There’s
Always Tomorrow…
Autora:
Karen Jobim
Classificação: PG-13/ NC-17 se aplicável
Gênero: AU
Advertências: Angst, drama, Romance – Durante a S6 de Watershed a algum lugar.
Capítulos: 1 de ?
Completa: [ ] Sim [ x ] Não
Classificação: PG-13/ NC-17 se aplicável
Gênero: AU
Advertências: Angst, drama, Romance – Durante a S6 de Watershed a algum lugar.
Capítulos: 1 de ?
Completa: [ ] Sim [ x ] Não
Resumo: Kate aceitou uma proposta para trabalhar em
Washington, readaptou sua vida e a de Castle para essa nova etapa. Ela passou a
ser uma agente chave do FBI mas um caso complicado coloca em risco tudo o que
acredita. É a prova de que tudo pode mudar em um piscar de olhos.
Nota da Autora: Essa fic é mais uma versão angst para
a S6. Agora colocando em prática uma antiga ideia que tinha. É uma longfic diferente.
Estilo passado e futuro como uma linha do tempo contarei a história onde o foco
principal é o relacionamento entre Castle e Beckett mas de uma forma
complicada. Preparem os corações... serão fortes emoções.
Atenção NC-17....Be aware!!!
There’s Always Tomorrow
Barnes &
Noble – Maio 2015
Kate parou em frente ao letreiro gigantesco da
livraria. Observava a foto de Rick Castle sorridente ao lado de seu novo livro
“Heat Blow”. Se alguém dissesse a ela que um dia entraria numa livraria para
apresentar um potencial best-seller, certamente ela riria na cara do sujeito.
Fora um período complicado para Beckett. Ainda estava em fase de adaptação no
novo emprego quando uma nova mudança tomou conta de sua vida. Fazia apenas seis
meses que ela estava no FBI, o mesmo período que estava noiva do escritor.
Pensava em não precisar passar por mudanças bruscas tão cedo. Estava enganada.
Logo ela descobriria que aquela frase que diz “quanto mais as coisas mudam,
mais elas permanecem as mesmas” era uma mentira. Pelo menos para ela, a vida
parecia estar sempre pronta a desafia-la, instiga-la. Quando fora surpreendida
novamente, ela se perguntou até quando?
O inconfundível cheiro de papel tomava conta
da atmosfera dentro da livraria. Em um canto do imenso salão, via-se pilhas do
lançamento de Castle e todos as suas demais obras espalhadas ao redor da área
reservada para o evento. Suspirou. Ela nunca fizera leitura em público, muito
menos passara por um evento como esse onde todos os olhos, ouvidos e lentes
estariam voltados para ela. Sentiu um frio percorrer sua espinha. Não sei onde
estava com a cabeça ao aceitar o convite de Gina para fazer parte disso,
pensou. No banner principal, viu o seu nome logo abaixo do dele. Gina se
aproximou dela.
- Tudo bem?
Desculpe. É retórica. Está pronta? Começaremos em quinze minutos.
- Claro, estou
nervosa mas acho que deve-se ao fato de ser minha primeira vez. Nunca me dei
bem com luzes, fotos e mídia. Castle sabia disso e acabava me protegendo sempre
que tínhamos algum envolvimento desse tipo em casos que trabalhávamos – Gina
afagou-lhe o braço – estou bem, só preciso de alguns minutos.
Kate viu Gina
se afastar e passou as mãos nos cabelos. Começou a mentalizar o que viria a
seguir para se convencer que era capaz. Você deve isso a ele, por esses anos
maravilhosos, pelas histórias, por tudo. Você é uma agente do FBI, Kate. Lida
com os mais poderosos criminosos do país, os coloca atrás das grades através
das palavras. É apenas um discurso e uma leitura. Não há o que temer, afinal a
história é um pouco sua, ajudou a escrevê-la durante noites e noites. Viu Gina
fazer sinal para ela indicando cinco minutos.
Ela pegou o
celular e discou.
- Daddy?
- Hey, Katie.
Como você está?
- É hoje,
daddy. Em cinco minutos. Estou tão nervosa, não sou boa nisso. E se eu não
fizer adequadamente?
- Você irá.
Seu nome não está nos créditos do livro? Saberá discursar e honra-lo como
ninguém mais poderia, filha. Está tudo dentro do seu coração. Deixe-o falar.
- Obrigada,
dad.
- Por nada.
Agora, vá lá e nos deixe orgulhosos. Castle merece isso.
Ela suspirou
profundamente ao desligar o celular. Estava quase na hora de honra-lo por tudo
o que ele significa para ela. Sim, Kate não ousava menciona-lo no passado
embora algumas vezes tenha se pego fazendo isso. Ela fitou novamente o banner a
sua frente. Seu nome logo abaixo do dele ainda sem o sobrenome que tanto
esperava usar. Ali era apenas Kate Beckett, uma mulher marcada por algumas
tragédias na vida. Uma lutadora. Alguém que não parava de ser desafiada pela
vida. A perda da mãe, sua escolha por entrar para a polícia, seu momento ao
atingir o fundo do poço. Perigo sempre fez parte da sua vida, sensação essa que
fora amenizada quando Castle entrou em sua vida há cerca de sete anos atrás.
Com ele ao seu lado, como parceiro na NYPD foi mais fácil enfrentar os momentos
difíceis. Bombas, incêndio, ameaças, o caso de sua mãe, mais situações
perigosas, tiros. Por ter sobrevivido a tudo isso, ela julgara que a partir do
seu novo emprego no FBI, a promessa de um relacionamento sério com um anel no
dedo, as coisas só tendiam a melhorar.
Não. A vida
quis testa-la novamente. Obrigando-a a confrontar e duvidar de seus sentimentos
mais puros, acordando velhos demônios que julgara nunca mais ter que enfrentar.
Porém, nunca é uma palavra forte demais e Kate Beckett fora jogada no olho de
mais um furacão.
Ao sinal de
Gina, ela encaminhou-se até o púlpito.
Vinte e quatro
meses antes...
Aeroporto
Dulles
Kate esperava
ansiosa pelo voo das nove da manhã. Fazia três semanas que não se viam. Parece
pouco aos olhos de alguns porém para ela e Castle acostumados a passarem quase
24 horas juntos, esse período era uma eternidade. Não podia culpa-lo, tinha uma
turnê nova pela frente e compromissos a cumprir. Estava com tantas saudades de
olhar para ele. Adorava se perder naqueles olhos azuis tão brilhantes que a
hipnotizavam. Fora uma das primeiras coisas que chamaram sua atenção nele, os
belos olhos, envolventes. E o jeito brincalhão e pouco modesto. Castle tinha um
senso de humor apurado e era lindo, charmoso e – Deus! Devo estar com muita
saudade dele mesmo para estar falando assim, pensou. Viu as portas do desembarque
se abrirem e várias pessoas invadirem o saguão do aeroporto. Olhava ansiosa
para dentro do desembarque procurando por ele. Finalmente, Castle apareceu na
porta e ela abriu o mais lindo dos sorrisos. Caminhando ao encontro dela,
Castle brincava fazendo cara e bocas, forçando uma cara de safado o que
arrancou uma gargalhada dela. Parou na frente dela e largando a mochila sobre a
mala, ele abriu os braços para recebe-la e falou com uma voz sensual.
- Olá, Agente
Beckett? Sentiu minha falta?
Ela o abraçou
e beijou-lhe o pescoço. Em seguida, ela pode fitar os olhos azuis que tanto
amava. Suspirou e beijou-o carinhosamente por longos minutos envolvida pelos
braços fortes, esquecendo-se de onde estavam. Deixando as mãos deslizarem pelas
costas dele deixando-as chegar até o bumbum dele. Sorrateiramente, enfiou as
mãos nos bolsos da calça dele e quebrou o beijo sorrindo.
- Isso
responde sua pergunta?
- E como...
estou com muita fome. Podemos comer algo a caminho de casa? Não tomei café.
- Hum... isso
quer dizer que faremos a primeira refeição do dia juntos? Posso preparar algo
pra você no apartamento ou podemos parar em uma cafeteria. Você escolhe.
- No caminho
então, quero que guarde suas energias para mais tarde. De mãos dadas, eles deixaram
o aeroporto.
Durante o
café, sentados lado a lado, Kate perguntou quais eram as novidades de New York.
Castle falou pouca coisa. Contou a ela sobre as últimas cidades que visitara
fazendo a divulgação de seu livro. Foram duas semanas puxadas de trabalho entre
voos e eventos. Já fizera todo o centro-oeste do país. Da mesma maneira,
perguntou a ela como estava o trabalho no bureau e se ela estava trabalhando em
algum caso interessante. Kate explica a ele que acabara de fechar mais um caso,
esse tinha sido simples na sua opinião.
- Deadly Heat
tornou-se um sucesso, com apenas duas semanas do lançamento entrou na lista dos
mais vendidos. Já estou avaliando meu próximo livro da série Heat. Ainda não
contei nada para a minha editora mas quero basea-lo em um caso seu do FBI. Tive
algumas ideias mas dessa vez será você a minha principal fonte já que não tenho
abertura para fazer a pesquisa ao seu lado ou investigar o caso com você.
- Vai promover
Nikki?
- Não, ela
continua sendo fiel a NYPD, tratarei como um caso compartilhado. Posso até
criar um daqueles agentes pé no saco que só pensam em regras e protocolos, do
tipo metódico sabe? Aposto que já conheceu vários assim, fique à vontade para
me dar informações.
- Castle,
também não é assim. Hoje é sexta, estou de folga e portanto não é hora de falar
sobre trabalho. Prometo que pensarei na sua proposta. Agora, o que tem em mente
para esse fim de semana? Quer dizer temos pouco tempo não? Quando volta para a
turnê? – ela estava ansiosa, Castle percebeu e resolveu acabar com essa aflição
dela.
- Kate, não se
preocupe. Teremos tempo suficiente. Como a turnê do centro-oeste já está
completa, a próxima será no sul do país e depois costa oeste. Fico cinco dias e
volto pra New York. Somente na outra semana vou para Nashville, a tour começará
por lá. Sobre o que poderemos fazer – ele se aproximou do ouvido dela - até
poderia sugerir muitas coisas mas sabe nesse momento apenas um pensamento me
vem à mente.
- Fico feliz
que pense assim... não vejo a hora de ir para casa.
- Agente Kate
Beckett será que detecto uma inclinação para um ataque? Nesse caso é melhor
pedir a conta e rezar para que você queira me espancar... podemos começar com
as algemas. Você ainda as tem não?
Foi a vez dela
mordiscar o lóbulo da orelha dele e sussurrar – Pervertido – ela virou o rosto
dele para si e beijou-o puxando-o pela nuca para provocar o contato dos corpos.
Castle sentiu a pontada imediata na virilha por causa da provocação dela. Era
incrível perceber o quanto ela mexia com ele. Um simples toque já o deixava
alerta. Não podia ficar ali ou cometeria um atentado ao pudor a qualquer
minuto.
- Vamos sair
daqui, Kate.
Ele jogou
algumas notas sobre a mesa e de mãos dadas saíram apressados da cafeteria. Kate
dirigiu o mais rápido que pode e em quinze minutos, eles chegaram ao
apartamento dela. Assim que a porta foi fechada, ela partiu para cima dele com
uma tigresa. Era saudade, desejo, carência. Tudo misturado. Perder-se naqueles
lábios era um prazer. Quase um vício para Beckett. Rapidamente, puxavam a roupa
um do outro jogando-as pelo chão a caminho do quarto. Castle a ergueu do chão e
a colocou na cama. Livrou-se do resto das roupas e nu, deitou-se na cama com
ela buscando sentir o gosto da pele macia e tão desejada. Queria degustar cada
centímetro do corpo de Kate. Precisava disso. Ansiava por isso. A vontade de se
tocarem era tanta que bastou poucos minutos para estarem mergulhados no prazer
e o orgasmo os atingiu por completo. Repetiram a dose três vezes. Extremamente
preguiçosos, eles sequer levantaram da cama durante toda a tarde. Adormeceram
de cansaço e por volta das oito da noite, eles decidiram comer pois estavam
famintos, optaram pelo delivery. Depois da refeição, eles acabaram tomando uma
ducha voltando a se enroscar na cama.
No sábado,
Kate acorda assustada com o cheiro de fumaça. Ao olhar ao seu redor no quarto,
nem sinal de Castle. Vestiu seu robe e dirigiu-se à cozinha. Castle brigava com
o fogão usando luvas e jogando uma frigideira na pia de louças. A fumaça o
rodeava. A cena apesar de preocupante era um tanto cômica. Ela acudiu sem dizer
nada a princípio mas estava lutando para não sucumbir às risadas. Castle tinha
o olhar arregalado. Kate desligou o fogão e tratou de dispersar a fumaça antes
que o detector começasse a disparar. Com a situação sob controle, ela viu o
bacon e as fatias de pães negras grudadas à frigideira. O que será que passou
pela cabeça de Castle para deixar queimar o café da manhã que provavelmente
preparava para levar a ela na cama?
- O que
aconteceu? Você se feriu? Está queimado? – sim, mesmo com a cena um tanto
engraçada, ela se preocupou com ele.
- Eu não sei.
Quer dizer, estava preparando nosso café da manhã quando eu... – ele olhou para Kate um tanto
envergonhado – eu fiquei lembrando de ontem à noite e acho que...esqueci do que
estava no fogão. Ao ouvir essa revelação, ela não aguentou e desatou a rir.
- Porque você
está rindo? – pareceu magoado.
- Porque é
engraçado. Vamos, sai daí. Chega de desastres por hoje. Vou preparar o café
para nós. Mas – ela empurrou seu corpo contra o dele na pia – adorei a
iniciativa,Castle – e beijou os lábios dele deixando a mão deslizar até o
membro dele apertando-o sobre a calça de moleton que ele usava fazendo-o gemer
entre os lábios dela. Ao quebrar o beijo viu a cara de susto e desejo que ele
fazia.
- God....- ele
engoliu em seco - Kate Beckett você vai me matar... algum dia... – ela
gargalhou.
- Vai pra sala
e se recomponha – piscou para ele.
Ele obedeceu
Kate. Ainda estava meio zonzo pelo que ela fizera com ele. Quinze minutos
depois, ela surgiu na sala com a bandeja de café especial. Sentados à mesa,
saborearam a refeição em meio a caricias e beijinhos. Depois eles ficaram de
bobeira pela casa mas quando Kate se predispôs a fazer um jantar para ele e
informou que iria ao supermercado comprar umas coisinhas, Castle não aceitou.
Queria evitar trabalho para ela e fazer um programa diferente.
- Programa
diferente? Tipo o que?
- Não sei ao
certo, porque não me surpreende? Me mostre a noite de Washington. Aqui é sua
nova cidade, deve ter alguma coisa boa para se fazer.
- Ainda não
tive tempo de conhecer a cidade, estou trabalhando direto. Além do mais, não
sou solteira para ir a uma balada sozinha – ela balança a mão na frente dele
realçando o anel de noivado – vamos fazer assim, você escolhe um restaurante
porque é melhor do que eu nessas coisas e vou pedir uma dica sobre um lugar
badalado, para dançar, do meu estagiário.
- Hum,
dançar... taí algo que não fazemos a muito tempo. Acho que nunca fizemos depois
que ficamos juntos. Lembra daquela vez na boate? Você deu em cima de mim...
você foi má.
- Quando foi
isso? – ela se fez de desentendida.
- Não venha
com essa desculpa de que não se lembra. Foi um pouco depois daquele beijo sabe?
Você apareceu tão linda comigo lá em casa e dirigiu minha Ferrari.
- Ah, verdade.
Excelente carro aliás – ela piscou para ele e se debruçou na cadeira dele para
beija-lo – foi uma noite maravilhosa mesmo que estivéssemos disfarçados. Vou
ligar para o Peter.
Castle fez sua
lição de casa e escolheu um restaurante entre os melhores de Washington. Iriam
ao Marcel’s. e Kate já tinha o nome de um nightclub atual para dançarem. Se
Castle sentia falta daqueles momentos era hora de relembra-los agora sem
disfarces. Durante o resto do dia, eles saíram para passear pela cidade e foram
a um dos lugares preferidos de Castle, o Smithsonian. Por volta das sete já
estavam em casa para se arrumar. Tinham reservas para às nove horas. Castle já
estava pronto esperando por ela. Vestia uma camisa vermelha por baixo do blazer
preto.
- Kate, vamos
nos atrasar e perder a reserva. Restam vinte minutos. É muito difícil conseguir
reservas nesse restaurante, consegui através de um contato da indústria
editorial e – parou de falar quando a viu na sua frente. Kate vestia um tubinho
sem alças bem curto vermelho deixando as pernas à amostra. Os cabelos soltos
sobre os ombros. Na boca sorridente um batom vermelho que apenas realçava seu
sorriso ainda mais além dos clássicos saltos agulha.
- Wow! –
Castle estava boquiaberto.
- Fecha a boca
Castle antes que entre mosca e mexa essa traseiro lindo porque vamos nos
atrasar – ela falava de costas para ele segurando a risada, adorava implicar
com ele.
O restaurante
era muito chique, com uma decoração estilo antiga. Castle escolheu o vinho da
noite e eles escolheram a opção do Chef do cardápio. Entre um prato e outro,
eles trocavam carinhos e conversavam amenidades. Depois da sobremesa, divina
por sinal, Castle pediu o café expresso e uma dose de licor. Kate tirou o
sapato e começou a acariciar a perna dele por debaixo da mesa. A princípio, ele se assustou mas
depois aproveitou a provocação dela. o problema é que o toque dela o deixava em
uma situação no mínimo embaraçosa. Pediu para ela parar.
- Kate... por
favor pare... precisamos ir.
- A noite está
apenas começando, Castle.
Ela recuou a
perna e ele pediu a conta. Assim que saíram do restaurante, eles entraram no
taxi e Kate deu o endereço do clube. Ela estava animada para dançar e brincar
com ele. Castle não perdia por esperar. Ao chegar no local, havia uma fila
enorme de pessoas esperando e pedindo para entrar. Kate passou por todos de
mãos dadas puxando Castle e foi direto até o segurança. Com poucas palavras,
ela o viu tirando a corda e dando passagem a eles. No instante que entraram na
boate, as luzes e a música inundaram seus ouvidos e visão. O ritmo contagiante
começou a mexer com Kate. Ainda de mãos dadas com ele, Kate o puxou para o meio
do salão. Não que ela quisesse já cair na dança mas porque tinha que atravessar
a pista para pegar uma bebida. Ao alcançarem o bar, ela virou-se pra ele e
pediu.
- Me compre um
drink, Castle. Só então iremos dançar.
- Seu desejo é
uma ordem. Algo especial?
- Bourbon está
ótimo. Melhor, algo com vodca.
Ele pediu
whisky para e a vodca dela. Brindaram e sorveram a bebida. Kate terminou muito
rápido sua dose e colando o corpo no dele, deixava as mãos deslizarem pelo
peito dele enquanto mordiscava seu queixo. Sorrindo, ela beijou-o e Castle
sentiu a mão dela parar bem em seu bumbum.
- Acho que
está na hora de dançar – entrelaçando os dedos nos dele, Kate o guiou para a
pista, já ia rebolando e aquilo era demais para ele. A música era uma das
batidas eletrônicas. Ela parou em uma parte do salão e julgou estar bom para
dançar. Se mexendo ao som da música, Kate não largou a mão dele. A música mudou
para uma das famosas do Muse. Starlight tocava e fazia Kate Beckett mexer o
corpo, ela erguia os braços e tocava os cabelos numa dança pra lá de sensual.
Ao ouvir o “hold you in my arms”, ela abraçou Castle e começou a cantar e
dançar agarrada a ele. Beijou-o com vontade, ele retribuiu. O problema era que
Castle estava tão hipnotizado por ela que sequer pensava em mover-se junto com
ela. Kate encostou os lábios ao ouvido dele e pediu.
- Dance
comigo...
E a música
mudou. Agora era algo mais interessante para ela provoca-lo. Os acordes de
Scream do Usher. Kate involuntariamente começou a rebolar. Sim, essa era uma
música sensual. Ela se aproximou dele esfregando o corpo ao dele e remexendo o
cabelo. Manteve distância e dançava na frente dele sensualmente. Ele a olhava
hipnotizado pela beleza e pelos movimentos dela. Queria se perder naquele corpo.
I see you over there, so hypnotic
Thinking 'bout what I do to that body
I get you like ooh, baby baby, ooh, baby baby
Ah-ooh, baby baby, ooh, baby baby
Got no drink in my hand, but I'm wasted
Getting drunk of the thought of you naked
I get you like ooh, baby baby, ooh baby baby
Ah-ooh, baby baby, ooh, baby baby
Não aguentando
estar longe e sem tocar naquele corpo, ele aproveitou que Kate estava de costas
rebolando e Castle a agarrou por trás num movimento rápido que a surpreendeu e
mexiam-se juntos por algum tempo, Kate esticou o braço para toca-lhe o rosto e
a nuca puxando-o para o encontro com a sua boca. Sentiu as mãos de Castle
viajarem pelo seu corpo provocando sensações em si própria.
And I tried to fight it, to fight it
But you're so magnetic, magnetic
Got one life, just live it, just live it
Now relax, sing it on your back
If you wanna scream, yeah
Let me know and I'll take you there
Get you going like ah-ooh, baby baby, ooh, baby baby
Ah-ooh, baby baby, ooh, baby, if you wanna done right
Hope you're ready to go all night
Get you going like ah-ooh, baby baby, ooh, baby baby
Ah-ooh, baby baby, ooh, baby, if you wanna scream
Mas Kate sempre
procurava algo mais para atiça-lo. Escapou das mãos dele e rebolou até o chão
em um movimento que tirava-lhe a concentração. Ela virou-se para ele e o
provocava com o olhar. Aquela dança já estava subindo para a cabeça deles. O
calor começava a dominar seus corpos. Ela o desafiou chamando-o com o indicador
para ir até ela. Castle não deixou barato. Ele a agarrou de tal forma
prendendo-a em seu corpo que ela gritou. Surpresa mas extremamente satisfeita
com a pegada dele, ambos iniciaram uma dança de lábios buscando atiçar o outro
até que após mordiscar o lábio inferior dele, Castle a arrebatou num beijo
avassalador incapaz de faze-la pensar. Podia apenas sentir a força do desejo
que ele sentia por ela. Kate sentiu o corpo esmorecer e sua pele arrepiar. Havia
outra coisa que a dominava agora. Percebera que ele estava excitado. Ela gemeu
quando ele quebrou o beijo. Continuou dançando agarrado nela.
Kill the lights, shut 'em off, you're electric
Devil eyes telling me "come and get it"
I have you like ooh, baby baby, ooh, baby baby (ah)
Ah-ooh, baby baby, ooh, baby baby
Girl, tonight you're the prey, I'm the hunter
Take you here, take you there, take you under
Imagine me whispering in your ear then I wanna
Take off all your clothes and put somethin' on ya
Kate
desvencilhou-se do corpo dele por uns instantes apenas para rebolar um pouco
mais para ele. Voltou a se agachar e empinou o bumbum para Castle. Deus, ele
estava prestes a perder o controle. Ela tornou a virar para encontrar o olhar
dele. Desejo puro e simples. Eles não durariam muito ali se continuassem assim.
Porém, não desistiu de dançar para Castle. Se aproximou e passava as mãos no
peito dele enquanto os lábios devoravam o pescoço dele até encontrar a boca
deliciosa esperando entreaberta para recebe-la. Castle a puxou novamente
colando o corpo completamente ao dele. O beijo ganhava tom de selvagem tamanha
a urgência de explorar cada milímetro daquela boca.
And I ain't trying to fight it, to fight it
But you're so magnetic, magnetic
Got one life, just live it, just live it
Now relax, sing it on your back
Quebrando o
beijo, Kate mordiscava o lóbulo da orelha dele e sussurrou.
- Está pronto
para me fazer gritar, Rick? – e apertou o bumbum dele – a noite toda? Quero
você por inteiro.
Castle sentiu
a fisgada na virilha. Ela estava enlouquecendo-o. Se continuasse assim poderiam
ser banidos daquele clube. A música acabou e uma nova batida dançante começou.
Ele a puxou pelo braço rumo ao bar. Ela ainda rebolava e esfregava seu corpo no
dele. Castle ficava impressionado de como ela fazia isso de maneira sutil, sem
chamar atenção das outras pessoas e mantendo um certo decoro. Já o mesmo não acontecia
com ele, estava envergonhado e quase a ponto de explodir. Foi por isso que a
levou ao bar e pediu mais duas bebidas. Entregou o copo a ela que virou em um
único gole. Kate sentou-se em um dos banquinhos e o puxou com as pernas para
perto. Abraçou e deixou os lábios continuarem o que haviam parado a poucos
segundos. Castle sentiu quando ela beliscou seu bumbum novamente.
Não adiantava,
eles precisavam sair dali. O problema era que mal tinham chegado na boate, não
estavam nem a uma hora ali. Será que a convenceria de ir embora tão
repentinamente? A música agora era um pouco mais lenta e Kate se balançava no
banco abraçando-o pela cintura e apoiando a cabeça no ombro dele. Então, ela se
separou dele e avisou.
- Preciso ir
ao banheiro. Pede mais um drinque pra mim? Já volto – ela caminhou uns três
passos e voltou-se para fita-lo, piscou para ele e sorriu – não olhe para a
minha bunda, Castle! – ela o pegara no flagra. Saiu rindo.
Quando ela
saiu do banheiro, deu de cara com ele esperando-a no corredor. Isso só podia
estar indicando más intenções. Será? Ela se aproximou dele e ergueu a
sobrancelha.
- Onde está
meu drinque? E porque você está aqui? Ele tocou o queixo dela e beijou-lhe os
lábios vagarosamente de uma maneira toda especial e sensual. Ele evitava de
colar seu corpo no dela porque todo o fogo dentro dele poderia explodir, estava
tentando se controlar.
- Vamos sair
daqui, Kate. Vamos curtir a nossa noite. Somente nós dois, não aguentarei ficar
vendo você se rebolar na minha frente e eu prestes a enlouquecer.
- É isso mesmo
que você quer? – no fundo ela queria a mesma coisa apenas não gostaria de a
primeira a pedir isso, manter um pouco de orgulho não seria de todo mal.
- Tenho
certeza – ele se aproximou dela e sussurrou no ouvido com uma voz rouca – não
quer que eu te faça gritar? – involuntariamente, ela gemeu.
- O que
estamos esperando?
Eles deixaram
a boate bem rápido parando o primeiro taxi que apareceu. Eles se controlaram
até chegarem ao apartamento de Beckett. Quando a porta fechou atrás deles, Kate
estava mais calma porém queria criar um certo clima de preliminar com ele. Ir
devagar, curtir a noite e a madrugada ao lado dele. Castle foi logo tirando o
blazer, prevendo que ela estaria louca para levar as coisas para um outro
nível. Ele queria fazer isso. Viu quando ela sentou no sofá e pareceu desligada
comparado com o jeito dela na boate. Ele sentou ao lado dela. Primeiro ele a
fitou longamente como se a desafiasse a tomar o próximo passo mas Kate era dura
na queda apesar de estar morrendo de vontade de agarra-lo e esquecer o lance de
ir devagar, ela permaneceu forte em sua posição mas Castle desistiu e jogou-se
de corpo e alma sobre ela.
Com um beijo
de tirar o fôlego ele a forçou deitar no sofá com o peso do corpo dele sobre
si. Os lábios de Castle devoravam os dela e perdiam-se no pescoço e colo
provando a pele exposta a seu dispor. As mãos ágeis desciam e buscavam o
encontro com as coxas dela, puxando a roupa para cima. O vestido facilmente
descartável sequer precisava ser desfeito. Bastava ergue-lo um pouco para tirar
proveito da parte mais ansiada do corpo dela. Ao fazer isso, Castle se ateve a
tirar a calcinha e as pernas dela beijando-as, provando-as. Depois voltou a
buscar os lábios deliciosos de Kate. No mesmo momento, ela sentiu os dedos dele
adentrarem o seu íntimo, o que a fez gemer e contorcer o corpo na direção dos
lábios dele.
O ritmo
impresso por ele acabava por mexer com todos os sentidos de Kate. Sentiu o
corpo estremecer com o toque em seu centro. Ele tinha a boca nos seios dela
sobre o tecido do vestido. Ele massageava o clitóris dela e Kate não conseguia
mais pensar, seu corpo amolecia ao toque dele. Ela foi surpreendida quando a
boca dele a provou enfiando a língua em seu centro. Ergueu o corpo e gritou.
Após isso foi difícil se controlar e seu corpo se retesou antes de ceder
completamente ao orgasmo.
Castle a
segurou em meio ao orgasmo não diminuindo o ritmo do toque que os seus dedos
exerciam nela. Para atiça-la ainda mais ele roubou um beijo mordendo o lábio
inferior dela. Ele retirou os dedos de dentro dela e a puxou de encontro a ele.
Kate se posicionou sobre o colo dele desabotoando a camisa e jogando-a para
longe. Ainda sobre o colo dele, Kate beijou-lhe o ombro e marcou o peito dele
com a ponta das unhas antes de roubar-lhe mais um beijo. Querendo muito mais,
ela levantou-se do colo dele, desfez o botão da calça e puxou-a até o chão
trazendo consigo o boxer nas mãos. O membro já ereto e pronto para recebê-la.
Ela tirou o vestido que já estava na cintura. Ele não esperou pelo próximo
passo dela, se levantou do sofá e a puxou para os seus braços em um beijo
avassalador. Quando afastou-se dela, Kate estava sem fôlego. Sorrindo ela
entrelaçou os dedos nos dele e guiou-o para o quarto.
A noite não
era para um simples fazer amor. Hoje tratava-se de desejo. Exatamente por isso
Castle sentou-se no colchão e ela se colocou sobre ele já beijando-lhe o peito,
ele não esperou Kate continuar. Com uma das mãos, ele segurou os cabelos dela e
a afastou um pouco deixando a cabeça tombar para beijar a garganta dela, em
seguida trouxe a mão até a nuca e encostou os lábios dela nos seus. O beijo era
eletrizante. Conseguia despertar cada poro e pelo do corpo dela. Castle não
podia mais esperar e por isso a segurou pela cintura e penetrou-a de uma vez.
Kate gritou. Juntos ditaram o ritmo dos movimentos enquanto Castle explorava o
corpo dela. Costas, ombros, seios. Ele mesmo inclinou o corpo dela para trás a
fim de sugar os seios dela com os lábios. Ele acelerou a batida e sentiu-a
amolecer em seus braços. Ele também não podia segurar por mais tempo. Aumentou
o ritmo e sentiu-a cravar os dentes no ombro dele quando a onda de prazer a atingiu.
Ela se jogou sobre ele empurrando-o na cama. Apoiada no peito dele ela se
remexia com ele. Calor, desejo e tesão. Ela sentia-se completamente tomada por
ele. Castle gemeu ao sentir o movimento que ela imprimia sobre seu membro. Kate
se inclinou buscando os lábios dele quando sentiu-o se mexer e deixa-la de
costas para o colchão. Ele tomou os seios dela em suas mãos e os acariciava
puxando os mamilos e apertando para leva-la à loucura. Não podiam mais, não
queriam mais segurar. Foi ela quem pediu para render-se de vez.
- Castle...por
favor...vem....
E ele
obedeceu. A explosão que se seguiu fora tão forte que os dois sentiram-se
alheios ao mundo, recebendo todo o prazer gerado por uma noite de prazer e
amor. Quando a sensação passou, Kate ainda ofegava deitada sobre ele. Devagar,
ela se moveu para o lado da cama mas Castle estava gostando de tê-la sobre seu
corpo. O coração começou a se acalmar por hora e ele enroscou suas pernas nas
dela e acabaram dormindo de ladinho e abraçados.
Na manhã do dia
seguinte, Kate foi despertada por um monte de carícias e beijinhos. Sorrindo,
ela se viu sendo levada mais uma vez na direção dos céus porém agora de uma
maneira diferente. Ele fez amor com ela calma e lentamente. Despertando cada um
dos pontos capazes de fazê-la delirar de prazer. Esse fora seu bom dia.
A relação dos
dois estava a cada dia melhor. Apesar de terem que lidar com a ausência e a
carência um do outro por períodos muitas vezes maiores que uma semana, Castle e
Beckett falavam-se todos os dias. Quando estava coabitando sobre o mesmo teto,
seja em Washington ou New York, cada um a sua maneira aproveitava o tempo que
tinham juntos e proporcionavam mimos ao seu par. Castle gostava de preparar
comidinhas ou leva-la para passear. Também queria saber como fora seu dia,
sempre disposto a escuta-la e ajudar no caso que tivesse trabalhando. Quando em
New York, ela sempre fazia mimos para ele e sua especialidade era café da
manhã. Kate fazia questão de comer sua comida chinesa preferida na companhia
dele e uma noite tinha a obrigação de jantar no Le Cirque, o restaurante
preferido de Castle. Ela também visitava os amigos e se ele tivesse disposto a
deixa-la ler e dar sugestões ao livro que escrevia, Kate fazia de bom grado.
Castle e
Beckett criaram uma ponte aérea entre DC e New York. Revezavam-se nas visitas e
construíam a nova etapa de suas vidas da maneira melhor que encontravam. A
dinâmica de seu relacionamento não era a de casal normal e muitas vezes Kate
Beckett se sentia bastante sozinha afinal ela já estava acostumada a tê-lo
presente e disponível em sua vida na grande maioria do tempo. Ela praticamente
vivia no apartamento dele e tinham um lado bem doméstico internalizado com
eles.
Adaptação.
Essa era a palavra da vez. Era exatamente isso que eles procuravam fazer nesses
primeiros seis meses da nova vida de Kate em Washington. Quando diziam a ela
que o amor muda as pessoas, ela achava simplesmente que era apenas uma frase
banal, um jargão para os apaixonados. Muito barulho e exagero. Hoje, ela pode
afirmar e reconhecer que essas pessoas estavam certas. Em cinco anos ela viu
uma transformação acontecer diante dos seus olhos e do seu reflexo no espelho.
Castle e ela mudaram, amadureceram para o amor, cada um a seu jeito, a seu
tempo e de maneiras diferentes até se considerarem prontos para dar o próximo
passo. Era isso.
O futuro ainda
era uma incógnita para Kate. Estava galgando seu espaço no trabalho, havia a
possibilidade de crescer,evoluir. Também tinha Castle, o casamento, a visão de
uma família. Mudanças constantes. Metamorfoses. A única certeza que tinha era
que enquanto tivesse Castle ao seu lado, o amanhã poderia desafia-la. Kate
Beckett cansara de ter medo. Ou era assim que ela pensava.
Dezoito meses
antes...
Washington DC
Kate caminhava
devagar pelas ruas da cidade. O sol parecia querer esquentar essa hora tão cedo
da manhã. Ainda demonstrava sinais de cansaço pelo voo feito de madrugada mas
era uma sensação prazerosa. Olhou para a mão direita onde o anel ganhava
destaque. Sorriu. Naquela tarde de maio, ela estava disposta a por força de uma
oportunidade importante de trabalho, esquecer uma das coisas mais preciosas que
já acontecera em sua vida. Ao sentar-se naqueles balanços para encarar sua nova
realidade, Kate descobriu que ao invés de fechar um ciclo estava começando
outro. No primeiro momento, julgou que seu relacionamento com Castle estava
ameaçado pois o fato de mudar-se para Washington iria impactar suas vidas
diretamente. Ao ouvi-lo falar tão seriamente sobre quanto havia pensado sobre
os dois, ela pensou que Castle terminaria a relação. No fim, fora surpreendida
com um pedido de casamento. Essa hipótese nào lhe ocorrera nenhum segundo
sequer, talvez por ser uma pessoa muito racional ou ter dúvidas de como ele via
o relacionamento dos dois mas principalmente pela reação tão intensa que ele
demonstrara ao saber que ela escondera a entrevista dele.
A vida era
feita de escolhas. Algumas delas podem te forçar a desistir de algo ou alguém
importante, exigem sacrifícios. Outras porém servem para reafirmar um
compromisso, determinar prioridades e principalmente definir o que é exatamente
essencial na sua vida. Essa fora a escolha de Kate Beckett. Ao escutar a
pergunta de Castle, ela percebeu que não poderia ser feliz sem ele ao seu lado,
não podia escolher entre ele e o novo emprego. Precisava ter os dois mundos e
isso apenas seria possível se houvesse o comprometimento de ambos. Sua escolha
foi baseada no amor e na confiança que ambos tinham um no outro. Juntos, eles
prometeram fazer tudo dar certo. Bastou olhar naqueles olhos azuis para saber
que esse era o seu caminho, a sua verdade.
E aqui estava
ela, rumo ao FBI para investigar mais um caso. Castle estava em New York ainda
ajudando os rapazes no 12th distrito, trabalhando em seu novo livro e ela
esperava pela próxima oportunidade de tê-lo
“morando” um tempo com ela em DC. Nesse momento, ele estava na turnê do Deadly
Heat e Kate tinha um novo caso no bureau, o seu décimo quinto caso no
departamento de crimes especiais. Tinha recebido poucas informações mas pelo
que seu chefe dissera era algo complicado que poderia durar alguns meses de
investigação. Ela parou na esquina do prédio J. Edgar Hoover onde havia uma
cafeteria. Pediu o mesmo de sempre, já era inclusive conhecida pelos
atendentes. Tomar esse café era para Kate um ritual, uma forma de manter viva
sua rotina de New York quando todas as manhãs ele trazia café para ela. Era o
seu momento introspectivo porque a bebida tinha um significado muito especial
para ela e Castle. Após degustar de seu ritual matinal, ela seguiu para o
trabalho.
A sala de
reunião estava cheia de agentes. Alguns já conhecidos dela, outros já vira
pelos corredores e à frente pronto para fazer a apresentação do caso a
investigar. Ela arranjou uma cadeira vazia e preparou-se para ouvir.
Três horas
depois, eles deixavam a sala com uma missão. Kate Beckett fora escolhida para
liderar as investigações. O caso tinha ligação com a máfia chinesa. Milhões de
dolares invadem o país através de vias ilegais usando mercadorias que variavam
de eletrônicos, vestuário e calçados. Nessa invasão de produtos chineses, foram
encontrados produtos com drogas escondidas o que criava uma outra dimensão para
o problema ao envolver narcóticos. Pior que isso era o fato de existir
negligência na fiscalização na entrada das mercadorias no país, o que implicava
diretamente o FBI.
Ela reuniu a
equipe de agentes que lhe foi designada e traçou o plano de investigação.
Ordenou as pesquisas necessárias sobre tipos de carga, portos onde navios
desembarcavam, postos da polícia federal para fiscalização, um perfil dos
viajantes que geralmente traziam as cargas e todo o histórico das apreensões de
drogas. Toda essa informação era necessária para montar a correta linha de
investigação porque uma vez que a Federal se envolvia em casos assim, tinham
que ir a fundo, procurar a causa raiz e encerrar o caso colocando na cadeia
todos os envolvidos. Se tivessem sorte, poderiam encerrar o trabalho em duas
semanas. Mas sempre havia espaço para complicações e se isso acontecesse, o
caso poderia se estender por meses. Kate torcia para ser um caso rápido.
Enquanto as
pesquisas eram feitas, Kate analisava os primeiros dados passados pelo seu
superior tentando montar uma linha do tempo. Eram muitos detalhes e rapidamente
ela encheu o quadro de apoio. Apesar da tecnologia, o quadro branco ainda
estava lá auxiliando-a na ordenação das ideias. Ao final da tarde, reuniu
novamente todos para ver o quanto tinham avançado. Discutiu alguns pontos que
julgou importante e obteve o consenso do time. Duas horas depois, ela dispensou
a equipe e seguiu para casa.
Já em seu
apartamento, Kate prepara algo para jantar e liga a TV para acompanhar o
noticiário enquanto isso. Com uma salada,french toast e uma taça de vinho, ela
senta-se de frente para TV. Depois de zapear por vários canais, desistiu e
pegou o telefone. Discou para ele.
- Hey...
- Gorgeous...
bom ouvir sua voz. O que está você fazendo?
- Comendo em
frente a TV. Não passa nada interessante. E pensei em você. Está ocupado? Onde
está?
- Atlanta e
não, estava pedindo um sanduíche. E se estivesse, não era um problema. Sempre
tenho tempo para você, Kate. Você estava trabalhando até agora?
- Cheguei a
meia hora. Ainda nem me animei para trocar de roupa direito. Tenho um novo
caso. Parece bem interessante e complicado. Espero poder concluí-lo rápido mas
não estou muito confiante. Eles me colocaram no comando.
- Como não?
Você é a melhor agente do FBI que eu conheço!
- Você quer
dizer a única – e ela mesma riu do que falara.
- Você sabe o
que estou dizendo, sobre o que é o caso?
-
Provavelmente um esquema mafioso da China envolvendo eletrônicos e narcóticos.
Ainda não sei realmente, está cedo pra dizer. O tipo de caso que você adora
investigar, Castle.
- Ah, você me
conhece tão bem...adorei a mistura de máfia com drogas.
- É uma
suspeita apenas de que seja algo envolvendo a máfia afinal não é qualquer um
que pode bancar uma operação dessas. Pior é que compromete diretamente o FBI.
Mas não foi por isso que liguei para você, queria ouvir sua voz antes de
dormir. Toda a vez que volto de New York ou você se vai de DC fico com essa
sensação de homesick. Estou cansada ainda da jornada mal tive tempo de me
arrumar depois que cheguei porque já tinha que trabalhar mas não me arrependo.
Só precisava falar com você.
- Então você
sente o mesmo que eu. O apartamento parece vazio quando você não está, sem
graça mesmo. E isso vindo de alguém que mora com ninguém menos que Martha
Rodgers – ele a ouviu sorrindo mas já havia detectado o cansaço na voz – vá
descansar Kate, você precisa estar bem para resolver esse caso. Amanhã viajo
para a Florida, Jacksonville depois Orlando, Tampa e Miami. Três dias corridos.
- Três dias?
Para fazer noites de autógrafos e entrevistas e os tempos de trânsito. Nossa!
Isso não está muito corrido, Castle?
- Não gorgeous
não se preocupe. Tampa e Miami serão feitos no mesmo dia. Um pra Orlando e um
pra Jackson, aí volto para New York. A próxima rodada vai acontecer apenas
depois do natal, no próximo ano mesmo. Quero que se concentre no seu caso e
ligue se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, até mesmo se for apenas para
ouvir minha voz.
- Tudo bem, eu
ligarei. Então, até amanhã?
- Sim, durma
bem e Kate...
- Hum?!
- I love you.
- Eu sei. Um
beijo e comporte-se. Nada de assinar peitos por aí, ainda durmo com uma arma –
ele gargalhou - Love you too,Cas.
Desligou e foi
para o quarto. Tudo o que queria era um bom banho e cama.
Cinco dias
depois...
O caso que
Kate investigava começava a ganhar corpo. A suspeita de Kate sobre a máfia
chinesa se confirmou quando os dados que ela pedira chegaram. Mais do que isso,
ela também percebeu que havia envolvimento direto de fiscais federais nessas
operações facilitando a entrada das mercadorias. A máfia chinesa de Washington
era tão grande e poderosa quanto a de New York e claro mantinham conexões com o
pessoal de lá para trocar informações dos portos e escoar cargas ali também.
Kate pediu ajuda dos rapazes no 12th para conseguirem algumas informações do
grupo por lá. Havia muito em jogo e ela precisava encontrar o grupo que
chefiava todo aquele pessoal. Ela já identificara pelo menos quinze rostos que
recebiam ordens do grupo gestor. A máfia funcionava como uma empresa, tinha um
grupo responsável por gerir o negocio que ordenava a equipe de quinze a
executar rotas, operações ilícitas, controle de portos e assassinatos quando
necessário. Curiosamente, na noite de ontem, um desses quinze foi achado morto
em um beco nos arredores da periferia de Washington. Ela mesma visitou a cena
do crime. Na sua intuição de detetive, esse assassinato não ocorrera por acaso.
Ela estava na sala reunida com o time, passando instruções.
- Como podem
ver pelas fotos da cena do crime é um serviço profissional. Esse é um dos
Quinze e certamente a minha opinião é de que isso não aconteceu por acaso.
Então nossa missão é pressionar o legista para termos respostas o quanto antes
a fim de chegar a uma conexão com a máfia chinesa. Outro ponto importante da
nossa investigação é continuar vasculhando mais fundo o submundo desses
chineses. Precisamos entender quem são os nomes do comando. Essa será nossa
primeira tarefa pela manhã, vamos deixar os peritos e o legista conseguir mais
informações para nós durante a noite. Vamos para casa.
Ela pegou suas
coisas e saiu quase imediatamente do bureau mas levou consigo material
suficiente do caso para estudar em casa. Não tinha mesmo o que fazer e depois
de uma chuveirada quente, a mente poderia ver algo que não vira antes. Ela
chegou em casa e foi tomar banho. Já vestida para dormir, ela sentou-se na cama
com uma caneca de café e a papelada que trouxera do bureau. Estava lendo a
primeira informação quando a campainha tocou. Ela olhou o celular. 11 da noite,
quem podia ser essa hora? Levantou-se e desconfiada pegou sua arma. Ouviu a
campainha novamente. Odiava essa porta por não ter olho mágico. Segurou a
maçaneta e escondeu a arma estrategicamente. Ao abrir a porta, ela se assustou.
- Castle?! O
que faz aqui?
- Olá,
gorgeous... surpresa em me ver? – ela abriu os braços e arregalou os olhos, ele
viu a arma na mão – você está armada?
- Sim, se
alguém bate na minha porta sem avisar às 11 horas da noite eu vou desconfiar e
me precaver – ela relaxou e deixou a arma sobre a mesa. Ele estava ali.
- Já estava
dormindo? Eu ia para New York mas pensei duas vezes e vim parar em DC. Afinal,
posso escrever aqui também e não podia perder a chance de ver a investigação
dessa tal máfia chinesa. Você não solucionou o caso ainda, certo? – ela olhava
para ele confusa, ele percebeu que se empolgara demais com o que não devia –
mas esse não foi o primeiro motivo pelo que vim – ele se aproximou dela,
acariciou-lhe o rosto - senti sua falta, Kate.
Ela envolveu
seus braços no pescoço dele e sorriu.
- Eu também.
Bem-vindo de volta, Rick... – e beijou-lhe os lábios.
Continua....
4 comentários:
Top por demais da conta ! Ansiosa pelos proximos capitulos, você é uma otima escritora e tem uma imaginação muito fertil (o que eu amo a proposito) bjs linda e nunca pare de escrever <3
Oi Você! Sorry pela demora,essa SP me tirou o folego tio Andrew arrasou..Like Always!
O que aconteceu com o Cas?????
Eles matanto a saudades ui,Agente Kate Beckett soa tão sexy =p
O que é essa mulher dançando???!!!
É de dá orgasmos só de olhar U.u
eles juntos e ainda por cima noivos =")
Esperando pelo priximo cap.
:)
uuu uuuall..sem palavras..amooo esses dois...tbm esperando o proximo cap.. *-*
Adorei o capitulo, estou louquinha para ler o proximo e que escritora boa é essa gente! Se continuar assim vai fazer muito sucesso.
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