão juntos?
Isso é grande! – ela se aproximou um pouco mais de Terri para evitar que
qualquer outro ouvisse – o que você acha que ela fez para deixa-lo daquele
jeito? Você desconfia que ela teve algo a ver com aquele comportamento apático
de Nathan, não?
- Tenho certeza, não sei o que
ela fez mas conhecendo aquela garota ela certamente deixou-o numa situação no
mínimo inesperada.
E as duas gargalharam.
Como previsto, Stana veio
trabalhar cedo e terminou suas cenas com Tamala bem rápido. Nathan estava em
outra parte do set gravando com Alexis. Ela realmente adorou o fato de que
Andrew e Terri encontraram o modo perfeito de adequar sua participação em um
episódio de Castle dando a ela a possibilidade de comparecer ao evento em LA e New
York. Porém, ela não tivera tempo de conversar com Nathan sobre a sua ausência
na próxima semana não que isso fosse ser um problema à principio já que por
vezes passavam quase cinco meses distante em um hiatus, o que seria uma semana?
Claro que a situação mudara. Agora eles não eram apenas parceiros de cena,
estavam em um relacionamento. E também não estava tranquila com a forma como
falou com ele sobre fãs, sabia que exagerara. Ela decidiu ir até a copa pegar
café e esperar um pouco por ele, talvez tenha feito alguma parada entre cenas.
Como estava filmando com Molly, ela achou melhor não enviar uma mensagem para
ele.
Quinze minutos depois como se
fosse uma previsão acertada, Nathan apareceu na copa sozinho. Foi direto para a
máquina de café.
- Ainda por aqui? Pensei que já
estava se preparando para sua grande noite – ele sentou de frente para ela.
- Deveria mas nem falei com
você direito hoje. E você sabe que viajo na sexta para New York, o que nos dá
apenas dois dias para fazer algo se quisermos.
- Você quer fazer algo comigo? Pensei
que depois daquela lição de moral nem quisesse me ver...
- Nate, não seja dramático.
Você entendeu muito bem o que quis dizer. E sabe que tenho razão, um pouco pelo
menos. Não custa de vez em quando mostrar que se importa. Não falei nada para
te atingir ou criticar. Desculpe se soou assim, mas queria apenas te dar um
conselho.
- Conselho, sei. Mas acabou
criticando. Parece até que não gosto do que faço ou de tudo isso. E quanto a
Firefly, essa série é um xodó e um dia lá na frente quando você estiver
ganhando milhões em Hollywood irá olhar para uma foto de Castle e Beckett, sorrir
e falar da sua grande paixão. Sabe porque? Será Castle que marcará sua carreira
como uma espécie de primeiro filho, através do qual você conheceu pessoas
incríveis e cresceu. Nesse dia, você entenderá.
- Deus! Eu queria tanto te
beijar agora pelo que disse,Nate... – ele viu o brilho diferente nos olhos dela
- eu concordo com tudo que disse e se pareci insensível, mais uma vez, sinto
muito. Agora deixa de ser bobo e sugira. O que podemos fazer antes de eu viajar
na sexta? O que quer fazer?
- O que eu queria era te
acompanhar nessse evento, estar a seu lado, te exibindo, te vendo brilhar
porque é o que vai acontecer. Você deixará qualquer artista no chinelo essa
noite. Eu sei.
- Nossa! Pensei que você fosse
ficar com um certo ciúme por eu estar exposta a tantas câmeras, ganhando a
atenção de todos porque você sempre foi quem entre nós dois que adorou os
holofotes. Não eu.
- É sua vez de chamar atenção.
Eu respeito isso e você merece – ele tocava a mão dela levemente – que pena que
não possa te beijar agora, se ao menos tivéssemos uma cena para ensaiar.
- Cuidado, Nate. As pessoas
estam começando a perceber algo diferente. Não podemos dar bandeira. Somos
vigiados por todos. Não se sinta mal por não me acompanhar, você estará no meu
pensamento.
- Que mentirosa! Você vai
esquecer de mim no momento que pisar no tapete vermelho e os flashes caírem
sobre você, acredite. Mas está tudo bem. Tem que aproveitar tudo só me prometa
que não irá exagerar na bebida, você sabe que não pode consumir muito álcool
porque não se controla...
- Hey... – ela aperta os dedos
dele – não vou fazer nada disso. talvez tome uns dois drinques mas será somente
isso. E se ficar solitário, basta checar o twitter aposto que vai encontrar
muitas fotos minhas lá.
- Aquilo vai estar uma loucura
por causa dos seus fãs! O que você vai vestir?
- Não vou contar, mais uma
razão para você procurar por mim – ela virou o resto do café e levantou-se –
bem, está na minha hora. Se vir Terri por ai, diga para ela me ver no twitter –
ela jogou um beijo no ar para ele – tchau, Nate.
E exatamente como ele previra,
aconteceu. Stana realmente roubou a cena na premiere de CBGB. Não somente pelo
fato de estar deslumbrante e como muitas reportagens citaram “pretty in pink”
mas porque ela não era apenas um rostinho bonito e um par de pernas que ficaram
bem expostas. Não, ela brilhou pela simpatia, pelo sorriso perfeito e
cativante. Pela forma como se rendia a
cada jornalista que a abordava. Stana falava sobre o filme, sua satisfação em
interpretar Gewya mas invariavelmente não podia fugir de perguntas relacionadas
a Castle.
Talvez ela não tivesse a
dimensão do impacto que podia causar sobre as pessoas. De fato, o tamanho de
sua fama era algo novo que ela estava descobrindo sobre si mesma. E o que
Nathan afirmara era a mais pura verdade, o filme tinha grandes nomes como Alan
Rickman porém a pessoa com o maior numero de fãs barulhentos e devotados no
evento era Stana. Ela mesma se surpreendeu com a maneira que fora ovacionada
fora e dentro do teatro. Se a premiere de CBGB teve casa lotada, metade das
pessoas eram certamente Stanatics.
Além disso, o twitter estava
uma loucura o que não impediu Nathan de caçar as fotos dela e ver algumas
entrevistas. Sempre enfeitiçando todos que cruzavam seu caminho não importando
se eram homens ou mulheres. Stana tinha um jeito especial de atingir a todos.
Não precisava de grandes luxos ou brilhos. Vestida de uma maneira simples e
revelando suas belas pernas atributos valorosos, conseguia atiçar a imaginação
de todos sem em qualquer momento ser vulgar.
Sorrindo e satisfeito com as
imagens que vira dela, ele rendeu-se ao sono.
Como já era esperado, todos
fizeram uma festa para ela no trabalho e a chuva de elogios foi grande. Ela
agradeceu a todos e completou dizendo que era exagero o que diziam dela. Stana
ainda tinha a capacidade de ficar envergonhada quando muitos a elogiavam.
Três dias depois, Stana e sua
amiga Monica embarcavam para New York.
Na noite anterior, Nathan foi
ao apartamento dela e fizeram uma pequena despedida a dois. A pedido dele,
Stana usou o vestido pink da premiere. Depois de estarem deitados na cama, ela
começou a falar dos compromissos que teria na big apple. Entrevistas, programas
de tv, rádio, e a premiere no dia oito.
- Quando você volta?
- Dia 11. Vai sentir minha
falta?
- Claro que não! Tenho muito
trabalho e sequer posso piscar – ele instigou-a – tenho compromissos, agendas
sabe? Sou um homem muito atarefado. Quer ver? – ele pegou o iphone e abriu no
calendário mostrando a agenda absolutamente vazia depois das sete da noite,
antes apenas as marcações das gravações de Castle – nossa! Que semana
deprimente não Staninha? Tudo por sua culpa.
- Minha culpa?
- Sim, desde que começamos a
ter um relacionamento meus números de compromissos sociais reduziram bastante.
Sempre quero reservar minha agenda para você. E de repente, você me deixa de
lado, me troca pelos holofotes e os fotógrafos – ele fazia uma carinha de
cachorrinho pidão apenas para mexer com ela.
- Ah, tadinho! Nathan está sem
vida social... – ela provocava e aproveitava para roçar seus dentes de leve nos
ombros dele - pode chamar os amigos para sair, eu deixo. Prometo que volto logo
para você não morrer de saudades.
- O que deu em você? Baixou o
Castle?
Eles gargalharam.
No avião a caminho de New York,
ela relembrava momentos entre eles. Fazendo uma retrospectiva da relação deles,
aqueles últimos dias tinham sido uma verdadeira montanha-russa, sim ela podia
chama-los assim. Foram muitas emoções, dores e exageros de ambas as partes. No
fim, o sentimento verdadeiro prevaleceu e finalmente ela pode ver um lado de
Nathan Fillion que o mesmo fazia questão de manter escondido a sete chaves.
Ao relembrar o que aprontara
naquele camarim com ele, ela não pode evitar um suspiro e o sorriso. Quem
olhasse para Stana naquele instante, pensaria que ela estava aérea, viajando
por pensamentos porém nenhum deles sequer consideraria que tais pensamentos
eram tudo menos puros. Monica olhou para a amiga percebendo que estava em outro
planeta, outra órbita.
- Pensando nele? É claro, nem
sei porque perguntei – Stana sequer ouvira a amiga – hey! Stana! – ela sacudia
a mão na frente do rosto dela – terra para Stana....
- Oi... desculpe, estava
pensando.
- Eu sei e também sei em quem -
ela sorriu para Monica – podemos repassar os compromissos agora ou você ainda
quer ficar sonhando com seu escritor da ficção?
- O homem por trás do escritor,
Mon.
- Eu sei de quem estamos
falando só não quero levantar bandeira.
- O que quer dizer com isso?
Você não aprova o meu relacionamento?
- Não, você entendeu errado.
Somente digo para sermos discretas e como não aprovar algo que te faz tão bem?
Esqueceu de quantas vezes você me falou dele durante as madrugadas? Torço pra
que você continue com esse sorriso bobo nos lábios por muito tempo.
- Tudo bem, o que quer
discutir?
E elas engrenaram numa conversa
sobre compromissos, roupas e o que fazer em New York quando chegassem lá.
A premiere de New York a
exemplo da de Los Angeles tinha tudo para ser um sucesso. Porém era incrível
como o clima da cidade que nunca dorme é sempre mais favorável a eventos desse
porte. Talvez seja um sentimento próprio de rebeldia, libertação ou
simplesmente a cultura que emana dos quatro cantos daquela cidade. Cosmopolita
e multicultural, New York sempre inspirava Stana.
Ela cumpriu seus compromissos
pela manhã e ainda teve tempo de visitar um dos seus lugares preferidos da
cidade. O SoHo. Coincidência ou não, bairro onde fica o lar de Rick Castle.
Pela parte da tarde, ela se dedicou a entrevistas e filmou o programa. Adorou
todas as pessoas que a receberam. Sentiu-se tão querida. Seus fãs a
surpreendiam a cada momento com carinhos e mensagens de como ela mudara suas
vidas. Realmente Stana não enxergava tal poder.
Na noite da premiere, ela
descera da limusine atraindo todos os flashes e câmeras para seu lado. Se ela
já surpreendara a todos na festa de LA, roubou a cena no evento daquela noite.
Vestida de preto, com um conjunto de saia e bustie, Stana exibia um decote na
altura dos seios e nas costas que deixara muitos homens babando além de atrair
a atenção de mulheres. Era um dom que Stana possuía, talvez ela fosse uma das
poucas mulheres que recebia constantemente elogios do mesmo sexo.
Entrevistas, sorrisos, fotos e
mais fotos. A noite mal começara e Stana dominava a atenção e a passarela. Com
sua simpatia conversou com todos e reservou um tempinho para os fãs. Assim que
entrou no teatro pode descansar um pouco da loucura que vivera no tapete
vermelho. Era tudo muito intenso. Terminada a apresentação do filme, ela seguiu
para o jantar de celebração. A noite estava muito animada e conforme prometera
a Nathan, tomou apenas duas taças de champagne.
Conheceu gente nova, outros
produtores e roteiristas além de alguns executivos de estúdio presentes no
evento, fez um bom upgrade em seu network. Três horas de badalação e ela
começara a ficar cansada, saudosa. Pegou o seu celular e mandou um whatsapp
para ele “Wish u were here. < 3 S”. Minutos depois, ela recebeu uma resposta:
“Essa festa deve estar muito chata! Divirta-se e me ligue mais tarde. Miss u2.
N”. Sorrindo, ela voltou a sua atenção para as pessoas à mesa. Meia hora
depois, ela deixava o local. O dia fora puxado.
Quando chegou ao seu hotel,
Stana tirou a roupa e após um banho relaxante, ela deitou-se na cama. Checou o
relógio. Duas da manhã, o que significava onze em Los Angeles. Mandou uma nova
mensagem “Está dormindo?”. Menos de um minuto depois, ela recebeu a resposta
“não, já no hotel? Quer ligar?” e ele nem precisou escrever mais nada. No
segundo seguinte, o celular já se conectava ao dele via facetime.
- Hey...
- Hey,gorgeous... como foi tudo
hoje?
- Cansativo, maravilhoso,
louco. Estou muito feliz somente faltou você para tornar tudo perfeito. Tenho
certeza que iria adorar toda essa agitação.
- Acredito que sim mas não
podemos lembra? Deixe-me dizer que você estava fabulosa hoje à noite. De tirar
o fôlego! Se já reagi assim ao ver fotos e vídeos posso imaginar o quanto me
afetaria se te visse ao vivo.
- Sim, Nate sei que não pode
estar aqui comigo mas gosto de pensar que poderia – ela soltou um risinho
malicioso – as fotos mexeram com seus ânimos, babe? Ao vivo então pegaria fogo
não? – ela o ouviu gemer – E para sua informação, New York continua fascinante.
Amanhã tenho entrevistas pela manhã e à tarde vou bater perna. A Broadway me
espera à noite. Mas me fale de você, como estão as coisas por aí?
Ele ficou calado por uns segundos,
como que hipnotizado.
-
Nate...Nathan!
-
Ah, oh desculpe. Eu me perdi imaginando o fogo...o que você quer saber mesmo?
- Perguntei como estão as
coisas por aí?
- Ah, isso. O bom de se filmar
com Molly é que ela trabalha no máximo até às sete da noite e posso ir para
casa cedo. Esses dias tem se resumido a gravações de dia e muito videogame à
noite. Já está meio chato. Estou entediado para falar a verdade.
- Videogame, Nate? Você não
precisa ficar enfurnado em casa. Por que não sai com alguém? Chame o Trucco ou
mesmo Seamus, Jon.... fará bem a você.
- Trucco está fora da cidade
filmando. Até pensei em Zach mas ouvi que ele está em New York. Não se preocupe
comigo, sobreviverei ao tédio com os jogos e suas fotos.
- Humm... se não tivesse tão
cansada até poderia brincar um pouco com você. Mas já são quase três da manhã e
tenho que estar de pé às oito. Preciso dormir. Te ligo amanhã?
- Claro, sempre que quiser.
- Bons sonhos, Nate. Love you.
-
Love you too. Boa noite.
Ela colocou o celular sobre a
cabeceira da cama e adormeceu quase instantaneamente.
Stana aproveitou ao máximo seus
dias em New York. Todas as noites depois de seus compromissos, ela ligava para
Nathan e passavam pelo menos uma hora conversando. Foi a teatros, restaurantes
maravilhosos, fez compras e ainda arranjou um tempinho para dar uma de turista
passeando pelo Central Park e tomar um bom latte com bagel na Dean &
Delucca. Simples prazeres de New York.
Adorara e curtira cada minuto
de sua viagem mas dentro do avião rumo a LA, ela estava grata por voltar para
casa. Lembrou-se das palavras de Dorothy em O mágico de Oz. Não há lugar como o
lar. Chegaria na California por volta das oito da noite e não voltaria a gravar no dia seguinte. Por sorte,
era sábado. Apenas não via a hora de estar com Nathan novamente.
Assim que chegou do aeroporto,
teve uma surpresa ao chegar na porta de casa e encontrar Nathan na penumbra
dentro do carro esperando por ela. Uma grata surpresa devia acrescentar. Ele a
acompanhou para dentro de casa e tão logo a porta fechara atrás dela e colocara
a mala no chão, Stana correu para os braços dele a fim de matar as saudades.
Fora um abraço bem apertado.
- Senti tanto sua falta.
E logo em seguida, ela o beijou
deixando-se levar pelo momento e perdendo-se nele. Roupas pelo chão, gemidos ao
vento, caricias trocadas, uma dança de mãos e bocas procurando saciedade e
prazer. Stana murmurava o nome dele repetidas vezes enquanto era tomada
completamente por ele na cama. O mundo lá fora morria para os dois, existiam
apenas aquelas quatro paredes, o sentimento e o desejo. Em meio aos lençóis se
amaram três vezes naquela noite. Incapazes de largarem um ao outro, adormeceram
enroscados como se naquele instante fossem um só corpo.
Amanhecera chovendo em LA.
Preguiçosamente, ela se arrastara da cama e foi preparar duas canecas de café.
De volta ao quarto, ela pousou a louça na cabeceira e sentando-se na cama,
Stana inclinou o seu corpo sobre o de Nathan e roçou o nariz na pele do rosto
dele. Os cabelos deslizavam com o movimento que ela fazia. Ele moveu-se por fim
abrindo os belos olhos azuis para fita-la. Sorriu.
- Bom dia, babe... trouxe café.
Ele se apoiara nos braços e
sentou-se na cama com as costas escoradas na parede acolchoada que ficava sobre
a cama. Ela estendeu a caneca da bebida quente para ele. Brindaram e sorveram o
primeiro gole. Lentamente, cumpriram seu ritual matinal de cinco anos.
Desenvolveram isso desde seu primeiro encontro no set de Castle. Terminado o
café, Nathan reparou no barulho da chuva batendo sobre o vidro da janela
convidando-os a voltar para a cama. Era sábado e não tinham pressa para irem a
lugar nenhum. Ele a puxou para si num beijo carinhoso prendendo-a firmemente em
suas mãos.
Stana envolvera seus braços ao
redor do pescoço dele e deixava seus lábios provarem-no sensualmente e sem
qualquer pressa. Instintivamente, ela se esfregava no corpo dele para atiça-lo.
Podia sentir o membro já responder aos seus gestos. As mãos de Nathan subiram
pelas costas dela levando a camiseta que vestia no movimento, puxou-a pela
cabeça e logo Stana encontrava-se apenas de calcinha.
As mãos dele encontraram os seios
pequenos e firmes ávidos pelo toque. Apertou-os e com os dedos ele brincava com
os mamilos dela entre os dedos puxando-os, acariciando-os. Os lábios deslizavam
pelo pescoço e acabaram por encontrar as mãos que se ocupavam com o corpo dela.
ela a inclinou para trás e abocanhou um dos seios sugando-o com volúpia. Stana
sentiu o corpo tremer a provocação que ele exercia com cada centímetro do seu
corpo. Não pode continuar lutando e acabou recebendo o choque do orgasmo ali
mesmo. Gritou. Seu desejo por ele era tanto que o corpo reagia de uma forma
absurdamente rápida.
Um pouco recuperada da sensação
de prazer, ela buscava por seus lábios, sedenta por um beijo. E em meio ao
calor do momento, ele a deitou na cama e usou o peso do seu corpo sobre o dela.
Dali, houve apenas a rendição. Perderam-se um no outro.
Essa era uma excelente maneira
de começar a manhã. Durante todo o final de semana, eles mal saíram da cama.
Trocando o quarto pelo sofá da sala, era a única movimentação possível mas não
importava desde que continuassem juntos.
XXXXXXXXXXX
Na segunda-feira de volta ao
trabalho, Stana tinha uma energia envolvente. Fizera questão de cumprimentar a
todos e dizer o quanto sentira falta deles e estava animada para trabalhar em
novos casos como a detetive. Luke fez festa para elogiar as roupas que ela
usara nos eventos dizendo que ficara apaixonado pelo look anos 70/80 que ela
exibira. Ainda complementou que o pink lhe caía muito bem. Ela o agradeceu
plantando um beijo estalado na bochecha dele.
Um pouco distante, Nathan
observava a empolgação dela ao rever os colegas. Era notório o quanto ela
irradiava alegria e todos pareciam se render a ela. Era contagiante o som das
gargalhadas e do falatório alto chamando o nome dela várias vezes. Ao encontrar
Dara, a vibração foi ainda maior.
- É hora do seu episódio! Estou
tão empolgada! Curiosa para ver o script.
- Que bom! Parece que New York
te fez bem não?
- New York sempre faz bem a
qualquer pessoa! Então, cadê o script? Quero saber o que você aprontou em
relação a esse episódio.
- Vem comigo.
Stana acompanhou Dara até a
sala dos escritores e entregou uma cópia do roteiro a ela. Começou a passar
algumas cenas que precisava que Stana trabalhasse comportamento e atitude. A
escritora explicava como tinha imaginado a cena em sua mente e quais as reações
de Beckett. Stana ouvia a tudo atentamente e fazia algumas anotações para
garantir que não esqueceria nada. Dara explicou que apenas começariam a filmar
amanhã e que hoje estavam fazendo uns últimos ajustes no cenário. Como já havia
entregue a Nathan o script, ela sugeriu que eles repassassem as cenas juntos,
ensaiassem e amanhã a história seria filmada para valer. Stana agradeceu e com
o texto em mãos decidiu rumar para a copa em busca de café. Lá também seria um
ótimo lugar para ler os textos e fazer suas próprias análises de cena.
Porém, no meio do caminho ela
encontra Terri.
- Onde você pensa que vai?
- Na copa, preciso de café e
estudar o texto que Dara me entregou. Por que?
- Não tão rápido. Você não viu
a mensagem de Andrew?
- Não – ela pegou o celular
para checar, tinha duas mensagens. Uma do chefe e outra de Nathan – ah, estava
no silencioso por isso não vi chegar. Essa reunião já é agora? Porque acabei de
sair da sala de vocês e ele não estava lá, somente Dara.
- É porque nesse exato momento,
ele está conversando com Rob. Sugiro você pegar seu café e voltar para a sala
dos escritores. Não se atrase.
- Nossa, Terri. Você está me
deixando apreensiva. Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu mas acredito que é
algo que você vai gostar. Te vejo em cinco minutos.
Nem bem Terri deu as costas
para ela, Stana enviou uma mensagem para Nathan pedindo para ele encontra-la na
copa. Nem precisou esperar muito pois ele já estava na copa tomando café.
Felizmente, estava sozinho.
- Não viu minha mensagem?
- Esqueci o celular no
silencioso. Estava com Dara discutindo alguns aspectos do episódio dela.
Começamos a filmar amanhã. Mas não foi por isso que pedi pra você vir aqui.
Você falou com Terri hoje? Estou encucada com algo que ela me disse agora. Fez
questão que eu esteja na sala, um tal de não se atrase. Sabe do que está
rolando?
- Não, recebi a mensagem de
Andrew e realmente não sei do que se trata mas não deve ser nada demais. Aliás,
temos que ir ou vão chamar a nossa atenção especialmente se chegarmos juntos.
Vou andando. E tire essa ruga de preocupação da testa, Staninha. Não combina
com você.
Ela suspirou e resolveu se
servir de café. Cinco minutos depois, ela entrava na sala onde todos do elenco
já estavam. Stana trouxe a caneca cheia do liquido bem quente e sentou-se ao
lado de Penny mesmo havendo uma cadeira ao lado de Nathan, tudo para não dar
bandeira. Claro que podia ter escapado de levantar suspeitas sobre o
relacionamento mas não de ser zoada pelos amigos, e não deu outra.
- Ah, finalmente não? A pessoa
mais interessada no assunto chegou – disse Marlowe – tudo bem com você, Stana?
- Estava até você começar a
falar essas coisas. Estou achando que fiz algo errado, primeiro Terri diz para
não me atrasar e depois você me faz essas perguntas. Sou o alvo da vez? Sério,
não lembro de ter feito nada que prejudicasse o nosso trabalho – ela estava
apreensiva – ou fiz? – arregalou os olhos para Terri que não segurou o riso e
gargalhou dela.
- Terri! Você estragou a
brincadeira, ela já estava ficando apavorada... – riu Marlowe.
- Vocês querem me matar? Saibam
que não gostei... isso não faz bem para o meu coração.
- Estávamos justamente fazendo
um teste com ele. Relaxa, Stana. Vamos a nossa reunião – Marlowe tinha alguns
papeis nas mãos e o ipad – amanhã começaremos a gravar o episódio de Dara. Esse
já é o oitavo. Depois dele, ainda vão ao ar mais dois embora nós continuemos
gravando os próximos. É sobre os próximos, 609 e 610 que gostaria de conversar
com vocês. Terri e eu acompanhamos o processo de escrita, roteirização e
produção desses dois episódios. Mantivemos os mesmos em segredo até agora por
razões que estamos prestes a revelar.
- Quanto suspense, Andrew! –
disse Seamus – é algo sobre o casamento? Por isso todo o mistério?
- Não, nada de casamento por
enquanto. Os dois episódios são bem diferentes. O nono é tenso gira em torno da
personagem de Tamala. Trata de muito risco para todos pois há uma mistura de
serial killer, alguém do passado e assassinatos ao estilo copycat. Sei que você
irão adorar trabalhar nele. Estamos providenciando os scripts para vocês e
devemos começar a gravar daqui a duas semanas dependendo da finalização do
outro.
- Se o episódio é baseado em
serial killers e focado em Tamala, ainda não entendo porque vocês estavam
implicando comigo. Era somente porque queriam?
- Ah, é sempre bom zoar com os
outros mas acredite Stana que Andrew não estava brincando quando falou de seu
coração – disse Terri - O que nos leva ao outro episódio... esse se passa em
véspera do natal.
- Ah, outro episódio de natal!
Já gostei! – Stana sorriu.
- Mas não é o natal o tema
realmente do episódio. A história é outra. Iremos abordar um assunto bem
interessante para o nosso casal, algo que imagino fará vocês pensarem e o
fandom ver um outro lado de Castle e principalmente Beckett. O plot é que uma
criança ficará sob a custódia do estado e bem adivinha quem vai cuidar da
criança?
Todos olharam para Stana. Silêncio
absoluto na sala. Ela estava olhando meio boba para Marlowe com um sorriso de
quem não está acreditando no que ouviu. Foi Nathan quem primeiro falou para
provocar aquilo que que os outros já estavam pensando mas não tinham a coragem
de falar.
- Agora você realmente pegou
pesado, Marlowe. Deixou-a sem palavras. Vamos Stana estamos esperando o seu grito
de felicidade porque se ficar calada eu vou começar a me preocupar. Fale alguma
coisa ou vou ligar para o 911.
Ela olhou para Nathan com o
mesmo olhar bobo porém, ele conseguiu ver algo além que ainda não conseguia
identificar o que significava. Viu que ela mordeu os lábios.
- Eu...eu...uma criança? Ah,
Castle e Beckett vão brincar de casinha! E no natal! Vai ser tão.... Nathan eu
adorei! – ela olhara para Terri e depois para Andrew sem saber para quem
realmente perguntar – quem é a criança? Quando vou conhece-la? Vai ser um
bebê?
- Ufa! E ela está de volta! Por
um momento fiquei com muito medo – disse Nathan e o resto dos presentes na sala
caíram na gargalhada – mais fangirl impossivel!
- Calma, Stana. Muitas
perguntas de uma só vez. Ainda temos alguns pontos a acertar e vocês ainda tem
dois episódios para gravar antes desse, portanto uma cena de cada vez. Primeiro,
você tem que dar conta de outros momentos importantes. Já imaginávamos que você
gostaria disso.
- Gostar? Eu amei! Não vejo a
hora de ver os detalhes.
- Tenho medo de quando falarmos
em casamento... – disse Terri.
- Não se preocupe, Terri. Quando
isso acontecer, ela não irá surtar, ela vai escrever o episódio com você e
ainda vai fazer você escrever do jeito dela. Pode anotar.
- Eu confesso que não vejo a
hora de ver Beckett em um vestido de noiva, também imagino muitas coisas sobre
esse casamento inclusive os futuros bebês – disse Penny fazendo um hi-five com
Stana.
- Você está vendo Nathan? Não
sou a única que pensa sobre isso. Então, quer parar de implicar?
- Estou falando a verdade – ela
fez uma careta para ele – certo, vamos aguardar.
- Que tal nos concentrarmos no
episódio que filmaremos essa semana? Aqui estão os cronogramas de gravações –
Chad começou a distribuir a programação de cada um deles. Por fim, a reunião
voltou a ter um tom mais sério e a concentração voltara a tomar conta da sala.
Assim que saíram, Stana chamou
Nathan para ensaiar algumas cenas conforme havia conversado com Dara. Seu
script já estava todo grifado e cheio de anotações importantes. Nathan
estranhou a cor que vira realçando o texto dela. Laranja. Sorriu. Ela
certamente pegara um dos marcadores dele. Discutiram algumas cenas, passaram
textos e combinaram posições de cena. Satisfeito, ele consultou o relógio. Seis
da tarde. Talvez seja hora de ir para casa. Para não dar bandeira, ele
despediu-se de todos e saiu do estúdio antes dela.
Já no carro, passou uma
mensagem para Stana encontrar com ele em sua casa. Iria cozinhar para ela.
Ao receber a mensagem ela
sorriu. Adorava quando ele bancava o carinhoso na relação. Foi direto para sua
casa, tomou um banho e colocou uma roupa bem casual. Caprichou nos cremes e
seguiu para a casa dele. Ao chegar lá, se deparou com a mesa lindamente posta,
incluindo um vaso de flores e uma garrafa de vinho resfriando logo no canto da
mesa. Ele estava vestido de jeans e polo também casualmente. Ele a cumprimentou
com um beijo rápido nos lábios e já foi falando.
- Espero que esteja com fome.
Em quinze minutos estaremos comendo. Vou apenas checar a panela no fogão.
Então, se quiser beber separei um vinho branco delicioso e está numa
temperatura excelente para ser degustado e - mas Stana pousou o indicador nos
lábios dele impedindo-o de continuar a falar.
- Eu quero um beijo decente. Já
passamos o dia longe do outro nada mais justo. Ela envolveu os braços ao redor
do pescoço dele e os lábios se encontraram. Um beijo carinhoso que a fez soltar
um gemido de satisfação e quando se afastaram, ela permaneceu por uns segundos
de olhos fechados com um meio sorriso nos lábios – bem melhor agora. O que
teremos para jantar?
- Paella.
- Você fez paella? – ela o
olhava surpresa.
- Ok, preciso confessar. Eu ia
fazer um risoto de camarão mas esqueci de comprar justamente o tal do
ingrediente principal. Por causa disso, eu encomendei uma paella para nós – a
carinha dele era de culpa, parecia meio envergonhado por sua tentativa de
agrada-la ter dado errado, o que Stana achou muito fofo.
- Ah, Nate...o que vale é a
intenção! Só de saber que você se importou em fazer tudo isso já me deixa
feliz, não se culpe – beijou-o novamente – além do mais, o melhor de tudo é a
companhia.
- Tudo bem, você sempre arranja
um jeito de apaziguar as coisas. Prometo que ainda farei esse risoto para
você. Vou verificar a panela - e quando
teve uma oportunidade não pode deixar de notar o quanto a calça realçava o
bumbum dele quando ele virou-se de costas para ela seguindo rumo à cozinha. Sorriu
maliciosa com vontade de beliscar aquele traseiro mas não faltaria oportunidade
para isso depois.
Vinte minutos depois, eles já
estavam sentados à mesa comendo. A paella estava deliciosa e o vinho era
especial. Conversavam, riam e trocavam carícias entre si. O jantar perdurou por
umas duas horas, ao acabarem, Nathan não deixou-a fazer mais nada. Foram para o
sofá da sala em frente a uma TV enorme mas quem precisa de TV quando se tem uma
mulher como Stana ao seu lado? Ele a puxou contra si e perdeu-se nos lábios
deliciosos dela. Já estavam na segunda garrafa de vinho. Ela estava apoiada ao
peito dele e brincava com os dedos dele. Nathan tomava um pouco do vinho e se
dividia em beijar-lhe o rosto e a testa e sentir o cheiro de seus cabelos.
Desde aquela reunião à tarde no
estúdio ele ficara pensativo com a alegria de Stana ao saber que filmariam com
uma criança. A reação dela claro que era esperada do ponto de vista da
personagem porque ela nunca escondeu que queria ver Beckett e Castle juntos e
com bebês. Porém, ele começara a imaginar se a forma como ela reagiu não
estaria relacionado com o simples fato de que seu instinto maternal passara a
falar mais alto, a ser demonstrado mais constantemente devido ao tempo. Ele
sabia que ela adora crianças. Estaria pensando em ter seus próprios? Nathan
tinha medo de abordar o assunto e ser mal interpretado por ela mas queria
saber. Resolveu começar pelo caminho mais fácil, falando da reunião.
- O que achou da reunião com
Marlowe hoje?
- Muito boa! Sabe às vezes fico
pensando de onde aqueles dois tiram tanta inspiração para escrever essas
histórias. Claro que não são apenas eles mas tudo parte da essência que Andrew
e Terri criaram, os outros escritores consegue compreende-la tão bem que quando
eu penso no fato de termos mais de cem diferentes histórias vejo o quanto nosso
trabalho é grande. Mas eles sempre encontram um jeito de me surpreender – ela
virou o rosto para fita-lo já sorrindo – você já imaginou? Um bebê! Estou muito
curiosa para ver como serão essas cenas entre Beckett e o bebê. Vai ser um
episódio muito gostoso de filmar.
- Ele te deixou mesmo apaixonada
pelo episódio sem nem revelar o que vai acontecer. Sua alegria era tão visível
que a impressão que tive foi que Marlowe acabara de dizer que alguém muito
querida estivesse grávida – ao ouvir o que ele dissera, Stana ergue-se ereta no
sofá ficando de frente para ele. O comentário dele trouxera outra ideia a sua
mente.
- Nate, já pensou quando a
Beckett estiver grávida?
- Não tinha pensado nisso mas
agora que mencionou, coitado do Castle – ele sorriu e ela deu um tapinha nele.
E um pensamento passou pela cabeça de Nathan, será que era isso que estava
acontecendo? Ela estava se projetando na personagem?
- Stana, sei o quanto você
adora ver Castle e Beckett como um casal, você é tão fã quanto as outras
pessoas, disso não tenho dúvida. Mas você já parou para pensar que pode estar
querendo viver através de Beckett? Querendo ter o mesmo que ela? Se tivesse que
dizer o que penso sobre isso, minha resposta é sim. Me responde, quanto de
Beckett há em você?
- Nate, eu não saberia
responder essa pergunta precisamente. Diria que muito do que Beckett é, eu
procuro ser. Temos semelhanças e diferenças mas ela sou eu talvez uns 80%?
- Diria que é 120%...
- Eu não acho que me vejo ou
vivo através da personagem. Eu gosto da forma como ela foi criada, como eu dei
vida a ela e me agrada ver que mesmo uma mulher determinada e forte como Kate
Beckett focada em sua carreira, com uma sede de vencer, pode ser uma romântica quase
incurável e como a grande maioria das mulheres sonha em encontrar alguém
especial, casar e constituir família.
- Sendo assim, você se encontra
nesse grupo de mulheres certo?
- Como Beckett? Sim... – ela se
aproximou um pouco mais dele, beijou o queixo de Nathan e enroscou seus braços
ao corpo dele – penso em casar, ser mãe e quero uma família. Estou acostumada
com uma casa barulhenta. A ideia de segurar um bebê nos braços, cuidar dele,
amamenta-lo e vê-lo crescer está em meu futuro.
- Interessante – ele estava
pensativo mas respondeu – eu já imaginava isso. Talvez não tivesse percebido
com o passar dos anos que essa vontade apenas cresceu um pouco mais, o que é
natural. Ela levantou o rosto para que seus olhos encontrassem os deles.
- Você está falando de mim ou
de você agora, Nate?
- Acho que de nós dois, honey –
ele beijou a mão dela e mexeu-se no sofá afastando-se um pouco dela – você vai
dormir aqui?
- Temos que estar cedo no
estúdio – disse ela.
- E se eu dissesse que adoraria
que você ficasse? Se pedisse que ficasse comigo?
- O que deu em você hoje, Nate?
- Vontade de estar com você,
saudades de você. É suficiente para você ficar?
Ela segurou o rosto dele com as
duas mãos e beijou-o apaixonadamente.
- Isso responde sua pergunta?
Acho que deveria viajar mais vezes no ano - ele riu do jeito de moleca que ela
fazia olhando para ele. Levantou-se do sofá e a puxou pela mão.
- Vem, Staninha. Hora de ir
para a cama.
Continua....
5 comentários:
"Tem ficado cada vez mais difícil escrever sobre S&N"
Li isso algumas vezes e imagino que seja, vamos combinar que nosso querido shipper não é exatamente o mais simples ou fácil, mas mais uma vez "Talvez isso faça ser especial" e por mais que você diga que está ficando sem material para trabalhar eu simplesmente não consigo imaginar uma forma mais segura e encantadora de abordar a "suposta" (eu sempre vou imaginar como real) vida pessoal de S&N.
Cada aspecto, cada detalhe, cada linha me encanta e os momentos NC-17 são no mínimo intrigantes, deixam sempre com vontade de quero mais. O carinho que eu leio, o amor, a dedicação ao relacionamento vão muito além de S&N, ler um capítulo novo é como ler o seu amor, carinho e dedicação a escrita. Isso faz as suas fics serem tão boas. É o amor que você dedica ao que está escrevendo.
Eu quero ver o desenrolar dessa conversa sobre babies, afinal, isso é algo tão grande pra Caskett, quero ver como isso afeta Stanathan (Eu quero muito mais um baby Stanathan do que um Caskett kkkk), quero ver uma situação constrangedora, um momento de tirar o fôlego como o do pré Paley rs (amei aquilo!), quero muitas coisas ainda de S&N, mas sei que independente do rumo que a fic venha a ter, sei que de alguma forma fará sentido.
Ps: Vou criar uma # nova.... #EmKarenJobimNósConfiamos kkkk
Nossa! Cada dia mais me apego as suas fics. Parabéns! adorei o capítulo.
Realmente S/N não tem dado muita margem pra imaginação, ultimamente :/ mas mesmo assim, sua fic tá maravilhosa *-* passei a amar o Paley depois dela.. não consigo mais assistir os vídeos sem imaginar o motivo por trás da antipatia toda do Nate :think:
Aah, e só pra constar, um baby Stanathan com certeza não faria mal nenhum :D kkkkkk *aguardando ansiosamente o próximo cap.*
Que perfeito!
Como disse antes a vc,estou com medo Karen Jobim anda muito boazinha sera que devo me preparar psicologicamente ou aquela caixinha de lenço?Sim,pq vc e tia Nora tem o dom de me fazer chorar sempre que surge a oportunidade.
Vamos a fic, a Stana Stanando pelas
Nights tem coisa melhor?Ñ,claro que ñ e se as roupas,pernas e corpo dele tirou o folego do Nath imagine o meu melhor o NOSSO.As partes hors que me fazem tomar litros de água e cá entre nois eles sabem matar a saudade ;) e por favor PRECISO da tia TER e DARA pra mim,muita fofura gente.
Aguardando o proximo cap.
Adoro suas fics. Parabéns!!
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