sábado, 6 de julho de 2013

[Castle Fic] Searching for the Meaning of "Us" - Cap.5


Nota da Autora: Capítulo focado no presente e no caso, porém sempre com o lado Caskett... o próximo será melhor, prometo! Enjoy! 

Cap.5       


De olhos arregalados, Antonny sai do carro e olha para o local onde estava a van sem entender exatamente o que acabara de acontecer. No fundo, estava em negação quando finalmente gritou.

 - Nãoooo Sasha! Cadê a Sasha? Quero minha filha...não – e começou a chorar, não conseguia manter a calma e como uma criança abandonada, ele apoiava-se na lixeira para tentar se manter de pé – não, não...filha... – um dos policiais o segurou ajudando-o.

O desespero do pai de Sasha comove Kate. Ela tinha noção do que essa dor fazia com alguém. Já presenciara isso algumas vezes porém nenhuma tão difícil e dolorida como a dor de Castle. Como ele, Antonny sofria. Beckett foi até o seu encontro e tentou acalma-lo segurando-o pelos ombros pedindo ajuda pois não seria capaz de conter um homem como ele sob a adrenalina que o tomava. Quando um dos agentes se aproximou deles.

- Sr.Wilson, eu preciso que o senhor acompanhe o meu colega agente Scott. Por favor, precisa se acalmar, em nada vai ajudar. Eu preciso ir atrás de respostas, promete que ficará com protegido? Eu voltarei para falar com você. Tudo bem? – ainda zonzo com tudo que acontecera, ele balançou a cabeça deixando o agente guia-lo para um local mais calmo. Ela pode ver a tristeza nos olhos dele. Engoliu em seco.

Afastando-se da confusão maior, Beckett reuniu mais três agentes para seguir com ela na busca pela van através dos dispositivos colocados nas mochilas. O aparelho que monitorava o chip estava na mão de Jordan e mostrava claramente a van como um ponto em uma das rodovias que cruzavam a cidade de Washington em direção ao interior da Virginia. A foto que outro agente tirara da parte traseira da van, revelava uma placa que ela suspeitava ser fria porém, já era alguma coisa a investigar alguém vendera aquela placa aos sequestradores. O modelo e o ano da van também ajudariam nessa busca já que durante o acontecido, vários equipamentos a laser foram capazes de fotografa-la de várias direções.

- Beckett, vem aqui.

- O que foi, Jordan?

- A van parou.

- Tem as coordenadas do local?

- Sim, parece ser próximo a rodovia. Não posso precisar se a van ainda está ali, mas o dinheiro sim já que o gps está nelas – ele mexeu em alguns botões e uma mensagem apareceu na tela – pronto, enviei para o seu tablet. Kate checou e o endereço com as coordenadas estavam lá.

- Obrigada, Jordan.

- Cuidado, Beckett.

Chamando os demais agentes, ela entrou no carro e foi seguida por outra viatura. Vinte minutos depois, eles avistaram o local. Um terreno abandonado próximo à rodovia. Nem sinal da van porém, havia um casebre caindo aos pedaços. Pelo rádio, Beckett se comunicou com os outros agentes orientando-os para rodearem a casa. De arma em punho, ela se esgueirou pela lateral da casa buscando as janelas. Nenhum movimento interno. Recebeu um sinal do outro agente indicando que estava em posição nos fundos da casa. Respirou fundo e liberou a invasão. Ela mesma arrombou a porta da frente e entrou gritando e apontando a arma para sua própria proteção.

- FBI! Vai, vai, vai…

Caminhando com cautela pela sala, percebeu que não havia sinais de pessoas ali. Seguiu na direção da cozinha. Alguns restos de comida no lixo, um copo dentro da pia. Cuidadosamente, Beckett pegou um saco de evidências e colocou o copo dentro fechando-o. Prosseguiu.

Cômodo a cômodo, eles constataram que a casa estava vazia. Um dos agentes encontrou uma das mochilas que continham o chip, jogada e vazia em um dos cantos do quarto. Beckett desceu uma escada que dava acesso ao porão. Havia claramente sinais de cativeiro ali. Pelo rádio, solicitou uma equipe de peritos. Onde quer que Sasha tenha sido levada, as respostas estavam ali, Em paralelo, ela ordenou a busca ao veiculo informando que o mesmo não se encontrava na propriedade. Estiveram ali muito rapidamente, talvez apenas para pegar a vítima. Esses caras sabiam o que faziam, não seria tão simples agarra-los. Se suas suspeitas estivessem corretas, achando a van, as chances de achar Sasha aumentavam consideravelmente.

Ainda ficou no local por mais meia hora supervisionando os trabalhos da equipe de peritos. Entregou a evidência que recolhera para ser levada ao laboratório. Dando as últimas instruções e deixando um dos agentes encarregados, ela entrou em seu carro e rumou para o HQ.
Ao retornar ao HQ, Beckett encontra Stack e mais alguns agentes reunidos buscando alternativas de ataque para quando localizassem a van. O salão estava uma loucura. Jordan estava vidrado nas telas de led enquanto os dedos voavam no teclado.

- Com licença, Stack onde está o Sr. Wilson?

- Na sala de reunião 3. Qual o status da investigação no casebre?

- A casa estava abandonada mas claramente foi um esconderijo para os sequestradores. Tenho certeza que Sasha estava presa naquele porão. Deixaram alguns rastros e uma das mochilas para trás, o que nos ajudou na localização. Deveremos ter mais informações depois que os técnicos de laboratório analisarem as amostras que recolheram. Uma coisa é certa, a van era seu meio de transporte, se não se livraram dela, então temos que encontra-la. Se me der licença, vou procurar Antonny – ela já saíra da sala quando resolveu perguntar – e a van? Progresso?

- Ainda procurando. Acredito que seja questão de horas para acha-la.

Kate anda pelos corredores até vê-lo sentado atrás de uma mesa. A cabeça baixa apoiada nas mãos, a expressão corporal dizia tudo o que se passava com ele. A sensação de tristeza, estava arrasado. Ela também se sentia assim, triste e frustrada por não ter conseguido cumprir a promessa que fizera a ele.

- Sr. Wilson? – ela chamou por ele cautelosamente.  O homem levantou os olhos na direção dela. Tinha os olhos vermelhos, o semblante cansado – o que está fazendo aqui? Porque não foi para casa?

- Não saio desse lugar até que alguém me dê noticias e mais importante me entregue a minha filha viva. Dez milhões de dólares! E cadê a minha filha? E não agente, não é pelo dinheiro. Eu quero minha filha. Sasha meu bebê... oh, Deus, porque isso está acontecendo? – ele tornou a levar as mãos à cabeça, escondendo o rosto para que ela não visse as lágrimas que voltaram a surgir nos olhos dele.

- Sr. Wilson, Antonny eu sinto muito. Sei que não é isso que você quer ouvir agora. Não cumpri minha promessa e por enquanto, isso é o que posso dizer: sinto muitíssimo. Acredite, vê-lo assim apenas me deixa ainda mais determinada. Vou encontra-la. Isso não é uma promessa, é a minha palavra. Vou acha-la.

- Agente é inútil... eles tem o dinheiro, Sasha... ela não significa nada para eles, podem mata-la...oh meu Deus.

- Não! Isso ainda não acabou, precisa manter a esperança. Vou encontra-la. O senhor precisa descansar. Sugiro ir para casa, ficar com sua esposa. Ela também precisa de você – ela se aproximou dele e tocou-lhe a mão – vá pra casa, não faça nenhuma besteira, certo? Confia em mim?

- Confio.

- Ótimo, então faça o que eu disse e espere. Vou trazer Sasha de volta.

Beckett olhou para ele uma última vez e saiu da sala. Respirou fundo. Olhar para esse pai sofrendo apenas servia para trazer à tona seus próprios sentimentos quando passara por isso ao lado de Castle. Felizmente, mesmo com a loucura de Castle, Alexis e ele voltaram sãos e salvos. Era exatamente isso que ela pretendia para Sasha.

Voltou ao local onde Stack continuava a busca por pistas. Ela tinha a sua própria e não importava o que precisava fazer, ela seguiria sua linha de raciocínio. Beckett ainda não desistira de incriminar seu suspeito, nem que precisasse agir sozinha para provar seu ponto de vista.

- Stack, tem um minuto? Preciso saber de um follow up – ele distanciou-se dos demais para falar com ela - Porque o magnata do petróleo não veio ao headquarters? Ele tinha uma entrevista conosco hoje pela manhã.

- Ele perdeu o avião.

- Certo, mas ainda está intimado a comparecer aqui. Quero interroga-lo.

- Beckett, qual a relevância disso para o caso? Porque essa insistência com o milionário? Você deveria estar caçando a van como todos os outros ou pelo menos deveria estar fungando no pescoço dos técnicos para apressarem as análises do suposto cativeiro.

- Posso fazer as duas coisas. Onde está o contato dele? O documento – ao ver a cara de poucos amigos de Stack, ela desistiu – deixa, eu me viro. Vejo com o Jordan. E saiu da sala com pressa. Antes de pedir ajuda, checou o arquivo do caso via tablet já que as informações principais eram enviadas a todos os envolvidos. Achou o contato da secretária dele. Ia ligar quando percebeu a hora. 5:47 da manhã. Teria que esperar pela hora do expediente normal. Gravou o número no seu celular. Ela não dormia a 24 horas. Levantou-se e decidiu tomar um café antes de ir perturbar o pessoal do laboratório.  O café não fora suficiente para mantê-la alerta por isso mesmo, no meio do caminho, comprou outro copo e se sentiu melhor.

O trabalho no laboratório era lento. Por mais tecnologia que tivessem aplicados ali, havia muitos pedidos de vários casos que eram investigados pelos agentes do bureau. Beckett foi direto atrás do técnico encarregado de seu caso. Mike era um cara muito descolado, um aficionado por histórias em quadrinhos.

- Oi, Mike. Tem algo para mim?

- Muito cedo, Beckett. Talvez daqui a três horas.

- Três horas? Ah, você não pode estar falando sério. Você é melhor que isso.

- Acontece que a pilha de análise somente cresce.

- Mike, nada mesmo? Nem as digitais do copo, fibras, nada?

- Você é insistente não? – ele riu estendendo um envelope para ela – tem digitais ai, e DNA mas sem ter outro para comparar não é muito útil.

- Já ajudou. Valeu, superboy!

Saindo do laboratório, ela checou a hora e ligou para o escritório do milionário. Ninguém atendeu.Volta para o local de trabalho a fim de checar o que recebera do laboratório. As digitais do copo tinham antecedentes. Assim que as consultou no banco de dados do FBI, ela encontrou um dono nada santo. Amil Jarrah, 25 anos nascido no Líbano, cresceu no país até os cinco anos, veio para os Estados Unidos com os pais. Na adolescência,ele cometeu pequenos furtos, andava armado com facas ou estilingues e teve passagem pelo juizado. 

Depois pareceu se aquietar, concluiu o ensino médio, alistou-se no exército e depois de um ano, inscreveu-se na faculdade e um sorriso veio ao rosto de Beckett. Estuda Ciências políticas. Bem interessante, ela pensou. Precisava investigar um pouco mais. Fez as devidas anotações e destacou o que iria focar em seguida mas antes, pegou o telefone e ligou para a secretária do magnata, dessa vez ela atendeu.

Beckett foi bastante clara e objetiva. A secretária já sabia da primeira chamada de seu patrão para comparecer no FBI. Ela disse que avisaria o magnata e Beckett foi enfática sobre a presença dele ainda esta manhã no bureau. Ao desligar, ela levantou e foi tomar mais um café. Sentia o cansaço tentando domina-la, nessas horas, o café era seu aliado pois era exatamente em momentos como esse que sentia-se só. Não tinha um parceiro com quem dividir suas dúvidas, pedir sugestões ou mesmo discutir ideias. Isso era algo que a fazia lembrar sempre dos rapazes do 12th e principalmente de seu parceiro. Castle fazia falta ali, ele certamente ouviria a teoria dela sobre Josh e até compraria sua ideia.  Não conseguiria esquecer facilmente aqueles anos. 

Suspirando, ela voltou com uma caneca cheia de café para a sua mesa. Tinha que entrar de cabeça no passado e nas atividades de Amil, acreditava que acharia alguma ponta solta ali. Quando ia começar a cavar um pouco mais sobre o rapaz, fora avisada que o magnata do petróleo. John Matthews estava no aguardo dela na sala de entrevistas 2.

Ela caminhou calmamente até onde ele estava. Beckett tinha que manter o controle e a paciência para falar com ele devido sua posição mesmo que tivesse vontade de pular no pescoço dele.

- Bom dia, sou a Agente Beckett – estendeu a mão para ele que a cumprimentou.

- É um prazer agente, porém gostaria de saber o que estou fazendo aqui. Beckett sentou-se a frente dele e abriu a pasta do caso. Mostrou uma foto de Sasha.

- Conhece essa moça?

- É, conheço. Era namorada do meu filho, Josh. O que tem ela?

- Sasha Wilson, filha de Antonny Wilson o subsecretário do presidente foi sequestrada a três noites atrás. Curiosamente, sei que o namoro de seu filho com ela não teve um final muito amistoso. Josh não aceitou muito bem.

- E você está achando que eu sequestrei a moça para vingar meu filho? Ela nem é a última mulher do mundo, agente. Isso lá tem cabimento! A menos que você esteja pensando que foi meu filho e eu o dei cobertura? É isso?

- Não disse nada, ainda. É verdade que sua empresa foi reprovada em uma licitação pelo próprio Sr. Wilson no valor de dez milhões de dólares?

- Sim, é verdade.

- Você não ficou muito feliz certo? Disseram foi que você ficou bastante irritado, até jurou vingança. O mais interessante é que o resgate era exatamente a mesma quantia. Porque não usar de um sequestro como vingança?

- Pare, agente Beckett. Quem você pensa que é para me acusar? Você acha que eu me disporia a sequestrar a filha do subsecretário porque perdi uma licitação. Por dez milhões de dólares? Por favor! – nossa, como era irritante e arrogante esse cara! – fiquei mesmo chateado, não! A palavra é irritado, até pensei em me vingar, brigar mas eu sou superior a ele. Ganho muito mais que isso com as minhas empresas. Desisti de tal coisa afinal se o governo dos Estados Unidos acha que minhas empresas não estão aptas a servi-lo, paciência, eles só tem a perder. Se bem que no caso específico acabei acreditando que foi melhor perder a concorrência. Melhor do que ver a empresa afundar pelas mãos do incompetente do meu filho.

- Incompetente? – talvez esteja ai a minha deixa, pensou Beckett.

- Agente, meu filho não é o maior exemplo de inteligência. Sempre se ligou em coisas sem sentido. Não tem tino para negócios, infelizmente. Esperava vê-lo pelo menos como um excelente advogado ou um empresário. A quem eu quis enganar. Ele me enfrentou quando escolheu jornalismo. A intenção dele era me afetar com a mídia, não apoia o que eu faço, ou não fazia antes. Confesso que não entendi o motivo porque decidiu fazer Ciências políticas. E pareceu levar jeito. Aliás, a primeira boa escolha de Josh, o súbito interesse na política. Talvez fosse a namorada que o estragasse. Interessou-se pelos negócios e sugeriu que eu o deixasse à frente da nova empresa. Ainda bem que perdi. Seria um desastre.

- E quanto ao namoro com Sasha? O senhor aprovava?

- Tenho mais com o que me preocupar. Apenas sei que ela parece ter um futuro muito bom pela frente, quer dizer, se não acontecer nada com ela. Onde está a mídia afinal quando um caso desses aparece?

- Não existe mídia. O FBI está tratando o caso em sigilo e queremos que permaneça assim. Senhor, apenas mais uma pergunta: o senhor acredita que seu filho seria capaz de sequestrar a ex-namorada?

- Aquele palerma? Ah por favor, não insulte minha inteligência. Agora se você me der licença, agente tenho um dia cheio pela frente. Passar bem.

E saiu da sala. Beckett ficou parada ali por uns instantes. Apesar das declarações, ela sabia quanto um homem desses, influente, poderia ser persuasivo quando quer. A relação pai e filho também era bem estranha, havia um descaso, quase um certo ódio por esse filho. Não seria essa relação errônea o estopim para Josh procurar alguma coisa, qualquer coisa para agradar o pai? Suas suspeitas sobre o rapaz apenas aumentavam.

De volta à sala, Beckett volta a sugerir a investigação sobre Josh mas não foi bem recebida. Isso não era motivo para desistir. Ela foi atrás de mais um café. Quando estava saboreando o líquido quente para dar a ela mais vigor, ela pensava sobre Amil. De volta ao computador, ela pesquisava a vida acadêmica de Amil. Fazia Ciências políticas na Universidade da Virginia até o último semestre então pediu transferência para a Universidade de Washington. Coincidência cair justamente na turma de Josh? Ela acreditava que não. 

Começou a verificar os acessos de biblioteca e se havia alguma proximidade entre ele e Josh. Checou fraternidades e não ficou surpresa ao descobrir que ambos frequentavam a mesma. Além disso, apesar de não estar cursando mais jornalismo, Josh continuava escrevendo para o jornal e Beckett acabava de encontrar uma reportagem sobre petróleo onde o próprio Josh entrevistava alguns alunos da universidade e entre eles estava Amil. Quando ia começar a ler a reportagem, Stack a chamou.

- Beckett? Pode vir aqui um instante? – ela se ergueu indo ao encontro dele – temos uma boa pista. Recebemos informações sobre o paradeiro da van. Estou pedindo para chamar os agentes mas quero que você os acompanhe e coordene a operação. Provavelmente estão lá, deve ser um segundo esconderijo. Vá preparada, poderemos ter troca de tiros.

- Certo, vou me preparar e logo me reunir aos demais.

- Boa sorte, Beckett.

- Obrigada. 

Voltou ao seu computador e salvou a pesquisa que fazia também em seu tablet. Recebeu a informação que Stack falara em seu email. Beckett se reuniu aos demais agentes para verificar como iriam proceder com a invasão. No caminho, ela tentava entender a região onde se encontrava a van e quais poderiam ser suas estratégias de ataque. Porém, estava achando estranho o que vira no programa. O local parecia deserto. Achou melhor esperar antes de tirar conclusões.   

Em um lugar nas redondezas de Washington, o time de agentes encontrara a van em um terreno abandonado. Beckett se juntou a eles para averiguar in loco. Vasculhando o local indicado, havia mesmo uma van, vazia. Repararam em manchas de sangue no chão do veiculo e começaram a recolher amostras. Havia rastros leves de sangue na grama, alguém fora arrastado dali. Ela e mais dois agentes seguiram a trilha cuidadosamente para não contamina-la e ver onde ela poderia terminar. O caminho levava ao meio do nada, o terreno era enorme e nenhum sinal de abrigo ou casa na sua redondeza.

Beckett tinha medo do que encontraria. Rezava silenciosamente para que nada houvesse ali, aquele sangue não a deixou confiante. De repente, um tiro foi disparado na direção deles passando de raspão em um dos agentes. Beckett sacou a arma e começou a avaliar o perímetro.

Um novo disparo. Ela percebeu a trajetória do tiro e saiu correndo na direção que identificara. Destemida, ela enxergou o cara, atirou na direção dele e correu para alcança-lo. Na corrida, melhor para Beckett. Seu porte físico e sua resistência ajudou. Derrubou o cara no chão e o imobilizou. Livrou-se da máscara negra e olhou o seu rosto. Tinha traços do meio-oriente parecia-lhe familiar mas não conseguia distinguir porque. 

- Atenção! Vasculhem toda a área! Não deixem passar nada – Beckett ordenou aos agentes.

Em seguida, ela algemou o suspeito e com a ajuda de outro agente, ergueu-o do chão. 

- Leve-o para a viatura. Vamos direto para a sala de interrogatório assim que chagar no HQ. Pessoal – ela gritou – acharam algo mais? – pelo radio, ela recebera as respostas negativas. A busca terminara sem sucesso – recolham o máximo de evidência que puderem e levem para o laboratório. Alguém recolha a van para análise. Qualquer novidade venham direto a mim.

Resoluta, ela ainda rondou a área onde capturara o suspeito em busca de algo mais porém nada detectou. Caminhava a passos largos e firmes rumo à viatura. Beckett estava louca para interrogar o sujeito. A adrenalina pulsava em suas veias. De volta ao HQ, ela já encontrara o suspeito algemado e numa sala esperando por ela. Recebeu a ficha policial dele juntamente com algumas fotos antiga e recente. O sorriso de satisfação não podia ser maior. Agora entendera a similaridade. Entrou na sala.

- Amil Jarrah, ora ora... finalmente nos encontramos – sentou-se de frente para ele – sou a agente Beckett. Sabe por que está aqui? – ele permanecia calado – sei, vejo que precisa de incentivo para começar a conversar. Que tal isso aqui? – ela estendeu o relatório das digitais e o saco de evidência com o copo recolhido no casebre – reconhece isso, Amil? Parece que você é um tanto relapso não? Deixando copos com digitais à disposição da polícia, atirando contra agentes e se deixando prender. Aposto que seu patrão deve estar louco para te matar depois de tanto erro. Sorte sua que eu te prendi.

Beckett calou-se por uns instantes sem tirar os olhos do suspeito. Percebia que Amil estava sério, mas com medo. A tigresa nela clamava por entrar em ação, ela queria respostas. Quebrou o contato visual com ele apenas para fingir interesse na ficha a sua frente. O que não precisava pois conhecia o histórico de Amil. Voltando a fita-lo, tornou a falar.

- Sabe Amil, você não é um mal sujeito. Cometeu alguns delitos menores no passado, participou da guerra quando se alistou ao exército, pagou pelos seus erros. Seus pais trabalharam duro para dar a você meios e educação. Vejo que obtiveram sucesso. Você é universitário, um curso bem interessante. Ciências políticas. Diante de tudo isso, Amil, porque participar em algo tão vil e baixo, porque jogar uma carreira tão promissora no lixo? Certamente, você tem uma ótima explicação para isso não?

Contou até dez. Vendo que ele não se pronunciara, ela forçou.

- Amil, tenho sido bem paciente com você, quer saber? Chega! O que você estava pensando ao sequestrar Sasha? Faturar uma grana fácil, se vingar ou ser acusado de terrorista? Qual dessas você imaginou ser a ideal? Me diga – ela gritava – o que Sasha fez para você? Isso tem a ver com ela ou você quer apenas se vingar de uma figura política, do pai dela? É isso? Você tem noção da roubada que se meteu? Sabe o que é pior nessa história? Na minha interpretação, você não passa de um capacho, de um bode expiatório para Josh! Isso tudo foi ideia dele não? O que prometeu a você? Dinheiro? Emprego? Me responda! – ela gritou e apoiou suas mãos na mesa bem na frente de Amil.

Ele permaneceu calado, nervoso mas firme. Comportamento digno de um mulçumano já acostumado a interrogatórios muito piores. Baixando a voz, Beckett sentou-se na mesa ficando de frente para ele e decidiu tocar a ferida.

- Eu digo o que você ganhou, anos de cadeia. A perda de seu futuro na política. Sei que foi Josh que armou tudo. Você o conhece, faz o mesmo curso, participam de um grupo na internet onde discutem política também da mesma fraternidade. O problema é que Josh é rico, tem o pai para protegê-lo. E a culpa? Ah, Amil a culpa será sua. Totalmente sua. São suas digitais, seu sangue, é a sua ficha que está nas minhas mãos. As provas ligam você a van e ao cativeiro. Se eu estivesse em seu lugar, contava o que sei. Cooperava. Você tem duas opções: ou coopera conosco e podemos arranjar um acordo para sua pena, ou vai ver o sol nascer quadrado por uns trinta anos. Isso se recuperarmos Sasha com vida. Caso contrário, a prisão perpetua te espera ou talvez um corredor da morte. Pense bem. O que vai ser,Amil?

Ela cruzou os braços e o encarou. Foram longos cinco minutos sem qualquer manifestação por parte de Amil. Não aceitando o isolamento e a não cooperação do suspeito, Beckett falou.

- Tudo bem, Amil. Estou de bom humor hoje e decidi lhe dar mais uma chance. Algumas horas trancafiado atrás das grades podem ajudar a sua decisão. Ainda não acabamos – ela abriu a porta e chamou o agente – leve o Sr. Jarrah para a cela, ele precisa fazer uma reflexão. E Amil... – ela o fitou com o olhar penetrante de Beckett – reze para Sasha estar viva ou terei prazer em te jogar pessoalmente atrás das grades pro resto da sua vida.

Ela saiu bufando. Ela jogara com todas as armas que possuía sem sucesso. Não obteve resposta a não ser o detalhe que havia passado despercebido antes: a ligação de Amil com Josh. Ela não sabia do grupo de bate-papo. Como gostaria de ter acesso ao notebook de Josh. Infelizmente, Amil não trazia consigo nem um rádio ou um telefone celular. Será que estava na van? Resolveu entrar em contato com a equipe de peritos. Os resultados ainda não saíram apenas o do sangue na van já confirmado ser de Amil que estava ferido no braço. O material coletado do corpo dele infelizmente ainda não tivera sua análise concluída mas Beckett suspeitava ser de Sasha. Na opinião dela, a moça reagira. Até aquele momento, nenhum meio de comunicação fora encontrado.   

Beckett decidiu concentrar-se na vida de Amil e nessa nova ligação com Josh. Por algumas horas, ela fuçou a rede em busca de algo que sugerisse um suposto planejamento entre os dois a respeito de um sequestro. Nada. Frustrada, ela não comera e não dormira já a 36 horas. As olheiras formavam uma faixa negra abaixo de seus olhos atentos pelas doses enormes de cafeína que ingeria durante todo o dia. Tomou mais uma dose de café e observou o que Jordan fazia. Ele monitorava aeroportos e transferências bancárias. Qualquer grande movimentação era suspeita. Não aguentando ficar parada a espera de um sinal, ela tomou uma decisão.

Por sua conta e risco, Beckett foi até a mansão do milionário John Matthews à procura do filho. Bateu à porta chamando por Josh mostrando seu distintivo. A criada sem saber o que fazer foi avisar o patrão. Beckett percebeu a raiva no semblante do empresário quando veio ao seu encontro.

- Você de novo? Como ousa me perturbar aqui na minha casa? Já não basta o tempo que me fez perder hoje?

- Preciso falar com seu filho, Sr. Matthews. Me desculpe pela intromissão porém é importante que eu converse com Josh.

- Não. Eu a proíbo.

- Tente e acuso-o de obstrução à justiça e conivência. Então, o que vai ser?

- Você não tem ideia do que está provocando agente. Se quiser falar com ele, faça-o ir até o seu trabalho amanhã, oficialmente. Não mexa em casa de marimbondo. E bateu a porta na cara dela.

A raiva de Beckett era tanta que ela correu para o carro segurando um grito na garganta. Ao entrar no carro, ela sentia as lágrimas de raiva escorrer pelo rosto. Esmurrou o volante. Após alguns minutos, ela suspirou e mais calma optou por voltar ao HQ, precisava de uma intimação e um mandato.


New York


Castle estava em seu quarto arrumando a mala para sua viagem a DC. Deveria pegar o voo à tarde tendo tempo suficiente para descansar ou dar uma volta na cidade. A sessão de autógrafos na Borders começava às 9 horas da manhã do dia seguinte. Tudo era feito mecanicamente. Calças, camisas, boxes, tudo separado sem qualquer disposição. Por um instante, sentou-se na cama e contemplou o nada.

Durante anos de carreira, essa era talvez a primeira vez que ele estava tão aéreo. Esse lançamento era o mais desestimulante que já tivera ou pelo menos era o que se lembrava. Como lançar um potencial best-seller sem a presença de sua musa inspiradora? Por mais que se esforçasse, não tinha ânimo para isso.  O lançamento em New York foi muito complicado para ele.

Dois dias antes...

O local era o salão do Plaza. Muitos convidados e imprensa presentes. Castle chegou acompanhado da filha e da mãe. Cumprimentara a todos mas se pudesse não estaria ali. Viu os amigos de distrito entre os presentes. Depois de muitas fotos e entrevistas onde invariavelmente surgia uma ou outra pergunta sobre Beckett, ele foi ao encontro dos rapazes. Ryan estava acompanhado de Jenny que já exibia uma linda barriga de grávida, o tempo para eles voara. Se não estava errado, deveria estar entrando no sétimo mês. Esposito estava ao lado deles mas não via Lanie. No fundo, eles eram as únicas pessoas capazes de perceber o real estado de espírito de Castle.

- Hey, rapazes...

- Oi, Castle – disse Ryan – bonita festa.

- É verdade, pena que falta a pérola maior – disse Jenny.

- Jenny! – Ryan a olhou torto repreendendo o que ela falara.

- Não, Ryan. Tudo bem, Jenny tem razão. Aliás, você está cada dia mais bonita. A gravidez fez bem a você.

- Vocês ainda estão brigados? Não cansaram? Olha para o seu estado, Castle. E aposto que Beckett está do mesmo jeito – disse Ryan.

- Então, vocês não tem falado com ela – ele estranhou - Sem notícias?

- A última vez que Lanie falou com ela foi a duas semanas.  Ela não comentou mas também não pareceu muito empolgada para dar notícias, o que só pode significar uma coisa. Ela deve estar tão mal quanto você.

- E cadê a Lanie? Resolveu me torturar também?

- Está de serviço mas pediu para que você autografe com todo amor para ela um exemplar – disse Espo -  Castle, porque se martirizar?

- Não se trata disso. Quantas vezes vou ter que dizer a vocês que acabou?

- Pela primeira vez, as palavras não dominam seus atos. Incrível, você não nos convence com esse discurso, Castle.

- Bem, sinto muito por vocês. Querem meu autógrafo?                           

- Claro.

Castle autografou os livros deles, dirigiu-se à mesa principal e fez o mesmo em tantos outros exemplares. Tentava sorrir e brincar com seus leitores e fãs mas era quase inútil. No fim, cumpriu seu papel como prometera à editora. Era seu quinto livro da série Heat e a pessoa responsável por ele não estava ali. Ao abrir cada livro para assina-lo, ele acabava deparando-se com a dedicatória escrita com carinho. Simples e tão significante para os dois, agora eram palavras impressas em papel relevantes e marcantes era verdade, porém não mais teriam o mesmo valor já que não poderia ver a reação dela ao lê-la. O brilho da festa era outro. Jenny tinha razão, faltava o diamante principal.

Ele sonhara com essa festa de lançamento. Entrar naquele salão de braços dados com Kate Beckett e gritar aos quatro ventos que iriam se casar. Espalhar ao mundo que sua Nikki virara realidade. Infelizmente, o plano dele de passar a madrugada celebrando fora abortado. Saíra da festa cedo cabendo a sua editora inventar uma desculpa. A Castle, restava a solidão.

XXXXXX


As lembranças não ajudaram a melhorar o astral dele.

A volta a DC era uma incógnita quando pensava em seu comportamento diante dessa possibilidade. Onde ela estaria? Resolvendo algum caso importante? Cuidando de papelada? Brilhando como sempre fez? Pensava nele? Não sabia. Às vezes, preferia se enganar cultivando a esperança de que a resposta fosse positiva.

Mesmo distante dela, não era fácil retomar a rotina. Ele voltou ao distrito uma vez apenas, para entregar os convites do lançamento do livro por consideração aos amigos mas aquele lugar não era o mesmo sem ela. Tinha sorte pelos rapazes compreenderem que a situação em que se encontrava. Por mais que tentasse e ele fazia isso todos os dias, era difícil tomar café sem ela todas as manhãs, não poder conversar com Kate. Não dividir esse momento com ela principalmente por ser Kate a responsável por ele conseguir terminar o romance. Se não tivesse ido a D.C, não saberia dizer se essa turnê existiria. Nem se haveria um Deadly Heat.

Era estranho o sentimento de saudade que dominava seu peito. Ao remexer em uma das gavetas à procura de uma camisa, puxou um punhado de roupas deixando cair no chão uma blusa cor de rosa que ela usava para dormir e uma calcinha vermelha minúscula.

Pegou as peças do chão e levou-as à altura do nariz. Ainda podia sentir o cheiro dela. Fechou os olhos e viu a imagem de Kate sorrindo ao seu lado na cama usando a camisa que tinha nas mãos. O sorriso que amolecia seu coração, os olhos sinceros que brilhavam felizes. Lembrou-se da manga deslizando pelo ombro deixando a pele de seu colo ainda mais exposta para seu bel prazer, a sensação de beija-la era algo que sua imaginação nunca esquecera. Cheirou mais uma vez a roupa e guardou-as cuidadosamente na gaveta. Era a sua lembrança do tempo em que costumava tê-la ao seu lado, rindo das suas piadas e amando-a incansavelmente.

Fechou a mala, aprontou-se em meia hora depois seguiu para o aeroporto. Washington o veria novamente e Castle não tinha ideia de qual seria sua reação ao estar finalmente de volta na capital.


Washington


Kate estava indo no caminho do HQ, para no sinal e sente uma tontura, percebeu as suas mãos tremulas sobre o volante. Não comera nada durante o dia. Checou o relógio, quase oito horas. Esgotada, decide ir para casa teria que esperar até amanhã para interrogar Josh de qualquer forma.

Esperava na fila para comprar uma salada e uma sopa no diner perto da sua casa, pela vitrine da lanchonete onde se sentara, ela viu o outdoor. Lá estava Castle sorrindo, a capa de Deadly Heat e os belos olhos azuis. Aqueles olhos pareciam devora-la, intensamente a dominando quase como se a esquentasse naquele frio abaixo de zero de Washington. Sentia falta daquele sorriso. A noite de autógrafos já era no dia seguinte.

Não se tocara de quanto tempo havia se passado mas a ausência dele em sua vida estava presente. Rever mesmo que em uma foto de outdoor o rosto de Castle era algo que trazia de volta muitas memórias e nesse instante, seja pela carga emocional, seja pela pressão nesse caso, Kate sentia falta dele.

Do que era a falta? Das conversas, dos debates profissionais, das teorias malucas. Principalmente, dos carinhos, dos abraços, dos beijos. Não podia negar, ela sentia saudades de Castle e isso apenas a tornava mais carente, mais emotiva, intensificando a dor no peito que a maltratava.

Kate suspirou brigando consigo mesmo. Foco. Essa era a palavra de ordem. Não podia se distanciar da sua meta: salvar Sasha. Precisava deixar seus problemas de lado, em segundo plano. Sua prioridade era encontrar a filha do subsecretário com vida. Terminou a refeição e foi para casa.

Após um longo banho, ela vestia um pijama e fazia anotações em seu tablet. Terminando, deixou o aparelho de lado e pegou o controle remoto. Por alguns minutos, ela procurou algum programa para se distrair,mas nada prendia sua atenção. Cansada, colocou a TV no mute. Suspirou e abriu a gaveta da cabeceira tirando de lá uma caixinha. Dentro dela estava o anel de noivado que Castle lhe dera. Quando se separaram, ele deixou a joia com ela. Talvez como um lembrete do que eles abriram mão ou quem sabe na intenção de fazê-la repensar sua decisão. Foram três meses de verdadeira lua de mel. Ela gostava da joia em seu dedo, colocou-a. Observou a mão. Ela sempre pensava nele mas não no noivado desfeito, não se havia alguma possibilidade de volta. Essa era a primeira vez que pegara o anel desde o dia que ele deixou seu apartamento.  Kate não queria pensar nesse assunto agora e acabou adormecendo.


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Castle instalara-se no hotel.

Depois de confirmar sua agenda do dia seguinte e acertar com a editora detalhes de sua chegada à livraria, ele analisou suas opções. Podia ficar no hotel e pedir qualquer coisa para comer no quarto ou encarar a cidade e sair para comer na rua. Diferente de New York,era aqui que ele podia esbarrar nela. A pergunta que ele se fez foi simples: tinha medo de encontra-la na rua? Mesmo não sabendo da sua reação, decidiu encarar o risco.

Após uma volta pela cidade onde passar na frente do edifício J. Edgar Hoover fora uma das rotas, Castle decidiu jantar em um restaurante italiano que costumavam frequentar juntos. Estivera ali na primeira semana de Kate oficialmente como agente do FBI. Tentando se livrar da lembrança, ele se ateve ao jantar.

Depois de deixar o restaurante, Castle pegou um taxi e pediu que circulasse pela cidade. Num impulso informou um caminho ao motorista que necessariamente passava na frente do apartamento de Kate. Sem maiores explicações, ele mandou parar o carro.
Por alguns minutos, ele permaneceu ali, apenas olhando para a janela dela, como se pudesse enxerga-la lá dentro, mesmo que fosse em seus pensamentos. Resignado e aceitando o conformismo, ele voltou para o hotel.


HQ – 8 horas da manhã


Beckett já estava no salão ligando para conseguir um mandato para revistar a mansão do magnata e procurar por pistas que ligassem Josh ao sequestro. Fazendo suas pesquisas, ela algumas mensagens sobre o capitalismo e a ganância do petróleo que assolava o mundo ditas por Amil e comentadas como positivas por Josh. Podia usar algo para testar o rapaz. Ela não percebeu quando pai e filho chegaram ao prédio do FBI. Calado, Josh acompanhara o pai que fora diretamente a sala do diretor assistente. Jordan foi quem a avisou.

Certa que o magnata iria criar confusão, ela adiantou-se e foi até eles. Batendo de leve na porta da sala, ela praticamente não esperou sinal de consentimento para entrar. Logo foi se comunicando com o seu possível inimigo.

- Olá, Sr. Matthews. Chegou cedo. Gostaria em nome do bureau agradecer por toda a sua cooperação e compreensão com a nossa investigação desse caso. Afinal, nem todos estariam prontos para dedicar algum tempo para a justiça. Significa muito poder conversar com Josh. Como ex-namorado de Sasha, acredito que ele pode nos ajudar a achar pistas valiosas para solucionar esse mistério.

Infelizmente, Beckett chegara tarde. O magnata já tinha expressado sua indignação sem que ela soubesse e para mostrar que não tinha nada a temer, mandou Josh falar com ela.

- Que isso, agente. Estou sempre disposto a cooperar. Josh, porque você não acompanha a agente Beckett até a outra sala para conversarem? Tenho certeza que você poderá ajudar em algo.

Josh se levantou e ainda quieto, manteve a cabeça baixa e saiu da sala com Beckett atrás dele. Ela o acomodou na sala de interrogatório.

- Aceita um café? – ele deu de ombros – vou pegar para nós.

Kate saiu da sala. Chamando por Jordan, ela explicou que precisaria da ajuda dele e disse o que precisava fazer assim que enviasse uma mensagem para ele que aceitou a encenação sem problemas. Respirou fundo. A caminho da copa, ela brincava de rodar a pulseira de ouro que trazia no braço. Ela fazia isso sempre que estava ansiosa e nervosa, prestes a desvendar algo importante. Dessa vez, Kate teria sua melhor chance, precisava provar sua teoria. Séria, ela entrou novamente na sala. Sentou-se. Olhando fixamente para Josh, ela começou.


- Olá, Josh. Pronto para começar? 


Continua....

3 comentários:

Unknown disse...

Poxaa realmente foi curtinho!!! Tava empolgada pensando que veria a cena do lançamento do livro!! :(
Aguardando o próximo com emoções!!!

Unknown disse...

Uau!
kate se entregando a investigação,abatida e a base do café foi tão....Eve!
Cas em D.C. meu coração doi ve-los sofrer =(
Esperando o prox. cap.

Paula Teixeira disse...

Esperando ansiosa o proximo capítulo!!! Cadê?!