terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

[Bones Fic] As Time Goes By - Cap.33

NC-17..........


Cap. 33

Booth estava na sala assistindo ao game de futebol enquanto Brennan escrevia mais um pouco do seu livro. Ela tinha escrito apenas quatro páginas e descobrira que as palavras não estavam do seu lado hoje, pelo menos em se tratando de historias de ficção como era o caso do seu livro. Vencida pela imaginação ela decidu fechar o documento e abrir o seu diário. Ao verificar o número de paginas, sorriu. Já haviam mais de duzentas páginas de pensamentos dela. Resolvida, pos-se a escrever um pouco mais.

“ A vida está se tornando uma rotina interessante. O trabalho continua sendo nossa maior preocupação e de certa forma nossa maior diversão excetuando é claro, as nossas horas na cama sobre as quais não tenho nada a reclamar, são momentos fantásticos. As vezes penso em quanto tempo eu perdi não aceitando começar um relacionamento mais cedo com Booth, lembro do nosso primeiro encontro realmente, quando fomos depois de um dia de trabalho beber tequila. Apos tantas doses, ainda não sei de onde veio aquele resquicio de razão que me fez entrar naquele taxi.

E quer saber? Não me arrependo nem um pouco. Se tivesse dormido com Booth naquele dia, talvez nào tivesse tido a oportunidade de conhecer o homem que ele é, o verdadeiro macho alfa por trás do agente do FBI. Também sei que talvez não tivéssemos trabalhado juntos tantos anos antes de realmente nos entregarmos ao relacionamento sério.

Daqui a uma semana, completamos um ano juntos, um ano! Nem acredito que já se passou tanto tempo assim. Não me arrependo de nada. Se tivesse que fazer tudo novamente, não mudaria nada. Continuamos bem, apaixonados é a palavra.

O trabalho corre numa boa. Somos os mesmos profissionais de antes, além da Angela ninguém mais sabe que estamos juntos. Conseguimos deixar a linha limite tênue e clara para todos. Ninguém desconfia. Admito, não é fácil para mim e Booth. Temos algumas recaídas perigosas. As vezes, me pergunto se nossos amigos não estão fingindo para nós. Quer dizer, nem suspeitam?

Interessante é ver como a nova dinamica da nossa vida não nos deixam cansados. Quer dizer poderia parecer estranho conviver com a mesma pessoas 24h. Desde o momento que acordamos, vamos ao trabalho, ficamos horas juntos na resolução de um caso e voltamos para casa, novamente para ficarmos juntos. Jantamos, namoramos e fazemos amor. Adequamos nossa rotina e para outras pessoas isso poderia soar totalmente massante. Não para mim e Booth. A sensação que tenho e que os dias parecem menores agora, as vezes quero passar mais tempo com ele, a sós, e não consigo.

Não sei o que vai acontecer ainda daqui pra frente. Não importa.

Antes de escrever aqui, estava fazendo pesquisa para o meu livro, olhando Darwin. Então me deparei com a palavra que melhor descreve minha jornada ate aqui. Evolução. Essa palavra que tanto foi meu objeto de estudo durante anos, agora define exatamente o que aconteceu comigo. Eu evolui. Não no significado claro da palavra, minha evolução está ligada ao meu crescimento pessoal, emocional. Minha próxima meta? Continuar evoluindo... quem sabe o que virá pela frente? Continuo não acreditando em destino mas estando ao lado de Booth tenho que reconhecer que ele ainda pode me proporcionar muitas surpresas. “

Ela salvou o documento e fechou o computador. Em passos curtos e silenciosos, ela aproximou-se do sofá e viu Booth adormecido com o controle remoto na mão. A tv berrava sozinha para ninguém. Ela ajoelhou-se no chão ao lado dele e beijou o ombro, depois a testa e a bochecha. Viu um pequeno sorriso se formar no canto dos lábios.

- Hey, Booth...vem pra cama.

Ele resmungou.

- Vem, você vai ficar todo doido nesse sofá. Suas costas...

Ele abriu os olhos.

- Estou assistindo tv, Bones.

Ela sorriu e balançou a cabeça.

- Oh, Booth. Não teime. Depois se ficar com as costas e os músculos prejudicados não vai poder trabalhar.

Ele se rendeu. Aliás, ele sempre se rendia a ela. Levantou-se da cama e sentiu as costas incomodarem, os ossos estalaram.

- Tá vendo?! Vem, cá...

Ela o abraçou e foram juntos para o quarto.

- O que você estava fazendo?

- Escrevendo meu livro.

- Falta muito?

- Digamos que uns 10 capitulos. E depois toda a revisão. Preciso entregar um draft no fim do mês. Vou tomar um banho. Volto já.

Dez minutos depois, ela voltou para o quarto e o encontrou deitado somente de boxer já com olhos fechados. Aconchegou-se ao lado dele e beijou-o nos labios.

- Boa noite, amor.

- Boa noite. I love you.

Uma semana depois...

Eles haviam fechado um caso hoje. Booth retornara ao FBI para finalizar o relatorio do caso. Brennan também fazia os últimos comentários para enviar a ele. Ao terminar, Brennan olhou fixamente para o calendário. A exato um ano atrás, ela recebia a visita de Booth na Indonésia. Uma visita que mudou toda a sua vida. Ela nem comprara um presente para Booth e não tivera tempo de planejar nada diferente. Eles foram consumidos pelo caso e ela nem sabia como proceder essa situação.

Eram seis da tarde quando Brennan pegou o telefone e discou.

- Oi,amor.

- Oi,Booth.

- Posso te pedir um favor?

- Claro!

- Voce pode se arrumar para gente ir jantar?

- Esse é o seu favor?

- Favor não soou bem, é um pedido. Você se lembra que dia é hoje, Booth?

- Hum... deixa eu pensar.... não sei, acho que não lembro.

- Faz um ano,Booth. Um ano que você foi me encontrar na Indonésia... pensei que lembrasse...

- Oh, linda! É claro que eu lembro! Estava te testando. Não poderia esquecer nosso aniversário de namoro por nada.

- Aniversário de namoro... isso soa tão estranho...

- Estranho bom ou ruim?

- Estranho de um jeito bom,claro.

- que bom. Vou me arrumar, você vem ate o meu apartamento?

- Sim, apareço no seu apartamento as 8.

- Ok, beijo Bones.

Mais tarde...

Brennan chega na casa de Booth e toca a campainha. Vestia um tubinho cor de vinho até um pouco acima do joelho, era de alças. Tinha o sobretudo preto por cima. Booth abriu a porta vestido com uma camisa de mangas compridas enroladas ate o meio do antebraço e uma calça preta. O perfume adocicado dela misturou-se com o cheiro amadeirado dele.

- Olá, Bones! Entre.

- Você já está pronto não?

- Você está linda... nem sei como consegue ficar ainda mais linda.

- Obrigada, e você também está muito charmoso e eu diria também, gostoso!

- Me dá seu casaco.

Ela obedeceu e só então percebeu a mesa da sala colocada, arrumada com esmero.

- Booth eu pensei que fossemos sair...

- Você pensou o que queria que pensasse. Já tinha tudo preparado. Venha, sente-se no sofá.

Ela caminhou e sentou-se.

- Quer tomar um vinho?

- Quero sim.

Ele serviu aos dois. Sentou-se ao lado dela. Brindaram e beberam um gole.

- Você me enganou...

- Queria te surpreender. E nada melhor que um jantar intimo para comemorar nosso primeiro ano juntos.

- Você chegou a imaginar que passariamos um ano juntos?

- Na verdade, quando fui atrás de você la nas ilhas malucas, eu apenas queria uma coisa: você para sempre. Então, se depender de mim teremos vários aniversários.

Ele entrelaçou os dedos aos dela. Brennan bebeu mais um gole do vinho e tomou os lábios dele nos seus. Booth tirou a taça da mão dela e colocou sobre a mesa de centro. Com as mãos livres, ela tocou o peito dele acariciando subindo pelos ombros e aconchegando-se no pescoco para aprofundar mais o beijo. Ele a abraçava pela cintura e desfrutava da boca saborosa a sua frente. Quando não podiam mais aguentar, quebraram o beijo ofegando.

- Vamos jantar antes que a gente perca a compostura antes do tempo...

- Hum, tá com medo Booth? Ou bateu aquela versão sua de pudico?

- Bones, não me provoca...

Ela riu.

- Vamos jantar... o que você preparou cowboy?

- Vem, sei que você vai gostar. Tem uma lasanha de espinafre especialmente para você.

Eles sentaram-se a mesa, um ao lado do outro. Booth a serviu com carinho e em seguida, serviu-se também.

- E então?

- Está deliciosa, amor.

- Que bom que gostou. Mais vinho?

- Por favor.

Eles continuaram comendo e ao terminarem Booth encarregou-se de recolher a louca. Quando Brennan tentou ajudar, ele a impediu.

- Não, de jeito nenhum. Hoje não é dia de atividades domésticas. Hoje é dia de comemorar. Vem aqui.

Ele a puxou pela mão até o sofá. E sentaram-se novamente. Ele a aconchegou no seu peito e beijou-lhe o topo da cabeca.

- Sabe Bones, eu nem sei o que dizer mais a você. As palavras estão se tornando cada vez mais repetitivas.

- Não importa,Booth. Eu gosto de ouvi-las.

- Tempe, eu te amo tanto. Você me faz o homem mais feliz do mundo.

Ela virou-se para fita-lo. Sorriu.

- Isso so foi possivel porque você acreditou, você correu ao meu encontro e me desafiou. Quando te vi la na Indonesia, eu nem sabia o que pensar. Mas aquela sua ação, fez toda a diferença, o primeiro passo para tornarmos nosso amor uma realidade.

- Fico orgulhoso de ver você falando em amor.

- Eu mudei Booth.

- Não, você não mudou, voce decidiu se abrir, você se deu uma nova chance e deixou aflorar um outro lado da Temperance. Um lado que estava esquecido. E eu amo essa nova versão da Temperance Brennan.

- Eu também. Acho que nunca me senti tão feliz.

Ela se inclinou e beijou-o apaixonadamente. Um beijo carregado de emoção e prazer. Ela adorava aqueles lábios. As línguas se encontraram e começaram a dança da sedução. Ela sentia as mãos dele nos seios dela. A boca de Brennan deslizou pelo pescoço dele e as mãos dela foram para os botões da blusa. Desabotou com cuidado mas rapidamente. Queria sentir a pele quente dele contra si. Booth puxou-a contra si e em um movimento abriu ziper do vestido deixando as alças folgadas. Ele deslizou a roupa até a cintura dela expondo o colo e o seio. Brennan inclinou o corpo para trás e estava praticamente deitada no sofá. Booth deitou-se sobre ela. As bocas não se deixavam. Com as mãos, Booth a tocava livremente, sentia a urgência tomar conta dele, seu membro respondia prontamente a libido exalada pelo belo corpo abaixo do seu. Tirou a calcinha dela em segundos e pos-se de pé para tirar a própria calça e o boxer. Estava finalmente nu. O membro despontando ansioso por encontrar seu momento. Sem demorar nem mais um minuto, Booth penetrou-a de uma vez. O grito de prazer foi liberado e Brennan cravou as unhas nos ombros dele. Com movimentos leves, ele pressionava o corpo sobre ela. Beijou-lhe os seios e sugou-os fazendo Brennan gemer alto.

Os movimentos intensificaram e em poucos minutos, Brennan sentiu o tremor percorrer o corpo e abraçou Booth com a explosão do orgasmo. Ainda contendo o próprio prazer, Booth retirou o membro e a levantou suportando o peso dela já que Brennan ainda estava sob o efeito do orgasmo. O vestido foi ao chão. Booth, então a carregou nos braços até o quarto.

Inclinou-se na cama e a deitou sobre o edredon. Brennan o puxou e sentiu o peso reacair totalmente sobre o próprio corpo.

- Boothieee quero mais...

Ele tornou a penetrá-la e em meio a turbulência de emoções, o desejo se apossou dele. Brennan gemia as carícias dele na boca e nos seios e com uma estocada forte, ele liberou o gozo. Estavam unidos. Hoje e sempre.

Booth virou-se com ela e a aconchegou no corpo dele. Brennan mordiscava o tórax dele. Apoiando o queixo no peito dele, ela abriu o sorriso. Percebeu que ele a olhava, como se estivesse perdido nela.

- O que foi?

- Nada, só estou te admirando, não posso?

- Claro.

Ele a abraçou. Beijou o topo da cabeça dela.

- Tenho uma coisa para te dar.

- Um presente?

- É, um presente.

- Mas eu não comprei nada para você.

- Nem precisa! Você já é suficiente.

Ele se levantou e abriu a gaveta da cabeceira. Tirou uma caixinha pequena. Sentou-se na cama e Brennan fez o mesmo.

- Isso aqui é uma coisa que encontrei no aeroporto da Holanda numa das minhas idas e vindas para te visitar. Quando bati o olho sabia que devia comprar para você. Queria te dar numa ocasião especial.

Ele estendeu a caixa e entregou a ela. Brennan sorriu surpresa e abriu a caixa devagar. Dentro um anel lindo de prata, o detalhe – era um golfinho com uma pedrinha azul no olho. Brennan não sabia o que dizer.

- Booth eu não...

Ela não conseguiu completar a frase. A emoção tomou conta dela, golfinhos a faziam lembrar da mãe. Ela sentiu as lágrimas formarem nos olhos.

- É lindo...

Ela o beijou com paixão. Booth acariciava o rosto dela e respondia com carinho ao beijo. Ele quebrou a ligação entre eles e pegou o anel na mão. Com a outra, estendeu a mão direita de Brennan e olhando fixamente para ela, sorriu.

Em seguida deslizou o anel pelo dedo anelar dela e falou.

- Eu, com esse anel, entrego minha felicidade e minha fidelidade a você. I love you, Tempe.

- Booth , o que...

- É meu compromisso para a vida com você.

- Oh, Booth... eu também te amo.

Ela o abraçou e voltaram a deitar-se na cama.

Três semanas depois...

Booth e Brennan estava a campo e não tinha sinal de celular disponível. Após recolherem todos os materiais e as evidências do local do crime, eles decidiram voltar ao laboratório. Quando entraram, foram surpreendidos por uma Cam a beira de um ataque de nervos.

- Booth! Dr. Brennan!

- OI, Cam.

- Oi, Cam? Oi? Onde vocês se meteram? Estou tentando falar a horas com vocês!

- Estávamos numa cidade do interior, a 240 km de Washington onde o sinal de celular era péssimo.

- Trouxemos várias evidências. O pessoal do FBI, deve chegar com o restante logo em seguida. Quis trazer essas nas mãos porque preciso que o Dr. Hodgins avalie logo esses particulados.

Só então Brennan percebeu que pela cara de Cam, ela não estava nem um pouco interessada no novo caso, foi Booth que perguntou.

- O que você queria falar com a gente? Aconteceu alguma coisa?

- Aconteceu! Claro que aconteceu.... a Angela está no hospital, ela entrou em trabalho de parto.

Booth e Brennan se entreolharam, agora entendiam a agonia de Cam.

- No hospital?

- O bebê vai nascer Booth!

- OMG!

Booth e Brennan sorriam.

- E o Hodgins?

- Em parafuso, oras. Estão no hospital presbiteriano.

- Vamos para lá.

Hospital Presbiteriano

Booth, Brennan e Cam chegaram juntos ao hospital e encontraram Sweets na recepção.

- Notícias da Angie?

- Ela já está no parto, Hodgins está com ela.

- Ele ainda tá se aguentando?

- Aparentemente.

Alguns minutos se passaram quando finalmente um hodgins excitado sai gritando pela sala de espera.

- Nasceu, nasceu!!! É uma menina!

Ao ver os amigos, ele correu para Brennan que o abraçou desejando felicidades. Em seguida, foi Booth que apertou a mão dele e abraçou-o dando vários tapinhas nas costas.

- Uma menina.... que sortuda essa Angela!

- É Cam, ela vai querer dicas suas já que só você é mãe.

- Estou pensando na minha rotina agora... nem sei o que vai acontecer!

- Ah, isso é fácil, você não vai dormir por várias noites, meses, vai ter que limpar caquinha de menino, nada de sexo, vai ter que entender de sons de bebê, remédios...

- Oh, Booth você está assustando o Hodgins ainda mais!

Eles riram.

- Será que já podemos ver as duas?

- Acho que daqui a pouco. Vamos esperar o médico.

- Estou com fome. Booth vamos a cantina? Vocês avisam a gente quando pudermos ir ve-las?

- Claro!

Vinte minutos depois, Sweets veio chamá-los.

Booth e Brennan entraram juntos no quarto.

- Oi, Angie!

- Bren...Booth...que bom ver vocês.

- E essa princesa?

- Oi, tia Bren, sou eu a Layla.

- Angie ela é linda!

- Quer segurá-la um pouquinho?

- Eu adoraria.

Angela inclinou-se e entregou a filha a Brennan. Ao sentir aquela coisinha tão pequenina, tão indefesa em suas mãos, ela não pode evitar sorrir. Bebês são tão puros, perfeitos, desprovidos de maldade. Booth ficou observando o jeito de Brennan com a criança. Ele ainda não desistira de ter um filho com ela. Apenas sabia que não precisava propor nada de supetão, tinha que dar tempo ao tempo. Saberia a hora certa de perguntar a ela.

Depois de chamegar com a criança por um certo tempo, ela devolveu para Angela.

- Vamos deixar você descansar.

- Parabéns, Angela mais uma vez. Você será um ótima mãe.

- Obrigada,Booth.

Sorrindo os dois deixaram o quarto do hospital.

Continua.........

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