quinta-feira, 8 de maio de 2014

[Stanathan] Kiss and Don't Tell - Cap.22


Nota da Autora: Sei que demorei para postar esse capítulo, parte porque preciso de material para gerar a história. Tenho sofrido com a falta de tweets desses dois. De qualquer forma, sempre se arranja um assunto para comentar não? Apesar de ser pequeno, é divertido. Um obrigada especial para Chay por compartilhar de uma ideia expressa aqui. Divirtam-se! 


Cap.22    


As gravações das últimas cenas internas de Veritas foram até tranquilas considerando a montanha russa de filmagens nesses últimos dias. Ela estava feliz por conseguir deixar o estúdio por volta das seis da tarde. Antes porém, ela passou na sala dos escritores para pegar parte do script da season finale. De acordo com o cronograma, eles deveriam começar a filmar na próxima semana. Quando Dara entregou o texto para ela, não perdeu a oportunidade de cutucar.

- Não vá com tanta sede ao pote. Não tem muita coisa que você está procurando aí,eu sei. Migalhas porque Andrew quer segurar várias partes do script e solta-las aos poucos.

- Basicamente, ele quer me torturar.

- É uma forma de pensar mas sim, acho que ele quer pegar o melhor de você nas cenas – elas trocaram um sorriso - Então, você estará na festa amanhã?

- Não sei ainda, provavelmente não. Estou com os meus pais aí tenho muito a fazer com eles e sabe, eles já vão embora na segunda.

- Mas Stana, é o aniversário dele.

- Eu sei mas também de que adianta ficar numa festa onde eu não posso realmente festejar com ele? Nem beija-lo eu posso.

- Ainda acho que você deveria pensar duas vezes antes de tomar essa decisão. Ele aceitou numa boa? Porque sinceramente, eu não aceitaria. Só um conselho de amiga. Também sei que essa situação de vocês não é a melhor de todas por isso seria bom que não se tornasse um ressentimento, daqueles que voltam sempre que há um desentendimento entre vocês, não pode se tornar uma mágoa. Acredite em mim, você não irá querer ter essa pedra no seu sapato a alguns meses a frente.

- Tá, prometo que vou pensar. Obrigada Dara.

Ao sair da sala, ela esbarrou com ele no corredor indo para o estacionamento. Não pode disfarçar o sorriso.

- Indo encontrar seus pais?

`- Sim, vamos jantar em família na casa do meu irmão.

- Ah, mande um beijo para minha princesa... e diga a ela que iremos comemorar nossos aniversários juntos ainda.

- Eu digo – Stana sorriu mas então suspirou e o parou para dizer o que considerava importante – olha Nate, sei o quanto você presa pelos seus amigos comemorando seu aniversário. O quanto queria minha presença lá. Eu só espero que me perdoe, que entenda o meu lado.

- Por mais que adorasse tê-la comigo, você realmente não estaria comigo, de verdade. Sendo assim, vá ficar com seus pais. Eu já tive meu aniversário. Agora são apenas formalidades.

- É seu momento de festejar, aproveite. Tenha uma ótima festa, babe – percebendo que estavam sozinhos, ela apertou a mão dele e deu-lhe um beijo no rosto. Saiu caminhando na frente dele até o estacionamento.

A farra na casa de Markus estava grande. Muita comida na mesa, muita risada e vozes altas. A estrela de tudo era, claro,  Anne. Quando a sobrinha viu a tia, ela correu para abraça-la. Após um festival de beijos,ela finalmente se separou da tia e sorriu puxando-a para o meio da bagunça. Stana cumprimentou a todos passando uma boa parte do tempo conversando com o irmão e o pai. A cunhada recusou sua ajuda na cozinha dizendo que ela era convidada. Ainda teriam uma hora para jantar. Deixando o irmão de lado, ela aproveitou um momento que a mãe estava entretida com a cunhada e fez sinal para Anne acompanha-la até o quarto da menina. Fechou a porta.

- Alguém mandou um abraço e um beijo estalado para você... – ela abraçou a e beijou a sobrinha novamente, sentou-se na cama dela com a menina no colo – ele também mandou um outro recado pra você. Disse que ainda iremos comemorar nossos aniversários juntos. Eu, você e ele. Pode esperar.

- Eu sabia tia Stana. Tio Nathan nunca mente pra mim.

- Docinho, você não comentou nada com a vovó sobre o nosso segredo, certo? Não falou dos nossos passeios, nem das brincadeiras...

- Não tia, mas a vovó falou do tio Nathan. Ela disse que gostou muito de ficar com ele. Disse que ele é muito educado. Eu só disse que ele ama a policial. Por que tia?

- Sua vó falou mais alguma coisa? Algo que você achou estranho?

- Não... só que ela entende porque a tia gosta do trabalho tanto. Acha que ela sabe do tio?

- Não, docinho. Ela não sabe e não vamos contar. Melhor voltarmos para o nosso jantar antes que desconfiem de algo.

De volta a sala, elas sentaram uma ao lado da outra para jantarem. As conversas animadas preencheram o jantar tipicamente sérvio. Regada a um bom vinho tinto dos vales da California, invariavelmente durante a sobremesa eles começaram a falar da programação do sábado. Tinham vários lugares para visitar incluindo um tour pelos vinhedos que Stana prometera aos pais. Alguns passeios Anne os acompanharia. Já pela parte da noite, eles haviam pensado em não leva-la. Claro que a menina não ficou feliz com isso. Porém, no meio da conversa a mãe de Stana trouxe outro assunto que certamente surpreendeu a filha e voltou a irritar a pequena Anne.

- Eu estava pensando e se o Peter não for contra. Por que não vamos sair amanhã à noite apenas com o Markus? Stana tem uma festa para comparecer. Não acho justo com você, filha.

- Festa? – perguntou Anne – que festa tia Stana? Mas foi Rada quem respondeu.

- A festa de aniversário de Nathan. Sua tia não pode deixar de ir.

- Mãe, é claro que posso. Eu já disse a ele que estaria com vocês. Sério, não é um problema.  

- Festa de aniversario, tia? Como assim? – Stana precisava dar a menina uma resposta justa ou ela pensaria que fora deixada de lado.

- Nathan está comemorando a festa de aniversário com os amigos amanhã. Eles insistiram que deveriam comemorar, somente isso. Não é nada demais – ela viu que a menina além de pensativa ficou meio emburrada. Pensando que tinha resolvido o assunto, Stana se concentrou em tomar o seu vinho. Porém, sua mãe não parou.

- Filha, mas ele é seu co-star, seu par sei lá como chamam na sua linguagem de televisão. Estão trabalhando juntos por cinco anos, todos os dias. Ir a festa dele é um gesto carinhoso entre colegas que se respeitam. Considero o fato de você não ir como uma falta de companheirismo, amizade e sinceramente essa não foi a educação que eu te dei.

Stana já estava vermelha mas tinha que se controlar para não deixar transparecer o incomodo ou mesmo dar qualquer pista da sua relação com Nathan. Falar de parceria no trabalho estava bem, não podia caminhar para o outro estágio. Para colocar mais lenha na fogueira, seu pai resolveu dar sua opinião.

- Rada, pra falar a verdade não é uma questão de sair com Markus ou Stana. Queremos passar um tempo com nossos filhos e já estamos fazendo isso, quanto a festa de amanhã tenho uma opinião diferente da sua. Claro que concordo com o fato de Stana ir. Todos os seus amigos estarão lá prestigiando o colega, sejam atores ou diretores. O evento não é apenas uma festa de aniversário, é um momento de descontração e claro exposição. Uma ocasião social dessa não pode passar em branco, haverão outros famosos, outros produtores. Tudo isso é importante para o networking da nossa filha. E o lance da parceria, da amizade também é importante. Vi o jeito dele ontem com você, filha. Como trabalham bem juntos. Não pode realmente fazer essa desfeita.

- Pai, não é nada demais. Eu e Nathan estamos bem, já combinei que ia sair com vocês. Meus pais são minha prioridade.  

- Quer saber? Vou falar a verdade – por um momento Stana sentiu seu coração parar, será que dera tanta bandeira assim? - Eu fiquei com vontade de ir à festa. Eles nos convidou Rada então por que não vamos todos juntos? Tenho certeza que nos divertiremos bastante. E no domingo continuamos a nossa programação.

- Você quer mesmo ir? – perguntou Rada. Stana ficara sem palavras. Nem sabia o que pensar sobre essa súbita revelação.

- Nossa! Deve ser uma festa das boas mesmo, com toda a pompa de Hollywood. Eu concordo que é uma excelente oportunidade. Se tivesse sido convidada não perderia por nada – disse a cunhada.

- Por que não? Já que estamos em Los Angeles e recebemos o convite. Vamos entrar no espírito de Hollywood.

- Se é assim, vamos para a festa – disse Rada.

- Eu também? – perguntou Anne esperançosa.

- Não, Anne. É uma festa de adultos – disse a vó.

- Mas é aniversário. Anne pode ir e comer “bigadeio” – a menina tinha um olhar pidão que ia da vó para a tia.

- Não querida, não é uma festa de aniversário com brigadeiro, ou brincadeiras para crianças.

- Você ficará conosco em casa, Anne – disse a mãe – sua tia e seus avós irão para a festa.

- Mas mama, tia... – ela olhou para a tia com os olhos suplicantes, aquilo partia o coração de Stana – tia Stana diz que eu posso ir, sei que Anne pode sim. Por favor...

- Oh, meu amor. Infelizmente sua mãe tem razão. É uma festa para adultos. Desculpa.

- Não, tia – a menina começou a chorar e Stana ficou arrasada – você tá mentindo para a Anne. Eu sei. Anne saiu correndo para seu quarto.

- Anne, espere! Não fale assim com sua tia! – a mãe gritou – volte já aqui.

- Deixa, eu vou conversar com ela. Stana se levantou da mesa e foi até o quarto da menina. Ela a viu deitada na cama, soluçando. Que droga. Sabia que tinha sido um erro envolver Anne nesse segredo deles, ela não tinha maturidade para compreender certas coisas. Era apenas uma criança afinal. Com cuidado, ela se aproximou da cama e sentou-se ao lado da menina. Começou acariciando os cabelos dela.

- Docinho... escuta a tia um pouquinho.

- Não... – ela levantou a cabeça, o rosto vermelho e marcado por várias lagrimas que caiam copiosamente – Anne está c-chateada com a tia...

- Vou falar mesmo assim – continuou acariciando o cabelo da menina – Anne, eu não quero te magoar, eu não menti para você. Ninguém aqui sabe de mim e Nathan, só você. Isso mostra o quanto eu confio e amo você. Não pode ir a festa como sua vó já explicou. Teremos a nossa própria comemoração. Eu nem queria ir amanhã, de verdade. Mas agora que seu vovô se empolgou não posso dizer que não vou. Eles vão entender tudo errado. Por favor, lindinha não fique assim. A tia fica triste se Anne não quiser falar com ela.

A menina virou o rosto para Stana ainda chorando.

- Tia, eu sei que o tio Nathan ia gostar de ver a Anne na festa. Anne não gosta de ficar sozinha, não é justo.

- Docinho, por favor. Não fique assim e não torne as coisas mais difíceis do que já estão. Assim sua vó vai desconfiar e lá se foi nosso segredo. Nem pense em falar algo assim perto dela. Promete para a tia? – Stana fez beicinho – por favor? – a menina nada disse logo de cara, então Stana agiu com sua melhor arma, o carinho – chega pra lá, quero deitar com você – ela afastou um pouco a criança no colchão e se aconchegou na cama de Anne envolvendo-a em seus braços como em conchinha de forma a ficar com o rosto na altura do de Anne a fim de beijar-lhe o rosto e a cabeça – Anne, você tem ideia de quanto eu te amo, que você não é apenas a minha sobrinha querida, minha princesinha? Você é como uma filha para mim. E como toda mãe, odeio ver você triste e chorando porque isso me deixa triste também. Promete que vai parar de chorar, por mim?

- Eu vou tentar...Anne não gosta de ficar longe da tia. E tô com saudade do tio Nathan.

- Eu sei, mas iremos resolver isso logo.

Stana permaneceu deitada acariciando os cabelos de Anne sem saber se a menina estava dormindo ou não, ela deixou escapar um “eu te amo, Anne” que foi respondido quase que imediatamente na voz já sonolenta da menina.

- Também te amo, tia Stana.     

Depois de se agarrar a sobrinha na cama e certificar-se que ela estava dormindo, Stana deixa o quarto. A cunhada fica mais tranquila ao saber que Anne se acalmou e comenta.

- Anne convive muito com adultos que acaba acreditando que pode fazer o mesmo que eles. As únicas crianças que ela convive são as da escola mas Anne só gosta de duas meninas, sinto que não são todos que a agradam. É muito seletiva e tem um gênio. É incrivel como ela escuta você.

Stana apenas riu da colocação da cunhada pois sabia que não era nada daquilo que incomodava a menina. Ela era uma criança como qualquer outra, inteligente e extrovertida. Agora o que a chateava era a exclusão de um evento, não qualquer um mas o aniversário de alguém que ela adora. Ao voltar para a sala, reparou que o irmão e o pai já estavam no quintal conversando. A mãe retirara a mesa do jantar e lavava os pratos.

- Mãe não era para a senhora estar lavando louça, hoje é convidada.

- Deixe de besteira, Stana. Posso fazer isso. Como ela está?

- Dormiu, depois de uma choradeira sem fim. Consegui conversar com ela, convence-la e acalma-la por enquanto.

- Que bom, filha. Ela é mesmo muito apegada a você – Rada fechou a torneira e observou a filha enquanto ela mordiscava um morango – Stana, tudo bem irmos a festa de Nathan? Quer dizer, se não quiser posso convencer seu pai para não irmos.

- Não mãe. Tudo bem. Papai ficou realmente empolgado – algo no olhar da filha denotava uma certa preocupação.

- Tem certeza? – Rada insistiu.

- Claro! Não há nada demais. Ele convidou vocês então porque não aproveitar uma festa com um certo glamour de Hollywood? Ele vai gostar de vê-los.

- E quanto a você? Vai gostar de ir?

- Mãe que conversa é essa? Por que tanta insistência? Eu fui convidada mas tinha dito a ele que não iria por causa de vocês. Ele já tinha aceitado.

- Se você diz… - ela se virou para deixar a cozinha e não explicou nem respondeu o que Stana perguntara, o que deixou a filha aliviada por alguns segundos – filha, não tem nada que você queira me contar? Alguma novidade?

- Não, mãe. Não sei de onde você tirou essa ideia – ela respondeu mexendo no cabelo evitando assim o olhar da mãe. Será que ela desconfiou de algo? Nathan e ela deram bandeira? Não iria estender a discussão porque poderia se enrolar. Quando o assunto era Nathan, Stana simplesmente não respondia pelos seus atos. No fundo, ela estava feliz de poder ir a festa dele mesmo que isso significasse não poder trocar um beijinho sequer.

Na manhã seguinte, ela tratou de separar o vestido que usaria. Por impulso, ela decidiu mandar uma mensagem para Nathan falando que ia a sua festa pois a última coisa que queria era vê-lo com cara de bobo apaixonado e surpreso na frente dos pais o que poderia acabar de vez com o disfarce deles.

Pegou o celular e redigiu a mensagem “bom dia, babe. Tenho uma ótima notícia para você. Que tal eu aparecer na sua festa com meus pais?”. Em menos de dez segundos, ela recebeu a resposta “Sério? Você não está me enganando?”, não houve tempo para Stana responder, o celular tocou em seguida.

- Staninha por favor, não brinque com meu coração. Se isso for mentira não irei suportar.

- Não mentiria para você. Aliás, não minto. Mas acho que você causou uma boa impressão aos meus pais porque eles insistiram em ir a sua festa de aniversário.

- Quer dizer que ganhei pontinhos com meus sogros, hum não devia ficar surpreso afinal sou um homem difícil de resistir e um excelente partido.

- Com um ego gigante – ela riu ao responder – Nate, estou te ligando por dois motivos. Primeiro para te deixar avisado e evitar que você me olhe com uma cara de tarado ao me ver, lembre-se que estarei com meus pais. Segundo, você acha que eles perceberam alguma coisa? Quer dizer, não esperava que meu pai fosse tão enfático em querer ir a sua festa. O que você disse a ele afinal?

- Nada comprometedor. Elogiei seu trabalho, sua determinação apenas coisas sinceras que devem ser ditas a um pai para que tenha orgulho da filha que criou. E se de alguma forma, eles captaram qualquer vibração que possa induzir ou supor um envolvimento entre nós, basta usarmos a velha desculpa. O que eles viram foi a química e o amor de nossas personagens. Fim de papo.

- Só espero que essa sua desculpa sirva para minha mãe.
- Servirá. Ah, gorgeous estou muito feliz em saber que mesmo como uma colega de trabalho você estará presente na minha festa. Significa muito.

- É, eu também. Espero que valha a pena, viu? E nada de excessos senhor Nathan.

- Há! Nada do que você já não saiba sobre mim. Te vejo a noite, um beijo.

- Outro, babe. E Nate? Tente manter a boca fechada para não entrar moscas quando me ver.

- Ah, você sempre me provocando Staninha... isso não é justo! Agora vou ficar imaginando o que você irá vestir. Droga! – com uma gargalhada, ela se despediu.

- Até a noite, Nate.

Sorrindo, era o momento de marcar hora no salão para fazer manicure e cabelo. Como era de última hora, ela usava de seu jeitinho para conseguir fechar um horário para ela e a mãe. Atingindo a meta, Stana se arrumou e foi buscar a mãe para a aventura no cabelereiro. Quando a encontrou, Rada comentou que Anne amanhecera o dia com febre e estava se recusando a comer qualquer coisa. Isso já gerou uma nova preocupação para Stana mas decidiu não comentar nada por hora.

Após as devidas horas no salão, ela volta com a mãe à casa do irmão. Queria ver a sobrinha. Anne segundo a cunhada continuava sem ingerir nenhum alimento e não saiu da cama. Ela pediu ajuda a Stana para ver se conseguia convence-la a se alimentar. Ao entrar no quarto, Stana percebeu os olhos fundos e a expressão de cansaço na menina que estava toda enrolada no edredom.

- Hey, lindinha... o que aconteceu? – ela sentou à beira da cama e começou a acariciar os cabelos da menina – sua mãe disse que você não comeu nada. Por que? Nossa! Está ardendo em febre! Onde está o termômetro? – ela mesma o avistou sobre a cabeceira da cama – vamos medir essa temperatura.

Ela colocou o termômetro na boca da menina e deitou ao lado dela à espera do resultado. A tia falava baixinho quase cantando ao ouvido de Anne tentando a todo custo faze-la aceitar seus conselhos e comer. O aparelho apitou e ela tomou um sustou ao constatar o resultado. Quase 39 graus. Ela precisava de um banho gelado urgente para baixar a temperatura corporal. Stana chamou pela cunhada e informou. Porém, a menina se recusou a receber o auxilio da mãe. Então, sobrou para a tia a missão de cuidar da pequena.

Stana não se importou mesmo depois de ter feito os cabelos. Ela carregou a menina para o banheiro e a colocou debaixo do chuveiro junto com ela. Por estar fraca, Anne mal se aguentava em pé. Permaneceu cerca de dez minutos deixando a agua escorrer pela cabeça e o corpo da menina sem parar. Enrolou-a na toalha e com todo o zelo enxugou o corpo de Anne e a vestiu antes de coloca-la na cama. Mediu novamente a temperatura dela avisando que ia pegar um remédio. Ao chegar na cozinha, Stana deu de cara com a mãe que arregalou os olhos.

- Filha! Você estragou seu cabelo. Como vai fazer agora? Devia ter deixado a mãe cuidar de Anne.

- Mãe, isso não é nada. Além do mais, Anne só aceitou fazer algo comigo. Vim pegar o remédio e frutas para ela comer. Tem maçã e morango? Preciso de iogurte também – Rada providenciou tudo para a filha e a viu preparar as frutas amassadas e mistura-las formando uma papinha. Era nessas horas que Rada tinha certeza da mãe maravilhosa que sua filha seria, se ao menos ela corresse atrás do pretendente de uma vez...

Ela voltou para o quarto, fez Anne tomar o remédio e com todo o carinho, conseguiu que a menina aceitasse as frutas. Aliviada, ela pediu a Anne para fechar os olhos e descansar um pouco. A febre cedera para 38,1 graus após o banho devendo ceder de vez com o efeito do remédio. Stana deixou o quarto e ouviu a cunhada exclamar.

- Ela comeu? Jura? Ah, Stana não sei o que faria sem você. Nem sei como te agradecer.

- Não foi nada. A febre está cedendo e vou pedir que daqui a duas horas tente dar um leite a ela. Ainda está muito fraca. Mãe, vou pra casa e passo aqui por volta das oito para pegar você e papai, tudo bem? Preciso dar um jeito no meu cabelo.

- Tudo bem, fique tranquila.

Stana saiu da casa do irmão e no caminho pensou em avisar a Nathan que ia faltar ao compromisso antes já acertado entre eles. Então lembrou-se do quanto ele ficara feliz ao saber da sua presença. Não, pensou. Nada de desmarcar. Anne ficaria bem e ela poderia far essa alegria ao seu parceiro de todas as horas.

Já em casa, ela avaliou o que fazer com o cabelo. Pelo menos por estar com ele curto, era fácil criar uma forma de arruma-lo. Não deveria ter muito problema quanto a isso. Ela contemplou o vestido que escolhera para usar. Era uma espécie de tubinho cuja saia batia no meio da coxa. As pernas ficariam bem à amostra. A cor era azul royal, a preferida dele. Tinha a gola em V de uma maneira que oscilava entre o comportado e o provocante, fazia o estilo sexy e Stana não via a hora de estar frente a frente com Nathan para ver qual seria a reação dele.

Satisfeita, Stana se permitiu perder um longo tempo dedicando-se ao banho. Na banheira com o máximo de sais possíveis, ela fechou os olhos e sorriu lembrando de Nathan. A última cena de Veritas ainda estava na mente como se tivessem sido impressa feito tatuagem. Quase uma hora depois, ela deixou a banheira protegendo e perfumando a pele com um hidratante com cheirinho de cereja.

Após vestir a lingerie, Stana dedicou-se à arte da maquiagem. Ela nunca fora de exageros e uma das suas marcas era os olhos. A sombra combinava com o tom azul do vestido e haviam brilhos ao redor dos olhos realçando a cor amendoada juntamente com o lápis que deixava-a com um ar de femme fatale. No mais apenas o batom vermelho. Estava tão distraída que não percebeu o avançar das horas. Ao checar o relógio, assustou-se. Passava das sete e meia da noite.

Rapidamente colocou o vestido e começava a ajeitar os cabelos quando o seu celular tocou. Era sua mãe. ela sabia que estava atrasada.

- Oi, mãe. já sei que estou atrasada. Perdi a noção do tempo, acredito que mais uns quinze minutos saio de casa.

- Filha, não é por isso que estou ligando. Anne piorou. Markus trouxe-a para o hospital, ela está muito fraca e teve que ficar no soro. A febre atacou novamente atingiu os 39 graus.

- Oh meu Deus! Eu já estou indo para ai.

- Não filha. É por isso que estou ligando. Ao falar com o médico e pela a avaliação dele, não há problema físico. A febre é de cunho emocional.

- Então, a senhora está me dizendo que ainda é por causa do aniversário?

- Tudo indica que sim. Stana, eu e seu pai vamos ficar por aqui para dar assistência a eles. Mas quero que vá à festa. E parabenize o aniversariante por mim.

- Mãe, de jeito nenhum. Vou ficar com vocês. Quero ver a Anne.

- Stana por favor, não seja teimosa. Vá para a festa – Stana ponderou por um momento e perguntou.

- Cadê a Anne? Pode falar?

- Vou verificar – Stana aguardou na linha pelo retorno da mãe. ela teria que fazer Anne entender que esse tipo de comportamento não era adequado, de alguma forma precisava tocar no assunto que dizia respeito apenas a elas para convence-la a não mais bancar a teimosa e voltar a se alimentar para ficar bem – Tia Stana?

- Anne! Como você está? Fraca? Se alimentou?

- Anne ainda tá dodói tia, você pode vir aqui comigo? Anne quer a tia Stana. Por favor... não quero ficar sozinha.

- Anne por que você está fazendo isso, docinho? Tudo por causa de uma festa? Escute um instante. Eu não ia hoje à festa de Nathan mas desde que a sua vó insistiu eu fiquei com vontade de estar lá, abraça-lo. Eu avisei a ele que iria. Ele estava tão feliz, Anne. Você acha justo eu não ir até lá, deixa-lo triste? – ela decidira usar a mesma arma da menina.

- E a Anne? Pode ficar triste? – retrucou a menina chorosa.

- Você irá explicar para Nathan depois que foi por sua causa que eu não fui vê-lo? Como você acha que ele vai se sentir? Ele e eu confiamos em você. Poxa, Anne eu queria tanto dar um beijo, um abraço nele hoje. Eu preciso ir até lá. Depois eu vou ao hospital ver você.

Ela esperou pela reação da menina. Esperava sinceramente tê-la convencido. Por mais que tivesse preocupada com ela, sabia que isso era muito mais manha do que realmente uma virose. Precisava ao menos passar alguns minutos com ele. Devia isso a Nathan.

- Tá, tia. Pode ir mas depois vem para cá com Anne?

- Vou sim, mas deve me prometer que vai comer.

- Não posse esperar a tia chegar?

- Não, coma antes não quero chegar aí e descobrir que você não se alimentou. Estamos combinadas?

- Tá, tia Stana.

- Ótimo, agora passe o telefone para sua vó. A menina obedeceu e assim Stana informou a mãe sobre o que iria fazer. Assim que desligou o celular, terminou de se arrumar. Esperava sinceramente que a menina a obedecesse. A preocupação ainda existia por parte dela.

XXXXXXXXXX

Stana ficou feliz ao ver que não havia papparazzis na frente do La Boheme. Discretamente, ela adentrou o salão mas uma linda mulher como ela jamais passaria desapercebida na multidão especialmente exibindo aquele par de pernas maravilhosos. Quem primeiro a viu foi Tamala que acabara de chegar.

- Wow! Vestida para matar. Mas seria a la Beckett ou Nikki Heat? A fim de causar um ataque cardíaco no aniversariante, amiga? Tenho medo dele não resistir.

- Quer parar com o exagero? – Stana ralhou com ela – você já falou com ele?

- Já! - alguém chamara Nathan para receber a recente convidada que chegara – opa! Lá vem ele, essa é a minha deixa para sumir. Divirta-se. Tamala sequer deu chance dela reclamar de sua atitude. Também, ela não teve tempo pois assim que virou o rosto seu olhar encontrou o dele. Por mais que tivesse imaginado, a reação de Nathan foi muito além do que ela previra. Os olhos azuis brilhavam ao fita-la, o sorriso bobo indicava o quanto ele estava feliz por vê-la e Stana o viu prender a respiração ao seca-la completamente de cima a baixo com os olhos enquanto engolia em seco. Sentiu uma pontada na virilha ao ver o sorriso que abriu para ele.       

- Olá! Seja bem-vinda Stana! – retribuiu o sorriso – Você está... de tirar o folego.

- Obrigada – ela se aproximou dele e trocaram beijos cumprimentando-se um ao outro. Stana o abraçou sussurrando ao seu ouvido – feliz aniversário, babe – afastou-se.

- Cadê seus pais? Eles não vinham? Esperava por eles. Viu o sorriso no rosto de Stana sumir e um ar de preocupação substitui-lo.

- Minha mãe disse para te dar os parabéns. Eu não posso ficar muito. Na verdade, nem deveria ter vindo. Anne está no hospital, Nate.

- O que aconteceu com ela? É grave?

- Muita febre e está fraca porque se recusou a comer. Está tomando soro apesar de saber que não é tão grave assim, estou preocupada. Ela nem queria que eu viesse mas você já estava me esperando e não quis te deixar chateado com isso.

- Antes de decidir ir embora, dê uma volta pelo salão, converse com as pessoas, beba alguma coisa – ele já tinha avistado outras pessoas chegando e não poderia ficar muito tempo conversando com ela para não levantar suspeitas – prometo que volto a falar logo com você. Ele se distanciou indo falar com os outros convidados. Stana adentrou o salão em busca de seus conhecidos. Uma das pirmeiras pessoas que encontrou foi Seamus que trazia duas taças de champagne na mão, provavelmente para ele e a esposa pensou. Ao vê-la sorriu e entregou uma das taças.

- Stana! Você veio. Era pra mim mas depois pego. Venha, estamos todos reunidos em uma mesa. Falta apenas o Jon que deve estar estourando por aí – ele a guiou até um canto do salão. Na mesa estavam além dele e Juliana, Dara e o marido, Tamala e viu Penny um pouco mais distante conversando com outra pessoa – olha quem chegou!

- Hey, Stana! – foi um coro quase unissono. Ela cumprimentou todos eles e sentou-se ao lado de Dara. Por alguns minutos, ela tomou a bebida e riu com os amigos. Passando o primeiro instante do disfarce, Dara cochicou algo para ela.

- Então, você acabou não resistindo hum? Que bom para vocês. Aposto que ele ficou babando ao vê-la entrar. Você está um arraso. Nem sei como ele resiste – riu da própria afirmação – tá, no fundo ele deve ter ficado... qual é o melhor termo :”ligado”. Você não dá tregua na provocação com o cara. 

Agora foi a vez de Stana rir. Aproveitando o momento de descontração, ela percebeu que se pretendia sair logo dali e ir até o hospital, precisaria da ajuda de Dara. Afinal, ela era a única pessoa capaz de intervir para que os dois tivessem um momento à sós. Respirou fundo antes de pedir o favor aquela que era a maior defensora de seu relacionamento.                   

- Dara, eu não posso me demorar. A minha sobrinha está hospitalizada e apenas vim aqui por consideração a Nathan. Preciso ir até ela mas queria ter um momento de privacidade com ele. Acha que é possível? Pode me ajudar a conseguir isso. Você é a única que posso contar.

- Mas sua sobrinha está bem? De verdade?

- É uma história um pouco longa que não dá para eu te contar agora. Tudo o que preciso é que me ajude a falar sozinha com Nathan. Acha que consegue?

- Com certeza. Vou arrastá-lo até a cozinha se for preciso – ela balançou a cabeça diante do exagero – força de expressão, sei que esse lugar tem umas salas privativas. Vamos dar uma circulada e achar o lugar perfeito para o que você tem em mente – juntas ela andaram boa parte do local a procura de um espaço ideal. Dara avistou o que serviria. Praticamente empurrando Stana para dentro da sala intima, uma espécie de escritório, ela fechou a porta e pediu que a amiga não saisse de lá pois ia rebocar o aniversariante a qualquer custo.

Com um par de olhos super atentos à movimentação do salão, Dara seguia procurando por Nathan. Finalmente o avistou. Ele estava em uma roda de amigos conversando e rindo. Reconheceu um deles como alguém do antigo elenco de Firefly. Aproximou-se numa boa e tocou-lhe o ombro.

- Oi, Dara! – disse Nathan – gostando da festa? Cadê seu copo?

- Acabei de terminar. Posso rouba-lo um tempinho? – Dara perguntou em direção ao grupo.

- Claro que sim, não aguentamos mais as mentiras dele – o grupo riu – brincadeira, Captain! – Nathan riu sozinho e saiu lado a lado com a produtora. No meio do salão, ele perguntou para ela.

- Então, querem minha companhia para conversar? Ou você tem algum assunto específico para tratar comigo?

- Tenho sim, um assunto do seu maior interesse ou pelo menos penso assim. A pessoa mais importante da festa, a sua convidada ilustre quer ter alguns minutos na sua companhia, sozinhos. E tenho a missão de te arrastar para um lugar secreto que somente eu sei. Você não vai escapar de mim.

- Sinceramente? Nem eu quero fugir. O que você e Stana estão aprontando? Onde vamos?

- Nossa! Estou me sentindo uma cafetina! Eu não estou aprontando nada, se alguma coisa acontecer é por conta dela. Apenas pediu minha ajuda para encontrar você. Venha. Encontrei uma sala secreta, um escritório. Não se preocupe, ficarei guardando a porta. Ninguém vai atrapalhar o casal. Aqui, entre e fique à vontade. Aposto que você não vai se arrepender – ele riu do jeito de Dara, ela sempre apoiando aos dois.

- Me deseje sorte.

- Isso você já tem, basta olhar para a mulher que está te esperando ai dentro.

Nathan abriu a porta fechando-a logo em seguida. Ela estava de pé apoiada na pequena mesa do escritório. Ele ainda não superara a beleza que emanava daquela mulher hoje. Ela é linda mas hoje talvez pela vontade de vê-la parecia estonteante. Ele andou sorrateiramente até ficar de frente para ela a poucos centímetros de toca-la.

- Você queria me ver, Staninha?

- Sim, eu quero me despedir apropriadamente de você porque preciso ir para o hospital – ela envolveu os braços no pescoço dele e seus lábios tocaram lentamente os dele. Devagar, ela começou a aumentar o ritmo. A lingua fazia uma dança sensual sugando e sentindo todo o gosto do beijo de Nathan. Ela mordiscou o lábio inferior dele e gemeu quando sentiu a mão dele aperta-lhe os seios. Estava sentindo o corpo responder ao toque dele, o coração acelerado. Ela afastou os lábios e apenas abraçou-o por um longo tempo. Sussurrou ao ouvido dele.

- Feliz aniversário novamente, amor. I love you – ela fechou os olhos e ele sentiu-a aspirar o seu perfume.

- Staninha, o que você pretende? Deixar marcas de batom no meu colarinho? Repetir a dose de Veritas? Como vou justificar?

- Por acaso sua namorada é ciumenta? – ela implicou – e naquela ocasião era também seu aniversário. Até onde sei, você terá que contar uma boa desculpa para convencer. Mas não se preocupe, no pior dos casos, ela te dá o fora e você pode ficar comigo para sempre. Aposto que a sua namorada Kate Beckett não vai se importar.

- Você é doida...

- Por você – ela avançou no pescoço dele e mordeu para depois enche-lo de beijinhos. Não deu outra, manchou o colarinho da camisa que ele usava. Soltou uma gargalhada ao ver o que fizera e foi pega de surpresa quando sentiu os pés serem erguidos do chão ao coloca-la sentada sobre a mesa disponível atrás dela. Automaticamente abriu as pernas para que ele se encaixasse no meio delas e sentiu a mão dele segurar-lhe a nuca puxando-a em sua direção sorvendo os lábios intensamente. A outra mão brincava com o seio dela apertando o mamilo ainda sobre o tecido do vestido.   

Stana sentiu os lábios dele afastarem-se dos seus em busca do pescoço dela. jogou a cabeça para trás e fechou os olhos. Queria saborear aquele momento. Nem em um milhão de anos imaginou-se estar  trancada numa sala se agarrando com Nathan tendo mais de duzentas pessoas do lado de fora a ponto de descobrir o segredo deles. Percebeu que aquele pensamento a excitava. O seu centro estava úmido quando sentiu os dentes de Nathan roçando-lhe a garganta, cravando a pele alva.

As mãos dele agora desciam pelas costas fazendo um passeio próprio no corpo de Stana chegando até as pernas totalmente expostas ao ter o vestido encolhido depois do movimento de coloca-la sobre a mesa. Ela queria muito poder te-lo dentro de si, mas era perigoso demais. Precisava ir, tinha que escapar das mãos hábeis dele. Deveria porém seu querer, coração e desejo pediam Nathan. Com as duas mãos, ela enroscou as pernas na cintura dele puxando-o ainda mais para perto de si. Não queria nem um milímetro de distância entre eles. Pode sentir a excitação dele contra seu corpo. Segurou o rosto dele devorando-lhe os lábios incansavelmente, beijinhos após beijinhos até abrir completamente a boca usando a língua para circular toda a extensão dos lábios sugando-os por fim em um beijo de tirar o fôlego.

Ao arfar por um pouco de ar, Stana soltou um gemido de prazer. Precisou somente de cinco segundos e mesmo com a respiração ainda falhando tornou a atacar o rosto de Nathan com os lábios correndo-os por todo o cumprimento da mandíbula, queixo e descendo pelo pescoço fazendo um caminho com seus dentes na pele dele. Nathan fazia o mesmo tipo de caricia brincando com o lóbulo da orelha dela seguindo pela nuca. Stana acabou perdendo o controle e o mordeu deixando uma marca vermelha com sua boca na pele da lateral do pescoço, um pouco abaixo da altura do colarinho.

Finalmente, eles se separaram tentando recuperar-se desse momento de paixão e loucura. Nathan cruzou seu olhar com o dela e o que viu foi puro desejo naqueles olhos amendoados. Ela ajeitou a camisa dele e sorriu ao constatar o que fizera.

- Desculpa,babe. Eu meio que deixei uma marca no seu pescoço...

- Um chupão? – ele perguntou arqueando a sobrancelha ao olhar para ela um pouco surpreso.

- Hum hum... – Stana mordiscava o canto da boca literalmente envergonhada pelo gesto, a face ruborizada – não sei o que me deu, não tinha a intenção de fazer isso, talvez tenha sido o calor do momento. Acho que dá pra disfarçar com a gola da camisa – ela ajeitava o colarinho tentando esconder a marca, a mesma aparecia ainda que parcialmente – oh, Nathan! E se alguém notar? Não some totalmente, o que vai dizer?

- Hey – ele acariciou o rosto dela – não se preocupe com isso. eu me viro. Acho que posso considerar como mais um presente de aniversário, não?

- Mesmo? Não se incomoda por isso? – ele sorri para ela e balança a cabeça negativamente – sendo assim, devo confessar uma coisa. Lembra daquela cena filmada na frente da prefeitura no dia do seu aniversário, a cena do abraço? Eu... quando eu te abracei e me deixei sentir o seu perfume delicioso, parte de mim queria beijar o seu pescoço e morde-lo. Tive que me conter muito para não sucumbir a minha vontade de te atacar. Acho que isso ficou no meu inconsciente, deixar uma marca e a relação com seu aniversário...

Mas ela não terminou de falar. Nathan teve um acesso incontrolável de riso que se transformou em gargalhadas.

- Do que você está rindo? – ela precisava saber. 

- Essa foi a desculpa mais esfarrapada que já ouvi de alguém para justificar um chupão... – Nathan tentava se controlar em vão – oh, Staninha... assume que queria mesmo era me marcar como seu.

- Não é nada disso! – ela falou se fazendo de vítima – foi sem pensar, aconteceu...

- Mentirosa!

- E se eu fiz de propósito? O que você vai fazer?

- Exibir com orgulho a marca que você me deu. Confessa logo! – meio contrariada ela acabou rindo e assumindo.

- Droga, tá bom! Fiz porque quis, tive vontade. Foi mais forte que eu, Nate. E a culpa é sua com essas suas mãos, esses lábios, não me controlo! – ela colocou as mãos no rosto para esconde-lo. Uma confissão dessas apenas aumentava sua vontade de beija-lo e possui-lo mesmo sabendo que não podiam ultrapassar os limites ali. Ele se aproximou dela e gentilmente tirou as mãos do rosto fazendo-a olhar para ele. 

- Você acha que me incomoda por sentir-se assim? Só me faz ama-la ainda mais – ele beijou suavemente os lábios dela, as testas coladas.

- Oh, Deus...Tenho que ir. Não sei como está Anne.

- Não, gorgeous....fique, por favor...

- Oh, Nate. Não faz isso, não posso.

- Por que não? A mãe dela e avó estão lá. Não há necessidade de você também estar... – ele pegou a mão dela e roçou seus dentes levemente pelos nós das juntas. Ela estava quase cedendo aos encantos dele quando o celular tocou. Era sua mãe. Com a mão sobre o peito dele para tentar controla-lo ainda que isso fosse uma missão quase impossível, ela atendeu o celular olhando-o apaixonada.

- Oi, mãe.

- Filha, você ainda está na festa?

- Sim, por que? Como está Anne?

- E-ela acaba de ter um princípio de convulsão – Nathan percebeu a fisionomia dela se transformar de um semblante doce para um olhar quase de pavor - A febre chegou a quase 40 graus. Filha, ela delirou chamando por você. Não te ligaria se não fosse importante. 

- Tudo bem, mãe. Já estou indo – desligou o celular e olhou assustada para Nathan – Anne, e-ela piorou. Teve quase uma convulsão, ela precisa de mim, Nate. Tenho que ir.

Ele ajudou-a a descer da mesa e também a se recompor. Eles estavam de pé de frente um para o outro quando Nathan segurou o queixo dela e beijou levemente seus lábios.

- Você precisa estar calma para ver Anne. Relaxe, amor. Vai ficar tudo bem. Sei que vai.

Ela nada disse mas assentiu com a cabeça e sorriu. Estava quase na porta quando sentiu a mão dele segurando a sua.

- Adorei você ter vindo. Obrigada por fazer dessa noite em poucos minutos algo mágico. Mande notícias e diga para Anne que ela precisa te obedecer e melhorar senão nada de comemoração de aniversário.

- Hum, creio que ela não vai gostar de saber disso... tchau Nathan. Excelente festa. Steamy.       

Abriu finalmente a porta e sorriu para Dara sussurrando um significativo “thank you”. Saiu. Dara ficou um pouco perdida com o súbito desaparecimento de Stana. Ao ver Nathan sair da sala com um sorriso bobo nos lábios, não perdeu a chance de perguntar.

- O que deu nela? Vai virar abobora?


- Não, tem alguém muito especial precisando dela. Não importa, são pequenos momentos que fazem a vida valer a pena e Dara esses últimos minutos fizeram dessa, a melhor festa de aniversário. Sorrindo, ele seguiu caminhando para o salão sem perceber o rolar de olhos e o suspiro dado pela amiga na certeza do dever cumprido. 


Continua....

5 comentários:

TITÍ disse...

ADOREI, CONTINUE A ESCREVER ESTA SUA FIC É MARAVILHOSA !!!

Unknown disse...

Karen, não gosto muito de fics Stanathan, mas esta, acompanho fervorosamente. Seu texto é muito bom! Parabéns!

Unknown disse...

Que capítulo foi esse .... adorei ... Está muito muito bom ... Será que agora eles assumem logo o romance? rsrsrsrs

cleotavares disse...

Capítulo lindo. Oh! Tadinha da Anne.tomara que ela fique boa logo e que a Stana conte logo para a mãe.

Unknown disse...

EITAAAAAAAA STANA!!!!!!
Dara e seus conselhos sabios,muito shipper linda demais sorte eles terem ela apoiando.
Juro que quando li o "Quer saber? Vou falar a verdade",saiu um PQP!!!
É AGORA MINHA GENTE,AGORA QUE A COISA FICARA BOA...SQN!!!
Anne querendo ir a festa do Nate,supe. entendo até eu cat.Stana tão fofa explicando para ela e as ligrimas da pequeba também me deixaram mal =\
Queria muito a famila Katic na festa,mas a nossa lindinha dodoi ñ foi possivel.Imaginei a cara do Nate ao ver a Stana tadinho ela provoca demais.E mais uma vez tivemos a Dara ai,ai, super Dara ajudando.o casal.
ai pensei e errei feio a Stana vai se comportar e ela me FAZ TUDO AO CONTRARIO ATACA O CARA E AINDA DEIXA UMA MARCA,MEU DEUS QUE MULHER...LESBIAN FOR STANA!!!!!
DESCULPE NATE,É ISSO O QUE EU SINTO!!!!
;)