Nota da Autora: Demorou mas saiu! Escrevi a maior parte desse capitulo no fim de semana apenas a última parte deixei para ontem. Estou surpresa com algumas coincidências entre o epi e o que escrevi hahahaha.... anyway, ela está de volta! Overdose de Anne para vocês e também algumas situações que podem ou não vingar no futuro... Ah! Ainda não abordei o lance do 703, vcs sabem do que estou falando....Enjoy!
Cap.29
As filmagens do próximo
episódio começariam na segunda. Antes, a reunião com o diretor e David
aconteceu durante a sexta para entrega de scripts e cronogramas de gravações.
Ao saber que uma parte do episódio simulava Montreal, Nathan sugeriu que usassem
filmagens da propria cidade. Comentou que estaria lá no fim de semana seguinte
para um evento em Toronto, o qual coincidia com a metade do tempo de gravação
das cenas. David argumentou falando do curto orçamento.
- E seu esticasse até Montreal
para tirar umas fotos ou mesmo filmar algumas áreas? Não tenho problema quanto
a isso. Aí, vocês avaliam o que fazer com elas.
- Nathan, não precisa.
Arranjaremos imagens já mostradas pela ABC e criaremos nosso cenário aqui
mesmo, em LA.
- Não seria problema algum.
- Obrigado, mas não se sinta
pressionado a isso. Voltando ao caso da semana... – David continuou a explanar
enquanto Stana folheava seu script apenas escutando o que eles discutiam, sua
curiosidade era saber se haveriam cenas Casketts. Achou que a apresentadora
pegou pesado com Castle. Foi então que se deparou com a cena do beijo trocado
entre Castle e Gates. Rapidamente folheou o resto do texto e não encontrou uma
cena de beijo entre eles, apenas algumas confissões.
- Que história é essa de Castle
beijar a Gates e não me beijar? – ouvindo o que disse corrigiu na mesma hora –
quer dizer, beijar a Beckett. Quanto tempo vamos esperar para uma cena mais
íntima?
- O lance com Gates é para ser
engraçado. Você leu a cena final? – perguntou David – ali está o momento deles,
vamos abordar isso com o decorrer da história ambos estão meio perdidos em
relação ao outro, tentando encontrar o ritmo novamente, parece estar tudo
normal, Castle age assim, porém não está.
Dara que até então se mantivera
calada, resolveu interferir para procurar ajudar os dois lados.
- Entendo a frustração de
Stana, o cara desaparece no dia do seu casamento deixando a noiva por dois
meses sem notícias, quando retorna diz que não se lembra de nada e age como se
tudo estivesse bem. Para piorar, nem mesmo uma reconciliação entre eles, um
beijo. É a revolta dos shippers através dela ou vocês não leem comentários dos
fãs no twitter? Sempre citam a falta de cenas entre os dois. Concordo que eles
precisam se acertar, apenas temos que ter um certo cuidado com o andamento
desse relacionamento. Eles são noivos, não apenas parceiros da NYPD.
- Ainda bem que alguém consegue
perceber o mesmo que eu – disse Stana aliviada.
- É, o ponto dela é válido –
concordou Nathan – vocês deviam pensar um pouco a respeito. Somente olhares e
toques de mãos já não convencem tanto.
- Acredito que todos tem um
ponto ou outro que vale uma avaliação. No momento é esse o episódio que iremos
gravar – David falou – irei conversar um pouco com Terri e Marlowe a respeito.
- Eu apenas digo que já estou
inclinada a reverter a situação. Stana, aguarde somente mais um pouco.
- Ah Dara, agora você me deixou
curiosa...
- Vai ter que continuar
assim...
- Não acredito! O que você está
aprontando?
- Nada... por enquanto – disse
maliciosamente Dara. Stana entortou a boca e fez cara de poucos amigos em
resposta. A discussão do episódio continuou por mais meia hora quando foram
liberados para ensaio e preparação de cenas que David determinou serem gravas
naquele dia mesmo.
Ao final da tarde,
despediram-se de todos cada um seguindo seu rumo. Por mensagens combinaram de
se encontrar mais tarde na casa dela. Stana chegou em casa, tomou um bom banho
dedicando-se a lavar os cabelos. Assim que saiu do banheiro, ainda enrolada na toalha,
concentrou-se de frente para o espelho em secar o cabelo. Meia hora depois,
estava devidamente pronta para receber Nathan. Vasculhando a geladeira, pensava
no que iria oferecer no jantar. Teve a triste constatação de que não havia
nada. Em matéria de comida, ela era bem parecida com a sua personagem.
Encontrou itens vencidos e verduras estragadas. Era esse o resultado de trabalhar
horas irregulares toda a semana.
Agora, procurava inventar
alguma coisa. Será que ele se importava de trazer algo? Antes de decidir ligar
para ele, o celular tocou. Viu o número da cunhada no visor. Já sabia que era
Anne cobrando o fim de semana. Sorrindo, atendeu.
- Alô?
- Tia Stana! É a Anne.
- Sabia que era você, docinho.
Tudo bem?
- Sim, tia. Anne está ligando
para saber do passeio. Falei com a mama e ela deixou eu sair com a tia. Ela
quis saber porque a tia pediu para levar biquini.
- Diga para ela que vou te
levar para um passeio ao ar livre em um parque e depois vamos dar um mergulho
na praia. Quer saber? Ela está próxima a você? Deixe eu falar com ela – Anne
passou o telefone para a mãe gritando que Stana queria falar com ela. Depois de
explicar a cunhada o que pretendia, a mesma falou a Stana que tudo era invenção
de Anne, como se quisesse provar para a mãe que ia mesmo sair com a tia. Claro
que a estratégia era para não levantar suspeita diante dos outros sobre seu
real destino. Confirmou que passaria na casa da menina um pouco antes das nove
da manhã.
Ao desligar, tocou o nome de
Nathan na sua lista de favoritos. Ao segundo toque, ele atendeu.
- Tudo isso é saudade? Em dez
minutos estou aí Staninha...
- Nate, eu ia pedir... é que
não tenho nada para jantarmos aqui, desculpe, será que você não pode passar em
algum lugar e trazer comida?
- Ah! Que tal pizza? Ou posso
passar em um food truck que tem no caminho. Tem uns tacos e burritos
deliciosos.
- Fico com a pizza. Marguerita?
E por favor peça uma porção extra de manjericão.
- Tudo bem. Chego aí em vinte
minutos.
Quando Nathan entrou segurando
a pizza quente nas mãos, o cheiro fez com que a boca de Stana se enchesse
d´água. Com um beijo rápido, ela tirou a embalagem da mão dele colocando sobre
o balcão da cozinha. Ele observava a forma como ela abria a caixa, cortava a
pizza com delicadeza. Sobre o balcão, ela havia deixado pratos, taças,
guardanapos além do azeite e do vidro de catchup, caso ele quisesse. Entregando
um prato com uma fatia para Nathan, disse.
- É melhor comer agora enquanto
está quente. Pizza fria é horrível. Exceto quando fica na geladeira de um dia
para o outro.
- Você tem essa mania também? –
ergueu-se da cadeira para pegar um vinho na geladeira.
- Fazia muito isso no tempo de
faculdade, sempre sobrava pedaços de pizza, era um excelente café da manhã
principalmente quando se estava atrasada.
Acho que a maioria dos estudantes faz isso – ele entregou a taça com
vinho tinto a ela – exceto aqueles naturebas, vegetarianos, vegans.
- Que nada! Eles acabam fazendo
também. Hum, esse vinho é bom. Pegue seu prato, vamos sentar à mesa – levou
consigo a garrafa de vinho e ela levou o copo dos dois. Ele sentou-se na
cabeceira com ela ao seu lado – isso aqui está muito bom.
- Capricharam no manjericão...
está uma delícia.
- Sabe como é, cliente antigo,
famoso... – Stana gargalhou.
- Metido! – disse bebendo um
pouco do vinho e inclinando-se para perto dele a fim de beija-lo – hum...
queijo, manjericão e alcool, excelente combinação – beijou-o novamente voltando
em seguida a atenção a sua pizza. Nathan satisfeito com a demonstração dela de
afeto abriu outro assunto.
- Pensei que você fosse brigar
com David hoje da mesma forma que fez com Marlowe sobre o casamento Caskett.
Algum problema em eu beijar a Penny?
- Você sabe que não é isso –
revirou os olhos - Não tenho ciúmes da Penny, o que me incomoda é a ausência de
carinho entre eles. Como seu noivo some por dois meses e depois de esclarecido
parte do ocorrido não há uma troca de carinhos, uma aproximação? Claro que as
coisas continuam nebulosas sobre o desaparecimento de Castle, ainda não se
encaixaram mas sem carinho, como poderiam?
- Calma, amor. Estamos apenas
no segundo episódio. Ainda tem muita história para contar.
- Eu entendo o que David está
propondo, de verdade. Apenas gostaria que tivesse um pouco mais de dedicação na
abordagem do relacionamento – disse Stana tomando o resto do vinho da sua taça.
- Confessa, você quer mesmo é
me beijar – disse Nathan implicando com ela.
- Não se trata disso – entortou
os lábios – mas seria bom poder te beijar durante o trabalho. Só espero que
isso mude.
- Talvez a Dara tenha algo
interessante para nós, pelo menos me deixou curioso, ela sempre faz um lance
mais shipper. Você tem que concordar comigo que se pudessemos nos beijar várias
vezes no set a coisa não ia prestar, não seríamos capazes de nos segurarmos e
poderíamos fazer algo comprometedor. Um amasso... bem, é complicado.
- E daí? Kate e Castle se amam.
Nada mais natural. Quando você viaja para Montreal?
- Toronto. No próximo fim de
semana. É uma comic con. Você bem que poderia vir comigo. Assim eu participava
do evento e depois podíamos curtir um pouquinho do nosso Canadá. O que acha?
- Como vou viajar com você?
Além do mais, seu evento deve ter jantares com amigos nerds de longas datas,
patrocinadores, você não terá tempo para mim – ele sentiu um pouco de mágoa
nessa colocação – não quero ter que dividir seu tempo, melhor ficar por aqui –
se levantou da mesa um pouco chateada levando os pratos até a pia, não queria
demonstrar a ele que não havia gostado de saber junto com todos que ele
viajaria para um evento em outro país, mesmo que fosse o Canadá. Percebendo que
ela estava descontente com o assunto, Nathan se levantou e foi na direção dela.
A última coisa que gostaria nesse momento era que ela ficasse triste ou se
afastasse dele usando de indiferença. Tocando-lhe o braço, ele a puxou para si
envolvendo com uma das mãos a cintura dela.
- Hey... vem cá – aproximou
seus corpos ficando com o nariz quase colado ao dela – não quero dividi-la com
ninguém, estou convidando a minha namorada para me acompanhar numa viagem a
trabalho. Depois do evento serei todo seu, basta você querer. Então, o que me
diz?
- Eu adoraria mas é complicado,
Nate. Você é muito solicitado e visado nesses eventos. Podemos dar bandeira.
- Não daremos. Você viajará em
outro horário, outra companhia aérea até. Ficaremos em hotéis diferentes. Vamos,
Stana. Será bom para nós. O evento é no sábado, teremos o domingo todo para nós
– ele mordiscava o lóbulo da orelha dela tentando convence-la através de
carinho, as mãos subiam pelas costas ficando na lateral dos seios, o que lhe
permitia toca-los de leve. Os lábios voltaram a atenção à boca entreaberta e
convidativa a sua frente. O beijo sexy a fez gemer, quase ronronar – então,
posso entender essa reação como um sim?
- Não ainda, o que mais você
pode me oferecer? – instigou com a voz rouca claramente afetada pela excitação
que começava a tomar conta dela. Nathan mordiscou o queixo dela, sorrindo.
- Uma ou outra coisa... está a
fim de experimentar? – perguntou apertando o mamilo dela.
- Muito... – ele a ergueu sobre
o balcão da cozinha e em minutos as roupas de Stana encontravam-se no chão. Com
um pouco mais de tempo e gemidos, ambos se entregaram ao prazer. Continuaram a
brincadeira até altas horas da noite quando finalmente ela o expulsou alegando
que ele precisava se preparar para receber a sobrinha dela.
Casa de Nathan – 9am
Nathan conferia os últimos
detalhes. Piscina pronta, churrasqueira preparada, jogos e claro os materiais
para o almoço. Não esquecera da sobremesa, dessa vez Anne teria uma surpresa. A
temperatura da cerveja estava ótima e restava a ele se trocar e esperar a
chegada das duas mulheres que lhe dariam o prazer de sua companhia. Quinze
minutos depois, a campainha tocava. Ao abrir a porta, Nathan apenas sentiu
aquele empurrão nas pernas.
- Tio Nathan! – Anne estava
agarrada nas pernas dele – que saudade! – Stana se encarregou de fechar o
portão já que a sobrinha estava ocupada enchendo Nathan de beijos. Quando
finalmente, ele a carregou no colo, a garota sossegou. Ele se aproximou da
namorada sorrindo.
- Será que posso beijar sua tia
agora? Ela pode ficar com ciúmes de você.
- Tia Stana não tem ciúmes de
você. Tio Nathan é que precisa cuidar dela. Todo mundo inteiro acha a tia
linda. Gente adulta que nem você. Todos amam a tia – a menina olhou com cara de
sapeca para Stana e para não perder as regalias do outro, tratou de consertar –
o tio é muito bonito também – usava as duas mãos para segurar o rosto de
Nathan, gesto típico de Stana com ele – muito bonito – o dedinho tocava de leve
o olho – Anne gosta dos olhos bem azuis do tio, parece o céu. A tia Stana tem
sorte de conhecer o tio...
- Anne! Deixe de ser puxa-saco!
– exclamou a tia rindo do jeito da menina.
- Ela só está falando a
verdade, Staninha – colocou a menina no chão – vá colocar seu biquini para
aproveitarmos a piscina, Anne. Deixa eu conversar com a sua tia. A menina saiu
em disparada para a casa. Nathan se aproximou dela apenas para sentir os braços
de Stana ao redor do pescoço dele. Os lábios já atacaram os dele sorvendo-os
carinhosamente entre os seus. Mantendo as testas apoiadas, ela sorria passando
os dedos pelo rosto dele – você não me deu uma resposta ontem sobre Toronto.
Acho que não convenci o bastante, afinal você me expulsou da sua casa, foi
isso?
- Não, seu bobo. Por sua causa
eu não dormi quase nada e quanto a sua performance, foi bastante satisfatória,
tanto que aceito viajar para o Canadá com você – segurou o rosto dele com as
duas mãos e beijou-o intensamente.
- Ah! Como eu amo essas
mulheres Katics... – deu mais um beijo nela – não se preocupe com nada,
agendarei passagem e hotel além de pensar em algo que podemos fazer na cidade –
ela mordiscou o maxilar dele enquanto as mãos vagavam pelo peito desfazendo os
botões da camisa, desceu para o pescoço quando sentiu o puxão de leve da sua
calça. Era Anne que mexia com ela.
- Tia...tiaaa... – Stana ficou
toda errada ao ver que a sobrinha presenciara um momento íntimo dela e de
Nathan, mais relaxado e descolado, ele tomou aquilo como normal e já foi se
distanciando dela pegando na mão de Anne para seguirem no rumo da piscina.
- Pronta? Porque eu estou. Só
preciso tirar a bermuda. Sua tia ainda precisa se vestir, enquanto ela faz
isso, que tal a gente já dar um mergulho? Apostando corrida? – a menina
concordou sorrindo, os olhos brilhavam de alegria - Um, dois... – mas a pequena
já saíra em disparada para pular na água – ei! Isso é trapacear! Volte aqui! –
e Nathan correu para encontra-la à beira da piscina. Stana observava a cena na
qual a sobrinha saia da piscina e o empurrava caindo na gargalhada do jeito
exagerado que Nathan gritava. Nathan daria um ótimo pai, pensou. Aquilo a fez
suspirar surpresa com o próprio pensamento. Ela se pegou avaliando a situação
até decidir seguir para a casa e se trocar.
Quando se juntou a eles na
piscina, Nathan inventou brincarem de basquete dentro da piscina. Ele tinha um
aro improvisado em um dos cantos e Anne já estava com a bola de plástico leve
na mão. Colocou-a sobre seus ombros e juntos formariam um time contra a tia. Durante
a diversão, as gargalhadas da menina eram as melhores, principalmente quando
Stana fingindo estar chateada jogava a bola em Nathan. Por um momento, ele
quase se desequilibrou deixando a menina cair na água. Por sorte, a tia a
segurou e nada estragou a brincadeira.
Nathan deixou as duas na
piscina e foi cuidar do churrasco para o almoço. Disse a elas que era um
pequeno intervalo de descanso porque assim que colocasse a carne no fogo, iriam
para a guerra e apontou para o quintal, no batente que separava o cimento do
gramado estavam as armas d´água. Com o
almoço encaminhado, ele trouxe uma jarra de limonada acompanhada de um prato de
biscoitos. Serviu as duas e tirou um biscoito para si.
Em seguida, correu para pegar
as armas e seguir com a menina para o quintal, Stana resolveu dar uma ajuda com
o almoço enquanto os dois se divertiam.
- Ah, não! A tia tem que
brincar também!
- Anne , eu vou brincar. Deixe
eu adiantar algumas coisas aqui. Comece com o Nathan e já vou atrás de vocês.
Quer apostar como matarei os dois rapidinho?
- Olha só, Anne. Sua tia está
nos desafiando. Duvido que ela consiga ser mais rápida que eu no gatilho. Vai
deixar ela ganhar essa? – disse Nathan provocando a menina – juntos a gente
derruba sua tia, só precisamos de uma estratégia.
- Tio, você acha que podemos
ganhar? Ela é a polícia, esqueceu? Ela sabe atirar pra matar.
- E eu sou o que? O parceiro
dela, sou tão bom quanto a detetive – ele viu a menina revirar os olhos – o que
foi?
- O moço “buito” nem tem um
“revovel”! – Stana desatou a rir.
- Dois a zero, Nathan. Anne se
você treinar com ele quem sabe não conseguem me enganar? Tentem um pouco e já
acabo com a festa de vocês.
- Isso! Vamos provar para sua
tia que ela está errada.
Stana ficou rindo do jeito que
os dois saíram bolando planos mirabolantes para ganhar dela. Aproveitou que Nathan
entretia a menina para preparar alguns legumes e um purê de batatas que Anne
adorava. Sabia que ele estava assando carne e um pedaço de porco, resolveu
fazer uma cone slaw além de cortar espigas de milho em três pedaços para
colocar na churrasqueira. Satisfeita com o que fizera, deixou por último o
molho da salada e um molho de mostarda e mel com pimenta que aprendera para
comer com a carne de porco. Checou a picanha reparando que ele havia
prepararado hamburgueres para colocar na grelha também.
Estando tudo encaminhado, ela
pegou a arma de brinquedo deixada pela menina e na ponta dos pés começou a
andar pelo gramado à procura deles. Não queria dar qualquer pista de que se
aproximava. Seu objetivo era surpreende-los e assim agir como a boa e esperta
detetive Kate Beckett apenas para ter o prazer de derrotar Nathan. A história
do feitiço virou contra o feiticeiro. Para quem queria surpreender, Stana foi
pega com uma cena bem diferente. Nathan deitado ao lado de Anne de bruços sobre
a grama apontando a arma e discutindo com a menina como deveriam atingir a tia.
A forma como tudo acontecia a sua frente, despertou novamente o sentimento
ocorrido mais cedo em Stana. Percebeu seus olhos encherem de água e para
driblar e evitar que ele visse qualquer sinal disso, rapidamente limpou os
olhos e avançou ao encontro deles atirando certeira primeiro nele, depois nela.
- Parados! Vocês estão presos!
– disse apontando a arma – ou deveria dizer mortos? – rindo, ela completou –
não disse que vencia os dois fácil, fácil? Nathan quis me desafiar...
- Eu disse tio! Ela é boa com
“revovel”! – esclamou Anne cruzando os braços chateada.
- E quem disse que acabou? –
perguntou Nathan fazendo sinal para Anne – corre!
Os dois pegaram-na
desprevinida. Nathan tentou ergue-la pelas pernas, mas Stana foi rápida
escapando dos braços dele e caindo ao perder o equilibrio. Levantou-se com
agilidade e correu para longe dele. Claro que os dois seguiram em seu encalço.
Após rodar pelo quintal, ela voltou correndo para a região da piscina,
mergulhando. Quando eles chegaram, ela já estava rindo deles.
- Perdedores e fracotes, isso
que vocês são – ria e fazia uma dança – dancinha da vitória, la la la!
- Como você é sem graça,
Staninha – disse Nathan pulando na piscina em seguida – vem, Anne! Desça pela
escada. Ele foi até ela para ajuda-la a entrar na água novamente. No colo dele,
ela fazia caras de poucos amigos – o que foi, princesa?
- Eu disse que ela ia ganhar.
Sua “estateja” não funcionou. Tia Stana é melhor porque ela é da polícia.
- Aceite que perdeu, Nate. Vai
ser melhor.
- Você está curtindo isso, não?
Tudo bem. Perdemos, Anne. E agora?
- Agora Anne quer comer! Tem
carninha?
- Está com fome? Então fique
aqui com sua tia que eu vou dar um toque especial na carne e já vamos almoçar,
combinado?
- Sim!!!
Nathan checou a carne no fogo, temperou
o porco e chamou-as para almoçar. Stana deu o último toque na salada, mexeu no
purê e serviu Anne. Quando a menina provou a comida, fechou os olhos e elogiou.
- Tá uma delícia! Tia Stana faz
o melhor purê do mundo. A carninha também é gostosa viu, tio?
- Essa menina dá pra política,
pode apostar. Você quer o que?
- Porco primeiro, fiz um molho
especial para comer com ele. Acho que vai combinar bem com essas cebolas,
batatas assadas e o milho.
Eles comeram enquanto
conversavam animadamente. Depois, ela levou a sobrinha para tomar um banho e
tirar uma soneca. Nathan ajeitava a sujeira do almoço. Mas a pequena se recusou
a dormir. Sabendo que a teimosia seria vencida logo, a tia a colocou para
assistir desenho no sofá da sala. Quando Nathan se juntou a elas, já de banho
tomado, Anne dormia com a cabeça apoiada no colo de Stana. Cuidadosamente, ele
a ergueu e levou para o quarto que ela sempre ocupava na sua casa. Voltou para
se sentar ao lado dela no sofá.
Já chegou beijando-a e
aconchegando Stana em seus braços, o que ela não ia reclamar. Era bom passar
esse tempo a dois, ela já se animara com a curta viagem que teriam a frente
pelo mesmo motivo, algumas horas somente deles. Após quebrar o beijo, passava a
mão pelo rosto dele, como quem admira alguém. Nathan fez o mesmo com o rosto
dela e ajeitando os cabelos para trás da orelha.
- Sabe que eu adoro te ver
brincando com Anne? Parece que você se diverte mais que ela.
- Ah, é divertido sim. Gosto
dela, de agrada-la. Ainda tenho uma surpresa para o lanche. É só Anne acordar. Crianças
são divertidas, sua ingenuidade e autenticidade me fascinam. Sempre me sinto
bem ao lado delas, são capazes de te arrancar um sorriso mesmo quando seu dia
está péssimo, não há desconfiança ou falsidade. É bom viver o mundo delas de
vez em quando para não nos esquecermos que pequenas coisas como observar uma
flor desabrochar, um caminho de formigas no jardim, ganhar um sorriso, podem
fazer toda a diferença na vida de alguém.
- Você falando desse jeito...
me dá vontade de... – ela acariciava-lhe o rosto sem tirar o olhar fixo dele.
Não sabia ao certo como completar aquela frase usando seu pensamento sem soar
estranha ou levantar uma situação contrangedora entre os dois.
- Diga, te dá vontade de que? –
perguntou Nathan.
- De me entregar completamente
a você – disse ela saindo pela tangente. Para ele, bastou. Puxou-a para junto
de si tomando-a num beijo apaixonado, calmamente deitou-a no sofá jogando seu
peso sobre o dela sem quebrar o contato dos lábios. As linguas se roçavam, as mãos
tocavam o corpo um do outro. Havia murmúrios e gemidos. Ela sentiu o membro
dele pressionado contra a sua coxa. Queria tanto seguir adiante, curtir o
momento íntimo e de prazer mas não era correto, Anne poderia aparecer a
qualquer momento. Nathan apertava os seios dela enviando as mãos por baixo da
camisa que ela vestia. A obrigação de para-lo foi contida devido aos toques que
recebia dele fazendo-a gemer e sentir a umidade se instalar no centro das
pernas. Reuniu todas as suas forças para impedi-lo de continuar.
- Nate... por favor...não
podemos continuar... Anne... – ele sequer dava ouvidos ao que ela dizia. A boca
continuava devorando o pescoço rumo ao colo. Abocanhou um dos seios sobre o
tecido mesmo da camisa fazendo-a gemer e arquear o corpo contra ele – por
favor... não... – era tarde demais. Estava tão excitada que bastou alguns
toques dele entre as pernas para que o orgasmo a atingisse. Roubando um último
beijo, ele finalmente parou para admira-la. Após recobrar o fôlego, ela
suspirou aliviada antes de falar.
- Seu louco! Eu não te disse
para parar? E se a menina chegasse de uma hora pra outra? Nossa!
- Tudo bem, amor. Nada
aconteceu, ou melhor aconteceu algo bom pra você. Gostou?
- Você ainda pergunta? Mas
preciso me trocar. Que calor.... – levantou-se do sofá mas inclinou o corpo na
direção dele de novo – louco, louco – segurou o rosto de Nathan e beijou-o mais
uma vez.
Ao acordar, Anne desceu as
escadas e encontrou os dois na frente da tv. Reclamou que estava com fome,
então Nathan decidiu que era a hora da surpresa. Sumindo para cozinha, colocou
os bolinhos para assar. Levariam cerca de doze minutos. Preparou os pratos
enquando Stana entretia a menina. Terminado o tempo, serviu e acrescentou o
sorvete de creme e a calda de chocolate. Chegou com a bandeja colocando-a sobre
a mesinha de centro. O cheiro do chocolate já despertara a curiosidade das
duas.
- Petit gateau, ma cheriee?
- Bolinho de chocolate com
sorvete! – Anne bateu palmas empolgada – Anne adora chocolate. Posso comer,
tio?
- Claro! Vamos todos comer.
Assim que saborearam o doce,
Nathan perguntou se Anne gostaria de jogar, porém seu convite foi negado. Ela
pediu para que esperasse um pouco e subiu as escadas com uma rapidez
impressionante. Voltou quase na mesma velocidade trazendo sua mochila. Retirou de
dentro um estojo de maquiagem de brinquedo.
- Anne quer brincar de
maquiar...
- Mas isso é com sua tia.
- Não, Anne quer maquiar o tio
– a cara de pavor de Nathan fez Stana segurar a sua risada – pode? Por favor?
- Claro que sim – Stana
respondeu – Nate é tudo brincadeira, vai...
- Tudo bem... – pela
concordância ele ganhou um abraço de Anne e um beijo de Stana. A diversão da
menina começou. A tia ajudou-a a arrumar os materiais, mostrou como se usava
certas coisas e seguindo as orientações da tia, Anne maquiava Nathan. Ela mesma
escolhia as cores que ia usar. De vez em quando, ele dava sua opinião sobre as
cores que gostava e o que achava bonito. A medida que o rosto dele era pintado,
Stana tentava segurar o riso ao ver o que estava se formando diante delas. Por
outro lado, admirou a paciência com a menina e o incentivo, só não tinha
certeza da reação ao resultado final. Anne pegou o batom vermelho para dar o
toque final. Primeiro, Stana pegou o batom e mostrou como fazer em seus
próprios lábios.
Anne então caprichou no
vermelho sobre e ao redor dos lábios de Nathan, pegou o espelho a fim de
mostrar seu feito para ele.
- Olha tio como ficou “buito” –
estendeu o espelho para ele enquanto Stana segurava o riso. O rosto estava
cheio de pó compacto bem rosado, as sombras bem azuis cobriam até as
sobrancelhas e o batom era um caso à parte. A boca de Nathan parecia a de um
palhaço. O choque inicial deu lugar ao riso.
- Nossa! Como eu estou...
diferente – olhou para Stana procurando alguma ajuda mas percebeu o quanto ela
se segurava para não mangar dele – você gostou de fazer isso?
- Muitão.
- Acho que merece uma foto –
disse Stana pegando o celular – Anne, fique ao lado do Nathan, isso. Agora
sorriam – tirou a foto – ótimo, deixa eu tirar uma somente do tio – repetiu o
processo. Guardaria aquilo para um momento apropriado, afinal nunca se sabe o
que o futuro lhes reservaria.
- Você está adorndo isso não,
Staninha? – falou num tom que beirava o sarcasmo, virou-se para a menina - Então
posso lavar o rosto agora – disse Nathan se levantando já louco para se livrar
daquelas pinturas todas mas foi interrompido por Anne que segurou seu braço.
- Não, tio! Tem que ficar
assim. Só tira a maquiagem quando for dormir. E Anne tá com fome.... o que tem
pra jantar, tio? – Nathan ainda olhava para Stana com uma cara de desespero por
saber que não poderia contrariar a criança a menos que ela o ajudasse, no fundo
via que ela estava adorando tudo aquilo.
- Que tal hamburguer? Sobraram
do almoço que nem foram para a churrasqueira. Podemos fazer um super sanduiche.
Enquanto seu tio frita a carne eu preparo umas batatas fritas para acompanhar,
que tal?
- Hamburguer com catchup e pão
também? – perguntou Anne já lambendo os lábios.
- Claro. Tudo bem pra você,
Nate?
- Sim, vamos para a cozinha.
Princesa, fique assistindo desenhos ok?
Ele seguiu para a cozinha com
Stana se preparando para retrucar o fato dela não ter apoiado para que ele se
livrasse da pintura no rosto. Porém, antes de começar a reclamar, foi surpreendido
com um beliscão no bumbum e um beijo no rosto mesmo que todo coberto de pó.
- Eu nem sei dizer o que eu
sinto quando vejo a maneira como você interage, aceita e entra na brincadeira
para agradar Anne. Sabe eu sinto que fico em dívida com você e ainda mais
apaixonada, babe – olhava para ele com sinceridade no olhar e um sorriso tão
belo que amansou o coração dele – como é possível você ser tão..tão cativante?
– aproximou-se dele sem importar-se com a pintura, sorveu os lábios dele aos
seus. Nathan aprofundou o beijo puxando-a para si. Ao quebrar o contato, o
batom manchara o rosto de Stana e ficara ainda mais borrado no rosto de Nathan
– você está mais fofo agora...
- Sei, sei com cara de
palhaço...
- Meu palhaço... meu bobo
amado... – Nathan apenas sorriu de volta – vamos cuidar do jantar da pequena
antes que ela grite estar com fome.
Eles trabalharam juntos para
fazer o jantar. A idéia de Stana era servir para em seguida colocar Anne na
cama. Na verdade, ela gostaria de levar a menina de volta para casa a fim de
curtir o final de semana com Nathan, mas em virtude de tudo o que acontecera
durante o dia, ficou com pena de acabar com a alegria da criança. Sentaram-se à
mesa para saborear os belos hamburgueres e as batatas fritas que na verdade
foram feitas no forno, de maneira saudável. Anne achou tudo delicioso. Para a
sobremesa, Nathan tirou da geladeira um pote com morangos enormes, um frasco de
chantilly e uma calda quente de chocolate que Stana preparara. Deliciaram-se
com a guloseima até lamber os dedos. Nathan repetiu a mesma besteira que Castle
faz com o chantilly e seu rosto ficou ainda pior, o que rendeu excelentes
gargalhadas das duas.
- Chega de sujeira! Vou colocar
a Anne para dormir e não tente fazer nada no seu rosto. Vou usar produtos
apropriados para limpar isso tudo. Encontro com você no quarto – assim ela
ordenou que Anne tomasse banho, separou sua roupa de dormir e penteou os
cabelos dela. Já deitada, Stana a cobriu.
- Tia, você não vai contar uma
história? Anne quer ouvir uma hiatória da policial... tem alguma com
neném?
- Está tarde, docinho – Stana
gostaria de faze-la dormir o quanto antes. Não percebeu que Nathan estava
escorado na porta escutando a conversa.
- Eu tenho uma ótima história
com um bebê. Você vai descobrir Anne que a policial não leva muito jeito com
crianças ou assim ela diz, a realidade é um pouco diferente – ele se sentou ao
lado da cama de Anne, o rosto ainda todo lambuzado de maquiagem e começou a
contar o caso próximo ao natal, Stana buscou a mão dele e a envolveu com a sua,
novamente um gesto de gratidão por ter tanta paciência com a menina. Próximo ao
fim da história, Anne já estava caindo de sono fechando algumas vezes os olhos
mas persistia em ouvir o que Nathan dizia. Depois do desfecho, ela ficou
olhando para a tia por um momento antes de perguntar o que estava preocupando
sua cabecinha.
- Tia, você também não quer
bebê igual a policial?
- Claro que quero, Kate também.
Ela só tem medo de não ser uma boa mãe, mas ela tem Castle para ajuda-la.
- E a tia tem o tio, certo? O
tio gosta muito de bebê e de criança. Tio Nathan gosta da Anne.
- É verdade... – Stana cortou o
assunto antes que se tornasse complicado para ambos, especialmente após os pensamentos
que lhe ocorreram durante aquele dia – bem, você ja ouviu sua história então
hora de dormir. Boa noite, docinho – beijou a testa da menina e a cobriu.
- Boa noite, Anne. Não vou te
beijar porque...bem... não quero sujar você.
- Tá, boa noite. Amo vocês, o
tio e a tia.
Stana apagou a luz e saiu rumo
ao quarto de Nathan com ele atrás. Foi direto ao banheiro pegar algodão e seus
produtos para remoção de maquiagem. Ela já havia deixado algumas coisas por lá
para facilitar as vezes que acabava ficando a noite. Sentados na cama um de
frente para o outro, ela removia cuidadosamente o excesso da maquiagem do
rosto. Nathan estava de olhos fechados mas suas mãos deslizavam para cima e
para baixo nas pernas dela. Quinze minutos depois, o rosto de Nathan estava
limpo e devidamente hidratado. Stana encostou o nariz na pele das bochechas e
cheirou até os lábios voltarem a se encontrar novamente.
O beijo foi aprofundado. Nathan
deitou-a na cama, deslizando as mãos pelo corpo dela. Em questão de segundos,
ela estava sem roupa usando apenas a calcinha. Foi a vez dela virar-se para
ficar por cima e no controle. Preocupou-se em livrar-se das calças, tudo isso
sem perder contato corpo a corpo. Ela quebrou o contato dos lábios voltando sua
atenção para o lóbulo da orelha. Uma das mãos deslizou para apertar o membro a
meio caminho da total excitação, ao ouvir o gemido dele sussurrou ao ouvido
sensualmente.
- Preciso de você, Nate.
Completamente dentro de mim...agora.
Como música, ele obedeceu
fazendo amor com ela entregando-se juntos ao ápice do prazer.
O domingo foi calmo. Muitas
brincadeiras, comilanças e muito carinho de Anne com os dois. Por volta das
cinco da tarde, despediran-se dele e Stana levou-a para casa. Era
impressionante como esses momentos entre eles faziam Stana sentir-se muito bem.
Em sua cama, ela recapitulou tudo o que ocorrera naquele final de semana.
Queria guardar na memória lembrançss totalmente preciosas presenciadas por ela
entre Nathan e Anne. Em alguns momentos, ele parecia o pai dela. Stana não
ousava comentar isso com ele mas, por várias vezes naquele fim de semana se
pegou pensando em como seria ter um filho com Nathan Fillion. Ele amava
crianças, adorava conversar com elas, se igualar a elas e como sabia muitas
vezes ele parecia ainda ter nove anos, porém a forma como as tratava
demonstrava zelo e preocupação, o mesmo cuidado que ele tinha com Stana. Não
tinha dúvidas que Nathan tinha a paternidade pronta dentro de si, esperava
apenas que alguém lhe desse uma chance de vivê-la, não com o filho dos outros e
sim com os seus próprios. Ela também tinha o desejo de ser mãse, a pergunta era
quando? Não tinham muito tempo para decidir. O relógio biológico começava a
apressar com seu tique taque constante. Stana se perguntava como poderia decidir
se nem conseguia conversar sobre o assunto com Nathan? A idéia de ser mãe
também a apavorava, tinha medo de não ser metade da mãe que D. Rada foi, isso
era assustador o suficiente para fazê-la recuar em seus planos.
As gravações da semana corriam
muito bem. O mistério sobre o que acontecera com Castle perdurava. Porém, esse
não era o assunto que dominava a conversa nos bastidores do Raleigh Studios.
Todos comentavam da aproximação do lançamento do DVD da sexta temporada. Tanto
entre o fandom como entre as pessoas da equipe técnica, o comentário era o
mesmo. Sempre se perguntavam se colocaram as cenas melhores nos bloopers, se os
documentários estavam apropriados, os episódios com comentários. Cada detalhe
era importante. Stana estava particularmente feliz pelo documentário que
gravara com Mark para os extras, houveram momentos que ele a capturou com sua
lente que nem mesmo ela percebera. Em sua opinião, os fãs ficariam satisfeitos.
Contudo, nada era mais aguardado que a cena deletada de Always, não importava
que fossem vinte, trinta segundos. Essa cena valia mais que todo o DVD para
milhares de fãs. Não se tratava de sexo ou pegação, era apenas a continuação de
um dos momentos mais lindos da série. Seja para o público, para os produtores e
principalmente para ela e Nathan.
Estavam em um breve intervalo
das gravações aguardando a troca de cenários na sala dos escritores. Nathan
havia saído para buscar café e Dara escrevia os últimos detalhes do script que
ambos receberiam na próxima semana. Terri estava montando as bases de produção
para o quarto episódio a ser filmado durante o mês de agosto. Ao lado do computador,
estava uma caixa com a amostra do DVD e cada um dos extras em separado para
serem preparados e jogados na mídia. Os discos vieram para uma última
supervisão dela antes de dar o “ de acordo” para a produção.
Nathan retornou com duas
canecas de café, uma para si e outra para Stana. A dela tinha um coração
desenhado na espuma. Sorriu ao perceber o gesto singelo dele. Sentou-se ao lado
de Dara querendo bisbilhotar o que ela fazia. Claro que a escritora percebeu no
ato a intenção dele e tratou de bloquear a tela do notebook.
- Devagar, Sr. Espertinho. A
curiosidade matou o gato.
- Falando em curiosidade –
disse Terri – fico impressionada com a vontade dos nossos fãs, ou melhor dos
fãs desses dois em contar os dias para ver os extras do DVD. Desde que Lisa
soltou na rede que a cena deletada de Always estaria no box da sexta temporada,
a internet enlouqueceu.
- Os bons e velhos shippers, eles
são pelo amor, Terri. Isso não devia te espantar afinal, foi Marlowe quem
alimentou o romance desde o início com todo o lance de musa, tal qual a
história de vocês. Eu acho fascinante.
- Olha quem fala, a shipper
queen. Stana você não é referência. Mas, devo admitir que não se trata de não
saber o amor de nossos fãs pela série mas o quanto realmente nós alcançamos em
seis anos de show. Aproveitando que vocês estão aqui, deixa eu mostrar como
ficou os bloopers e o trabalho de Mark.
- Ah, Terri. Mostre logo a cena
deletada – disse Dara o que fez Terri franzir o cenho – o que foi? Eu também
sou shipper. Eles riram da reação dela. Cedendo aos apelos, Terri passou os
bloopers que foi motivo de risada e várias reviradas de olhos dos dois atores
para então mostrar o pedaço da cena. Quando a mesma passava no monitor dela,
Stana concentrou-se em sentir apenas. Sua mente retornou aquela noite de abril
em estúdio onde poucas pessoas presenciaram um dos momentos mais perfeitos
daquele show. Muitos acreditaram apenas em ser uma cena mais quente entre dois
atores maravilhosos, atuação de primeira linha. Porém, apenas ela e Nathan
sabiam o que aquela cena de Always e sua sequeêcia significaram para cada um
deles, a princípio individualmente para meses depois declararem o óbvio um ao
outro. Inconscientemente, ela buscou pela mão dele embaixo da mesa e a
apertou-a. Quando a cena terminou, Nathan foi quem falou.
- Ficou muito bom – disse
Nathan – quando vocês soltarem na internet podem se preparar para ver a cena
extendida. Nossos fãs vão juntar os dois momentos como eles queriam que tivesse
sido.
- Sabemos disso. É bom dar a
eles algo para compensar a espera pelo casamento – disse Terri. Dara permanecia
calada, parecia estar em outro lugar, nem piscava. Nathan notou o jeito dela
mas resolveu não comentar, conhecia a escritora e cutuca-la poderia fazer com
que ela desse uma indireta daquelas. Terri por outro lado, não tinha o mesmo problema – Dara,
por que está tão calada? Hey! Terra para Dara! – com a voz um pouco mais
elevada de Terri, ela voltou a dar atenção as pessoas ao seu redor.
- Desculpe, eu meio que viajei
aqui. Essa cena é muito linda. Fico meio boba ao ver esses dois atuando ali. O
que posso fazer? Sou uma romântica sem cura – sorriu e fez Stana sorrir com
ela.
- Não somos todos? – disse
Stana deixando um suspiro escapar – nossos fãs vão ficar satisfeitos, por hora.
Nathan lembrou-nos de um bom ponto. Logo estarão perguntando se Castle e
Beckett não irão se mostrar como um casal, cobrarão beijos e outras coisas.
Foram dois meses angustiantes, sem notícias e se reencontraram sem qualquer
demonstração mais forte de carinho? Confesso que adorei a cena final desse
episódio, ver Kate se entregando às emoções foi um bom começo. Com Castle, ela
sabe que pode fazer isso porque não existe nada entre eles. Todos os
obstáculos, os muros, as reservas se foram.
- Sim, adoro como você lê as
personagens tão bem, Stana – disse Terri – concordo com você sobre a questão do
sentimento, de mostrar mais o sentimento entre os noivos, parceiros. Não fique
tão preocupada, logo você e os fãs vão receber algo que vai responder a essa
falta dos dois primeiros episódios. Nesse instante, uma das meninas da
maquiagem vem chama-los. Somente nesse hora que Stana se tocou que ainda segurava
a mão dele.
- O recreio acabou – disse
Nathan – vamos antes que briguem conosco Stana. Falta pouco agora. Hoje já é
quinta. Deixaram a sala rumo ao set de gravação.
Na sexta à noite, Nathan
embarcou em um avião rumo a Toronto. Pela manhã, foi a vez de Stana. Desde o
papo na sala com Terri e após ter visto a cena deletada, ela não parou de
pensar sobre o relacionamento deles e o impacto que aquele episódio significou
na vida de ambos. Foi por causa daquele final de temporada que ela finalmente
parou de negar o óbvio a si mesma. O pensamento na volta daquele hiatus e tudo
o que se seguiu depois, levou-os a esse momento maravilhoso que viviam hoje.
Isso trouxe outra revelação diante de várias daquela semana, eles estavam
juntos a um ano. Stana sequer tinha percebido. Estar com ele era algo tão
natural que a sensação era como se já estivessem juntos a anos. Não era tão
desligada para datas, talvez esse esquecimento em particular fosse porque, no
fundo, seu relacionamento novamente se misturava com o da ficção. Muitas vezes,
tornava-se difícil saber se eram Castle e Beckett ou Nathan e Stana.
Assim que pousou na cidade,
enviou uma mensagem a Nathan avisando que seguira para o hotel. Após desfazer a
mala, tomou um banho, trocou de roupa e saiu para passear. Conforme se
informara havia um museu próximo ao hotel que Stana fez questão de visitar.
Depois de um café delicioso, ela se acabou no poutine. Recebeu a resposta de
Nathan enquanto comia avisando que tivera um intervalo agora e mais tarde sua
última sessão terminava às quatro da tarde. Pediu para que estivesse pronta às
sete da noite que ele a levaria para jantar. Respondeu aceitando o convite.
Passeou de metrô por vários locais da cidade e até fez compras para si e para a
sobrinha. Retornou ao hotel clamando por um bom banho. Encheu a banheira e se
deixou relaxar para estar bem disposta à noite. Se dependesse dela, eles não
dormiriam.
Por volta de sete da noite, ela
estava retocando a maquiagem à espera de Nathan. O telefone do seu quarto tocou
informando que havia um cavalheiro de nome Richard à sua espera no lobby. Ele
usara o nome da sua personagem. Sorrindo informou que desceria em dez minutos.
Ajeitou o cabelo de frente para o espelho, vestia um longette vermelho
aparentemente bem comportado, mas que deixava a pele à amostra tendo apenas um
“X” na longa extensão das costas. Satisfeita, deixou o quarto. Ao chegar ao
saguão do hotel, logo o avistou. Estava lindo com uma calça gelo e uma camisa
rosa, Nathan exalava sensualidade. Aproximando-se dele, sorriu falando.
- Hey, gorgeous... esperando
alguém? – ele virou-se para fita-la.
- Sim, uma bela mulher de olhos
amendoados, pernas longas, lábios macios e um sorriso igual ao seu. Hey,
Staninha... pronta para aproveitar um pouco a noite de Toronto? Qual sua
preferência,comida em restaurante, pubs, bar... quer que cozinha?
- Você escolhe, qualquer coisa.
Pode ser simples mesmo.
- Como um bom hambúrguer?
Porque soube que inaugurou um restaurante sérvio, que tal?
- Sérvio? Aqui em Toronto?
Nossa! Mas hoje eu passo, melhor ficar com comida simples, fritas, sanduiches,
porco e poutine.
- Então já sei onde vamos – deu
o braço para ela e saíram para rua onde Nathan deixava seu carro estacionado. Foram
ao Farmer’s Daughter. O ambiente simples e despojado com a decoração ao estilo
rústico, trazia um cardápio simples e cheio de gostosuras. Bebendo vinho, eles
experimentaram um pouco de tudo e se acabaram no poutine. A noite foi bem
agradável. Por volta das onze da noite, ele pagou a conta e deixaram o lugar –
agora nós vamos até o meu hotel porque passaremos a noite lá e amanhã iremos
para Montreal, voltamos de lá para L.A.
- Preciso pegar minhas coisas!
Você nem me avisou antes. Tenho que fechar a conta do hotel.
- Vamos até o seu hotel e tudo
que você precisa fazer é pegar suas coisas, não se preocupe em fazer o check
out, está tudo resolvido.
Ele parou na frente do hotel e
ficou no carro esperando por Stana. Ela não demorou nem dez minutos e Nathan
arrancou rumo ao seu hotel. Estava hospedado em um Marriot. Subiram sem serem
notados. No quarto, ela colocou a pequena mala sobre uma cadeira. Nathan a
abraçou por trás beijando-lhe o pescoço, envolvendo a cintura dela com ambas as
mãos. Uma delas subia rumo aos seios e Stana virou a cabeça para o lado dando-lhe
melhor acesso. Quando apertou o seio dela sobre o vestido, gemeu buscando os
lábios dele. O beijo começou leve e carinhoso porém em segundos evoluiu para
uma atmosfera de desejo e intensidade que somenete aqueles dois conseguiam
sentir ao se tocarem.
Nathan achou o fecho do vestido
na lateral e como um passe de mágica, a peça foi ao chão. Stana virou-se para
fita-lo, os dedos ágeis já desabotoavam a camisa, expondo o peito bem a sua
frente. Novamente, ela sorveu os lábios dele para tirar-lhe a atenção
livrando-se da calça que vestia. Agora estavam quites, ambos em suas roupas
íntimas exceto que ela usava apenas calcinha. Sem querer esperar mais,
empurrou-o na cama debruçando-se sobre o corpo de Nathan. Os lábios deslizavam
pela pele do peito dele, a língua brincava com o mamilo provocando, mordiscando
e deixando marcas de dentadas leves na pele dele. Sentiu a excitação do membro
já em ponto de bala, ela mesmo estava úmida com poucos minutos de preliminares.
Sentou-se sobre a cintura dele tornando a beija-lo. Nathan aproveitou o momento
de distração para mudar de posição deixando-a presa abaixo dele.
Foi a vez dele comandar o show.
Com maestria, Nathan desvendava com os lábios e a língua cada cantinho do corpo
de Stana. Beijou-lhe os seios, acariciou-os e sugou-os para si levando-a a se
contorcer todinha abaixo do corpo dele. As carícias continuavam até sua boca
encontrar o elástico da calcinha. Não exitou em deslizar o fino tecido pelas
pernas dela e jogando longe a lingerie. Afastou as pernas para poder se
posicionar melhor. Então a provou.
Ao sentir os lábios dele
provando-a, Stana reagiu no mesmo instante. O corpo contorcia-se por baixo
dele, pequenos gemidos escapavam da sua boca ao sentir a língua a devorando.
Nathan estava gostando do que fazia a mulher abaixo de si se rejubilar.
Intensificou o movimento da língua e dos lábios até o momento que enfiou dois
dedos para agilizar o prazer. A boca não parara porém, provava a parte interna
de suas coxas, a outra mão escapou para apertar-lhe o seio. Pode sentir quando
o corpo dela começou a tremer sob si mesmo. Sabia que estava próximo de atingir
um orgasmo, bastava apenas um empurrãozinho a mais. Assim o fez, em poucos
segundos Stana gritou e se deixou levar pelo orgasmo.
Ela mal se recuperara de um e
Nathan já instigava-a novamente. Dessa vez, posicionou-se e penetrou-a. Stana
enroscou suas pernas na cintura deixando-se levar por puro prazer. Ele ditava o
ritmo, mas seus corpos trabalhavam juntos em sincronia. A cada estocada, sentia
que se aproximava ainda mais do orgasmo. Nathan roubou-lhe um beijo e não
satisfeito tomou-lhe os lábios de forma avassaladora. Roçava seus dentes na
garganta dela já entrando em uma situação crítica de prazer, lutava com toda a
força para manter o controle. Desejava gozar com ela, aumentou o ritmo tornando
o ato mais frenético. Stana sentiu o corpo no limite pelos tremores e os
arrepios que o tomavam, não aguentando mais, o orgasmo a consumiu. Nathan se
juntou a ela.
Demorou pelo menos uns dez
minutos para que os dois recuperassem o fôlego. Stana se aninhou no peito dele,
beijou-lhe o peito.
- É bom ficar assim, só eu e
você – sentiu os dedos dele acariciando o cabelo dela – uma noite maravilhosa.
E que para mim, está longe de acabar.
- Hum... está mesmo com a corda
toda hoje, Staninha? – ela ergueu a cabeça para encontrar os olhos dele,
apoiou-se no corpo dele buscando os lábios – pelo jeito, está.
- Nate, reparou que estamos
juntos há mais de um ano já? Que faz um ano que fizemos amor pela primeira vez?
Parece que foi a tanto tempo que sequer me lembrei da data.
- É porque ainda não completou
um ano, amor. Será na próxima semana.
- Mesmo? Como você pode se
lembrar? Acho que considero tão natural a nossa união, algo tão Castle e
Beckett que nem me toquei. Sou uma namorada má por isso?
- Claro que não! Só o fato de
você achar que estamos juntos a mais tempo já me deixa feliz. Na próxima
semana, comemoramos novamente. Porém, quero um pagamento especial pelo
esquecimento.
- Sabia que não seria tão fácil
assim.... – beijou o peito dele – o que você quer?
- Você pode começar fazendo uma
massagem e depois.... quem sabe o que você pode bolar nessa sua cabecinha
prodigiosa? – disse Nathan. Ela mordeu o peito dele, rindo. Ergueu-se ficando
sentada enquanto ele se virara para receber a massagem. Debruçou-se sobre o
corpo de Nathan aproximando-se do seu rosto, mordiscou o lóbulo da orelha e
sussurrou.
- Tenha cuidado com o que
deseja, Nate.... às vezes algo muito louco pode acontecer – iniciou a massagem
nas costas dele esfregando o seu corpo na extensão do dele. Nathan entendera o
recado, era apenas um prelúdio para mais uma rodada sexy e excitante de prazer
entre eles. Não teriam problema, tinha a noite toda ao seu dispor.
A volta para L.A. foi
tranquila. De volta ao estúdio, Nathan entregou as fotos que tirara a Rob,
independente dele usa-las. As filmagens do segundo episódio terminaram na
terça. Antes de sair do trabalho naquele dia, já foram avisados para estarem cedo
por ali. Ao questionar qual seria o tema do primeiro episódio de Dara e Chad,
Nathan soltou uma gargalhada ao saber que seria sobre um homem invisível.
Agora, mal podia esperar para filmar o que parecia ser muito divertido.
- Em outras palavras, tenho que
me preparar para as teorias malucas de Castle – disse Stana.
- Um típico episódio de Castle
mas Stana, acho que serei capaz de surpreender você dessa vez... – provocou
Dara.
- A julgar pelas outras vezes,
acredito que sim.
- Você verá – e Stana jurou que
viu um sorriso malicioso no rosto da escritora.
Continua........
Um comentário:
Anne is back...Ovetdose de fofura!!!!
Amoooooo essa moça.Stana querendo bjo e algumas coisinhas entre Caskett,adoooooooooooro super me representa,Dara sempre que aparece diva <3
Senti a adrenalina a mil,perigo aaaaaah o perigo a menina no quarto e a coisa pegando fogo na sala,comoooooo lidar??????!!!!
Anne,minha pequena maquiou o tio dignamente dei altas risadas,confesso que pensei que o tempo iria fechar por conta da viagem dele.Mas,ela foi junto ufa!
O lado maternal dela dando sinal,vomito arco-iris pq sim!
Magina a coisa mais perfeita que saira desses 2,ñ vou saber lidar =p
Stana,Stana....Dara vai lacrar girl!
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