quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

[Castle Fic] Rise Again - Cap. 12


Nota da autora: Bem, taí o cap do episódio 4x13 AEOB, não está tão bom mas o próximo é The Blue Butterfly então... ah! Fiquem imaginando :) Antes que me esqueça, vou dar uma parada nos posts e caps pq vou viajar no carnaval ok? Enjoy!



Cap.12


Beckett espreguiçou-se caprichosamente na cama. Ainda tinha os olhos fechados. As mãos se esticaram procurando por alguém. Encontrando o vazio, um bico deu lugar ao sorriso. Abriu os olhos apenas para constatar que estava sozinha na cama. Depois do ultimo pesadelo, ela apagara.


Sentou-se e criando coragem se dirigiu para o banheiro. Conhecendo Castle, ele devia estar preparando o café. Depois de lavar o rosto e fazer sua higiene, ela desceu. Mal chegou ao último degrau, já sentia o cheiro gostoso do café e de panquecas. Ela percebeu que ele estava sozinho, nada de Martha e Alexis. Ela não sabia até que ponto isso era bom.

Pressentindo os passos, Castle virou-se sorrindo.

- Bom dia, Kate.

- Bom dia, Rick.

Ela sentou-se num dos bancos da cozinha americana. Apoiou a cabeça com uma das mãos e olhava para ele. Castle colocou uma caneca fumegante de café na frente dela.

- Sei que precisa disso para despertar. Dormiu melhor?

Ela bebericou um pouco do café e sorriu. Era revigorante.

- Depois do pesadelo, eu apaguei. É, posso dizer que dormir melhor.

- Bom saber. Quer panqueca? Ovos? Bacon?

- Panqueca.

- Só? Nada de ovos?

- Agora não... cadê o resto dos moradores dessa casa?

- Mamãe já saiu e Alexis ainda está dormindo, acredito.

Ela provou a panqueca e derramou um exagero de mel. Estava muito gostosa. Ela estava bem mais tranqüila agora, nem parecia aquela pessoa sem rumo que chegara no escritório dele. Castle sentou de frente para ela comendo ovos e bacon. Tinha um pedaço de bacon na mão e enquanto o saboreava, mantinha os olhos nela. Adorava ficar admirando-a, não importava o que ela estivesse fazendo. Ela percebeu o jeito dele e seu coração se encheu de ternura.

- Vou chegar atrasada no trabalho hoje. E você devia parar de me mimar.

E roubou um pedaço de bacon do prato dele.

-Não estou mimando. Isso é um café.- ela já vinha com a mão para o prato dele quando ele deu um tapinha nela - Você adora fazer isso, diz que não quer bacon e rouba o meu.

Ela riu.

- Ainda não agradeci pelo que você fez ontem por mim. Significou muito.

- Não foi nada, eu apenas confortei uma amiga, alguém que merece toda a minha atenção.

- Mesmo assim, obrigada Rick.

- Ah, gosto quando você me chama de Rick. Devia fazer isso mais vezes, Kate. E apenas para acrescentar, eu gosto muito dessa nova Kate, que se deixa ser vista, que se abre comigo. Não deixe ela desaparecer.

- Sabe, apesar do caso tenso, das discussões e de não termos encontrado o assassino, acho que podemos tirar algo positivo de tudo isso, Rick.

- Como fato de que mesmo na dificuldade apoiamos um ao outro?

- Também. Porém, eu estava me referindo a ligação que criamos. Somos parceiros, amigos e isso nos ajuda a entender o outro, se ver no lugar dele.

- Nossa! Kate você está filosofando... será que coloquei algum ingrediente diferente nesse café?

Ela balançou a cabeça sorrindo e esticou a mão para tocar a dele. Nesse instante, Alexis se aproxima mas estavam tão absortos olhando um para o outro, sentindo o momento que apenas notaram a menina quando ela falou.

- Bom dia.

Beckett assustou-se e rapidamente tirou a mão de cima da dele. Procurou disfarçar em vão. Sabia que a menina tinha visto.

- Oi, filha. Café?

- Por favor...

- Tudo bem, detetive Beckett? Parece mais relaxada.

- Seu pai não me deixou ir embora ontem. E ainda me deu um remédio pra dormir.

- Você bem que estava precisando.

- Até você Alexis?

- Você não viu sua cara ontem, Kate.

Ela se levantou e sorriu.

- O papo está bom mas preciso trabalhar. Sabe lá como estará o humor da Gates hoje.

- Não vá ainda, me espere para irmos juntos.

- Não, eu preciso ir em casa e quem tem hora sou eu. Vou pegar as minhas coisas.

Assim que Beckett saiu, Alexis abriu a boca silenciosamente falando “OMG”.

- Ela dormiu aqui, pai?

- Dormiu e foi exatamente o que aconteceu. Ela estava péssima, precisava descansar e já era tarde. Tire qualquer idéia que esteja crescendo nessa cabecinha...

- Nem falei nada...

Ao ver Beckett descendo as escadas, Castle foi até ela e abriu a porta.

- Vejo você mais tarde, Kate.

- Sim, espero você no distrito.

Ela se inclinou e beijou-o na bochecha.

- Obrigada de novo, Rick.

E ele fechou a porta com um sorriso nos lábios.


Três dias depois...


Castle argumentava uma suposta viagem de Alexis com uma amiga de nome bem peculiar quando o celular tocou.

- Ou Hassel-Castle. Oi.

- Não, estava só provando um ponto de vista.

A voz por telefone aproveitou para implicar. Beckett falou.

- Ah, Hassel-Castle é pior. Prefiro kitten.

- Não me chame disso.

Ela ria do outro lado da linha e pediu para ele encontrá-la na cena do crime.

- A vítima é Francisco Pilar, juiz da competição. Encontrado no camarim. Ainda está com o dinheiro, carteira, celular e um cartão magnético.

- A causa da morte é o que parece?

- É. Alguém colocou uma coleira no pescoço e puxou.

- Tem a hora estimada da morte?

Esposito se precipitou e respondeu.

-Colocaria entre...

-Com licença? Lanie o interrompera.

- Está fazendo meu trabalho? Não sabia que tinha feito Medicina. Mas vá em frente, Dr. Esposito.

Castle e Beckett se entreolharam. Tenso.

- A última pessoa a vê-lo vivo saiu daqui às 17h15 para buscar o jantar. O Sr. Greene o encontrou morto 20 minutos depois.

- Certo. Obrigada.

Beckett resolveu conversar com ele.

-Olá

-Olá. Adam Greene. Sou o organizador do concurso.

-Conhecia bem nossa vítima?

- Ele tem sido nosso juiz por quase duas décadas. Ninguém se importava com cães mais do que ele.

- Não tinha familiares com quem possamos falar?

-Royal era sua família. E mostrou a foto do cachorro.

-Que cão lindo.

- Francisco o amava muito. A verdade é que ele se dava melhor com os cães que com os donos.

- Era Encantador de cães, e não Encantador de pessoas.

- Ele tinha problemas com algum dos donos?

- O que quer dizer?

- Que ele foi morto meia hora depois de divulgar o vencedor.

- Admito, donos de cães de shows podem ser entusiasmados, mas não para tanto.

- Alguém enrolou a coleira no pescoço dele.

- Precisamos da lista de nomes dos participantes e das pessoas que poderiam ter acesso a esta sala.

- É claro.

Nesse instante ao deixarem a cena do crime, o cachorro surge à frente deles. Castle pergunta.

-Não é o cão de Francisco?

-É, é o Royal. Achamos melhor mantê-lo fora da sala.

Royal começou a arranhar as patas no chão como se estivesse cavando.

- Por que ele está fazendo isso?

- Fazia o mesmo perto do corpo quando o encontramos. Talvez um processo de luto. Pegarei a lista.

- O cão estava na cena do crime na hora da morte.

- O que quer, interrogá-lo?

- O melhor amigo do homem não ficaria junto ao dono enquanto fosse atacado?

- E se interveio, talvez tenha DNA ou pistas que possam levar ao assassino.

Ryan encontrou com eles.

- Talvez tenha minha própria pista. Um dos participantes preencheu um recurso contra a decisão de Francisco. Chama-se David Hernand. Disseram que estava tão bravo que uma veia da testa estava pulsando. Parece que shows de cães são a vida dele.


Beckett resolveu interrogá-lo ali mesmo. Infelizmente, não David não trouxe grandes revelações apenas confirmou sua raiva por seu cão não ter ganho o concurso. Também declarou seu álibi e levantou a possibilidade de suborno mas tudo era muito evasivo. Espósito porém tinha uma pista bem melhor. Uma das freqüentadoras do concurso viu uma mulher saindo da sala de Francisco bem na janela de tempo do assassinato, melhor ainda, tinha um vídeo para comprovar. Só que não se tratava de qualquer mulher e sim de uma estrela de reality show. Kay Cappuccio.

Eles andavam pela rua discutindo o caso.

- Eis o que não entendo: como essa mulher tem sua própria linha de perfume, um exército de paparazzi fora de seu apartamento, milhões de seguidores no Twitter, dezenas de capas de revista, tudo sem nenhum talento discernível para mostrar?

Beckett realmente não tolerava essas celebridades superficiais e vazias.

- Ainda mais chocante, por que em quase todas fotos ela posa deste jeito?

E Castle imitou a foto. Um monte de paparazzi começou a fotografá-lo. Beckett sabia que o ego dele falaria mais alto.

- Pessoal. Desculpem. Sem tempo para fotos. Tudo bem, talvez só uma.

- Sorria. Esse não é Jason Bateman.

-O quê?

-Não! Qual é!

- Isto está ficando sem graça.

Os fotógrafos saíram contrariados e Beckett ria sozinha pela cena que acabara de presenciar. Eles seguiram para um encontro com Kay. No estúdio, muito agito e fotógrafos. Após um pequeno estresse, Beckett usando seu distintivo conseguiu começar a conversar com Kay. Ela contou que havia contratado Francisco para treinar sua cachorra por duas semanas pois estava muito agressiva. Ontem, alguns dias depois, Francisco devolveu a cachorra dizendo não querer trabalhar com ela.

- Então terminamos aqui? Porque tenho provas, umas reuniões de patrocínio, 3 tapetes vermelhos a comparecer...

Beckett tentando manter a paciência disse.

- E tenho uma testemunha que te coloca na cena do crime, então sente-se.

- Claro.

- Por que foi ver Francisco após o concurso?

- Queria uma explicação do porquê ele não queria treinar Lolita.

- E o que ele te disse?

- Preferiria não falar sobre isso.

- Temos um vídeo de você saindo do camarim dele bem na hora do crime. Então "não falar sobre isso" não é uma opção.

- Está bem. Não falamos sobre nada porque ele já estava morto.

- Encontrou o corpo?

-Foi.

-E não chamou a emergência? Beckett não podia acreditar no que estava ouvindo.

- Não, chamei assim que cheguei na limusine. Não prejudiquei ninguém, certo?

- Você fugiu de uma cena do crime.

- Tudo bem. Já ouviu a frase "não existe publicidade ruim"? Ter sua foto tirada com um cara morto é a exceção. Preciso ter cuidado com minha imagem. Minha imagem é tudo que tenho.

- Sim. Acabamos de falar sobre isso.

- Srta. Cappuccio, quando ele te devolveu o cão, ele agiu de maneira estranha?

- Não o vi. Ele apareceu no meio da minha ginástica.

- Eu estava aqui, então peguei Lolita. Mas está certa. Ele estava agindo estranho. Dizia: "para quem ela trabalha? Sei que trabalha para alguém. " Ele pareceu bem paranoico.

- Faz idéia do que ele estava falando?

- Nenhuma pista. Por isso fui falar com ele.

- Certo. Acho que terminamos... por enquanto. Continue disponível para esclarecimentos.

- Deus, como se fosse a algum lugar. Não posso dar um passo sem que um milhão de pessoas tire minha foto.

A cara de Beckett estava sem expressão e da mesma forma passava toda a impaciência que ela sentira com o comentário. De volta ao distrito, ela tentava achar uma justificativa para tudo aquilo. Os rapazes pareciam ter encontrado indícios que confirmasse o suborno de Francisco e também que ele tinha uma queda por perdedores. Descobriram uma terapeuta e Beckett pediu para traze-la para interrogatório. Nesse instante, Lanie chega ao distrito trazendo Royal.

- Trouxe um visitante para vocês.

Castle logo se passou para o cachorro.

- Olhem quem é. É o Royal.

Beckett também.

-Olha só. Você é adorável.

-É, adorável.

Examinamos sua boca para DNA humano, mas não tenho esperanças. Mesmo se houvesse sangue, com toda essa baba, já deve ter sumido.

- O que faremos com Royal? Francisco não tinha família.

- Não tive coragem de chamar a carrocinha.

- A amiga da Jenny tem um abrigo.

- Ou podemos ficar com ele aqui na delegacia. Poderíamos ter um mascote.

-Achei que fosse você. Espósito remendou Castle.

- Isso... o que é isso? O que é isso, amigão? O senso de humor do Esposito caiu num poço e não consegue sair?

Ele olhou para Beckett com um ar de pidão, ela não resistia aquele olhar.

- Por favor.

- Está bem, mas só até acharmos um lar para ele.

-Então é melhor descobrirem o que ele come, porque ele nem tocou no que dei para ele.

-Deve haver algo na casa de Francisco. Quem quer ir lá?

- Para pegar comida de cachorro? Espósito perguntou -Castle.

-Ryan.

- Esposito.

- Podemos resolver isso como homens?

- Tudo bem.

Eles se preparam para resolver jogando pedra, papel ou tesoura. Kate observava achando tudo bem engraçado até cômico. Ryan perdeu.

- Duas de três?

E Ryan perdeu de novo. A terapeuta veio até o distrito e enquanto Beckett e Castle a interrogavam foi que perceberam que Royal era seu paciente não Francisco. Beckett tentava ao máximo não deixar seu ceticismo e sarcasmo falarem mais alto. Castle sugeriu que seria interessante deixá-la ver Royal e ela permitiu já que era o tempo dele que estaria sendo desperdiçado. Ryan encontrou dispositivos de vigilância no apartamento de Francisco, não parecia ser somente paranóia, algo acontecia.

- Certo, Francisco achava que estava sendo vigiado. E então ontem, por volta das 11h, ele foge, perto da hora em que a assistente de Kay disse que ele estava paranóico.

- E algumas horas depois, ele é assassinado.

- Então para onde ele foi?

- Temos o celular do Francisco nas evidências. Se o GPS estava ligado, pode nos dizer aonde ele foi.

Enquanto isso, Castle observava a terapeuta falar com Royal. Até mesmo para ele que era um cara mente aberta, isso tudo parecia muito estranho. Ela parecia levar bem à sério seu trabalho e Castle não pode deixar de se sentir meio idiota vendo tudo aquilo. Beckett e Esposito seguiram a pista do GPS até o possível endereço onde Francisco estivera. Com um cartão de acesso entre as evidências, eles entraram no suposto galpão que lembrava até um canil. Gaiolas espalhadas sem animais e de repente dois cães ferrozes rosnavam para eles.

- Corra!

Beckett e Esposito corriam o máximo que podiam, ela gritava e tentava se livrar da perseguição até que os cães pararam ao sentir a presença de um homem. Sentaram-se.

- O que estão fazendo no meu depósito?

- Detetives Beckett e Esposito, Polícia de Nova Iorque.

-Têm um mandado?

-Quem é você?

- Jack Patterson. Trabalho para Francisco Pilar. Trabalhava. O que querem?

- Estamos investigando o assassinato dele. O que é este lugar?

- Francisco estava criando um novo tipo de cão, o Pilar Retriever. Eu conduzia o trabalho quando ele viajava. É uma tragédia. Gastou toda a vida desenvolvendo um cão. Estava quase pronto para divulgá-lo.

- O que sabia sobre Francisco?

- Ele tinha apostas como hobby, talvez aceitou suborno das pessoas erradas?

- Francisco não tinha passa-tempos. A vida dele era o trabalho, trabalho honesto.

- O problema é que ele fez vários depósitos significativos.

- Deixe-me adivinhar. US$ 10 mil cada, certo? Notícias sobre o Pilar Retriever estavam circulando. As pessoas o paravam, dando dinheiro para reservar um filhote da primeira ninhada.

- Sabe por que veio aqui com pressa ontem?

- Sei. Ele varreu o lugar detector de escutas.

- Por que alguém colocaria um canil sob vigilância?

-Não sei. Sua criação e métodos de treinamento eram secretos e o Pilar Retriever deixou os competidores bem nervosos.

- Alguém em específico?

- Pareceu loucura na época, mas ele pensava que um dos clientes estava ajudando alguém a se infiltrar na operação.

- E ele disse qual cliente?

Eles voltaram ao distrito e contou o que descobriram para Castle.

- Kay Cappuccio? Por que ela roubaria os segredos de Francisco?

- Ainda não temos certeza se roubou. Na verdade, não sabemos se foi subornado por alguém.

- Sabemos agora. O varredor de Francisco tem uma memória e liberou uma escuta ontem de manhã. Falou Ryan.

- A mesma hora que ele confrontou a equipe de Kay e perguntou para quem ela trabalhava. Não poder ser coincidência. Tudo no mesmo dia da morte.

- Meu palpite é que Kay Cappuccio sabe muito mais do que diz. Teremos que falar com ela de novo. E desta vez, ela virá até aqui.

Kay Cappuccio sabia como fazer uma entrada triunfal. Seguida de alguns assistentes e o namorado, ela caminhava pelos corredores da NYPD com sua cachorrinha na mão mexendo com todos os nervos dos homens do distrito. Beckett tentava ser o mais simpática possível.

- Por aqui, srta. Cappuccio.

E parou a comitiva no mesmo instante.

- Apenas ela.

Ryan, Castle e principalmente Esposito pareciam estar meio que hipnotizados pela presença dela. na mesma hora que ela passou pela mesa de Ryan, o detector de escutas disparou. Já na sala de interrogatório, Beckett perseguia sua linha de abordagem com Kay.

- Não assisto muitos programas de TV, srta. Cappuccio. Gostaria de saber por quê?

A cachorra rosnou no colo dela e sem prestar muita atenção ao que Beckett dissera, ela conversava com o animal - Quer beijinhos? Beijinhos.

Beckett virou-se para olhá-la contando até dez para não perder a paciência antes do tempo. Castle também observava a moça.

- Porque descubro, com frequência, que não são tão reais. E não gosto de coisas ou pessoas que apresentam ficção como verdade. Na verdade, acho perda de tempo.

- Essa é a razão pela qual me trouxe aqui, para insultar meu programa?

-Não se trata do seu programa. Quero saber o que aconteceu com Francisco. Desta vez, fale a verdade.

-Eu disse a verdade.

- Segundo sua assistente, Francisco te perguntou para quem você trabalhava. O que ele quis dizer?

-Já disse, não sei.

- Sério? Não sabia que ele criava cães, que os adversários estavam loucos para saber a respeito? A expressão "espionagem coorporativa" significa algo para você?

-Não. Sério. Não tenho idéia do que é isso.

Ela olhava para Castle e depois para Beckett confusa e eles entenderam que ela realmente não sabia do que se tratava. Ryan interrompeu-os.

- Posso falar com vocês um momento?

Eles saíram com Ryan que contou a novidade.

-Ela ativou o detector.

-O quê?

- O detector estava na minha mesa. Quando ela passou, ele ativou.

- Acha que ela está com uma escuta?

- Cara, olhe aquela roupa. Onde ela a colocaria? Esposito falou então Castle respondeu.

- Se for para ser criativo, diria que... foi retórico.

E parou nesse mesmo momento após ver o olhar fuzilante de Beckett sobre ele.

- Fomos à eletrônica isolar a freqüência em que a escuta está trabalhando e encontramos...

-Bom...

-Mostre a eles.

- Tudo bem.

E Ryan soltou um vídeo onde apenas se ouvia a voz de Kay e via-se os seus seios fartos.

- Bebezinha, mamãe te levará para casa logo.

- Seios? Foi Beckett quem falou.

- Não quaisquer seios, os dela. Espósito remendou mas Castle não parecia afetado com aquilo e confirmou.

- Está na coleira. Há uma câmera em uma das jóias da coleira da cadela. Disse que ela leva a cadela para todo lugar que vai?

- Então Francisco provavelmente não era o alvo da vigilância.

- É Kay Cappuccio.

E então eles contaram a ela.

- Não acredito que alguém tem me observado.

- Srta. Cappuccio, disse que seu cão vai com você a todo lugar...

- Meu Deus. Ele podia me ver no chuveiro. Podia ver Reggie e eu na cama. Ele podia me ver sem maquiagem! Sinto-me tão violada.

E ela se mostrava mesmo chocada com tudo isso.

- Os paparazzi são agressivos, mas grampear a coleira de um cão? É muito trabalho só pelo vídeo de uma celebridade.

Kay retrucou.

- Não é o vídeo de qualquer celebridade. TMZ ofereceu US$ 1 milhão pela primeira foto de mim nua.

- Se me perguntar, esse valor é pouco.

- Você é tão gentil.

Beckett se surpreendeu com o comentário de Esposito, geralmente esperava esse tipo de comportamento de Castle mas ao observá-lo percebeu que a celebridade parecia não afeta-lo. Ela gostou disso.

- Obrigado.

- US$ 1 milhão é um incentivo poderoso.

- É.

Quando adquiriu aquela coleira?

- Há algumas semanas.

- A câmera teria sido colocada depois disso, então precisariam de acesso à cadela.

- Lolita mal sai da minha vista. Só quando ela vai passear ou aos tosadores.

- Precisamos do nome desses e da equipe na sua casa. Checaremos os antecedentes de todos eles.

- Enquanto isso, devemos manter a câmera ativa. Não queremos que saibam que a achamos.

- Certo. Então siga sua rotina normal.

- Só tente manter seus momentos privados... mais privados.

Esposito continuava com um sorriso bobo nos lábios.

Beckett tentava entender se Kay era o alvo da vigilância, o que isso teria a ver com Francisco. A única conclusão era que possivelmente alguém queria uma boa grana, provavelmente um paparazzi. E achando o paparazzi podiam achar o assassino. Então, Castle deu a idéia.

- Poderíamos checar as fotos recentes de Kay de tablóides, sites de fofoca e ver se ela identifica alguma como sendo da câmera na coleira. Podem ter um rastro que nos leve ao culpado.

- Precisamos de alguém para pegar as fotos...

Espósito rapidamente se prontificou.

- Eu faço.

Castle implicou com ele.

- Tem uma quedinha por alguém, Esposito?

- Você sabe que ela tem namorado, não é?

- Quem? Reggie? Ele foi figurante em um vídeo de ginástica. Nem sei o que ela está fazendo com aquele idiota. Não. Reggie é um nada...

Beckett não agüentou e gargalhou diante da situação. Castle ouviu Royal chorando.

- Parece que o Esposito não é o único cãozinho frustrado aqui. Quem o trancou aí?

-Ele precisava tirar uma soneca. Mas ele não pode passar a noite aí.

- Posso levá-lo. Alexis não está este fim de semana, ele me faria companhia.

- Ou eu poderia levá-lo para casa. Sugeriu Beckett - Tenho pensando em arrumar um cachorro. É uma ótima chance de ver como é.

Castle pareceu meio desolado mas certamente abriria mão do cachorro por ela. Beckett porém, também não queria deixá-lo chateado.

- Tudo bem. Pode levá-lo.

- Eu... não quero que fique solitário.

-Vamos decidir na moeda.

-Nada de joquempô? Beckett provocou.

- Isso te deixaria em desvantagem. Sou muito bom...

-Vamos, Castle. Ande.

Ela sorriu e se preparou para jogar.

- Tudo bem. Só para saber, há estratégias neste jogo que...

Enquanto ele falava, jogavam a primeira vez e Beckett já ganhara dele sorrindo e querendo instigá-lo.

- Melhor de 3?

Ela nada dissera apenas concordava e jogava.

-Melhor de 5?

-Claro.

E perdera de novo para ela. Beckett sugeriu outra coisa.

- Há outro jeito de resolvermos isso.

Sim, ela sugerira guarda compartilhada, assim nenhum dos dois deixava de aproveitar a companhia do cachorro. Ela estava em casa esperando ansiosamente por ele quando finalmente ouviu batidas na porta.

O cachorro entrou correndo no apartamento seguido de Castle que ria.

- Castle, deveriam estar aqui há 1 hora. Chama-se guarda "compartilhada", não guarda "apareça quando quiser". O tom de Beckett porém, não era de alguém que brigava. Era apenas uma observação. Na verdade, ela estava doida para passar um tempo com o cachorro.


- Eu achei que tinha pegado tudo, mas no último minuto, não achava o sr. Barulho. Não precisa alimentá-lo.

E mostrou o brinquedo para ela. Ao falar dele, Castle parecia uma criança e Beckett não podia deixar de sorrir por ver isso.

- Não consegui terminar minha costela.

Ela virou-se para olhar o cachorro que parecia já bem à vontade deitado no chão da sala dela.

-Deu bife para ele?

-Sim. Mas relaxe, gastamos as calorias. Ele brincou de pegar e vimos "Perdido pra Cachorro". E esse carinha... Ele gosta de se aninhar.

- Aposto que o deixou deitar no sofá, não é?

Ele assentiu.

- Não, tudo bem. Você pode ser o legal, eu serei a malvada – ela virou-se para o cachorro de novo - De jeito nenhum você vai encher meu sofá de pelo.

- Ele está perfeitamente feliz onde está.

- Ele ama que esfregue entre os olhos. Pequenos círculos com o dedão.

Ele pegou a mão dela e começou a mostrar como fazer.

- Bem assim. Não muito forte, só...

Aquilo porém, provocara outra sensação em Beckett. Ter Castle gentilmente massageando sua mão, fazia seu corpo responder automaticamente. Arrepios percorriam sua espinha e amoleciam suas pernas. Ela olhou para ele e Castle parou por um segundo e continuou circulando seu polegar pela pele dela agora sem quebrar o olhar.

-Castle...

-Sim. Isso...

De repente, ele percebeu que ela estava incomodada e meio envergonhada.

- Você entendeu.

Ele soltou a mão dela.

- Tudo bem. Divirtam-se.

Ela ainda estava mexida.

- Não sinta muito a minha falta. O cachorro, não você.

Ela sorriu. Foi até o sofá observando o cachorro. Sentou-se.

- Tudo bem, venha. Venha aqui.

O cachorro pulou no sofá e começou a lambê-la. Ela não podia conter o sorriso e acariciava o animal.

- Venha. Você é tão fofo.

Ela permaneceu na sala com o cachorro a seu lado. Quando ele se acalmou, ela não pode deixar de pensar na cena que acabara de ocorrer a alguns minutos bem ali. O toque de Castle a deixava zonza. O corpo amolecia. As vezes, ela achava que ele nem se tocava e outras como agora, que sabia e fazia tudo de propósito, para ver a reação dela. Kate acariciava a cabeça do cachorro. De certa forma, ela estava satisfeita com o comportamento de Castle nesse caso. Pela primeira vez, ela não o vira babar nem tecer comentários sobre Kay, o que geralmente sempre acontecia e pior Castle sempre dava um jeito de sair com elas, ou se tornar intimo. Não era o caso. Depois da última tentativa com aquela ladra da Serena, ele não parecia afetado pela bela celebridade. Para Kate isso era muito bom mas o que exatamente significava? Será que por causa dos últimos acontecimento entre eles Castle passou a valorizar ainda mais o relacionamento deles?
Beckett não sabia explicar apenas estava feliz por vê-lo aparentemente mudado.

No dia seguinte, Esposito já selecionara varias fotos de Kay Cappuccio e estava na sala mostrando a ela a fim de descobrir quando poderiam ter colocado a câmera na coleira. Isso lhe deu um momento a sós com Kay e de certa forma pode ver que ela se sentia mal pelo que fazia, deprimida e solitária. Ele tentou animá-la e ela acabou encontrando a possível foto que eles queriam. Esposito conseguiu identificar o fotógrafo. Marcus Hiatt.

- Ele estava no prédio de Kay com os paparazzi.

- Ele é um "perseguirazzo". Assédio, invasão e até arrombamento. Parece que faria qualquer coisa para conseguir dinheiro.

- Sabemos que teve oportunidade porque ele tinha passe para a exposição de cães.

- Onde será que ele está agora?

Eles foram atrapalhar a tocaia do tal fotógrafo. Esposito o abordou enquanto Beckett entrava no carro ao seu lado. Levaram-no para a delegacia e acabaram por descobrir que ele não era nem o chantagista nem o assassino mas acabou fornecendo informações valiosas sobre Francisco. Ele estava metido em negócios escusos e com argentinos. Drogas.

Ryan confirmou várias viagens a cidades portuárias, parecia um bom esquema. Viajar internacionalmente para julgar cães. Então Beckett decidiu interrogar o cara do depósito onde la estivera com Esposito.

-O Pilar Retriever?

-Boa história, não é? Tinha que te tirar de lá.

-Sr. Patterson, acho que não está entendendo a seriedade do caso. Estamos obtendo um mandado. Vasculharemos aquele armazém inteiro.

- E temos idéia do que encontraremos lá.

- Digo o que encontrarão: maletas com fundos falsos para transporte de drogas, há 2 kg de heroína pura da argentina e o melhor cão farejador que já tivemos. Meu nome não é Jack Patterson. É Kenny Weizer. Agente Federal disfarçado. Tem café?

Abismados com a descoberta, Castle e Beckett deixaram a sala de interrogatório e seguiram com Kenny para a pequena copa, enquanto tomavam café debatiam o caso.

- Francisco estava treinando cães farejadores?

- Seus métodos eram ótimos. Iríamos onde achávamos que o navio ancoraria.

- Explica as viagens às cidades portuárias, os pagamentos e todo o silêncio.

- Desculpe por ter mentido sobre o armazém, mas quando lidamos com cartéis, nunca se é muito cauteloso.

- Então por isso deu o nome de Kay Cappuccio, pensou que ela grampeou Francisco. Não podemos tocar a investigação sem nos depararmos com a operação Vasquez. Contei o que sabia para ver o que conseguiam.

- Vasquez é da argentina? É uma família especializada em tráfico.

Então Castle lembrou-se de Royal.

- Agente Weizer, o que os cães eram treinados a fazer quando farejavam drogas?

- Cavavam o chão, por quê?

- Porque foi isso que Royal fez. A terapeuta estava certa. Ele tentava nos dizer algo, que farejou drogas no assassino.

Beckett começou a levar à sério a linha de raciocínio de Castle.

- O cartel Vasquez ganharia muito com a morte de Francisco. Os cães os fizeram perder fortunas em carregamentos.

- Por isso queriam vigiar Francisco. Queriam saber como os cães trabalhavam.

- Mas quando percebeu que era vigiado, já sabiam o que acontecia.

-Conseguiram alguém que o matou. A mesma pessoa que grampeou o colar do cão de Kay Cappuccio.

Eles estavam agora na frente do quadro de evidencias. Castle tomou a dianteira para expor sua teoria. Desenhando foi falando.

- Quem grampeou aquele colar tinha que ter três coisas. 1, acesso à cadela. 2, saber que Francisco estava treinando o cachorro. 3, conexão com o cartel Vasquez. A interseção destes três círculos contém a identidade do assassino.

A atenção de Castle voltou-se para o cão. Ele estava ao lado de Beckett que fazia carinho nele.

- Ele está fazendo de novo.

- Mas não estou com heroína, Castle.

- Não reagiria assim, a menos que...- ele sentiu um aroma diferente no ar - Beckett, está usando perfume?

E ele não pode perder a chance de completar.

- E para referências futuras, gosto de Fracas.

- Não fique se achando, certo? – e mostrou a caixa para ele - Usei um pouco disso que Kay mandou em uma cesta de presentes.

- Por que ele reagiria a isso?

- Porque o componente principal é flor de papoula.

- E heroína é feita de morfina, que vem do ópio da papoula.

E Castle teorizou.

- E se na cena do crime, ele não estivesse farejando drogas, mas a essência do perfume.

- Mas o perfume nem foi lançado ainda. Quem o usaria?

- Só uma pessoa.

Esposito se pronunciou em defesa da celebridade.

-Não Kay.

-Ela estava na cena do crime.

- Castle, não falamos de paparazzi e celebridades. Lidamos com um cartel.

Castle insistiu.

- Vamos lembrar o que procurávamos. 1, acesso à cadela. Ela possuía. 2, saber que Francisco treinava o cachorro. Possuía. A única coisa que falta é a conexão com o cartel.

Nesse momento, Ryan se aproxima deles. Beckett resolveu se manter calada e deixar Castle pressionar Esposito.

- Pessoal, acho que encontrei a conexão. Kay fotografou um comercial na Argentina meses atrás.

- E daí? A Argentina é um país grande. Não quer dizer que conhecia a família Vasquez.

- Mas isto sim: ela ficou no apartamento de Junior Vasquez, que é integrante do cartel.

- É ela.

Eles assistiam novamente o vídeo de Kay apresentando seu perfume com ela. Após pausar, Castle falou.

- Prazer da Culpa? Ou só culpa?

- O que o vídeo tem a ver com tudo?

- Isso foi uns 15 minutos antes de ir às coxias onde fica o camarim de Francisco.

-E?

-Temos motivos para suspeitar que o assassino estava usando o seu perfume.

- É impossível. A fragrância nem saiu ainda. Sou a única que usa.

Ryan e Esposito observavam o interrogatório do lado oposto ao vidro.

- Ela sabe que acabou de se incriminar?

- Disse que ela era legal e não esperta.

Nesse instante, uma policial chama Esposito, alguém queria falar com ele sobre o caso. Ele atendeu e acabou descobrindo algo bem interessante para a investigação. O interrogatório continuava.

- Qual seu relacionamento com Junior Vasquez?

- Junior? Ele é um amor. Há "Fique Alerta com Cappuccio" na Argentina, ele é um grande fã.

-Sabe que a família Vasquez é a exportadora número um de heroína na América do Sul?

- O quê? Gente, eu não sabia disso.

E no fundo, Beckett acreditava que ela realmente não soubesse. Ela não era uma pessoa esperta. Espósito entra na sala e cochicha algo no ouvido de Beckett. Ela se levanta e pede licença.

- Com licença. Um minuto, Castle.

Ele permaneceu com Kay que estava visivelmente abalada.

- Isto é um pesadelo. Heroína, assassinato... só queria nunca ter ouvido falar de Francisco.

- Kay, como... Como ficou sabendo sobre ele?

- Reggie. Ele leu sobre ele em uma revista. Disse que era o melhor, insistiu em usá-lo.

- Foi ideia de Reggie levar Lolita para treinar com Francisco?

-Foi.

Castle reviu a parte final do vídeo apenas para se certificar que chegara a conclusão correta. Enquanto isso, Beckett dialogava com Esposito.

-Tem certeza?

-Positivo. A alfândega ligou Kay aos Vasquez através de Reggie. Ele estudou com um dos filhos de Vasquez. Ele é a conexão, não Kay.

Reggie que tomava um café percebeu a movimentação de Esposito com outra policial e entendeu que estava perdido. Na tentativa de fugir, correu pela delegacia mas Castle que também deduzira o caso, estava com Royal que latia em alerta. Castle o soltou na direção de Reggie.

- Pegue-o, Royal.

E ele acabou confessando tudo. Ele queria proteger o cartel e ao descobrir o esquema de Francisco se apavorou. Com isso, tramou tudo usando a cachorra de Kay como isca. Ele apenas se aproveitava dela e logo essa mamata acabaria. Não haveria casamento como os tablóides diziam.

Ela contava a história sentada na mesa e acariciando, junto com Castle, o cachorro.

- Quer dizer que os tablóides estavam errados?

- Sim, e eu estava errada sobre algo também. Ter um mascote na delegacia pode ser bastante útil.

- Estava pensando que você poderia levá-lo hoje e eu o pego amanhã, por volta de 9h30?

- Não sei, Castle. Não sei se essa coisa de tempo dividindo é uma boa solução a longo prazo.

- Então alternar noites? Semana sim, semana não.

- Acho que isso só confundirá o coitadinho.

- Deus sabe que ele já teve muita terapia.

-Acho que ele merece um lar.

-Entendi onde isso vai dar.

Ele fechou o punho e assoprava já se preparando para mais uma rodada de joquempo. Mas Beckett riu e declinou.

- Não, não, na sorte não.

- Tem uma idéia melhor?

- Acho que devemos deixar Royal decidir. Vamos para lados opostos da sala e aonde ele for, será sua casa.

- Vamos fazer isso.

Eles se levantaram e tomaram suas posições deixando o cachorro no meio deles. Beckett já se abaixava sorrindo.

- Sente-se. Sente-se. Bom menino. Fique aqui. Fique aqui. Muito bem.

- Pronto?

Castle se agachou também.

- Pronto.

E os dois começaram a chamar pelo cachorro à sua maneira para tentar conquistá-lo.

-Venha aqui, garoto.

-Venha aqui, Royal.

-Venha, garoto.

-Venha aqui.

-É uma grande decisão...

-Quem te ama?

-mas fará o certo.

-Vamos, Royal. Meu sofá é superconfortável.

O cachorro olhava para um e outro enquanto eles falavam e faziam gestos. Confuso.

-Venha aqui, querido.

-Sabe...

-lá no fundo...

-Venha aqui. Vamos, Royal.

-melhor amigo...

-Venha aqui.

do homem.

De repente, Royal dá uma ultima olhada para os dois e corre para a direção de Kay.

- Parece que ele fez sua escolha e sou eu. Você tem bom gosto, Royal.

Ela acariciava o cachorro.

- Oi, amigo. Você tem muito bom gosto.

-Olá, amigo.

-Tem certeza que quer levá-lo?

Kate olhava para Castle meio chateada e constrangida. Ele insistiu.

-Vamos tentar de novo.

-Lolita e eu precisamos de um homem forte na casa, especialmente um tão leal quanto este, certo, amigo? Royal, você é oficialmente um Cappuccio agora.

Kay voltou-se para Esposito.

- E você foi muito fofo.

Beckett tentou disfarçar o riso ao ver Esposito todo animado estufando o peito.

- Se... Sei que os paparazzi podem ser muito cruéis, então se precisar de algo, qualquer coisa mesmo, sabe onde me encontrar.

-Talvez eu te chame algum dia.

Ela beijou o rosto dele e acariciou-o. Beckett observava a interação dos cachorros e falava tentando consolar a si mesma.

- Estou certa de que é o melhor. Ficaria sozinho na minha casa. Ninguém para brincar.

- Na minha casa também.

- Eles parecem gostar um do outro.

E Beckett olha pra ele sorrindo. Pensando em ficar mais um tempo na companhia dele, ela propôs.

- Agora que o caso está encerrado e nem ficamos com Royal, o que me diz de afogarmos as mágoas com cerveja e um bom hot dog Castle?

- Gray’s Papaya?

- Ótimo! Vamos?

Ela pegou o casaco e ele a seguiu. Já na lanchonete, eles comiam cada um o seu hotdog acompanhado de long necks. Aproveitando o momento de descontração, ela puxou a conversa.

- Acho que vou sentir saudades do Royal, já estava me acostumando a ele.

- É, ele é um cachorro especial mas vai ficar bem com a Kay.

- Sim, ela gosta de animais e bem, ela é uma boa pessoa pena que não é muito esperta.

- Mudou de idéia, Beckett?

- Talvez, sobre ela mas ainda acho totalmente desnecessário o que ela faz. Não me admira que seja tão avoada.

- Nem todas tem a mesma sorte que você, Kate.

Ela olhou intrigada para ele.

- Como assim?

- Umas tem o look, a beleza. Outras tem a inteligência, a sagacidade. Você, tem o melhor dos dois mundos.

Ela riu.

- Isso foi um elogio, Castle?

- Claro. E não deixa de ser também uma verdade, um fato.

- Então, na sua opinião, Kay é aquela que tem a beleza. Não chama a sua atenção?

- É claro que ela é bonita, boa pessoa diria até ingênua. Cativa e torna-se objeto de desejo de muitos homens, como o Esposito. Não para mim. Sei bem o que quero.

Ele olhava fixamente para ela. Kate sentiu o corpo arrepiar. Castle acabara de confirmar as suspeitas dela. Estava mudado e isso era muito importante para ela.

- Obrigada, Castle.

- Pelo elogio? Claro, você merece!

Ela sorriu. Eles continuaram a conversar e beber por mais um tempo e finalmente se despediram.

- Boa noite, Kate. Não sinta tanta saudade do Royal.

- É, você também não.

Ela pegou a mão dele e a exemplo do que ele fizera com ela, Beckett começou a fazer pequenos círculos com o polegar sobre a pele dele. Mantinha o olhar grudado ao dele. Castle tentava se manter centrado mas reparou que sua respiração estava mais pesada. Ele instintivamente mordeu os lábios e Beckett finalmente soltou a mão dele inclinando-se para beijar o rosto dele. Sorrindo, ela falou.

- Boa noite, Castle.

- Boa...boa noite...Kate. Falou zonzo.

E seguiram seus rumos.


Continua....

2 comentários:

val disse...

Uau! foi bom bem semelhante ao epi com algumas mudanças q eu diria maravilhosas, o inicio na casa de castle, a dormida o café e lógico o final, foi muito bom, eu estou ansiosa para ver a continuação e saber até onde eles irão com essa de amigos para o que der e vier,kkkk

Eliane Lucélia disse...

Oi, finalmente, estou pagando minha dívida, mil anos depois :( enfim, não tenho muito o que dizer, esse epi não foi tão empolgante, o cap ficou melhor com os detalhes adicionados, Beckett todo incomodada por ter acordado sozinha na cama awww e eles tomando café da manhã juntos? tão fofo ela roubando o bacon dele, a Alexis bem que poderia ter dormido até mais tarde, né? que mania de chegar na hora errada. Quanto ao caso, o Esposito até que tava engraçado todo bobo pela celebridade instantânea, mas a melhor parte foi a "massagem" na mão que Becks ganhou, um simples toque a fez estremecer e deixou o coitado do Castle todo desconsertado, somente a Beckett consegue essa façanha. Gostei muito da observação da Kate sobre a mudança de Castle em relação as mulheres ele está demonstrando a ela de todas as formas que o que ele quer é algo sério, a sua faze de "futilidades" já passou ou o sentimento que ele tem por ela está suprimindo o seu lado "garanhão", e eu estou adoraaaando isso, as coisas aos poucos estão entrando nos eixos. bjosssss, até mais :D