domingo, 10 de janeiro de 2010

Bones Fic - "A X-Mas Carol" - Cap.13 & Epílogo

ATENÇÃO! NC-17!!!


Pessoal, é isso! Os dois últimos capítulos da fic. Espero que tenham gostado, foi um prazer escrever.Bjks!



Capitulo 13


Apartamento de Brennan

Brennan foi direto para a cozinha esquentar a comida. Booth arrumou o seu pequeno pernil na mesa e abriu a garrafa de vinho indicada por ela. Também colocou o champagne na mesa. Ela veio trazendo uma travessa de comida. Arroz com lentilhas e logo em seguida trouxe uma salada maravilhosa.


- E você não segue as tradições, sei.

- Booth lentilha é um dos melhores grãos, muito apreciado pelos vegetarianos pelo seu alto valor nutritivo.

- Ok, Bones. Não precisa justificar cientificamente. O cheiro está maravilhoso. Vamos comer!

Primeiro, ela ligou o som e um jazz suave no piano começou a tocar. Ela se sentou na mesa ao lado direito da cabeceira onde ele havia sentado. Olhou para o pernil à mesa e sorriu. Pegou o prato dele e o serviu de lentilhas enquanto ele cuidava do champagne.

- Bones não esqueça do pernil.

Em seguida ela se serviu de lentilhas e salada. Pegou o copo nas mãos e elevou para fazer um brinde.

- A nós!

Brindaram e Brennan virou todo o copo. Ela estava ansiosa pelo resto da noite. Comiam relativamente quietos, vez por outra ela se pegava olhando para ele com rabo de olho, observando, admirando o jeito dele se portar, seus gestos e movimentos. Um pequeno sorriso formava-se no canto da boca ao ver o quão relaxado ele estava.

- Hum, isso está muito bom. Você também tem dotes culinários hein Bones?

- Não, eu me viro. Não é fácil quando se é vegetariana.

- Bones você não é modesta.

- Eu sei por isso mesmo afirmo, cozinhar não é minha habilidade.

- Tudo bem, mais vinho ou champagne?

- Champagne.

Ele a serviu novamente e permaneceram comendo sem maiores comentários. Assim que terminaram, ela levantou-se da mesa e recolheu os pratos. Booth levantou-se e fez menção de ajuda-la mas ela o proibiu dizendo que ele era convidado. Ele estava de pé na janela observando a lua quando ela o abraçou pela cintura e mostrou o que tinha na mão. Um pequeno prato de sobremesa.

- O que é isso? Torta?

- De maça, fiz especialmente para você.

O sorriso parecia de menino. Ele quis pegar o prato das mãos dela porém Brennan não deixou. Ela tirou um pedaço da torta e levou o garfo a boca dele. Booth saboreou o pedaço suspirando e de olhos fechados.

- Deliciosa!

Ele tascou um beijo nela tentando tirar a atenção dela do prato mas Brennan foi mais esperta, desviou dele o prato e o colocou num console próximo a janela aproveitando para intensificar o beijo. Ela enroscava sua língua na dele provocando e antes de quebrar o beijo,mordiscou-lhe o lábio inferior. Ele gemeu baixinho.

- Tempe...

- Tem certeza que prefere a torta,Booth?

Ela olhava pra ele maliciosa.

- Ah,Bones faz isso não, me dá a torta que eu faço tudo que você quiser.

- Mesmo? Tudo?

- Tudo!

- Ok.

Ela entregou o prato a ele e sorriu. Disse que ia ao banheiro. Quando voltou, ele estava sentado no sofá. Ela chegou devagarinho e apoiando apenas um dos joelhos no meio das pernas dele se inclinou e deu um selinho nos lábios dele.

- Satisfez a vontade de comer torta?

Ele podia ver que ela já demonstrava estar excitada, os mamilos roçavam no tecido do vestido.

- Muito boa, gostosa...

- Melhor que eu?

- Nunca.

Ela inclinou-se para beija-lo, dessa vez segurou a gravata nas mãos e roçou os lábios nos dele tocando apenas a ponta da língua neles. Mordiscou o lábio inferior e quando ele entreabriu os lábios gemendo, ela o invadiu com a língua sem pedir permissão. Booth a recebeu em sua boca com prazer, deslizando suas mãos pelas costas nuas dela. Brennan mantinha a gravata puxada firme numa mão e a outra passeava pelo peito dele rumo a calça. O beijo tornou-se urgente e selvagem quando Booth reagiu ao toque dela em seu membro mesmo que sobre o tecido. Queria te-la por completo o mais rápido possível. Ela o massageava sobre o tecido da calça sem deixar os lábios parados, agora estava chupando e beijando o pescoço dele. Com as duas mãos ela desafogou um pouco a gravata apenas para desabotoar a camisa dele, deixando o peito másculo à amostra. Ela apertou um dos mamilos dele enquanto sua boca descia pelo ombro ainda mordiscando. Brennan fazia um passeio pelo peito dele beijando e lambendo, mordiscou os mamilos dele de leve e arrancou gemidos de Booth que apenas aproveitava o prazer que ela o proporcionava. Ela sentiu o membro dele crescer sobre sua mão. Finalmente quebrou o beijo e se distanciou dele. Booth arfava e estava vermelho. Os olhos de ambos brilhavam de desejo, densos e escuros.

Brennan se levantou e de pé, ocupou-se em desabotoar as calças dele. Tão logo seus dedos roçaram e baixaram as calças, ela mesma apertou de leve as bolas dele sobre o boxer. Ele gemeu.

- Você tem roupa demais.

- Estou bem assim.

Ela o puxou pela gravata fazendo-o levantar. Booth sabia que o movimento era para que se disfizesse das calças o quanto antes. Agora, ele estava a frente dela vestindo apenas a gravata e o boxer que já mostrava a ereção armada sob ele. Ela sorriu e novamente segurando a gravata o puxou guiando-o ao quarto dela.

Ao chegarem lá, Booth reparou no lençol bege e preto e na colcha preta já atirada aos pés da cama. As luzes eram somente as do abajur ao lado de cada cabeceira e a música suave permanecia no ambiente. Usando a gravata, ela puxou-o para si e beijou-o sensualmente passando suas mãos pelo tórax musculoso dele. Quando quebrou o beijo para mordiscar o lóbulo da orelha dele, ele sussurrou.

- Você tem algum fetiche com gravatas?

- Fetiche? Não. Eu apenas gosto delas são fáceis de manusear.

A cara dela era de mistério e malícia. Booth sorriu.

- Você está com cara de quem quer aprontar...

- Você ainda não viu nada.

Mal terminou a frase, ela o empurrou na cama.

- Fique deitado ai, ok? Já volto.

Ela foi rapidamente a cozinha e trouxe a garrafa de champagne consigo. Colocou-a sobre a mesa de cabeceira. Em seguida, foi até seu guarda-roupa e tirou uma caixa de lá. Ele a observava curioso.

- O que tem nessa caixa,Bones?

- Shhh, você disse que faria tudo que eu quisesse. Então fique quieto.

Ela tirou da caixa duas echarpes e um chapéu estilo italiano. Foi até onde ele estava na cama e fez sinal para ele desabotoar o vestido dela. Ele o fez e quando ia puxa-lo para deixa-la sem a peça ela o impediu segurando as mãos dele. Pegou uma echarpe e com calma amarrou um pulso dele na beira da cama.

- O que você está fazendo?

Ela rodeou a cama até o outro lado e prendeu o outro pulso. Sorrindo, ela colocou o chapéu na cabeça e olhou fixamente pra ele.

- Lembra quando eu disse que era desinibida e passional na cama? Vou fazer uma demonstração pra você,Booth. Apenas observe.

Ela acionou outra musica no aparelho de som. A melodia invadiu o quarto na voz grossa de Joe Cocker.

“Baby take off your clothes…real slow/take off your shoes…oh I´ll take off your shoes”

Ela devagar, passou a deslizar o vestido pelo corpo deixando a pele a amostra. Ela balançava no ritmo da canção.

“Baby take off your dress, Yes Yes Yes.../but you can leave your hat on, you can leave your hat on, you can leave your hat on”

Ela estava apenas de calcinha e com o chapéu na cabeça dançando e se aproximando da cama. Booth queria tanto toca-la, sentia a dor na virilha, o desejo o consumindo. Não podia. Ela estava a seu lado, passava a mão no rosto dele e deu-lhe um beijo rápido suficiente para morder o lábio inferior dele. Tomou uma tça de champagne enquanto uma das mãos o acariciava no peito e no abdômen. Deixou a bebida de lado e subiu na cama. Sentou-se no abdômen dele e suas mãos continuavam a passear no peito,no pescoço e de volta ao abdômen. Agora era vez dela pousar sua boca sobre a pele quente dele. O contato parecia choque elétrico, Brennan sentiu o membro dele contra ela.

Ela ia trilhando um caminho de beijos sobre a pele dele até chegar no elástico do boxer. Ela olhou pra ele maliciosa e com os dedos ágeis, baixou a cueca até os joelhos dele deixando o pênis finalmente livre e ereto a sua frente. Na mesma rapidez se livrou da própria calcinha.

You give me a reason to live /You give me a reason to live /Sweet darling
You can leave your hat on /You can leave your hat on/ feeling

Ela o pegou nas mãos e ele gemeu ao toque. Brennan massageava a cabecinha com uma das mãos e a outra massageava a extensão do membro. Booth balbuciava qualquer coisa que ela não parecia se importar, para ela apenas a sensação de prazer que estava proporcionando a ele importava, isso e as suas próprias reações. Estava molhada e excitada, queria te-lo dentro de si com urgência mas não ainda, ela tinha que satisfaze-lo primeiro, provoca-lo.

- Tempe...por favor...

Ela deitou-se sobre ele sem largar o membro e beijou-lhe o pescoço. Ele pode sentir o peso do corpo dela quente e as batidas rápidas do coração dela sobre a própria pele. Como era angustiante não poder toca-la.

- Me deixe tocar você, isso é loucura...

Ela beijou o rosto dele, lambeu o lóbulo da orelha e sussurrou.

- Fale o que sente...

- Desejo...

Ela chupou o mamilo dele.

- Loucura...

Ela se distanciou dele ficando ereta mais uma vez e lambeu a cabecinha do membro dele.

- Isso é ...é tortura!

Ela chupou apenas a cabecinha do penis dele e soltou o membro que já dava sinais de estar mais do que pronto para penetra-la. Ela voltou a se deitar sobre ele e beijou-o, dessa vez com mais carinho sem deixar de ser sensual. A dança das línguas era o único toque que ele podia apreciar, ela não agüentava mais.

- Eu preciso senti-lo dentro de mim,Booth.

Dizendo isso, ela se afastou e vagarosamente se posicionou sobre o membro dele deslizando calmamente em busca do encaixe perfeito. Ela gemeu. A sensação era maravilhosa. Booth arfou com o contato e ela soltou um grito de prazer.

Devagar, Brennan cavalgava nele ditando o ritmo, as mãos apoiadas no peito dele e oras acariciando seus próprios seios. Mantinha os olhos fechados. Movia-se graciosa e compassadamente. Ela podia sentir o orgasmo se formando e aumentou o ritmo. Ele a acompanhava com os quadris impulsionando e estocando nela. A respiração dela tornou-se mais pesada, ofegante, os gemidos constantes, ele sabia que ela estava quase no clímax. De repente ela soltou um grito e ele a estocou novamente, então os gemidos ficaram mais rápidos e intensos. Por fim, ela jogou o corpo para trás e deixou o tremor se espalhar pelo corpo numa onda gigante de prazer. O chapéu caíra no chão.

Ele observava cada reação dela, cada fisionomia, cada gemido. Estava intoxicado pela beleza da mulher a sua frente. Ela gemeu mais uma vez e deixou o corpo cair sobre ele. A cabeça sobre o peito dele e uma das mãos na gravata. Ele ainda estava dentro dela, apertado e úmido. Sentiu a pequena e habilidosa mão tocar o seu pulso e desfazer o laço deixando um dos braços livres. Ele a envolveu pela cintura. Mais calma, ela esticou-se e desfez o outro laço. Livre agora ele estava.
Booth a envolveu pela cintura e em um rápido movimento trocou de posição com ela. Agora Brennan podia sentir o peso do corpo dele a comprimindo. Ainda sentia o membro entre suas pernas. Ele tocou um dos seios dela e deu uma leve estocada, ela arfou.

De repente, um vazio. Ela gemeu em protesto. Olhando para ele, ordenou.

- Booth, você disse que fazia qualquer coisa pra mim então me complete.

- Você é bem mandona,hein Temperance?

- Você que pediu. Agora faça o que digo.

Ele sorriu enigmático e penetrou-a de uma vez. o grito de prazer misturaram-se aos próprios gritos de Booth ao sentir as unhas dela marcarem sua pele. Ele a beijou nos lábios suavemente e sussurrou.

- Eu te amo, cientista maluca.

Ela riu e beijou-o de volta.

- Faça amor comigo,Booth.

Sem pensar duas vezes, ele deslizou as mãos pelo corpo dela e movimentou-se ritmadamente. Não havia mais nada nem ninguém entre aquelas quatro paredes. Somente amor e desejo. Êxtase e paixão. Um segredo só deles e da lua cheia de Washington que pairava sobre os corpos em movimento buscando apenas a união, a magia, o prazer.



Epílogo


Booth acordou desorientado, porém apenas por dois segundos. Ao olhar para o lado, viu a bela mulher que apoiada no cotovelo, velava seu sonho.

- Hey, bom dia.

- Dia. O que você está fazendo?

- Te olhando, te admirando.


Ele abriu o sorriso e Brennan se inclinou para beija-lo. Ele a abraçou contra o corpo. Ela ainda estava nua e mesmo com o ar condicionado ela podia sentir a pele quente dele em contato com a sua.

- Dormiu bem, Tempe?

- Maravilhosamente, como a muito tempo não dormia.

- Que horas são?

- Cedo.

Ela afastou-se e Booth percebeu um brilho diferente no olhar dela. Brennan deitou-se de lado com as costas para ele. Foi a vez dele se apoiar sobre o corpo e olha-la.

- O que foi?

- Nada.

E suspirou profundamente.

- Com certeza é alguma coisa. Diga.

Ela virou-se para ele, os olhos mostravam hesitação e insegurança.

- Eu...eu nunca pensei que sentisse tanta falta de alguém pra dividir a cama comigo até ontem. Depois de dormir com você esses dias não queria ter que experimentar o vazio de novo, a solidão.

- E quando penso que você já me surpreendeu o bastante, você me pega de surpresa mais uma vez.

Ela permaneceu calada. O mesmo semblante. Parecia estar ponderando tudo o que aconteceu. Booth sabia que ela pensara se ele a abandonaria também. Ele sabia que no fundo a cientista racional tinha um lado emocional abalado e inseguro.

- Bones, isso é real, eu e você, não é um amor de verão, uma noite de prazer, é real. É amor, carinho, compromisso, eu quero me perder pra sempre em você e não ouse fugir de mim.

- Promete?

- Você sabe que sim.

- Apenas prometa.

- Eu prometo Tempe, eu prometo.

Ele beijou a testa dela e ficaram deitados e abraçados por um bom tempo.

Em um sábado qualquer...

Brennan estava vidrada na TV a sua frente. Os olhos analíticos e o rosto denunciava a pose da cientista diante de um problema.

- Já sei! Assassinado com uma faca de cozinha e jogado no lixo de trás do restaurante pelo ajudante de cozinha. Motivo: ambição. O ajudante queria o lugar do chef, as fibras encontradas no corpo são dele e a lasca de pele encontrada no cabo da faca combina com o DNA do suspeito.

Ela terminou de apertar alguns botões e deu enter. Um quadrado verde apareceu na tela com as palavras: “você solucionou o caso! Parabens!”

- Wow! Você é muito boa nisso,Bones. Melhor que o papai.

- Hey!

Brennan riu da reação de Booth.

- Ciúmes?

Ele resmungou algo que ela não se importou em entender. Parker já estava selecionando um novo caso quando Booth o interrompeu.

- Chega vocês dois. Estão grudados nesse videogame já tem duas horas.

- Precisamos de tempo para investigar os casos, booth. Até parece que resolvemos os nossos casos do FBI em cinco minutos.

- É pai, leva tempo.

- Já chega, nós vamos sair. Fazer atividades ao ar livre. Levante-se e vá se vestir Parker, você também Bones. Nós vamos jogar bola, tomar sorvete. Sentir um sol na pele. Nada de ficar num quarto fechado.

O menino obedeceu o pai e se arrumou.

- Eu não vou jogar bola,Booth.

- Vou pensar no seu caso, Bones mas pode levar o notebook. Sei que você está quase terminando o seu livro agora.

- Tudo bem.

Riverside Park – 3pm

Brennan estava sentada embaixo de uma árvore próxima a uma pequena quadra de basquete improvisada com o notebook no colo. Estava relaxada e quase terminando o livro. Alternava entre a escrita e observar Booth e Parker jogando. Por vezes se esquecia olhando para eles. A interação entre pai e filho era algo bonito de se ver, interessante de analisar também do ponto de vista antropológico mas não era esse o tipo de avaliação que ela queria fazer agora. Ali de frente pra eles, Brennan observava Booth ensinando algumas dicas de como arremessar a bola na cesta, gesticulava, sorria e levantava o menino o colocando mais próximo do alvo. Ambos possuíam um sorriso luminoso no rosto. Era um momento feliz, sublime somente deles e ela não podia deixar de sorrir para isso.

Voltou a atenção a tela, era a última página, as considerações finais de sua mais nova história. Acreditava que sua editora ficaria satisfeita. Absorta em pensamentos e rápida no teclado, nem percebeu quando Booth sentou-se ao seu lado. Apenas ao sentir os lábios no pescoço e a cócega que ele provocava nela foi que riu e se desconcentrou.

- Para, Booth. Você faz de propósito.

Ela se desvencilhou dos lábios e pos o computador de lado. Com ambas as mãos no rosto dele, o beijou. Colou sua testa na dele.

- Implicante.

- Bones, o papai duvida que você acerte uma cesta. Eu disse pra ele que você conseguia.

- Seu pai está me desafiando,Parker?

O menino abriu o sorriso. Sabia que ela gostava de jogos.

- Está sim. E aposto que vai perder.

- Booth você acredita mesmo que eu não consiga acertar?

- Qual é Bones! Você mesma disse que não gosta de esportes e acha um desperdício essa mistura de suor e exercício.

- Você não respondeu minha pergunta? Quer apostar comigo?

Booth sabia muito bem o que se passava na cabeça de Temperance Brennan quando a desafiavam. Ela se transformava e só existia uma possibilidade: ganhar.

- Ele quer, ele quer!

- Parker, quem decide sou eu. E você sabe a Bones ela tem que terminar o livro dela e...

- Está com medo Booth? Vai desistir na frente do seu filho?

- Não é que você precisa terminar o livro e...

- Já terminei.

- Oba! Vamos pai.

- Er...er está bem. O que vamos apostar?

- Uma rodada de sorvete!

- Certo, uma rodada de sorvete pro Parker e uma semana eu dirigindo no trabalho. E você?

- Oh, droga! Tá uma semana sem tofu pra você.

- Booth!


- Nah, aposta é aposta.

- Ok.

Eles apertaram as mãos e antes de irem pra quadra, Brennan salvou o trabalho e já ia fechar o notebook quando Booth a impediu.

- Você terminou mesmo?

- Terminei. Veja.

Booth olhou a tela do computador. As palavras “The end” marcavam a última página. Convencido fechou o notebook. Eles rumaram para a quadra.

- Quer treinar um pouquinho antes,Bones?

- Não que eu precise mas tudo bem.

Booth riu da ousadia dela. Brennan vestia uma calça legging e uma blusinha babylook. Ela bateu a bola diversas vezes contra o chão antes de arremessar. Ao impulsionar o corpo, a blusa subia denunciando a barriga alva e lisa. Errou. Ela olhou pra ele como quem diz poxa, parecia fácil. Ele sorriu. Isso vai ser bem fácil, pensou ele.

Três tentativas e três erros. Na última, a bola chorou rodopiando no aro e finalmente entrou. Ela virou-se para ele.

- Estou pronta. Podemos começar?

- Espera quais as regras?

- Ah pai três chances pra cada. Quem acertar mais leva.

- Ok, Bones você primeiro.

Ela se posicionou na frente da cesta na marca determinada. Sem bater a bola uma única vez sequer, ela arremessou. Cesta.

- Yes!

Ela sorriu e fez hi-five com Parker. Segunda tentativa e mais uma bola encestada.

- Sorte de principiante, a terceira você era.

Ela sorriu pra ele e jogou a bola. Cesta novamente.

- É isso aí,Tempe. Quero ver o papai acertar as três.

Booth sorriu pra ela e tomou-lhe a bola das mãos. Posicionando-se a frente da cesta, ele quicou a bola algumas vezes e arremessou. Cesta. Olhou pra ela com ar de convencido. Segunda chance e cesta. E Bones achava que podia ganhar dele. No terceiro arremesso, ele quicou a bola e jogou. A mesma bateu no aro e espirrou.

- A Bones ganhou!

- Não, não, não. Melhor de três.

- Que isso Booth a regra é clara. Três tentativas e pronto.

- É pai, ela ganhou.

Booth ficou emburrado enquanto Brennan fazia outro hi-five com Parker.

- Vamos comprar sorvete.

Booth puxou a carteira e deu dinheiro a ele.

- Qual o sabor de vocês?

- Chocolate.

- Eu não quero Parker você pode comer o meu.

- Tem certeza,Bones?

- Vai lá garoto.

Ela sentou-se ao lado dele e colocou o computador de novo a sua frente. Ele estava chateado. Ela apertou a mão dele e beijou-o no rosto.

- Quem diria, pra quem não pensava em filhos ganhei dois de uma vez. Você é um menino grande Booth. Poe um sorriso nesse rosto. Vai, aquele sorriso que me tira o fôlego.

Ele olhou pra ela e sorriu. Ela se aconchegou entre as pernas dele e inclinou seu corpo contra o dele. Os dedos no teclado davam os últimos retoques. Booth viu de relance seu nome na tela.

- Hey, eu estou nesse livro? Sou o agente gostoso dessa vez?

- Quantas vezes vou ter que dizer que Ryan não é você?

- Tempe, acho que você não precisa esconder mais isso. Você é minha namorada agora.

Ela revirou os olhos.

- Tá bom, eu me inspirei em você e no Sully pra compor o Ryan.

- Temperance...

- Ok, ok foi só em você. Satisfeito?

- Agora sim.

Nesse momento, Parker voltava com o sorvete do pai e duas bolas de sorvete para ele.

- Você podia ter colocado duas bolas pra mim também, né Parker!

- Ganhei duas bolas porque a Bones não quis a dela.

- É isso mesmo, vocês não podem abusar do sorvete, engorda e é gorduroso. Ainda vamos jantar hoje.

- Sim, mamãe.

Parker começou a rir e Brennan tacou um murro no braço de Booth.

- Ai! Grossa!

Ela desatou a rir. Booth resolveu retomar a conversa.

- Eu vi meu nome ai nesse computador, Bones.

- Como você é curioso!

Ela digitou algo e apareceu a dedicatória do livro.

- Taí seu nome e o do Parker.

- Sério?

- O meu também Bones?

- Também, impossível manter segredo de vocês. Podem ler.

Ela entregou o computador para Booth e apenas ficou olhando. Parker se aconchegou próximo ao pai para ver o que estava escrito.

“Para Seeley Booth e Parker que me mostraram como é ter uma família novamente. Love you,Tempe.”

- Legal! Obrigado Bones. Espera só eu contar que meu nome aparece num Best-seller.

O garoto correu até ela e beijou-lhe o rosto.

- Eu ainda não sei se será um Best-seller, Parker.

Booth permanecia calado.

- O que foi?

- Quando você irá parar de me surpreender,Tempe?

- Espero que nunca.

E abriu um sorriso. Ele aproximou-se dela e beijou-a suavemente nos lábios. Ela se aconchegou nele por um lado e o filho de outro. Uma imagem digna de porta-retrato. Alguns metros dele, Brennan viu uma menina brincando com um bambolê. Sorriu marota pra ele.

- Que tal uma competição de bambolê?

- Isso é coisa de menina!

- Quem disse? Se fosse por isso eu não jogaria bola.

- Bones não inventa.

- Que foi? Está com medo de perder de novo?

- Wow, sai dessa pai.

- Vamos,Booth apenas uma tentativa.

- Bones é melhor não. Você vai querer tirar o bambolê da menina?

- Só tomar emprestado.

Parker já estava de pé na maior alegria. Correu até a menina e começou a conversar.

- Vamos, olha o seu filho. Não seja estraga-prazer. Se ganhar, eu posso fazer um strip tease pra você.

Ela piscou e olhou-o maliciosa. Booth se levantou rapidamente e saiu gritando.

- Hey, garotinha me empresta esse bambolê.

Brennan desatou a rir. Esse era o seu menino, seu parceiro,seu amor.




The End

4 comentários:

Estefane disse...

Vc arrasou no final, imaginar B&B e Parker com um a família, muito bontio, sonho com isso em Bones, vc escreveu uma relação linda entre B&B. PARABÉNS PELA FIC.

Rubine disse...

Bela fic... não sou muito sentimental mas gostei do final! E a Brenna louca e desinibida...kkk

Anônimo disse...

Ai ai... Amei essa fic, com certeza a melhor que eu já li! Qual vai ser a próxima hem? Continue!! Você é boa nisso!!

mika disse...

Arrasou em, agora só falta fazer a brennan gravida seria muito legal. Parabéns pela fic otima