Nota da Autora: Nesse capítulo vocês verão algumas passagens de tempo, nada grande, servirão para dar o tom dos próximos. por mais que adore os momentos mãe e filho, essa fic ainda é baseada em investigações policiais. Também não peguei tão pesado assim, Os toques de angst foram poucos e tem momentos fofos. Enjoy!
Cap.24
O sábado começou bem agitado.
Kate acordou por volta das seis da manhã para dar de mamar a Alex. Mesmo agora
com quase seis meses, ela ainda fazia questão de dar o peito nessa primeira
refeição. Conforme a indicação da pediatra, isso era uma forma de manter o bom
contato entre mãe e filho devido à ausência maior que o trabalho acabava por
exigir dela. Em seguida, foi arrastada à mesa de refeição por um Castle muito
ansioso e prendado. Kate se surpreendeu com a quantidade de comida que ele
havia preparado.
- Você vai alimentar um
batalhão, Castle? – disse rindo.
- Não, somente minha esposa
linda. Isso é uma demonstração de agradecimento por ontem à noite. Você foi
maravilhosa, muito mesmo. Queria uma massagem e acabou fazendo quase todo o
trabalho para mim.
- Foi divertido, eu gostei
muito. Até me lembrei da nossa primeira vez. Só que dessa vez a queda da cama
foi prazerosa – se aproximou dele acariciando o peito dele e beijando o maxilar
até deixar seus lábios encontrarem os deles. O beijo que não era o primeiro da
manhã foi suave enquanto sentia os braços envolverem sua cintura – assim a
manhã ficou bem melhor, mas agora estou com fome.
Sentaram-se à mesa e Kate se
deliciou com a panqueca coberta por calda de berries. Muito deliciosa. O café
de Castle era um espetáculo à parte, ele preparara com esmero fazendo um
coração somente para impressiona-la. Havia frutas, queijos e pães para
complementar a alimentação além do famoso ovos e bacon. Se tinha algo que Kate
adorava fazer era roubar bacon do prato de Castle. Martha logo se juntou a eles
trazendo o neto no colo.
- Olha quem estava conversando
sozinho com os brinquedos. Diga olá para a mamy e para o daddy, Alex.
- Hey, campeão... vem cá dar um
beijo no seu pai – ao ouvir a voz de Castle, Alex se jogou na direção dele. O
menino adorava o pai. Talvez por todas as maluquices que Castle já demonstrara
na frente dele. Seja com brinquedos, luzes e sons, para o menino era sempre um
fascínio observar o que o pai iria aprontar de novo. Kate reparara nas pequenas
mudanças ocorrida com o filho nesses quase seis meses. Os olhos azuis se
intensificaram, eram bem próximos do azul de Castle porém, quando estava
irritado, o azul tornava-se muito escuro quase chegando a um cinza. Estava
gordinho, cheio de pregas. Os cabelos estavam mais claros no tom dos dela.
Apesar dos olhos azuis, o estilo de olhar e a boca eram iguais a sua.
- Como você está pronto para
brincadeiras com seu pai, vou terminar meu trabalho. Preciso fazer um relatório
e estudar o caso que tratarei no tribunal na terça.
- Ah, Kate, hoje é sábado! Por
que vai trabalhar? Achei que íamos cuidar da decoração de natal. Faltam apenas
quinze dias.
- Porque graças a você, não
terminei o que tinha para fazer. Prometi a Capitã que estaria preparada para
trabalhar com a promotora. Não posso decepciona-la. Vocês estão bem, cuide de
Alex e prometo que até a hora do almoço terminei tudo. Temos um encontro com
Nadine hoje, você não esqueceu, certo?
- Não e confesso que estou
intrigado e apreensivo com tanto mistério da parte dela. E quanto à decoração?
Quero montar a arvore é o primeiro natal do Alex.
- Não vou mentir, eu também
estou preocupada. Algo me diz que o assunto é delicado e perigoso.
- Está pensando no senador
Bracken? – perguntou Castle já sabendo a resposta.
- Sim, só não sei o quanto
preciso ficar receosa com essa conversa – levantou-se da mesa e foi até os
dois, beijou-lhe os lábios e pegou o pezinho do filho levando-o a boca mordendo
levemente antes de beija-lo.
- Você e essa sua mania de
morder, hein Kate! Incrível!
- Mas você gosta, ah e como! –
ela saiu rumo ao escritório rindo.
Três horas depois, Kate
terminara o relatório e estava bem familiarizada com o caso que iriam defender
no tribunal. Ao deixar o escritório, encontrou Alexis sentada ao chão segurando
um boneco do Buzz lightyear de um lado e Castle do outro com um foguete na mão,
eles haviam estendido o tapete de brincadeiras e Alex estava no meio deles
sorrindo com as caretas e o barulho que os dois faziam.
- Nem ouvi você chegar, Alexis.
- Tem meia hora apenas, vim
direto brincar com essa coisa fofa. Ele está mais gordinho, Kate. Uma fofura
só.
- Dá vontade de morder não? –
Kate riu.
- Lá vem você de novo com essa
história. Se você ficar repetindo isso, não vou deixar Alex com você.
- Pai, deixa de besteira. Isso
é uma forma de carinho e Kate não vai machuca-lo. Vocês vão almoçar em casa?
- Não, temos um almoço com uma
amiga. Oh, Alexis! Você veio ficar conosco? Puxa! Se eu soubesse... – vendo que
Kate sentia-se culpada, a enteada logo respondeu.
- Que isso! Vim apenas matar a
saudade de Alex, vou a uma amostra no museu de história natural e depois ao
cinema com um carinha que conheci na universidade. Potencial namorado, Jack.
Faz direito em Columbia. Ah, quase me esqueci do que queria contar a vocês. Já
pensaram em colocar Alex na natação? Estava conversando com um professor meu e
li alguns artigos sobre o assunto. Quanto mais cedo o bebê começar a aprender a
nadar, melhor. Desenvolve as habilidades motoras além de estimular o
raciocínio, deveriam considerar.
- Havia pensado nisso. Também
li algumas reportagens, mas não conheço um lugar em New York que tenha isso –
disse Kate.
- Eu pesquisei alguns e tem um
perto da universidade muito bom. Acho que seria o ideal.
- Columbia é longe de onde
trabalho, como vou levar Alex até lá?
- O papai pode fazer isso. Ele
não trabalha realmente na NYPD. Duas vezes por semana basta.
- É uma boa ideia, Alexis.
Concorda, Castle? Só que o ideal é começar após o inverno.
- Isso não chega a ser um
problema, Kate. As piscinas são térmicas e a infraestrutura é muito boa. A Amy
podia acompanha-los também – aproveitando a deixa sobre inverno, Castle
insistiu.
- Sim, parece ótimo. Mas
falando em inverno, você não me respondeu sobre os enfeites de natal.
- Sabia que estava sentindo
falta de algo aqui – disse Alexis – quando vão arrumar?
- Isso é o que estou tentando
descobrir – disse Castle meio contrariado – aparentemente estou falando com as
paredes. Kate só me enrola!
- Oh, tadinho. Hoje não
podemos, que tal amanhã? Não quero deixar ninguém frustrado por causa do natal
– deu um beijo no rosto dele - Por que você não vai pegando os detalhes com sua
filha sobre a natação enquanto vou tomar banho? Devemos sair daqui a uma hora.
Deixaram o filho com Alexis e
foram se arrumar. Despediram-se da menina com Kate a convidando para vir
almoçar amanhã com eles a fim de ajuda-los a arrumar a casa para as festas de
fim de ano. Saíram de casa com quinze minutos de antecedência da hora marcada.
O restaurante era bem conhecido e movimentado, por ser de fácil acesso, optaram
por usar o metrô. Seria a primeira vez de Alex em um passeio de trem. Os olhos
do menino estavam atentos ao movimento. As luzes e o colorido da estação
chamavam sua atenção. Os vagões não estavam lotados e Kate sentiu-se bem à
vontade para brincar com o filho no colo. Ela ria e fazia cócegas no bebê com
os lábios. O pequeno agarrava os cabelos da mãe fazendo uma força que o deixava
vermelho, rindo muito depois disso. Ela o colocava para pular em suas pernas
divertindo-se com as risadas gostosas do filho. Sentado de frente para ela,
Castle observava e filmava o momento mãe e filho tão lindo que acontecia bem
diante de si.
Ao descerem na estação, Kate
colocou o gorro da NYPD na cabeça do filho para protegê-lo do frio. Vestiu o
casaco nele e colocou seu próprio gorro. Caminharam a pé por alguns metros até
chegar ao restaurante. Castle deu uma olhada no salão e não avistou Nadine.
Então, decidiu pedir uma mesa para quatro pessoas. Assim que se acomodaram,
Castle pediu uma caneca de cerveja para si, Kate um suco de frutas vermelhas.
Sentaram-se um ao lado do outro e enquanto a repórter não chegava, eles
começaram a divagar com relação à conversa que teriam logo mais.
- Alguns pensamentos sobre o
que Nadine quer conosco?
- Pelas nossas ultimas
conversas, tudo indica que tem relação com o caso Denver. Nadine não ficou
satisfeita com o desfecho do caso e não posso deixar de concordar que ela tem
um ótimo faro para encontrar furos e verdades em historias. Até hoje, foi a
única que enxergou algo além, que fez perguntas. Para ela falta algo nessa
investigação e não posso culpa-la. Sabemos que tem razão.
- E se for algo completamente
diferente? – ele observava o jeito de Kate. Ela estava abrindo um potinho onde
estava a sopinha de Alex. Arrumava com todo o zelo e pegara a colher para
alimenta-lo. O garoto parecia ansioso para provar a comida. Balançando as
mãozinhas como quem diz: me dá, me dá. A primeira colherada teve a aprovação total
do menino, o que deixou a mãe bem satisfeita.
- Acho improvável. A questão é
o que ela descobriu – disse Kate – e como isso vai afetar a nós dois – Castle
apontou para a entrada do restaurante indicando que Nadine acabava de chegar.
- Estamos prestes a descobrir.
Alex continuava devorando as
colheradas de sopa que sua mãe oferecia quando a repórter chegou até eles. Kate
levantou-se segurando a colher cheia de comida para cumprimentar a profissional
com certa formalidade. Castle fez o mesmo.
- Que momento família
maravilhoso! Desculpem o atraso, tive um imprevisto na redação. Ainda bem que
estão em boa companhia, esse menino é uma gracinha mesmo. Só que eu acho que
não gostou da interrupção – Nadine apontou para onde Alex estava. No momento de
distração de Kate, ele simplesmente metera a mão no prato e fez uma sujeira
danada tentando colocar sopa na boca. Estava todo lambuzado, o babador que
usava de branco virou vermelho.
- Oh, Alex! Desculpe, Nadine.
Vou ter que levar esse danadinho para se limpar. Sente-se e fique à vontade. O
dever de mãe me chama – sorrindo pegou uma fralda na bolsa para proteger a
própria roupa, depois outra para tirar o excesso de sopa nas mãozinhas e boca
do filho. Esquecera completamente de quem estava ali, apenas concentrava-se em
deixar o bebê limpinho, fazia isso conversando com ele – meu amor, isso tudo
era fome, gostoso? – pegou o filho nos braços e levou ate ao banheiro
conversando e brincado – garoto sapeca, é sim, sapequinha! Vamos tirar esse
babador sujo, lavar o rostinho e...hum... terei que trocar sua roupa também.
Pelo menos seu pai tirou o casaco – limpou o menino arrancando risadas dele.
Ao voltar para a mesa, percebeu
que a garçonete havia lhe dado uma ajuda limpando tudo. Kate colocou-o sentado
no carrinho, colocou um novo babador e puxou outro potinho da bolsa. Sempre
andava com uma porção adicional, dica de Martha. Viu que Nadine estava bebendo
cerveja também.
- Podemos pedir algo para
comer? Eu vou de sanduiche de corned beef. Estou morrendo de fome, será melhor
conversarmos de barriga cheia.
- Peça brisket para mim,
Castle. Preciso terminar de alimentar esse pequeno – percebeu que Nadine
observava o jeito de Kate, ela já estava na metade do potinho quando resolveu
puxar conversa – que tal começar a nos contar sobre o que pretende, Nadine?
- Bem, vou começar com o
assunto menos complicado. Meu chefe está na minha cola por querer outra
entrevista com você. Sera que não rola outro caso bacana como aquele para eu
interagir e colocar o rosto da Lieutenant Beckett no jornal das nove? Eu
realmente curti muito esse lance de investigação. Ou podemos explorar os
bastidores do livro que estão escrevendo. O que acha?
- Não, o livro não dá. A
dinâmica é bem diferente – disse Castle - Além do mais qualquer coisa que eu
mostre a você é considerado um spoiler. Depois de lançado, não vejo problema
nenhum em fazermos a entrevista. Um novo caso seria melhor, mas aí quem
determina é a nossa lieutenant.
- Se quiser outro, você terá
que esperar algo bom surgir – Kate limpava a boca do filho que havia terminado
de comer - Já temos o aval da Capitã Gates então basta pintar algo
interessante. Pronto, meu amor! Agora já está de barriguinha cheia. Castle,
pode pegar a mamadeira com suco que está na parte de trás da bolsa, por favor?
Nadine, deixa eu apenas dar o suco para o Alex e prometo que você terá minha
completa atenção.
- Sem problemas, Kate. É o
tempo que a nossa comida chega. Vou ao toilete – no instante que Nadine
levantou-se da mesa, Kate entregou a mamadeira para o filho. Castle vendo que Kate
precisava de uma ajuda para enfim dedicar-se a conversa com Nadine, tomou o
pequeno nos braços e se encarregou de dar a mamadeira. A garçonete estava
servindo quando Nadine retornou à mesa – bem a tempo! Estou morrendo de fome –
Castle terminou com a mamadeira e voltou o filho para o carrinho a fim de
almoçar e conversar.
- Agora que estamos todos na
mesma pagina, pode nos contar que assunto tão aparentemente secreto e delicado
você quer discutir conosco? – perguntou Kate colocando um pedaço da carne na
boca.
- Vocês sabem que sou uma
repórter investigativa acima de tudo. Sei que hoje faço pequenos quadros no
jornal tentando conquistar meu espaço. Escrevo minha coluna no Ledger e faço
freelance para revistas. Porém, quando encontro uma boa matéria, vejo que tem
potencial e principalmente impacto direto na verdade e na vida dos americanos,
vou atrás. Tenho quase vinte anos de carreira no jornalismo, conto nos dedos às
vezes que estava errada. Por esse motivo, decidi pesquisar um pouco mais sobre
a vida pregressa do ex-senador Denver. Primeiramente, não quero que pense mal
de mim, Kate. Sua investigação foi impecável. Só que para mim, existe algo mais
nessa história.
- Em que sentido? Você já havia
comentado por alto comigo. Não entrou em detalhes. Explique melhor.
- A corrupção instalada através
do gabinete de Denver foi muito podre. As proporções de uma operação dessas em
três estados somente me leva a crer que o esquema não é recente. Estar
trabalhando em pleno Capitólio com dinheiro sujo? Isso não é de hoje. Para
chegar ao senado, tudo me diz que ele o fez de forma ilícita. Sendo assim,
pesquisei o passado. Vou resumir para vocês: bem antes de ser senador, descobri
que no seu primeiro mandato como político no estado do Alabama, Denver tinha
negócios escusos com uma suposta lavagem de dinheiro da máfia comandada por um
tal de Mark Simmons – Kate e Castle se entreolharam, poderia ser? – um negro
bem relacionado com os chineses. Indo mais fundo, encontrei ligações desses
negócios com New York através de um cara chamado Vulcan Simmons. Os dois são
irmãos e ao julgar pelo olhar trocado entre vocês, devem ter ouvido falar dele.
Kate empalideceu ao ouvir o
nome daquele que trabalhou junto ao seu inimigo no assassinato da sua mãe. Se Nadine
descobriu Vulcan, certamente chegará a Bracken. Após o choque, Kate resolveu
agir como a boa detetive que era.
- Nadine, onde conseguiu essas
informações?
- Então, você conhece Vulcan...
- Sim, conheço. Todo bom
policial de New York o conhece ou já ouviu falar da sua história. Quem passou
essas informações a você?
- Kate, desculpe. Uma boa
repórter não revela suas fontes. Tenho certeza que o mesmo código existe entre
os policiais. Preciso proteger as pessoas que confiaram em mim – sacou de cara
que teria um furo em suas mãos. Sentiu cheiro de coisa grande, a forma como o
semblante da tenente reagira ao nome a fez crer que se não encontrasse a
correlação entre o senador e Simmons, poderia mergulhar no poderoso negro da
máfia que teria algo bombástico e excelente para a audiência. Conseguia
vislumbrar o ibope nas alturas.
A apreensão em comentar o
assunto estava estampada no rosto de Kate. Nadine precisava ser alertada
urgentemente sobre quem era Vulcan Simmons, se continuasse a enveredar por esses
caminhos podia colocar sua vida em risco. O mafioso era barra pesada e
detestava ter alguém fuçando seus negócios. Precisava contar a repórter sem
revelar o quanto conhecia de Simmons, afinal a própria Kate sofrera nas mãos
dele duas vezes, era para estar morta se Bracken não tivesse pago a sua dívida.
Através das trocas de olhares insistentes com ela, Castle tomou a palavra para
si.
- Olha, Nadine. Não entenda mal
quando Kate insiste em saber sua fonte. Na verdade, se fosse você evitava a
qualquer custo remexer nessa história de Vulcan Simmons. O cara é um açogueiro.
Não pensa duas vezes em matar quem atravessa o seu caminho, a lista de
homicídios cometidos por ele ou a mando dele é enorme. Ao mínimo sinal de
ameaça, ele manda mata-la e muitas vezes nem seu corpo é achado.
- Ele é extremamente cuidadoso
– continuou Kate já recuperada – não é apenas a lavagem de dinheiro que ele
insiste em ser legitima, todos os seus negócios estão bem protegidos. É
dificílimo encontrar um furo. Nada de evidência. Possui policiais corruptos em
sua folha de pagamento. Dominava o tráfico de drogas por mais de uma década
quando começou a mudar de estratégia. Mesmo com todos os delitos em sua ficha,
ele conseguiu se esquivar por alguns anos e manter-se “limpo”. Fez amigos
poderosos – Kate respirou fundo – Nadine, a última coisa que quero é receber
uma notícia trágica sobre algo ruim que possa acontecer com você. A maioria dos
policiais não se atreve a enfrentar ou derrubar Simmons, por favor, não cave
mais esse poço. Estou te fazendo um pedido pessoal.
- Kate depois de tudo o que
você falou, entendo que o cara é perigoso. Mas quer saber? Você só conseguiu
atiçar minha curiosidade, minha vontade de saber mais. Você já o enfrentou,
não? Bateu de frente com o dono dos porcos. Nossa! Você é realmente atrevida e
corajosa. Por isso admiro o que faz e o que defende.
- Ok, Nadine. Nós estávamos
falando do senador Denver, não era ele que você estava investigando? – Kate
tentava desviar o foco para que não precisasse abrir o que sabia sobre Vulcan.
- Sim, tudo bem. Voltemos ao
ex-senador, mas isso não quer dizer que esqueci o que me contou. Temos outra
historia bombástica aí. Continuando, Denver teve seu primeiro mandato como
deputado e já atuava na ilegalidade. Exerceu o cargo por três mandatos seguidos
quando fez amizade com o atual Senador Bracken que pretendia concorrer ao
senado pela primeira vez. Precisando fortalecer as alianças propôs uma parceria
com Denver e mais outro deputado de Chicago. Pelo que consegui apurar nos registros
da época, Denver possuía uma empresa de importação e exportação o que deduzo já
fazer parte do esquema no Alabama apesar de representar uma operação de pequeno
porte. Lembro bem da ascensão do Bracken na política, ele teve muito patrocínio
para se eleger no primeiro mandato ao senado. O segundo nem se fala! Sempre
achei aquilo muito suspeito. Depois do seu caso, onde o próprio Bracken teve
que destituir Denver e diante de tudo o que descobri e mencionei, não tenho
dúvidas que o representante do Alabama não estava sozinho nessa.
Kate ouvia atentamente as
colocações da repórter enquanto martelava na sua cabeça qual seria a melhor
resposta para dar a ela sem que ameaçasse de alguma forma concordar e divulgar
qualquer informação adicional. Dessa maneira, optou por usar as ferramentas da
lei, exercer sua responsabilidade de policial.
- Essas são acusações muito
sérias, Nadine. Estamos falando de um senador americano que está cotado para a
corrida presidencial. Na qualidade de representante da lei, devo orienta-la que
suposições ou acusações ao léu poderão prejudica-la, se não tiver certeza do
que está fazendo e provas, uma declaração desse tipo pode acabar com sua
carreira.
- Kate, lição de moral não, sei
muito bem o que está em jogo aqui. O que quero saber é se vai me ajudar a
investigar a fundo esses fatos que listei para você.
Castle acompanhava de camarote
o bate rebate das duas mulheres. Elas eram extremamente territoriais, ambas
sabiam muito bem o que queriam e dominavam seu ambiente profissional. O
problema era o lado emocional. Nadine sequer imaginava o que esse assunto fazia
com Kate. Se isso fosse um desenho animado, ele tinha certeza que veria as
engrenagens do cérebro da esposa girando rapidamente, maquinando a melhor
maneira de dobrar Nadine e distancia-la do perigo iminente que a jornalista
insistia em perseguir.
- Não se trata de lição de
moral. Se você quer minha ajuda, precisa me indicar provas, revelar sua fonte,
mostrar as evidências. Como espera que eu descubra qualquer coisa quando não me
fornece informações e ferramentas suficientes para que eu conduza uma
investigação? O que você espera que eu faça? Por acaso vou entrar na sala da
Gates e vou dizer: hey, Capitã! Nadine levantou uma suspeita que quer usar para
ganhar audiência, não tem fundamento nem evidências, mas vou investigar mesmo
assim gastando inadequadamente o dinheiro público.
A tigresa estava de volta,
pensou Castle.
- Você joga pesado, Kate.
Admiro essa qualidade nas pessoas. Quero deixar claro que não sou sua inimiga.
Em pouco tempo que convivo com você, me afeiçoei. Sua história de luta, seu
compromisso com a verdade e a justiça. É uma mulher de fibra assim como eu. É
por esse motivo, Kate, que não posso revelar minha fonte, simplesmente é
errado. Prefiro manter-me calada.
- Nesse caso, Nadine. Não há
nada que eu possa fazer. Melhor dar essa conversa como encerrada. Caso esteja
disposta a seguir em frente com a investigação, sabe o que deve fazer. Revele o
que sabe, as fontes e eu certamente investigarei e ajudarei na sua busca pela
verdade. Sabe onde me encontrar – virou-se para Castle – amor, pede a conta?
Alex está cansado, quase dormindo. Está na hora da sesta dele.
- Tudo bem – ele disse já
chamando a garçonete.
- Não. Essa é por minha conta –
disse Nadine – faço questão.
- Assim que pintar um caso
interessante, ligo pra você. Pode contar com isso – disse Kate.
- Vou aguardar ansiosamente. E
Kate, sei que é uma mulher inteligente, tem suas armas e seus meios de
conseguir driblar sua Capitã. Também conheço truques na minha área. Tudo o que
posso dizer é que meu faro está certo, eu sei e você também. Acredito que você
me contou menos do que sabe. Irei respeitar sua posição. Se tivermos que
enfrentar essa batalha juntas, o tempo dirá.
- Talvez, mas Nadine isso não é
uma batalha, estamos falando de uma guerra – ela já estava de pé mantendo o
carrinho de Alex a sua frente – a gente se fala. Obrigada pelo almoço e pela
companhia.
- Nadine, é sempre um prazer –
disse Castle se despendindo da jornalista com dois beijos no rosto – obrigado.
- Foi um prazer.
De mãos dadas e empurrando o
carrinho de Alex deixaram o restaurante sem trocar uma palavra. Kate manteve-se
em silêncio até a chegada em casa. Castle sabia que ela estava remoendo e
analisando a conversa com a repórter. Daria um tempo para que digerisse e
quando quisesse conversar, Kate o procuraria. Era sempre assim. Precisava
pensar sozinha sobre o assunto.
Em casa, tratou de colocar o
filho no berço, cantando para que ele dormisse. Castle resolveu se dedicar à
decoração de natal. Começou a separar as várias caixas de enfeites para
adiantar o trabalho do dia seguinte. Ele também ficou intrigado com a
curiosidade demonstrada pela jornalista. Tinha que reconhecer o excelente faro
para notícias cabeludas. E claro, Kate estivera certa novamente. Nadine será a
aliada perfeita na guerra contra Bracken.
À noite, logo após o jantar,
eles estavam na sala saboreando uma taça de vinho trocando carícias. Alex
dormia tranquilamente, a babá eletrônica estava sobre a mesinha de centro e
Martha saíra com seu novo paquera. Kate achou que estavam no melhor momento
para tocar no assunto do almoço. Precisava trocar ideias com Castle, saber se
ela tomara a decisão correta diante das informações expostas por Nadine.
- Ainda não estou acreditando
no que ouvi hoje de Nadine. Ela simplesmente encontrou informações importantes
sobre o passado do ex-senador. Essa ligação que fez com Vulcan Simmons é
extremamente perigosa, Castle. Se continuar buscando respostas, pode chegar ao
assassinato de minha mãe e ao meu inimigo. Uma vez que o nome de Bracken
apareça de maneira clara ao invés de algumas especulações, ela terá certeza de que
há algo mais a ser investigado no caso de Washington. Não estou interessada em
recordar Vulcan Simmons, ele é meu passado. O que preciso é atacar meu futuro.
Bracken é meu alvo.
- Eu sei disso. Permita-me
corrigi-la. Bracken é nosso alvo, estamos falando do nosso futuro. Kate você
tem que considerar a audácia de Nadine em seguir atrás de uma suspeita, seu
faro de jornalista é muito aguçado. Se descobriu a ligação com Simmons, será
questão de tempo para conecta-lo a Bracken, ao FBI e ao seu passado exatamente
como você citou. No momento, ela está jogando. Não sabemos quem está
ajudando-a. Sua fonte é desconhecida se é que ela realmente existe. Esse
assunto virá à tona em algum momento.
- Qual a sua opinião? Acha que
podemos confiar em Nadine e transforma-la em nossa aliada? Esperta já provara
ser com certeza. Como saber se isso não era apenas uma jogada dela para
alcançar seus índices de audiência e seu espaço na televisão?
- Nadine é uma mulher
inteligente como você. Luta e não desiste do que quer. Caso decidirmos em
esquecer tudo o que ela já nos confidenciou saber pessoalmente, podemos perder
uma aliada ou correr o risco de sermos surpreendidos por uma reportagem
abordando e expondo tudo o que você vem lutando para manter em sigilo. Nossa
busca por justiça vai por água abaixo.
- Você não está sendo direto...
- Kate, o risco existe. Deve-se
perguntar o que temos a perder? Não quero força-la a uma decisão mas, nessa
guerra é bom ter aliados que acreditam no mesmo que nós. Nadine é uma dessas
pessoas – percebeu que ela ficara balançada, querendo concordar com o que
dissera.
- Preciso pensar no assunto.
- Eu sei, pense o tempo que
achar necessário. Há muito em jogo para nós, especialmente para você –
beijou-lhe a testa – vou pra cama, não demore muito.
No dia seguinte, Alexis estava
cedo em casa. Após o café da manhã, eles se reuniram ao redor das caixas e
começaram os trabalhos de desempacotar todos os enfeites e a árvore de natal.
Entre risadas e alfinetadas de Kate em Castle, eles se divertiram como uma
família de verdade. Almoçaram juntos e Kate perguntou sobre o encontro de
Alexis. A menina classificou-o como promissor.
- Pelo menos ele beija muito
bem – isso arrancou risos de Kate – ele é apaixonado por Direito mas gosta de
teatro, música e ler. É um gato! Tem olhos azuis que nem o do papai. Profundos,
daqueles que a gente adora se perder? Ah, você sabe bem o que estou dizendo,
Kate.
- Se sei, meio que hipnotizam a
gente. Difícil resistir.
- Por favor, continuem os
elogios. Estou adorando – disse Castle somente para levar uma bela almofada na
cara.
- Mudando de assunto, vocês
pensaram sobre as aulas de natação para Alex? Posso leva-los na semana até lá.
Tenho certeza que vão aprovar. Será ótimo para ele – viu o semblante apreensivo
de Kate – quando terminarmos de arrumar essa bagunça, vou mostrar a você como é
bom. Tenho artigos, sites.
- Por mim está aprovado – disse
Castle – a decisão é sua, Kate – ela olhou para um e depois para o outro,
acabando por concordar.
- Tudo bem. Podemos ir na época
do recesso de natal.
Durante todo o resto do dia,
eles arrumaram a casa, Castle as manteve rindo e ocupadas. Isso era parte de
sua estratégia para não deixar Kate bolada com o assunto Nadine. Ao fim da
tarde estavam exaustas, mas o loft estava lindo. Em comemoração, Castle
preparou uma eggnog. Beberam e foi a vez de Kate alimentar Alex que, de barriga
cheia, dormiu instantaneamente. O mesmo aconteceu com a mãe.
Na terça, Kate passou o dia no
tribunal. A audiência estava marcada para as onze da manhã porém, repassou cada
ponto do argumento que preparara com a promotora indo ao salão observar a
condução do julgamento e seu resultado. A promotora Robbins usou o argumento de
Kate na íntegra o que contribuiu de forma brilhante para por fim ao caso e
prender o responsável na cadeia por um longo tempo. Ao voltar ao distrito,
Gates a chamou em sua sala.
- Recebi um telefonema da
promotora Robbins sobre o seu trabalho hoje no fórum. Parabéns, Lieutenant.
Você se saiu muito bem. Conseguiu a atenção da promotoria. Seu senso de
responsabilidade e compromisso não passaram despercebidos por mim. Sendo assim,
como parte de seu treinamento, quero que durante o mês de janeiro todos os
argumentos dos casos a serem julgados serão seus, não irá apenas testemunhar
quando necessário.
- Mas senhora eu não sou
advogada.
- Mas é uma figura importante
da lei, as conhece e trabalhou na maioria dos casos que serão julgados. Você
saberá muito bem o que fazer, Lieutenant. Alguma objeção?
- Não, senhora. Obrigada pelo
voto de confiança, Capitã.
Faltando três dias para o
natal, Kate chega em casa bem cansada. Tivera que ir para as ruas e perseguir
um suspeito que lhe deu trabalho. Milagrosamente, Castle preferiu não
acompanha-los na caçada, o que soou bastante estranho para Kate. Ao ver a penca
de caixas embaixo da árvore de natal, finalmente entendeu.
- Meu Deus, Castle! Que exagero
é esse? Para que tanto presente?
- Pra você, Alex, minha filha,
mamãe... e claro para mim. A maioria é de Alex.
- De Alex, sei. Aposto que você
comprou um monte de brinquedos usando a desculpa de ser para o nosso filho
quando na verdade são todos para você – ela o abraçou pela cintura e trocaram
um beijo.
- Como pode pensar isso de mim?
Se falar mais alguma coisa, não vou te dar o seu presente.
- Meu presente? Então, eu vou
ganhar apenas um? – fez cara de chateada – poxa...
- É claro que não, Rick Castle
não é homem de um presente só, especialmente no natal.
- Ah... e quanto a ceia? Não
deveríamos estar nos preocupando com ingredientes, assar peru, essas coisas?
- Não se preocupe com nada.
Relaxe, está tudo sobre controle. Na verdade, se quiser me ajudar poderia ler
um capítulo que escrevi ontem do livro? Acho que está faltando algo numa
cena...
- Claro, vou tomar um banho.
Peça comida chinesa? Estou com vontade de comer porco hoje. O Alex está no
quarto?
- Sim, Amy está com ele.
Na véspera de natal, a casa
estava arrumada. O cheiro típico dos pinheiros, azevinhos e castanhas enchiam o
ar. Isso sem falar no aroma do peru. Kate escolheu usar um vestido curto
vermelho, nada estravagante. Castle também colocou uma camisa vermelha e Alex
estava de branco e vermelho. Alexis chegou com uma sacola de presentes. Vestia
azul.
Seguindo todas as tradições do
natal, sentaram-se à mesa e preparam-se para ceiar. Castle ergueu a taça para
propor um brinde.
- Apenas gostaria de dizer o
quanto esse natal é especial. Hoje temos toda a nossa família reunida. Esse é o
primeiro natal de Alex, uma ocasião que, tenho certeza passou pela cabeça de
vocês, talvez não fosse comemorada se eu ainda estivesse em coma. Kate por um
momento também pensou que não teria mais uma chance de viver essa noite
especial de dezembro. Por isso temos muito o que celebrar. Superamos enormes
obstáculos. Estamos aqui, unidos pelo amor. E eu amo cada uma de vocês, todas
são especiais. Feliz natal, família Castle!
- Feliz Natal – elas
responderam e Kate puxou-o para si beijando apaixonadamente.
- Eu te amo, Castle.
- Também, sempre te amei e vou
te amar, Kate.
Ceiaram, beberam e sentaram-se
em volta da árvore para o ritual dos presentes. Alex estava adorando tudo
aquilo. Olhava fascinado para os grandes embrulhos e as luzes coloridas que acendiam
e apagavam constantemente. Castle com um gorro de papai noel na cabeça, começou
a distribuição dos presentes pela mãe, filha e Kate deixando os últimos para
Alex. Kate segurava o filho entre suas pernas. Ele já sabia sentar o que
facilitava seu controle. Ria do jeito que Castle fazia palhaçadas para chamar a
atenção do menino. Abriam os presentes juntos. Obviamente, como ela suspeitava,
os brinquedos tinham a cara de Castle.
- Castle! Pra que você foi
comprar esse foguete da NASA? É grande demais, Alex sequer vai poder mexer
nisso.
- Por enquanto fica como
enfeite no quarto dele... e posso usar para brincar com meu filho.
- Sei, pensa que me engana.
Comprou isso para você – ela sorria balançando a cabeça – meu menino de nove
anos...
- Não entendi...
- Nada não – falou pensando nas
palavras que despejara sobre Montgomery quando ele a comunicara que teria
Castle como sua sombra – qual é o próximo? Já estou ficando com vontade de
comer a sobremesa.
- Vou buscar rabanadas e eggnog
para todos – disse Martha – essa avalanche de presentes me cansa, Katherine.
- Ahá! – exclamou Castle ao
pegar um pacote retangular – você vai amar esse, campeão! Até sua mãe vai
babar. Cuidado porque ela pode querer tomar de você – ele já desembrulhava o
presente na frente do filho mediante ao revirar de olhos de Kate.
- Deve ser bem eu mesma que –
ao ver a miniatura perfeita de uma viatura da NYPD, sorriu – é linda, Castle!
- Calma que ainda tem o toque
final – acionou um botão e a viatura começou a fazer barulho de sirene, andar,
rodar e acender as luzes do farol e de sinalização – que tal? – Alex olhava com
atenção o carrinho, balançando a cabeça – acho que ele gostou, Kate – de
repente, o menino começou a impulsionar o corpo para frente e bem diante dos
olhos de dois pais fascinados, engatinhou até o carrinho resmungando sílabas
indecifráveis da sua própria linguagem. Kate estava boquiaberta, Alexis sorria
e batia palmas e Castle tinha lágrimas nos olhos.
- Ah, meu Deus! Ele está
engatinhando, Castle... oh, céus! – Kate levou a mão à boca e sorria,
simplesmente maravilhada com a cena que assistia. Seu filho sozinho dando os
primeiros movimentos e buscando uma viatura. Ele estava adorando aquele
carrinho barulhento – Alex, você gostou do carrinho! Castle faz alguma coisa.
Filma isso...
Mas Castle estava muito
emocionado para conseguir se lembrar do telefone. Ainda bem que Alexis capturou
o momento único para eles. Kate se aproximou do marido, agachando-se ao seu
lado entrelaçando a mão na dele enquanto observavam a criança já sentada mexer
no brinquedo a sua frente.
- Esse foi o melhor presente de
natal, Castle.
- O meu também – virou-se para
fita-la – não conseguiria imaginar isso sendo possível se não tivesse você,
Kate – ela secou as lágrimas do rosto dele em um gesto carinhoso e trocaram um
beijo apaixonado.
Meia hora depois, ela levava um
Alex sonolento para o seu berço, sem esquecer o carrinho. Deitada em sua cama
ao lado de Castle, ela fechou os olhos e agradeceu pela chance que lhe foi dada
de ser feliz.
- Hey, Castle... você foi um
menino mau esse ano... será que merece presente? – ela virou-se para encara-lo
com um jeito malicioso no olhar.
- Eu me comportei direitinho,
as outras pessoas é que escolheram por me punir.
- Mesmo? Tem certeza? – ela já
foi se esfregando no corpo dele até ficar com o rosto à altura correta para
beija-lo – vou ter que leva-lo a interrogatório por isso – sem esperar qualquer
resposta dele, sorveu os lábios em um beijo provocante. Era apenas o começo de
uma noite de prazer e felicidade.
XXXXXXX
Na semana de recesso conforme
havia combinado, Alexis levou-os a escola de natação perto da Columbia. Ao ver
o tamanho da piscina e o movimento de muitas crianças, Kate fica apreensiva.
Estaria fazendo a coisa certa?
- Alexis, você tem certeza que
isso é seguro? Olha quantas crianças! Como esses professores podem dar conta de
todos? Alex é somente um bebê. E o tamanho dessa piscina! Não, é melhor
esquecer isso. Não vou deixar meu filho aqui, e se alguém esquecê-lo? Castle é
melhor irmos embora. Isso foi uma má ideia.
- Calma, Kate. É completamente
seguro. A aula dos bebês não acontece na piscina olímpica. É uma menor. São
três instrutores e cuidam de um bebê por vez. Vem comigo, vou mostrar.
Alexis levou Castle e Kate até
a área onde duas mulheres e um homem estavam com bebês no colo dentro d’água
ensinando-os. Era uma piscina menor, a água batia na cintura de um adulto. Pode
ver a alegria dos bebês batendo na água com vontade. Viu um deles mergulhando e
ninguém parecia preocupado. Tomando a frente, Alexis pegou o irmão no colo,
tirou a camisa e o short que usava e aproximou-se de uma instrutora.
- Esse é Alex, meu irmão.
Queremos experimentar uma aula de natação para ver se ele gosta e também
acalmar aqueles dois pais que parecem bem desesperados para mim, não acha? – a
instrutora riu e pegou Alex nos braços.
- Olá, Alex. Eu me chamo Dora.
Vamos tomar um banho gostoso? – elevou o olhar na direção de Castle e Beckett –
papais, venham ver o primeiro contato dele com a piscina. Não tenham medo, é
seguro. Os dois se aproximaram observando o jeito manso como a instrutora
falava com o menino, distraindo-o até que estivesse com o corpinho dentro
d’água. Até ali tudo bem. Alex parecia estar à vontade com a nova experiência.
De repente, ele começou bater as mãozinhas contra a água soltando gritinhos
animados. Kate começou a relaxar vendo a alegria do filho. Agachou-se na borda
e falava com ele mostrando que estava ali.
- Dá, dá, dá pruuu , prumm ah!
- Hum, entendi tudo desse
dialogo – disse Castle – aposto que a primeira palavra de Alex será dad.
- Vai sonhando...
A instrutora após entreter
bastante o pequeno Alex, conversou com Kate explicando como funcionava o
programa de natação para bebês e quais eram os benefícios para a criança.
Aliviada com as instruções e com as instalações, concordou em matricula-lo a
partir de janeiro. Na volta para casa, Alex estava bem esperto parecia que a
novidade o animara bastante. Castle aproveitou para sugerir que fosse aos
Hamptons no dia seguinte passar a virada do ano, o que acabou sendo uma ideia
maravilhosa para todos.
No dia 31, Alex já estava
dormindo e Alexis saíra para uma festa na vizinhança. Kate estava sozinha na
varanda com Castle e uma garrafa de champagne esperando dar meia-noite. A vista
maravilhosa dos Hamptons tinha um significado especial. Tudo hoje era especial.
Faltando cinco minutos para a meia-noite, Kate levantou-se abriu o champagne e
serviu duas taças entregando uma a Castle.
- Pensei que íamos estourar a
champagne às doze badaladas ou quando os fogos começassem.
- Não, resolvi fazer o discurso
primeiro – fitou os olhos azuis hoje bem claros, deixou uma das mãos escorregar
pelo peito dele até achar o melhor local para se manter apoiada, queria toca-lo
naquele momento – mais um ano que se vai. Sinceramente, pensei que não veria
isso acontecer. Nossas vidas viraram de ponta a cabeça em meses, somos
sobreviventes de ameaças de quasemorte. A cada dia que me via sozinha naquele
quarto de hospital velando seu sono, pensava se um dia poderia estar lado a
lado com você. Rezava para que tivesse amor suficiente para mante-lo vivo.
Pensava em como seria ter meus braços o nosso filho e como poderia mostrar a
ele o pai brincalhão e carinhoso que ele tinha – sentiu a mão dele acariciando
seu rosto – sonhava com o momento em que estaria em seus braços novamente,
sentiria seu toque, beijaria seus lábios. A tempestade passou, ganhamos um
filho lindo. Somos uma família e meu amor por você apenas cresceu, é bem maior
que eu mesma. O ano acabou, mas essa nova fase das nossas vidas está apenas
começando. Agradeço pela sua insistência em querer ficar na NYPD e onde quer
que esteja, Montgomery merece meu carinho por ter sido enérgico ao ordenar que
aceitasse ter você ao meu lado. Ninguém foi capaz de me entender e me amar tanto
quanto você, Rick. Minha vida é sua. Meu amor, incondicional. Always.
Castle emocionado enxugava as
lágrimas que deslizavam pela pele macia. Beijou-lhe profundamente quando os
primeiros fogos de artifício cruzavam os céus dos Hamptons e a gritaria com os
votos de feliz ano novo ecoavam misturando-se ao barulho ensurdecedor dos
foguetes iluminados. Quebrando o beijo, ele disse as únicas palavras cabíveis
ao momento.
-
Eu te amo, Katherine Beckett Castle. Feliz ano novo, minha musa eternal – perdendo-se
novamente em outro beijo.
XXXXXXXX
O mês de janeiro passou muito
rapidamente. Um fevereiro gelado tomava conta das ruas de New York com direito
a algumas tempestades de neve. Kate estava tão envolvida com as atribuições de
tenente passadas por Gates que nem se lembrou de Nadine até que um caso
interessante caiu sobre suas mãos. Conforme prometera, ligou para a jornalista.
- Olá, Nadine!
- Kate Beckett! Quem é vivo
sempre aparece! A que devo a honra do seu telefonema? Achei que havia me
esquecido.
- Sabe como é,Nadine. Inverno,
recesso de festas de fim de ano. Incrivelmente as coisas esfriaram literalmente
aqui no distrito, o que não é muito comum nessa época do ano. Recebi seu cartão
de natal, obrigada pela lembrança.
- Não foi nada, Kate. Apenas um
gesto de amizade. Você pode até não levar à sério mas, eu a considero minha
amiga e Castle também – gostou de ouvir o tom sincero na voz da repórter.
- Está a fim de alguma agitação
esses dias? Ou tem muitas notícias importantes que a impedem de me seguir numa
investigação de assassinato de um jogador de hockey?
- Crime, com a melhor
lieutenant da NYPD? Isso é melhor que bolo de chocolate e eu simplesmente amo
chocolate. Apenas me diga onde devo encontrar com você.
Beckett passou o endereço para
a jornalista assim como para Castle que havia levado Alex para a aula de
natação. Meia hora depois, eles estavam reunidos na cena do crime onde Beckett
questionava testemunhas e sua amiga Lanie para saber a causa da morte. Nadine
não perdia um só momento, registrava tudo que estava ao seu alcance. Foram dois
longos dias de investigação com direito a teorias malucas de Castle e uma
reviravolta surpreendente no caso. Por pouco não prenderam o cara errado. Um
simples detalhe fez toda a diferença para solucionarem de vez o assassinato.
Além disso, o crime acabou gerando outra matéria importante para Nadine sobre
anabolizantes e o esporte. O jogador morto era conhecido por seus feitos no
hockey universitário e possuía muitos fãs ao longo da sua curta carreira de
cinco anos. Resultado: audiência garantida para Nadine.
Terminado o caso, Nadine fez
uma última entrevista com Beckett para obter sua declaração final sobre outro
encerramento bem sucedido. Comentou que as gravações seriam demonstradas da
mesma forma anterior no jornal das nove até o final do mês de fevereiro.
Nenhuma palavra foi trocada sobre seu último encontro.
Durante todo o mês de
fevereiro, Beckett passou os dias se dividindo entre casos simples e o
tribunal. A parceira com a promotoria estava andando muito bem. O último
julgamento que trabalhara e testemunhara foi de um crime onde ela e os rapazes
tiveram muito trabalho para resolver. Assim que o culpado foi posto atrás das
grades por cinquenta anos, o juiz Taylor encarregado da sentença chamou Robbins
e ela na sua sala.
Perguntada sobre o argumento
usado no processo, Robbins revelou que fora a tenente Beckett que o criou e
redigiu. O juiz mostra-se impressionado.
- Meus parabéns, Lieutenant
Beckett. Por acaso você tem formação em Direito?
- Não, meretissimo. Eu estava a
caminho da universidade para cursar pré-law quando optei pela Academia de polícia.
Todo o conhecimento de leis que possuo foi adquirido na NYPD e observando meus
pais trabalharem. Ambos são advogados.
- Entendo, por isso sua aptidão
natural. Redige muito bem. Se fosse você, consideraria a possibilidade de
voltar ao Direito. Leva jeito.
- Obrigada, meretissimo. Mas
minha paixão está na polícia.
Ao final de fevereiro, Gates a
chamou em sua sala para revisarem os acontecimentos do mês. A Capitã teria uma
reunião com o Comandante no dia seguinte para mostrar o desenvolvimento do seu
distrito nos dois primeiros meses do ano. Revisaram relatórios, estatísticas e
as pendências de tribunal. Por fim, Gates iniciou o assunto que deixara por
último.
- Recebi uma ligação do juiz
Taylor na semana passada. Ele se mostrou bastante impressionado com sua
habilidade para trabalhar em processos jurídicos. Acredito que ouviu isso do
próprio juiz. Ele tem razão, Beckett. Você vem de uma família de advogados, sua
escrita é excelente posso observa-la pelos seus relatórios. Tem presença e luta
por justiça. Talvez devesse pensar em seguir uma carreira no Direito. Você
domina a sala de interrogatório como ninguém, tenente. Imagine esse potencial
empregado nos tribunais de Manhattan? É algo que gosta, já havia considerado
antes então, por que não seguir em frente?
- Senhora, eu agradeço seus
elogios e conselhos. É verdade que uma vez considerei o Direito como meu
futuro, minha carreira. Isso foi até entrar para a Academia. O motivo pelo qual
me tornei policial foi para buscar justiça a um único crime, mas acabei me
apaixonando. Adoro ser uma investigadora da Homicidios, tenho orgulho disso.
- Eu sei, Beckett. Não estou
dizendo para largar o seu trabalho, apenas para considerar como uma opção. Isso
também poderá ajuda-la em sua carreira na NYPD futuramente.
- Certo, obrigada novamente
senhora. Kate deixou a sala da capitã pensativa. O assunto ficou em sua mente
pela próxima hora do dia para logo em seguida ser esquecido, sequer considerou
a ideia de contar e discutir com Castle.
Por insistência de Castle, Kate
tirou uma manhã de folga para assistir a uma aula de natação de Alex. Havia
poucas crianças na escola aquela manhã. Sentada à beira da piscina, Kate
brincava com o filho que pulava alegremente nas pernas dela. Ao ver a
instrutora porém, jogou-se no colo dela.
- Traidor! Não pode ver uma
mulher em trajes de banho. Igual ao seu pai – disse provocando Castle.
- Alex é um nadador talentoso.
Destacou-se das outras crianças. Vamos mostrar para a mamãe como sabemos nadar
e mergulhar, querido?
- Mergulhar? Ele é muito
pequeno para mergulhar – olhava apreensiva para Castle – como pode? Não
podemos.
- Veja e tire suas próprias
conclusões, gorgeous.
O pequeno Alex realmente tinha
intimidade com a piscina. Batia os bracinhos e as perninhas com um sorriso no
rosto. Ás vezes, soltava alguns gritinhos. Castle estava atento a cada minuto
gravando as ações do filho e as reações lindas da mãe. Kate vibrava sempre que
via o filho se divertir e gritar. Quando a instrutora o colocou debaixo d’água
e soltou Alex para nadar sozinho submerso, Kate gritou assustada porém, logo se
recuperou e pode observar a cena maravilhosa a sua frente. Seu filho, de apenas
oito meses nadava sozinho por baixo d’água. Emocionada, não conseguiu segurar
as lágrimas mesmo com um sorriso lindo no rosto.
Ao final da aula, Alex se jogou
nos braços de Kate novamente. Acariciava o rosto da mãe da mesma maneira que
ela fazia com Castle. Ela esfregou o nariz no do filho, beijando-lhe a boca em
seguida. Não sabia que Castle estava filmando tudo. Depois de olhar fixamente
para o rosto da mãe, começou a balbuciar.
- Ma...má...má....
- Castle, olha isso! Ele está
tentando dizer mamãe – beijou a bochecha do filho arrancando uma risada gostosa
do bebê – oh meu Deus, que lindo você é Alex.
O “má má má” continuou até
chegarem em casa. Feliz com a situação, ela implicou com Castle.
- Que bom que você gravou tudo,
assim fica registrado que o Alex tentou dizer mamãe primeiro. Aliás, lembre-me
de agradecer a Alexis quando a vir. Alex está adorando a natação.
- Há, há! Engraçadinha, foi uma
tentativa. Ele ainda vai falar “dad” primeiro.
- Isso é o que veremos.
Kate e Castle estavam em casa
numa tarde de sexta. Com todos os casos em dia no distrito, Kate optou por vir
trabalhar em casa naquela primeira sexta do mês de março deixando aos cuidados
de Ryan e Esposito a tarefa de manter a ordem no 12th. Revisavam o último capítulo
escrito por Castle, o livro já tinha oito escritos a quatro mãos. Ele a
importunava para escrever o próximo sozinha e relembrar os bons tempos de Heat
Blows.
- Estamos chegando ao momento
critico do caso. Precisamos de elementos para complementar a investigação para
o leitor. Como você vai me ajudar a seguir essa história, Kate? Depois de oito
capítulos, está na hora de dar uma virada na trama.
- Ou você pode distrai-lo com
sexo! Que tal uma bela cena entre Nikki e Rook? De preferência em um lugar
diferente – disse ela provocando.
- Hum... adorei a ideia, Lieutenant
Castle. Precisarei de uma demonstração para acatar e escrever no meu livro – já
empurrando-a sobre o sofá e beijando-lhe o colo.
- Quem disse que é você que irá
escrever? Essa cena é minha – derrubou-o no chão da sala colocando-se sobre o
corpo dele – e para sua informação, é Lieutenant Beckett – afirmou arrancado a
camisa dele despejando botões pelo chão da casa. Beijava-lhe o peito
mordiscando a pele de leve enquanto sentia as mãos de Castle sobre seus cabelos
incentivando-a. Abriu o zíper e segurou o membro já excitado nas mãos. Um tremor
de prazer percorreu o corpo de Castle em antecipação ao que ela pretendia
fazer.
Kate o provou com vontade
arrancando gemidos do homem sem defesas deitado à mercê dela. Acariciou as
bolas e continuou a excita-lo rumo ao prazer, em minutos o orgasmo o atingiu. Mesmo
enquanto ele curtia as sensações provocadas pelas mãos e lábios de Kate, não deixava
de vagar pelo corpo dela com as mãos. Ela não pretendia dar refresco. Segurando
a cabeça dele o puxou para si fazendo-o sentar no chão e beijou-o intensamente.
Castle livrou-se da camisa que ela vestia, abocanhando um dos seios em seus lábios.
Sugava-o deixando-a sem fôlego.
Ao longe um celular tocava
insistentemente alheio aos gemidos de amor. Tirando a própria calça, Kate lançou-se
sobre o membro dele. Em ritmo acelerado, os dois moviam-se diante de um
emaranhado de pernas e braços. Castle mordicou o mamilo dela fazendo-a gritar
de prazer estremecendo-lhe o corpo pronto para se entregar ao orgasmo. Juntos,
explodiram de prazer.
Quando apenas a respiração dos
dois se fazia presente na sala com seus corpos completamente jogados no chão, o
toque do celular de Kate voltou a ser percebido. A princípio, tentaram ignorar
trocando mais beijos ardentes que provocavam novos calores ao corpo de Kate.
- Gostou da demonstração, babe?
– perguntou já se colocando novamente sobre ele.
- Muito... por mim pode – ela mordiscava
os lábios dele – pode escrever.
- Precisa de aprimoramento....meu
Deus! – o celular continuava tocando, alguém realmente queria falar com ela –
quem morreu dessa vez?
- Amor não se esqueça que isso
pode ter acontecido, literalmente – ela esticou-se para pegar o celular e foi
puxada por Castle novamente envolta em seus braços presa em um beijo provocante.
Meio sem fôlego, ela olhou para o visor.
- 30 ligações ... de Nadine –
respirou fundo retornando a ligação – alô?
- Kate! Finalmente! Já estava
cansada de repetir o comando de voz. Liguei numa má hora?
- Não... é que... não – mas foi
incapaz de disfarçar a voz ainda mais com Castle lhe apertando por trás e
mordiscando sua nuca – p-pode falar...
- Kate Beckett, você estava
fazendo sexo às três da tarde? Nossa! Nunca pensei – rindo ao imaginar a cena.
- Não é nada disso – empurrava Castle
para o lado dando-lhe aquele olhar furioso – o que precisa de mim?
- Está lembrada da nossa
conversa a uns meses atrás sobre o caso Denver? Você queria minha fonte para então
seguir com a investigação, até me instruiu a deixar tudo de lado.
- Eu lembro sim, Nadine –
colocou o celular em viva-voz para Castle escutar – você não quis cooperar e
sinceramente acredito que tenha sido melhor para todos.
- Exceto que eu não parei – ela
engoliu em seco – Kate, eu reconsiderei sua oferta. Estou disposta a revelar
como consegui as informações e tenho novidades. Precisamos nos encontrar. É muito
importante – Kate trocou um olhar com Castle, sua suspeita era de que Nadine chegara
a Bracken – Kate? Ainda aí?
- Sim, estou aqui. Tudo bem,
Nadine. Preciso de uma hora para organizar as coisas aqui em casa, vou pedir a
babá para ficar até mais tarde. Encontre-nos no The Old Haunt às cinco da tarde,
até lá, não comente o que sabe com ninguém.
- Não se preocupe. Vejo vocês
daqui a pouco. Ao desligar o celular, Kate suspira. Castle ajeita a mecha de
cabelo para trás da orelha, acaricia o rosto e a beija suavemente.
- Acho que ela já sabe.
- Talvez seja a hora de começar
a buscar a justiça, Kate. Não estamos sozinhos nessa.
- Castle, babe, você percebe
que essa é uma jornada sem volta? Que pode terminar com eu e você mortos e Alex
órfão?
- Conhecemos os riscos, Kate. Não
será a primeira vez que estaremos sob a mira de alguém. Se vamos fazer isso,
faremos juntos. Vamos ouvir o que Nadine quer nos dizer. Talvez não seja tão ruim
quanto pareça.
- Tudo bem. É bom ter meu bom e
velho parceiro nessas horas. Juntos – beijou-a e pegou o celular – vou ligar
para Amy.
Continua....
4 comentários:
O q será que essa Nadine descobriu?? Medo do q estar por vir e do q pode acontecer a ela por estar fuçando um caso tão arriscado e polêmico!!
Amoooo as cenas em família. Adorei a idéia da natação e já imagino a aflição de Kate vendo o filho tão pequeno na piscina.
Por favor n demora a postar o próximo. Adoro essa fic.
UHUUL curiosaaa!!! AMEI os momentos entre Kate e Alex muitooo fofo do jeito que eu gosto hahaa Castle no suporte ajudando com tudo e sendo compreensivo sem falar que ele é um fofo!! bom…adorando a fic
Gente! Mas, está ficando cada dia melhor. O Alexis está um fofo mesmo.E esses dois são fogo mesmo kkkk
Ai,ai,ai....
Alex é um sapeca e Kate mãezona e overdose de fofura,como lidar?!
Ela adora morder né?!Sei,sei!!!
Nadine aperece arrebentando a conversa no restaurante foi muito lucrativa para mim.O natal bem estilo Castle,Alex nadando melhor que eu #Chora .
E sobre sexo as três da tarde,nada segura esses 2.Essa parte rendeu uma conversa no wa completamente +18
mas a Nadine ñ perdeu a piada.
Aguardo por mais ;)
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