sábado, 6 de abril de 2013

[Castle Fic] Don't Give up on Chasing Rainbows - Cap.18


Nota da Autora: Adorei esse episódio! Ryan teve um papel digno e apesar de estar focado nele ao contrario do epi do Espo foi muito bem escrito e interessante. Não acrescentei muito mas o suficiente para dar corpo a história e mudei a ordem final por uma razão, a preparação para o proximo cap. Divieram-se!


Cap.18

Apartamento de Castle

Eles acabaram chegando tarde em casa depois de um dia cheio de trabalho. Cansados, apenas decidiram fazer um lanche rápido. Kate foi a primeira a usar o banheiro e estar deitada na cama. Castle veio logo em seguida. Ao deitar-se ao lado dela, instintivamente passou seu braço pela cintura de Kate e beijou-lhe o pescoço.

- Tem certeza que quer dormir?

- Tenho. Além do mais não era você que passou todo o caminho para casa reclamando que precisava dormir?

- Sim, mas agora depois de um banho me senti animado. Você já dorme pouco aqui comigo... e não tem ninguém em casa...

Ela sorriu e no fundo apesar do cansaço não se importaria de curtir um momento a dois. Virou-se para ele seus lábios encontraram os deles em um beijo caloroso. Suas mãos deslizavam pelos braços e peito dele a medida que as linguas realizavam o balé tão conhecido agora para ambos. Ele a puxou para cima dele dando-lhe espaço para abraça-la e sentir o calor do corpo dela junto ao seu. Kate já percebera que ele estava animado. Sorriu quebrando o beijo.

- Acho que podemos brincar um pouquinho, que tal uma rapidinha Mr.Castle?

Ele pressionou os quadris dela aos seus e sorriu.

- Agora sim, está falando minha lingua.

Rindo, eles se dedicaram a um momento de brincadeira e prazer. Depois do exercício feito eles se aconchegaram para finalmente dormir. Kate fazia questão de lembrar que deveria estar cedo no distrito.

- Porque essa vontade de ir ao trabalho tão cedo?

- Não é uma questão de vontade, não finalizei o relatório do último caso e não tenho parceiro para me ajudar com a papelada, esqueceu? Aliás, falando em papel, como está o seu livro? Faz pelo menos uma semana que não vejo você comentar ou escrever. Bloqueio?

- Não, sim, um pouco... tenho que achar um falso culpado e estou na dúvida mas vou resolver. Kate porque você tem que me lembrar dos meus deadlines?

- Como assim? Eu apenas fiz uma pergunta! Rick, você está atrasado com o livro? – pronto, se ela o chamou de Rick sinal de que não está brincando - Porque se sim, vou proibi-lo de trabalhar nos meus casos. Afinal você é um escritor antes de tudo.

- Você não pode fazer isso.

- Porque não? Esqueceu quem é a policial aqui?

- Kate por favor, eu não estou atrasado...só um pouco – ela fez aquele olhar matador – certo, uma semana – ela manteve o olhar – ok, ok, duas semanas mas posso recupera-las! Por favor, preciso da minha inspiração, preciso de você. 

- Precisa, sei – ela fez cara de quem não liga mas adorou a chantagem com ela – tudo bem chantagista dessa vez passa. Vamos dormir.

No meio da madrugada, porém, algo inusitado aconteceu. Kate acordou assustada ouvindo a voz dele. Apoiando-se com os cotovelos na cama, ela observou o que acontecia. Castle mexia a cabeça de um lado para outro com as mãos sobre o estomago e falava algo. O que Kate ouviu não a agradou.

- Não...Jordan...Jordan.

- Quem é Jordan? Ela se perguntava sussurrando. Intrigada, permaneceu um bom tempo acordada escutando o que ele dizia e ouviu o mesmo nome quatorze vezes! Será uma outra mulher? Uma namorada? Oh, Deus e se for uma prostituta? – ela sacudiu a cabeça – para de pensar besteira Kate! Pode não ser nada porém ela já ouvira outras vezes ele falando durante o sono e no mínimo aquilo era estranho. Não tinha como esquecer e a dúvida ficara remoendo em sua mente. Depois de um tempo, ela voltou a dormir.

Pela manhã, ela não pretendia tocar no assunto, iria esperar o momento certo ou nem perguntasse talvez. Essa atitude porém era inútil, ela sabia que não ia conseguir segurar sua curiosidade por muito tempo afinal quando Castle teve aquele encontro maluco logo que eles começaram a namorar, ela não desligou a imagem dos peitos da outra mulher tão facilmente porque haveria de ser diferente agora?         

- Eu queria algo doce.

- Quer pedir algo para comer? – ela perguntou descontraída checando o celular.

- Na verdade, não estava pensando em comida – ele se aproximou dela e já ia beija-la quando Kate virou o rosto, o assunto da madrugada voltou a sua mente - O quê? É... – pensou estar com um hálito ruim.

- Não. Não é nada.

- Não, não. Sou especialista em nada. E isso... Isso não é nada.

- Tudo bem – ela mantinha a calma e até sorria - Sabe que você fala dormindo às vezes?

- Sei.

- Ontem, você disse um nome.

- E não foi seu nome, acredito.

- Não. Castle detectou sinal de problema.

- Eu não interpretaria nada em uma declaração aleatória – ele tentou sair pela tangente.

- 14 declarações. E o nome era Jordan. Você disse repetidamente. Quem é Jordan?

- Não faço ideia – ele falou baixinho já preocupado.

- É uma mulher?

- Não é nada – alarme vermelho, ela não vai deixar barato, ele virou-se de costas para ela não reparar que estava incomodado mas claro que ela sabia.

- Castle, eu conheço o nada. Nada é meu amigo íntimo. E isso...Isso não é nada.

- Sim, é. Além disso, muito do que digo não faz sentido. Por que faria quando estou dormindo?

O celular dela tocava insistentemente justo quando ela queria levar o seu questionamento adiante, Castle pensou salvo pelo gongo mas nada era tão fácil quando se tratava de Kate Beckett.

- Não terminamos aqui – ela disse apontando o dedo para ele e atendeu o celular.Tinham um assassinato.

No caminho para a cena do crime, ela tornou a perguntar.

- Vamos, Castle. Quem é Jordan?

- Não tenho nada a esconder. Não há o que dizer.

- Então por que está na defensiva?

- Não estou.

- Tudo bem. Esperarei até você dormir, então perguntarei. Ele parou e pensou, agora estou realmente preocupado. 

- Não pode fazer isso.

- Castle, você disse que não tem nada a esconder.

- Sim, mas me interrogar dormindo? Jogaria tão baixo?

- Quem disse que já não o fiz? – ela implicou - Olá, Lanie.

- Olá. Castle olhou o corpo tombado sobre a mesa e um tonel de chocolate e o comentário tinha que surgir.

- Isso que é morrer por chocolate.

- Não culpe o chocolate, Castle. Foi uma bala que o matou.

- Então isso vermelho não é framboesa?

- Receio que não. Ferimento de saída.

- Foi baleado nas costas e caiu no mixer?

- Parece que sim, mas, antes disto, ele pode ter lutado com o agressor. Encontramos fibras bege na pulseira do relógio. A perícia está analisando.

- O nome dele era Jimmy Whelan.Era o dono da loja – disse Esposito - Sem antecedentes – enquanto ele falava, Castle pegou um dos bolinhos e meteu-o de uma vez na boca - E nada em sua vida aponta para quem fez isso.

- Pode descartar clientes insatisfeitos – disse Castle lambendo os dedos - Essas coisas são absurdamente boas.

- Está comendo bolinhos de um homem morto? – perguntou Lanie não apreciando o que ele fizera.

- Eram amostras grátis.

-Hora da morte? Perguntou Beckett.

-Entre 11h30 e 12h – disse Espo.

- Baseado em quê? De repente, você é um médico legista? – questionou Lanie.

- Achei que gostava quando eu brinco de médico – Beckett desviou o olhar e ele levantou a mão para comemorar a sacada com Castle que balançava a cabeça indicando para ele não forçar, Espo percebendo se recompôs - Baseio a hora da morte pelo que o assistente contou. Logo ali.

Beckett foi conversar com o assistente, Castle ao seu lado.

- Todd, por que não nos conta o que aconteceu?

- Jimmy me enviou a uma entrega às 11h30... uma dúzia de cobertura vermelha em um salão de beleza. E, quando voltei... Jimmy é um cara muito legal.

- Alguém na vida dele não achava isso?

- Não tenho certeza. É minha segunda semana aqui. Mas ele estava agindo estranho antes de eu sair.

- Estranho como?

- Um carro... passou pela loja, lentamente. Ele ficou todo nervoso. Foi quando me mandou para a entrega, como se quisesse se livrar de mim.

- Que tipo de carro era?

- Era um Charger R/T, preto, 1968 – Castyle pareceu surpreso com a precisão - Conheço carros esportivos.

- Viu quem estava dirigindo? – perguntou Castle.

- Não, mas quem era estacionou próximo à esquina quando eu estava saindo. Quando voltei, o carro tinha sumido... e então vi o Jimmy.

- Precisaremos da descrição detalhada do carro.

- Parece que Jimmy deixava muito dinheiro aqui – disse Esposito mostrando uma maleta de dinheiro.

- É uma confeitaria – disse Castle.

- Boa tentativa. Esta pasta estava escondida no escritório dele. São US$ 50 mil.

- A US$ 4 um bolinho, teria que vender 12.500 deles. Parece improvável.

- O que sabe sobre o dinheiro?

- Nada. Eu juro. Mas ele era paranoico com essa pasta. Duas vezes por semana, tirava-a do cofre e a levava com ele para Staten Island.

- Para o quê? – perguntou Castle.

- Disse que tinha negócios lá.

- Obviamente, Jimmy estava fazendo mais que bolinhos. Procure proprietários de um Charger 1968 na região.

- Pode deixar.

- Onde está o Ryan? – Castle perguntou e apenas pelo sinal de Espo ele entendeu. Projeto bebê.

No apartamento de Ryan

- O compromisso no consultório do Dr. Rosenberg é em 20 minutos – disse Jenny ainda se olhando no espelho - Levaremos ao menos 15 até lá, deveríamos sair logo, não é? Significa que você provavelmente deveria...- ao virar-se para ele percebeu que algo não estava bem 

- Qual é o problema?

- E se for minha culpa? E se tiver algo de errado comigo?

- Não é culpa de ninguém, Kev. Só precisamos saber o que está acontecendo. Quer uma ajudinha? – e ela o beijou.

- Ótimo.

No distrito, Castle olhava o quadro e montava sua própria versão da história e isso fazia Beckett sorrir enquanto checava alguns documentos e ouvia.  

- Então o confeiteiro mestre Jimmy Whelan, há muito tempo fornecedor de calorias em deliciosos bolos, patrocinador de um time infantil 
de softball, fundador de uma empresa de pequeno porte...mas o que ele fazia com US$ 50 mil em dinheiro e por que as viagens secretas a Staten Island?

- Parece que não é o único que tem segredos, Castle – ela provocou.

- Vou ignorar isso – mas ele estava preocupado.

- Que peculiar.

- O que é peculiar em desejar ignorar... – e sim a carapuça serviu o denunciando mais uma vez.

- Não, quis dizer estes pedidos de compras. Eles mostram que Jimmy gastou mais de US$ 70 mil em equipamentos de cozinha. Como uma câmara de resfriamento de 6m de largura.

- Não lembro de nenhuma.

- Não tinha uma. Nem caberia na cozinha dele. Esposito os interrompeu com novidades. 

- Então, procurei por Chargers de 68. Só há uns 5 nas ruas, mas veja isso. Um deles é registrado para um Robert S Shannon, ou Bobby S. Assassino contratado da máfia irlandesa em Staten Island. E é um cara bem barra pesada. Tráfico de drogas, assalto. É suspeito de 6 assassinatos em Staten Island.

- Viagens secretas a Staten Island, o dinheiro...- e Castle lançou sua teoria - E se a loja de bolinhos é fachada da máfia? Jimmy Whelan, o confeiteiro, é Jimmy Whelan, lavador de dinheiro. Bobby pode ter se desentendido com ele e o matado.

- Talvez, mas precisamos de mais que o carro na cena do crime para ligá-lo ao assassinato – disse Beckett não descartando a possibilidade.

- Tenho alguém que pode ajudar nisso. Peguei o registro telefônico. Nos últimos 3 dias, ele recebeu várias ligações de uma mulher chamada Sibhan...- Espo se esforçava para dizer o nome - Siob... Siob... Sib...- Castle se aproximou para ver o papel e pronunciou o nome.

-Siobhan.

-Siobhan?

- É, irlandeses são conhecidos por escrever nomes em formas loucas e impronunciáveis.

-Nem sei de onde isso veio – Beckett observava a interação dos dois com um sorriso e pensando como Castle era um sabe-tudo! Gostava disso nele.

- Não é o único.

- De qualquer forma, Siobhan O'Doul, é dona de um bar em Staten Island. E, de acordo com o crime organizado, é onde Bobby S faz muitos dos seus atos.

- Siobhan é dona desse bar? – Beckett perguntou e já sabia qual seria o próximo passo. Ao entrar na sala onde a moça esperava ela foi logo agradecendo.

- É. Obrigada por vir, Sr.ª O'Doul.

- Qualquer coisa pela polícia de Nova Iorque. Ainda mais que uma acusação de obstrução te custaria sua licença para vender álcool. O que quer?

- Quero respostas sobre Jimmy Whelan.

- Nunca ouvi falar dele.

- Engraçado, considerando que ligou para ele 7 vezes nos últimos 3 dias.

- Jimmy, o confeiteiro. Sim, estou pensando em pedir uns bolinhos.

- Perdeu sua chance. Ele foi assassinado.

- Quando? – Beckett notou claramente que ela ficara pertubada.

- Hoje mais cedo. Sabe algo sobre isso?

- Não. Por que eu saberia?

- Achamos que alguém que frequenta seu bar esteja envolvido. O que pode dizer sobre Bobby S?

- Não direi mais nada. Deixe-me fazer o telefonema. Quero o telefonema agora.

Aquilo certamente intrigou Beckett e decidiu dete-la. Finalmente, Ryan chegara ao distrito.

- Oi, pessoal.

- Oi, e aí, cara?

- Desculpe o atraso.

- Como foi a coisa com a... – perguntou Castle entre enigmas para não levantar suspeitas - Sabe, fazer a coisa com a coisa e dar a coisa ao médico?

- Foi... tudo bem.

- Seus nadadores estão nadando? – insistiu Castle.

- Ainda não sei.

- Estão com um caso!

-Sim, estamos mesmo. Deixe-me te atualizar. Nesse momento, Jenny aparece na frente deles com um saquinho de papel.

-Oi, pessoal.

-E aí, Jenny?

- Kevin, esqueceu o almoço.

- Obrigado, querida.

- O que faria sem mim?

Os policiais passavam com Siobhan quana mesma reconheceu Ryan mas não fora esse nome que usou.

- Fenton?

- Siobhan? – respondeu Ryan surpreso ao vê-la.

- Fenton. E desvenciliou-se dos policiais indo ao encontro de Ryan e beijando-o na frente da Jenny. Ao  ver isso não gostou nada e fo tomando satisfação.
\
- O que diabos está fazendo? Esse é meu marido.

- Você é casado? – largou uma tapa na cara de Ryan. Castle, Esposito e Jenny assistiam a tudo sem entender muita coisa. 

- Moça, não pode bater em um policial – disse Castle.

- Você é policial? – e desceu outra vez a mão no rosto dele. Siobhan parecia incrédula diante da descoberta - Seu mentiroso! Filho da mãe! Como pôde? –os policiais a detiveram novamente, ela se debatia - Deixe-me ir! Solte-me!

Beckett olhava assustada para ele e Jenny prendera a respiração e seu olhar mostrava o quanto estava desapontada.

- Posso explicar.

Em uma sala a portas fechadas, ele tentava se explicar para a esposa.

- Jenny, entenda foi a muito tempo atrás. Nós nem nos conhecíamos. Fiz parte de uma operação onde fiquei infiltrado a sete anos atrás.

- Kevin como voce acha que me sinto? Somos casados e de repente descubro que você tem uma vida secreta e essa mulher, ela beijou você e depois te bateu. Ela era sua...sua namorada! Como você pode me dizer que era trabalho? A reação dela foi verdadeira. Quem é ela, Kevin?

- Já disse a você Jenny, ela era parte do meu disfarce quando fiz essa operação da narcóticos. Ela foi a maneira que penetrei na máfia.

- Porque você nunca me contou sobre ela? Sou sua esposa! Você a amava? Fenton, era você?

- Jenny... é passado. Fenton era meu nome durante a emboscada. Eu amo você. Siobhan é passado.

- Você não respondeu, a amava?

- Jenny... era trabalho.

- Kevin, sem mais mentiras. Ryan suspirou.

- Gostei dela, as coisas tornaram-se complicadas. Eu desapareci como era esperado da operação. E muita coisa aconteceu em sete anos. Conheci você, nos casamos e você não pode duvidar de quanto eu te amo. Por favor...

- Eu...eu não sei... isso é novo, você tinha outra vida, uma de que eu não conhecia.

- Por favor, Jenny...

- Eu... preciso pensar. Eu preciso digerir tudo isso. Não posso falar agora. E com lagrimas nos olhos, ela deixou sozinho na sala e foi embora.     

- O que sabe sobre isso? – perguntou Beckett ainda surpresa.

-Nada.

-Por favor.

- É possível que nosso Ryan esteja envolvido em algo escandaloso e indecente? – Castle perguntou.

- Ryan? Não mesmo. Ele não faz o tipo.

- É, mas viu a forma que Siobhan mandou aquele tapa? Eles... Veja, Jenny está brava.

- Reação normal quando se descobre que alguém com quem tem um relacionamento esconde um segredo.

- Eu... – Castle já ia responder a alfinetada dela quando viu Jenny sair da sala e Ryan se aproximar - Tranquilos, ele está vindo. Ajam normalmente – claro que ele não sabia disfarçar e Esposito percebeu.

- Estou agindo, isso é normal.

-Não posso...

Ryan parecia abalado. Então viu a foto do quadro.

- Nossa. Bobby S. Acham que esse cara é quem matou Jimmy Whelan?

- Espere. Você conhece Bobby S?

- Sim, éramos amigos no passado.

- Era amigo desse bandido? Como? Andávamos com as mesmas pessoas. Trabalhei infiltrado 14 meses antes da divisão de Homicídios.

- Foi um infiltrado em Staten Island? Perguntou Beckett que mal conseguia fechar a boca de tanta surpresa.

- Com a máfia irlandesa? – complementou Castle.

- Sim. Então, o que temos sobre Bobby S?

- Não, espere, espere – disse Espo curioso - Voltemos rapidinho, por favor. Trabalhou infiltrado? Era o que você e Siobhan faziam...

-É complicado.

-Adoro complicação – disse Castle já se sentado pronto para escutar uma historia picante de sexo, máfia e drogas.

- Como Siobhan está ligada a isso? – perguntou Ryan.

- Ela conhece a vítima. E conhece Bobby S, obviamente. Mas não está falando.

- Bom... Talvez ela fale comigo – disse Ryan e Beckett concordou que valeria a tentativa. Ele entrou na sala onde Siobhan estava.

- Então, acho que não é Fenton O'Connell.

- É Kevin. Kevin Ryan.

- Pelo menos é irlandês. Você não mentiu sobre isso.

- Eu não menti sobre muitas coisas.

- Disseram que você se escondeu. 7 anos sem notícias.

- Sim, eu sei.

- Você não sabe.

- Acredite, eu não queria ir.

- Poupe-me. Você nem teve coragem de dizer na minha cara. Só um recado sobre a cômoda.

- Siobhan, sei que está com raiva. Mas, se estiver em apuros, se sabe algo sobre Bobby S ter matado esse cara, diga-me. Deixe-me te ajudar.

- Você pode ir direto para o inferno, policial.

Esposito ainda estava intrigado com o que descobrira sobre Ryan, para ele era quase uma ofensa Ryan ter escondido isso dele. Não saber disso deixava-o chateado na qualidade de amigo e parceiro. 

- Infiltrado? Por que ele não me contou? – reclamava com Beckett.

- Espo, ele nem contou a Jenny.

- Mas sou o melhor amigo, ela é só a esposa.

- Isso prova porque não há uma Sr.ª Esposito.

- É difícil achar uma mulher para todo este homem – e Beckett revirou os olhos diante do comentário, viu Ryan se aproximando - Então, foi tudo bem?

- Não. Qual seria o motivo de Bobby para matar esse cara?

- Não sabemos, mas parece que tinham um tipo de rixa.

- É, pode-se dizer que sim – uma terceira voz surgiu chamando a atenção deles.

- E quem é você?

- Agente especial Sam Walker, do FBI.

- Sou a detetive Beckett. E detetives Ryan e Esposito.

- Ryan? Kevin Ryan?

- Já ouviu falar dele?

- Sim, é claro. Este homem entrou na máfia irlandesa com uma escuta quando ninguém pôde. Ajudou a prender metade da gangue de Staten Island.

- Pena que as ervas voltam a crescer – disse Ryan.

- Elas sempre voltam – e cumprimentou o agente.

- Qual é o interesse do FBI em nossa investigação? – perguntou Beckett.

- Sua vítima, Jimmy Whelan. Ele era meu informante.

Então o agente comentou que Jimmy gerenciava a loja dele, tentando sobreviver. Com a mudança da economia, fez empréstimos e Bobby S o tinha nas mãos. Jimmy informava das operações de Bobby e estavam quase prontos para pegar a bíblia. Uma lista de anos de tradição e contatos. Seria o fim da gangue. Mas agora as coisas se complicaram um pouco.

- Sem Jimmy, você voltou à estaca zero – disse Esposito.

- Exato, mas ainda temos Siobhan.

- Desculpe, não entendi – disse Beckett.

- Ela também é minha informante.

- O quê? Siobhan não seria dedo duro – disse Ryan.

- A antiga Siobhan talvez não, mas, quando você sumiu, ela passou por dificuldades. A gangue frequenta o bar dela. Falam com ela. Confiam nela. Bobby S ainda mantém um escritório no porão. Quando ela quis sair, fizemos uma oferta.

-Pelo quê? Proteção?

-Sim. Se nos ajudar a derrubá-los. Ajudar-nos a obter a bíblia, essa seria a saída dela. Até que Bobby S descobriu que Jimmy era dedo duro e mandou matá-lo.

- Por isso ela ligou para Jimmy? Para alertá-lo?

- Sim. Jimmy achava que podia sair dessa. Não podia, é claro.

- Então, o que acontecerá com Siobhan? – perguntou Ryan.

- Ela volta para lá.

- Ela não pode. Não agora. É muito perigoso.

- Ela sabe dos riscos.

- Agente Walker, se a ligamos a Jimmy, Bobby S fará o mesmo – disse Beckett.

- Siobhan é livre para ir.

-Ir para onde? – perguntou Ryan - Você não se afasta simplesmente de Bobby S. Todos sabem disso. Ele irá caçá-la. Precisa colocá-la no Proteção à Testemunha.

- Pela bíblia, claro. Mas Proteção à Testemunha não é um programa qualquer. Siobhan deve merecê-lo. Com licença – pediu o agente - Preciso vê-la agora.

- Os federais a deixarão por conta própria – comentou Ryan - E, quando Bobby descobrir, irá matá-la com certeza.

- Olhe, Siobhan, não deve entrar em pânico. Não faça nada que levante suspeitas. Apenas fique na sua e ficará bem.

- Não. Você estará morta – disse Ryan se intrometendo.

- Olhe só, você dizendo a verdade. O policial está certo. Estou ferrada de qualquer forma.

- Onde Bobby S guarda a bíblia?

- No cofre do quarto.

- Como Jimmy pegaria?

- Toda quinta, Bobby promove jogos de bilhar para apostar. Jimmy tentaria nessa hora.

- E a combinação? – perguntou Ryan.  

- Bobby muda a cada sexta-feira. Mas conheço o sistema que ele usa – disse Siobhan.

- Jimmy podia pegar a bíblia porque era um deles e tinha acesso à casa de Bobby S – concluiu Ryan.

- Agora não temos ninguém dentro – disse o agente.

- Eu entrarei. Pegarei a bíblia.

- Sério? Você? Como?

- Sabe que consegui me aproximar de Bobby S. Meu Fenton O'Connell ainda é bom.

- Detetive, isso foi há 7 anos.

- O que sabem é que sumi quando os federais apareceram. Vocês tiraram as acusações contra F O'Connell?

-Sim.

-Há tempos procuram a bíblia. 15, 20 anos? Esses caras são parasitas do tráfico de drogas. Quando terá outra chance de acabar com eles? Você quer a bíblia, queremos Bobby S por assassinato e Siobhan quer continuar viva. Todos ganham. Posso fazer isso – Ryan estava decidido a se arriscar para acabar com isso e dar uma chance a Siobhan, uma forma de retribuir o mal que lhe causara.

- Deixe-me falar com meu superior – e se distanciou deles.

- O que você está fazendo? Você perdeu a cabeça? – perguntou Siobhan.

- Eu era o Fenton. Eu posso sê-lo de novo.

- Não seja morto por minha causa.

- Você me odeia. Eu entendo e mereço. Mas você quer entrar no Proteção à Testemunha ou não? Sim ou não? – ela balançou a cabeça em afirmação.

- Detetive... aquela oferta era séria? – o agente perguntou e Ryan confirmou e eles começaram os trabalhos para prepara-lo para a infiltração.

O agente explicara que a hierarquia mudara, precisava conquista-los. Sete anos era muito tempo, ele precisaria ser convincente ou morreria. Ryan tinha consciência do risco que corria e do que precisava fazer. Repetia para si mesmo sem parar. Eu sou Fenton O'Connell. Eu sou Fenton O'Connell. Eu sou Fenton O'Connell.

Ele foi em casa pegar algumas coisas e se despedir de Jenny. Infelizmente, ela ainda estava magoada com ele e agora apreensiva ao saber que ele ira arriscar-se e correr um perigo que ela não conseguia realmente imaginar.

Os amigos no distrito também estavam preocupados. Mas nada iria impedi-lo. Esposito levou-o de taxi como parte do disfarce até Staten Island. 

- Não estou gostando disso. Você não tem uma escuta, um rastreador.

- Se eu tivesse, Bobby S descobriria. É assim que tem que ser, cara.

- Quem são os informantes do Agente Walker que atestarão sua história?

- Os irmãos Mason, Matt e Tony.

- Onde você ficou preso?

- Em Elmira, homicídio qualificado. Nem posso te contar meu celular. Eu sei o que estou fazendo.

- E a Siobhan? – perguntou Esposito.

- Nosso plano é sólido. Eu consigo. Vejo você no outro lado, parceiro.

E desceu do carro. Ele respirou fundo antes de entrar no pub. O lugar estava cheio. Muitos bebendo, outro jogando bilhar, fumando. Ele observou as caras e encontrou alguns conhecidos inclusive Siobhan. Carregando no sotaque, ele perguntou.

- É assim que sou recebido? Seus irlandeses canalhas, não sentiram minha falta?

- Fenton? Fenton O'Connell?

- Oi, Siobhan – ele se aproximou dela mas foi surpreendido por um murro na cara de outra mulher.

- Bom te ver também, Maggie.

- O que você esperava? Uma festa? Depois do que fez com a Siobhan? – ela ia bater nele mais uma vez porém, Ryan segurou a mão dela na sua impedindo-a.

- Você só tinha uma chance.

- Tire suas mãos da senhora.

- Contando que ela tire as delas de mim – ele a largou. Então Siobhan o empurrou e começou a encenar.

- 7 anos, Fenton? Onde foi que você se meteu?

- Você está com raiva. Eu entendo. Mas vamos resolver tudo isso, talvez menos publicamente. Antes, preciso falar com o Bobby S.

- Foi por ele que você voltou?

- Resolverei meus assuntos e aí só terei tempo para você.

- Você é um charme – disse Maggie - Mas se é do Bobby S que você está atrás, tem que passar pelo braço direito dele.

- Sério? E quem é esse?

- Meu marido... Liam – e Ryan finalmente conheceu o cara que o encarava desde que entrara no pub.

No distrito, Esposito conversava com Castle preocupado com o parceiro.

- É sério. Ele não é o Ryan que conheço. Não é só o corte de cabelo e as roupas, é um cara diferente.

- Ele tem que ser assim. É um disfarce. Ele é o Fenton. Isso é bom – disse Castle.

- Mas se não for bom o bastante? Ele deve estar enferrujado. E esses caras são perigosos.

- O melhor jeito de ajudar o Ryan é montando um caso contra o Bobby S – disse Beckett se juntando a eles com uma caneca de café nas mãos.

- Pode ser mais complicado que pensávamos.O Charger 68 do Bobby tem um sistema de monitoramento e, segundo os registros, ele foi para Yonkers pela Ponte George Washington por volta das 10h. E só voltou às 14h.

- Jimmy foi morto entre 11h30 e 12h. Isso deixa o Bobby limpo – disse Castle.

- Como isso é possível? – se questionava Beckett - O carro que Todd viu fora da padaria tem que ter sido o do Bobby S.

- Ele pode ter alterado o sistema de monitoramento, fazendo parecer que ele só foi e voltou de Yonkers.

- Mas como provamos isso? Pergunta Esposito.

- Descobrindo onde ele foi em Yonkers. E achamos evidências que ele deixou durante a hora da morte. Ele quer construir um álibi e nós vamos destruí-lo.

De volta ao pub, Liam guiava Ryan por um corredor estreito, antes de entrar numa sala ele pediu o celular dele pois Bobby S não confiava em eletrônicos, Ryan ainda insistiu mas sem sucesso. Eles entraram.   

- Oi, Bobby.

- Eu te conheço?

- Como assim? Sou eu, Fenton.

- Lembro de conhecer um Fenton O'Connell há anos. Ele era como um irmão para mim. Era um cara muito parceiro... até que fugiu.

- Qual é, Bobby. Eu te dedurei. Sabe disso. Eu rodando por aí só esquentaria os ânimos.

- Então você deu no pé. De fato, ninguém ouviu falar de você em...7 anos.Onde esteve?

- Oeste. Rodando para lá e para cá até expirar o caso. Serei sincero, Bobby, não quis voltar para casa até ter algo para pôr à mesa.

- Bom, amigo... aqui está a mesa.

- Soube que os federais pegaram Ben Gideon, então pode precisar de algum produto. Trabalhei com os irmãos Mason fora de Chicago.

- Ouvi falar deles.

- É uma fonte estável, material de qualidade. Posso conseguir o que precisar. Estou voltando com tudo, Bobby.

- E daí... você é o Wild Rover da música? "Voltando com ouro e uma grande história", é isso? Ou você é um dedo-duro?

-Conhece-me melhor que isso – disse Ryan - Já falei meu esquema, mas não vou implorar, Bobby. É com você, beleza? – e fez menção de ir embora mas Bobby se manifestou.

- Claro que é. Então, devo receber de volta o filho pródigo ou peço para Liam meter uma bala na sua cabeça?

- É só dizer, Bobby – Liam puxou a arma e apontou para Ryan. Com um rápido movimento, ele bateu no braço de Liam desarmando-o e colocou a arma na mão de Bobby apontando para si mesmo. 

- Acha que sou um dedo duro, que sou um cara sem honra? Então puxe o gatilho. Se duvida de mim, Bobby, faça você mesmo – e então Bobby baixou a arma, riu e se convenceu abraçando Ryan. 

- Fenton está de volta. Bem-vindo ao lar.

Eles voltaram para o bar. Ryan se aproximou do balcão.

- Ainda aqui – disse Siobhan - O que posso te servir?

- Uma do negócio preto.

- Levantem os copos. Lucas 15:32.

- Que tipo de brinde é este?

- Onde achou esse pagão, Bobby? Não fez catequese? "Devemos celebrar e regozijar porque..."

- "Porque seu irmão estava morto... e voltou à vida." – completou Bobby - Bem-vindo ao lar. A Fenton.

- Fenton.

- Saúde.

Maggie encostou-se ao lado do marido e perguntou o que ele achava. Liam disse que a decisão era de Bobby mas que ele ia checar a informação e caso não fosse verdadeira, ele iria mata-lo.

12th distrito

Castle estava visivelmente preocupado com toda a pressão e dúvida de Beckett em relação a Jordan. Ele estava pensando em uma forma de falar sobre isso para ela. Porém, o fato dela ter informado que estava disposta a interroga-lo em seu sono, realmente elevou essa preocupação para outro nível. Seria isso possivel mesmo ou apenas um meio de pressão para fazê-lo falar? Será que ela já fizera isso outra vez? Precisava saber.

Encostou-se na mesa de Esposito e disfarçadamente fingiu que estava observando o que ele fazia. Claro que o detetive conhecia a figura muito bem para saber que ele queria algo. Ficou esperando uma manifestação de Castle.

- O que você está pesquisando agora?

- Procurando os registros de câmera no estacionamento em Yonkers. Beckett está seguindo uma pista.

- E estava pensando aqui comigo, assim observando seu conhecimento de técnicas de interrogatório é possível interrogar alguém sem o seu consentimento?

- Sim, claro basta estar amparado por uma intimação – ele está com problemas pensou Espo - Ah, mas existe a quinta emenda e o direito ao advogado só que você já sabe disso. Então, qual o problema?

- Nada, só estava pensando, pesquisa para meu livro. É possível interrogar alguém durante o sono?

- Castle, o que realmente está acontecendo? – ele aprontou.

- Já falei, pesquisa para meu livro.

- Fala sério, o que você aprontou bro? Você não falou o nome de outra mulher quando estava, você sabe...”brincando” com a Beckett, falou?

- Não! É outra coisa, não tem a ver com Beckett já disse que é uma pesquisa para um livro, algo que eu quero fazer com um suspeito. 

- Só posso dizer que o suspeito nesse caso está ferrado – Esposito não acreditou e aproveitou-se da situação para deixar Castle ainda mais agoniado – quer dizer se Nikki é inspirada em Beckett, tenho pena dele. Ela consegue arrancar qualquer confissão dentro ou fora da sala de interrogatório, somente os mortos escapam mas você já sabe disso – Espo viu a expressão de pavor no rosto de Castle e completou - Eu diria que gostaria muito de ler essa cena porque em estado de sono, se duvidar ela vai arrancar todos os podres do sujeito – e sorriu para ele.

Castle engoliu em seco e suspirou. Foi até a sala de descanso e preparou café. Durante o processo, ele se imaginou na cena descrita pelo Esposito. Ele não queria que as coisas acontecem de maneira errada e também não gostaria de ver a suspeita de Kate aumentar ou de proporcionar uma briga entre eles. O problema era o assunto. Precisava de mais tempo para contar a ela, era importante. Mas, Kate terá paciência de esperar ele estar pronto? Com duas canecas de café, ele segui até a mesa dela. pretendia bancar o calmo e também fingir que não sabia o que Esposito estava fazendo, além  disso, ela se rendia sempre a uma caneca de café. Quando o viu surgir de frente para ela, falou.  

- Acho que descobri onde Bobby S foi em Yonkers. À pista de corrida. Sacou US$ 500 no caixa rápido.

- Apostando nos pôneis – disse Castle - Há câmeras no estacionamento?

- Espo está verificando, mas, se pudermos provar que ele saiu antes da provável hora da morte, isso pode nos ajudar a pegá-lo por assassinato.

Ele estendeu a caneca para ela e Beckett recusou.

- Não. Obrigada. Estou de boa – aquilo mexeu com ele, será que estava testando-o ou realmente não queria o café? Ele tentou disfarçar o incômodo.

- Sabemos como Ryan está se saindo?

- Não sei e odeio não saber das coisas – ela disse e pronto a carapuça serviu.

- Está bem, olhe... Jordan não é uma mulher, está bem?

- Então quem é? Melhor, o que é? – ela insistiu

- Por que isso importa?

- Porque, Castle, importa para você. Por que não me conta? – mas no meio da conversa ela recebeu uma mensagem de Lanie sobre o que ela descobrira - Lanie identificou as fibras em Jimmy Whelan. É lã de uma ovelha australiana.

- Talvez Bobby S tenha um cúmplice... uma ovelha assassina de sangue frio.

- É isso.

- Sério? – Castle não entendeu mas Beckett já estava observando a foto no quadro.

- Não, isso não. Isto. Veja. A jaqueta que ele está usando. É de couro... com lã.

-Isso o liga ao assassinato – disse Castle.

-Não tão rápido – Esposito apareceu - Não há câmeras na área VIP do estacionamento da pista. Mas parece que Bobby S teve um dia de sorte. Ganhou na de longa distância. Rendeu-lhe US$ 14 mil. E usando o mesmo casaco – ele mostrou uma foto -  O problema é que estava preenchendo os formulários no exato momento em que Jimmy foi morto.

-Ele não pode ser o assassino – disse Castle.

-Foi armação. Alguém pegou o carro de Bobby S, plantou essas fibras, tudo para fazê-lo parecer o assassino.

- Se estão armando para Bobby, Ryan precisa saber – disse Esposito já pensando em encontrar o parceiro. Enviou uma mensagem para ele marcando um encontro num café. Ryan surgiu na hora correta com a cabeça coberta pelo capuz da jaqueta e foi logo reclamando.

- É um risco nos encontrarmos assim. É melhor que seja importante.

- Bobby S não matou Jimmy. Pegaram o carro dele e armaram tudo.

- Ou Bobby ordenou a armação e deu o carro para o assassino.

- Não, mano. As evidências foram deixadas de propósito. É armação. Provavelmente, de alguém da equipe dele.

- Ficarei de olho. Mas Esposito não iria perder a oportunidade de tentar persuadi-lo a desistir de tudo.

- Que bem isso vai te fazer? E se algo der errado e eu não estiver lá para ajudar? O que precisa fazer é dar o fora.

- Darei o fora quando terminar – respondeu Ryan.

- Qual o seu problema? Tem muito a perder. Tem a Jenny. Vão começar uma família.

- Eu sei o que está em jogo. Cara... convidei Bobby S para jogar bilhar hoje à noite. É isso. É a minha chance de pegar aquela bíblia.

-Não vale a pena, cara – insistiu Espo.

-Ligo quando a pegar.

De volta a Staten Island, Ryan conta a Siobhan sobre a armação e afirma que pode ser alguém do grupo. Ela tenta persuadir Ryan a não ir ao jogo de sinuca mas ele não concorda.

- Tenho que ir. Não terei outra chance. Você não terá outra chance. Qual a combinação do cofre do Bobby?

- 3-0-4-2-1-7.

- 3-0-4-2-1-7. Como sabe?

- Bobby me fazia registrar o total no caixa às sextas. Ele baseia a combinação nesse total.

- Vamos resolver isso – e Ryan vê um bichinho de pelúcia - Fala sério. Ainda tem este carinha? Espere. Qual era mesmo o nome dele?

- Como pôde esquecer do Sr. Bigodes? Gastou mais de US$ 50 tentando ganhá-lo para mim.

- Aquele jogo de argolas era sacanagem. Valeu cada centavo – um olhar de tristeza o invadiu.

- Ele me viu passar por momentos bem difíceis. Algo daquilo foi real?

- O que eu senti foi. Tenho que ir. Será uma grande noite.

Ryan deixou a lanchonete onde se encontrara com Esposito e no caminho para o jogo de bilhar se pegou pensando no que toda essa situação representava na vida dele. Jenny ainda estava magoada e sentindo-se traída. Vê-la assim partia-lhe o coração. Nunca pensou que veria Siobhan ou que iria passar por essa experiência novamente. De descendência irlandesa, Ryan crescera em companhia de outros conterrâneos, apreciava os costumes e ir a um bom pub saborear a cerveja. Na vizinhança, vira alguns amigos e companheiros de brincadeira de rua ingressarem na operação da máfia irlandesa muito jovens. Quando presenciou mesmo que sem querer a morte de um rapaz próximo a ele, Kevin decidiu que não iria seguir esse caminho. Isso foi uma das coisas que o motivou a ingressar na polícia. Essa missão era algo que ele precisava fazer, concluir. Devia isso a Siobhan pelo mal que causara ao sair de sua vida. Tinha que consertar o passado para então poder continuar sua vida ao lado de Jenny. Ele explicaria tudo a ela, apenas precisaria acabar com isso de uma vez. 

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No distrito, Esposito atualiza Beckett sobre a investigação na pista Yonkers rendera algo. Um funcionário viu o Charger preto do Bobby S. Ele voltou 30 minutos após o assassinato. Ele só viu de longe, mas o motorista usava um boné de beisebol e andou até o metrô. Tinha conferido os cartões passados naquela hora. Um foi comprado com um cartão de crédito de Liam Finch. O braço direito de Bobby S.

-É um golpe. Liam está armando para se livrar de Bobby. Ele quer a liderança – concluiu Castle.

-E Ryan entrou de cabeça.

- Pior. Não entrou de cabeça, mas como amigo de Bobby. Isso o torna inimigo de Liam.

-Temos que avisá-lo – disse Beckett já pegando o celular.

- Se ligarmos, arriscamos o disfarce dele – lembrou Castle.

- Se não ligarmos, pode acabar morto.

- Fala sério.Desde quando ficou tão bom no bilhar?

- Pode me chamar de Eddie ligeiro – enquanto jogava o celular vibrava a um canto com a ligação de Beckett.

- Venha aqui – chamou Bobby - Chequei seus números. Posso lidar com eles. Em quanto tempo me traz algo de Chicago para cá?

- Posso arrumar 2Kg no fim de semana. Na próxima semana, arrumo quanto quiser.

- Adorei.

- Sua vez, desgraçado sortudo – chamaram Ryan para jogar. Enquanto isso, Liam recebeu uma ligação, alguém afirmara que havia um dedo-duro na casa. Ele procurou Bobby e cochicou a descoberta para ele. Ryan observava tudo inclusive quando o olhar caiu sobre ele. disfarçando após a ultima jogada ovacionada pelos outros caras, ele avisou que precisava ir ao banheiro. Rapidamente, ele se esquivou no escritório de Bobby rumo ao cofre, afastou o quadro e digitou a senha. O cofre estava cheio de dinheiro, Ryan afastou uma pilha deles e encontroi a bíblia. Retomou o dinheiro para o lugar quando ouviu a voz de Bobby se aproximando. Escondeu-se. Bobby abriu o cofre e tirou a arma de lá. Por um momento, ele parecia estar desconfiado olhando para o cofre. Assim que a barra ficou limpa, Ryan escapou e apareceu no salão encontrando Liam.

- Olá, companheiro. Estava procurando você. Bobby S precisa que façamos uma passeio.

-Beleza, vou pegar meu celular.

-Não precisará dele – Liam o impediu de ir - O carro está lá atrás. Você dirige.

- Tudo bem. Já volto – ele tentou se desvencilhar de Liam mas não teve sorte, desistiu.

- Já está na hora de ir, Fenton.

No distrito, Esposito tentava sem sucesso falar com o parceiro - Ryan ainda não está atendendo.

- Se Bobby S não permite celulares, talvez ele e Ryan ainda estejam jogando bilhar – disse Castle.

- O que agente Walker disse? – Espo perguntou a Beckett.

- Os federais também não sabem onde Ryan está. Algo está errado – disse Beckett.

- Pessoal...- era Jenny quem chegara - Kevin está com problemas?

- Não. Só estamos falando de coisas processuais.

- Não minta para mim, Javi. O que está havendo? Onde está meu marido?

- Jenny, vamos pegar um café – sugeriu Beckett. Após preparar um café para ambas, Beckett sentou-se de frente para ela. sabia que Jenny estava preocupada com Ryan, além de se sentir enganada, magoada. Kate se identificava com o sentimento já vivera essa sensação antes e de certa forma vivenciava agora.

- Então, não sabem onde ele está?

- Não. Mas o encontraremos. Não achamos que ele esteja em perigo imediato.

- Por que ele faria algo assim? Talvez ele ache que precisa provar algo, por causa do lance da gravidez.

- Acho que pode haver muitas razões, mas, a principal, é que ele quer fazer a coisa certa. É quem ele é, foi o motivo de virar policial, foi por isso que se apaixonou por ele.

- Só quero que ele volte para casa. Nesse momento, Esposito surgiu na porta.

- Beckett. Preciso falar com você – Beckett pediu licença a Jenny tocando sua mão. Do lado de fora, Esposito colocou o celular no viva-voz e ao ouvir o teor da conversa, eles sabiam que deviam agir para ajudar o amigo, Ryan estava indiretamente pedindo reforços.

- Vamos às docas? Só há duas coisas se faz lá, matar alguém e pescar. Está tarde para pesca, não é?

- Está. Todos os peixes estão dormindo.

Eles pararam o carro e desceram, apenas ele e Liam.

- E agora? – perguntou Ryan.

- Suspeitei de você no momento que entrou no bar da Siobhan. Mas todos disseram "Fenton é confiável". Todos deram seus avais, até Bobby S.

- Mas ainda tinha suas dúvidas, não é?

- Exato. Então, pedi a Keane para te seguir hoje. Eu sabia que havia um dedo duro entre nós. Eu só não sabia...s como ele... conseguia se esconder em plena vista. Nesse instante, um carro estaciona e dele sai Bobby S e outro capanga segurando Siobhan pelos braços.

- Siobhan?

- Sinto muito – ela disse.

- Eu também sinto, irmão.

- Keane te seguiu à casa de Siobhan. Falei com um dos vizinhos dela.

- A polícia foi atrás dela dois dias atrás.

- Sendo muito curioso, Keane invadiu a casa dela. Diga o que achou, Keane.

- Olhei o celular dela, Fenton. Ela tem falado com o FBI.

- Todo esse tempo, era uma informante. Uma Judas... com cara de anjo. Fenton, você me conhece. Sou sempre justo. Então, darei uma chance a você de provar que não sabia disso – entregou a arma a ele - Estoure os miolos dela. Fenton, deixaremos um ou dois corpos esta noite. Você escolhe.

Ryan olhava para ela, triste. Siobhan já chorando falou - Tudo bem. Não é culpa sua.Faça – ela fechou os olhos e esperou. Ryan destravou a arma e mantinha apontada para ela. Tenso e triste até que tomou sua decisão.

- Não dá, Bobby. Não posso atirar nela – e virou a arma para o Bobby - Mas não tenho problemas em atirar em você – pela reação dele, 
Ryan desconfiou, checou o cartucho - Vazio. Desgraçado.

- Precisava garantir, amigo. E, nossa, estou tão desapontado com você, Fenton.

- Não tanto quanto está prestes a ficar. Meu nome não é Fenton. É Kevin Ryan. E sou policial.

- O quê? Policial?

- E estou declarando a prisão de vocês 3.

- Seria um ótimo truque, considerando que Liam irá atirar em você e em sua namorada.

- Espere um pouco, Liam. Antes de atirar, deixe-me te perguntar algo, onde está seu celular?

-O quê?

-Não brigamos no corredor? Passei a mão no seu bolso. E, quando não estava olhando, disquei meu parceiro e deixei a linha aberta.

- Sem chance. Ele ouviu para onde estávamos indo.

-Liam?

-Só papo furado, Bobby, blefe.

- Estou? Por que não conhecemos meu parceiro?- Ryan chamou - Javi, onde você está? – momentos de tensão se seguiram até Espo surgir armado.

- Aqui, cara.

- Ele era das Forças Especiais, não vai querer competir com ele. Quer conhecer o resto da minha equipe? Beckett!

- Chamou, Ryan?

- Não deixem a aparência enganá-los, também não vão querer mexer com ela. Castle!

- Sério? Eu... não trouxe meu colete.

- Larguem as armas. Agora.

- Tenho o melhor advogado de Nova Iorque. Irei me safar.

- Não quando eu entregar isto aos federais – e Ryan mostrou a bíblia.

De volta ao distrito, Ryan era novamente Ryan.

- Bem vestido, as 3 peças, só pode significar uma coisa... Ryan está de volta – disse Castle.

- Pois é, pois é. Como estamos com Liam?

- Beckett está tentando fazê-lo confessar matar Jimmy Whelan.

- E o agente Walker ligou. Disse que a bíblia é um tesouro. Bobby e toda a equipe dele irão cair – disse Castle.

- Javi, aquele dia na lanchonete...

- Não se preocupe. Não era você falando. Era o Fenton.

- Sim. Obrigado.

- Não vão acreditar, Liam não é o assassino – Beckett falou assim que encontrou com eles.

- O quê? Era o cartão de metrô dele.

- Pagou por ele com o cartão de crédito e o usou após largar o carro de Bobby. Eu sei, mas o álibi dele é sólido. Ele estava em Staten Island na hora.

- Bom, se o álibi dele é sólido, a questão que resta é: quem tinha acesso ao cartão de metrô dele? – perguntou Castle.

- Maggie... – disse Ryan. E os policiais trouxeram-na ao distrito. Na sala, ele e Beckett.

- Sabe, eu te consideraria muitas coisas, não assassina.

- Também nunca imaginaria você como alguém da Narcóticos.

- Na verdade, sou detetive da Homicídios, por isso sei que matou Jimmy, o confeiteiro.

- Jimmy quem?

- Meu Deus. Vamos mesmo fazer esse joguinho? – disse Beckett - Está tarde, estou cansada. Policiais foram à sua casa e acharam a arma.

- Mesmo calibre que matou Jimmy. É só questão de tempo até a confirmação da balística – disse Ryan.

Na casa de Siobhan, Ryan a acompanhara para enttega-la ao serviço de proteção à testemunha e se despedir. 

- Não esqueça o Sr. Bigodes.

- Agora você lembra o nome dele.

- Pode nos dar um segundo, por favor?

- Esperava que você viesse.

- Eu queria dizer adeus desta vez.

- "Adeus" me faz sentir que nunca mais te verei.

- E não verá. Amanhã, estará em outra cidade, usando um novo nome. Poderá começar de novo.

- Por que fez isso? Arriscar sua vida por mim.

- Sabe o porquê.

- Esse tal de Kevin Ryan... gostaria de tê-lo conhecido antes – ela beijou-lhe o rosto e Ryan se foi. Ao chegar em seu apartamento, Kevin estava se preparando para falar com a esposa e se acertar. No momento que a viu, ele foi logo falando.

- Sinto muito, Jenny.Sei que não foi justo com você.

- Só me diga a verdade. Essa parte da sua vida, de disfarce, acabou?

- Agora, sim.

- Que bom. Porque preciso saber que você estará aqui. Preciso saber que posso contar com você. Sobretudo após os resultados do médico de fertilidade.

-Não. Notícias ruins?

-Sim. Fizemos aqueles testes para nada. Já estou grávida.

- Está grávida? Está grávida – a felicidade dele não podia ser maior -  Vamos abrir um champanhe. Não, não podemos abrir um champanhe. Sabe por quê? Você está grávida.

- Estou grávida – Jenny começava a chorar e beijou-o. a felicidade de ambos era enorme, depois de tudo que passaram nesses últimos dias, a noticia caira como um bálsamo. Eles sentaram-se no sofá abraçados um ao outro e Ryan sentiu que precisava ser honesto de uma vez por todas com ela.

- Eu sinto muito, Jenny. Não julguei que essa parte do meu passado fosse relevante lembrar. Nunca imaginei que ele bateria na minha porta novamente. Em nenhum momento eu quis esconder algo de você. Esse periodo do meu passado em Staten Island era trabalho mas eu conheci e vivi algo real durante minha juventude. Estaria mentindo para você se dissesse que minha relação com Siobhan não passou de profissional, nós nos envolvemos. Raízes mexem conosco e quando eu entrei na operação, sabia que estava lutando contra elas mas a parte ruim delas. Foi por isso que entrei na policia, para combater gente assim, mas ao ver que Siobhan estava servindo de isca na cova dos leões, tinha que encerrar o assunto de uma vez por todas.

- Então, você a amou.

- Sim, hoje não mais porém tinha uma dívida com ela e comigo mesmo. Precisava fazer isso e assim virar a página do meu passado de vez. Acabou,Jenny. Apenas fazendo isso eu conseguiria seguir em frente e me dedicar ao futuro. Minha vida, meu futuro com você. Minha família. Me partiu o coração ver você tão magoada, nunca quis fazer isso. Eu te amo tanto...

- Também te amo, Kev.

Apartamento de Castle

- Liam não sabia o que a esposa estava fazendo?

- Não, foi tudo coisa da Maggie. Ela sabia que Liam era leal demais e pensou que, se fizesse Bobby S ser preso, o marido iria ascender ao trono – ela saboreava o vinho.

- Então Lady Maggie era Lady Macbeth, só que irlandesa, não escocesa. Kate, sobre Jordan...

- Se não quer falar sobre isso... – ela tinha pensado bastante após a rápida conversa com Jenny e não ia força-lo. 

- Não, eu quero, mas... O que acontece se você não gostar do que verá?

- O que acontece se não me deixar olhar?

- Jordan Motor Company. Fizeram carros de 1916 a 1931.

- Esse Jordan? Esse é o segredo? Uma companhia de carros extinta?

- Mais ou menos. Tem a ver com minha época no internato.Em meu primeiro semestre lá, corria risco de reprovar. Precisava de um 10 em meu trabalho.

- Escreveu sobre essa companhia de carros?

- Não. Outra pessoa o fez. E paguei US$ 250 a ele.

- Castle, isso aconteceu quando você era criança. Não entendo como isso mudaria minha visão de você – ela estava intrigada.

- Porque mudou minha visão de mim. A professora leu o trabalho para toda a classe, pela excelente escrita, e eles aplaudiram. Foi a primeira vez que fui celebrado por algo – a expressão no rosto dele indicava seriedade e ansiedade - E foi uma fraude. Eu era uma fraude. Foi quando aprendi a escrever. Escrevi e escrevi, tentando ser tão bom quanto achavam que eu era. Tentando merecer aquele aplauso. Ainda estou tentando.

Ela olhava para ele fascinada. Era uma mistura de menino e inocência com um homem que não se deixa abater, não desiste de tentar.

- Tem razão, Castle. Isso muda minha visão de você. Faz eu gostar de você um pouquinho mais.

Ela foi ao encontro dele e perdeu-se num beijo carinhoso. Ela se inclinou e Castle a puxou em seus braços deitando-a em seu colo. Ficaram trocando caricias por um bom tempo. Ela se aninhou no colo dele e fechou os olhos. Castle soltou os cabelos que estavam presos ao rabo de cavalo e ficou acariciando-os. Ainda de olhos fechados, ela buscou a mão dele e entrelaçou na sua sorrindo.

- Estou cansada. Preciso muito dormir.

- Então vamos para o quarto... quer uma massagem nos pés?

- Adoraria...

Eles se levantaram e seguiram para o quarto. Kate foi ao banheiro preparar-se para dormir. Quando apareceu já de banho tomado e pijamas, Castle já se encontrava deitado. Quando deitou ao seu lado, ele sentou-se ao pé da cama e pegou um óleo de amêndoas da cabeceira da cama. Colocou um pouco na palma da mão e segurando um dos pés dela, começou a massagea-lo. Kate sorriu e gemeu baixinho. Isso era muito bom. Enquanto Castle se divertia fazendo a massagem, ela o observava pensando na historia que ele contara. É engraçado como após quatro anos de convivência, ela ainda descobria coisas sobre ele que a admiravam. A capacidade de se deparar com algo novo, a fazia acreditar que sua decisão de ficar com ele fora acertada.

- Eu estava pensando, o que você acha de aproveitarmos o próximo fim de semana para sair da cidade? Esquiar? Podiamos ir a uma estação de esqui, relaxar, posso mostrar minhas habilidades na neve além de outras coisas...

- Hum... parece uma ótima ideia.

Ele deixou os pés dela de lado e deslizou as mãos sobre o corpo dela até deitar-se totalmente sobre ela, beijou-lhe os lábios e acariciou o rosto dela sorrindo.

- Tem mais uma coisa... você precisa pedir suas férias a Gates porque no meu aniversário, estaremos comemorando em Bora-Bora. E não venha com desculpas ainda tem um mês pela frente.

- Como? – ela não esperava por aquilo – Bora Bora? Castle eu não sei o que dizer...

- Não precisa, apenas cuide das suas férias e vamos passar um tempo sozinhos, quero levar a minha sensação de paraíso para um paraíso tropical... aceite, por favor...

Ela não sabia ao certo o que dizer diante das palavras dele a não ser o obvio.

- Tudo bem, vou avisar Gates amanhã mesmo e quanto ao fim de semana?

- Será no próximo. Combinado?

- Combinado - ela beijou-o – sabe Castle você deveria parar de me mimar, assim vou ficar mal acostumada...

- Não me importa, na verdade esse é o propósito.

Ele deitou do lado dela e Kate se aconchegou no peito dele. Estava quase adormecendo quando falou.

- Você não precisa sonhar com Jordan nem se preocupar com tudo isso, você já é um escritor de sucesso, meu escritor. E eu sua musa.

As palavras de Kate o fizeram sorrir. Eram esses pequenos gestos que o fascinavam e o faziam ama-la ainda mais.          


Continua...

2 comentários:

Marlene Brandão disse...

Numca havia dado o devido valor em Ryan,agora depois deste epi passei dá valor a ele,as indiretas em 3D da becks são as melhores.Todos unidos por Ryan é a prova de que são uma familia linda,Jen grávida foi emocionante ah e o fim o Escritor e sua musa #Always!
=)

larynhapaulista disse...

Posso dizer que me surpreendi com esse episódio, quando fiquei sabendo que seria uma episódio focado em Ryan fiquei com um pé atrás com a qualidade do episódio, mas posso dizer que amei o episódio.
Amei a cena do começo do capítulo e como você fez a ligação para cena do episódio. E posso dizer que até o momento que Castle falou para ela o que significava Jordan eu achei mesmo que era uma mulher e apesar dele negar eu não acreditava. E posso dizer que adorei ele contando para ela no final e ela dizendo que gostava mais um pouco mais por causa do gesto dele. E que beijo foi aquele no sofá, a cada episódio cenas mais fofas entre os dois.
Senti uma pena da Jenny quando Ryan foi se despedir dela, mas depois na cena que ela conta para ele que está grávida não podia ficar mais feliz pelo casal.
E que raio de nome é esse Siobhan? Até agora não consegui pronunciá-lo hehehe
Adoro quando você escreve no final do capítulo algo que pode ter realmente ligação com o próximo episódio. Eles conversando sobre as viagens foi bem legal.

beijos