Nota da Autora: Esse era para ser o último capítulo mas ficou tão grande que decidi colocar o final da história em um epílogo. No fim, combinará bem mais com a história. Sei que gostarão deste especialmente a primeira parte porém leiam tudo até o final porque há outras partes bacanas. Até achei que devo ter exagerado ao falar do Presidente, mas é por isso que se chama ficção! Enjoy!
Atenção! NC-17... Be aware
Cap.11
Ao chegarem no
hotel, Kate esperou ele fechar a porta e pediu para Castle sentar na cama. Ela
ficou de frente pra ele no primeiro momento apenas observando o jeito dele.
Podia perceber que estava ansioso e curioso pela situação, sem entender qual
era seu real propósito ao vir para Memphis e tira-lo do seu evento. Kate manteve-se
em silêncio por mais uns segundos o que atiçou a impaciência de Castle.
- Então Kate,
vai me contar o porque de vir até aqui?
- Vou mas
antes quero te pedir uma coisa. Independente de sua vontade em questionar ou
criticar até mesmo de falar. Promete que vai me ouvir calado por alguns
instantes para que eu possa ter a chance de me explicar. Tudo bem?
Ele meneou a
cabeça aceitando o que ela propusera. Kate se preparara para colocar tudo o que
sentira para fora. Era a hora de apostar na mão de um jogo de pôquer, ela
partiria para o tudo ou nada. Suspirando e passando as mãos nos cabelos, ela
começou a falar.
- Castle vou
voltar cerca de três meses atrás. Você lembra muito bem desse dia, talvez não
tanto quanto eu. Ainda sinto meu coração apertar apenas de visualizar a porta
se fechando e você sumindo da minha vida. Não sei dizer quanto chorei naquele
dia e nem nos dias que se seguiram. O único sentimento que fazia parte de mim
era a raiva. Castle minhas lágrimas refletiam cada sintoma desse sentimento que
me dominou, eu maldizia cada passo seu depois que saiu porta afora. Você
parecia não me entender, me pressionou pedindo para tomar decisões sobre nós
dois que eu não... Eu não estava pronta para definir. Você não queria me
compreender, esquecera completamente o fato de eu estar em um novo emprego, de
estar sendo testada - Castle erguia a sobrancelha e fechara a cara diante das
palavras de Kate, ela estava sendo injusta. Ele a interrompeu.
- Kate não
acho que foi... – nesse instante ela colocou o indicador sobre os lábios
impedindo-o de continuar.
- Shhh... eu
pedi para você me ouvir sem interrupções – ela ordenou os pensamentos e
continuou.
- Ou era o que
minha mente conseguia assimilar antes de você analisar com calma a figura
completa. Durante dias eu não consegui fazer nada. Não comia, não dormia,
passei horas que se transformaram em dias trabalhando, focando em algo que pudesse
me tirar o pensamento em você. Quando você deixou aquele anel comigo, foi uma
afronta.
Kate virou de
costas para ele tentando segurar as lágrimas. Não podia fraquejar, chorar na
frente dele agora não ia ajuda-la. Ainda tinha muito o que dizer a ele. Virou-se
e devagar ela aproximou-se da cama sentando ao lado dele. Mordeu os lábios,
suspirou e Castle pode ver a luta que ela travava consigo mesma e sabia que
ainda tinha algo mais para falar, ele esperava ouvir muito algumas declarações
de Kate.
- Nos dias que
se seguiram, a raiva foi se dissipando e fui tomada por outro sentimento, a
negação. Tentei enganar a mim e ao meu coração. Pensei ser capaz de superar
tudo e esquecer você, meu trabalho assumiu o primeiro posto na minha escala de
prioridades. Porém, cada dia que voltava para o meu apartamento após o trabalho
eu percebia que estava me enganando. A solidão me consumia a cada madrugada.
Não ter você em casa esperando por mim, deitado ao meu lado na cama, não sentir
seus braços ao meu redor. Tudo me fazia esquecer minha própria vida, meus
objetivos. Não comia direito porque não conseguia sentir prazer em fazer isso
sozinha, lembrava do quanto você costumava fazer quitutes para nós.Você poderia
até me perguntar porque não te procurei, porque não resolvi a nossa situação de
vez - ela tomou fôlego para continuar - quando Lanie veio me visitar, ela me
xingou e fez exatamente essa pergunta, mais que isso, ela me perguntou porque
eu lhe dei um ultimato e o deixei ir embora. A resposta a isso era apenas
magoa, raiva e teimosia. Não quis voltar atrás, não quis reviver a montanha
russa que seria enfrentar você porque não podia assumir as consequências de meus
atos. Também não podia deixar o meu emprego em Washington, arriscar tudo. E a
minha carreira? Não foi por isso que o expulsei da minha vida? Infelizmente,
você conhece muito bem minha teimosia. Eu queria provar a mim mesma que era
capaz de reconstruir a minha vida. Não consegui. O caso de Sasha trouxe à tona
emoções fortes. Ao ver o desespero do Sr.Wilson, meus pensamentos se voltaram a
você e Alexis. Fiquei me perguntando o quão difícil deveria ter sido para você
e o quanto precisou de mim e eu não o ajudei. Foi então que eu percebi que por
impulso e talvez cegueira profissional cometi um grande erro. O FBI se mostrou
uma escola árdua, exigente e fria. A experiência apenas me confirmou algo que
eu já sabia mas até ali, me negava a aceitar.
Ela passou o
dedo no canto dos olhos afastando umas lágrimas prestes a cair. Passou a língua
vagarosamente sobre os lábios e fez o que deveria ser feito. Pegou a mão dele
na sua, acariciou a pele com o polegar e abriu completamente seu coração.
- Castle, eu
descobri que depois de cinco anos trabalhando e resolvendo casos comigo, eu não
funciono sem você ao meu lado. Não estou dizendo isso profissionalmente afinal
ainda sou a mesma detetive que você conheceu talvez mais amadurecida. Estou
falando de complemento.Nesses três meses que tivemos separados eu evitava minha
casa porque você não estava aqui. Só o que existia era um vazio imenso, silêncio
e solidão. Era frustrante chegar no apartamento e não ter alguém para dividir
uma comida chinesa, escutar como que foi seu dia, trocar ideias. Alguém para
abraçar, pedir conselhos ou implicar. Faltava alguém para amar. Eu tive que
errar feio para finalmente entender o quanto a vida a dois é importante. Sofri
muito para compreender o verdadeiro significado de "nós" - ela já não
segurava as lágrimas, a emoção invadira seu espaço e Kate não se importava mais
com isso - eu quero alguém com quem dividir os sonhos, uma pessoa que me
conheça, me ame e aceite meus defeitos e minhas qualidades. Alguém para dividir
uma vida que goste de desafios e tenha ambição. Não quero perfeição afinal
somos todos humanos e errar será necessário em alguns momentos da vida, é isso
que nos faz crescer e enxergar o que por medo procuramos negar. Eu errei e
assumo meu erro. Por minha culpa, por um momento inconsequente, quase joguei
minha felicidade no lixo.
Kate precisava
de coragem para fazer o certo, bastou olhar para ele que a certeza a dominou.
- Hoje, eu vim
aqui para resgata-la, lutar por ela com todas as minhas forças e sinceramente
acredito não ser tarde demais para isso porque eu aprendi que quando se ama,
não há tempo nem distância que vença esse sentimento. Não quero um príncipe
encantado que venha me salvar em seu cavalo branco, quero apenas você. Sempre
foi você. Always... - Kate entrelaçou a mão esquerda dele a sua e com a outra
despejou o conteúdo do saquinho de veludo na palma da mão de Castle. O olhar
dela encontrou o dele e fechando devagar a mão dele sobre o anel, Kate deslizou
da cama ao chão ficando de joelhos na frente dele. Castle prendeu a respiração
com o gesto dela. Com um sorriso no rosto, Kate falou.
- Eu sinto
muito, Castle. Pelo que causei a nós dois, eu preciso que você saiba o quanto
me arrependo e quero te pedir perdão – a lágrima deslizava pela bochecha
deixando um caminho que mais parecia um rio marcando o rosto - I love You.
Quero viver uma vida a dois com você porque nós somos perfeitos juntos. Espero
que não seja muito tarde para recomeçar. Richard Alexander Rodgers, você ainda
quer casar comigo?
Ela pode ver o
brilho nos olhos dele consequência das lágrimas que haviam se formado. Um
sorriso lindo e maroto despontou naquele rosto que ela tanto amava realçando
ainda mais os belos olhos azuis. Ele a ergueu do chão ao levantar-se também da
cama. Segurou o anel entre os dedos e buscando a mão dela, o colocou devagarzinho.
Ao fita-la, disse apenas uma palavra.
- Always...
Ele segurou-a
pela nuca e tomou-lhe os lábios intensamente. O beijo ansiosamente desejado
fora a consumação do amor que guardaram tão cuidadosamente durante esses três
meses. Todo o sofrimento, as noites mal dormidas, as frustrações e as lágrimas
vertidas foram esquecidas e deixadas no passado ao mero toque dos lábios.
Kate não pode
evitar o gemido que saiu de sua boca. As mãos foram deslizando pelo corpo dele,
tocando e buscando sentir os ombros largos, os braços musculosos, tudo isso
apenas fazia crescer nela a vontade de toca-lo, de estarem pele sobre pele. O
beijo fora demorado como se pudesse ser o último quando na verdade era o
primeiro de muitos após a reconciliação. Ela não queria esperar nem mais um
segundo. Queria sentir seu corpo junto ao dela, o desejo começava a aflorar
pelo seu corpo provocando as sensações tão familiares de outrora.
Ao quebrarem o
beijo, Kate manteve as mãos ao redor dos braços dele como se caso o soltasse
ele iria embora de vez. Não queria correr o risco. O sofrimento que enfrentara
era algo que não conseguiria viver novamente. As testas estavam coladas e por
fim, ela tornou a falar.
- Eu esperei
por esse momento desde o dia que te vi na livraria. Porém, logo após a nossa
conversa eu tive receio, cheguei a pensar que destruíra tudo. Duvidei que você
não fosse capaz de me perdoar e com isso também não conseguiria perdoar a mim
mesma. Podia ter jogado tudo fora. Naquela noite quando você apareceu no meu
apartamento, ou melhor, no nosso apartamento, eu não sabia o que esperar.
Fiquei surpresa mas você realmente acalmou meu coração e me surpreendeu.
- Você
realmente pensou que eu havia te esquecido? Considerou isso possível?
- Ah, Castle!
Eu sei lá, acho que sim. Eu estava magoada, nervosa e muito, muito confusa.
Você deve entender que não agimos, eu não agi corretamente na última vez que
nos vimos. Não é fácil sofrer pressão e estar com raiva ao mesmo tempo. Porém,
no fundo, quando eu consegui me acalmar e voltar a pensar na nossa história, em
tudo que já passamos juntos, sabia que ambos continuávamos apaixonados, o amor
era nossa ligação mesmo com a distância. O sentimento e o companheirismo, a
necessidade de estar juntos, lutar juntos. Quando o vi justificando o porquê de
bater em minha porta e ajudar no caso, eu soube o que o trouxera ali. Então
pude me dedicar como deveria ao caso de Sasha.
- Agora o caso
está resolvido, fechado.
-
Tecnicamente. Eu não voltei ao FBI. Ainda preciso fechar o caso oficialmente.
Tinha outras prioridades – ela o beijou suavemente nos lábios e acariciou o
peito com as mãos – ainda tenho.
- Prioridades?
– ele ergueu a sobrancelha exibindo um sorriso maroto – que tipo de
prioridades?
- Agora – ela
roçou os lábios nos dele provocando com os olhos fechados - nesse exato
momento... – ela mordiscou o queixo dele e abriu os olhos fixando-os nos belos
olhos azuis de Castle – eu só quero você...só você, Rick.
E Kate
beijou-o novamente. Dessa vez, ele não esperou pela iniciativa dela. Colocou as
mãos na cintura dela e a puxou contra seu próprio corpo. Não queria um
milímetro de distância entre seus corpos. Os dedos ágeis de Kate foram tirando
o blazer que vestia e já trabalhavam nos botões da camisa. Castle apenas se
concentrava em mantê-la perto dele e beijar aqueles lábios tão doces, tão
ansiados. Três meses era tempo demais para ficar longe dela. Sentiu a camisa
cair ao chão. Ela tinha pressa, diferente dele. Castle queria todo tempo do
mundo com ela para recuperar aqueles três meses, deixa-los totalmente para
trás. Quebrou o beijo, dando um passo para trás a fim de admira-la. Dizer que
ela estava linda era algo quase retórico. Ela sempre será linda, independente
da ocasião mas não custava nada repetir
o que achava a ela quantas vezes pudesse não?
- Não canso de
me surpreender com a sua beleza. Linda, estonteante. O roxo cai muito bem em
você,Kate.
- Como em
Nikki, lembrei da cena do livro. Parecia apropriado – ela já seguiu na direção
dele para retomar o contato de onde pararam quando Castle a interrompeu.
- Espere,
deixe-me admira-la um pouco mais. Não temos pressa, Kate... podemos levar a
noite toda, entrar pela manhã... não precisamos ir a lugar algum. Esse deve ser
um tempo para nós.
- Eu sei...eu
te quero tanto, faça amor comigo Castle. Eu não consigo suportar nem mais um
segundo sem sentir seu toque na minha pele. Por favor, eu preciso sentir você
inteiro. Corpo, alma e coração.
E assim ela o
teria. As palavras de Kate eram como música aos ouvidos de Castle.
Aproximando-se dela, ele deslizou a mão pelo contorno do vestido brincando com
o decote na altura dos seios. Sobre o tecido, ele moldou um dos seios e
apertou-o fazendo Kate gemer. Devagar, ele passou os lábios do lóbulo da orelha
contornando pela mandíbula, queixo e pescoço até alcançar o colo exposto pelo
decote beijando o meio dos seios dela como já fizera outras vezes. Agilmente,
deslizou o fecho do vestido por toda a distância e ajudou a deixar os ombros
dela nus. A pele clara continuava sedosa, macia. O toque quente das mãos de
Castle a fizera fechar os olhos apreciando o momento. Aquilo era bom demais.
Kate podia sentir os labios dele vagarosamente saboreando sua pele, seu corpo e
começava a sofrer as reações perfeitamente normais ao toque seguro e
estimulante dele.
O calor
começava a domina-la. Seu centro formigava e já reagia a tudo despertando o
desejo e a umidade, ansiando por ser tocada lá em baixo, por ser dominada e se
deixar entregar totalmente ao homem a sua frente. Seu homem. Castle a
surpreendeu ao deslizar ambas as mãos pelo corpo dela agarrando a calcinha com
os dedos e puxando-a de uma só vez. Estava de joelhos de frente para ela.
Afastou as pernas com uma das mãos, beijou a pele entre o umbigo dela e o
paraíso. Somente após isso, ele introduziu dois dedos em seu centro. Kate
arqueou a cabeça para trás e gemeu. Ela sentiu o polegar dele iniciar uma
espécie de balé excitando o seu clitóris. Ela teve que se apoiar nos ombros de
Castle para conseguir manter-se de pé quando sentiu a língua dele brincar com o
mesmo pedaço proibido alternando entre dedos, lábios e língua. Castle beijava
seu centro e sugava o que podia explorando a região com a língua.
Kate se viu
completamente perdida diante de tudo aquilo, não tinha qualquer controle sobre
seu corpo, não era mais seu. Era dele. Exclusivamente dele. As forças começava
a esvair-se de suas pernas à medida que o formigamento subia e descia suas
pernas, pele e corpo causando fraqueza e preparando cada centímetro para o
ápice do desejo que estava prestes a toma-la em forma de orgasmo. Castle sabia,
pressentia e foi exatamente por isso que ele aumentou os movimentos e pediu.
- Está aqui,
não lute apenas deixe-o dominar Kate...entregue-se...
E a explosão
aconteceu. Kate obedeceu o que Castle pediu e experimentou as sensações de
tempos atrás porém com uma intensidade ainda maior. Ela fincou as mãos nos
ombros dele por não ser capaz de comandar as próprias pernas. Castle não parou
o que estava fazendo, massageava o clitóris dela ainda com o polegar além de
repetir os movimentos de seus dedos, indo e vindo no centro dela.
Percebendo que
o corpo dela voltava a se acalmar aos poucos, Castle a envolveu em seus braços
já se erguendo do chão, procurou novamente os lábios dela e dessa vez, ele
segurou os cabelos dela expondo a boca linda para seu bel-prazer. Beijou-a
intensamente fazendo Kate se derreter para ele. Com carinho, ele arrumou as
mechas do cabelo dela para trás da orelha e deitou-a na cama. Ao pé da cama,
Castle se livrou das calças e do boxer que ainda vestia deixando finalmente
livre a ereção que o incomodava tanto apenas por olhar para ela.
Apoiando um
dos joelhos na cama, Castle ergueu uma das pernas dela e iniciou um verdadeiro
momento de sedução para ela. Como um exímio amante, ele percorria cada
centímetro das longas pernas de Kate, seduzindo, acariciando sem pressa dando a
ela toda a atenção devida. Em seguida, ele desviou sua concentração para o
estomago liso dela. Beijou-lhe o umbigo, as costelas roçando seus dentes
levemente sobre elas chegando ao local ansiado.
Castle passou
a língua sobre o mamilo de um dos seios, instigando. Roçando os dentes na pele macia,
ele abocanhou-o por inteiro, sugando enquanto uma das mãos apertava o outro
seio. Aquilo fez Kate delirar e não segurar o efeito que Castle provocava nela.
- Oh,
Castleee....OMG...
Ela por
impulso segurou os lençóis quando sentiu os lábios dele cobrirem os seus mais
uma vez. Kate se entregou ao beijo sentindo a língua de Castle devorar sua boca
enquanto sentia o peso do corpo dele sobre o seu, pele contra pele. Deus! Ela
sentira tanta falta disso. Deslizou suas mãos sobre as costas dele, cravando
suas unhas levemente na pele de Castle aproveitando para enroscar suas pernas
na cintura dele e com isso pode sentir o membro rijo contra sua coxa muito
próximo ao seu centro. Precisava senti-lo dentro dela. Não podia segurar mais.
Castle afastou
os lábios dos dela por alguns segundos apenas para beija-la repetitivamente
dando vários selinhos nos lábios dela aos quais ela correspondia buscando
morder o lábio inferior dele. Ele beijou o nariz afilado fazendo Kate abrir um
sorriso. Ela sentia o corpo pulsar desejando-o.
- Castle, por
favor, quero você dentro de mim... preciso agora.
Ele sorriu
para ela. tinha razão também precisava disso e não havia motivo para adiarem
isso. O desejo consumia a ambos. Ele afastou-se um pouco do corpo dela, a
distância causou um arrepio imediato na pele de Kate mas logo esqueceu disso ao
sentir os dedos de Castle apertarem seu mamilo. Gemeu baixinho e quando ia
pedir mais, percebeu que ele a tomava por completo.
Kate sentiu
que Castle a penetrou de uma única vez. E no instante seguinte, ela atingira a
plenitude. Estava mais uma vez completa. Por alguns segundos, ele permaneceu
completamente dentro dela sem se mexer. Então, começou a movimentar-se
imprimindo um ritmo compassado. Ela se entregou a ele nos movimentos remexendo
o corpo junto em busca do prazer.
A ligação
entre os dois era tão intensa que em poucos segundos, eles estavam em um ritmo
bastante acelerado. O toque era extremo, eletricidade e emoção pura. Castle
estocava rapidamente dentro dela sentindo Kate apertar-lhe o membro com a
musculatura interior também levando-o à loucura. Ele estava em seu limite mas
precisava se segurar para primeiramente dar prazer por completo a ela. O
coração de Kate disparara ao perceber que seu corpo já estava pronto para uma
nova viagem ao paraíso. Ele percebeu e por isso provocou-a arrebatando um dos
seios sugando-o como sabia ser possível de tira-la do sério. E o resultado não
poderia ser diferente. Com um grito, ela foi dominada pelo efeito do desejo
arqueando o corpo na direção dele. Castle continuava a possuí-la para prolongar
ao máximo o momento de êxtase e não conseguindo manter mais a compostura, ele
se deixou levar agarrando-se ao corpo dela beijando-lhe o pescoço.
Por alguns
minutos eles se permitiram apenas sentir envolvidos por um orgasmo tão poderoso
que sequer conseguiam controlar. Tudo era intenso, quase louco entre os dois.
Era amor.
Mal conseguiam
respirar direito, os corpos suados, corações descompassados, pernas
emaranhadas. Aos poucos, eles iam se acalmando. Castle ainda não tinha forças
para sair de cima dela nem de dentro do centro aquecido e úmido. Beijou-lhe o
ombro e finalmente rolou para o lado. Kate após recuperar um pouco da sua
respiração, aconchegou-se ao peito dele alternando uns beijinhos no peito e no
rosto dele. Ainda mantinha as pernas enroladas nas dele. Sentiu o braço de
Castle envolve-la. Ficaram calados por um tempo até que Castle decidiu falar
primeiro.
- Isso foi...
– disse Castle sem poder continuar.
- Incrível! –
completou Kate.
- Acho que
você realmente está curada, quer dizer, isso... essa atividade física não fará
mal para sua recuperação, certo?
- Não, eu me
certifiquei disso com o Dr. Thomas antes de tudo.
- Como assim?
- Eu já tinha
decidido que precisava reverter nossa situação. Quando você saiu do apartamento
dizendo que ia viajar, eu pressenti que se não fizesse nada, se não tomasse a
frente e desse o primeiro passo, podia perde-lo para sempre. Tomara minha
decisão. Foi quando recebi um telefonema do meu médico. Ele queria saber como
eu estava, se sentia dores ou qualquer outro efeito colateral. Tudo porque o
FBI estava pressionando-o para saber se eu já podia voltar ao trabalho. Pedi
então para o doutor me receber cedo na manhã seguinte porque tinha dúvidas me
incomodando. Fiz isso e minha pergunta era se eu poderia pegar um avião para
vir encontra-lo. Depois da cirurgia era natural ter receio. Castle, o que você
disse a ele porque tive a sensação de que tanto ele quanto uns dois assistentes
pareciam muito interessados no que eu queria fazer. Torciam para que eu fosse
te ver.
- Apenas disse
a verdade. Você era uma agente do FBI que salvara a vida de uma garota e
prendera bandidos e que precisava de assistência o quanto antes para eu poder
te salvar. Acredito que ele percebeu meu desespero. Perguntou se eu era seu
parceiro, disse que sim mas não no FBI, na vida. Falei que você era minha
noiva.
- Disse isso
ao Dr.Thomas? – Castle notou que ela parecia surpresa – agora entendo alguns
comentários da nossa conversa.
- Que mal há
nisso, eu te chamar de minha noiva? Você parece surpresa.
- Não é isso,
até fico feliz ao saber que ainda tecnicamente separados, você continuava me
chamando assim.
- Kate, você
nunca deixou de ser... – ela sorriu.
- Pensando
bem, acredito que até eu passei por uma desesperada. Expliquei que tínhamos
assuntos pendentes, inacabados, que precisava lutar, precisava dar o primeiro
passo e trazê-lo de uma vez por todas para minha vida. Acho que ele se comoveu
e até apostou que daria certo se eu fizesse tudo da maneira correta.
- E você fez.
- Acho que sim
ou não estaríamos aqui agora – ela fazia pequenos círculos com a ponta dos
dedos no peito dele – cheguei a pensar que não haveria chance de reconciliação.
Muito menos casamento.
- Isso tudo é
passado agora – ele acariciava os cabelos dela – recomeçamos de onde paramos, antes
daquele momento no qual saí pela sua porta. Passou. Nós sofremos, nos ferimos
mas aqui estamos juntos novamente e pronto para darmos mais um passo. Minha noiva
– percebeu que ela franziu o cenho ao ouvir as palavras – o que foi? Não gosta
de minha noiva? – olhava profundamente nos olhos dela.
- Acho isso
tudo ainda surreal. Gosto de ser sua noiva, fiancé, amante, futura esposa. A
ficha ainda não tinha caído. Mudanças, vida nova. Temos muito no que pensar,
nos adequar à situação.
- É verdade
mas por hora precisamos dormir. Amanhã meu voo sai às 10 horas da manhã. Você
vem comigo?
- Claro. Na
verdade não comprei passagem de volta para Washington. Nem pensei nisso. Queria
apenas encontra-lo.
- Nossa! Ouvir
isso é bom. Muito bom. Fico lisonjeado. Não se preocupe, voltaremos juntos para
D.C.
Ela se
aconchegou no peito dele e fechou os olhos quase adormecendo instantaneamente
mas não antes de sussurrar.
- Boa noite,
Castle. I Love you. Ele apenas sorriu ao escuta-la.
Aos primeiros
raios de sol da manhã, Kate espreguiça-se sem abrir os olhos. Percebeu que ele
dormia na mesma posição, as pernas de ambos continuavam enroscadas. Gemendo
baixinho, ela se aninhava como uma gata junto dele, abraçando-o e roçando seu
corpo no dele, beijando a pele do peito e encaminhando-se para o pescoço
colocando o próprio corpo completamente sobre o de Castle. Ele já percebera os
movimentos dela. Kate chegou onde queria. Com sua boca na mesma altura da dele,
ela mordiscou o queixo para somente depois provar-lhe os lábios. Sentiu as mãos
de Castle a envolvendo explorando suas costas, apertando seu bumbum e de um
envolvimento preguiçoso, o beijo entre os dois tornou-se quente. Ela pode sentir
a ereção dele se formando contra sua perna. Não conseguia desgrudar dele,
acordara querendo fazer amor com ele. Querendo senti-lo dentro dela.
Quebrando o
beijo, ela impulsionou seu corpo e sentou sobre o estomago dele. Tirou a
camisola e jogou-a no chão. Castle se animou e tomou os seios dela em suas mãos
acariciando-os vagarosamente até segurar os mamilos com a ponta dos dedos e
puxa-los instigando. Ela gemeu e fechou os olhos. Ao voltar a abri-los, Kate
fitou os olhos azuis de Castle e foi então que ele viu o desejo presente neles,
enevoando o verde escuro quase sumindo pelo dilatar das pupilas.
- Quero fazer
amor com você... – ela disse e já se esfregando no corpo dele, Kate acomodou-se
sobre o membro rijo sentindo-o domina-la completamente. Juntos, eles se
perderam em mais um momento de puro amor e prazer.
Mais tarde de
mãos dadas, eles embarcavam de volta a Washington.
Dois dias
depois, já orientada pelo médico ela deveria voltar hoje ao trabalho. Sentada à
mesa tomando café junto com Castle, Kate estava nervosa e demonstrou sua
preocupação para ele ao pensar em enfrentar o pessoal do FBI especialmente
Stack.
- Eu não sei
se estou realmente preparada para encontrar Stack. Ainda lembro claramente das
palavras que ele me disse, do quanto me magoou e me fez sentir impotente. Não
que duvidasse da minha competência mas porque temia por Sasha.
- Entendo como
tudo isso mexeu com você mas já passou, Sasha está livre e salva. Você prendeu
os responsáveis e esteve certa todo tempo. Mas para deixa-la mais tranquila ligarei
para o Sr.Wilson. Ele irá até o FBI para provar que você é a razão pela qual a
filha dele está viva hoje.
- Não, Castle.
Não acho isso justo. Não preciso do Sr. Wilson me defendendo.
- Não se trata
de defende-la e sim ter certeza que a justiça será feita da maneira correta.
Além disso, prometi a ele ainda quando você estava internada no hospital. De
qualquer forma, você terá que entrevistar a Sasha e a ele novamente para fechar
o caso.
Após uma
conversa franca com Castle, Kate voltou a colocar os pés no prédio do FBI.
FBI HQ
Kate caminhava
receosa pelos corredores do bureau por não saber exatamente como seria recebida
pelos colegas. Seria a primeira vez desde o afastamento imposto por Stack que
ela ficaria frente a frente com seu chefe imediato. No fundo, ela estava um
pouco decepcionada com ele. Ao entrar no salão da divisão de crimes especiais,
ela recebeu uma mensagem de Castle dizendo que Antonny estava a caminho com
Sasha. Suspirou buscando coragem para enfrentar o que estava por vir.
Sorrindo,
cumprimentou as pessoas no salão. Todos pareciam felizes ao vê-la retornar ao
trabalho e bem. Depois de beijos e abraços, Jordan a levou até a sala onde todo
o caso estava sendo avaliado. No telão da parede, Beckett percebeu as
atualizações conforme as provas encontradas in loco.
- Adicionamos
todas as evidências coletadas, o exame de corpo delito de Sasha, as fichas dos suspeitos
e todas as informações pertinentes ao caso para que você fechasse o caso que desvendou
sozinha. Ninguém na equipe quis interrogar Josh. Você efetuou a prisão e
resolveu esse sequestro sozinha, nada mais justo que você seja a primeira
pessoa a colher o depoimento dele. Além disso, você causou um certo desconforto
ao chefe Stack. O Sr. Wilson ligou diretamente para o diretor assistente e em
seguida para o presidente contando tudo o que você fizera e reclamando da
postura do seu superior. Acho que Stack se arrependeu do que fez a você,
Beckett.
- Eu temo pelo
meu encontro com ele hoje. Não quero brigar mas se puder evitar o contato será
melhor para nós dois, pelo menos por enquanto. Talvez seja melhor focar na
conclusão do sequestro, fechar o meu relatório e garantir a justiça. Haverá
tempo para abordar o assunto com Stack – olhando para o emaranhado de
informações, ela sorriu - então, vamos trabalhar?
Diante do
quadro eletrônico de evidências, Beckett começou a trabalhar elaborando a linha
do tempo que ela definira desde o primeiro momento. Ela provou estar certa desde
o principio indo de encontro a toda a investigação do bureau. Satisfeita com as
análises forenses e laboratoriais, ela preparou seu interrogatório para Josh.
Porém, antes dele Beckett recebeu Sasha e a questionou sobre o antes, o durante
e o depois do sequestro. Perguntou se ela desconfiara de Josh e mesmo se ele
chegou a machuca-la. Gravou toda a entrevista e rabiscou os pontos mais
importantes no seu bloco de anotações. Em seguida, conversou um pouco com o pai
de Sasha e a partir de suas anotações, ela descrevia em voz alta detalhes da
investigação para que Jordan escrevesse nos arquivos do caso.
Nesse momento,
Stack apareceu na porta da sala de reuniões onde estavam trabalhando. Cumprimentou-a
com um gesto leve de cabeça e ficou por alguns minutos observando-a trabalhar e
comandar a equipe composta excepcionalmente por homens. Visivelmente
desconfortável com a situação e percebendo o olhar torto do Sr. Wilson para
ele, Stack resolveu se retirar.
Beckett pediu
para trazer Josh à sala de interrogatório. Resolvida, ela entrou na sala com um
ar imponente, senhora de si, a postura da detetive firme e decidida que prezava
pela justiça e lutava para colocar bandidos atrás das grades. O diálogo com
Josh começara brando, Beckett optou por uma linha de entendimento, a busca pelo
motivo real de todo aquele cenário. Apelando para a psicologia, ela instigou
Josh pouco a pouco como alguém que come o prato pela beirada. Ela o espremeu
tanto que fez Josh chorar copiosamente confessando tudo o que fizera. E
exatamente como Castle e ela previram, o motivo de tudo isso era um só. Josh
buscava desesperadamente a atenção do pai. A ferro e fogo, apostara todas as
fichas em recuperar o dinheiro buscando sua aceitação e provar que podia ser um
cara esperto, um homem de negócios. Ele explicou todo o esquema do sequestro e
como envolvera Amil e Mark, seu cúmplice no cativeiro. No fim, Beckett tivera
pena dele mas cumpriu seu papel e o transferiu para a prisão estadual sem
regalias. Claro que ela sabia que logo ele estaria respondendo o processo em
liberdade pois era réu primário além de possuir um pai influente mas umas
noites atrás das grades poderia ajudar a colocar um pouco de juízo e
responsabilidade na cabeça de Josh.
Depois,
Beckett despediu-se de Sasha e Antonny agradecendo por terem confiado nela.
Sorrindo, ele nada disse além de obrigado. Assim que os dois deixaram o bureau Beckett
sentou-se a sua mesa e perdeu-se na frente do computador escrevendo o relatório
final do caso. Por duas horas ininterruptas, ela trabalho em cada detalhe. Imprimiu
o relatório e levou até a sala de Stack. Bateu na porta de leve e recebeu a
permissão para entrar.
- Boa tarde,
agente Stack. Vim entregar o relatório do caso Sasha - ela colocou o documento
sobre a mesa dele - a prisão de Josh já foi efetuada mas será apenas uma questão
de horas para o pai dele mexer os pauzinhos junto a algum juiz amigo da família
para conseguir um habeas corpus. Bem, é isso. Beckett já ia se retirando quando
Stack a chamou.
- Um minuto
agente Beckett - ela percebeu que ele folheava o relatório avaliando seu
conteúdo, estava sério e ela não sabia o que esperar porém não demorou muito
para descobrir. Após um silêncio incômodo de quase cinco minutos, ele tornou a
falar.
- Muito bom o
relatório, bem detalhado. Agente Beckett, obrigado por não desistir e também
pelo trabalho arriscando sua vida. Não fui justo com você. Eu devo me desculpar
por ter desconfiado da sua competência e lhe afastado do caso. Foi errado.
Espero que não haja ressentimentos da sua parte.
- Não senhor -
Beckett respondeu sendo o mais profissional possível pois no fundo, sua vontade
era dizer umas verdades para ele - mais alguma coisa?
- Não, e só
isso. Obrigado pelo relatório. Pode ir.
Beckett saiu
da sala e respirou fundo. Estava aliviada por não ter que passar nenhum minuto
mais olhando para ele. Precisava manter distancia até que estivesse pronta para
encara-lo sem sentir vontade de estrangula-lo.
Mais tarde,
Beckett foi chamada a sala do Diretor Assistente. Não tinha ideia do motivo. Ao
entrar, o seu superior pediu para sentar-se. Beckett obedeceu e esperou.
- Agente
Beckett, creio que não saiba por que a chamei aqui apesar de achar que pode
imaginar. Fui procurado pessoalmente pelo Sr. Wilson a fim de me contar o que
acontecera no desfecho do sequestro da filha dele. Como seu superior, devo-lhe
agradecer pelo empenho dedicado nesse caso. Apesar de usar um método diferente
do nosso, você foi capaz de enxergar o que nenhum agente conseguiu, incluindo
seu chefe imediato. Você é uma agente valiosa para o nosso bureau.
- Obrigada,
senhor. Apenas fiz meu trabalho como sempre, da maneira que aprendi.
- Você se
destacou perante ao bureau e ao alto escalão agente, tanto que recebi um
telefonema hoje diretamente da Casa Branca e dessa vez não foi o Sr. Wilson e
sim a secretaria do presidente Obama. Ele me comentou que estava bastante
satisfeito com o término do caso. Porém o motivo principal do contato foi para
fazer um convite exclusivamente para você. O presidente espera você e seu
acompanhante para um jantar reservado na Casa Branca em uma semana para poucos convidados.
Uma espécie de cerimônia reservada. Um convite formal será enviado a sua
residência.
- Senhor,
eu.... Eu não sei o que dizer, e tão inesperado e...
- Agente, não
se preocupe. Você merece essas honras, a homenagem. Aceite de bom grado e
represente ao bureau por nós. Parabéns.
- Farei isso,
senhor. E obrigada mais uma vez.
Beckett saiu
da sala mal conseguindo digerir essa notícia. Ao chegar em casa por volta das
sete da noite, Kate encontra Castle sentado no sofá com uma taça de vinho. O
apartamento cheirava a assado. Ela sorriu. Era bom estar em casa novamente.
Kate se aproxima dele mordendo o lábio inferior como alguém que estava com
vontade de aprontar. Deixou o casaco e a bolsa no meio do caminho e sentou-se
ao lado dele no sofá, pegou a taça e jogou as pernas sobre as dele. Tomou o
primeiro gole da bebida e viu Castle tirar os sapatos dela e começar a massagear-lhe
os pés. Ela suspirou ao sentir o toque dele.
- Hey... que
delícia! Hum... é bom estar em casa, sabe? O que você está preparando para o
jantar?
- Nada demais.
Uma carne assada com batatas.
- Pelo cheiro
deve estar muito bom, está me dando água na boca. Senti muita falta desses
mimos, Castle.
- Eu sei - ele
beijou levemente os lábios dela e pegou o copo de vinho das mãos de Kate - Como
foi seu dia? A volta para o bureau?
- Não posso
dizer que foi maravilhoso. Foi tenso, estranho. Encontrar Stack e manter a
calma foi o momento mais difícil. Evitei encontra-lo ao máximo. Mas precisei
entregar a ele meu relatório. Parecia estar pisando em ovos. Mantive a postura
profissional mesmo querendo socar a cara dele e dizer-lhe umas verdades. Felizmente,
o meu trabalho prevaleceu assim como a justiça. Josh está preso. Hoje percebi
que a experiência no FBI foi reveladora. Aprendi muito, coisas certas e outras que
é preferível esquecer. Mas o que mais me decepcionou foi a mudança no comportamento
de Stack. Ele não é nem de longe o homem que me abordou no 12th e me disse
estar impressionado com o meu perfil e meu trabalho. Não sei o que pode ter
acontecido com ele...
- Talvez não
tenha acontecido nada. Você conheceu o agente Stack brevemente atuando em um caso.
Não pode afirmar que ele está diferente. Por um pequeno período de tempo
trabalharam juntos em New York e você deve se lembrar do jeito meio boçal dele,
querendo mostrar-se superior a você e importante. Acredito que ele já era
assim, Kate, você apenas não teve tempo de avalia-lo. Atrelado a isso, aposto
que ficou muito incomodado de perder para uma mulher. Tem muito homem machista por
aí, você caracteriza uma ameaça para Stack, Kate. Se nunca parou para analisar
a situação por essa ótica, fazendo agora verá que tenho razão.
- Faz sentido.
Ele afastou as
pernas dela e levantou-se para checar o jantar. Dez minutos depois, estavam saboreando
o assado. Vendo que ambos estavam descontraídos durante a refeição, Kate
decidiu dar a outra notícia.
- Nem toda
novidade é ruim. Ainda não consegui assimilar o que o diretor assistente me
disse. Ele me chamou em sua sala para comunicar um convite.
- Hum...
Festa? - brincou Castle.
- Não qualquer
comemoração. Eu fui convidada para um jantar especial e reservado na Casa
Branca! Pelo presidente dos Estados Unidos... Isso e tão...
- Incrível! -
ele abriu o sorriso - estou orgulhoso de você, Kate. Quando será?
- Na próxima
semana e quero você como meu acompanhante.
- Será um
prazer, agente Kate Beckett. E acariciou a mão dela sobre a mesa.
Terminado o
jantar, eles recolheram as comidas e organizaram a cozinha juntos. Depois,
retornaram ao sofá com um pote de sorvete e duas colheres. Aninhada ao corpo
dele, Kate apoiava sua cabeça no ombro de Castle enquanto lambia displicente a
colher cheia de sorvete. Calada por algum tempo, Castle estranhou e resolveu
questionar o motivo do silêncio.
- Porque está
quieta?
- Estava
pensando sobre os últimos meses, sobre nós, tudo. Como nos deixamos levar por sentimentos
vagos e mesquinhos, raiva, medo, teimosia. Eu quase pus tudo a perder ao
expulsá-lo da minha casa a três meses. Fui estúpida e cruel mas talvez eu devesse
mesmo passar por isso para reconhecer o que era importante. Senti tanto a sua
falta, Castle...
- Tudo bem. Eu
entendo e sei que esse processo foi importante para o seu crescimento. Sabe
qual a ironia disso tudo? É que a solução para evitar esse problema era tão
simples. Tudo o que você tinha que fazer era me pedir para ficar. Bastava isso
e eu seria todo seu, sem qualquer duvida ou cobrança. Eu teria ficado
simplesmente porque te amo.
Ele virou o
rosto para ela e ergueu o queixo para beija-la. Ansiando, desejando e
demonstrando todo seu amor através de um beijo. Kate se deixou levar e jogou-se
no colo dele. Em poucos minutos, eles se perdiam novamente na busca pelo
prazer.
Na semana
seguinte, Castle recebeu a notícia que precisava viajar a trabalho de novo,
dessa vez seu destino era Chicago, Pensilvânia e New Haven em Connecticut.
Novos eventos de noite de autógrafos. Kate já havia tirado um pouco de sua
dedicação à turnê de Deadly Heat com o caso e o acidente que culminou em sua cirurgia.
Aceitou de bom grado o afastamento dele por três dias. Havia apenas uma
condição.
A volta de
Castle a Washington. O jantar com o presidente estava agendado para o mesmo dia
que ele retornava a cidade e não sabia se conseguiria chegar a tempo de
comparecer ao evento. Isso estava mexendo com Kate. Queria Castle ao sei lado
quando fosse encontrar o presidente.
Ela estava
observando-o fechar a mala preparando-se para ir ao aeroporto. Ao perceber que
estava sendo quase que vigiados por aqueles olhos sagazes, ele virou-se para
encara-la. Automaticamente, Kate envolveu seus braços na cintura dele deixando
as mãos deslizarem em um movimento constante pelas costas dele. Com um pequeno
sorriso, ela pedia manhosa a ele.
- Promete que
não vai demorar? Vou sentir saudades.
- Serei o mais
breve possível.
- Promete que
não me deixará sozinha naquele jantar? Você sabe que eu não sou muito boa
nessas coisas. Quem gosta de brilho, glamour e holofotes é você. Não sei como
me portar nesses lugares. Nunca sei que tipos de assuntos comentar. Preciso de
você ao meu lado - ela engoliu em seco e arregalou os olhos - meu Deus, Castle!
É o presidente dos Estados Unidos! Estou nervosa desde já.
- Kate não há
o que temer. Ao contrário do que você pensa não é um evento aberto com a
presença da imprensa. É um jantar íntimo e reservado para poucas pessoas. A única
diferença é que uma delas é o presidente mas a estrela principal será você.
- Castle você
não está ajudando. Está me deixando mais nervosa!
- Não precisa
ficar. Olha, Antonny e a família estarão lá. Você não ficara deslocada. Mostre
quem é Kate Beckett, apenas isso. Tenho certeza que todos vão adora-la - ele
segurou o rosto dela com as duas mãos e beijou-a com carinho - tudo dará certo.
Prometo que vou fazer o possível para ir ao jantar. Posso chegar atrasado, mas
não perderia a chance de ver Obama te agradecer por nada mesmo. Nem que eu
venha na asa do avião. Quero registrar esse momento. Ligo quando chegar em Chicago.
Ele pegou a
mala, segurou o iPad e deixou o apartamento. Os olhos de Kate caíram sobre o
convite de gala preso à porta da geladeira por magnéticos. Sabia que seria uma
noite especial, principalmente se tivesse Castle ao seu lado.
XXXXXXXXXX
Era o dia do
jantar. Kate estava se arrumando para a festa. Fazia a maquiagem quando o
celular tocou. Castle.
- Hey...
- Hey. Como está
a bela da noite? Ansiosa?
- Como não
poderia? E Chicago, correu tudo bem?
- Sim. foi
excelente. Estou no evento de Connecticut prestes a ler um pedaço de Deadly
Heat mas não aquele capítulo que li quando você surgiu linda daquele jeito no salão
em Memphis. Não consigo lê-lo sem pensar em você.
- Gostei de
ouvir isso.
- O que você
está usando Kate?
- Castle...
não começa porque depois fica difícil de controlar... estou apenas de calcinha.
Meu vestido não pede soutian – ela provocou.
- Oh, Deus...
- Como eu
disse, melhor não avançarmos nisso ou você terá problemas quando for ler o
livro para suas leitoras. Vão achar bem estranho ao ver sua “alegria”.
- Ah
Kate...agora você me deixou com mais vontade ainda.
- Segure essa
vontade para quando tiver em casa. Considere um estímulo para voltar a
Washington o mais rápido possível.
- Como você é
maldosa e implicante Kate Beckett...
- Que horas
você estará no jantar? Vou te esperar para conversar com Obama.
- Acho que o
evento termina em meia hora. Meu voo sai às sete. Espero estar às nove na Casa
Branca. Paula está me chamando. Tenho que ir.
- Te espero.
Beijo.
- Um beijo.
Desligando o
telefone, Kate concentrou-se em se arrumar mas a ideia de provoca-lo via
celular dera um novo ânimo nela, adorava fazer isso com ele desde que se conheceram.
De qualquer forma, agora precisa se arrumar para a festa.
Casa Branca –
7:30 pm
Kate pedira ao
taxi para estacionar na frente da Casa Branca. Pagou a corrida e desceu do
carro. Sentiu um arrepio ao para em frente ao portão da imponente mansão. Um
dos símbolos do poder de seu país e ela estava prestes a conhecer e jantar com
o presidente. Sim, estava nervosa e também empolgada. Aproximou-se do guarda e
se apresentou.
- Kate
Beckett. Vim para um jantar com o presidente – no momento em que o guarda
checara a sua lista, um carro parou no portão e os faróis piscaram. O vidro
desceu e Kate reconheceu o Sr. Wilson e sua família.
- Olá, Agente
Beckett. Boa noite, Charlie. Pode nos liberar? E inclusive a essa bela jovem a
sua frente.
- Sim, senhor
sub-secretário já encontrei seu nome na lista senhorita. Pode entrar.
- Venha,
Beckett. Entre ao lado de Sasha – ela obedeceu – vamos entrar pela lateral.
Usaremos um dos salões da esquerda próprios para pequenos jantares. Onde está
seu acompanhante? Pensei que vinha com o seu noivo, Sr. Castle.
- Ele virá.
Está a caminho de Washington. Viagem a trabalho.
- Entendo –
Sr.Wilson estacionou o carro – vamos?
Elas desceram
do carro e Kate ainda estava um pouco maravilhada com a beleza e suntuosidade
do local. Ao entrarem no salão, ela pode perceber as sutilezas na decoração
simples mas havia um ar diferente ali, um aroma histórico. Cerca de cinco mesas
de seis lugares estavam espalhadas com flores e jogos de porcelana finos. O que
ela não percebera a principio foram os olhares vidrados nela, também não era
para menos. Kate vestia um longo azul royal sem alças e com uma fenda lateral
até a altura da coxa. Drapeado no peito e colado no corpo curvilíneo dela. Usava
um colar cheio de ouro branco com vários formatos triangulares. Os brincos eram
da mesma forma. No dedo, o anel de noivado que ganhara de Castle. Os cabelos
estavam presos em um coque realçando o colo e o rosto dela, apenas pequenas
mechas caiam à altura da orelha. A maquiagem impecável. Como não admirar tal
beldade? Antonny acomodou a família em uma mesa e pediu licença da esposa para
levar Beckett até os seus amigos e companheiros de trabalho. Queria
apresenta-la a eles.
- Então agente
Beckett, você irá conhecer algumas pessoas do governo. Por enquanto, o
presidente ainda não está por aqui mas não se preocupe, ele logo aparecerá.
Aceita champagne?
- Obrigada.
Mas posso pedir um favor. Me chame de Kate, nós já passamos por maus bocados e
podemos perder essa formalidade.
- Tudo bem –
ele sorriu.
Ela foi apresentada
a várias pessoas e mantivera conversas interessantes com elas. Antonny estava
sendo muito paciente e um belo anfitrião, ele perguntou a ela se gostaria de
fazer um pequeno tour pelo lugar. Como uma boa americana e curiosa, Kate
aceitou. Quando estavam no salão oval e ela admirava cada detalhe do lugar, um
barulho de mensagem surgiu. Checou o celular e sorriu. Era Castle avisando que
chegara.
- Pode
verificar se podem liberar a entrada de Castle no prédio?
- Claro que
sim vamos andando que já falo com a segurança – um dos homens de terno preto e
escuta no ouvido aproximou-se deles – ótimo! Com licença, você poderia avisar à
guarita de entrada que há um senhor Richard Castle que deve ser liberado para o
nosso jantar? Ah, e peça para alguém acompanha-lo até o salão.
- Sim, senhor.
Irei providenciar isso. E Sr. Wilson, o presidente está a sua procura. Ele já
se encontra no salão do jantar.
- Excelente,
obrigado. Vamos Kate, é hora de conhecer o Obama.
Ao retornar ao
salão, ela viu de longe a esposa do presidente e ao lado dela, de costas estava
ele. O próprio presidente. Tinha uma taça na mão. Antonny a levava pelo meio do
salão quando o celular voltou a emitir um sinal de mensagem. Castle novamente e
agora a mensagem dizia.
“Olhe para
trás.”
E ela virou-se
esperando por vê-lo em algum lugar. Na porta, com um smoking impecável e os
braços para trás, ele sorria. Quando percebeu o quão linda ela estava, ele
falou silenciosamente para ela “wow”. Kate abriu o sorriso e viu-o caminhar em
sua direção. Antonny percebeu que havia sido deixado falando sozinho mas ao ver
o motivo teve que sorrir. Quando chegou próximo a ele, Kate inclinou a cabeça
para o lado para admira-lo um pouco mais. Castle tirou uma das mãos de trás das
costas revelando um buque de tulipas brancas.
- Para você. A
ideia era lhe dar as flores como se isso fosse uma espécie de encontro, trazer
um pouco de beleza para sua noite mas vejo que as flores agora parecem tão
insignificantes diante da sua beleza. Está maravilhosa, Kate.
- Você também.
Azul definitivamente é sua cor – ela disse ajeitando a gravata borboleta dessa
cor, beijou-lhe suavemente os lábios – estou feliz que tenha chegado a tempo de
me acompanhar. Estava indo conhecer o presidente.
- Ponto para
mim pela excelente noção de tempo. Ele segurou a mão dela e caminharam até onde
Wilson estava. Ao vê-lo, Antonny o cumprimentou e pediu para segui-lo.
- Com licença,
senhor presidente? – Obama se virou para fita-lo.
- Ah, Antonny
estava mesmo a sua procura. Gostaria de conhecer a jovem corajosa que salvou
sua filha. Ela já chegou?
- Sim – ele
fez sinal para Kate que ficara com Castle a uma certa distância – ela está logo
ali. Ah, venha – Kate percebeu que a primeira dama se juntara a ele – aqui
está, Obama conheça a Agente Kate Beckett a mulher corajosa que salvou a vida
da minha filha – Obama estendeu a mão para cumprimenta-la e ela fez o mesmo.
- Mr.
Presidente é uma honra conhecê-lo.
- Não, agente.
É um prazer para mim conhecê-la – e beijou sua mão – está é Michele, minha
esposa mas você já sabe disso – ele piscou para ela – quem é o cavalheiro?
- Este é
Richard Castle, escritor e meu noivo. Ele também me ajudou no caso para achar
Sasha.
- Estou
honrado senhor Presidente – estendeu a mão para Obama.
- Espera, Rick
Castle? De Derrick Storm e Heat? – perguntou Michelle – adoro seus livros.
Kate olhou
surpresa para Castle e viu que ele também estava. Antonny sorriu e sugeriu que
todos sentassem. Kate e Castle sentaram na mesa de frente para Obama e Michelle
enquanto Antonny também juntou-se a eles. Apesar de estarem ainda um pouco em
choque diante do que estava acontecendo com eles, ambos procuravam se conter
diante de alguém tão ilustre. Foi Obama quem puxou a conversa sobre os feitos
de Kate.
- Quando
Antonny me procurou contando que Sasha desaparecera, fiquei devastado. Somos
amigos a muito tempo e vi a menina crescer. Preocupado com meu amigo, resolvi
pedir uma atenção redobrada do FBI. Acredito que temos os melhores detetives
nas nossas polícias especiais. Contei com isso para recuperarmos Sasha.
Infelizmente não foi tão simples ou fácil como eu imaginara. A investigação
tomou tempo demais e eu via a angústia do meu amigo aumentar. Vi Antonny perder
a cabeça e quase entrar em desespero. Agente Beckett, você foi a única pessoa
que trouxe conforto ao meu amigo desde o inicio. E mesmo afastada, não
desistiu. Não que isso tenha sido algo correto ou esperto mas você acreditou.
Graças a você, Sasha está conosco hoje sã e salva e a justiça foi feita. Apenas
posso agradecer, agente Beckett, por arriscar sua vida pela filha do meu amigo.
Obrigado de verdade.
- Senhor, eu
apenas fiz o meu trabalho. Sentia que Sasha ainda estava viva e queria
encontra-la. Não fiz tudo sozinha – ela colocou a mão sobre a de Castle olhando
para ele – tive ajuda. Na verdade, se não tivesse encontrado Castle na noite
que decidi continuar trabalhando para achar Sasha, eu nem sei o que poderia...
não vem ao caso agora.
- Kate não
diga isso, foi você que tirou Sasha daquela casa em chamas. Não eu, você
arriscou a própria vida – Castle interveio.
- Poucos
fariam o que você fez agente Beckett. Sei disso por experiência própria. Quando
lhe agradeço, não estou falando como presidente ou seu empregador,estou falando
como pai. O pesadelo que Antonny viveu não desejo a ninguém. Tenho duas filhas
e não consigo imaginar tudo o que passou pela mente do meu amigo.
- Sei muito
bem o que o Sr. Wilson passou e sou solidário a sua dor – Castle olhou para
Antonny sorrindo de modo compreensivo – ano passado minha filha foi vitima de
sequestro e não desejo isso ao meu pior inimigo.
- Ah, a agente
Beckett estava com você na época? – perguntou Michelle.
- Sim, mas o
caso de Alexis foi bem diferente de Sasha e com todo o respeito senhor, o FBI
não ajudou em nada no meu caso também. São burocráticos demais, cheios de
regras como se seguissem um livro de instruções – ele sentiu um beliscão na
perna e olha para ela – ai! – Antonny riu da reação dos dois.
- Tudo bem,
agente Beckett. Aprecio a sinceridade de seu namorado. Foi ela quem o ajudou,
Sr. Castle?
-
Indiretamente sim, mas como disse eram circunstâncias diferentes. Ela já me
salvou várias vezes de situações de perigo e também de ser preso injustamente
por armação de um criminoso que conhecemos no passado. Tivemos muitas aventuras
em New York.
- New York?
Não vivem em Washington? – Antonny intercedeu para responder ao presidente.
- A agente
Beckett trabalhava como detetive na NYPD onde Castle era seu parceiro ajudando
a resolver crimes em nome da pesquisa para seus livros até uns sete meses atrás
quando Stack a convidou a concorrer a uma vaga na Federal. Ambos são de New
York e moram em DC agora.
- Ah, entendo.
Há quanto tempo estão juntos? – perguntou o presidente.
- Mais de
cinco anos, quase seis – Castle respondeu olhando para ela – é isso.
- E quanto
tempo de noivado? – era Michelle que perguntava. Um olhou para o outro antes de
responder.
- Seis meses.
- Nossa! Cinco
anos pra noivar? Só espero que não leve o mesmo tempo para casar.
A mesa toda
riu. E Castle respondeu.
- Não, apesar
de saber o que me fez demorar tanto pra pedi-la em casamento. Kate sempre foi
louca por mim, mas tivemos apartamentos explodindo, tiros, uns percalços com a
CIA, ex-namoradas e ex-namorados.
- Castle! –
ela chamou a atenção dele.
- De qualquer
forma, casamos em maio.
- Que bom –
disse Michelle quando uma das organizadoras se aproximou dela e disse algo –
Obama, acabo de ser informada. O jantar está servido.
- Ótimo, hora
de dizer algumas palavras – ele se levantou e pegou sua taça de bebida pediu
silêncio e começou a falar – Caros amigos presentes, serei breve com as
palavras. Este é um jantar de agradecimento ao trabalho excelente de uma agente
que não mediu esforços para salvar nossa Sasha, filha do nosso amigo Antonny.
São pessoas como Kate Beckett que me fazem ter orgulho do nosso país. Por
favor, Agente Beckett venha até aqui.
Kate se
levantou e foi até o presidente ficando ao lado dele. Estava sem jeito. Obama
virou-se para ela e tirou uma caixinha do bolso. Abriu-a e seguiu falando.
- Gostaria de
lhe entregar essa medalha de honra ao mérito como um gesto de agradecimento
pelo seu trabalho e dedicação no caso de Sasha. O que você fez é admirável e
hoje não falo como presidente e sim como pai. Obrigado – estendeu a caixinha
com a medalha para ela e Kate recebeu uma salva de palmas do salão. Castle
levantou-se e tirou varias fotos do presidente cumprimentando-a – agora
aproveitem a noite, o jantar está servido.
O jantar
correu muito bem. Boa comida, bebida, conversas interessantes, uma noite
realmente agradável. Algumas pessoas vieram até ela conversar e agradecer além
de parabeniza-la. Kate também conseguiu aproveitar um pouco do tempo para se
dedicar apenas a Castle e disfarçadamente ela dava carinhos a ele. Estavam
tomando o café com licor quando Antonny a abordou e pediu para que o seguisse
até um outro lugar reservado. Kate obedeceu trocando olhares intrigados com
Castle que deu de ombros. Antonny a levou ao salão oval.
- O que estou
fazendo aqui? – ela perguntou ao ver o presidente de costas observando a águia
que é o símbolo do país. Virou-se para ela.
- Agente
Beckett, eu pedi para o Antonny trazer você aqui para termos uma conversa a sós
e profissional. Eu examinei seu currículo e sei de toda a sua trajetória na
polícia e como chegou ao FBI. É uma profissional admirável como poucas que já
vi. Em seu campo é bem difícil se destacar especialmente por ser mulher. Isso
também foi algo que fez seu chefe imediato trata-la de maneira inapropriada.
Diante disso, imagino que será complicado para você voltar a trabalhar na divisão
que ele chefia. Eu estaria mentindo se dissesse que não gostaria de vê-la em
nosso time em Washington mas nossas vidas são feitas de escolhas e prioridades.
O que fez merece uma recompensa muito maior que uma medalha. Então, tenho uma
pergunta para você. Se pudesse pedir uma coisa, qualquer coisa para você ao
presidente o que seria? Estou disposto a aceitar qualquer sugestão.
A pergunta
pegou-a de surpresa. Era isso mesmo? O presidente dos Estados Unidos acabara de
dizer a ela para pedir algo a ele? Era meio louco acreditar, surreal. Respirou
profundamente e mergulhou no passado. Imagens dos momentos de tristeza que
passara há quinze anos ao lado de seu pai, as fotos do corpo de sua mãe naquele
beco, suas lutas, sangue derramado, pequenas vitórias. Quinze anos procurando
por justiça que poderiam ser solucionados em menos de um minuto. Tudo o que
devia fazer era dizer o nome de seu maior inimigo. Kate Beckett tinha a chance
de pedir a cabeça do senador Bracken e vingar a morte de sua mãe. Acabar com
uma injustiça e seu sofrimento desde que entrara para a polícia. Então, ela se lembrou
de outro desejo ainda mais importante que não afetava apenas a sua vida, uma decisão
que faria de seu futuro algo mais certo e perfeito. Prioridades, pensou.
- Senhor, eu
poderia pedir algo que almejo desde que entrei para a polícia mas essa seria uma
decisão egoísta. De certa forma, eu ainda tenho controle sobre ela. Seria um
ato de justiça porém isolado. A experiência no FBI foi excelente, apesar do
problema de adaptação e dos desentendimentos com o agente Stack, eu aprendi
muito e sei que posso contribuir muito para o meu país trabalhando para a
Federal.
Viu que o presidente
olhava atento para ela enquanto falava. Ela tomou coragem e disse o que seu coração
queria.
- Mas Washington
não é o meu lugar. Sou nova-iorquina de alma e coração, Castle também. Crescemos
lá, temos amigos e nossas vidas estiveram sempre naquela cidade cosmopolita. Em
breve iniciaremos oficialmente nossa vida a dois e não posso exigir que ele
fique vivendo de avião em avião. Meu casamento não pode ser baseado na ponte aérea.
Preciso viver cada momento ao lado dele, como vi minha mãe fazer com meu pai. Decidi
que a partir de agora, somente o “nós” importa. O que gostaria de lhe pedir era
um lugar no FBI, mas em New York. Esse é o meu desejo.
- Agente Beckett,
sou um amante dos Estados Unidos e todos os dias busco os melhores para servir
esse país. Você está entre os melhores. Também sou um homem de família, de raízes.
Entendo seu ponto ao dizer que DC não é seu lugar. Será um prazer tê-la
trabalhando em qualquer lugar do país porque saberei que você estará lutando
por justiça. Amanhã mesmo o Antonny cuidará da sua transferência para o escritório
de New York e vou recomenda-la a um grande amigo meu que é um dos diretores de
lá.
Beckett estava
lutando para segurar as lágrimas. Voltar para New York era muito bom mas poder
viver junto de Castle e seus amigos era melhor ainda.
- Senhor, eu não
sei como agradecer. Não tenho palavras...
- Apenas
continue buscando justiça para aqueles que precisam. Considere isso como um
presente de casamento e seja feliz.
- Pode contar
com isso, Mr.Presidente – só assim ela relaxou, estendeu a mão para
cumprimenta-lo, Obama fez o mesmo sorrindo.
- Agora vamos
voltar para a festa pois tenho certeza que devem estar estranhando nossa ausência,
especialmente seu noivo ele é muito curioso e algo me diz bastante ciumento. Com
razão, eu reconheço.
Ela riu e
deixaram o salão oval da Casa Branca. Ali naquele lugar, o destino de muitos
foram decididos. Essa noite, Kate Beckett podia dizer que o seu e o de Castle também
entrariam nessa estatística mas para ela, eles não seriam apenas um número. Era
o inicio de uma nova fase de suas vidas. Assim que pisou no salão, Castle veio
ao seu encontro para saber o que o presidente dos Estados Unidos queria com
ela.
- Nada Castle,
assuntos federais. Vem, quero comer mais sobremesa.
A noite seguiu
seu curso e apesar da insistência de Castle, Kate conseguiu domina-lo e
esconder a novidade dele. Queria ter certeza de tudo para então dar a notícia a
ele. Juntos, procuraram o presidente e a primeira dama para se despedirem.
- Foi uma
noite adorável, Mr.Presidente.
- Concordo,
sempre é bom conhecer americanos honrados como vocês dois e quanto aquele
assunto, cumprirei minha palavra e você a sua, agente Beckett.
- Sim, senhor.
- Espere um
minuto – disse Michelle fazendo sinal para uma de suas assessoras – Sr. Castle,
poderia assinar a minha cópia de Deadly Heat? – entregou o livro a ele. Castle
trocou um olhar com Kate e ela apenas balançou a cabeça e sorriu. Sempre a
estrela, pensou.
- Com prazer. Após
assinar, eles tiraram uma foto juntos e deixaram a Casa Branca.
Os dias corriam
normalmente para os dois. Castle negociava sua ida a Califórnia para completar
sua turnê, Kate continuava indo ao FBI mas para resolver sua transferência. Ela
conhecera o Diretor Assistente do escritório que trabalharia e fez uma
entrevista prévia através de via vídeo conferência. Estava quase tudo acertado.
Faltava apenas a data para que ela se apresentasse lá já que deveria fazer uma
nova mudança. Tinha uma nova reunião na parte da tarde e estaria tudo fechado.
Quando chegou
em casa, por volta das seis da noite Kate encontrou Castle trabalhando
avidamente no teclado de seu notebook. Concentrado ao extremo com uma caneca de
café quentinho sobre a mesa de centro. Sem qualquer cerimônia, ela pegou a caneca
bebeu o líquido e deixou-a novamente sobre a mesa.
- Hey! O que
tem de tão interessante nesse notebook que você sequer me cumprimentou quando
cheguei? Cadê meu beijo?
- Oi, estou
revisando o texto da primeira HQ de Nikki, está ficando ótima – ele não tirou
os olhos da tela empolgado – espere até eu mostrar o primeiro protótipo a você,
Kate.
- Isso terá
que esperar, Castle – ela fechou o notebook, tirou-o do colo dele e colocou sobre
a mesinha. Ele a encarava sem entender. Kate firmou o joelho no sofá e fez o
mesmo com o outro encaixando seu corpo ao dele, sentando no colo. Ela colocou
uma das mãos sobre o peito dele, na outra um envelope pardo, sacudiu-o na
frente de Castle – isso é para você, na verdade para nós. Abra.
- Surpresas Kate?
Sabe que eu adoro surpresas.
- Tenho
certeza que vai amar essa. Nós dois iremos – ele tirou duas folhas com o logo
da American Airlines com números de confirmações de voo.
- São duas
passagens para New York. Vamos visitar os rapazes? Espere...são somente de ida,
Kate – ele mexeu o envelope a procura de outra folha e olhou para ela
intrigado.
- Arrume suas
malas, Castle. Estamos voltando a nossa cidade, a big Apple. De vez.
- Mas e o seu
emprego na federal?
- Você está
falando com a mais nova agente do escritório de New York. Agradeça ao
presidente. Ele disse que era seu presente de casamento para nós.
- Mas eu
pensei que você quisesse ficar em DC, especialmente depois do seu prestígio
e...
- Aqui nunca
foi meu lugar, Castle. O presidente disse que poderia escolher algo e eu o fiz.
Escolhi você, escolhi a nós. Meu lugar é na cidade que eu amo ao lado do homem
que eu amo. Vamos para casa, Rick.
Emocionado, ele a beijou apaixonadamente.
Continua....
4 comentários:
Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii que lindoooooooooooo!!!! Tô eufórica, com vontade de gritar!!! kkkkkkkkkkkkkk
Perfeitooooooooo, AMEI!!!
Que bom que ainda teremos mais um capítulo, pois agora tô doida p ver esses dois em NY, junto dos amigos!!!
Será q tb veremos a festa de casamento?? Espero que sim..
Parabéns pela estória!! Como sempre vc consegue prender minha atenção do início ao fim!! Sou fã das suas fics!!!
O que fala de um cap. tão perfeito como este???
Serio,fiquei sem ar em varios momentos. Kate foi perfeita as palavras dela meu coração falhou algumas batidas,chorei junto com ela pelo simples fato de que foi encontrado o verdadeiro significado da palavra"Nós",foi melhor do que eu imaginei muito,muito melhor.
E o momento hot,muito digno de ler eles são lindos juntos,Kate sambou na cara daquele idiota amei...E o jantar com o presidente? Que chique foi incrivel,meu amor por Bex cresceu quando ela optou por Castle e não por destruir o desgraçado do senador...Devolta a NY <3
Uauuuuuuuuu! Adorei.Perfeito! Perfeito!
Uauu,isso foi incrível.a forma como a Kate pede desculpa e o que significa o verdadeiro "nós" foi perfeito. A melhor fic.Esperando o 12° capítulo.
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