sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Bones Fic - "A X-Mas Carol" - Cap.12

Capitulo 12

31 de dezembro


Eram 3 da tarde e Brennan estava na cozinha dando os últimos retoques na sobremesa que acabara de fazer especialmente para Booth. Também checou os outros ingredientes do jantar que acabaria de preparar apenas à noite, bem bastava misturar mesmo o azeite e as lentilhas ao arroz.


Seguiu para seu quarto com a intenção de preparar-se para a noite. Abriu a porta do guarda-roupa e puxou o cabide com proteção. Abriu o zíper e ficou admirando o vestido que comprara para a ocasião. Será que Booth gostaria? O vestido era preto sem mangas comportado na frente e com um decote em forma de losango nas costas, tinha ainda uma fenda do lado esquerdo da perna que deixava quase toda a perna de fora. Sim, acho que Booth vai gostar. Ela pegou uma caixa na prateleira de cima do armário e checou. A caixa da Armani era muito bonita mas o conteúdo era o que importava para Brennan. Ela iria surpreendê-lo mais uma vez, a seu favor claro! Sorrindo, ela dirigiu-se ao banheiro onde preparou um banho aromático especial para dar a ela toda a energia necessária nesse dia.

XXXXXXXXX

Booth estava sentado no sofá assistindo ao noticiário. Na TV mostrava vários lugares que já festejavam o novo ano com música, fogos e muita festa. Ele não queria muito nessa noite, o que ele mais queria já tinha, sua Brennan. Apenas tentaria fazer todo o possível para agradá-la ao máximo. Uma noite romântica,isso bastava para eles.

O barulho do telefone tirou-o dos seus pensamentos.

- Alô. Ah, oi Rebeca.

Ele escutava o que ela dizia.

- Certo, 15 minutos. Tá, sem problema.

Booth desligou o telefone e gritou.

- Parker! Você já está pronto? Sua mãe já ligou.

Ele entrou no quarto e encontrou o filho ainda na frente do videogame.

- Pai, esse CSI é ótimo!

- Filho você devia ter se arrumado, sua mãe vai chegar em 15 minutos.

- Tá pai, eu já vou.

Ele desligou o jogo e começou a juntar suas coisas. Em cinco minutos tudo estava pronto.

- Pai, posso vir amanhã pra cá?

Booth ficou meio sem graça em responder pro filho que não iria dormir em casa. O menino esperto, percebeu.

- Pai você vai passar o ano-novo com a Bones, né?

- É filho, vou sim.

- Tá tudo beleza, se é a Bones não tem problema. Mas, promete uma coisa?

- Claro, o que você quiser.

- Promete que vai desejar Feliz ano novo pra ela por mim?

- Porque você mesmo não faz isso? Eu te dou o número dela e você liga ok? Usa o celular da sua mãe.

- Posso mesmo?

- Claro! Ela vai gostar.

Ele estendeu um pedaço de papel com o celular dela.

- Beleza! E pai?

- Sábado eu venho pra cá então você pode chamar a Bones pra vir também? Quero jogar CSI com ela.

- Mas você ainda nem jogou comigo!

- E daí? Promete vai...

- Ok, vou tentar mas talvez ela te ouça mais do que a mim.

- Ah, duvido! Ela ta caidinha por você, pai.

Booth só pode rir com o comentário do filho.

- Onde você aprende essas coisas moleque?!

Nesse momento o interfone toca e Parker já sabe que é sua mãe. Dá um abraço apertado no pai e deseja um feliz ano-novo.

- Eu ligo pra você mais tarde,ok?

- Se você não ligar, eu falo quando ligar pra Bones.

Parker entrou no carro da mãe rapidamente e pelo vidro dava vários tchaus para o pai. Rebeca vendo aquilo,sorriu. Ela sabia o quanto o seu filho era louco pelo pai. Passados uns cinco minutos, o menino permaneceu calado no carro. Ela então resolveu puxar conversa e distraí-lo um pouco.

- Parker, eu sei que você queria passar a noite com seu pai, mas você já ficou no natal com ele. Será que não pode ficar feliz só um pouquinho comigo?

- Oh, mãe não é nada disso. Estou feliz por ficar com você essa noite. Papai tem um compromisso muito importante hoje e não quero que ele perca por nada.

- Compromisso? Tipo um encontro?

- É tipo um encontro. Ele ta namorando.

- Mesmo? Que bom, faz tempo que ele deveria arrumar uma namorada.

- É eu sei, fui eu que pedi pro papai Noel e ele realizou o meu desejo.

A mãe estava mais interessada na história agora.

- Ele voltou com a Camile?

- Não! É a Bones.

- A cientista, a mulher dos ossos?

- Ela mesma e não chame ela assim, a Bones é muito legal.

Rebeca achou engraçado a repreensão do filho e riu.

- Ok! Tudo bem. Quero mais é que dê certo isso. Seu pai precisa de alguém na vida dele.

O menino sorriu e pensou “ Papai tirou a sorte grande” .

Apartamento de Brennan – 9 pm

Ela já estava maquiada e penteada. Optara por deixar o cabelo solto no vestido. O tempo em Washington estava frio, fazia -3 graus e ela se preocupou em separar um sobretudo comprido o bastante para esconder o vestido e para se proteger, afinal iam ficar ao ar livre. Ela olhou uma vez mais para o vestido preto. Esperava sinceramente que Booth gostasse.

Ela checou as demais coisas na cozinha e a arrumação da mesa de jantar. Tinha que concordar que estava perfeita. Tinha vinho e champagne no freezer, mas lembrou-se que o primeiro brinde seria feito ainda fora de casa. Será que Booth pensou nisso? Sem pensar duas vezes, ligou pra ele.

- Oi...

- Hey, você lembrou que vamos brindar fora de casa? Como faremos?

- Bones, não se preocupe eu tenho tudo sob controle. Você já está pronta?

- Quase.

- Daqui a uns 15 minutos saio de casa ta? Não agüento mais esperar.

- Saudades?

- Muitas.

- Tá te espero, um beijo.

- Hey, eu já te disse que te amo hoje?

- Não... ela riu.

- Então eu te amo, beijo.

Brennan desligou o celular sorrindo. Precisava se arrumar.

Eram 9 e meia quando a campainha tocou. Ela sabia que ele chegaria cedo então estava pronta e de sobretudo, não queria estragar a surpresa ainda. Queria muito ver a reação dele ao ver o vestido dela. Abriu a porta e lá estava ele, lindo em branco. Calças e camisa de manga comprida brancas e segurando a jaqueta preta numa das mãos. O sorriso capaz de derreter qualquer iceberg.

- Boa noite Temperance Brennan, você está pronta para receber 2010?

- Com certeza, Seeley Booth.

Os dois riram e ele alcançou-a roçando os lábios nos dela para em seguida beijá-los de leve.

- Booth, cadê sua gravata?

- Eu uso gravata todos os dias! Hoje não precisa.

- Mas eu gosto de te ver de gravata... espera!

Ela caminhou até o quarto. Booth aproveitou para olhar a sala, estava toda arrumada. Ela caprichara mesmo.

Brennan voltou segurando uma gravata em tons bege e dourado que ela tinha comprado na Armani.

- Ponha essa.

- Você jura que quer que eu vista gravata? Sério?

- Hum,hum.

Ele suspirou e cedeu. Vestiu a gravata.

- Não sei porque isso.

- Vou demonstrar.

Ela puxou-o pela gravata e tascou um beijo nos lábios dele. Ele aproveitou pra tentar se livrar do sobretudo dela mas o beijo dela tirava sua razão. Quando ela o soltou sorriu.

- Entendeu agora?

- Com certeza!

- Vamos?

- Você não vai tirar esse casaco?

- Booth ta frio lá fora. E deixa de ser curioso!

- Tira vai, eu te aqueço.

Brennan olhou pra ele avaliando o pedido.

- Please,Tempe...

- Não prometo que tiro quando chegarmos ao Obelisco. E não adianta me chamar de Tempe.

Ele entortou a boca e fingiu estar emburrado.

- Você é má Temperance Brennan.

Ela riu e deixaram o apartamento.

Monumento de Washington – 10 pm

Brennan saltou do carro ainda de casaco. Booth abriu o porta-malas e tirou de lá uma geleira pequena onde trazia o champagne e uma garrafa de vinho. Eles caminharam até encontrar um lugar com vista boa para ver o show de fogos. Booth como agente do FBI, descolou entradas para um passeio ao monumento logo após a meia-noite. A vista da cidade era magnífica principalmente hoje que o céu estava de brigadeiro.


Arranjaram um lugar bem em frente a um banco. Booth esticou uma toalha de mesa que trouxera para o caso deles quererem sentar-se no chão. Brennan sentou-se no banco admirando a beleza do monumento e a noite. A lua cheia estava bela digna de uma noite especial. Refletia sua imagem nas águas.

- Que lua linda!

- Especialmente para nós.

A alguns metros dali, uma banda tocava músicas clássicas americanas, jazz, blues acompanhados por alguns instrumentos de orquestra. Brennan decidiu que era hora de tirar o sobretudo. Devagar ela desfez o nó aproveitando que Booth estava entretido servindo vinho a eles. Quando ele se virou para entregar a taça a ela, viu aquela mulher deslumbrante a sua frente. Seu queixo caiu, estava boquiaberto analisando-a dos pés a cabeça. Suprimiu um gemido na garganta. Ela estava de tirar o fôlego, estonteante mas preto?

- Que foi Booth, o gato comeu sua língua? É melhor você fechar a boca podem entrar mosquitos.

Finalmente os olhos arregalados piscaram e caminhou até ela. Balançou a cabeça tentando recuperar um pouco de raciocínio para falar com ela.

- Bones você está linda! Fabulosa! Mas preto? No ano-novo?

Ela revirou os olhos. Não acreditava que ele iria querer discutir isso agora. Não se arrumou toda pra isso.

- Booth nem comece com as suas explicações. “Vestir preto no ano-novo dá azar, atrai coisas ruins.”

Ela disse com uma vozinha engraçada como se tivesse tirando onda com a cara dele.

- Bones, é tradição. O preto é uma cor morta, triste.

- Preto é elegante, é sexy! Não tem nada de errado em vestir preto no ano-novo, isso é pura superstição e eu não acredito nisso, lenda urbana.

Agora foi a vez dele revirar os olhos. Não adiantava mesmo discutir com ela. Brennan era capaz de desenvolver uma tese sobre o assunto. Antes mesmo dele render-se, ela se aproximou dele e brincou com a gravata sorrindo.

- Seeley, hoje não é dia de discutir. Não me arrumei toda pra receber o tal ano-novo, me arrumei pra você. Ou vai dizer que eu ficaria melhor com um vestido branco? É só olhar.

Dizendo isso, ela deu uma volta na frente dele e só assim ele percebeu a fenda que deixava a perna quase em sua totalidade à amostra e no decote ousado das costas mostrando claramente que ela estava sem soutian.

- Então, você ainda vai discordar que o preto é sexy?

Ele abriu o sorriso, aquele mesmo capaz de roubar a sanidade de qualquer ser humano do sexo feminino. Ela sabia que tinha vencido. Ele a tomou pela cintura e fixou seus olhos nos dela.

- Nada é mais lindo e sexy que você, Tempe.

Ele elevou o queixo dela e beijou-a suavemente. Ela amava aqueles lábios. Entreabriu os seus para receber a língua quente na sua boca e começou uma dança sensual intensa. As mãos dela sobre o peito dele enquanto as deles acariciavam as costas nuas dela. Depois de vários carinhos e de longos beijos, Booth se distanciou apenas para contemplá-la mais uma vez. Tinha a mão entrelaçada a dela e a trouxe até o banco. Entregou a ela uma taça de vinho e sentou-se ao lado dela.

- Um brinde a mulher mais bela do universo. A razão da minha vida.

- A nossa felicidade,Booth!

Tomaram o vinho e Booth passou o braço na cintura dela. Ficaram admirando a paisagem e namorando. Uma melodia conhecida se espalha no ar. Brennan sorri pela coincidência. Ela quer dançar.

- Booth, dança comigo essa canção?

- Com prazer.

Ele se pos de pé e esticou a mão pra ela que já se levantara e se acomodou nos braços dele.

Someday, when I'm awfully low
when the world is cold
I will feel a glow, just thinking of you
and the way you look tonight

Ele a apertava firme contra o próprio corpo e ela tinha uma mão sobre a nuca dele. Os rostos colados.

- Você gosta dessa música?

- Muito, quando a escuto penso em você.

Oh but your lovely
with your smile so warm
and your cheeks so soft
there is nothing for me, but to love you
just the way you look tonight

Ele sorria e cantarolava ao ouvido dela.

with each word your tenderness grows
tearing my fear apart
and that laugh
that wrinkles your nose
touches my foolish heart

Ele enfatizou a parte seguinte a olhando nos olhos sorrindo.

lovely, never ever change
keep that breathless charm
won't you please arrange it
because i, i love you
just the way you look tonight

Brennan tinha lágrimas nos olhos.


- I Love you, Booth.

E novamente os lábios se tocaram apaixonados sob a luz da lua.

A melodia continuou tocando agora outra canção para os enamorados mas eles apenas permaneceram abraçados. Booth a segurava por trás enquanto fazia carícias no pescoço dela, ambos balançando ao som da música. Um toque diferente se fez ouvir. Vinha do bolso de Booth. Ele viu que era Parker.

- Oi, filho.

- Pai você está com a Bones?

- Estou.

- Porque ela não atende o celular dela?

- Você trouxe seu celular?

- Sim, ta no bolso do sobretudo. Porque?

- Liga de novo que ela vai atender.

- Pegue seu celular. Tem alguém querendo muito falar com você.

Mal ela achou o celular, ele tocou.

- Brennan.

- Oi,Bones! É o Parker.

- Oi,Parker. Tudo bem?

- Tudo ótimo! Eu liguei pra desejar um feliz ano novo para você e também pra te agradecer por fazer meu pai feliz.

Brennan sorria com as palavras do menino.

- Ah, feliz ano novo pra você também e continue sendo esse garoto esperto ok?

- Bones, você sabe que eu gosto muito de você né?

- Eu também gosto de você.

- Um beijo Bones.

- Outro pra você e Parker? Pode me chamar de Tempe se quiser.

- Legal! Tchau,Tempe.

Ela desligou o celular ainda sorrindo.

- Hey, e eu ? Ele não vai falar comigo?

- Não disse nada. Você deu meu número a ele?

- Ele pediu. Disse que tinha que falar com você hoje. Esse menino é fogo!

- Ele é maravilhoso e tem a quem puxar.

Ela envolveu os braços no pescoço dele e beijou-o até um toque de celular os separar. Booth riu.

- Adivinha? Oi,filhote!

Ele falou por alguns minutos com o filho e assim que desligou o telefone, uma voz ecoou nos auto-falantes.

- Pessoal, vamos nos preparar. Faltam 10 minutos para a meia-noite!

- Vem,Bones.

Ele pegou a geleira e começou a preparar as taças. Um cacho de uvas roxas. Ele colocou duas uvas em cada taça.

- Você pode segurar as taças enquanto me preparo.

- O que você está fazendo Booth?

Ele colocava a nota de $1 dolar no sapato. Separava algumas uvas nas mãos e checava a champagne.

- Bones são rituais de ano novo,ok? Se você não acredita então não faça.

- Você leva isso a sério mesmo não?

Ele sorriu.

- Levo sim. Posso te perguntar uma coisa?

- Claro.

- Que cor é a sua calcinha?

Ela olhou intrigada pra ele.

- Bem, eu queria preta mas a vendedora não tinha e acabei comprando rosa. Quer ver?

Ele abriu o sorriso e beijou-a.

- Excelente! Rosa simboliza amor.

- Você quer ver ou não?

- Melhor não ou posso fazer besteira.

- Pessoal, um minuto para a meia-noite!

Ele pegou a champagne e se aconchegou ao lado dela de pé ansioso pela contagem, os dedos entrelaçados e o sorriso no rosto mostravam a felicidade de Seeley Booth naquele momento. Não existia outro lugar no mundo que ele gostaria de estar. Ele a olhou com ternura, os olhos azuis brilhavam e refletiam as luzes do lugar. Verdadeiras pedras preciosas.

- Pronta pra contar?

- 10...9....8...7...6....

Ela contava com ele e sorria. Envolveu seus braços na cintura dele ficando de frente pra ele.

- 5...4...3...2...1

Os gritos de Happy New Year ecoaram no ar mas naquele momento nada mais importava, Brennan estava nos braços de Booth sentindo mais uma vez os lábios sedentos de amor junto aos seus. O beijo demorado anulava qualquer barulho, qualquer multidão. Eram somente os dois, unidos. Booth quebrou o beijo e balançou a champagne. A rolha voou longe derramando espuma perto deles. Brennan deu um grito de felicidade ao sentir o líquido a atingir no braço. Ele encheu as taças e eles brindaram. Segurando a garrafa e sua taça numa mão, ele pegou a mão dela na outra e a puxou.

- Vem comigo.

Ele a levou até o monumento. Booth mostrou a credencial.Tomaram o elevador. Ao passarem pela porta de vidro, Brennan prendeu a respiração. A vista era espetacular. Os fogos pareciam tão próximos que o calor era intenso. Ele a abraçou por trás e beijou-lhe a nuca, e o rosto, o pescoço e sussurrou.

- Feliz ano novo, Temperance.

Ela virou-se pra ele e sorriu.

- Feliz ano novo, Seeley.

Ele ofereceu a champagne e ela aceitou de bom grado. Quando terminou de tomar, pegou uma uva da taça nos lábios e ofereceu a ele. Booth mordeu o pedaço da uva tocando os lábios dela. Brennan reparou nas gotas de champagne que escorriam pelo queixo dele e lambeu-as somente para colar seus lábios nos dele novamente. Os fogos já haviam cessado. Ele olhou pra ela com ternura e acariciou a bochecha dela.

- Acho que podemos ir pra sua casa.

- Também acho.

Brennan aproveitou para dar uma última olhada na vista da cidade e na lua plena no céu estrelado.

- Acho que nunca vi uma noite tão linda como hoje em Washington.

- Eu já, toda noite que olho pra você.

Ela enrubesceu. Eles deixaram o monumento de mãos dadas.



CONTINUA...

Um comentário:

Anônimo disse...

Own... Que linda essa fic! Amei!! Continua logo que eu tô curiosa!!