sábado, 9 de novembro de 2013

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.8


Nota da Autora: Finalmente consegui escrever esse capítulo. Ele se resume a reflexos do Paley, premieres e outras coisitas más... porém está ficando bem difícil escrever sem material. Tenho algumas idéias mas a fonte tá secando! Preciso dos insights da S e do N. De qualquer forma, divirtam-se! Afinal ando muito boazinha e esse cap em especial tá bem fluffy....

NC-17...just warning!


Cap.8  

Quando chegaram em casa, mal fecharam a porta e as mãos entraram em ação. Foram se tocando como alguém sedento em busca de água no deserto, as bocas se fecharam num beijo ardente. Stana livrou-se da calça dele em questão de segundos. Jaquetas e blusas no chão. A única peça que restou ainda foi o vestido dela colado ao corpo. Ele a arrastou para o sofá da sala e a jogou ali mesmo. Puxou o vestido para cima e a invadiu colocando todo seu peso sobre ela. Stana apertou as pernas na cintura dele e apertava suas mãos nas costas e ombros dele tentando se segurar diante do movimento. Ele a tomava rapidamente, a cada estocada ela gemia e uma onda avassaladora a atingiu em poucos minutos. Ela gritou mas Nathan calou sua boca com um beijo apaixonado, ela tornou a inclinar o corpo sob efeito do orgasmo e sentiu ele abocanhar o seio por cima do tecido. Nathan a ergueu do sofá junto com ele colocando-a sentada ainda sobre o seu membro e finalmente tirou o vestido pela cabeça.

Stana afagava os cabelos dele enquanto brincava sedutoramente com os lábios incitando-o a querer beija-la, como numa brincadeira de gato e rato. Tudo isso sem parar de movimentar-se sobre ele o que já despertou novamente seu corpo para receber mais um orgasmo. Jogou seu corpo para trás e foi amparada por Nathan que a segurava com cuidado. A exposição dos seios à sua frente, apenas aumentou a vontade de prova-los e foi o que fez. Mordiscou o mamilo,sugou o seio e repetiu o mesmo processo com o outro par. Nào aguentando mais de tesão, ele gozou com ela.

Minutos se passaram até que ambos conseguissem se mexer. O rosto de Stana estava enterrado no pescoço de Nathan, enquanto os braços a envolviam mantendo o contato da pele quente e suada entre eles. Ela moveu-se devagar roçando o nariz pelo rosto dele. Com a ponta da lingua, brincou com os lábios dele até força-lo a abrir os mesmos para recebe-la em um beijo preguiçoso e sedutor. Eles ficaram alguns minutos perdidos entre beijos e sintomas do êxtase que haviam presenciado. Em seguida, Nathan a fez levantar-se e seguiram abraçados para o quarto. Ainda fizeram amor novamente naquela noite.

Acordaram cedo e como era esperado, passaram bons minutos na cama satisfazendo um ao outro. Ainda eram seis da manhã e eles não precisavam chegar tão cedo no estúdio. Stana deitava-se sobre o estomago de Nathan enquanto ele fazia cafuné em seus cabelos. Ela estava enrolada em um lençol esperando a preguiça sumir do seu corpo para então se levantar para tomar um banho e se arrumar para o trabalho. Vendo-a relaxada, Nathan assumiu que era um boa hora para conversarem sobre alguns assuntos do Paley.

- Staninha tem umas coisas que gostaria de te perguntar. Sobre as suas declarações ontem no Paley.

- Como o que? Achei que estava tudo muito claro. Eu me comportei e não disse nada comprometedor para nós.

- Talvez não mas deixou algumas dúvidas nas entrelinhas como por exemplo quando você falou sobre a resposta ao pedido de casamento. Falou de relacionamentos, de como crescemos com eles e tive a impressão que você não se referia apenas a Beckett com aquela resposta. Estava falando de nós não?

- Se a carapuça serviu...

- Não mente para mim. Você estava pensando na gente quando falou aquilo não? – ela apenas sorriu para ele – ou quando você falou sobre como queria que fosse o casamento caskett. Era você ou a Beckett falando? Porque no meu modo de pensar era a Stana falando.

- Talvez um pouco das duas. Admita que Castle e Beckett fugindo para casar seria bem bacana. Um tanto inesperado para os outros mas acredito que combine com eles já a sua ideia de espaço... o que foi aquilo? Porque não disse a sua opinião ao invés de repetir o que estava no script? Era melhor inventar algo se você não sabe como pretende casar do que soltar um spoiler sem que o público soubesse mas que vão entender assim que virem no episódio.

- Foi o que me veio na cabeça diante da pressão em responder ou você esqueceu do estado em que me encontrava? – ele ouviu a risada gostosa dela – e você não respondeu minha pergunta. É assim que imagina casar? Sempre achei que você era do tipo casamento dos sonhos, estilo princesa. Você não sonhava com isso desde pequena?

- Com alguma coisa tradicional da cerimônia sim mas não sonho com um casamento gigante, cheio de convidados e um monte de dinheiro esbanjado. Fugir para um lugar diferente, mantendo algumas coisas que eu gosto seria suficiente. Gosto de casamentos ao ar livre.

- Ah, isso temos em comum. Não gosto muito de igrejas, deixam a cerimônia muito séria, pesada. Gosto de pensar que o dia do casamento é pura festa, temos que nos divertir. Muitas formalidades atrapalham as recordações. É um dia para se fazer memórias – ela virou-se de lado ainda com a cabeça apoiada no estomago dele e beijou-lhe a pele, uma das mãos passeava no peito dele, mas uma luzinha acendeu na cabeça dela afinal porque estavam falando em casamento? Era um assunto precipitado e estranho entre eles não? Ela estava intrigada com as perguntas de Nathan e parece que ele nãp pararia por ali.

- Por que você escolheu aquela música para representar o casamento de Castle e Beckett? Pensei que ia dizer qualquer música que Duncan pudesse compor ou mesmo a música de Always, sei que você gosta daquela música e como não poderia se esse é um dos seus preferidos ou você acha que não percebi seu disfarce dizendo “o último da season 4”, é tão você Stana.
  
- No momento foi a primeira canção que veio à mente – ela precisava para esse assunto porque se a intenção dele era deixa-la cheia de caraminholas na cabeça, já conseguira - Preciso me levantar... temos que trabalhar, Nate.

- Mas eu ainda não terminei de conversar com você. Primeira que veio à mente...sei. Você não me engana ou acha que não sei que tweetou essa canção logo após a gente ficar junto?

- Tudo bem, foi de propósito.

- Eu sabia e até gostei ao contrário da sua pequena demonstração sobre conhecimentos de luz e filmagem em HD. Com quem aprendeu tudo aquilo, não foi no set da série. Foi com aquele cara sem graça que você trabalhou? Aquele sujeito obcecado por você?

- Hey! Não fale assim de Michael e Mark! – ela dá um tapinha no peito dele.

- Stana não minto quando digo que aquilo é obcessão. Chega a ser ridículo, o cara é casado! Não gosto disso. Abusado e inconveniente é o que ele é!  

E então Stana percebeu. Ele estava morrendo de ciúmes. Sorrindo, ela se virou de bruços e se arrastou feito uma gata pela cama até ficar na altura do rosto dele. Viu que ele estava sério. Ela apoiou o queixo no peito dele e fez uma carinha de safada. Adorava implicar com ele mas vê-lo com ciúmes era muito bom.

- Você está com ciúmes!

- Nãoooo.... – mas a cara o denunciava.

- Está sim e acho tão fofo... como você pode ser bobo assim, babe? Ciúmes do Mark? Ele é só um amigo querido já você é tão mais que isso – ele ficou envergonhado ao ouvi-la falar e o rosto enrubesceu – e ainda fica vermelhinho. Nathan Fillion com vergonha! Ah... como pode ficar ainda mais charmoso? - Ela acariciou o rosto dele com a mão e esfregou o nariz no peito dele.  Levantou-se um pouco do colchão e inclinou-se para beija-lo. Nathan a abraçou forte retribuindo o toque carinhoso nos lábios. Ao quebrar o beijo, ela mordiscou o queixo dele e tornou a falar – não quero te ver mais emburrado por causa do Mark, ok? Mas se quiser demonstrar ciuminho e fizer essa cara de raiva eu aceito. Você fica ainda mais lindo com ciúmes, Nate. Beijou a bochecha dele e levantou-se da cama rumo ao chuveiro.

Nathan ainda tinha um assunto para conversar com ela mas diante da dimensão e da forma como estavam bem, ele decidiu deixar o lance dos fãs para outra hora ou mesmo esquecer o discurso que Stana deu no final do Paley.
           
Nathan chegou ao estúdio primeiro que ela. Esse fora o combinado. Antes de se separarem, Stana o lembrou sobre o lance da dor nas costas, ele precisava fingir que ainda estava incomodado com a dor. Andando pelos corredores, ele avistou Seamus vindo da copa. Rapidamente, começou a diminuir o passo e levar as mãos aos quartos. Seamus o alcançou muito rápido.

- Oi, Nathan! Como você está? Fiquei preocupado quando Stana revelou que vocês precisariam ir ao hospital, ela deu a entender que era grave.

- Eu estava com muita dor e somente uma injeção daria jeito. Ela me levou ao hospital e fui melhorar depois de duas horas. Obrigado pela preocupação, já estou bem melhor. Tenho dores mas é algo suportável, nada que me impeça de trabalhar. O que aliás já deveriamos estar fazendo não? A primeira cena de hoje é no distrito certo? Viu a Stana por aí?

- Não. Deve estar chegando pelo menos no seu lugar preferido ela não está.

- A copa – disseram juntos. 

- Vou aproveitar e trocar umas ideias com Chad. Te vejo depois – e Nathan se afastou devagar mantendo a cena do fingimento.

Meia hora depois, Stana andava sorridente pelos corredores com uma caneca de café na mão. Ia rumo ao set do distrito onde gravaria uma cena com os rapazes e depois uma com Nathan apesar de ser um telefonema apenas para o sétimo episódio. Como ela estava durante essa e principalmente a próxima semana fazendo a divulgação de seu novo filme, o diretor concordou a pedido dela e de Terri para filmar suas cenas adiantadas focando nas cenas de Castle/Alexis na semana em que Stana ficaria ausente.

Encontrou com Terri e Nathan no corredor e claro que a produtora não perdeu tempo em elogia-la sobre o que havia dito na noite anterior, no Paley além de querer ver a reação de Nathan sobre isso.

- Stana! Nem tive tempo de conversar com você ontem menina! Estava um arraso com aquelas pernas de fora. É impressionante por onde eu passava era somente elogios a sua pessoa. E Tony é seu fã, hein?! Ah, quase esqueci o que queria te falar. Linda mensagem ontem para os fãs no fim do Paley. Acredito que você foi iluminada ao fazer aquele comentário sobre a importância deles para nosso trabalho. Se você já era considerada uma pessoa especial não apenas pelo seu talento, por Beckett e pelo seu lado shipper, depois dessa ”ode aos fãs” você está sendo ainda mais elogiada e idolatrada. Perdi a conta de quantos posts eu vi ontem mencionando suas palavras e como você era fantástica. Faltaram adjetivos para você ontem. Não achou Nathan?

- É, ela certamente sabe como agradar os fãs, foi no ponto fraco.

- Não é apenas uma questão de agradar. É retribuir todo o carinho e respeito que eles tem por nós e agradecer o fato de que se não fossem eles não estaríamos aqui. Não teríamos um emprego. Você fala que ama seu emprego, estar empregado, então essa é uma forma de mostrar que você se importa. Assim como gosta de relembrar a época de Firefly, Nathan, falar de Castle deveria ser um motivo de orgulho para você. Ou acha que foram somente seus belos olhos azuis que fizeram a série chegar em seu sexto ano?

- Ouch! – Terri soltou.

- Claro que não foi apenas eu, fomos todos nós do elenco e da produção fazendo o melhor para que o público gostasse do que via e pedisse mais. Não seja tão radical Stana. Aliás não concordo com o que você falou sobre respeito, isso é algo mútuo. Muitos fãs faltam com respeito conosco. Talvez mais comigo.

- Se a falta de respeito que você está se referindo é quando eles reclamam de você porque não para de falar de Firefly, acho que você é o único culpado. E se você está incomodado por receber fotos minhas e suas ou desenhos nossos, novamente é um problema seu. Eles são fãs, Nathan querem dividir ideias e desejos conosco. Caso não queira responder, faça como eu veja e não faça nada mas contestar ou ficar se trocando com eles só faz piorar tudo.

- E falou a fangirl shipper, acho que ela te deu uma aula não Nathan? – implicou Terri.

- É, melhor não discutir com a Stana... – ele concluiu porém ficou meio chateado com as palavras dela.

- Ótimo! Preciso filmar – disse Stana.

- Te vejo mais tarde na minha sala, ok? Quero trocar umas ideias com você para esse período da sua ausência – falou Terri.

As gravações aconteceram sem maiores problemas. Conforme combinado, eles filmaram três cenas no set do distrito com os rapazes e mais outra com Nathan referente a um telefonema. Assim que terminou, ela conversou com o diretor para rever a programação de amanhã. Era o grande dia da premiere e pretendia sair cedo. Amanhã ela filmaria com Tamala. Satisfeita com o cronograma que montaram, ela foi até a sala dos escritores ver o que Terri queria. Percebeu que a produtora não estava sozinha e já ia fugir quando Terri a chamou para entrar.

- Venha logo, Stana. É a Dara não temos segredos.

- Nossa! Por acaso essa conversa é sigilosa de alguma forma? – Stana perguntou desconfiada se bem conhecia Terri ela tinha algo além de trabalho em mente.

- Nada que você já não tenha me revelado em algum momento. Sente-se – Stana obedeceu – está tudo certo para você sair mais cedo amanhã?

- Sim, acabei de passar a programação de amanhã com o diretor. Devo sair do estúdio umas quatro horas. A premiere começa às sete então terei tempo para me arrumar.

- Como se você precisasse de muita coisa, às vezes tenho uma raiva de você. Linda desse jeito não precisa se preocupar com cortes, maquiagens pesadas, corretivos. Os cabelos perfeitos. Ai de mim se não vou ao salão fazer uma escova para ver se a juba ajuda.

- Até parece.

- Aliás, o seu cabelo deu o que falar não? E Susan não escondeu a decepção. Ela é muito espontânea – disse Terri – agora você estava bem à vontade ontem à noite conversando no painel se bem que você estava diferente já pela manhã nem parecia a mesma pessoa que deixou essa sala na sexta. O que aconteceu afinal?

- Terri você está querendo que eu fale sobre o meu comportamento? Temos bons dias e dias ruins. Sexta foi um dia ruim, ontem não.

- Ah, corta essa! Nada de mensagens evasivas ou cheias de códigos, isso você guarda pros seus fãs no twitter ou pro Nathan. Você estava irritada, com muita raiva mesmo na sexta e ontem caminhava por esses corredores como se tivesse visto passarinho verde. Quero saber o porque, Stana.

- Pensei que tinha me chamado aqui para conversar sobre o trabalho da próxima semana. Já entendi tudo, Terri. Você está familiarizada com a frase “Kiss and Don’t Tell”? Então, me dou o direito ao silêncio – disse sorrindo.

- Você não presta! Sei que aprontou algo nesse final de semana e o que fez mexeu com um certo alguém. Fiquei intrigada com o comportamento do Nathan ontem no paley, você não achou estranho? Ele é sempre tão falante, ontem estava incomodado com algo.

- Terri você analisa demais. Olha se não tem outro assunto pra discutir comigo, eu já vou indo. Tenho algumas coisas para resolver ainda – mas o olhar de Stana denunciava que Terri estava certa. Tanto que ela desatou a rir.

- Veja o jeito como fala comigo, mocinha – e riu da gargalhada dela, Terri se levantou e abraçou-a – você é tão adorável, só gosto de vê-la feliz, sorrindo. Eu não tinha nada para falar com você estava curiosa com os últimos acontecimentos. Amanhã você vem trabalhar e me conta como pretende arrasar nessa premiere.

- Tá bom, te vejo amanhã. Tchau Dara. Assim que Stana saiu, Dara virou-se para Terri boquiaberta e de olhos arregalados.

- Eles realmente estão juntos? Isso é grande! – ela se aproximou um pouco mais de Terri para evitar que qualquer outro ouvisse – o que você acha que ela fez para deixa-lo daquele jeito? Você desconfia que ela teve algo a ver com aquele comportamento apático de Nathan, não?

- Tenho certeza, não sei o que ela fez mas conhecendo aquela garota ela certamente deixou-o numa situação no mínimo inesperada.

E as duas gargalharam.

Como previsto, Stana veio trabalhar cedo e terminou suas cenas com Tamala bem rápido. Nathan estava em outra parte do set gravando com Alexis. Ela realmente adorou o fato de que Andrew e Terri encontraram o modo perfeito de adequar sua participação em um episódio de Castle dando a ela a possibilidade de comparecer ao evento em LA e New York. Porém, ela não tivera tempo de conversar com Nathan sobre a sua ausência na próxima semana não que isso fosse ser um problema à principio já que por vezes passavam quase cinco meses distante em um hiatus, o que seria uma semana? Claro que a situação mudara. Agora eles não eram apenas parceiros de cena, estavam em um relacionamento. E também não estava tranquila com a forma como falou com ele sobre fãs, sabia que exagerara. Ela decidiu ir até a copa pegar café e esperar um pouco por ele, talvez tenha feito alguma parada entre cenas. Como estava filmando com Molly, ela achou melhor não enviar uma mensagem para ele.

Quinze minutos depois como se fosse uma previsão acertada, Nathan apareceu na copa sozinho. Foi direto para a máquina de café.

- Ainda por aqui? Pensei que já estava se preparando para sua grande noite – ele sentou de frente para ela.

- Deveria mas nem falei com você direito hoje. E você sabe que viajo na sexta para New York, o que nos dá apenas dois dias para fazer algo se quisermos.

- Você quer fazer algo comigo? Pensei que depois daquela lição de moral nem quisesse me ver...

- Nate, não seja dramático. Você entendeu muito bem o que quis dizer. E sabe que tenho razão, um pouco pelo menos. Não custa de vez em quando mostrar que se importa. Não falei nada para te atingir ou criticar. Desculpe se soou assim, mas queria apenas te dar um conselho.

- Conselho, sei. Mas acabou criticando. Parece até que não gosto do que faço ou de tudo isso. E quanto a Firefly, essa série é um xodó e um dia lá na frente quando você estiver ganhando milhões em Hollywood irá olhar para uma foto de Castle e Beckett, sorrir e falar da sua grande paixão. Sabe porque? Será Castle que marcará sua carreira como uma espécie de primeiro filho, através do qual você conheceu pessoas incríveis e cresceu. Nesse dia, você entenderá. 

- Deus! Eu queria tanto te beijar agora pelo que disse,Nate... – ele viu o brilho diferente nos olhos dela - eu concordo com tudo que disse e se pareci insensível, mais uma vez, sinto muito. Agora deixa de ser bobo e sugira. O que podemos fazer antes de eu viajar na sexta? O que quer fazer?  

- O que eu queria era te acompanhar nessse evento, estar a seu lado, te exibindo, te vendo brilhar porque é o que vai acontecer. Você deixará qualquer artista no chinelo essa noite. Eu sei.

- Nossa! Pensei que você fosse ficar com um certo ciúme por eu estar exposta a tantas câmeras, ganhando a atenção de todos porque você sempre foi quem entre nós dois que adorou os holofotes. Não eu.

- É sua vez de chamar atenção. Eu respeito isso e você merece – ele tocava a mão dela levemente – que pena que não possa te beijar agora, se ao menos tivéssemos uma cena para ensaiar.

- Cuidado, Nate. As pessoas estam começando a perceber algo diferente. Não podemos dar bandeira. Somos vigiados por todos. Não se sinta mal por não me acompanhar, você estará no meu pensamento.

- Que mentirosa! Você vai esquecer de mim no momento que pisar no tapete vermelho e os flashes caírem sobre você, acredite. Mas está tudo bem. Tem que aproveitar tudo só me prometa que não irá exagerar na bebida, você sabe que não pode consumir muito álcool porque não se controla...

- Hey... – ela aperta os dedos dele – não vou fazer nada disso. talvez tome uns dois drinques mas será somente isso. E se ficar solitário, basta checar o twitter aposto que vai encontrar muitas fotos minhas lá.

- Aquilo vai estar uma loucura por causa dos seus fãs! O que você vai vestir?

- Não vou contar, mais uma razão para você procurar por mim – ela virou o resto do café e levantou-se – bem, está na minha hora. Se vir Terri por ai, diga para ela me ver no twitter – ela jogou um beijo no ar para ele – tchau, Nate.

E exatamente como ele previra, aconteceu. Stana realmente roubou a cena na premiere de CBGB. Não somente pelo fato de estar deslumbrante e como muitas reportagens citaram “pretty in pink” mas porque ela não era apenas um rostinho bonito e um par de pernas que ficaram bem expostas. Não, ela brilhou pela simpatia, pelo sorriso perfeito e cativante.  Pela forma como se rendia a cada jornalista que a abordava. Stana falava sobre o filme, sua satisfação em interpretar Gewya mas invariavelmente não podia fugir de perguntas relacionadas a Castle.

Talvez ela não tivesse a dimensão do impacto que podia causar sobre as pessoas. De fato, o tamanho de sua fama era algo novo que ela estava descobrindo sobre si mesma. E o que Nathan afirmara era a mais pura verdade, o filme tinha grandes nomes como Alan Rickman porém a pessoa com o maior numero de fãs barulhentos e devotados no evento era Stana. Ela mesma se surpreendeu com a maneira que fora ovacionada fora e dentro do teatro. Se a premiere de CBGB teve casa lotada, metade das pessoas eram certamente Stanatics.

Além disso, o twitter estava uma loucura o que não impediu Nathan de caçar as fotos dela e ver algumas entrevistas. Sempre enfeitiçando todos que cruzavam seu caminho não importando se eram homens ou mulheres. Stana tinha um jeito especial de atingir a todos. Não precisava de grandes luxos ou brilhos. Vestida de uma maneira simples e revelando suas belas pernas atributos valorosos, conseguia atiçar a imaginação de todos sem em qualquer momento ser vulgar. 

Sorrindo e satisfeito com as imagens que vira dela, ele rendeu-se ao sono.

Como já era esperado, todos fizeram uma festa para ela no trabalho e a chuva de elogios foi grande. Ela agradeceu a todos e completou dizendo que era exagero o que diziam dela. Stana ainda tinha a capacidade de ficar envergonhada quando muitos a elogiavam.

Três dias depois, Stana e sua amiga Monica embarcavam para New York.

Na noite anterior, Nathan foi ao apartamento dela e fizeram uma pequena despedida a dois. A pedido dele, Stana usou o vestido pink da premiere. Depois de estarem deitados na cama, ela começou a falar dos compromissos que teria na big apple. Entrevistas, programas de tv, rádio, e a premiere no dia oito.  

- Quando você volta?

- Dia 11. Vai sentir minha falta?

- Claro que não! Tenho muito trabalho e sequer posso piscar – ele instigou-a – tenho compromissos, agendas sabe? Sou um homem muito atarefado. Quer ver? – ele pegou o iphone e abriu no calendário mostrando a agenda absolutamente vazia depois das sete da noite, antes apenas as marcações das gravações de Castle – nossa! Que semana deprimente não Staninha? Tudo por sua culpa.

- Minha culpa?

- Sim, desde que começamos a ter um relacionamento meus números de compromissos sociais reduziram bastante. Sempre quero reservar minha agenda para você. E de repente, você me deixa de lado, me troca pelos holofotes e os fotógrafos – ele fazia uma carinha de cachorrinho pidão apenas para mexer com ela.

- Ah, tadinho! Nathan está sem vida social... – ela provocava e aproveitava para roçar seus dentes de leve nos ombros dele - pode chamar os amigos para sair, eu deixo. Prometo que volto logo para você não morrer de saudades.

- O que deu em você? Baixou o Castle?

Eles gargalharam.

No avião a caminho de New York, ela relembrava momentos entre eles. Fazendo uma retrospectiva da relação deles, aqueles últimos dias tinham sido uma verdadeira montanha-russa, sim ela podia chama-los assim. Foram muitas emoções, dores e exageros de ambas as partes. No fim, o sentimento verdadeiro prevaleceu e finalmente ela pode ver um lado de Nathan Fillion que o mesmo fazia questão de manter escondido a sete chaves.

Ao relembrar o que aprontara naquele camarim com ele, ela não pode evitar um suspiro e o sorriso. Quem olhasse para Stana naquele instante, pensaria que ela estava aérea, viajando por pensamentos porém nenhum deles sequer consideraria que tais pensamentos eram tudo menos puros. Monica olhou para a amiga percebendo que estava em outro planeta, outra órbita.

- Pensando nele? É claro, nem sei porque perguntei – Stana sequer ouvira a amiga – hey! Stana! – ela sacudia a mão na frente do rosto dela – terra para Stana....

- Oi... desculpe, estava pensando.

- Eu sei e também sei em quem - ela sorriu para Monica – podemos repassar os compromissos agora ou você ainda quer ficar sonhando com seu escritor da ficção?

- O homem por trás do escritor, Mon.

- Eu sei de quem estamos falando só não quero levantar bandeira.

- O que quer dizer com isso? Você não aprova o meu relacionamento?

- Não, você entendeu errado. Somente digo para sermos discretas e como não aprovar algo que te faz tão bem? Esqueceu de quantas vezes você me falou dele durante as madrugadas? Torço pra que você continue com esse sorriso bobo nos lábios por muito tempo.

- Tudo bem, o que quer discutir?

E elas engrenaram numa conversa sobre compromissos, roupas e o que fazer em New York quando chegassem lá.

A premiere de New York a exemplo da de Los Angeles tinha tudo para ser um sucesso. Porém era incrível como o clima da cidade que nunca dorme é sempre mais favorável a eventos desse porte. Talvez seja um sentimento próprio de rebeldia, libertação ou simplesmente a cultura que emana dos quatro cantos daquela cidade. Cosmopolita e multicultural, New York sempre inspirava Stana.

Ela cumpriu seus compromissos pela manhã e ainda teve tempo de visitar um dos seus lugares preferidos da cidade. O SoHo. Coincidência ou não, bairro onde fica o lar de Rick Castle. Pela parte da tarde, ela se dedicou a entrevistas e filmou o programa. Adorou todas as pessoas que a receberam. Sentiu-se tão querida. Seus fãs a surpreendiam a cada momento com carinhos e mensagens de como ela mudara suas vidas. Realmente Stana não enxergava tal poder.

Na noite da premiere, ela descera da limusine atraindo todos os flashes e câmeras para seu lado. Se ela já surpreendara a todos na festa de LA, roubou a cena no evento daquela noite. Vestida de preto, com um conjunto de saia e bustie, Stana exibia um decote na altura dos seios e nas costas que deixara muitos homens babando além de atrair a atenção de mulheres. Era um dom que Stana possuía, talvez ela fosse uma das poucas mulheres que recebia constantemente elogios do mesmo sexo.

Entrevistas, sorrisos, fotos e mais fotos. A noite mal começara e Stana dominava a atenção e a passarela. Com sua simpatia conversou com todos e reservou um tempinho para os fãs. Assim que entrou no teatro pode descansar um pouco da loucura que vivera no tapete vermelho. Era tudo muito intenso. Terminada a apresentação do filme, ela seguiu para o jantar de celebração. A noite estava muito animada e conforme prometera a Nathan, tomou apenas duas taças de champagne.

Conheceu gente nova, outros produtores e roteiristas além de alguns executivos de estúdio presentes no evento, fez um bom upgrade em seu network. Três horas de badalação e ela começara a ficar cansada, saudosa. Pegou o seu celular e mandou um whatsapp para ele “Wish u were here. < 3 S”. Minutos depois, ela recebeu uma resposta: “Essa festa deve estar muito chata! Divirta-se e me ligue mais tarde. Miss u2. N”. Sorrindo, ela voltou a sua atenção para as pessoas à mesa. Meia hora depois, ela deixava o local. O dia fora puxado.

Quando chegou ao seu hotel, Stana tirou a roupa e após um banho relaxante, ela deitou-se na cama. Checou o relógio. Duas da manhã, o que significava onze em Los Angeles. Mandou uma nova mensagem “Está dormindo?”. Menos de um minuto depois, ela recebeu a resposta “não, já no hotel? Quer ligar?” e ele nem precisou escrever mais nada. No segundo seguinte, o celular já se conectava ao dele via facetime.

- Hey...

- Hey,gorgeous... como foi tudo hoje?

- Cansativo, maravilhoso, louco. Estou muito feliz somente faltou você para tornar tudo perfeito. Tenho certeza que iria adorar toda essa agitação.

- Acredito que sim mas não podemos lembra? Deixe-me dizer que você estava fabulosa hoje à noite. De tirar o fôlego! Se já reagi assim ao ver fotos e vídeos posso imaginar o quanto me afetaria se te visse ao vivo.  

- Sim, Nate sei que não pode estar aqui comigo mas gosto de pensar que poderia – ela soltou um risinho malicioso – as fotos mexeram com seus ânimos, babe? Ao vivo então pegaria fogo não? – ela o ouviu gemer – E para sua informação, New York continua fascinante. Amanhã tenho entrevistas pela manhã e à tarde vou bater perna. A Broadway me espera à noite. Mas me fale de você, como estão as coisas por aí?

Ele ficou calado por uns segundos, como que hipnotizado.

- Nate...Nathan!

- Ah, oh desculpe. Eu me perdi imaginando o fogo...o que você quer saber mesmo?

- Perguntei como estão as coisas por aí?

- Ah, isso. O bom de se filmar com Molly é que ela trabalha no máximo até às sete da noite e posso ir para casa cedo. Esses dias tem se resumido a gravações de dia e muito videogame à noite. Já está meio chato. Estou entediado para falar a verdade. 

- Videogame, Nate? Você não precisa ficar enfurnado em casa. Por que não sai com alguém? Chame o Trucco ou mesmo Seamus, Jon.... fará bem a você.

- Trucco está fora da cidade filmando. Até pensei em Zach mas ouvi que ele está em New York. Não se preocupe comigo, sobreviverei ao tédio com os jogos e suas fotos.

- Humm... se não tivesse tão cansada até poderia brincar um pouco com você. Mas já são quase três da manhã e tenho que estar de pé às oito. Preciso dormir. Te ligo amanhã?

- Claro, sempre que quiser.

- Bons sonhos, Nate. Love you.

- Love you too. Boa noite.

Ela colocou o celular sobre a cabeceira da cama e adormeceu quase instantaneamente.

Stana aproveitou ao máximo seus dias em New York. Todas as noites depois de seus compromissos, ela ligava para Nathan e passavam pelo menos uma hora conversando. Foi a teatros, restaurantes maravilhosos, fez compras e ainda arranjou um tempinho para dar uma de turista passeando pelo Central Park e tomar um bom latte com bagel na Dean & Delucca. Simples prazeres de New York.

Adorara e curtira cada minuto de sua viagem mas dentro do avião rumo a LA, ela estava grata por voltar para casa. Lembrou-se das palavras de Dorothy em O mágico de Oz. Não há lugar como o lar. Chegaria na California por volta das oito da noite e não  voltaria a gravar no dia seguinte. Por sorte, era sábado. Apenas não via a hora de estar com Nathan novamente.

Assim que chegou do aeroporto, teve uma surpresa ao chegar na porta de casa e encontrar Nathan na penumbra dentro do carro esperando por ela. Uma grata surpresa devia acrescentar. Ele a acompanhou para dentro de casa e tão logo a porta fechara atrás dela e colocara a mala no chão, Stana correu para os braços dele a fim de matar as saudades. Fora um abraço bem apertado.

- Senti tanto sua falta.              

E logo em seguida, ela o beijou deixando-se levar pelo momento e perdendo-se nele. Roupas pelo chão, gemidos ao vento, caricias trocadas, uma dança de mãos e bocas procurando saciedade e prazer. Stana murmurava o nome dele repetidas vezes enquanto era tomada completamente por ele na cama. O mundo lá fora morria para os dois, existiam apenas aquelas quatro paredes, o sentimento e o desejo. Em meio aos lençóis se amaram três vezes naquela noite. Incapazes de largarem um ao outro, adormeceram enroscados como se naquele instante fossem um só corpo.

Amanhecera chovendo em LA. Preguiçosamente, ela se arrastara da cama e foi preparar duas canecas de café. De volta ao quarto, ela pousou a louça na cabeceira e sentando-se na cama, Stana inclinou o seu corpo sobre o de Nathan e roçou o nariz na pele do rosto dele. Os cabelos deslizavam com o movimento que ela fazia. Ele moveu-se por fim abrindo os belos olhos azuis para fita-la. Sorriu.

- Bom dia, babe... trouxe café.

Ele se apoiara nos braços e sentou-se na cama com as costas escoradas na parede acolchoada que ficava sobre a cama. Ela estendeu a caneca da bebida quente para ele. Brindaram e sorveram o primeiro gole. Lentamente, cumpriram seu ritual matinal de cinco anos. Desenvolveram isso desde seu primeiro encontro no set de Castle. Terminado o café, Nathan reparou no barulho da chuva batendo sobre o vidro da janela convidando-os a voltar para a cama. Era sábado e não tinham pressa para irem a lugar nenhum. Ele a puxou para si num beijo carinhoso prendendo-a firmemente em suas mãos.

Stana envolvera seus braços ao redor do pescoço dele e deixava seus lábios provarem-no sensualmente e sem qualquer pressa. Instintivamente, ela se esfregava no corpo dele para atiça-lo. Podia sentir o membro já responder aos seus gestos. As mãos de Nathan subiram pelas costas dela levando a camiseta que vestia no movimento, puxou-a pela cabeça e logo Stana encontrava-se apenas de calcinha.

As mãos dele encontraram os seios pequenos e firmes ávidos pelo toque. Apertou-os e com os dedos ele brincava com os mamilos dela entre os dedos puxando-os, acariciando-os. Os lábios deslizavam pelo pescoço e acabaram por encontrar as mãos que se ocupavam com o corpo dela. ela a inclinou para trás e abocanhou um dos seios sugando-o com volúpia. Stana sentiu o corpo tremer a provocação que ele exercia com cada centímetro do seu corpo. Não pode continuar lutando e acabou recebendo o choque do orgasmo ali mesmo. Gritou. Seu desejo por ele era tanto que o corpo reagia de uma forma absurdamente rápida.

Um pouco recuperada da sensação de prazer, ela buscava por seus lábios, sedenta por um beijo. E em meio ao calor do momento, ele a deitou na cama e usou o peso do seu corpo sobre o dela. Dali, houve apenas a rendição. Perderam-se um no outro.

Essa era uma excelente maneira de começar a manhã. Durante todo o final de semana, eles mal saíram da cama. Trocando o quarto pelo sofá da sala, era a única movimentação possível mas não importava desde que continuassem juntos.

XXXXXXXXXXX

Na segunda-feira de volta ao trabalho, Stana tinha uma energia envolvente. Fizera questão de cumprimentar a todos e dizer o quanto sentira falta deles e estava animada para trabalhar em novos casos como a detetive. Luke fez festa para elogiar as roupas que ela usara nos eventos dizendo que ficara apaixonado pelo look anos 70/80 que ela exibira. Ainda complementou que o pink lhe caía muito bem. Ela o agradeceu plantando um beijo estalado na bochecha dele.

Um pouco distante, Nathan observava a empolgação dela ao rever os colegas. Era notório o quanto ela irradiava alegria e todos pareciam se render a ela. Era contagiante o som das gargalhadas e do falatório alto chamando o nome dela várias vezes. Ao encontrar Dara, a vibração foi ainda maior.

- É hora do seu episódio! Estou tão empolgada! Curiosa para ver o script.     

- Que bom! Parece que New York te fez bem não?

- New York sempre faz bem a qualquer pessoa! Então, cadê o script? Quero saber o que você aprontou em relação a esse episódio.

- Vem comigo.

Stana acompanhou Dara até a sala dos escritores e entregou uma cópia do roteiro a ela. Começou a passar algumas cenas que precisava que Stana trabalhasse comportamento e atitude. A escritora explicava como tinha imaginado a cena em sua mente e quais as reações de Beckett. Stana ouvia a tudo atentamente e fazia algumas anotações para garantir que não esqueceria nada. Dara explicou que apenas começariam a filmar amanhã e que hoje estavam fazendo uns últimos ajustes no cenário. Como já havia entregue a Nathan o script, ela sugeriu que eles repassassem as cenas juntos, ensaiassem e amanhã a história seria filmada para valer. Stana agradeceu e com o texto em mãos decidiu rumar para a copa em busca de café. Lá também seria um ótimo lugar para ler os textos e fazer suas próprias análises de cena.

Porém, no meio do caminho ela encontra Terri.

- Onde você pensa que vai?

- Na copa, preciso de café e estudar o texto que Dara me entregou. Por que?
- Não tão rápido. Você não viu a mensagem de Andrew?

- Não – ela pegou o celular para checar, tinha duas mensagens. Uma do chefe e outra de Nathan – ah, estava no silencioso por isso não vi chegar. Essa reunião já é agora? Porque acabei de sair da sala de vocês e ele não estava lá, somente Dara.

- É porque nesse exato momento, ele está conversando com Rob. Sugiro você pegar seu café e voltar para a sala dos escritores. Não se atrase.

- Nossa, Terri. Você está me deixando apreensiva. Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu mas acredito que é algo que você vai gostar. Te vejo em cinco minutos.

Nem bem Terri deu as costas para ela, Stana enviou uma mensagem para Nathan pedindo para ele encontra-la na copa. Nem precisou esperar muito pois ele já estava na copa tomando café. Felizmente, estava sozinho.

- Não viu minha mensagem?

- Esqueci o celular no silencioso. Estava com Dara discutindo alguns aspectos do episódio dela. Começamos a filmar amanhã. Mas não foi por isso que pedi pra você vir aqui. Você falou com Terri hoje? Estou encucada com algo que ela me disse agora. Fez questão que eu esteja na sala, um tal de não se atrase. Sabe do que está rolando?

- Não, recebi a mensagem de Andrew e realmente não sei do que se trata mas não deve ser nada demais. Aliás, temos que ir ou vão chamar a nossa atenção especialmente se chegarmos juntos. Vou andando. E tire essa ruga de preocupação da testa, Staninha. Não combina com você.

Ela suspirou e resolveu se servir de café. Cinco minutos depois, ela entrava na sala onde todos do elenco já estavam. Stana trouxe a caneca cheia do liquido bem quente e sentou-se ao lado de Penny mesmo havendo uma cadeira ao lado de Nathan, tudo para não dar bandeira. Claro que podia ter escapado de levantar suspeitas sobre o relacionamento mas não de ser zoada pelos amigos, e não deu outra.

- Ah, finalmente não? A pessoa mais interessada no assunto chegou – disse Marlowe – tudo bem com você, Stana?

- Estava até você começar a falar essas coisas. Estou achando que fiz algo errado, primeiro Terri diz para não me atrasar e depois você me faz essas perguntas. Sou o alvo da vez? Sério, não lembro de ter feito nada que prejudicasse o nosso trabalho – ela estava apreensiva – ou fiz? – arregalou os olhos para Terri que não segurou o riso e gargalhou dela.

- Terri! Você estragou a brincadeira, ela já estava ficando apavorada... – riu Marlowe.

- Vocês querem me matar? Saibam que não gostei... isso não faz bem para o meu coração.

- Estávamos justamente fazendo um teste com ele. Relaxa, Stana. Vamos a nossa reunião – Marlowe tinha alguns papeis nas mãos e o ipad – amanhã começaremos a gravar o episódio de Dara. Esse já é o oitavo. Depois dele, ainda vão ao ar mais dois embora nós continuemos gravando os próximos. É sobre os próximos, 609 e 610 que gostaria de conversar com vocês. Terri e eu acompanhamos o processo de escrita, roteirização e produção desses dois episódios. Mantivemos os mesmos em segredo até agora por razões que estamos prestes a revelar.

- Quanto suspense, Andrew! – disse Seamus – é algo sobre o casamento? Por isso todo o mistério?

- Não, nada de casamento por enquanto. Os dois episódios são bem diferentes. O nono é tenso gira em torno da personagem de Tamala. Trata de muito risco para todos pois há uma mistura de serial killer, alguém do passado e assassinatos ao estilo copycat. Sei que você irão adorar trabalhar nele. Estamos providenciando os scripts para vocês e devemos começar a gravar daqui a duas semanas dependendo da finalização do outro.

- Se o episódio é baseado em serial killers e focado em Tamala, ainda não entendo porque vocês estavam implicando comigo. Era somente porque queriam?

- Ah, é sempre bom zoar com os outros mas acredite Stana que Andrew não estava brincando quando falou de seu coração – disse Terri - O que nos leva ao outro episódio... esse se passa em véspera do natal.
- Ah, outro episódio de natal! Já gostei! – Stana sorriu.

- Mas não é o natal o tema realmente do episódio. A história é outra. Iremos abordar um assunto bem interessante para o nosso casal, algo que imagino fará vocês pensarem e o fandom ver um outro lado de Castle e principalmente Beckett. O plot é que uma criança ficará sob a custódia do estado e bem adivinha quem vai cuidar da criança?  

Todos olharam para Stana. Silêncio absoluto na sala. Ela estava olhando meio boba para Marlowe com um sorriso de quem não está acreditando no que ouviu. Foi Nathan quem primeiro falou para provocar aquilo que que os outros já estavam pensando mas não tinham a coragem de falar.

- Agora você realmente pegou pesado, Marlowe. Deixou-a sem palavras. Vamos Stana estamos esperando o seu grito de felicidade porque se ficar calada eu vou começar a me preocupar. Fale alguma coisa ou vou ligar para o 911.

Ela olhou para Nathan com o mesmo olhar bobo porém, ele conseguiu ver algo além que ainda não conseguia identificar o que significava. Viu que ela mordeu os lábios.

- Eu...eu...uma criança? Ah, Castle e Beckett vão brincar de casinha! E no natal! Vai ser tão.... Nathan eu adorei! – ela olhara para Terri e depois para Andrew sem saber para quem realmente perguntar – quem é a criança? Quando vou conhece-la? Vai ser um bebê? 

- Ufa! E ela está de volta! Por um momento fiquei com muito medo – disse Nathan e o resto dos presentes na sala caíram na gargalhada – mais fangirl impossivel!

- Calma, Stana. Muitas perguntas de uma só vez. Ainda temos alguns pontos a acertar e vocês ainda tem dois episódios para gravar antes desse, portanto uma cena de cada vez. Primeiro, você tem que dar conta de outros momentos importantes. Já imaginávamos que você gostaria disso.

- Gostar? Eu amei! Não vejo a hora de ver os detalhes.

- Tenho medo de quando falarmos em casamento... – disse Terri.

- Não se preocupe, Terri. Quando isso acontecer, ela não irá surtar, ela vai escrever o episódio com você e ainda vai fazer você escrever do jeito dela. Pode anotar.

- Eu confesso que não vejo a hora de ver Beckett em um vestido de noiva, também imagino muitas coisas sobre esse casamento inclusive os futuros bebês – disse Penny fazendo um hi-five com Stana.

- Você está vendo Nathan? Não sou a única que pensa sobre isso. Então, quer parar de implicar?

- Estou falando a verdade – ela fez uma careta para ele – certo, vamos aguardar.

- Que tal nos concentrarmos no episódio que filmaremos essa semana? Aqui estão os cronogramas de gravações – Chad começou a distribuir a programação de cada um deles. Por fim, a reunião voltou a ter um tom mais sério e a concentração voltara a tomar conta da sala.

Assim que saíram, Stana chamou Nathan para ensaiar algumas cenas conforme havia conversado com Dara. Seu script já estava todo grifado e cheio de anotações importantes. Nathan estranhou a cor que vira realçando o texto dela. Laranja. Sorriu. Ela certamente pegara um dos marcadores dele. Discutiram algumas cenas, passaram textos e combinaram posições de cena. Satisfeito, ele consultou o relógio. Seis da tarde. Talvez seja hora de ir para casa. Para não dar bandeira, ele despediu-se de todos e saiu do estúdio antes dela.

Já no carro, passou uma mensagem para Stana encontrar com ele em sua casa. Iria cozinhar para ela.

Ao receber a mensagem ela sorriu. Adorava quando ele bancava o carinhoso na relação. Foi direto para sua casa, tomou um banho e colocou uma roupa bem casual. Caprichou nos cremes e seguiu para a casa dele. Ao chegar lá, se deparou com a mesa lindamente posta, incluindo um vaso de flores e uma garrafa de vinho resfriando logo no canto da mesa. Ele estava vestido de jeans e polo também casualmente. Ele a cumprimentou com um beijo rápido nos lábios e já foi falando.
- Espero que esteja com fome. Em quinze minutos estaremos comendo. Vou apenas checar a panela no fogão. Então, se quiser beber separei um vinho branco delicioso e está numa temperatura excelente para ser degustado e - mas Stana pousou o indicador nos lábios dele impedindo-o de continuar a falar.

- Eu quero um beijo decente. Já passamos o dia longe do outro nada mais justo. Ela envolveu os braços ao redor do pescoço dele e os lábios se encontraram. Um beijo carinhoso que a fez soltar um gemido de satisfação e quando se afastaram, ela permaneceu por uns segundos de olhos fechados com um meio sorriso nos lábios – bem melhor agora. O que teremos para jantar?

- Paella.

- Você fez paella? – ela o olhava surpresa.

- Ok, preciso confessar. Eu ia fazer um risoto de camarão mas esqueci de comprar justamente o tal do ingrediente principal. Por causa disso, eu encomendei uma paella para nós – a carinha dele era de culpa, parecia meio envergonhado por sua tentativa de agrada-la ter dado errado, o que Stana achou muito fofo.

- Ah, Nate...o que vale é a intenção! Só de saber que você se importou em fazer tudo isso já me deixa feliz, não se culpe – beijou-o novamente – além do mais, o melhor de tudo é a companhia.

- Tudo bem, você sempre arranja um jeito de apaziguar as coisas. Prometo que ainda farei esse risoto para você.  Vou verificar a panela - e quando teve uma oportunidade não pode deixar de notar o quanto a calça realçava o bumbum dele quando ele virou-se de costas para ela seguindo rumo à cozinha. Sorriu maliciosa com vontade de beliscar aquele traseiro mas não faltaria oportunidade para isso depois.

Vinte minutos depois, eles já estavam sentados à mesa comendo. A paella estava deliciosa e o vinho era especial. Conversavam, riam e trocavam carícias entre si. O jantar perdurou por umas duas horas, ao acabarem, Nathan não deixou-a fazer mais nada. Foram para o sofá da sala em frente a uma TV enorme mas quem precisa de TV quando se tem uma mulher como Stana ao seu lado? Ele a puxou contra si e perdeu-se nos lábios deliciosos dela. Já estavam na segunda garrafa de vinho. Ela estava apoiada ao peito dele e brincava com os dedos dele. Nathan tomava um pouco do vinho e se dividia em beijar-lhe o rosto e a testa e sentir o cheiro de seus cabelos.

Desde aquela reunião à tarde no estúdio ele ficara pensativo com a alegria de Stana ao saber que filmariam com uma criança. A reação dela claro que era esperada do ponto de vista da personagem porque ela nunca escondeu que queria ver Beckett e Castle juntos e com bebês. Porém, ele começara a imaginar se a forma como ela reagiu não estaria relacionado com o simples fato de que seu instinto maternal passara a falar mais alto, a ser demonstrado mais constantemente devido ao tempo. Ele sabia que ela adora crianças. Estaria pensando em ter seus próprios? Nathan tinha medo de abordar o assunto e ser mal interpretado por ela mas queria saber. Resolveu começar pelo caminho mais fácil, falando da reunião.

- O que achou da reunião com Marlowe hoje?

- Muito boa! Sabe às vezes fico pensando de onde aqueles dois tiram tanta inspiração para escrever essas histórias. Claro que não são apenas eles mas tudo parte da essência que Andrew e Terri criaram, os outros escritores consegue compreende-la tão bem que quando eu penso no fato de termos mais de cem diferentes histórias vejo o quanto nosso trabalho é grande. Mas eles sempre encontram um jeito de me surpreender – ela virou o rosto para fita-lo já sorrindo – você já imaginou? Um bebê! Estou muito curiosa para ver como serão essas cenas entre Beckett e o bebê. Vai ser um episódio muito gostoso de filmar.

- Ele te deixou mesmo apaixonada pelo episódio sem nem revelar o que vai acontecer. Sua alegria era tão visível que a impressão que tive foi que Marlowe acabara de dizer que alguém muito querida estivesse grávida – ao ouvir o que ele dissera, Stana ergue-se ereta no sofá ficando de frente para ele. O comentário dele trouxera outra ideia a sua mente.

- Nate, já pensou quando a Beckett estiver grávida?

- Não tinha pensado nisso mas agora que mencionou, coitado do Castle – ele sorriu e ela deu um tapinha nele. E um pensamento passou pela cabeça de Nathan, será que era isso que estava acontecendo? Ela estava se projetando na personagem?

- Stana, sei o quanto você adora ver Castle e Beckett como um casal, você é tão fã quanto as outras pessoas, disso não tenho dúvida. Mas você já parou para pensar que pode estar querendo viver através de Beckett? Querendo ter o mesmo que ela? Se tivesse que dizer o que penso sobre isso, minha resposta é sim. Me responde, quanto de Beckett há em você?

- Nate, eu não saberia responder essa pergunta precisamente. Diria que muito do que Beckett é, eu procuro ser. Temos semelhanças e diferenças mas ela sou eu talvez uns 80%?

- Diria que é 120%...

- Eu não acho que me vejo ou vivo através da personagem. Eu gosto da forma como ela foi criada, como eu dei vida a ela e me agrada ver que mesmo uma mulher determinada e forte como Kate Beckett focada em sua carreira, com uma sede de vencer, pode ser uma romântica quase incurável e como a grande maioria das mulheres sonha em encontrar alguém especial, casar e constituir família.      

- Sendo assim, você se encontra nesse grupo de mulheres certo?

- Como Beckett? Sim... – ela se aproximou um pouco mais dele, beijou o queixo de Nathan e enroscou seus braços ao corpo dele – penso em casar, ser mãe e quero uma família. Estou acostumada com uma casa barulhenta. A ideia de segurar um bebê nos braços, cuidar dele, amamenta-lo e vê-lo crescer está em meu futuro.

- Interessante – ele estava pensativo mas respondeu – eu já imaginava isso. Talvez não tivesse percebido com o passar dos anos que essa vontade apenas cresceu um pouco mais, o que é natural. Ela levantou o rosto para que seus olhos encontrassem os deles.

- Você está falando de mim ou de você agora, Nate?

- Acho que de nós dois, honey – ele beijou a mão dela e mexeu-se no sofá afastando-se um pouco dela – você vai dormir aqui?

- Temos que estar cedo no estúdio – disse ela.

- E se eu dissesse que adoraria que você ficasse? Se pedisse que ficasse comigo?

- O que deu em você hoje, Nate?

- Vontade de estar com você, saudades de você. É suficiente para você ficar?

Ela segurou o rosto dele com as duas mãos e beijou-o apaixonadamente.

- Isso responde sua pergunta? Acho que deveria viajar mais vezes no ano - ele riu do jeito de moleca que ela fazia olhando para ele. Levantou-se do sofá e a puxou pela mão.


- Vem, Staninha. Hora de ir para a cama. 

Continua....

5 comentários:

Anônimo disse...

"Tem ficado cada vez mais difícil escrever sobre S&N"
Li isso algumas vezes e imagino que seja, vamos combinar que nosso querido shipper não é exatamente o mais simples ou fácil, mas mais uma vez "Talvez isso faça ser especial" e por mais que você diga que está ficando sem material para trabalhar eu simplesmente não consigo imaginar uma forma mais segura e encantadora de abordar a "suposta" (eu sempre vou imaginar como real) vida pessoal de S&N.

Cada aspecto, cada detalhe, cada linha me encanta e os momentos NC-17 são no mínimo intrigantes, deixam sempre com vontade de quero mais. O carinho que eu leio, o amor, a dedicação ao relacionamento vão muito além de S&N, ler um capítulo novo é como ler o seu amor, carinho e dedicação a escrita. Isso faz as suas fics serem tão boas. É o amor que você dedica ao que está escrevendo.

Eu quero ver o desenrolar dessa conversa sobre babies, afinal, isso é algo tão grande pra Caskett, quero ver como isso afeta Stanathan (Eu quero muito mais um baby Stanathan do que um Caskett kkkk), quero ver uma situação constrangedora, um momento de tirar o fôlego como o do pré Paley rs (amei aquilo!), quero muitas coisas ainda de S&N, mas sei que independente do rumo que a fic venha a ter, sei que de alguma forma fará sentido.

Ps: Vou criar uma # nova.... #EmKarenJobimNósConfiamos kkkk

cleotavares disse...

Nossa! Cada dia mais me apego as suas fics. Parabéns! adorei o capítulo.

Nicole disse...

Realmente S/N não tem dado muita margem pra imaginação, ultimamente :/ mas mesmo assim, sua fic tá maravilhosa *-* passei a amar o Paley depois dela.. não consigo mais assistir os vídeos sem imaginar o motivo por trás da antipatia toda do Nate :think:
Aah, e só pra constar, um baby Stanathan com certeza não faria mal nenhum :D kkkkkk *aguardando ansiosamente o próximo cap.*

Unknown disse...

Que perfeito!
Como disse antes a vc,estou com medo Karen Jobim anda muito boazinha sera que devo me preparar psicologicamente ou aquela caixinha de lenço?Sim,pq vc e tia Nora tem o dom de me fazer chorar sempre que surge a oportunidade.
Vamos a fic, a Stana Stanando pelas
Nights tem coisa melhor?Ñ,claro que ñ e se as roupas,pernas e corpo dele tirou o folego do Nath imagine o meu melhor o NOSSO.As partes hors que me fazem tomar litros de água e cá entre nois eles sabem matar a saudade ;) e por favor PRECISO da tia TER e DARA pra mim,muita fofura gente.
Aguardando o proximo cap.

Unknown disse...

Adoro suas fics. Parabéns!!