Nota da Autora: Ok, estou boazinha kkkkk... na verdade estou aproveitando que me livrei de uma apresentação hoje para escrever. Como mencionei, os proximos capitulos irão abordar natal, ano novo, presentes...(culpem o hiatus!) Começaremos a ver nosso casal se preparando para as festas.... Ah! Não estranhem a falta de NC é proposital para o capitulo ideal... enjoy!
Cap.60
- Desculpe... eu... - Jeff estava surpreso e também envergonhado
diante do que acabara de presenciar. Não tanto quanto Stana que além de
vermelha, estava enrolando-se toda atrás de Nathan para cobrir o corpo o mais
rápido que podia. O coração acelerado parecia que ia sair pela boca.
- Oh, meu Deus...meu Deus – ela repetia várias
vezes o mantra em voz alta e continuou em sua mente, isso não podia estar
acontecendo. Ao tentar vestir-se com a camisa dele, percebeu que as mãos
tremiam.
- Você não pode ir entrando assim na casa dos
outros, você sequer avisou que estava vindo para Los Angeles.
- Hey, bro... eu nunca precisei fazer isso,
esqueceu? Você sempre me deixou livre para ir e vir na sua casa. Colocou até a
chave no vaso próximo ao portão da garagem para facilitar minha entrada para
não atrapalhar seus horários que geralmente são loucos. Não fiz nada do que já
não estava combinado. Mais uma vez desculpe, eu não pretendia atrapalhar nem
muito menos constranger ninguém.
Nathan passou a mão nos cabelos, virou-se para
fitar Stana. Ela ainda estava meio em choque com o susto. Estava de calça e
vestira a camisa dele para sentir-se menos vulnerável em frente ao irmão de
Nathan. Era uma situação embaraçosa, mas agora teriam que lidar com isso. Jeff
seria mais um a saber do segredo deles. Suspirando, ela deu um meio sorriso
para o marido como um sinal de aceitação, como quem diz vá em frente.
Segurando a mão dela, Nathan a trouxe até o
sofá para ficarem de frente para Jeff.
- Acho que não precisam de apresentação, mesmo
assim. Jeff conheça Stana Katic – Jeff estendeu a mão sorrindo para
cumprimenta-la quando Nathan completou - minha esposa – os olhos do irmão se
arregalaram.
- Sua o que?
- Minha esposa. Estamos casados há um ano, bro.
- Meu Deus! Preciso me sentar... – ele mantinha
os olhos arregalados na direção de Stana e depois para Nathan, muita informação
– espera, quando isso aconteceu? Como? Por que você não me disse antes? Wow!
Agora sei o que sentiu quando eu entrei e vi vocês. Wow! Desculpa, Stana. É um
prazer conhece-la pessoalmente sem o ambiente de gravações e séries, mas...
caramba! Contem essa história direito. Você não está zoando com a minha cara,
certo Nate? É claro que não, depois do que eu vi – o irmão mostrou a aliança –
é definitivamente o lance é sério.
- Sim, muito sério. Aconteceu logo no início
das filmagens da sexta temporada. Ambos decidimos dar uma chance para os nossos
sentimentos, deu certo. Descobrimos que assim como nossas personagens não
conseguimos ficar separados. Optamos por manter a relação em segredo e
pouquíssimas pessoas sabem disso. Hoje, apenas um cara que trabalha conosco
sabe. Casamos no mesmo dia que filmamos o casamento de Castle e Beckett, assim
ninguém desconfia do nosso envolvimento muito menos das alianças verdadeiras
que usamos.
- Como vocês conseguem viver assim? Como
conseguem trabalhar sem levantar suspeitas?
- É um pouco frustrante as vezes, porém o fato
de nossas personagens estarem casadas ajuda na dinâmica.
- Então, Andrew o criador, sabe.
- Sabe, mas somente porque contamos para eles
antes deles saírem do comando da série. Os produtores atuais não têm ideia.
- Nossa! Seja bem-vinda a família Fillion,
Stana. Mesmo que seja atrasado, fico feliz de ver que vocês estão bem. Aliás,
você é o verdadeiro motivo do meu irmão estar assim, radiante. Sabia que algo
estava acontecendo com ele, só que nunca pensaria que seria você a responsável
por essa suposta fase de felicidade. Você já deve saber que ele sempre foi
apaixonado por você, arrastava um caminhão... eu fui uma das pessoas que chegou
a desencoraja-lo quanto a esse romance. Eu dizia: Stana não irá cair nas suas
cantadas, na sua lábia. Ela é inteligente demais, não se deixará levar. Você é
meio moleque. E olha o que aconteceu!
- Se serve de consolo, eu também era apaixonada
por ele desde o momento que filmamos o piloto. Ele me conquistou com esse jeito
bobo de menino – ela acariciava a coxa dele já mais calma – éramos teimosos
demais para admitir nossos sentimentos, além de tudo o que envolvia o nosso
trabalho.
- Bem, vocês parecem ter superado esse
obstáculo. E quem mais sabe? Mamãe?
- Não! – Nathan respondeu rapidamente
arregalando os olhos - E você nem pense em contar a ela. Sabe o quanto ela é
ruim em guardar segredos. Lembra da Melissa no décimo ano?
- Vividamente – Jeff fez uma careta - Tudo bem,
esquece a mamãe.
- Além de Andrew e Terri, Dara e Chad que além
de escritores de Castle são nossos amigos, Trucco e a esposa, Gigi a irmã de
Stana e Anne, sobrinha dela e minha também.
- Incrível! Vocês conseguiram manter um segredo
como esses, um verdadeiro prato cheio para os repórteres e paparazzi por mais
de dois anos. Como vocês se viram com viagens, trabalhos, os tais hiatos.
Imagino que nem saem de casa juntos.
- Temos nossos refúgios. Alguns lugares
característicos e usamos alguns disfarces. Mas, não é nada fácil. Não podemos
curtir nada em LA.
Stana havia se levantado indo em direção a
cozinha. Nathan não tinha ideia do que ela fora fazer ali. Talvez precisasse de
um momento sozinha para se recuperar do susto. Sorriu ao vê-la voltando com uma
garrafa de vinho e três taças.
- Não sei quanto a vocês, mas eu preciso de uma
bebida.
- Obrigado, amor. Todos precisamos – Nathan
serviu vinho aos três. Ela virou a taça quase toda de uma vez. Ainda estava
nervosa com toda a situação.
- Quanto tempo vocês pretendem manter essa
situação?
- O quanto conseguirmos. Você tem que procurar
entender, Jeff. O meio que trabalhamos é bastante vulnerável quanto a fofocas,
intrigas e relacionamentos. Expor o que temos para a mídia pode ser um tiro no
pé. A quantidade de perguntas, fotos, insinuações referentes a nossa vida serão
enormes e constantes. Especialmente porque rola pelas redes sociais que eu e
Stana não nos damos bem. A revelação de um casamento seria um choque para muita
gente.
- E tem o trabalho. Enquanto estivermos
fingindo apenas atuar, está tudo bem. Ninguém desconfia realmente. Tudo bem que
existem alguns fãs que insistem que gostamos um do outro. Eles não estão
errados, mas são desacreditados pela maioria – disse Stana.
- Nossa! Eu ainda estou impressionado com toda
essa informação. A ficha ainda não caiu. Meu irmão casado com uma bela mulher,
feliz e bem. Havia notado que você estava com um ar mais vibrante – Jeff coçou
a cabeça - Não sei como vocês conseguem viver desse jeito, porém tenho que
concordar que está funcionando muito bem. Como vocês fazem com relação as suas
casas, dividem os dias da semana para um dormir na casa do outro?
- Não, moramos juntos na minha casa a um bom
tempo.
- Oh, entendo. Sendo assim, é melhor eu ir para
um hotel. Não quero tirar a privacidade de vocês.
- De jeito nenhum. Temos quartos de hóspedes
suficiente nessa casa. Você é muito bem-vindo, Jeff – disse Stana sorrindo –
faço questão que fique. Sei como o Nathan sente sua falta. Será bom passar uns
dias com você.
- Poxa, Stana. Muito obrigado. Se realmente não
serei um problema, irei aceitar seu convite.
- Problema nenhum – afirmou Nathan.
- Ótimo. Será que agora eu posso dar um abraço
na minha cunhada? Estou devendo um cumprimento adequado.
- Claro que sim – sorrindo, ela deixou-o se
aproximar e o abraçou. Jeff deu-lhe um beijo na bochecha.
- Parabéns pelo casório. E obrigado por cuidar
tão bem do meu irmão – ele virou-se para Nathan – e você também! Parabéns! Nem
acredito que você tem um bambolê no dedo – Jeff abraçou o irmão com vontade
dando-lhe várias tapinhas nas costas. Mais aliviada, Stana sentiu o corpo
relaxar.
- Quanto tempo você ficará em Los Angeles, bro?
- Uma semana. Preciso resolver alguns negócios aqui,
depois volto para o Canadá.
- Certo. Cadê sua mala? – virando-se para
Stana, falou – amor, sabe o que estava pensando? Podíamos organizar um jantar
para Jeff conhecer a Gigi. Agora ambos são da família e tem o segredo em comum.
Seria uma ótima oportunidade para se conhecerem. Vamos verificar nossas agendas
de gravações.
- É uma boa ideia. Enquanto isso, por que não
vai mostrar o quarto para o seu irmão? Tenho certeza que ele está bem cansado
depois da viagem. Vou organizar as coisas por aqui e depois subo, ok?
- Tudo bem.
- Boa noite, Stana. E bem-vinda a família
Fillion.
- Boa noite, Jeff – juntos, os irmãos subiram
as escadas. Ela recolheu os copos e a garrafa de vinho levando-os para a
cozinha. Stana continuava tentando digerir o que acontecera nessas últimas
horas. Ser surpreendida por seu cunhado quase pelada prestes a fazer sexo com o
irmão dele era bem embaraçoso. Ela deixou um suspiro escapar enquanto fechava
os olhos procurando aceitar a situação. Mais uma pessoa sabendo do segredo
deles. Até quando isso iria durar? Resignada com os fatos, ela subiu as escadas
rumo ao seu quarto.
Nathan mostrou onde estavam todas as coisas que
Jeff precisaria, ajudou-o com a mala e ao ficar sozinho com o irmão, Jeff
sentiu-se mais à vontade para comentar.
- Nathan, quero te pedir desculpas mais uma
vez. Não foi minha intenção pega-los de surpresa, naquela situação. Cara! Foi
muito estranho. Sinto mesmo. Nem imagino o que está se passando na cabeça de
sua mulher nesse momento. Sua mulher! Pelo jeito ela está fazendo muito bem a
você. A felicidade está estampada na sua cara. Finalmente conseguiu o que
ansiava em seus sonhos, não? Estou muito feliz por você.
- Obrigado, bro. Ela me faz muito feliz. Não
podia escolher companheira melhor. Sou perdidamente apaixonado por Stana.
- Bom para você. Agora, preciso dormir. Tenho várias
reuniões amanhã. Avise quando tiver um tempo para eu te desafiar no videogame.
- Se tiver disposto a perder... boa noite, Jeff
e por favor, nenhuma palavra sequer a mãe e ao pai, beleza?
- Pode deixar.
Ao chegar no quarto, Nathan encontrou Stana já
deitada passando hidratante na pele. Ele rapidamente se junta a ela,
beijando-lhe o rosto e cheirando a pele do pescoço. Ela sente cocegas e
afasta-o, rindo.
- Que noite, não Staninha? Muitas emoções e nem
sequer tivemos a oportunidade de comemorar adequadamente como gostaríamos.
- Sim, ainda estou meio zonza com tudo. Um
pouco envergonhada. Mais um pouco e seu irmão pegaria nós dois em situação
pior. Meu Deus! Estou tentando superar e esquecer isso. Preciso mesmo de uma
boa noite de sono.
- Eu também, mas você concorda com o jantar?
Podemos tentar fazer sábado. Encomendamos tudo. Que tal? Você fala com Gigi? Se
quiser, tentamos chamar Dara e Chad. A escolha é sua.
- Não, vamos manter isso em família. Nossa
primeira reunião familiar... taí algo que não imaginara acontecer tão
cedo.
- Admito que também não esperava, mas já que
aconteceu, vamos tirar proveito disso.
- Amanhã falo com Gigi – ela se aconchegou nos braços
dele, sentindo o corpo quente colado ao seu – boa noite, Nate. Saiba que eu
adoro ser a Sra. Fillion...
- Sonhe com os anjos, Staninha – cansada, ela
fechou os olhos dormindo quase que instantaneamente.
Marcaram o jantar para sábado à noite. Stana
queria muito conversar a sós com a irmã sobre os últimos acontecimentos, mas
teria que adiar a conversa um pouco mais. Ela convidou Gigi sem revelar o real
propósito do jantar. Disse ser uma pequena reunião familiar, o que a irmã achou
ótimo. Estava com saudades de conversar com Nathan.
No sábado, ambos cuidavam dos preparativos para
o jantar. Stana providenciava a sobremesa, Nathan checava os vinhos e cerveja
pois seu irmão preferia essa bebida a outras algumas vezes e Jeff avisou aos
dois que ia sair para resolver algumas coisas voltando para casa a tarde.
Apesar do seu convidado e hóspede fazer o possível para agrada-la, Stana ainda
tentava se acostumar com o fato de que alguém mais sabia de seu segredo. Não
tinha o que reclamar de Jeff, o problema era com ela mesmo. E se o cunhado
desse com a língua nos dentes e contasse para a mãe? Controlar Gigi já era uma
dificuldade e uma façanha, será que Nathan conseguiria controlar o irmão?
Forçando-se a esquecer os potenciais problemas
no futuro, ela decidiu se preparar para a noite e curti-la na companhia da
irmã. Tinha certeza pela alegria de Nathan que ele estava adorando tudo isso.
À noite, enquanto ela se arrumava, Nathan já
estava na sala bebendo e conversando com o irmão. A campainha tocou e Stana
desceu com pressa. Não queria que a irmã fosse pega de surpresa sem que ela
estivesse presente. Ao chegar no último degrau da escada, viu Nathan se
aproximando da porta.
- Não, babe. Deixa que eu abro.
- Tudo bem, vá em frente – ela passou por ele
roçando seu corpo devagar próximo ao dele. Nathan puxou-a pela cintura e a abraçou
por trás – você está cheirosa, Staninha – disse após dar um beijo no pescoço
dela e acariciar seu colo.
- Nate... não é hora para isso...
- Só quero um beijo... – ele virou seu rosto na
direção de seus lábios e beijou-a. Ela não resistiu ao toque dos lábios
retribuindo o gesto com a mesma intensidade. Afastaram-se quando a campainha
soou novamente – melhor atender sua irmã. Já está ficando impaciente - Rindo,
Stana se dirigiu a porta. E girou a chave. Ao abrir a porta da garagem, ela
encontrou a irmã sorridente.
- Por que demorou tanto? Estava fazendo o que
não deve com meu cunhado? – Stana ia abrir a boca para contestar, mas a irmã
foi mais rápida abraçando-a e dando-lhe um beijo – seu batom está borrado, sis.
Nem gaste suas palavras querendo justificar que não estava se agarrando com seu
marido que não vai colar – Stana revirou os olhos. Como ela podia ser tão observadora?
- Oi, Gigi. Bom ver você. Venha comigo, estamos
na sala.
- Obrigada pelo convite. Fazia tempo que queria
ver e conversar com meu cunhado. Está tudo bem com vocês? Estão trabalhando
muito?
- No mesmo ritmo de sempre. Nate! Olha quem
chegou! – ela viu o marido de costas conversando com o irmão, assim que ouviu a
voz dela o chamando, ele virou-se.
- Gigi! Minha cunhada preferida! – ele veio ao
seu encontro para dar-lhe um beijo e um abraço. Ela retribuiu o gesto.
- Você fala assim porque sou a única cunhada
que tem, já que sou a única que sabe do casamento de vocês. Mas, aceito o
elogio. Também estava com saudades. Faz tempo que não nos encontramos para
conversar. Quando Stana me ligou fiquei surpresa com o convite, porém muito
feliz em poder passar um tempo com vocês. Anne também está aqui? Ela mencionou
ser uma reunião de família...
- Não. Hoje à noite é para adultos. Um jantar,
bom vinho e muita conversa.
- Só nós três então? Vocês não vão me fazer
segurar vela, vão? Porque isso é maldade– Gigi perguntou no exato momento que
Jeff apareceu por trás de Nathan. Ela arregalou os olhos.
- Gigi, esse é Jeff. Meu irmão. Agora nós
quatro temos muito em comum – Gigi buscou a irmã ainda surpresa, seus olhos e o
rosto eram como uma grande interrogação.
- O que está acontecendo aqui, Stana?
- Jeff veio até a casa de Nathan e nos pegou desprevenidos,
portanto nosso segredo agora tem mais um guardião.
- Espera, quando você diz que ele os pegou...
vocês estavam sem roupa? Se agarrando? Meu Deus! Estavam pelados? – os olhos de
Gigi só faltavam soltar do rosto. Nathan já prevendo um possível embaraço para
sua esposa, resolveu interceder antes que Gigi deixasse a irmã desconfortável.
- Gigi, estávamos no sofá namorando e não vimos
Jeff chegar porque como meu irmão, ele sabe onde eu guardo uma chave extra e eu
havia me esquecido que isso podia acontecer. Não tínhamos muito o que explicar
depois do que ele viu. Portanto, contamos tudo para ele inclusive do casamento
e das pessoas que sabem da nossa história. Por isso, chamamos você aqui hoje.
Essa é a nossa primeira reunião em família. Nada mais justo que você conhecer
meu irmão e trocarmos experiências de família.
- Claro! – Stana aproximou-se de Nathan
entrelaçando a sua mão na dele, em um gesto claro de agradecimento por não
tornar a situação mais constrangedora na frente de Gigi, ela precisaria de um
tempo com a irmã para desabafar e explicar toda a loucura. Ele a abraçou pela
cintura. Beijou-lhe o rosto.
- Que tal uma taça de vinho para começar a
noite?
- Excelente ideia. O que iremos jantar hoje?
- Paella. Encomendei de um restaurante que
adoro.
- Hum, adorei a escolha – disse Gigi.
- Mas, primeiro tenho umas tapas. Sente-se no
sofá, fiquem à vontade. Eu e Stana já voltamos com as bebidas e os aperitivos –
Gigi, sem cerimônia, sentou-se no sofá ao lado do irmão de Nathan. Ela o
cumprimentou educadamente e começaram a conversar. Na cozinha, Nathan pegava as
taças enquanto Stana se ocupava em encher as bandejas com as tapas. Ela
resolveu comentar o que acontecera a minutos atrás.
- Obrigada, Nate. Você tornou a situação bem
mais tranquila não contando detalhes do que ocorreu. Sei que Gigi faria um
escândalo se soubesse. Eu ainda preciso conversar com ela, mas não agora.
- Não precisa agradecer, Staninha. Não ia expor
nossa intimidade assim. Só espero que o Jeff se mantenha calado e que se
entenda com a sua irmã. O pior que poderia acontecer era os dois se detestarem.
- Não acho que isso possa acontecer – e ela
tinha razão, ao voltarem para a sala encontraram os dois engajados e animados
numa conversa bem interessante. Por pelo menos meia hora, eles saboreavam os
petiscos, bebericavam o vinho e ouviam Jeff contar sobre sua última viagem ao
Caribe. Nathan havia se ausentado para esquentar a paella e logo os convidou
para sentarem-se a mesa onde poderiam saborear o jantar e continuarem a
história.
Porém, ao começarem a comer, o assunto mudou.
Do nada, Jeff decidiu perguntar a Gigi o que ela achava do relacionamento de
seus irmãos, especialmente do casamento.
- Gigi, como foi para você descobrir que Nathan
e Stana estavam juntos? E quanto ao casamento deles, o que você acha?
- Posso dizer que primeiro fiquei um pouco
chocada. Minha irmã é bem reservada com sua vida pessoal. Eu sempre desconfiei
que ela gostasse dele, apesar dela nunca querer admitir. Quando me contou que
estavam juntos para valer, eu adorei. Fiquei super feliz porque, na boa? Disse
para ela, se você não quiser tem quem queira. Nesse caso estava falando de mim.
Por favor, que mulher poderia dizer não a um cara como Nathan?
- Ah, várias... você nem imagina – disse Jeff.
- O que? Você está de brincadeira, não? Zoando
com a minha cara, só pode!
- Não estou não – afirmou Jeff o que fez Nathan
olhar mais intensamente para o irmão claramente pedindo que ele não insistisse
no assunto. Não adiantou, afinal era com Gigi que ele conversava.
- Segure esse pensamento. Deixe-me concluir a
resposta a sua outra pergunta. Sobre o casamento. Na minha opinião, acho que
não tem duas pessoas mais perfeitas para formar um casal. Eles se completam. São
muito melhores juntos que separados e o principal, eles se amam. Tem minha
benção e meu apoio sempre que precisarem.
- Obrigada, sis – Stana disse sorrindo para a
irmã sentada a sua frente.
- É tudo verdade, sis. Agora, se pudermos
voltar ao ponto anterior. Que história é essa de que Nathan foi rejeitado
antes? No mínimo a mulher era louca.
- Jeff, deixa isso para lá... – Nathan não
queria ouvir histórias do passado que poderiam deixar ele e Stana embaraçados.
Não era esse o objetivo do jantar.
- Ah, não. Vai ser interessante. Já que estamos
falando de relacionamentos, é bom recordar que nem sempre acertamos ou que eles
são perfeitos. No último ano antes de Nate entrar para o ensino médio teve o
baile dos juniores. Ele convidou Sandy para ir com ele, era simplesmente uma
das patricinhas da sala. Claro que ela não aceitou. Ele ficou muito chateado,
mas não desistiu. Resolveu fazer uma serenata para ela.
- Jeff...
- Qual foi a música? – perguntou Gigi
interessadíssima.
- Estava na época do Karate Kid. Então, ele
escolheu cantar “Glory of Love”. Vocês podem imaginar o vexame. O pai da menina
jogou um balde de agua gelada nele.
- Oh, mas isso é triste. Que menina idiota!
Aposto que agora que ele é famoso, ela quis se aproximar.
- E quis mesmo, mas eu não deixei.
- Você não fez uma serenata para mim, adoraria
ouvi-lo cantar... – Stana disse acariciando o rosto dele e em seguida
beijou-lhe os lábios.
- Ridícula! – Gigi ainda resmungava, estava
revoltada com a história – acho que todos estamos sujeitos a isso em
relacionamentos, Stana também teve seu coração partido pelo capitão do time de
lacrosse.
- Gigi, não precisamos ouvir essa história –
Stana alertou.
- Nada mais justo já que ouvimos uma do Nathan
– então, Gigi começou a contar um dos relacionamentos frustrados de Stana. A
medida que a história fluía, Stana ia ficando mais vermelha. Ela não teve que
cantar ou tomou um banho como Nathan, ela fora abandonada na quadra do colégio
pronta para o baile pelo garoto que fez questão de dizer que ia para a festa
com a rainha e não com o sapo de aparelho – se ele soubesse que minha irmã
estaria entre as mulheres mais bonitas de Hollywood. Cobiçada e paparicada por
caras como Nathan e Salvatore Ferragamo, ele não faria o que fez. Sabe o que é
melhor nisso tudo? Ele continua um zé ninguém, não foi para a faculdade e
trabalha num bar.
- A vida tem suas formas de mostrar as pessoas
que fazer mal ou humilhar os outros acaba por se voltar em algum momento contra
você mesmo. Não entendo porque há sempre aquela vontade de mostrar que eu sou
melhor que você. Isso é tão mesquinho – disse Nathan.
- Concordo, cunhado. Essa paella está muito
boa! Posso comer mais um pouco? – ela se serviu de um pouco mais - Mas nem
todas as histórias de Stana são ruins. Ela já teve pessoas bacanas e as vezes
eu dizia que ela era burra por não casar com determinado namorado, bons
partidos mesmo. Agora entendo que ela estava esperando pelo certo.
- É verdade, Staninha? – Nathan perguntou se
sentindo todo faceiro.
- Sei o que isso vai fazer ao seu ego, mas
tenho que dizer a verdade. Sim, Gigi tem razão. Eu sempre soube que nenhum
deles era a minha metade. Soa piegas, eu sei. Nenhum deles me fez sentir como
eu me sinto hoje. Somente você – ele se inclinou para beija-la, não foi um
beijo comum, era apaixonado e intenso por isso mesmo, Gigi se fez notar.
- Hey, vocês dois! Estão com visitas! Deixem
para jurar amor eterno e se pegarem quando eu e Jeff estivermos longe – os dois
quebraram o beijo rindo da forma como ela falara. Stana aproveitou a deixa para
ir pegar a sobremesa. Nathan inventou que ia ajuda-la. Assim que eles
desapareceram, Gigi comentou – você quer apostar quanto que os dois foram se
agarrar na cozinha?
- Se apostar, irei perder – disse Jeff rindo
com Gigi.
O resto da noite correu muito bem. Eles
conversaram mais um pouco, comeram a sobremesa, tomaram café e finalmente Gigi
decidiu ir embora para dar alguma privacidade ao casal. Ela adorara a noite.
- Acho que precisamos repetir algumas vezes
esses jantares de família. Foi um prazer desfrutar de boa comida, bebida e da
companhia. Foi bom te conhecer, Jeff e saber que temos mais alguém para ajudar
a manter o segredo desses dois intacto – ele estendeu a mão para se despedir,
mas Gigi não era mulher de formalidades. Logo deu um abraço no irmão de Nathan
da mesma maneira que faria em seguida com o cunhado. Stana não podia culpa-la,
era o seu jeito expansivo de ser. Ela deu um abraço e um beijo estalado na irmã
antes de finalmente deixar a casa.
- Juízo vocês dois! Boa noite, pessoal!
- Boa noite, Gigi. Dirija com cautela – disse
Nathan. Assim que fechou a porta, Stana já se dirigia para a sala a fim de
recolher o resto da louça. Queria deixar tudo limpo para poder dormir um pouco
mais no domingo. Nathan correu para ajudá-la e Jeff também.
- Não precisa se preocupar, Jeff. Pode ir para
o seu quarto. Vá descansar. Eu e Nate damos conta disso rapidinho.
- É, Jeff. Pode ir.
- Tudo bem, se vocês insistem... boa noite para
os dois e sabe, sua irmã é ótima Stana. Ela tem razão, vocês se completam.
Amanhã quero acabar com você no videogame, bro. Vamos apostar.
- Tenho pena de você. Boa noite – vendo o irmão
subir as escadas, ele virou-se para a esposa – todos gostam de Gigi. E acho que,
do jeito dela, sua irmã conhece muito tudo o que passamos até aqui. Fiquei
muito feliz com o resultado dessa noite.
- Eu também – ela se aproximou dele abraçando-o
pela cintura – nossa primeira reunião familiar foi um sucesso. Parece que os
Katics e os Fillions têm futuro, babe.
- Nunca duvidei disso. Deixe tudo aí, vamos
para o nosso quarto provar que a teoria é válida. Tenho que retribuir o elogio
que você me deu ao dizer que eu era o cara certo.
- Hum... será que está pensando o mesmo que eu?
– ela sorria maliciosa.
- Hora de brincar, Staninha – de mãos dadas
subiram as escadas ávidos por fazer amor. Satisfeitos, eles estavam estirados
na cama, recuperando-se. Ela fitava o teto pensativa. Lembrava-se das conversas
durante o jantar.
- Nate?
- Hum...
- Você cantaria para mim? Estilo serenata? Acho
tão romântico...
- Jeff e sua boca grande! Eu não sou bom de
cantoria, amor. Você ouviu a mesma história que eu, não? O resultado foi
péssimo.
- Não, você canta bem. Fizemos um ótimo dueto
de Sinatra. Eu não me importaria de ouvi-lo cantar para mim.
- Música antiga que nem a que eu cantei antes
para Sandy?
- Não, você escolhe o que quiser cantar... –
Nathan não afirmou nada, porém começava a levar o pedido em consideração.
No domingo, logo após o café, os irmãos
decidiram se desafiar no videogame. Pareciam duas crianças bobas pulando e
gritando. Piores que Anne. Stana aproveitou a deixa para se dar um tempo
sozinha, ou era isso que queria que Nate pensasse.
Com o pretexto de ir se exercitar, ela pegou a
bicicleta dizendo que ficaria umas duas horas fora. Tempo suficiente para os
marmanjos aproveitarem sua brincadeira. Dando um beijo rápido no marido, ela
saiu. Bastou virar a esquina de casa para que ela fizesse o que realmente
pretendia naquele momento. Pegou o celular e ligou para a irmã.
- Hey, sis! Já está com saudades de mim?
- Gigi, eu queria conversar com você. Será que
pode me encontrar na Starbucks a dois quarteirões do meu antigo apartamento?
Quero conversar com você.
- Espera, você não brigou com Nathan, certo?
Foi por causa de ontem, daquelas histórias do passado?
- Não é nada disso, Gigi. Estamos bem, só
queria conversar com minha irmã. Ontem não tivemos muito tempo para isso.
- Tudo bem. Preciso de vinte minutos.
- Certo, eu ainda estou no meio do caminho. Te
vejo lá.
Stana chegou primeiro que a irmã. Vinte minutos
na linguagem de Gigi era quase uma hora. Não se importou. Pediu um café do
jeito que ela gostava, colocou bastante canela e sentou-se numa mesa de canto
para esperar sua companhia. Dez minutos depois, Gigi aparece.
- Desculpe! Estava saindo de casa quando a
mamãe ligou. Vivo dizendo para ela ligar no celular, mas ela insiste no modo
antigo. Tive que esperar. Ela quer saber se você vai para casa no natal.
- Vou sim, mas tenho que combinar com Nathan.
Provavelmente passaremos o ano novo juntos. Caramba! Na próxima semana já é
dezembro!
- Passa rápido. Então, o que você quer
conversar comigo? Sei que tem algo te incomodando e nem adianta disfarçar. Esse
foi o motivo de você vir até aqui. Eu te conheço, sis.
- Não é que esteja me incomodando. É que desde
que aconteceu esse lance com o Jeff, eu preciso conversar e só tenho você e
Dara. Na verdade, a história começa um pouco antes do irmão de Nate descobrir
sobre nós.
- Tem mais na história do que você me contou,
sobre Jeff?
- Tem, mas antes aconteceu outra coisa. Nós
dois andamos aprontando uma de nossas loucuras. E naquele dia que eu conversei
com você e a mamãe, eu já estava agoniada. Eu pensei que estava grávida. Aquela
conversa com a dona Rada me perturbou. Depois de um período de ansiedade,
acabei fazendo o teste e constatamos que eu não estava. Gigi, você devia ver a
cara do Nathan quando revelei a possibilidade. Ele estava feliz e esperançoso.
Eu mesma com todos os meus medos e nóias cheguei a pensar nesse filho. Eu
chorei porque o resultado deu negativo, foi um misto de alívio e dor. Ele
parecia tão triste...
- Stana, ambas sabemos o quanto Nathan quer ser
pai. Só de ver o jeito que ele trata Anne.
- Eu sei, por que acha que doeu? Eu quero dar
um filho para ele, quero ter nossa família. Ainda não é o momento, mas o tempo
está cada vez mais curto. Não sou tão nova assim, você sabe. Isso me fez
pensar, e se eu não puder ter um filho, engravidar? Essa não é a primeira vez
que eu suspeito de gravidez e torna-se alarme falso. Somente com Nathan já
foram duas vezes.
- Espera, você está me dizendo que desconfia
que não pode ter filhos? Isso não existe, Stana. As mulheres da família Katic
são progenitoras, parideiras. Mamãe teve seis. Titia tem quatro, isso está
errado. Você pode esquecer essa ideia maluca! Paranoia da sua cabeça – ela via
a dúvida nos olhos da irmã – olha, você sempre faz seu preventivo, está bem. Se
tem dúvida, por que não marca uma consulta e investiga logo? Se quiser, posso
ir com você, mas já digo que não há nada.
- Você fala com tanta certeza!
- Porque é verdade. Logo você vai chegar para
mim e dizer que está esperando um bebê, você vai ver. E o que isso tem a ver
com Jeff? Ele soube disso?
- Não! Você é a única pessoa que contei além de
Nathan. Nem ele sabe que estou fazendo isso. Mas, foi logo depois que soubemos
que não ia rolar um bebê, estávamos meio que comemorando quando fomos
surpreendidos por Jeff. Oh, Deus! Isso é tão embaraçoso! Ele nos pegou no
flagra, Gigi! Eu estava sem roupa! Quase nua nas preliminares bem no chão da
sala! Só de calcinha para ser sincera. Queria um buraco para me enterrar...
- Stana Katic!!! Sua pervertida!
- Isso! Mais alto, acho que ninguém te ouviu na
Austrália! – o olhar fulminava a irmã a exemplo de como ela fazia com Castle ao
interpretar a detetive.
- Desculpe! Mas você joga uma bomba dessa na
minha cara e não quer que eu me assuste?!
- Gigi, isso é sério. Foi muito estranho. Que
imagem ele vai fazer de mim depois disso?
- Ora, sis! Que você é uma pessoa casada,
apaixonada pelo irmão dele e sexualmente mega ativa – Gigi ria tentando
imaginar a situação – no fim, deu tudo certo. Ele estava bem satisfeito com a
união de vocês. A sua vergonha teve um ponto positivo... aí, daria um braço
para ver essa cena!
- Se não parar de tirar sarro da minha cara, eu
juro que vou te encher de porrada.
- Hey! Violência, não! Ainda mais porque eu sei
que você sabe bater muito bem. Sério, sis. Desencana, já passou. Reconheço que
não deve ter sido fácil, mas agora temos uma certa ligação com a família de
Nathan. Sempre achei muito chato somente os Katics saberem do segredo.
- Você e Anne já está de bom tamanho. Não quero
que a mãe saiba.
- Se depender de mim, não vai acontecer. Mas vê
se não dá bandeira na frente dela, viu? Você fica toda boba ou pior vermelha
quando ela fala de relacionamento.
- Melhor ir andando. Não é muito seguro deixar
aqueles dois sozinhos por muito tempo.
- Aposto que nem se lembraram de você ainda.
Marque o médico e me avise. Vou com você.
- Obrigada, Gigi.
- Hey, sou sua irmã. Depois você me dá um
presente bacana e está tudo certo – rindo ela abraçou a irmã.
- Interesseira! – Stana jogou mais um beijo na
direção dela e subiu na bicicleta para voltar para casa.
Nathan e Jeff se divertiam. Já estavam na
quarta partida e a competição estava acirrada. No meio do jogo, Jeff decide
mencionar algo para o irmão.
- Nate, quero que saiba que gostei muito do
jantar com Gigi. Impressionante como consigo ver o quanto está diferente. Ela
faz muito bem a você. Demorou, mas consegui o que sempre quis, não?
- Sim, eu estou muito bem. Stana é a mulher da
minha vida. Soube disso desde o primeiro momento que conversamos. Não sei
explicar o porquê somente sei quer era para ser.
- Agora só falta um filho, não? – Nathan sorriu
meio sem graça – aliás, sei que já disse antes, mas quero pedir desculpas pela
forma que flagrei vocês outra vez, podia ser aquele momento. Foi bem ruim a
conhecer daquele jeito. Espero que me perdoe.
- Ela já perdoou. Ficou envergonhada, mas já
passou. Quanto ao filho, tudo a seu tempo. Agora que fizemos um ano de casados.
Ela chegou nesse instante. Sorrindo, perguntou.
- Então, vocês marmanjos não cansaram do
videogame? São dez da manhã. Alguém tem que providenciar o almoço...
- Ainda sobrou paella de ontem, Staninha. Não
se preocupe.
- E se você não se importar, vou fazer uns
steaks na churrasqueira – disse Jeff.
- Nem um pouco, sendo assim vou tomar um banho
e já desço para arrumar o almoço.
O resto do domingo foi muito tranquilo. A
semana de maneira geral também teve seus momentos de tranquilidade apesar do
ritmo de trabalho estar agitado com a proximidade do fim do ano. Algo positivo
da nova política da ABC era esse espaço de tempo mais extenso entre a
mid-season. Não precisavam correr tanto e cada novo episódio que filmavam era
uma a menos para depois.
Ao fim da semana, Nathan estava todo empolgado
com um pacote que chegara pelo correio. Parecia uma criança. Ao vê-lo
empolgado, ela curiosa perguntou.
- Por que está tão animado com essa encomenda
dos correios? Por acaso você não comprou outro jogo para o seu PS4, comprou?
- Não se trata de videogame, Staninha. Você se
lembra que eu mencionei sobre o musical de Waitress? A première na Broadway
será somente em março do ano que vem, mas eu já recebi meus ingressos para a
estreia. Sara enviou-os, três. Para mim, você e talvez Gigi, para o caso de
precisarmos de um disfarce.
- Sara enviou para você? A própria Sara
Bareilles? – ele podia ver o espanto no rosto dela.
- Sim, ela escreveu as músicas. Quis conversar
comigo para saber da minha personagem, acho que faz uns seis meses que isso
aconteceu. Ela é ótima. E não só enviou os ingressos para a peça como também
mandou um par de ingressos para seu show em Nova York na semana que vem. Direto
do Carnegie Hall. Interessada?
- Nate, eu adoro a Sara! É claro que estou
interessada. Tenho que ir a Nova York! – ele riu da reação dela ao balançar os
ingressos para que visse, ela pulou no pescoço dele beijando-o com vontade.
- Calma, amor. Se quisermos ir, teremos que
convencer Alexi da nossa ausência por pelo menos dois dias. O show é na quinta.
Não sabia que era tão fã da Sara assim.
- É só olhar meu celular. Tenho todas as músicas
dela. Iremos convencer o Alexi só precisamos de um plano.
- Isso não é problema, eu já pensei em um. Já
até comprei as nossas passagens. Pode avisar a Gigi, ela será seu disfarce –
puxando-a até o sofá, Nathan contou sua ideia para a esposa. Na manhã seguinte,
colocaram o plano em ação. Eles orquestraram uma pequena cena. Esse era o lado
positivo de serem atores.
Estavam na sala dos escritores durante um dos
intervalos tomando café. No momento que Nathan estava contando sobre sua ida a
Nova York na próxima semana, Stana recebe um telefonema da sua agente. Eles não
escutaram bem a conversa, mas ouviram a palavra Chicago e ATP. Ao desligar, ela
suspira e comenta.
- Acredita que marcaram um evento do ATP para a
próxima semana em Chicago. Um jantar com potenciais investidores. Sei que isso
tem dedo da Gigi, ela estava cavando patrocínio para mim. O jantar é na quinta
e tem uma reunião na sexta. Isso não estava nos planos e minha presença é
obrigatória. Como resolveremos isso, Alexi?
- É, parece que as agendas de vocês dois andam
em sincronia. A sorte de vocês é que, além de serem produtores, estamos
avançados nas filmagens e liberar os dois por três dias não irá comprometer
nada do show. Com o hiatus já acontecendo e nosso período de natal se
aproximando em duas semanas, vocês podem se dar ao luxo de tirar esses dias –
plano perfeito, pensou Nathan sorrindo.
- Muito obrigado, Alexi. O que vai fazer nesse período?
- Vou me concentrar na edição com a equipe e o
pessoal do Rob, pode agilizar os promps para o próximo episódio. Será
praticamente o último filmado quando voltarem.
- Daremos 100% quando voltarmos, prometo –
disse Stana – obrigada mesmo, Alexi.
À noite, Stana comunicou da viagem para a irmã.
Além de pedir seu apoio caso algo referente a ATP e Chicago viesse a ser
mencionado algum dia. Gigi adorou saber que iria para Nova York curtir ao lado
da irmã e do cunhado.
Na quarta, eles voaram rumo a Nova York em voos
separados. Por precaução, Stana trazia consigo sua peruca loira. A big apple
era campo minado em se tratando de Castle. E provavelmente toparia com
repórteres no show, o que estava deixando-a agoniada por dividir um camarote
com Nathan.
- Respira, sis! É hora de aproveitar. Vamos
curtir o show.
Ela realmente curtiria uma de suas cantoras
preferidas e nem sabia da surpresa que Nathan preparara para ela, como uma
espécie de presente de natal antecipado. Stana não tinha ideia do que
vivenciaria ao pisar no Carnegie Hall aquela noite trajando um dos vestidos de
Salvatore Ferragamo. Seu coração receberia mais uma prova de amor de
Nathan.
Continua....