Nota da Autora: Sei que demorei para postar esse capítulo, parte porque preciso de material para gerar a história. Tenho sofrido com a falta de tweets desses dois. De qualquer forma, sempre se arranja um assunto para comentar não? Apesar de ser pequeno, é divertido. Um obrigada especial para Chay por compartilhar de uma ideia expressa aqui. Divirtam-se!
Cap.22
As gravações das últimas cenas internas
de Veritas foram até tranquilas considerando a montanha russa de filmagens
nesses últimos dias. Ela estava feliz por conseguir deixar o estúdio por volta
das seis da tarde. Antes porém, ela passou na sala dos escritores para pegar
parte do script da season finale. De acordo com o cronograma, eles deveriam
começar a filmar na próxima semana. Quando Dara entregou o texto para ela, não
perdeu a oportunidade de cutucar.
- Não vá com tanta sede ao
pote. Não tem muita coisa que você está procurando aí,eu sei. Migalhas porque
Andrew quer segurar várias partes do script e solta-las aos poucos.
- Basicamente, ele quer me
torturar.
- É uma forma de pensar mas
sim, acho que ele quer pegar o melhor de você nas cenas – elas trocaram um
sorriso - Então, você estará na festa amanhã?
- Não sei ainda, provavelmente
não. Estou com os meus pais aí tenho muito a fazer com eles e sabe, eles já vão
embora na segunda.
- Mas Stana, é o aniversário
dele.
- Eu sei mas também de que
adianta ficar numa festa onde eu não posso realmente festejar com ele? Nem
beija-lo eu posso.
- Ainda acho que você deveria
pensar duas vezes antes de tomar essa decisão. Ele aceitou numa boa? Porque
sinceramente, eu não aceitaria. Só um conselho de amiga. Também sei que essa
situação de vocês não é a melhor de todas por isso seria bom que não se
tornasse um ressentimento, daqueles que voltam sempre que há um desentendimento
entre vocês, não pode se tornar uma mágoa. Acredite em mim, você não irá querer
ter essa pedra no seu sapato a alguns meses a frente.
- Tá, prometo que vou pensar.
Obrigada Dara.
Ao sair da sala, ela esbarrou
com ele no corredor indo para o estacionamento. Não pode disfarçar o sorriso.
- Indo encontrar seus pais?
`- Sim, vamos jantar em família
na casa do meu irmão.
- Ah, mande um beijo para minha
princesa... e diga a ela que iremos comemorar nossos aniversários juntos ainda.
- Eu digo – Stana sorriu mas
então suspirou e o parou para dizer o que considerava importante – olha Nate,
sei o quanto você presa pelos seus amigos comemorando seu aniversário. O quanto
queria minha presença lá. Eu só espero que me perdoe, que entenda o meu lado.
- Por mais que adorasse tê-la
comigo, você realmente não estaria comigo, de verdade. Sendo assim, vá ficar
com seus pais. Eu já tive meu aniversário. Agora são apenas formalidades.
- É seu momento de festejar,
aproveite. Tenha uma ótima festa, babe – percebendo que estavam sozinhos, ela
apertou a mão dele e deu-lhe um beijo no rosto. Saiu caminhando na frente dele
até o estacionamento.
A farra na casa de Markus
estava grande. Muita comida na mesa, muita risada e vozes altas. A estrela de
tudo era, claro, Anne. Quando a sobrinha
viu a tia, ela correu para abraça-la. Após um festival de beijos,ela finalmente
se separou da tia e sorriu puxando-a para o meio da bagunça. Stana cumprimentou
a todos passando uma boa parte do tempo conversando com o irmão e o pai. A
cunhada recusou sua ajuda na cozinha dizendo que ela era convidada. Ainda
teriam uma hora para jantar. Deixando o irmão de lado, ela aproveitou um
momento que a mãe estava entretida com a cunhada e fez sinal para Anne
acompanha-la até o quarto da menina. Fechou a porta.
- Alguém mandou um abraço e um
beijo estalado para você... – ela abraçou a e beijou a sobrinha novamente,
sentou-se na cama dela com a menina no colo – ele também mandou um outro recado
pra você. Disse que ainda iremos comemorar nossos aniversários juntos. Eu, você
e ele. Pode esperar.
- Eu sabia tia Stana. Tio
Nathan nunca mente pra mim.
- Docinho, você não comentou
nada com a vovó sobre o nosso segredo, certo? Não falou dos nossos passeios,
nem das brincadeiras...
- Não tia, mas a vovó falou do
tio Nathan. Ela disse que gostou muito de ficar com ele. Disse que ele é muito
educado. Eu só disse que ele ama a policial. Por que tia?
- Sua vó falou mais alguma
coisa? Algo que você achou estranho?
- Não... só que ela entende
porque a tia gosta do trabalho tanto. Acha que ela sabe do tio?
- Não, docinho. Ela não sabe e
não vamos contar. Melhor voltarmos para o nosso jantar antes que desconfiem de
algo.
De volta a sala, elas sentaram
uma ao lado da outra para jantarem. As conversas animadas preencheram o jantar
tipicamente sérvio. Regada a um bom vinho tinto dos vales da California, invariavelmente
durante a sobremesa eles começaram a falar da programação do sábado. Tinham
vários lugares para visitar incluindo um tour pelos vinhedos que Stana
prometera aos pais. Alguns passeios Anne os acompanharia. Já pela parte da
noite, eles haviam pensado em não leva-la. Claro que a menina não ficou feliz
com isso. Porém, no meio da conversa a mãe de Stana trouxe outro assunto que
certamente surpreendeu a filha e voltou a irritar a pequena Anne.
- Eu estava pensando e se o
Peter não for contra. Por que não vamos sair amanhã à noite apenas com o
Markus? Stana tem uma festa para comparecer. Não acho justo com você, filha.
- Festa? – perguntou Anne – que
festa tia Stana? Mas foi Rada quem respondeu.
- A festa de aniversário de
Nathan. Sua tia não pode deixar de ir.
- Mãe, é claro que posso. Eu já
disse a ele que estaria com vocês. Sério, não é um problema.
- Festa de aniversario, tia?
Como assim? – Stana precisava dar a menina uma resposta justa ou ela pensaria
que fora deixada de lado.
- Nathan está comemorando a
festa de aniversário com os amigos amanhã. Eles insistiram que deveriam
comemorar, somente isso. Não é nada demais – ela viu que a menina além de
pensativa ficou meio emburrada. Pensando que tinha resolvido o assunto, Stana
se concentrou em tomar o seu vinho. Porém, sua mãe não parou.
- Filha, mas ele é seu co-star,
seu par sei lá como chamam na sua linguagem de televisão. Estão trabalhando
juntos por cinco anos, todos os dias. Ir a festa dele é um gesto carinhoso
entre colegas que se respeitam. Considero o fato de você não ir como uma falta
de companheirismo, amizade e sinceramente essa não foi a educação que eu te
dei.
Stana já estava vermelha mas
tinha que se controlar para não deixar transparecer o incomodo ou mesmo dar
qualquer pista da sua relação com Nathan. Falar de parceria no trabalho estava
bem, não podia caminhar para o outro estágio. Para colocar mais lenha na
fogueira, seu pai resolveu dar sua opinião.
- Rada, pra falar a verdade não
é uma questão de sair com Markus ou Stana. Queremos passar um tempo com nossos
filhos e já estamos fazendo isso, quanto a festa de amanhã tenho uma opinião
diferente da sua. Claro que concordo com o fato de Stana ir. Todos os seus
amigos estarão lá prestigiando o colega, sejam atores ou diretores. O evento
não é apenas uma festa de aniversário, é um momento de descontração e claro
exposição. Uma ocasião social dessa não pode passar em branco, haverão outros
famosos, outros produtores. Tudo isso é importante para o networking da nossa
filha. E o lance da parceria, da amizade também é importante. Vi o jeito dele
ontem com você, filha. Como trabalham bem juntos. Não pode realmente fazer essa
desfeita.
- Pai, não é nada demais. Eu e
Nathan estamos bem, já combinei que ia sair com vocês. Meus pais são minha
prioridade.
- Quer saber? Vou falar a
verdade – por um momento Stana sentiu seu coração parar, será que dera tanta
bandeira assim? - Eu fiquei com vontade de ir à festa. Eles nos convidou Rada
então por que não vamos todos juntos? Tenho certeza que nos divertiremos bastante.
E no domingo continuamos a nossa programação.
- Você quer mesmo ir? –
perguntou Rada. Stana ficara sem palavras. Nem sabia o que pensar sobre essa
súbita revelação.
- Nossa! Deve ser uma festa das
boas mesmo, com toda a pompa de Hollywood. Eu concordo que é uma excelente
oportunidade. Se tivesse sido convidada não perderia por nada – disse a
cunhada.
- Por que não? Já que estamos
em Los Angeles e recebemos o convite. Vamos entrar no espírito de Hollywood.
- Se é assim, vamos para a
festa – disse Rada.
- Eu também? – perguntou Anne
esperançosa.
- Não, Anne. É uma festa de
adultos – disse a vó.
- Mas é aniversário. Anne pode
ir e comer “bigadeio” – a menina tinha um olhar pidão que ia da vó para a tia.
- Não querida, não é uma festa
de aniversário com brigadeiro, ou brincadeiras para crianças.
- Você ficará conosco em casa,
Anne – disse a mãe – sua tia e seus avós irão para a festa.
- Mas mama, tia... – ela olhou
para a tia com os olhos suplicantes, aquilo partia o coração de Stana – tia
Stana diz que eu posso ir, sei que Anne pode sim. Por favor...
- Oh, meu amor. Infelizmente
sua mãe tem razão. É uma festa para adultos. Desculpa.
- Não, tia – a menina começou a
chorar e Stana ficou arrasada – você tá mentindo para a Anne. Eu sei. Anne saiu
correndo para seu quarto.
- Anne, espere! Não fale assim
com sua tia! – a mãe gritou – volte já aqui.
- Deixa, eu vou conversar com
ela. Stana se levantou da mesa e foi até o quarto da menina. Ela a viu deitada
na cama, soluçando. Que droga. Sabia que tinha sido um erro envolver Anne nesse
segredo deles, ela não tinha maturidade para compreender certas coisas. Era
apenas uma criança afinal. Com cuidado, ela se aproximou da cama e sentou-se ao
lado da menina. Começou acariciando os cabelos dela.
- Docinho... escuta a tia um
pouquinho.
- Não... – ela levantou a
cabeça, o rosto vermelho e marcado por várias lagrimas que caiam copiosamente –
Anne está c-chateada com a tia...
- Vou falar mesmo assim –
continuou acariciando o cabelo da menina – Anne, eu não quero te magoar, eu não
menti para você. Ninguém aqui sabe de mim e Nathan, só você. Isso mostra o
quanto eu confio e amo você. Não pode ir a festa como sua vó já explicou.
Teremos a nossa própria comemoração. Eu nem queria ir amanhã, de verdade. Mas
agora que seu vovô se empolgou não posso dizer que não vou. Eles vão entender
tudo errado. Por favor, lindinha não fique assim. A tia fica triste se Anne não
quiser falar com ela.
A menina virou o rosto para
Stana ainda chorando.
- Tia, eu sei que o tio Nathan
ia gostar de ver a Anne na festa. Anne não gosta de ficar sozinha, não é justo.
- Docinho, por favor. Não fique
assim e não torne as coisas mais difíceis do que já estão. Assim sua vó vai
desconfiar e lá se foi nosso segredo. Nem pense em falar algo assim perto dela.
Promete para a tia? – Stana fez beicinho – por favor? – a menina nada disse
logo de cara, então Stana agiu com sua melhor arma, o carinho – chega pra lá,
quero deitar com você – ela afastou um pouco a criança no colchão e se
aconchegou na cama de Anne envolvendo-a em seus braços como em conchinha de
forma a ficar com o rosto na altura do de Anne a fim de beijar-lhe o rosto e a
cabeça – Anne, você tem ideia de quanto eu te amo, que você não é apenas a
minha sobrinha querida, minha princesinha? Você é como uma filha para mim. E
como toda mãe, odeio ver você triste e chorando porque isso me deixa triste
também. Promete que vai parar de chorar, por mim?
- Eu vou tentar...Anne não gosta
de ficar longe da tia. E tô com saudade do tio Nathan.
- Eu sei, mas iremos resolver
isso logo.
Stana permaneceu deitada
acariciando os cabelos de Anne sem saber se a menina estava dormindo ou não,
ela deixou escapar um “eu te amo, Anne” que foi respondido quase que
imediatamente na voz já sonolenta da menina.
- Também te amo, tia Stana.
Depois de se agarrar a sobrinha
na cama e certificar-se que ela estava dormindo, Stana deixa o quarto. A
cunhada fica mais tranquila ao saber que Anne se acalmou e comenta.
- Anne convive muito com adultos
que acaba acreditando que pode fazer o mesmo que eles. As únicas crianças que
ela convive são as da escola mas Anne só gosta de duas meninas, sinto que não
são todos que a agradam. É muito seletiva e tem um gênio. É incrivel como ela
escuta você.
Stana apenas riu da colocação
da cunhada pois sabia que não era nada daquilo que incomodava a menina. Ela era
uma criança como qualquer outra, inteligente e extrovertida. Agora o que a
chateava era a exclusão de um evento, não qualquer um mas o aniversário de
alguém que ela adora. Ao voltar para a sala, reparou que o irmão e o pai já
estavam no quintal conversando. A mãe retirara a mesa do jantar e lavava os
pratos.
- Mãe não era para a senhora
estar lavando louça, hoje é convidada.
- Deixe de besteira, Stana.
Posso fazer isso. Como ela está?
- Dormiu, depois de uma
choradeira sem fim. Consegui conversar com ela, convence-la e acalma-la por
enquanto.
- Que bom, filha. Ela é mesmo
muito apegada a você – Rada fechou a torneira e observou a filha enquanto ela
mordiscava um morango – Stana, tudo bem irmos a festa de Nathan? Quer dizer, se
não quiser posso convencer seu pai para não irmos.
- Não mãe. Tudo bem. Papai
ficou realmente empolgado – algo no olhar da filha denotava uma certa
preocupação.
- Tem certeza? – Rada insistiu.
- Claro! Não há nada demais.
Ele convidou vocês então porque não aproveitar uma festa com um certo glamour
de Hollywood? Ele vai gostar de vê-los.
- E quanto a você? Vai gostar
de ir?
- Mãe que conversa é essa? Por
que tanta insistência? Eu fui convidada mas tinha dito a ele que não iria por
causa de vocês. Ele já tinha aceitado.
- Se você diz… - ela se virou
para deixar a cozinha e não explicou nem respondeu o que Stana perguntara, o
que deixou a filha aliviada por alguns segundos – filha, não tem nada que você
queira me contar? Alguma novidade?
- Não, mãe. Não sei de onde
você tirou essa ideia – ela respondeu mexendo no cabelo evitando assim o olhar
da mãe. Será que ela desconfiou de algo? Nathan e ela deram bandeira? Não iria
estender a discussão porque poderia se enrolar. Quando o assunto era Nathan,
Stana simplesmente não respondia pelos seus atos. No fundo, ela estava feliz de
poder ir a festa dele mesmo que isso significasse não poder trocar um beijinho
sequer.
Na manhã seguinte, ela tratou
de separar o vestido que usaria. Por impulso, ela decidiu mandar uma mensagem
para Nathan falando que ia a sua festa pois a última coisa que queria era vê-lo
com cara de bobo apaixonado e surpreso na frente dos pais o que poderia acabar
de vez com o disfarce deles.
Pegou o celular e redigiu a
mensagem “bom dia, babe. Tenho uma ótima notícia para você. Que tal eu aparecer
na sua festa com meus pais?”. Em menos de dez segundos, ela recebeu a resposta
“Sério? Você não está me enganando?”, não houve tempo para Stana responder, o
celular tocou em seguida.
- Staninha por favor, não
brinque com meu coração. Se isso for mentira não irei suportar.
- Não mentiria para você.
Aliás, não minto. Mas acho que você causou uma boa impressão aos meus pais
porque eles insistiram em ir a sua festa de aniversário.
- Quer dizer que ganhei
pontinhos com meus sogros, hum não devia ficar surpreso afinal sou um homem
difícil de resistir e um excelente partido.
- Com um ego gigante – ela riu
ao responder – Nate, estou te ligando por dois motivos. Primeiro para te deixar
avisado e evitar que você me olhe com uma cara de tarado ao me ver, lembre-se
que estarei com meus pais. Segundo, você acha que eles perceberam alguma coisa?
Quer dizer, não esperava que meu pai fosse tão enfático em querer ir a sua
festa. O que você disse a ele afinal?
- Nada comprometedor. Elogiei
seu trabalho, sua determinação apenas coisas sinceras que devem ser ditas a um
pai para que tenha orgulho da filha que criou. E se de alguma forma, eles
captaram qualquer vibração que possa induzir ou supor um envolvimento entre
nós, basta usarmos a velha desculpa. O que eles viram foi a química e o amor de
nossas personagens. Fim de papo.
- Só espero que essa sua
desculpa sirva para minha mãe.
- Servirá. Ah, gorgeous estou
muito feliz em saber que mesmo como uma colega de trabalho você estará presente
na minha festa. Significa muito.
- É, eu também. Espero que
valha a pena, viu? E nada de excessos senhor Nathan.
- Há! Nada do que você já não
saiba sobre mim. Te vejo a noite, um beijo.
- Outro, babe. E Nate? Tente
manter a boca fechada para não entrar moscas quando me ver.
- Ah, você sempre me provocando
Staninha... isso não é justo! Agora vou ficar imaginando o que você irá vestir.
Droga! – com uma gargalhada, ela se despediu.
- Até a noite, Nate.
Sorrindo, era o momento de marcar
hora no salão para fazer manicure e cabelo. Como era de última hora, ela usava
de seu jeitinho para conseguir fechar um horário para ela e a mãe. Atingindo a
meta, Stana se arrumou e foi buscar a mãe para a aventura no cabelereiro.
Quando a encontrou, Rada comentou que Anne amanhecera o dia com febre e estava
se recusando a comer qualquer coisa. Isso já gerou uma nova preocupação para
Stana mas decidiu não comentar nada por hora.
Após as devidas horas no salão,
ela volta com a mãe à casa do irmão. Queria ver a sobrinha. Anne segundo a
cunhada continuava sem ingerir nenhum alimento e não saiu da cama. Ela pediu
ajuda a Stana para ver se conseguia convence-la a se alimentar. Ao entrar no
quarto, Stana percebeu os olhos fundos e a expressão de cansaço na menina que
estava toda enrolada no edredom.
- Hey, lindinha... o que
aconteceu? – ela sentou à beira da cama e começou a acariciar os cabelos da
menina – sua mãe disse que você não comeu nada. Por que? Nossa! Está ardendo em
febre! Onde está o termômetro? – ela mesma o avistou sobre a cabeceira da cama
– vamos medir essa temperatura.
Ela colocou o termômetro na
boca da menina e deitou ao lado dela à espera do resultado. A tia falava
baixinho quase cantando ao ouvido de Anne tentando a todo custo faze-la aceitar
seus conselhos e comer. O aparelho apitou e ela tomou um sustou ao constatar o
resultado. Quase 39 graus. Ela precisava de um banho gelado urgente para baixar
a temperatura corporal. Stana chamou pela cunhada e informou. Porém, a menina
se recusou a receber o auxilio da mãe. Então, sobrou para a tia a missão de
cuidar da pequena.
Stana não se importou mesmo
depois de ter feito os cabelos. Ela carregou a menina para o banheiro e a
colocou debaixo do chuveiro junto com ela. Por estar fraca, Anne mal se
aguentava em pé. Permaneceu cerca de dez minutos deixando a agua escorrer pela
cabeça e o corpo da menina sem parar. Enrolou-a na toalha e com todo o zelo enxugou
o corpo de Anne e a vestiu antes de coloca-la na cama. Mediu novamente a
temperatura dela avisando que ia pegar um remédio. Ao chegar na cozinha, Stana
deu de cara com a mãe que arregalou os olhos.
- Filha! Você estragou seu
cabelo. Como vai fazer agora? Devia ter deixado a mãe cuidar de Anne.
- Mãe, isso não é nada. Além do
mais, Anne só aceitou fazer algo comigo. Vim pegar o remédio e frutas para ela
comer. Tem maçã e morango? Preciso de iogurte também – Rada providenciou tudo
para a filha e a viu preparar as frutas amassadas e mistura-las formando uma
papinha. Era nessas horas que Rada tinha certeza da mãe maravilhosa que sua
filha seria, se ao menos ela corresse atrás do pretendente de uma vez...
Ela voltou para o quarto, fez
Anne tomar o remédio e com todo o carinho, conseguiu que a menina aceitasse as
frutas. Aliviada, ela pediu a Anne para fechar os olhos e descansar um pouco. A
febre cedera para 38,1 graus após o banho devendo ceder de vez com o efeito do
remédio. Stana deixou o quarto e ouviu a cunhada exclamar.
- Ela comeu? Jura? Ah, Stana
não sei o que faria sem você. Nem sei como te agradecer.
- Não foi nada. A febre está
cedendo e vou pedir que daqui a duas horas tente dar um leite a ela. Ainda está
muito fraca. Mãe, vou pra casa e passo aqui por volta das oito para pegar você
e papai, tudo bem? Preciso dar um jeito no meu cabelo.
- Tudo bem, fique tranquila.
Stana saiu da casa do irmão e
no caminho pensou em avisar a Nathan que ia faltar ao compromisso antes já
acertado entre eles. Então lembrou-se do quanto ele ficara feliz ao saber da
sua presença. Não, pensou. Nada de desmarcar. Anne ficaria bem e ela poderia
far essa alegria ao seu parceiro de todas as horas.
Já em casa, ela avaliou o que
fazer com o cabelo. Pelo menos por estar com ele curto, era fácil criar uma
forma de arruma-lo. Não deveria ter muito problema quanto a isso. Ela
contemplou o vestido que escolhera para usar. Era uma espécie de tubinho cuja
saia batia no meio da coxa. As pernas ficariam bem à amostra. A cor era azul
royal, a preferida dele. Tinha a gola em V de uma maneira que oscilava entre o
comportado e o provocante, fazia o estilo sexy e Stana não via a hora de estar
frente a frente com Nathan para ver qual seria a reação dele.
Satisfeita, Stana se permitiu
perder um longo tempo dedicando-se ao banho. Na banheira com o máximo de sais
possíveis, ela fechou os olhos e sorriu lembrando de Nathan. A última cena de
Veritas ainda estava na mente como se tivessem sido impressa feito tatuagem.
Quase uma hora depois, ela deixou a banheira protegendo e perfumando a pele com
um hidratante com cheirinho de cereja.
Após vestir a lingerie, Stana
dedicou-se à arte da maquiagem. Ela nunca fora de exageros e uma das suas
marcas era os olhos. A sombra combinava com o tom azul do vestido e haviam
brilhos ao redor dos olhos realçando a cor amendoada juntamente com o lápis que
deixava-a com um ar de femme fatale. No mais apenas o batom vermelho. Estava
tão distraída que não percebeu o avançar das horas. Ao checar o relógio, assustou-se.
Passava das sete e meia da noite.
Rapidamente colocou o vestido e
começava a ajeitar os cabelos quando o seu celular tocou. Era sua mãe. ela
sabia que estava atrasada.
- Oi, mãe. já sei que estou
atrasada. Perdi a noção do tempo, acredito que mais uns quinze minutos saio de
casa.
- Filha, não é por isso que
estou ligando. Anne piorou. Markus trouxe-a para o hospital, ela está muito
fraca e teve que ficar no soro. A febre atacou novamente atingiu os 39 graus.
- Oh meu Deus! Eu já estou indo
para ai.
- Não filha. É por isso que
estou ligando. Ao falar com o médico e pela a avaliação dele, não há problema
físico. A febre é de cunho emocional.
- Então, a senhora está me
dizendo que ainda é por causa do aniversário?
- Tudo indica que sim. Stana,
eu e seu pai vamos ficar por aqui para dar assistência a eles. Mas quero que vá
à festa. E parabenize o aniversariante por mim.
- Mãe, de jeito nenhum. Vou
ficar com vocês. Quero ver a Anne.
- Stana por favor, não seja
teimosa. Vá para a festa – Stana ponderou por um momento e perguntou.
- Cadê a Anne? Pode falar?
- Vou verificar – Stana
aguardou na linha pelo retorno da mãe. ela teria que fazer Anne entender que
esse tipo de comportamento não era adequado, de alguma forma precisava tocar no
assunto que dizia respeito apenas a elas para convence-la a não mais bancar a
teimosa e voltar a se alimentar para ficar bem – Tia Stana?
- Anne! Como você está? Fraca?
Se alimentou?
- Anne ainda tá dodói tia, você
pode vir aqui comigo? Anne quer a tia Stana. Por favor... não quero ficar
sozinha.
- Anne por que você está
fazendo isso, docinho? Tudo por causa de uma festa? Escute um instante. Eu não
ia hoje à festa de Nathan mas desde que a sua vó insistiu eu fiquei com vontade
de estar lá, abraça-lo. Eu avisei a ele que iria. Ele estava tão feliz, Anne.
Você acha justo eu não ir até lá, deixa-lo triste? – ela decidira usar a mesma
arma da menina.
- E a Anne? Pode ficar triste?
– retrucou a menina chorosa.
- Você irá explicar para Nathan
depois que foi por sua causa que eu não fui vê-lo? Como você acha que ele vai
se sentir? Ele e eu confiamos em você. Poxa, Anne eu queria tanto dar um beijo,
um abraço nele hoje. Eu preciso ir até lá. Depois eu vou ao hospital ver você.
Ela esperou pela reação da
menina. Esperava sinceramente tê-la convencido. Por mais que tivesse preocupada
com ela, sabia que isso era muito mais manha do que realmente uma virose.
Precisava ao menos passar alguns minutos com ele. Devia isso a Nathan.
- Tá, tia. Pode ir mas depois
vem para cá com Anne?
- Vou sim, mas deve me prometer
que vai comer.
- Não posse esperar a tia
chegar?
- Não, coma antes não quero
chegar aí e descobrir que você não se alimentou. Estamos combinadas?
- Tá, tia Stana.
- Ótimo, agora passe o telefone
para sua vó. A menina obedeceu e assim Stana informou a mãe sobre o que iria
fazer. Assim que desligou o celular, terminou de se arrumar. Esperava
sinceramente que a menina a obedecesse. A preocupação ainda existia por parte
dela.
XXXXXXXXXX
Stana ficou feliz ao ver que
não havia papparazzis na frente do La Boheme. Discretamente, ela adentrou o
salão mas uma linda mulher como ela jamais passaria desapercebida na multidão
especialmente exibindo aquele par de pernas maravilhosos. Quem primeiro a viu
foi Tamala que acabara de chegar.
- Wow! Vestida para matar. Mas
seria a la Beckett ou Nikki Heat? A fim de causar um ataque cardíaco no
aniversariante, amiga? Tenho medo dele não resistir.
- Quer parar com o exagero? –
Stana ralhou com ela – você já falou com ele?
- Já! - alguém chamara Nathan
para receber a recente convidada que chegara – opa! Lá vem ele, essa é a minha
deixa para sumir. Divirta-se. Tamala sequer deu chance dela reclamar de sua
atitude. Também, ela não teve tempo pois assim que virou o rosto seu olhar encontrou
o dele. Por mais que tivesse imaginado, a reação de Nathan foi muito além do
que ela previra. Os olhos azuis brilhavam ao fita-la, o sorriso bobo indicava o
quanto ele estava feliz por vê-la e Stana o viu prender a respiração ao seca-la
completamente de cima a baixo com os olhos enquanto engolia em seco. Sentiu uma
pontada na virilha ao ver o sorriso que abriu para ele.
- Olá! Seja bem-vinda Stana! –
retribuiu o sorriso – Você está... de tirar o folego.
- Obrigada – ela se aproximou
dele e trocaram beijos cumprimentando-se um ao outro. Stana o abraçou
sussurrando ao seu ouvido – feliz aniversário, babe – afastou-se.
- Cadê seus pais? Eles não
vinham? Esperava por eles. Viu o sorriso no rosto de Stana sumir e um ar de
preocupação substitui-lo.
- Minha mãe disse para te dar
os parabéns. Eu não posso ficar muito. Na verdade, nem deveria ter vindo. Anne
está no hospital, Nate.
- O que aconteceu com ela? É
grave?
- Muita febre e está fraca
porque se recusou a comer. Está tomando soro apesar de saber que não é tão
grave assim, estou preocupada. Ela nem queria que eu viesse mas você já estava
me esperando e não quis te deixar chateado com isso.
- Antes de decidir ir embora,
dê uma volta pelo salão, converse com as pessoas, beba alguma coisa – ele já
tinha avistado outras pessoas chegando e não poderia ficar muito tempo
conversando com ela para não levantar suspeitas – prometo que volto a falar
logo com você. Ele se distanciou indo falar com os outros convidados. Stana adentrou
o salão em busca de seus conhecidos. Uma das pirmeiras pessoas que encontrou
foi Seamus que trazia duas taças de champagne na mão, provavelmente para ele e
a esposa pensou. Ao vê-la sorriu e entregou uma das taças.
- Stana! Você veio. Era pra mim
mas depois pego. Venha, estamos todos reunidos em uma mesa. Falta apenas o Jon
que deve estar estourando por aí – ele a guiou até um canto do salão. Na mesa
estavam além dele e Juliana, Dara e o marido, Tamala e viu Penny um pouco mais
distante conversando com outra pessoa – olha quem chegou!
- Hey, Stana! – foi um coro
quase unissono. Ela cumprimentou todos eles e sentou-se ao lado de Dara. Por
alguns minutos, ela tomou a bebida e riu com os amigos. Passando o primeiro
instante do disfarce, Dara cochicou algo para ela.
- Então, você acabou não
resistindo hum? Que bom para vocês. Aposto que ele ficou babando ao vê-la
entrar. Você está um arraso. Nem sei como ele resiste – riu da própria
afirmação – tá, no fundo ele deve ter ficado... qual é o melhor termo
:”ligado”. Você não dá tregua na provocação com o cara.
Agora foi a vez de Stana rir.
Aproveitando o momento de descontração, ela percebeu que se pretendia sair logo
dali e ir até o hospital, precisaria da ajuda de Dara. Afinal, ela era a única
pessoa capaz de intervir para que os dois tivessem um momento à sós. Respirou
fundo antes de pedir o favor aquela que era a maior defensora de seu
relacionamento.
- Dara, eu não posso me
demorar. A minha sobrinha está hospitalizada e apenas vim aqui por consideração
a Nathan. Preciso ir até ela mas queria ter um momento de privacidade com ele.
Acha que é possível? Pode me ajudar a conseguir isso. Você é a única que posso
contar.
- Mas sua sobrinha está bem? De
verdade?
- É uma história um pouco longa
que não dá para eu te contar agora. Tudo o que preciso é que me ajude a falar
sozinha com Nathan. Acha que consegue?
- Com certeza. Vou arrastá-lo
até a cozinha se for preciso – ela balançou a cabeça diante do exagero – força
de expressão, sei que esse lugar tem umas salas privativas. Vamos dar uma circulada
e achar o lugar perfeito para o que você tem em mente – juntas ela andaram boa
parte do local a procura de um espaço ideal. Dara avistou o que serviria.
Praticamente empurrando Stana para dentro da sala intima, uma espécie de
escritório, ela fechou a porta e pediu que a amiga não saisse de lá pois ia
rebocar o aniversariante a qualquer custo.
Com um par de olhos super
atentos à movimentação do salão, Dara seguia procurando por Nathan. Finalmente
o avistou. Ele estava em uma roda de amigos conversando e rindo. Reconheceu um
deles como alguém do antigo elenco de Firefly. Aproximou-se numa boa e
tocou-lhe o ombro.
- Oi, Dara! – disse Nathan –
gostando da festa? Cadê seu copo?
- Acabei de terminar. Posso
rouba-lo um tempinho? – Dara perguntou em direção ao grupo.
- Claro que sim, não aguentamos
mais as mentiras dele – o grupo riu – brincadeira, Captain! – Nathan riu
sozinho e saiu lado a lado com a produtora. No meio do salão, ele perguntou
para ela.
- Então, querem minha companhia
para conversar? Ou você tem algum assunto específico para tratar comigo?
- Tenho sim, um assunto do seu
maior interesse ou pelo menos penso assim. A pessoa mais importante da festa, a
sua convidada ilustre quer ter alguns minutos na sua companhia, sozinhos. E
tenho a missão de te arrastar para um lugar secreto que somente eu sei. Você
não vai escapar de mim.
- Sinceramente? Nem eu quero
fugir. O que você e Stana estão aprontando? Onde vamos?
- Nossa! Estou me sentindo uma
cafetina! Eu não estou aprontando nada, se alguma coisa acontecer é por conta
dela. Apenas pediu minha ajuda para encontrar você. Venha. Encontrei uma sala
secreta, um escritório. Não se preocupe, ficarei guardando a porta. Ninguém vai
atrapalhar o casal. Aqui, entre e fique à vontade. Aposto que você não vai se
arrepender – ele riu do jeito de Dara, ela sempre apoiando aos dois.
- Me deseje sorte.
- Isso você já tem, basta olhar
para a mulher que está te esperando ai dentro.
Nathan abriu a porta fechando-a
logo em seguida. Ela estava de pé apoiada na pequena mesa do escritório. Ele ainda
não superara a beleza que emanava daquela mulher hoje. Ela é linda mas hoje
talvez pela vontade de vê-la parecia estonteante. Ele andou sorrateiramente até
ficar de frente para ela a poucos centímetros de toca-la.
- Você queria me ver, Staninha?
- Sim, eu quero me despedir
apropriadamente de você porque preciso ir para o hospital – ela envolveu os
braços no pescoço dele e seus lábios tocaram lentamente os dele. Devagar, ela
começou a aumentar o ritmo. A lingua fazia uma dança sensual sugando e sentindo
todo o gosto do beijo de Nathan. Ela mordiscou o lábio inferior dele e gemeu
quando sentiu a mão dele aperta-lhe os seios. Estava sentindo o corpo responder
ao toque dele, o coração acelerado. Ela afastou os lábios e apenas abraçou-o
por um longo tempo. Sussurrou ao ouvido dele.
- Feliz aniversário novamente,
amor. I love you – ela fechou os olhos e ele sentiu-a aspirar o seu perfume.
- Staninha, o que você
pretende? Deixar marcas de batom no meu colarinho? Repetir a dose de Veritas?
Como vou justificar?
- Por acaso sua namorada é
ciumenta? – ela implicou – e naquela ocasião era também seu aniversário. Até
onde sei, você terá que contar uma boa desculpa para convencer. Mas não se
preocupe, no pior dos casos, ela te dá o fora e você pode ficar comigo para
sempre. Aposto que a sua namorada Kate Beckett não vai se importar.
- Você é doida...
- Por você – ela avançou no
pescoço dele e mordeu para depois enche-lo de beijinhos. Não deu outra, manchou
o colarinho da camisa que ele usava. Soltou uma gargalhada ao ver o que fizera
e foi pega de surpresa quando sentiu os pés serem erguidos do chão ao coloca-la
sentada sobre a mesa disponível atrás dela. Automaticamente abriu as pernas
para que ele se encaixasse no meio delas e sentiu a mão dele segurar-lhe a nuca
puxando-a em sua direção sorvendo os lábios intensamente. A outra mão brincava
com o seio dela apertando o mamilo ainda sobre o tecido do vestido.
Stana sentiu os lábios dele
afastarem-se dos seus em busca do pescoço dela. jogou a cabeça para trás e
fechou os olhos. Queria saborear aquele momento. Nem em um milhão de anos
imaginou-se estar trancada numa sala se
agarrando com Nathan tendo mais de duzentas pessoas do lado de fora a ponto de
descobrir o segredo deles. Percebeu que aquele pensamento a excitava. O seu
centro estava úmido quando sentiu os dentes de Nathan roçando-lhe a garganta,
cravando a pele alva.
As mãos dele agora desciam
pelas costas fazendo um passeio próprio no corpo de Stana chegando até as
pernas totalmente expostas ao ter o vestido encolhido depois do movimento de
coloca-la sobre a mesa. Ela queria muito poder te-lo dentro de si, mas era
perigoso demais. Precisava ir, tinha que escapar das mãos hábeis dele. Deveria
porém seu querer, coração e desejo pediam Nathan. Com as duas mãos, ela
enroscou as pernas na cintura dele puxando-o ainda mais para perto de si. Não
queria nem um milímetro de distância entre eles. Pode sentir a excitação dele
contra seu corpo. Segurou o rosto dele devorando-lhe os lábios incansavelmente,
beijinhos após beijinhos até abrir completamente a boca usando a língua para
circular toda a extensão dos lábios sugando-os por fim em um beijo de tirar o
fôlego.
Ao arfar por um pouco de ar,
Stana soltou um gemido de prazer. Precisou somente de cinco segundos e mesmo
com a respiração ainda falhando tornou a atacar o rosto de Nathan com os lábios
correndo-os por todo o cumprimento da mandíbula, queixo e descendo pelo pescoço
fazendo um caminho com seus dentes na pele dele. Nathan fazia o mesmo tipo de
caricia brincando com o lóbulo da orelha dela seguindo pela nuca. Stana acabou
perdendo o controle e o mordeu deixando uma marca vermelha com sua boca na pele
da lateral do pescoço, um pouco abaixo da altura do colarinho.
Finalmente, eles se separaram
tentando recuperar-se desse momento de paixão e loucura. Nathan cruzou seu
olhar com o dela e o que viu foi puro desejo naqueles olhos amendoados. Ela
ajeitou a camisa dele e sorriu ao constatar o que fizera.
- Desculpa,babe. Eu meio que
deixei uma marca no seu pescoço...
- Um chupão? – ele perguntou
arqueando a sobrancelha ao olhar para ela um pouco surpreso.
- Hum hum... – Stana mordiscava
o canto da boca literalmente envergonhada pelo gesto, a face ruborizada – não
sei o que me deu, não tinha a intenção de fazer isso, talvez tenha sido o calor
do momento. Acho que dá pra disfarçar com a gola da camisa – ela ajeitava o
colarinho tentando esconder a marca, a mesma aparecia ainda que parcialmente –
oh, Nathan! E se alguém notar? Não some totalmente, o que vai dizer?
- Hey – ele acariciou o rosto
dela – não se preocupe com isso. eu me viro. Acho que posso considerar como
mais um presente de aniversário, não?
- Mesmo? Não se incomoda por
isso? – ele sorri para ela e balança a cabeça negativamente – sendo assim, devo
confessar uma coisa. Lembra daquela cena filmada na frente da prefeitura no dia
do seu aniversário, a cena do abraço? Eu... quando eu te abracei e me deixei
sentir o seu perfume delicioso, parte de mim queria beijar o seu pescoço e
morde-lo. Tive que me conter muito para não sucumbir a minha vontade de te
atacar. Acho que isso ficou no meu inconsciente, deixar uma marca e a relação
com seu aniversário...
Mas ela não terminou de falar.
Nathan teve um acesso incontrolável de riso que se transformou em gargalhadas.
- Do que você está rindo? – ela
precisava saber.
- Essa foi a desculpa mais
esfarrapada que já ouvi de alguém para justificar um chupão... – Nathan tentava
se controlar em vão – oh, Staninha... assume que queria mesmo era me marcar
como seu.
- Não é nada disso! – ela falou
se fazendo de vítima – foi sem pensar, aconteceu...
- Mentirosa!
- E se eu fiz de propósito? O
que você vai fazer?
- Exibir com orgulho a marca
que você me deu. Confessa logo! – meio contrariada ela acabou rindo e
assumindo.
- Droga, tá bom! Fiz porque
quis, tive vontade. Foi mais forte que eu, Nate. E a culpa é sua com essas suas
mãos, esses lábios, não me controlo! – ela colocou as mãos no rosto para
esconde-lo. Uma confissão dessas apenas aumentava sua vontade de beija-lo e
possui-lo mesmo sabendo que não podiam ultrapassar os limites ali. Ele se
aproximou dela e gentilmente tirou as mãos do rosto fazendo-a olhar para
ele.
- Você acha que me incomoda por
sentir-se assim? Só me faz ama-la ainda mais – ele beijou suavemente os lábios
dela, as testas coladas.
- Oh, Deus...Tenho que ir. Não
sei como está Anne.
- Não, gorgeous....fique, por
favor...
- Oh, Nate. Não faz isso, não
posso.
- Por que não? A mãe dela e avó
estão lá. Não há necessidade de você também estar... – ele pegou a mão dela e
roçou seus dentes levemente pelos nós das juntas. Ela estava quase cedendo aos
encantos dele quando o celular tocou. Era sua mãe. Com a mão sobre o peito dele
para tentar controla-lo ainda que isso fosse uma missão quase impossível, ela
atendeu o celular olhando-o apaixonada.
- Oi, mãe.
- Filha, você ainda está na
festa?
- Sim, por que? Como está Anne?
- E-ela acaba de ter um princípio
de convulsão – Nathan percebeu a fisionomia dela se transformar de um semblante
doce para um olhar quase de pavor - A febre chegou a quase 40 graus. Filha, ela
delirou chamando por você. Não te ligaria se não fosse importante.
- Tudo bem, mãe. Já estou indo
– desligou o celular e olhou assustada para Nathan – Anne, e-ela piorou. Teve
quase uma convulsão, ela precisa de mim, Nate. Tenho que ir.
Ele ajudou-a a descer da mesa e
também a se recompor. Eles estavam de pé de frente um para o outro quando
Nathan segurou o queixo dela e beijou levemente seus lábios.
- Você precisa estar calma para
ver Anne. Relaxe, amor. Vai ficar tudo bem. Sei que vai.
Ela nada disse mas assentiu com
a cabeça e sorriu. Estava quase na porta quando sentiu a mão dele segurando a
sua.
- Adorei você ter vindo.
Obrigada por fazer dessa noite em poucos minutos algo mágico. Mande notícias e
diga para Anne que ela precisa te obedecer e melhorar senão nada de comemoração
de aniversário.
- Hum, creio que ela não vai
gostar de saber disso... tchau Nathan. Excelente festa. Steamy.
Abriu finalmente a porta e
sorriu para Dara sussurrando um significativo “thank you”. Saiu. Dara ficou um
pouco perdida com o súbito desaparecimento de Stana. Ao ver Nathan sair da sala
com um sorriso bobo nos lábios, não perdeu a chance de perguntar.
- O que deu nela? Vai virar
abobora?
- Não, tem alguém muito
especial precisando dela. Não importa, são pequenos momentos que fazem a vida
valer a pena e Dara esses últimos minutos fizeram dessa, a melhor festa de
aniversário. Sorrindo, ele seguiu caminhando para o salão sem perceber o rolar
de olhos e o suspiro dado pela amiga na certeza do dever cumprido.
Continua....
5 comentários:
ADOREI, CONTINUE A ESCREVER ESTA SUA FIC É MARAVILHOSA !!!
Karen, não gosto muito de fics Stanathan, mas esta, acompanho fervorosamente. Seu texto é muito bom! Parabéns!
Que capítulo foi esse .... adorei ... Está muito muito bom ... Será que agora eles assumem logo o romance? rsrsrsrs
Capítulo lindo. Oh! Tadinha da Anne.tomara que ela fique boa logo e que a Stana conte logo para a mãe.
EITAAAAAAAA STANA!!!!!!
Dara e seus conselhos sabios,muito shipper linda demais sorte eles terem ela apoiando.
Juro que quando li o "Quer saber? Vou falar a verdade",saiu um PQP!!!
É AGORA MINHA GENTE,AGORA QUE A COISA FICARA BOA...SQN!!!
Anne querendo ir a festa do Nate,supe. entendo até eu cat.Stana tão fofa explicando para ela e as ligrimas da pequeba também me deixaram mal =\
Queria muito a famila Katic na festa,mas a nossa lindinha dodoi ñ foi possivel.Imaginei a cara do Nate ao ver a Stana tadinho ela provoca demais.E mais uma vez tivemos a Dara ai,ai, super Dara ajudando.o casal.
ai pensei e errei feio a Stana vai se comportar e ela me FAZ TUDO AO CONTRARIO ATACA O CARA E AINDA DEIXA UMA MARCA,MEU DEUS QUE MULHER...LESBIAN FOR STANA!!!!!
DESCULPE NATE,É ISSO O QUE EU SINTO!!!!
;)
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