Nota da Autora: Esse capitulo tem um tom diferente, um preludio de futuro? Quem sabe.... a ordem é festejar mas estou realmente dependendo dos nossos babies para continuar essa fic e ainda não decidir o que vou fazer por conta do hiatus...anyway Enjoy!
Atenção....NC17!
Cap.21
A semana que antecedeu a do
aniversario de Nathan estava a todo vapor. Andrew reuniu a equipe tecnica e os
atores propondo um trabalho pesado que incluia alguns sábados para que pudessem
agilizar as filmagens dos últimos episódios da temporada e proporcionar a todos
uma antecipação das férias. A idéia foi bem recebida por todos inclusive Stana
que teria uma carga bem mais pesada que os demais por conta do episódio de
número 22 entitulado Veritas. Aliás começariam a filma-lo ainda naquele dia.
Como o diretor do mesmo era Rob, ela sabia que deveria ter longas noites
gravando. Recordava muito bem o trabalho que realizara no episódio 17 e segundo
palavras do próprio Rob, o novo fazia o anterior parecer brincadeira de
criança.
Com o comprometimento de todos,
as filmagens iniciaram. Trabalhavam de seis da manhã até meia-noite, algumas
vezes entrando pela madrugada. Por volta de quinta-feira dessa primeira semana,
Stana conseguiu deixar o estúdio por volta das nove, o que era um milagre.
Combinou com Nathan que aproveitariam essa noite para ficarem juntos, apesar de
passarem quase vinte horas trabalhando lado a lado, eles precisavam de um
momento íntimo somente deles. O outro motivo por trás do pedido dela era porque
queria contar a ele uma novidade.
Estavam no apartamento dela
deitados na cama abraçados quando Nathan comentou sobre seu aniversário.
- Eu preciso decidir sobre meu
aniversário. Meus amigos estão pedindo uma festa. Eu não vejo problema e também
gostaria de festejar a data. Porém, quero saber sua opinião gorgeous.
- Ah, uma festa é sempre boa
mas você não a faria no dia do seu aniversário, certo? Seria em um final de
semana?
- Sim, no sábado.
- Entendo – ela ficou pensativa
e Nathan percebeu que havia algo a incomodando.
- Você não aprova a festa ou
tem alguma outra razão para esse seu olhar vago que apareceu de repente? Tem
algo te incomodando não, Staninha? É o nosso relacionamento? Está preocupada em
como agiremos diante de uma festa repleta de gente e possível mídia? Pode
falar.
- Não, esse não seria um
problema tão dificil de lidar assim. E-eu tenho uma notícia para te dar e não
sei se você vai gostar.
- Tente.
- Meus pais. Eles estão vindo
pela primeira vez para os Estados unidos exatamente na semana de seu
aniversário. Quer dizer, minha mãe já está aqui na casa do meu irmão desde a
semana passada e meu pai chega dia 25 e vão embora juntos no dia 31 e com todas
essas horas de gravações extras, sobrará muito pouco tempo para eu ficar com
eles e leva-los para conhecer Los Angeles. Fiz uma agenda apertada para tentar
aproveitar ao máximo. Eles inclusive querem ir ao set de filmagens.
- Mas isso é ótimo! Estão
automaticamente convidados para o meu aniversário, gorgeous.
- Ah, babe isso é muito bacana
da sua parte mas não é bem isso que estava querendo dizer – ela sentou-se na
cama de costas para ele passando as mãos nos cabelos, era difícil dizer que não
passaria o aniversário dele, a festa ao seu lado - Eu preciso estar com eles,
dar assistência e Deus! Estou louca para ficar um tempo com eles. Não os vejo
desde o natal. Estou com muita saudade. Eu não acho que é uma boa ideia eles
irem ao seu aniversário, soará estranho Nate – ela voltou a fita-lo, Nathan
pode ver no olhar dela que Stana lutava para aceitar tudo o que estava
propondo. Quando se tratava de familia, tudo tornava-se complicado. Apesar de
saber disso, as feições de Nathan demonstravam que ele estava chateado. Stana
odiava isso. Detestava ter que escolher entre ele e sua familia. Infelizmente,
essa era uma daquelas situações em que se deparariam ao longo do caminho quando
escolheram manter seu relacionamento em segredo. Ela esticou a mão para
toca-lo, acariciando seu rosto – sinto muito, babe. Não posso fazer nada
diferente. Nós combinamos manter o sigilo especialmente para a família. Não
gostaria de pega-los de supetão ao dar essa notícia e além disso, sua festa
será bem diferente do que eles estão acostumados. Talvez não fosse a melhor
maneira de introduzi-los a esse mundo de Hollywood. E-eu gostaria que... – mas
Nathan se afastou dela. Isso não era bom.
- Ótimo! Isso é excelente na
verdade. Meu primeiro aniversário com você, uma festa e você não vai
participar? Isso independe do nosso relacionamento, da sua familia. Você é uma
das pessoas se não a que mais importa nisso tudo. Posso gostar de receber meus
amigos mas queria você ao meu lado mesmo que fosse aparentemente como colega de
trabalho. Afinal, Stana qual o meu grau de importância na sua vida?
- Nathan, por favor, não é nada
disso. Você é importante, eu te amo. Apenas temos que lidar com a situação.
Você realmente acredita que quero ficar longe de você? Não distorça as coisas
tornando-as mais difíceis. Eu quero te fazer entender. Minha vontade é passar o
seu aniversário com você, somente nós dois – ela se aproximou dele colocando as
mãos sobre o peito dele – Nate, eu não quero brigar com você por causa disso e
principalmente agora tão perto do seu aniversário. Vamos procurar resolver isso
da melhor maneira possivel para nós dois. Não me olhe assim – ele ainda tinha o
olhar duro, estava chateado. Se afastou dela e virou de costas.
- Preciso digerir isso… - saiu
do quarto deixando Stana parada no meio do quarto. Vagarosamente, ela sentou-se
na cama e apoiou a cabeça nas mãos. Como algo tão bom poderia ser encarado de
maneira tão ruim. Ela esperava que Nathan fosse mais compreensivo. Eles estavam
tão bem, tão apaixonados curtindo cada momento dessa reta final de gravação não
podiam ter problemas logo agora. Stana reconhecia que de certa forma causara
isso ao não concordar com o convite feito por ele à sua família. Era seu dever
como parceira da relação consertar esse mal entendido entre eles e finalmente
investir na melhor noite de aniversário que ela poderia proporcionar ao seu
amado Nate. Ela prendeu o cabelo em um coque tentando parecer mais calma e
apresentável para uma nova conversa. Stana já decidira como a mesma começaria.
Ao deixar o quarto, um pensamento a invadiu. Ele ainda estaria ali ou teria ido
embora? Até aquele momento ela não sabia, sequer pensara nessa hipótese. Ela
respirou fundo e avançou até a sala. O coração acelerado pode sentir um alívio
quando Stana o viu parado no janelão que dava para a vista da rua. Devagar e
sem fazer barulho, se aproximou dele e o abraçou por trás beijando-lhe as
costas e falando.
- Desculpe, Nate. Eu sinto
muito – ela o fez virar para fita-la, a sinceridade e a vontade de tornar as
coisas melhores, ele podia perceber através dos olhos dela – desculpe. Não
quero brigar com você, eu tinha planos, ainda tenho. Quero festejar ao seu
lado. Às vezes esqueço como as coisas soam diferentes para nós. Podemos virar a
pagina? Aproveitar o que vem pela frente? Posso te fazer feliz no dia do seu
aniversário, Nate?
- O problema não é isso, Stana.
Hoje é o aniversário, amanhã será um evento e depois? E daqui a um mês quando
estivermos longe do trabalho? Por quanto tempo mais iremos virar a página,
tapar o buraco, empurrar a poeira para baixo do tapete? Até quando? Existem
obstáculos em qualquer relação, eu sei disso, escolhemos e concordamos em fazer
do nosso relacionamento um segredo. Porém, esse segredo era uma segurança, um
refúgio. O que acontece quando o segredo passa a ser um fardo, Stana?
Por um minuto ela manteve-se
calada, engoliu em seco tentando digerir as palavras dele e por mais que
tentasse somente conseguia ver um significado em isso tudo. Olhando seriamente
para ele falou.
- Você está terminando comigo?
É isso? Quer desistir? Basta alguns momentos dificeis para esquecer todos os
demais que nos fizeram sorrir. É assim que prefere fugir desses obstáculos?
Apagando os últimos meses da nossa vida?
Nathan a olhava intensamente
com uma expressão que ela mesma não conseguia definir. Falará demais a ponto de
deixa-lo irritado ou pronto para confirmar o que ele parecia já saber?
- Nate, fale comigo… - ela se
aproximou dele e apertou a mão dele – por favor...
- Stana, você realmente
acredita que quero me separar de você? Como poderíamos seguir em frente? Eu
respondo. Não podemos. Sou um homem, geralmente não acredito em destino. Porém,
cada vez que eu penso na sucessão de encontros, situações vivdas ao longo do
caminho ou você acha que se Firefly não tivesse sido cancelada eu teria
aceitado esse papel em Castle? Ou se você não tivesse sido ousada o suficiente
para me pedir que cortasse a camisa naquele dia do seu teste, estariamos aqui?
Em um trabalho transformado em algo tão prazeroso que nos prende quase 24 horas
por dia? Não, temos escolhas e todas elas nos trouxeram até aqui. Nós
funcionamos juntos, somos ótimos dentro e fora da telinha. Sincronia, quimica,
não é algo que se aprende, se desenvolve. Ou você tem ou não. E nós temos.
Sempre tivemos. Mas não é só quimica, momento. Você sabe o que é tudo isso que
sentimos não, Stana? Como pode então pensar que é o fim?
- Cumplicidade, companheirismo,
desejo, amor. Temos tudo isso, Nathan então qual é o fardo? Se somos capazes de
entender o que somos porque um segredo seria um fardo?
- Porque… - ele ergueu o queixo
dela com uma das mãos, a outra entrelaçou os dedos nos dela – está na hora de
nos perguntarmos sobre futuro ou sobre qual seria o próximo passo. Ao ouvir as
palavras de Nathan, involuntariamente Stana prendeu a respiração e mordiscou os
lábios. Ele a pagara desprevinida pois diante do significado da pergunta, ela
não sabia o que responder ao certo. Resolveu atuar na zona de conforto apesar
do arrepio que sentiu na espinha e das borboletas que teimavam em dançar em seu
estomago.
- Você está falando em revelar
o nosso segredo?
- Não ainda. O segredo não é a
chave do futuro. Mas e todo o resto? Há vinte minutos atrás estávamos brigando
por causa de seus pais, quando isso poderia ser considerado um passo a mais em
nossa relação, o conhecer os pais, a familia. Então não se trata de uma
revelação sobre o que estamos fazendo da nossa vida fora do trabalho ou nas
nossas horas vagas e sim do que nós, como casal vislumbramos pela frente.
Stana estava quase em choque.
Nathan a pegara totalmente de surpresa. Ele percebeu o impacto que suas
palavras causaram nas feições dela. Antes que ela pudesse reagir, ele voltou a
falar.
- Stana não entre em pânico.
Não estou falando isso para te pressionar. Você não tem que responder meus
questionamentos agora. Eu estou apenas colocando para você uma preocupação.
Lembre-se que disse futuro. A resposta para tudo isso não é imediata. Nem eu
conseguiria da-la a você. Isso é algo que precisamos avaliar juntos desde que
ambos tenhamos o mesmo desejo, a mesma vontade. Você está 100% comigo nessa
relação?
- É claro que sim, babe. I love
you.
- Então o resto nós iremos
achar um jeito de resolver – ele a abraçou beijando-lhe os cabelos e fazendo
Stana fechar os olhos. Ele podia sentir o coração dela batendo forte, era prova
que ele mexera com as estruturas dela como talvez nunca antes tivesse ocorrido.
Gostaria de entender o que se passou na mente dela para que estivesse assim,mas
se perguntasse poderia desencadear uma outra discussão entre eles por hora desnecessária.
Já perderam uma das poucas noites de folga que teriam nos próximos dias, melhor
deixar quieto. Ela afastou-se um pouco do abraço dele para fita-lo. Um pequeno
sorriso no canto dos lábios deixou Nathan um pouco mais aliviado. Ela o puxou
pela mão e guiou-o até o quarto.
Deitou-se ao lado dele e
aconchegou-se no corpo dele. Suspirou profundamente antes de falar.
- Quero passar a quinta com
você. Prometo que você terá o melhor aniversário de todos. Somente eu e você,
Nate – ele percebera que ela falava quase fechando os olhos.
- Veremos, ainda não sei o que
farei no dia 27 pois não é apenas o meu aniversário, é o da Sandra, esposa do
Trucco, geralmente passamos juntos. De qualquer forma o convite está feito a
você e sua família mesmo que por educação.
- Entendo, podemos fazer um
momento de casal mas algumas horas somente para mim. É possível?
- Claro, assim que eles forem
embora você me terá por completo – ele beijou a testa dela – agora vamos
dormir. O dia amanhã promete.
E Nathan tinha razão, essas
últimas semanas de final de temporada sempre tornavam-se desafiadoras. Horas e
horas de gravações, passagem de textos, ensaios de cenas. Em meio a tudo isso,
imprevistos de luz, cenários na verdade nada de diferente dos outros anos. O
final da temporada sempre era assim. Dessa vez, porém havia um novo elemento.
Ele e Stana estavam juntos, eram um casal em segredo e o relacionamento deles
estava prestes a ser deixado de lado por conta da prioridade de sua vida
profissional. Como acontecia a cada ano, geralmente o aniversário de ambos era
comemorado com os amigos no set. Um bolo, algumas garrafas de espumante ou
champagne e risadas. Sempre trocavam presentes muitas vezes não na frente dos
colegas. Esse ano, apenas o dele seria comemorado. Ao que tudo indicava, as
gravações para eles terminariam antes do aniversário de Stana. O que para eles
era um novo problema. Não estando gravando durante a data era um sinal de que
eles não poderiam se ver pois conhecia a sua parceira muito bem para saber que
findada as gravações ela entraria em um avião e sumiria da face da terra ou
pelo menos de Los Angeles. Essa era outra conversa que ambos ainda teriam que
enfrentar.
No dia seguinte, eles foram
avisados que fariam as externas do episódio Veritas, o penúltimo da temporada.
As cenas deles seriam no Hyde Park como indicava o texto e já confirmado pela
equipe de David e Rob. Seriam cenas tensas entre ele e Stana no velho e
conhecido balanço. Já que estariam um pouco mais à vontade e dependentes de
tantos outros fatores, ele decidiu combinar com sua assistente Michele para
discutirem alguns detalhes da sua festa de aniversario no sábado. Coincidência
ou não, eles filmariam dois dias de externas sendo o último justamente o dia
27.
Stana sentara-se na cadeira
indicada pela maquiadora e fechara os olhos deixando-a trabalhar a fim de se
aprontar para a próxima cena. Aproveitou o momento para refletir um pouco sobre
o que faria de especial para Nathan. Mas era quase impossível sua mente não
voltar à conversa de ontem. Ao que ouvira dele, sobre relacionamento, futuro e
decisões. Ficara acordada boa parte da noite pensando no real significado de
tudo aquilo. Ele dissera que não a estava pressionando porém, de certa forma,
ele a indicara que o que eles tinham podia não ser o suficiente.
A surpresa dela não era por
duvidar que ele a amasse. Na verdade foi pelo fato de que em sua mente, ela
seria a pessoa a pedir pelo próximo passo e agora que isso não acontecera como
havia planejado, Stana sentiu-se de certa maneira, um pouco sem chão. Não
estava preparada para ouvir algo assim de Nathan e tinha de admitir que apesar
de ter acontecido de um jeito inusitado em meio a uma discussão, ela fraquejou.
Foi tomada por um súbito estágio de medo. Uma sensação de “não estamos prontos”
ou “isso é rápido demais” dúvidas quase automáticas que aparecem diante de uma
situação como essa, onde o compromisso é reafirmado por uma das partes no
relacionamento. O tipo de reação que ela não esperara ter diante de Nathan
muito menos demonstrar. Por isso manteve-se calada por recear dizer algo que o
magoaria.
Não estava dando passos para
trás, apenas precisavam avaliar o próximo passo e o contexto em que estavam
inseridos era inadequado para isso. O trabalho exigindo demais dos dois, a
família dela a visitando, os aniversários tão próximos. Era muito para lidar em
apenas uma semana. Sem falar na proximidade do hiatus, outro ponto certo de
discussão entre eles.
Terminada a maquiagem, ela se
dirigiu ao set do distrito onde gravariam a próxima cena. Ele já estava lá
esperando por ela. Ao vê-lo sorriu, perguntou se podiam repassar o texto antes
do primeiro ensaio da cena. Nathan concordou e começaram a treinar. Levaram
cerca de quinze minutos para decidir pela melhor reação em cena. Quando
finalizaram, ela aproveitou para comunicar a ele que nos dois dias seguintes, a
família dela estaria zanzando pelo parque durante a filmagem das externas.
- Ótimo! Pelo menos posso ser
apresentado como o seu co-star e namorado da ficção. Por falar nisso, Sandra me
ligou confirmando o jantar da quinta na minha casa. Disse a ela que seremos nós
quatro.
- E quem vai cozinhar?
- Ela. Já avisou que passara
por aqui a fim de pegar a chave comigo. É quase uma tradição de amigos e
aniversariantes. Agora, você também é oficialmente parte disso.
- Me sinto honrada - sorriu
para ele – vamos gravar, Nate.
O primeiro dia de externas
exigiu muito deles em especial de Stana e ela não fugiu da responsabilidade.
Cumpriu todas as cenas com dedicação e precisão. Deixaram o lugar exaustos e em
poucas horas estariam de volta para uma nova serie de externas. Dessa vez em um
cenário bem conhecido deles.
Hyde Park Los Angeles
27 de março
A equipe de gravação e produção
chegara por volta das seis da manhã, os atores às sete já que deixaram o
estúdio por volta da uma da manhã no dia anterior. Stana foi direto se preparar
para as cenas. O ritual do cabelo e maquiagem levava sempre por volta de uma
hora. Nathan já estava quase terminando quando ela apareceu próximo aos
balanços usando os longos cabelos de Beckett porém não ainda nas roupas da
personagem. Ele olhou para ela e acenou. Stana fez um único gesto com as mãos e
bastou para ele entender o que ela queria. Café. Nathan prontamente deixou o
blazer sobre um dos equipamentos e ainda sorrindo e balançando a cabeça, se
dirigiu a uma das tendas de apoio voltando o mais rápido possível até os
balanços entregando o copo de café.
- Bom dia, gorgeous... - Stana
bebeu pelo menos dois dedos do café antes de responder.
- Agora é um bom dia, babe.
Pronto para gravar? Vou trocar de roupa e volto num instante para ensaiarmos a
cena.
- Você está animada hoje não?
- Claro que sim, eu tenho um
ótimo trabalho, vou ver meu pai hoje e posso contar um segredo a você? – ela se
aproximou dele como se fosse sussurrar – dizem por aí que eu tenho um namorado
lindo de olhos azuis, hum... estou dizendo o termo errado, as pessoas falam que
ele é “ruggedly handsome” e sabe de uma coisa? Ele é! Mas o melhor de tudo é
que ele faz aniversário hoje e ganhará um beijo especial apenas por isso –
piscou para ele e saiu caminhando. Nathan teve a impressão de vê-la saltitando
a caminho do camarim improvisado no trailer da esquina.
Eles ensaiaram a cena mas o
diretor optou por grava-la depois. Antes iria filmar uma cena apenas de Kate
Beckett. Nathan aproveitou para resolver algumas coisas com Michele que já
aparecera por ali a uns minutos atrás. Muitos assuntos da festa já estavam
encaminhados, a lista de convidados parecia fechada, pois ele sabia que sempre
poderiam surgir nomes de última hora, cardápio definido, bebidas
providenciadas. Pediu para colocar uma cabine de fotos no salão para que os
amigos e ele se divertissem tirando fotos. Ele tinha dúvida sobre a banda ou um
DJ. Enquanto conversava com acertando os detalhes, ela gravava.
Quase uma hora depois, ele
terminou a conversa com Michele e voltou a se aproximar do local de filmagens.
Nathan se deparou com Stana sentada no balanço como uma menina sapeca que
apenas quer curtir o momento. Ela dava impulso com as pernas longas e o balanço
ganhava velocidade. Sorria e os cabelos perdiam-se ao vento. A imagem daquele
instante era linda de se ver. Ele ficou parado apenas observando o jeito dela.
Stana tinha um lado moleca que ainda permanecia tão vivo. Ela podia agir como
boba, gargalhar e fazer caretas como ninguém. Tudo era permitido e natural. Era
um que de inocência na forma de uma mulher tão linda e sensual. Tinha que
admitir, uma combinação mortal.
O diretor chamou por ele para
ensaiarem a cena obrigando-a a parar sua brincadeira pessoal. Eles se
concentraram e performaram a cena deixando o diretor avaliar e fazer os ajustes
necessários. Kate daria um abraço em Castle e Stana não perdeu a oportunidade
de aperta-lo e sussurrar depois da fala algo que não estava escrito.
- Posso te desejar “feliz
aniversário” assim... – Nathan tentou se concentrar após ouvir aquela voz
sensual mas falhou e atrapalhou o ensaio. Ela começou a rir, risos
transformaram-se em gargalhadas. Ele se juntou a ela. Sabendo que fizera
besteira, Stana se acusou.
- Desculpem! Me desconcentrei.
Não vai mais acontecer – e riu mais um pouco – podemos reiniciar?
- Tudo bem. Prontos? – eles
acenaram para o diretor – ok, nas suas marcas. Ação.
Dessa vez o ensaio foi
proveitoso e receberam as orientações apropriadas. Ainda não tinham a melhor
luz do dia para fazer a filamgem oficial então o diretor achou melhor esperarem
até por volta das onze. Nesse instante, Stana avista sua mãe caminhando ao lado
do pai vindo na direção dela. Deu uma última olhada para Nathan e acenou para
eles.
Ela abraçou a mãe beijando-a em
seguida ela encarou o pai segurando sua mão por uns instantes e por fim
abraça-lo e beija-lo como toda garotinha geralmente faz. Nathan disfarçava para
que ninguém mais notasse mas não conseguia deixar de observa-la de longe. Stana
apresentou algumas pessoas que estavam por perto inclusive Dara. Estavam
conversando animadamente e ele decidiu não forçar uma aparição para não causar
desconforto a ela. Quando julgasse melhor, ela o chamaria.
Mal acabara de pensar nisso, ela
caminhou de mãos dadas com o pai ao lado da mãe na direção dele a fim de
apresenta-los a Nathan.
- Hey, Nathan! Tem um minuto?
- Claro. Olá!
- Mãe, pai, esse é Nathan
Fillion. Meu parceiro de cena em Castle.
- Stana, nós sabemos quem ele
é. Prazer em conhecê-lo pessoalmente, Mr. Filllion – seu pai estendeu a mão –
realmente admiro seu trabalho.
- Nada de formalidades. Apenas
Nathan, Mr.Katic. E como vai a senhora, dona Rada?
- Muito bem. Vocês tem muito
trabalho a fazer e bastante coisas em mente não? Afinal, esse casamento sai ou
não sai? – por um instante ambos trocaram um olhar significativo como se a
pergunta se referisse aos dois, levaram alguns segundos para chavear a mente e
perceber que Rada perguntava sobre seus personagens. Nathan pode ouvir o
suspiro dela quando respondeu.
- Nada de spoilers. Na verdade
não sabemos nada do último episodio da temporada ainda. Não nos entregaram os
scripts.
- E mesmo que soubéssemos não
falaríamos, mãe. Acaba com o elemento surpresa.
- Querem tomar alguma coisa? Um
café, um chá? Nos acompanhe – disse Nathan. Ele seguiu ao lado deles
conversando um pouco sobre o trabalho e não pode deixar de falar de Stana – é
um prazer trabalhar com alguém tão talentosa como sua filha. Ela adora um
desafio. Acho incrível como ela se dedica a fazer as cenas de ação e correr
naqueles saltos? Merece muitos aplausos e meu respeito. Deve se sentir
orgulhoso como pai.
- Com certeza, ela é uma joia
rara.
- Se por joia, o senhor a
compara a um diamante valioso não poderia concordar mais.
- O que vocês tanto conversam
aí nesse canto? – perguntou Stana curiosa.
- Estavamos falando de você,
filha. Nathan estava elogiando a sua forma de encarar desafios. As vezes me
pergunto a quem ela puxou esse jeito aventureiro.
- De você, oras – replicou
Rada. Eles riram. Continuaram conversando e bebericando o café. Por algumas
vezes eles pareciam esquecer que estavam na frente dos pais dela e acabavam
trocando olhares mais diretos e profundos. Ou ele fazia uma gentileza a mais
para ela sendo que nenhum dos dois se dera conta dos pequenos gestos. Porém, os
atos não passaram despercebidos a alguém.
Eles finalmente deixaram os
pais de Stana com a equipe de roteiristas entre eles Dara para poderem filmar.
Os takes duraram cerca de uma hora e meia para serem gravados e finalizados. A
cena ficara muito bonita, com o toque especial de sentimento dos dois. Nathan
pode sentir o carinho de Stana no abraço dado. Como ela mesma dissera durante o
ensaio, era uma forma de cumprimenta-lo pelo aniversário.
Fizeram novamente uma pausa
para que o diretor estudasse as luzes da próxima cena. Enquanto Stana
conversava com a mãe e outras pessoas da produção, Nathan estava animadamente
falando ao lado do pai dela. O curioso é que mantinham uma certa distância um
do outro aparentando até serem estranhos mas vez ou outra havia uma busca pelo
outro, um olhar perdido na direção do seu par. Durante esse espaço de tempo,
eles optaram por não se falarem. De volta a mais uma filmagem, a concentração
fora priorizada e vestiram as personagens.
A gravação durou até três da
tarde. Stana já não aguentava mais de tanta fome. Foram informados que teriam
um intervalo de uma hora para o almoço e diante disso, eles optaram comer numa
cafeteria ali perto. Dara tinha prometido liberar Nathan por volta das seis da
tarde devido ao seu aniversário. Foi um momento descontraído entre todos porém
muito rápido. Ao retornarem para o parque, eles imediatamente se dedicaram a
trabalhar. Por volta das cinco horas encerraram a tarde. Dara se aproximou
deles dando as próximas direções.
- Vamos agora para o estúdio,
temos um bolo para comer.
- Bolo? – Rada perguntou.
- Sim, o bolo do Nathan. Ou...
– ela olhou para Stana – você não disse nada para eles? Poxa, Stana. Sei que
você não esqueceu mas podia ter falado.
- Ah Dara, em meio a tudo isso
acabei esquecendo. Hoje é aniversario do Nathan, mãe. E como sempre acontece,
temos um bolo para o aniversariante.
- Tudo bem, você já se
desculpou então vamos ao que interessa.
De volta ao estúdio, assim que
chegaram os pais de Stana foram bem recebidos mas a estrela do dia era Nathan.
Eles ficaram impressionados com a forma como todos no estúdio o saudavam seja
com tapinhas, abraços e empurrões. Da mesma forma, foram muito receptivos com
eles. O bolo estava no meio do set do distrito. Terri já se encontrava ali e ao
vê-lo sorriu e abriu os braços.
- Aí vem o homem do dia! – ela
o abraçou e beijou-o – parabéns, Nathan.
- Obrigado, Terri.
Em seguida, Marlowe e os
rapazes o cumprimentaram assim como outros câmeras. Terri veio falar com Stana
e conversar com os pais dela. Esperaram algumas outras pessoas chegarem ao
local para então Marlowe puxar o comentário e o parabéns. Terri a exemplo de
Nathan, elogiou bastante a filha deles. Afinal, Stana não era apenas uma
funcionária, uma atriz, era acima de tudo uma amiga e parte da grande família
Castle. Finalmente, Marlowe pediu silencio para falar.
- Ok, pessoal! Sei que estão
todos elétricos, querendo zoar o Nathan mas terão bem mais tempo para fazer
isso, antes somente quero falar sobre a data de hoje. Como já é tradição, em
véspera de final de temporada temos um ou outro aniversário, algumas vezes os
dois. São cinco anos de comemorações de aniversário não, Nathan? Enfim, apenas
quero em nome da equipe dar os parabéns a você, desejar muito sucesso, saúde e
que você continue a ser esse cara fantástico e o nosso palhaço particular. Uma
salva de palmas para o nosso nerd.
O salão todo bateu palmas e riu
no mesmo tempo. Terri não ia deixar passar um pequeno comentário.
- Esperem um minuto – todos
pararam para ouvi-la – porque os homens tem mania de falar de sucesso blablabla
e esquecem da coisa mais importante da nossa vida? Amor. Desejo a você Nathan que
seja feliz com o seu amor – Terri olhava para ele - Que ele seja tudo aquilo
que se sonha: companheiro, amigo, alegre, te apoie nos momentos bons e ruins e
que sempre te lembre que a vida vale a pena. Parabéns! – sorrindo ela virou o
olhar para Stana que mordia os lábios tentando segurar o choro. Todos
aplaudiram Terri e gritavam. Cantaram o tão esperado “Parabéns para você” e
novamente ele se viu na obrigação de dizer umas palavras depois de tantas
felicitações. Rada cochichou para a filha.
- Ele está namorando? Porque
pelo jeito que ela falou deve estar muito apaixonado. Quem é ela? Você sabe
Stana?
- Shhhh mãe, ele vai falar... –
mas a pergunta da mãe fez cada célula do seu corpo travar. Felizmente, fora
salva pelo gongo.
- Nossa! Eu apenas posso
agradecer ao carinho, as risadas, aos momentos de tensão e descontração. São
muitos anos juntos e por mais que analisemos a todos eles sempre existem coisas
novas, memórias novas. Eu pensei que a serie ia acabar no momento que Castle e
Beckett ficassem juntos. E olha só, estou prestes a casar com Beckett – alguém
gritou: Você? – ops, o Castle está prestes a casar com ela e sabem de uma
coisa? Se me contassem isso a uns dois anos talvez eu dissesse legal, sinal que
não teremos mais historias para contar. Estaria errado de novo. Minha ideia
agora é imaginar como Castle vai irritar a Beckett fazendo aquela bagunça no
banheiro, deixando tudo molhado, roupas no chão do quarto. Já pensaram? – ele
parou de falar e fez um hi-five com Chad - Só tem um problema, eu terei que
melhorar meu condicionamento físico porque Kate Beckett vai partir para a
violência. E ela tem um chute pesado. Foi o Trucco que me contou – ele olhou
para ela e percebeu que estava vermelha escondendo o rosto nas mãos em meio as
gargalhadas do salão – Desculpe, Stana mas é a verdade. E Andrew caso precise
de ajuda para escrever as cenas pode me chamar. De qualquer forma, muito
obrigado a todos. Tem sido uma ótima jornada. E claro, vamos comer e festejar.
Não esqueçam! Todos estão convidados para a festa no sábado.
Novas risadas e gritos
surgiram. Nathan recebeu os cumprimentos de todos os presentes ficando o elenco
por ultimo. Penny o abraçou e ganhou a chance de trocar vários beijinhos.
Nathan sempre a tratava muito carinhosamente. Dara que chegara a tão pouco
tempo já era uma das melhores amigas de set principalmente pelo apoio que ela
dava ajudando a manter o segredo dos dois. Stana se aproximou esperando sua vez
de cumprimenta-lo, não tinha pressa. Jon e Seamus entregaram um presente de
sacanagem para ele, fora fruto de uma vaquinha que eles organizaram com os
câmeras. Ao ver tudo aquilo, a mãe de Stana vira-se para a filha.
- Não é a toa que você adora
esse trabalho. Agora entendo porque não se incomoda de sair daqui na madrugada.
Nathan é mesmo um cavalheiro. Muito simpático, cuidadoso e carinhoso. Seja com
quem for – Stana nada disse mas tentou disfarçar um suspiro o que não saiu
exatamente como ela esperava apenas rezava para que não tivesse sido percebido
pela mãe, mas seu pai parecia estar de acordo com Rada.
- Sim, além disso é despojado e
brincalhão pelo que o pessoal falou. Conversei um tempo com ele e posso afirmar
que é inteligente sem ser exagerado – disse o pai. Dara se aproximou deles
querendo salvar um pouco Stana a fim de lhe dar um tempo para falar com Nathan.
Trazia bebidas para os convidados. Stana percebeu que esse seria o melhor
momento de falar com ele, pediu licença e caminhou colocando-se a princípio na
frente dele. Ficou olhando-o com um
sorriso sem dizer nada por alguns segundos até ele estender os braços e ela
aconchegar-se carinhosamente no meio deles. Stana deu um beijo na bochecha dele
e sussurrou “Happy Birthday, babe” para em seguida falar em voz alta o tal
“parabéns Nathan” a fim de ninguém desconfiar afinal nada suspeito poderia vir
deles naquele momento. Nathan pegou uma taça de champagne e entregou a ela.
- Brinde comigo, Stana.
- Com prazer. Ambos ergueram as
taças, deixaram-nas titilar e sorrindo disseram o que nenhum dos dois
combinaram.
- Feliz Aniversário, Nathan. A
você.
- A nós – Nathan respondeu e
como mágica ambos disseram – Always – o gesto fez Stana sorrir ainda mais e
inclinar a cabeça para admira-lo ainda mais.
- Acho que você merece um outro
abraço – ela disse e se deixou envolver nos braços de Nathan de maneira tão
acolhedora que por uns segundos esqueceu onde estava e fechou os olhos. Ao fitar
o rosto dele novamente, pode ver a intensidade dos olhos azuis que a devoravam,
ela ia dizer mais alguma coisa porém sua mãe foi bem mais rápida aparecendo e
fazendo os dois se separarem rapidamente.
- Filha, por que não nos disse
que era aniversário de Nathan? Deixe-me dar um abraço de verdade nele e
cumprimenta-lo pelo seu dia – Stana se afastou dando espaço a sua mãe e se
desculpando.
- Ah, mãe. Já era tão certo
para nós que acabei me envolvendo na gravação e esqueci.
- Seja feliz, Nathan e se continuar
sendo esse homem tão cativante não terá problema em encontrar alguém que o faça
viver a felicidade. O pai de Stana se aproximou e apertou a mão de Nathan antes
de abraça-lo.
- Foi uma grata surpresa conhece-lo
no dia de seu aniversário. Gostei muito de você, rapaz. Aproveite seu dia.
- Obrigado e eu falei sério
sobre vocês estarem convidados para a festa no sábado. Todas essas pessoas
maravilhosas estarão lá. Será um prazer recebe-los se puder.
- Ah, querido não vamos
prometer nossa viagem é bem corrida mas quem sabe...
- Falando em receber, que falta
a nossa! Vou leva-lo para conhecer o estúdio, dona Rada já o conhece. Nos acompanha,
Stana? – nesse instante o celular de
Stana toca, um número conhecido. Seu irmão deveria estar à procura dos pais. Fez
sinal para eles seguirem adiante.
- Hey, bro...
- Oi, sis. Tudo bem?
- Sim, tudo ótimo. Está à
procura da mamãe?
- Não totalmente. Na verdade
sua sobrinha está me aperreando desde cedo para falar com você e como sabia que
está trabalhando em um ritmo muito louco adiei o que pude mas ela não esqueceu.
Anne está irredutível. Pode falar com ela?
- Claro que sim, coloque-a na
linha – cinco segundos depois a vozinha suave da sobrinha ecoou pelo autofalante
– oi, tia Stana. Saudades de você. A tia está trabalhando?
- Sim, docinho. Estou no set. A
tia vem trabalhando demais para terminar essa temporada e também estou com
muita saudade da minha pequena. Era por isso que você queria falar comigo? Por
saudades?
- É, isso também mas lembra do
nosso segredo? Queria falar com você e aquele presente de aniversário sabe? –
Stana entendendo que o assunto era Nathan resolveu se afastar das pessoas e se
dirigir a uma outra sala, quando se sentiu mais segura retornou a falar.
- Anne, seu pai está por perto?
- Sim, está.
- Ok, então me escute. Eu estou
no set e não posso falar de Nathan aqui. O que você queria saber a respeito
dele.
- De hoje. Lembra do presente?
Ainda não é meu aniversário mas falta pouco e sei que falei de beijos e abraços
mas será que posso ganhar algo mais?
- Ah, você está falando de dar
um presente pro Nathan? Quer falar com ele? É isso?
- É, queria ouvir sua voz. Por
favor, tia...
- Ok, você pode ir para o seu
quarto com o telefone e ter certeza que seu pai não vai segui-la?
- Posso, se eu deitar na cama a
tia canta pra Anne? – Deus! Essa menina é muito esperta, pensou Stana.
- Claro, meu amor. Espera só um
pouquinho que vou buscar ajuda tá?
Stana retornou ao salão onde
todos estavam e procurou por ele. No emaranhado de pessoas ainda era fácil
avista-lo pois a altura de Nathan era privilegiada. Estava conversando com
Marlowe enquanto seus pais pareciam estar adorando Terri. Ela se aproximou e
achou a desculpa perfeita para usar. Escondendo o próprio celular no bolso, ela
ficou ao lado dele. Nathan segurava a taça de champagne e um salgadinho, o que
o deixara com as duas mãos ocupadas. Melhor impossível. Ela trocou um olhar com
ele e falou.
- Seu bolso está vibrando
Nathan, deve ser seu celular. Não vai atender?
- Estou com as mãos ocupadas.
Provavelmente é algum amigo ligando para dar os parabéns. Posso ver depois –
ela o dirigiu um daqueles olhares de Beckett e ele entendeu que havia algo mais
– a menos que queira pegar o aparelho no meu bolso, por favor? – ela tirou o
celular dele e disse como parte da mentira.
- Olha é a Michele. Deve ser
sobre sua festa.
- Melhor eu atender, pode
segurar minha taça? – estendeu o copo a ela e fingiu atender o telefone. Stana
sorriu para Marlowe na maior inocência quando no fundo tudo não passava de
encenação. Ela pediu licença dizendo que ia procurar os pais. Assim que sumiu
das vistas do chefe, ela largou a taça em qualquer lugar e apressou o passo
para se juntar a ele. Encontrou-o na sala ao lado onde a alguns minutos falava
com Anne. Ao vê-la, ele foi logo perguntando.
- O que foi toda essa
encenação? Podia pelo menos me avisar e combinar antes comigo. Estava vendo a
hora de Marlowe desconfiar de algo... – ele a encurralou na parede já pensando
que Stana queria fazer algo perigoso mas ela o empurrou.
- Não, Nate. Tem alguém
querendo falar com você – estendeu o seu celular para ele – ouça – ela colocou
a ligação no viva-voz.
- Hey, tio Nathan. É a Anne.
Como está sua festa de aniversario? Muito doce? Tem bolo?
- Olá, princesa. O que a sua
tia andou falando para você hein? Estou no trabalho mas fizeram um bolo para
mim. E cantaram parabéns para mim. Por isso você ligou?
- Sim, para dizer “feliz
aniversário” e também para dar um beijo no telefone pra você e dizer que Anne
gosta muito do tio e quer ver o tio para dar um abraço e um beijo como
prometeu. Quando a Anne pode?
- Oh, lindinha o tio e a tia
estão trabalhando muito e vai ficar difícil fazer algo para te receber lá em
casa mas prometo que vou arranjar um tempo e aviso sua tia está bem?
- Poxa... quero tanto ver o tio
– a vozinha da menina parecia mais triste agora.
- Eu sei, querida. Também
gostaria muito de ganhar meu beijo especial e meu abraço. Só não pode ser hoje
e nem essa semana mas alguma vez falhei nas promessas que fiz a você?
- Não, o tio não mente pra Anne
– ele viu o sorriso de Stana se alargar e seu olhar encontrou o dela, do outro
lado da linha a menina suspirou e tornou a falar – tá bem. Anne vai esperar o
tio. Mas pode pedir muito beijo da tia Stana hoje. Ela tem que fazer tudo que o
tio quiser hoje. Você manda.
- Ah, bem lembrado e sua tia
está escutando o que é melhor ainda pois assim não irá dizer que eu inventei
tudo. Mais alguma recomendação minha querida Anne?
- É tenho mais uma. A tia podia
te dar aquele bebê de presente hoje não? Anne fica feliz, o tio fica feliz e a
tia também.
- Oh meu Deus, Anne – foi tudo
que Stana conseguiu dizer.
- Garota, eu te amo sabia? –
disse Nathan.
- Anne ama o tio também e a
tia, viu tia?! – a menina elevou a voz – Anne ama muitão a tia Stana.
O jeito da menina fez Stana rir
de uma forma tão gostosa que Nathan a abraçou e deu um beijo em seu rosto.
- Ok, Anne. Eu sei. Precisamos
desligar agora docinho, diga para o seu pai que a vovó e o vovô estão indo para
a casa de vocês daqui a pouco está bem? Um beijo enorme, te amo. Tchau.
- Tá, tchau tio. Um beijo tia
Stana.
Ela desligou finalmente o
celular e encostou-se na parede. Sorria como uma boba olhando para Nathan. Ele
olhava para o celular dela pensativo. Ao encontrar o olhar dela, ele sorriu e
confessou.
- Um dia espero que a nossa
filha seja igual a Anne.
- Nossa filha?
- Futuro, Staninha... quem sabe
no futuro. Eu realmente me apaixonei por essa garota. Melhor voltarmos pois
preciso me despedir e sair. Te espero as oito lá em casa. E lembre-se do que
Anne disse. Você fará tudo por mim.
- Vai sonhando Nathan, vai
sonhando – mas piscou para ele com um olhar sapeca.
Nathan voltou para o salão e
aproveitou o lance do telefonema como a saída perfeita. Aos poucos foi se
despedindo de todos e agradecendo pelo carinho. Ele já estava na porta quando
Stana retornou ao local. Com a cara mais lavada, ela perguntou.
- Já está de saída, Nathan?
Está cedo.
- Hoje o chefe me liberou cedo,
eu mereço não? Bom trabalho com os rapazes. Te vejo amanhã?
- Amanhã. Aproveite seu dia,
Nathan. Carpe diem.
- Tchau, Stana. Sorrindo, ela
deu as costas para ele e caminhou até os pais. Eles pareciam cansados mas
conversavam dessa vez com Penny.
- Ai está ela. Sua joia. Vocês
tem uma filha maravilhosa. Linda, simpática, carinhosa e uma atriz de mão
cheia.
- Ah Penny... já disse para
você não dizer essas coisas de mim. Não sou melhor do que ninguém. Penny a
abraçou e completou.
- Estão vendo? O que eu disse?
Uma mulher extraordinária. Tenham muito orgulho como pais.
- Nós temos – disse a mãe –
onde você estava Stana? Acho que já vamos indo. Você vem conosco?
- Não mãe. Ainda tenho trabalho
para fazer. Eu estava falando com o Markus. Ele está esperando vocês lá. Anne
não vê a hora de vocês chegarem.
- Ah que bom. Quero muito ver
minha neta – disse o pai de Stana.
- Querem que eu chame um taxi
para vocês? Resolvo isso rapidinho – ela chamou uma moça que prontamente a
atendeu – Cris você pode arranjar um taxi para os meus pais? Eles vão para a
casa do meu irmão. Tem o endereço aí mãe?
- Tenho filha, não se preocupe
e vá fazer o seu trabalho. Sinto que já atrapalhamos demais a todos vocês essa
tarde.
- Que isso! – disse Penny –
aposto que foi um prazer para Stana e Nathan terem a companhia de vocês
enquanto filmavam no parque. E ainda puderam participar da pequena homenagem a
Nathan. Pena que não pude passar muito tempo com vocês, adoraria conhecer um
pouco mais desses dois seres humanos maravilhosos que criaram essa menina –
abraçou Stana novamente e ela revirou os olhos para depois beijar o rosto de
Penny.
- Quer saber? Pode conversar a
vontade, Penny. Vou ali verificar o cronograma de gravação com Dara. Cris, você
me avisa quando o taxi chegar? Já volto. Stana saiu a procura de Dara.
Precisava ter certeza que a barra estava limpa para hoje à noite e também
queria saber o horário de gravações de amanhã pois não pretendia dar bobeira
para as demais pessoas no estúdio se ela e Nathan se atrasassem.
- Dara, estava te procurando. Tudo
certo? Posso sair daqui a pouco?
- Sim, conforme combinamos. A
noite é de vocês. Ele já foi?
- Já. E como fica amanhã? Que
horas devemos estar no estúdio?
- Relaxa. Apenas curta a noite
e estejam aqui às dez combinado?
- Combinado. Obrigada Dara.
- É, sei. Sempre faço isso
achando que você vai me contar algum detalhe sórdido, algo picante mas o
resultado é frustrante – Stana olhava para ela tentando segurar o riso – o que
está esperando? Corre mulher! Não deixa aquele pedaço de mau caminho sozinho.
Sem conseguir conter a risada,
Stana se afastou procurando os pais. Chegou bem na hora que Cris anunciara a
chegada do taxi. Ela se despediu deles e disse que amanhã à noite fariam algo
juntos. Hoje eles eram de Anne. Assim que deixaram o estúdio, ela resolveu
ligar de volta para o irmão avisando que tinha saído. Além disso, precisava
falar com Anne. Não lhe ocorrera que a menina podia deixar escapar algo para os
avós ainda mais se sua mãe comentasse da visita ao set. Acionou o número que
estava gravado nos favoritos e ao segundo toque, ele atendeu o telefone.
- Hey, sis. Cadê mamãe e papai?
- Já estão a caminho. Loucos
para ver Anne. Ela está por perto? Deixa eu falar com ela novamente.
- Stana você não enjoa dessa
menina? Até te fazer cantar ela já conseguiu hoje.
- Markus não é sacrifício
nenhum. Adoro sua filha então seja bonzinho e ponha Anne no telefone.
- Tá bom, tá bom. Anne! – ela
pode ouvi-lo chamar a filha - Venha aqui. Sua tia quer falar com você.
- Oi, tia. Mais saudades?
- É, minha linda mas também
estou ligando para dizer que vovó e vovô já estão a caminho – a menina deu um
gritinho de alegria - E Anne, posso pedir uma coisa para você? É muito
importante. Lembra do segredo, do nosso acordo?
- Claro, tia Stana. Anne sabe
muito bem. É segredo.
- Isso e por favor nem uma
palavra para seus avós, sobre Nathan, sobre os fins de semana. Nada mesmo, ok?
- Ok, Anne sabe ficar calada
tia. Pode deixar.
- Tá bom, um beijo.
- Outro beijo, tia Stana.
Ansiosa pela noite, Stana foi
para casa.
Casa de Nathan Fillion – 8pm
O taxi parara na esquina. Stana
vestia um tubinho rosa claro e usava uma maquiagem suave. Levava consigo uma
pequena valise. Dentro dela havia outras peças de roupa para mais tarde e
consequentemente para o trabalho de amanhã. Olhando-se mais uma vez no espelho
que carregava em sua bolsa. Saltou do carro e caminhou vagarosamente até a
porta da casa dele. Tocou a campainha. Segundos depois, Trucco abriu a porta.
- Hey, Stana... que bom te ver.
Ele se afastou para que ela pudesse entrar e logo fechou a porta atrás dele.
Nathan estava sentado na bancada da cozinha observando Sandra arrumar a salada
com um copo de whisky na mão. Ela cumprimentou Mike com um beijo no rosto.
Depois foi a vez de Sandra. Desejou um feliz aniversário para ela e recebeu
abraços e beijos. Por último, ela se aproximou dele e se meteu entre as pernas
dele. Sorrindo ela falou.
- Finalmente, Mr. Fillion posso
te dar parabéns de verdade. E não esperou ele se pronunciar. Stana colou os
lábios nos deles, ávidos por um beijo apaixonado. Sentiu as mãos dele a puxarem
contra seu corpo e suspirou entre os gemidos do beijo. As mãos estavam envolta
do pescoço dele e vagavam pelos cabelos.
- Hey, hey... devagar! – disse
Trucco – deixem o showzinho para mais tarde ou eu e Sandra ficaremos
constrangidos. Podemos jantar antes? Eles finalmente se separaram. Stana estava
vermelha parte pelo efeito do beijo, parte por vergonha.
- Desculpe. Eu, nós....
d-desculpa mesmo...
- Relaxa, Stana. Eu imagino o
quanto foi difícil não poder cumprimenta-lo como você gostaria durante o dia.
Que tal uma taça de vinho para te ajudar a relaxar? – Mike nem esperou resposta
e já foi servindo a bebida para ela estendendo uma taça cheia – aproveite. Vou
buscar uns aperitivos.
Eles sentaram-se ao redor da
mesinha de centro na sala de Nathan com alguns amendoins, amêndoas, mini pretzels
e batatas chips. Sandra se juntou a eles informando que colocara o jantar para
esquentar no forno e em vinte minutos estariam comendo. Conversavam sobre as
novidades na vida de cada um deles. Trucco estava curioso se haveria um
casamento finalmente no final da temporada e se ele seria convidado. Stana
explicou que ainda não receberam o script para o último episódio então estavam
no escuro tanto quanto ele. Mas seu palpite é que se houver casamento, não pode
ser interrompido ou os fãs irão querem matar Marlowe, por outro lado ela não
tinha ideia do que poderia ser o cliffhanger dessa temporada. Tinha algumas suposições
mas não era ela quem escrevia a série.
- De onde tirou essa ideia de
que você ou melhor Demming estaria no casamento de Castle e Beckett?
- Você não conhece o seu noivo?
Castle adoraria esfregar na cara do Demming que ficou com a garota. Eles caíram
na gargalhada.
- Tem razão. Isso é bem do
Castle mesmo – disse Stana – e não somente você mas Brian, Royce, John
especialmente John. Novas risadas.
- Querem parar de falar mal do
meu pesonagem? – reclamou Nathan.
- Ninguém está falando mal.
Estamos comentando as vontades de Castle assim como o casamento no espaço.
- Casamento no espaço? –
perguntou intrigada Sandra – essa é nova. E bem Castle. Vou olhar nosso jantar.
Cinco minutos depois, eles
estavam jantando. Sandra preparara um bacalhau cozido refogado com bastante
salsa, azeitonas pretas, cebolas e batatas. Muito azeite deixara o prato
simplesmente delicioso. A conversa sobre os mais variados assuntos persistiu
durante todo o jantar. Assim como as risadas. Fizeram um brinde aos
aniversariantes e trocaram beijos. O ambiente não poderia ser melhor para os
quatro amigos festejarem e confraternizarem. Escolheram por comer a sobremesa à
beira da piscina, uma sugestão de Stana já que a noite estava muito bonita. De
céu limpo e estrelado.
Em outro lugar de Los Angeles,
outra família se reunia ao redor da mesa para saborear um jantar mais simples
porém após matar a saudade dos avós e se denominar dona do colo do avô, Anne
saboreava uma taça de sorvete enquanto os adultos conversavam. Rada tinha feito
uma verdadeira entrevista com a cunhada e o filho para saber como todos estavam
vivendo, o que havia de novo e se realmente estavam todos bem. Como toda mãe,
ela não era diferente. Para Rada os filhos ainda eram crianças não importava o
argumento que usassem. Satisfeita com as notícias que ouvira do filho, ela
acabou mudando de assunto para falar da filha.
- Achei Stana bem alegre quando
a encontrei, parece que melhora a cada semana. É claro que ainda a considero
muto magra mas ela gosta de ser assim. Parece que a cada semana que passei aqui
ela parece mais bonita. Claro que esse trabalho dela a consome madrugadas lhe
dão olheiras e sinais de cansaço, mesmo assim está bem. Vocês não saberiam se
há algo a mais por trás disso, não?
- Dona Rada, a senhora sabe
como sua filha é reservada. Se existe algo ou alguém por trás dessa aparente
boa fase na vida de Stana tenha certeza que ela não contou nem a mim, nem ao
irmão. Aquela ali sabe guardar um segredo – disse a cunhada – a única coisa que
posso dizer é que sempre quando tem uma folga ela rapta Anne para ficar com
ela. É um amor com essa sobrinha que só a senhora vendo. Às vezes tenho dúvida
se Anne não prefere ela a mim para algumas coisas. Tem noites que ela pede para
ligar para a tia apenas para ouvir a voz de Stana ou pedir para cantar alguma
canção. Não é verdade, Markus?
- É sim, hoje mesmo ela fez
isso. Insistiu durante umas duas horas até eu ceder e ligar para a Stana.
- Foi mesmo? Você gosta tanto
assim de ouvir sua tia cantar, Anne? – a vó perguntou.
- Ela tem a voz muito “boita”.
Anne gosta. Tia Stana é linda e ama Anne porque sente saudades e Anne também.
Mas mama é linda e sabe fazer comidinha que Anne adora. Amo a tia.
- Que linda. Por falar nela,
hoje tivemos nas filmagens de Castle – disse o pai – fiquei realmente
impressionado. Quando vemos na TV não imaginamos como dá trabalho filmar algo
que dura apenas segundos ou minutos. Tudo importa, posição, luzes, postura.
Stana me apresentou Nathan e devo dizer que o achei muito simpático, gentil e
inteligente.
Ao ouvir o nome de Nathan, Anne
ergueu a cabeça do seu mundinho do sorvete para prestar atenção. Prometera para
a tia que não falaria nada mas a curiosidade de criança não podia deixar aquilo
passar desapercebida.
- E isso não foi tudo. Ele
elogiou bastante o profissionalismo, o comprometimento e a personalidade dela.
Nem sabíamos que era aniversario dele! Tinha uma outra imagem dele. Pensei que
era arrogante, metido e meio vazio sabe? Ele me surpreendeu.
- A mim também – concordou Rada
– ele é um amor. Fez questão de nos guiar pelo set explicando tudo a Peter que
o visitava pela primeira vez. E o clima naquele lugar é muito harmonioso, eles
parecem uma família mesmo, eles se dão muito bem. Há sempre risos, conversas,
nem parece um trabalho. Não é à toa que Stana adora tudo aquilo – Anne que
ficara calada até ali, resolveu falar.
- Vó, conheceu o moço “boito”? Anne
gosta dele muitão. A vó olhou para a menina intrigada.
- Ela adora o Castle e só chama
ele assim. A senhora não lembra? – disse a mãe de Anne - mas acredito que ela
não está falando do personagem, está falando de Nathan. Ela visitou Stana
comigo no set e conheceu ele também. Voltou encantada.
- Ele parece encantar todos que
o conhecem mesmo e hoje eu não sei se foi impressão mas acredito ter percebido
um encanto especial com alguém se me entendem – mesmo a vó tentando disfarçar,
Anne fez o seu comentário para os demais considerado inocente mas era seu jeito
de dizer que a vó tinha uma certa razão.
- O moço boito ama muito a
policial da tia. Como o príncipe Erick ama a Ariel – ela olhou para a avó e
sorriu. O segredo era apenas dela, de Stana e Nathan. Ninguém mais.
À beira da piscina, Nathan
acabara de servir um expresso acompanhado de biscoitos e licor. Stana sentava
no colo dele e saboreava a bebida quente. Era quase onze e meia quando Mike
decidiu ir para casa. Não apenas para encerrar a noite mas principalmente para
dar uma certa liberdade para o casal de namorados. Nathan havia comentado com
ele que provavelmente Stana não iria à festa no sábado por causa dos pais e
mesmo que fosse, eles não poderiam aproveitar da maneira que gostariam devido
ao relacionamento secreto que mantinham.
- Acho que devemos ir andando
não Sandra? Deixar os pombinhos retomarem aquela demonstração de carícias que
vimos mais cedo. Aliás, nós também temos algumas brincadeiras nossas para executar.
- Mike tem razão, ainda temos
muito a celebrar essa noite – ela se levantou e os demais fizeram o mesmo -
Nathan, obrigada pela ótima noite mais uma vez. Nosso aniversário melhora a
cada ano – ela o abraçou e se dirigiu a Stana – e espero que passe a ser uma
tradição para você também Stana de agora em diante – as duas trocaram um beijo
e um abraço e Trucco também se despediu dos amigos. Nathan os acompanhou até a
porta. Quando retornou, Stana arrumava as louças deixadas por eles na área de
piscina. Ao ver o que ela fazia, Nathan a impediu.
- Hey, deixe isso tudo aí. Vem
para o quarto. Temos coisas mais interessantes para fazer.
- Temos? – ela implicou com ele
– achei que íamos apenas dormir.
- Lembre-se do que a Anne
disse. Você tem que fazer tudo o que eu quiser hoje. E dormir certamente não é
um dos meus planos. Vamos, gorgeous.
Eles seguiram para o quarto e
Stana pediu um tempo para ir ao banheiro. Nathan aproveitou para preparar-se.
Já se livrou dos sapatos, da calça e desabotoou o primeiro botão da camisa.
Sentou-se na beira da cama para esperar por ela. Quando apareceu na frente
dele, vestia uma camisola transparente branca com uma calcinha minúscula também
branca. Os cabelos soltos e sem maquiagem. Stana se aproximou dele colocando as
mãos sobre os ombros dele, o olhar fixo nos lábios dele apenas antecipavam o
próximo movimento que ela gostaria de fazer. Nathan abriu as pernas para que
ela se encaixasse e ficasse ainda mais próxima dele, deslizando as mãos para o
pescoço dele tomou-lhe os lábios de uma forma tão avassaladora que a principio
pegou Nathan de surpresa mas logo se recuperou e retribuiu toda a paixão e o
desejo que ela impusera naquele beijo.
Ele a pressionou contra seu
corpo colocando as mãos por baixo da camisola tocando a pele macia que tanto
desejava. Quebrou o beijo para devorar o pescoço, o rosto, o lóbulo da orelha
dela. Não tinha como segurar os gemidos. Mas ele não parou por ali, enquanto ela
se dedicava a sentir as carícias dele e desmanchar os botões da camisa que ele
ainda usava, Nathan livrou-se da calcinha que ela usava empurrando-a de uma vez
para o chão. Ele afastou as pernas dela e pode sentir com os dedos o quanto ela
já estava úmida de desejo. Totalmente sem aviso, ele enfiou dois dedos dentro
dela fazendo-a morder o ombro dele. Por um instante, ela esqueceu de respirar.
Os pelos de seu corpo eriçaram e ela jogou a cabeça para trás mantendo os
braços ao redor do pescoço dele. Os movimentos de Nathan eram precisos e
ritmados causando sensações incríveis no corpo dela. Nos próximos segundos, ela
não pode conter a explosão que tomou conta dela e cedeu ao orgasmo confiando
que ele a seguraria se caísse. Era seu momento de entrega e sabia que ele
estaria ali para cuidar dela.
Nathan ainda se impressionava
com a forma que Stana se envolvia no momento e como ela sentia tudo tão
intensamente o que além de deixa-la mais deslumbrante que era, o fazia querer
dar a ela ainda mais momentos de prazer. Foi exatamente esse seu próximo passo.
Ele a ergueu pela cintura e a colocou sentada na beira da cama onde ele estava
antes. Manteve as pernas dela abertas e de joelhos no chão inclinou-se para
prova-la. Stana apoiou-se com as mãos para trás do corpo na cama agarrando os
lençóis pois sabia que ele apenas estava intensificando o orgasmo que ainda
fazia seu corpo todo tremer. Ele a provou com vontade, brincando e excitando o
clitóris dela fazendo os gemidos se transformarem em gritos de prazer. Sugou
uma ultima vez o centro dela beijando-o em seguida para voltar a introduzir os
dedos nela.
Sua boca agora tinha um novo
alvo. Nathan puxou o laço que mantinha a camisola dela fechada com os dentes. Com
a mão livre, afastou o tecido e buscou os seios com os lábios não sem antes
saborear a pele macia do abdômen dela e brincar com a língua no seu umbigo.
Chegando ao ponto tão desejado, ela o fitou e sorriu. Ele roubou-lhe um beijo
rápido antes de desbravar os seios dela com a língua e abocanha-lo. O outro
seio tinha seu mamilo apertado e puxado o que só deixava Stana ainda mais
excitada. Não conseguindo mais sustentar seu corpo em meio ao mar de prazer que
a dominava, ela deitou-se por completo no colchão levando as mãos até a cabeça
dele guiando Nathan e demonstrando que não devia parar o que estava fazendo.
Porém, ela estava sem qualquer
controle e novamente o orgasmo a tomou por completo e ao primeiro sinal do
grito de prazer teve o mesmo silenciado pelos lábios dele que a beijaram tão
avidamente que ela sentiu a respiração faltar antes de mordiscar-lhe os lábios.
Em seguida, ele se afastou ficando de pé a frente dela. Livrou-se do boxer bem
como da camisa que jazia agora em algum lugar do chão do quarto. Completamente
nu, ela via o quanto ele estava excitado e duro para ela. Nathan segurou as
mãos dela e a fez sentar-se novamente na beirada da cama. Ela aguardava o próximo
movimento dele para agir. Era a vez dela retribuir todo o prazer que recebera
mas também estava louca para tê-lo dentro de si.
Quando Nathan sentou-se ao seu
lado, ela viu a oportunidade perfeita. Jogou a camisola para o lado e levantou
da cama. Ficando na frente dele, ela o beijou vagarosamente instigando, tomando
seus lábios sensualmente. Colocando-se primeiramente de joelhos no colchão não
deixando ele abrir as pernas, ela se segurou nos ombros dele e esticou as
pernas sobre a cama para em seguida encaixar-se perfeitamente no membro dele
que deslizava devagar dentro dela provocando gemidos e uma sensação de
plenitude deliciosa. Voltou a beija-lo agora mais apaixonadamente. Sua língua
dançava em busca da dele quando ela começou a movimentar-se sobre o membro
dele. Sentiu as mãos de Nathan agarrando sua cintura e explorando as costas
dela. Quebrando o beijo, ela brincava com o lóbulo da orelha dele e mordiscava
o pescoço. Stana não apenas movia-se ritmadamente como o provocava fazendo
movimentos de pressão contra o membro dele que o levavam a loucura.
A cada estocada que ele dava nela,
recebia um aperto das paredes do útero dela que o estavam deixando zonzo. Agora
ela rebolava de um jeito que o excitava tão intensamente que ele chegou a
pensar que perderia a consciência. Não poderia aguentar muito mais. Ela também
já sentia que se ele não gozasse em poucos minutos não responderia por si. Ela
deixou suas mãos vagarem pelo estomago e o peito dele onde ela não resistiu à
vontade de apertar seus mamilos fazendo-o gemer. Acabou voltando aos lábios e
segurando o rosto dele com ambas as mãos ela sugou seu lábio inferior com
desejo e aumentou o ritmo de seus quadris. Sentiu a intensidade das estocadas
dele aumentarem e quando pensou que iria sucumbir sozinha, ele gozou junto com
ela. Stana agarrou-se ao pescoço dele gemendo próximo ao ouvido dele. Podia
sentir o poder e a força do gozo que provocara nele.
Mesmo ofegando, ela ainda achou
forças e voz mesmo que rouca para sussurrar no ouvido dele.
-
Happy Birthday, babe... Love you Nate.
Ele deitou de volta no colchão
trazendo-a consigo. Stana sentia o coração ainda descompassado no peito, ela se
virou para o lado buscando por ar. Nathan passou a mão pelos cabelos dela e
sorriu. Ela voltou-se para fita-lo. Beijou-o mais uma vez nos lábios deixando a
mão deslizar pelo peito dele. Ficaram em silêncio apenas olhando um ao outro
por um bom instante até que ela se virou e sentou-se na cama fazendo menção de levantar.
Ele a segurou pelo braço querendo impedi-la de sair dali.
- Para onde vai?
- Ao banheiro. Já volto – ele a
soltou e ela pode ir. Ficou se olhando no espelho, sorriu. Após fazer o que
queria, ela foi até o lugar onde colocara sua valise e tirou de dentro uma
sacolinha branca. Voltou a sentar-se na cama ao lado dele. Vendo-a de volta,
ele se ajeitou para ficar lado a lado com ela.
- Nate eu não comprei nenhum presente
para você. Acho que resolvi seguir a estratégia da Anne.
- Que isso, gorgeous não precisa
me dar nada. Basta você e minha noite foi maravilhosa.
- Deixe-me terminar ok? – ela apertou
a mão dele com a sua – como ia dizendo, não me preparei para comprar nenhum
presente para você, quer dizer, contribui com sua causa mas ontem eu estava em
casa me preparando para dormir e me deparei com algo na minha estante que me
chamou a atenção. Eu não havia percebido isso antes – ela tirou um objeto da
sacola e mostrou para ele – comprei isso faz dois anos em uma das minhas
visitas a Russia. Parece um globo de neve comum, como qualquer outro apenas um
castelo russo coberto pela neve, a não ser por um detalhe: essa palavra aqui – ela
mostrou com o dedo – судьба.
- Sexy... – ele falou ao ouvir
o sotaque na voz dela – o que significa?
- Cудьба quer dizer destino em
russo. De repente, teve todo o sentido para mim. Castelo, destino... por isso
decidi da-lo a você como um presente simbólico. Se não estivéssemos trabalhando
em Castle, talvez nunca houvéssemos nos encontrado.
- Talvez, quem sabe? O destino
age de formas misteriosas – ele segurava o objeto admirando-o – eu adorei. Ele inclinou-se
para beija-la – meu aniversario com você não poderia ter sido melhor. Obrigado.
- Por nada. Eu queria que pudéssemos
aproveitar um pouco mais esses momentos juntos mas precisamos trabalhar em
menos de sete horas...
- Eu sei, vem aqui – Nathan a
puxou aconchegando-a em seus braços, beijou seus cabelos e Stana virou-se
buscando os lábios dele – hum... adoro esses beijos. E por uns instantes eles
permaneceram explorando a boca um do outro antes de se renderem ao sono.
Na manhã seguinte, ele trouxe café
e torradas na cama para ela. Namoraram mais um pouco e tomaram banho juntos
separando-se somente na hora de ir para o estúdio. Stana chegou primeiro com um
sorriso radiante no rosto. Estava extremamente feliz e todo o seu corpo, sua
linguagem corporal demonstrava isso. Havia um brilho a mais nos olhos dela.
- Noite boa? – Dara brincou com
ela – te fez muito bem – sorrindo ela se aproximou de Stana e sussurrou – posso
sentir o cheiro de sexo em tudo. Sortuda! Esse comentário arrancou uma
gargalhada de Stana que a repreendeu.
- Vamos focar no trabalho,
Dara?
- Até gostaria mas seu co-star não
chegou ainda. Alguém deu uma surra no aniversariante.
Stana revirou os olhos e piscou
múltiplas vezes – culpada. Mas assim que terminou de falar, ouviu a voz de
Nathan dizer bom dia atrás de si. Virou-se e sorriu para ele. Querendo implicar
com Dara, ela perguntou.
- Como foi sua noite,
aniversariante?
- Incrivel.
- Parece que você se divertiu
mesmo não? Te pegaram de jeito? – ela olhava debochada para Dara.
- You have no Idea... – deu um
sorrisinho sarcástico para a produtora.
- Eu odeio vocês dois! Vão se
maquiar agora, temos muito trabalho a fazer – mas a cara de mal que Dara tentou
fazer somente arrancou gargalhadas dos dois que a viram sumir pelo corredor.
Continua......
2 comentários:
Comemoração linda. amei a presença dos pais da Stana. Só não deixa a realidade interferir no rumo da fic, por favor! por favor!
Ai,ai,ai...por onde começar???
Super perfeitos!!!!!
Então,o inicio me deu um frio que peloamor pensei"AI MEU RIM,BRIGA AGORA Ñ STANATHAN!!!!" e no fim tudo deu certo,ufa!
Adorei os Pais no set bem no niver do Nate que daoraaaaa,imagino eles assim super orgulhosos da Xtana se eu que sou uma simples mortal tenho magine eles.Anneeee ah essa guria me ganha a cada vez que aparece vontade de morder e rouba-la para mim.
E o encontro de casal,muuuuuuuuuuito lindo e a Xtana e suas surpresas Nate te invejo até a medula oh gloria!!!
Mal posso esperar pelo proximo cap.
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