[Bones Fic] Between Love & War - Cap.19

Cap.19

Brennan estava no plantão quando o celular tocou.

- Oi, Booth!

- Amor, estou embarcando agora tá? Só liguei para te desejar um bom dia e mandar um beijo pra minha Katherine...

- Sei, boa viagem e me ligue à noite ok?

- Ok, volto na sexta. E Tempe?

- Oi...

- I love you.

Ela desligou o telefone. E continuou trabalhando.

Ao sair do hospital, ela foi diretamente para o dinner que tinha perto do hospital para jantar. Não estava a fim de preparar algo para comer quando voltasse ao apartamento de Booth. Sim, ela iria dormir lá com certeza. Apesar de serem apenas dois dias, ficar na no canto dele lhe dava a sensação de que ele de alguma forma estava presente.

Ela se arrumou para dormir, tirando de uma das gavetas dele, uma camiseta para vestir em vez da sua camisola. Sobre a cama, ela encontrou a blusa do pijama dele. colocou sobre o travesseiro dela de forma a ficar próxima ao nariz. Queria sentir o cheiro dele. Colocou o celular ao seu lado. Decidiu que só iria dormir após falar com ele.

Ligou a tv e procurou por algo interessante para assistir. Um dos canais mostrava um filme antigo. An affair to remember. Ela ainda não tinha visto esse filme, resolveu assistir. Ela estava distraída quando o celular vibrou.

10h da noite.

Quando ela pegou o aparelho, viu o nome dele.

- Oi, Booth.

- Oi amor... estava dormindo?

- Não, vendo um filme antigo. Tudo bem?

- Tudo bem sim.

- Você ainda está trabalhando?

- Não, acabei de chegar no hotel. O trabalho está puxado mas não quero falar sobre isso agora. Como você está?

- Bem, na medida do possível.

- Traduzindo você quer dizer que está com saudades?

- Estou sim... sexta está demorando muito para chegar.

- Oh, Tempe! Esse foi apenas o primeiro dia. Pense que só tem amanhã e depois.

- Vou tentar ser mais otimista.

- Como está minha princesinha?

- Está bem. Não dá pra dizer ao certo já que ela ainda não mexeu.

- Ela gosta da sua voz cante pra ela mas deve estar sentindo a minha falta.

- Você já é convencido!

Ele riu.

- Só liguei mesmo para ouvir sua voz, amor. E amanhã à noite ligo novamente.

- Tá bom, se cuida.

- Beijo pra você e pra Kat.

- E as palavras mágicas?

- Que palavras mágicas ? Booth se fazendo de desentendido.

- Booth... você sabe bem do que estou falando.

- Ah, entendi... I love you.

- Agora sim, boa noite e sonhe comigo tá?

- Sempre Tempe, sempre.

Ela desligou o celular e sorrindo aconchegou-se na cama e voltou sua atenção ao filme. Quando as letras começaram a subir na tela, Brennan reparou que estava chorando. Hormônios. Não tinha como negar, ela estava sensível esses dias.

No dia seguinte, ela atendeu mais de seis grávidas pela manhã. Tinha agendado uma cirurgia para as 13h e apenas comeu uma maça antes de entrar na sala para operar. Wendell a acompanhara e apesar de ser uma cirurgia simples, era demorada. Após muita dedicação, ela encerrou pedindo a Wendell para fechar e levar a paciente de volta ao seu quarto.

Brennan sentia uma fome enorme. Até um pouco de fraqueza. Foi até a copa e tomou um copo de leite de soja já passava das 4h da tarde e ela sequer almoçara. Resolveu deixar o hospital porém, antes checou a escala e certificou-se que seu nome estava fora do fim de semana, afinal ela queria mais era ficar com Booth.

Ao sair do hospital, pegou o celular e ligou para Angela.

- Hey, sumida!

- OI, Ange.

- Tudo bem com você?

- Está sim, é nem tanto.

- O que aconteceu? A Kat está bem? Você tá passando mal?

- Não, nada disso. É que o Booth viajou. Está para Washington.

- E como você não me avisa? Porque não foi lá para casa?

- Não precisava e além do mais, queria ficar no nosso canto de alguma forma tenho a sensação que ele está por perto.

- Onde você está agora? No hospital?

- Sim, estou de saída. Com muita fome, ainda nem almocei.

- Temperance Brennan! O que você está pensando? Você está grávida e não pode ficar sem comer!

- Tá Angie, não foi porque eu quis... a cirurgia durou mais do que imaginei.

- Está errada! Você é médica. Aposto que se fosse eu, você estaria me xingando.

- Já acabou?

- Tá, parei.

- Te liguei pra saber se você não quer ir comer algo comigo...

- É claro que sim, sweetie! Eu descobri uma cafeteria maravilhosa na 3rd street com a 70th. Pegue o metrô até a 72th e me espere na estação de lá vamos a pé.

- Ok, até mais.

Brennan desceu até a esquina e entrou na estação do metrô.

Quando saltou do trem, ela avistou logo a amiga sentada num dos bancos da espera. Foi ao seu encontro e trocaram cumprimentos. Angela falou com a afilhada e só então seguiram para a 3rd street. Ao chegar no local, Brennan se admirou com a beleza do local. A decoração era muito charmosa. Procuraram uma mesa e sentaram-se para ter alguma privacidade e conversar. Angela sinalizou que além do cardápio, Brennan podia escolher algo da vitrine seja doce ou salgado.

Após olhar o cardápio, ela finalmente escolheu um sanduiche natural com uma salada e um suco de frutas para acompanhar. Depois que Angela fez o pedido, voltou sua atenção a amiga.

- Então, conta direito essa viagem do Booth, pra que é afinal?

- Estão precisando que ele treine o pessoal na base de Washington. Ele é o melhor. Estará de volta na sexta.

- Ah, então é rápido. Melhor pra você não?

- Com certeza! Sabe Angie, eu percebi nesses dias que estou realmente viciada em Booth. Criei uma certa dependência. Metaforicamente falando, claro!

- Sim, amiga. Metaforicamente. Olha acho isso incrível mas você sempre foi uma mulher independente e de certa forma o que você está sentindo é apenas saudade. Quer dizer, a dependência existe quando nem seu dinheiro você ganha.

- É, você pareceu eu mesma falando a algum tempo atrás.

- E isso não mudou Tempe, o que mudou é que você agora tem uma pessoa ao seu lado com a qual compartilhar momentos e isso acabou fazendo você pensar de maneira diferente. Agora você está, juntamente com ele, criando uma família e por conta disso é natural você se sentir mais ligada a ele.

- Onde você aprende essas palavras? Essas idéias?

- Isso é um pouco da psicologia fa Angela, sweetie!

- Ah, não! Você sabe o quanto detesto psicologia.

Ela riu. A comida chegou e elas continuaram conversando.

- Mudando de assunto um pouquinho, como está a minha afilhada?

- Está bem.

- Ainda não mexeu?

- Não, mas ela só completa seis meses na proxima semana. Tenho outra consulta de acompanhamento.

- Ok, não vejo a hora de brincar com a Kat!

- Eu também não vejo a hora de te-la em meus braços, Angie.

- Hey, você vai fazer o que agora à tarde?

- Estou livre porque?

- Tá a fim de umas comprinhas?

Brennan riu.

- Eu topo mas vamos devagar porque meus pés incham se fico muito tempo em pé.

- Pode deixar, vou cuidar bem de você. Nada vai acontecer com a minha fofa.

- Ah, Kat fica segura e eu mão importa?

- Oh, Tempe!

Elas riram juntas.

Washington – Centro de treinamento do Exército

6pm

Booth despedia-se dos seus alunos. Chegava ao fim mais um dia de treinamento. Agora só faltava a parte da manhã de sexta para que ele voltasse a New York. Não via a hora de abraçar Brennan de novo. Ao fechar a sala, dirigiu-se ao salão dos instrutores e quando já se preparava para sair rumo ao seu hotel, o Comandante da divisão de Washington apareceu a porta da sala.

- Boa noite, Capitão Booth.

- Boa noite, Comandante.

Booth bateu continência em sinal de respeito. O Comandante fez sinal para ele descansar.

- Gostaria de saber algumas informações sobre nossa turma de recrutas que você está treinando. Qual a sua impressão sobre eles? Algum destaque? Estão preparados para receber uma missão fora de casa?

- Bem Comandante, o grupo é bom tem alguns destaques.

- São 25, quantos você acredita que podem cumprir o que está previsto?

- Tem uns 3 soldados que ainda precisam de acompanhamento psicológico. Dois tem uma postura de liderança que será bem útil em qualquer missão. A maioria deles está muito motivada com a oportunidade de servir o seu país senhor.

- Sua avaliação é positiva então?

- Com certeza e fique de olho no soldado Jean Ryan. Ele tem uma precisão incrível com armas, é bom de alvo.

- Isso é importante saber. Amanhã você volta a New York certo?

- Sim, senhor.

- Bom,bom. Obrigado Capitão. Boa noite.

- Boa noite Comandante.

E finalmente Booth pode ir para o seu hotel.

Depois de uma boa chuveirada, ele ligou a tv para assistir o noticiário. Checou o relógio. 8 da noite. Será que Temperance já estava em casa? Pegou o celular e ligou. Ao segundo toque ela atendeu.

- Oi, Booth!

- Hey, Tempe...tudo bem com você?

- Está sim... melhor agora.

- Como foi seu dia?

- Agitado pela manhã mas melhorou a tarde, sai cedo e fui almoçar com a Angela.

- Que bom que você está ocupando seu tempo...

- Sim e anote logo: não vou trabalhar no fim de semana viu?!

- Oh,céus! Imagino que você vai abusar de mim...

- Como se isso fosse algo ruim ou que você deteste.

- Você não existe, meu amor!

- Existo mas sou única! Você não irá encontrar ninguém igual a mim.

- Ah, nunca pensei que fosse amar tanto essa qualidade fundamental que você tem, a modéstia.

- Eu sei que você me ama por isso.

- Amo sim.Muito.

- Cadê minha princesa?

- Estou acariciando-a nesse momento. Peraí...

Ela botou o celular no viva voz.

- Katherine, papai quer falar com você....

Por alguns minutos, ela deixou que ele falasse sozinho ao telefone se dirigindo a filha. Brennan até fechou os olhos porque ela também adora escutar a voz dele. isso sempre a acalmava. Ele chamou por ela novamente.

- Amanhã chego aí as 6 da tarde, ok? Vou direto para o apartamento não precisa me buscar no aeroporto ok, amor?

- Tem certeza que prefere assim? Posso ir te esperar...

- Não precisa amor, além do mais podemos ganhar tempo evitando a hora do rush.

- Se você prefere...

- Agora vou desligar ok? Um beijo grande e sonhe comigo.

- Essa fala é minha Booth....boa noite,amor. Até amanhã.

No dia seguinte, a manhã pareceu voar. Booth orientava a cada um dos recrutas que participavam da sua turma. Reforçava cada item importante numa missão externa e destacou a performance de cada um deles. Ao final do curso, os soldados agradeceram o professor que tiveram. Booth desejou a todos uma boa missão e que representem muito bem o seu país.

Em seguida, ele juntou suas coisas e se dirigiu ao recursos humanos para entregar o plano do curso. No caminho topou com o Comandante.

- Ah, Capitão! Já de saída?

- Sim, de volta a minha cidade. A propósito, ia deixar um documento sobre meu parecer de cada recruta no RH para entregar ao senhor mas já que estamos aqui... pronto. Um dossiê completo.

- Obrigado, Capitão Booth. Pelo seus serviços e por se preocupar com o seu país. A América precisa de mais homens como o senhor.

Ele estendeu a mão para Booth e mesmo embaraçado, ele a apertou e agradeceu.

- Só faço meu trabalho.

- Tenha uma boa viagem, Capitão.

E ele se distanciou de Booth. Assim que entregou o que precisava, partiu para o aeroporto. Ele sequer pensou em voltar ao hotel. Tinha feito o check-out cedo pela manhã e trazido consigo a única bagagem que trouxera, uma mala pequena.

Ao chegar no aeroporto, ele logo despachou a bagagem e resolveu tomar um lanche antes de embarcar para NY. Após a refeição, ele foi até uma lojinha de souvenirs. Ele procurava uma daquelas bolas de água do obelisco de Washington. É claro que tinha comprado lembranças para as suas mulheres mas queria esse item.

O sinal soou no alto-falante indicando o embarque imediato. Booth pegou o celular e enviou uma mensagem para Brennan:

“Deixando Washington, estarei em casa as 7. ILY. Booth.”

A ponte aérea Washington-NY é bem rápida, o que atrasa são os vários vôos que chegam e saem do aeroporto JFK. A muvuca de pessoas é enorme e quando finalmente conseguiu pegar sua mala, Booth saiu correndo rumo ao ponto de táxi. Passava das 7 da noite.

Apartamento de Booth
7:30 pm

Brennan consultava o relógio ansiosa. Será que o vôo atrasou? Porque Booth demorava tanto? Ela sabia que ele deveria chegar com fome mas jantar não seria a prioridade para ela nesse momento. A casa estava arrumada e Brennan desfilava de roupão pela casa.

Cinco minutos depois, ela ouviu o barulho da chave na porta. Era ele.

Assim que Booth abriu a porta, deu de cara com ela fitando-o. O sorriso largo o saudava. Ele sorriu em retorno e aproximou-se dela.

- Oi, amor....

Ela abriu o robe deixando-o cair no chão. Ela não usava absolutamente nada por baixo. Estava nua no meio da sala para ele.

- Wow! Tudo isso é saudade?

Ele tirou a jaqueta e acariciando o rosto dela selou seus lábios com carinho. O que se iniciara com sutileza, rapidamente encaminhou-se para intensidade. Ele a puxou pela nuca aprofundando a lingua no interior da boca de Brennan. Ambos matavam a vontade de sentir seus corpos vibrarem com o frisson que o beijo deles sempre provocava em ambos.

As mãos de Brennan já encontraram a ponta da camisa dele e puxou-a para cima. Booth quebrou o contato dos lábios para que ela se livrasse da peça de roupa. Em seguida, os lábios dele encontraram o pescoço dela e continuaram a brincadeira em busca do prazer. Brennan sentia a pele ceder a tentação que ele provocava nela, as mãos dela acariciavam as costas dele quando sentiu a pontada no seu centro provocada pelo toque leve dos lábios dele em seus seios. Ela gemeu.

Booth parou por um minuto e tirou a calça. Com carinho, acariciou a barriga dela e beijou-a falou baixinho com a filha e logo alguns segundos depois voltou sua atenção aos lábios de Brennan. O membro dele já estava em pinto de bala mas não estava preocupado em se satisfazer. Queria curtir a mulher a sua frente, fazer ela sentir prazer, matar as saudades.

Booth entrelaçou os dedos nos dela e a guiou para o quarto deles. Reparou que a cama estava arrumada e que os lençóis haviam sido trocados apenas para a ocasião. Ele ajudou-a a deitar na cama e sem pressa, Booth começou a percorrer toda a extensão do corpo dela com as mãos, acariciando-a.

Após o passeio pelo corpo dela, ele tomou os pés dela em suas mãos e fazia pequenos movimentos de massagem. Fez a mesma coisa com o outro pé. Ao terminar, percebeu que ela estava de olhos fechados e afastara as pernas para ele num convite ao próximo movimento.

Booth seguiu com os lábios por toda a perna dela até tocar a virilha. Sorrindo, ele a beijou na parte tão sensível e ansiada. Ela tornou a gemer incentivando-o. Ele então passou a lingua e dessa vez não tornou a observa-la. Concentrou-se em provar cada oedacinho dela. Seus dedos atiçavam o clitóris dela que reagia entre gemidos, pedindo por mais. Ele perdeu-se ali em baixo até sentir o orgasmo dela aflorar e atingir seus lábios. Provou-a uma vez mais e sorriu.

Ela estava vermelha e gemia baixinho. Sem querer acabar com o momento de prazer que ela desfrutava, ele a penetrou com dois dedos e começou a move-los para estimula-la novamente. Brennan se contorcia ao toque dele e sabia que logo sucumbiria ao desejo nas mãos dele. E assim aconteceu.

Ao ve-la recuperar-se do segundo orgasmo, ele voltou a beijá-la. Dessa vez, um beijo carinhoso. Com as mãos acariciava os seios dela mantendo a atenção dela nos lábios que saboreavam aquela boca que ele tanto sentira falta.

Ao quebrar o beijo, ele apoiou-se com o cotovelo na cama e ficou admirando-a. Ela virou-se para ele.

- Você não vai até o fim?

- Não se preocupe comigo amor, hoje a noite é sua.

- Meu ponto exatamente...quero sentir você.

- Tem certeza?

Ela não respondeu. Deitou-se de lado e uma das mãos procurou o membro dele e acariciou-o em resposta. Foi a vez dele gemer. Se era isso que ela queria, ele não a privaria. Com cuidado, posicionou-se com seu corpo colado no dela e a penetrou. Estavam de lado e bem devagar ele movia-se dentro dela. Uma das mãos dele encontrou a barriga dela e logo ela entrelaçava seus dedos nos dele recebendo as estocadas que ele dava nela. O ritmo crescia e a relação foi tornando-se a cada movimento mais prazerosa para ambos.

Booth sentiu a aproximação do seu próprio desejo e lutou contra ele para não gozar antes dela. Alguns movimentos mais e Brennan já demonstrava que estava perto de sentir o orgasmo pela terceira vez essa noite. Com uma ultima penetração, ela sentiu o corpo explodir e Booth seguiu com ela quase no mesmo momento.

Passados os efeitos contagiantes do desejo, Brennan fechara os olhos para controlar a respiração. Booth depositou um beijinho suave no ombro dela.

- É bom voltar para casa...

- Sim, muito bom.

Brennan virou-se para ficar com a barriga para cima. Booth começou a acariciar o local. Beijou-a mais uma vez e beijou a barriga dela. Começou a falar com Katherine.

- Papai sentiu muita falta de você...mamãe cuidou direitinho de você?

- É claro que sim, Booth!

- Tenho que perguntar vai que você encheu a menina de doces e sal? Quero minha filha bem saudável.

Ela mostrou a lingua pra ele.

- Mamãe se empanturrou de torta, Katherine?

Ele fingia colocar o ouvido na barriga e escutar algo.

- Foi mesmo, bebê? Sua mãe não tem juízo! E olha que ela é médica!

- Que foi agora Booth?

- Ela tá me contando que você exagerou no doce ontem com a tia Angela...

Brennan revirou os olhos e bateu nele com um pequeno travesseiro que segurava.

- Não exagerei nada ontem. E pare de mentir, que coisa feia Booth. Todo mundo sabe que é cientificamente impossível conversar com um feto e ouvir qualquer coisa deles principalmente porque eles não falam e você, até onde eu sei ainda não lê pensamentos.

- Olha só, Katherine. Mamãe ficou brava porque ela não sabe se comunicar por pensamentos com você. Aposto que ela não conhece o processo de Olha só quem está falando...

- O que é isso?

- Viu, Kat? Ela não sabe.

- Aposto que isso é alguma invenção da sua cabeça ou algo da psicologia logo, nem vou dar ouvidos.

Booth caiu na gargalhada.

- É um filme, boba.

- Logo vi, ficção científica sem qualquer fundamento.

- Oh, minha cientista nerd mais fofa... não fica brava não tá? A Kat ama você também, ela só me ama mais.

Mais uma vez, Booth sentiu o travesseiro na cara mas agora acompanhado de risos.

- Palhaço!

Por algum tempo ficaram calados. Depois foi Brennan que tornou a falar.

- Como foi lá em Washington?

- Tudo bem, treinei os rapazes. É incrível como ainda temos jovens que sentem orgulho em servir seu país. O mais novo da turma tem 22 anos. E tinha um exímio atirador podia ser um sniper tranquilamente. Enfim, o comandante gostou muito.

- Isso é porque você é o melhor.

Deu um pequeno selinho nele.

- Falando nisso, tenho presentes.

Booth se levantou da cama, vestiu o roupão e foi até a sala, voltou com a mala. Abriu e entregou dois embrulhos de presente a ela.

- Um é seu e o outro da Katherine.

Ele trouxera um par de brincos muito bonito para ela e uma macaquinha lilás para a filha.

- São lindas!

- Tem mais uma coisa...

Ele puxou um embrulho com papel-bolha. Ao abrir, Brennan sorriu.

- Um globo de neve!

- Procurei durante todos os dias que estive lá esse globo com o obelisco, fui encontrar numa loja de souvernirs do aeroporto. Trouxe para colocar no quarto da Katherine. Vou comprar um de New York.

- Vai ficar bonito no quarto dela.

Brennan colocou os presentes na mesa de cabeceira.

- Semana que vem temos consulta. Seis meses de gravidez. Você vai não?

- É claro que sim! Que dia?

- Acredito que quinta, vou confirmar com o Wendell.

Ela ficou calada por um tempo e quando tornou a falar foi de forma bem manhosa.

- Boothie...estou com fome... prepara um lanche para mim?

- Lanche? Esqueceu que não jantamos?

- Tá bom , podemos jantar. Você prepara?

- Eu preparar? Eu acabei de chegar de viagem o mínimo que eu esperava era a mesa posta e a comida quente no fogo me esperando. Você não fez nada disso?

Ele a provocava, tentava manter-se sério.

- Seu neanderthal! Eu não sou mulher de ficar perdendo tempo com cozinha, sou uma profissional independente portanto ou você faz o jantar ou compra.

- Ouch! As mulheres deveriam ser meigas... – ele ria.

- E os homens menos machistas!

Ela mostrou a lingua pra ele e sorria.

- Vamos sua abusada, vamos dar um jeito de jantar.

E se levantou da cama puxando-a consigo.

Continua.......